INSCREVA-SE!

sábado, 23 de maio de 2015

Daniel 6:1-28 - DANIEL NA COVA DOS LEÕES.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Esta primeira parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha (3.1-30) – já vimos; D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37) – já vimos; E. O julgamento de Belsazar (5.1-31) –já vimos; e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28) – veremos agora, finalizando essa primeira parte.
F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
Neste capítulo, veremos Dario constituindo sobre o seu reino 120 sátrapas, três presidentes e um deles sobre todos os demais que se reportaria diretamente ao rei.
Daniel era daqueles que sobrepujava a todos os demais em sabedoria, conhecimento, inteligência, empatia, simpatia, eficiência, eficácia, produtividade, organização, administração, honestidade, capacidades de interpretações de sonhos e resoluções de mistérios porque nele, diz a Bíblia, havia um espírito excelente – vs. 3.

Foi desejo do rei então constituí-lo sobre todos os demais de forma que a ele reportassem antes de irem ao rei, justamente para o rei não sofrer danos, seja em sua imagem, seja em seus tesouros e negócios.
Há muitos fatos e aspectos interessantes a serem explorados neste evento, principalmente os relacionados à história, à cultura, à religião e outros detalhes, mas não temos tempo para isso, portanto serei bem objetivo e preciso.
Para princípio de conversa, Daniel era um jovem de alta estirpe, um nobre. Foi levado jovem ao cativeiro e lá viveu até ao final de sua vida. Uma vida inteirinha no cativeiro! Aqui neste contexto, Daniel está já com seus 85 anos de idade, mas como se percebe ainda muitíssimo produtivo.
Dario, que tanto pode ser um nome como um título, segundo os Persas, que significa “senhor” e “rei” estava aqui neste contexto com aproximadamente uns 62 anos de idade e tinha um grande desafio. Quem de fato conquistou a Babilônia foi Ciro que nesta época tinha uns 25 anos, mas o primeiro rei dos Medos e Persas foi Dario. A profecia do próprio Daniel vai se cumprindo, pois o metal nobre, o ouro, vai dando lugar ao metal mais inferior, a prata, que simboliza o peito e os braços da estátua do sonho de Nabucodonosor, que Daniel interpretou seu sonho.
Ele quer administrar e evitar dano, ou seja, fuga de capitais relacionadas à perda de impostos e assim divide seu reino e estabelece tarefas. Ele, Dario, o rei, mais 3 presidentes e mais 120 príncipes têm a missão de administrarem o reino. Os 120 príncipes deveriam prestar contas aos presidentes e estes ao rei Dario.
Daniel, diz a palavra de Deus, com seu espírito excelente, se destaca sobre os demais, sobre todos, sobre os presidentes e sobre os príncipes. Com certeza deve ter sido um destaque fora de sério a ponto do rei Dario querer constituí-lo como uma espécie de primeiro-ministro que estaria subordinado somente ao rei e todos as outras autoridades a ele deveriam prestar contas.
A inveja tomou conta de todos os presidentes e dos príncipes e juntos buscaram de todas as formas encontrarem falhas em sua administração, mas não conseguiram (reparem que assim também tentaram com o Senhor Jesus e nada foi achado).
O que fazer então? Traçaram um plano fantástico e triunfal e não haveria como Daniel escapar. O plano era perfeito e bem executado, Daniel jamais conseguiria sair dessa. O cerco foi armado e o plano executado com sucesso total (reparem que também armaram um plano contra Jesus e na hora acharam um motivo para crucificá-lo).
Como eles conheciam a vida de oração de Daniel, procuraram envolver o rei em um cerimonial, por eles inventado, justamente para alcançarem Daniel.
Eles pediram ao rei que assinasse um interdito real que não poderia ser revogado falando que por 30 dias somente o rei deveria ser adorado em todo seu reino.
Daniel soube do interdito, mas não se acovardou, pelo contrário, abriu as janelas de seu quarto e adorou o Criador e isso como fazia de costume três vezes ao dia.
Permanecer em pé seria uma postura normal para a oração (1Cr 23.30; Ne 9), ao passo que ajoelhar-se e prostrar-se demonstrava uma humildade pessoal apropriada para circunstâncias particularmente solenes (1 Rs 8.54; Ed 9.5; SI 95 6; Lc 22.41; At 7.60; 9.40). Evidentemente os hábitos de oração de Daniel eram de conhecimento público, um sinal de sua genuína piedade.
Entregaram a Daniel para o rei o acusando de terem transgredido uma lei criada especificamente para aprisionarem e executarem o ancião Daniel.
Ao se aproximarem do rei foram logo tratando de menosprezá-lo ou humilhá-lo perante o rei com certo preconceito e inveja, pois que ao se referirem a ele diziam – vs. 13 – aquele que é dos exilados do rei.
Essa identificação étnica de Daniel é, provavelmente, indicativa do preconceito contra os judeus por parte dos outros oficiais (cf. 3.8). O fato de que a identidade étnica de Daniel fosse amplamente conhecida revela que ele não havia comprometido a sua herança em favor do sucesso no cativeiro — uma importante lição para os leitores.
Dario imediatamente percebeu que havia sido vítima de uma intriga por parte de seus oficiais para apanhar Daniel numa armadilha. Sua apreciação por Daniel permaneceu inabalável.
Contra a sua própria vontade, Dario foi obrigado a agir de acordo com o decreto. No entanto, ele tinha esperança de que o Deus de Daniel interviesse em favor do seu servo fiel.
O rei então selou com seu próprio anel e com o dos seus grandes. O anel com sinete e os cilindros de selar eram usados comumente pelos assírios, babilônios e persas. O anel e o cilindro eram estampados sobre argila ainda moldável deixando a marca pessoal do proprietário do selo. Violar qualquer coisa que houvesse sido selada desse modo seria uma transgressão da lei.
O rei gostava muito de Daniel e se esforçou para livrá-lo, mas como foi bem armado e executado não houve saída: foi executado! Colocaram-no na cova dos leões e fecharam a boca da cova dos leões com uma enorme pedra. Selaram a pedra com o selo real e o inferno todo foi comemorar a derrota de Daniel e o triunfo do plano maligno que urdiram (não foi semelhantemente o mesmo que aconteceu com Jesus quando com a morte de Jesus todo o inferno passou a festejar imaginado que tinham conquistado uma grande vitória contra Deus?).
O rei ficou tão triste com a execução de Daniel que passou a noite em claro, em jejum e sem as costumeiras festas que eram feitas para o rei. Ao amanhecer o rei foi correndo à cova dos leões na esperança de que Deus tivesse ouvido e poupado a Daniel.
Clamou por ele, Daniel, falando de Deus e de lá de dentro a voz de Daniel é ouvida:
21 Então Daniel falou ao rei: O rei, vive para sempre!
22 O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
Diz a palavra de Deus que o rei se alegrou tanto, mas na mesma hora mandou executar os que intentaram contra Daniel e os leões devoraram todos eles. Deve ter sido uma cena terrível.
25 Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada.
26 Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque:
* ele é o Deus vivo e
* que permanece para sempre, e
* o seu reino não se pode destruir, e
* o seu domínio durará até o fim.
27   * Ele salva,
* livra, e
* opera sinais e maravilhas no céu e na terra;
* ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.
O último versículo fala de que Daniel prosperou tanto no reinado de Dario como no do Ciro, que substituiu a Dario.
Assim como nas narrativas anteriores, o Senhor se revelou como sendo maior que qualquer governador ou reino humano, pois a sua soberania se estende sobre a natureza e a História. Mas esse decreto foi muito além das confissões anteriores no reconhecimento de Deus como uma divindade viva, que permanece e salva, cujo reino é eterno e não será destruído.
O decreto de Dario não implica que ele tenha realmente se convertido do seu politeísmo pagão para a fé somente no Deus de Daniel, assim como tampouco o fez a proclamação de Ciro de que Deus o havia instruído a enviar os judeus de volta para casa (Ed 1.3-4; Is 44.28; 45.4).
Como já dissemos, no verso 28 está dito que Daniel prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa.
O tema principal das bênçãos de Deus sobre Daniel (“Daniel prosperou”) aparece novamente. Daniel permaneceu fiel, recusando-se a fazer concessões. Por essa razão, ele se ergue em proeminência sob ambos os reis, da Babilônia e da Pérsia. Esse fato exaltou Daniel como um israelita fiel cujas profecias poderiam ser aceitas como confiáveis.
Eu me alegro muito com a vida de Daniel que mesmo em já tão avançada idade era homem fiel e exemplar em toda a casa de Deus e servindo à nação.
A nossa nação precisa e espera que haja homens como Daniel que possam temer a Deus, honrar ao rei e ser produtivo. A nossa nação precisa de homens fiéis e trabalhadores, produtivos e os melhores para serem postos como administradores que exerçam a justiça e o juízo.
Ele prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro. Ou, "Dario, ou seja, o reinado de Ciro". A frase pode ser entendida de duas maneiras, nos fala a BEG:
(1)     Daniel prosperou sob o reinado de Gobrias, assim como sob Ciro.
(2)     Daniel prosperou sob o reinado de Dario, mesmo sob o reinado de Ciro. Nesse último caso, Dario o medo e Ciro seriam entendidos como dois nomes para o mesmo governante.
Na verdade, Dario, o medo não é citado em outras fontes históricas existentes fora das Escrituras, nem parece haver qualquer intervalo entre Belsazar/Nabonido e a ascensão de Ciro da Pérsia. Dario, o medo, poderia também ser um título real para Ciro, fundador do império Persa.
Também pode ser, nos lembra a BEG, que fosse uma designação para Gobrias, um general que desertou de Nabucodonosor, alistou-se sobre Ciro e liderou a conquista da Babilônia pela Pérsia, sendo posteriormente designado por Ciro como governador dos territórios babilônicos que haviam sido conquistados pela Pérsia.
Dn 6:1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino
cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino;
Dn 6:2 e sobre eles três presidentes,
dos quais Daniel era um;
a fim de que estes sátrapas lhes dessem conta,
e que o rei não sofresse dano.
Dn 6:3 Então o mesmo Daniel sobrepujava
a estes presidentes e aos sátrapas;
porque nele havia um espírito excelente;
e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino:
Dn 6:4 Nisso os presidentes e os sátrapas
procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino
mas não podiam achar ocasião ou falta alguma;
porque ele era fiel,
e não se achava nele nenhum erro nem falta.
Dn 6:5 Pelo que estes homens disseram:
Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel,
a menos que a procuremos no que diz respeito
a lei do seu Deus.
Dn 6:6 Então os presidentes e os sátrapas foram juntos ao rei,
e disseram-lhe assim:
Ó rei Dario, vive para sempre.
Dn 6:7 Todos os presidentes do reino, os prefeitos e os sátrapas,
os conselheiros e os governadores, concordaram em que o rei
devia baixar um decreto
e publicar o respectivo interdito,
que qualquer que, por espaço de trinta dias,
fizer uma petição a qualquer deus,
ou a qualquer homem, exceto a ti, ó rei,
seja lançado na cova dos leões.
Dn 6:8 Agora pois, ó rei, estabelece o interdito, e assina o edital,
para que não seja mudado,
conforme a lei dos medos e dos persas,
que não se pode revogar.
Dn 6:9 Em virtude disto o rei Dario assinou o edital e o interdito.
Dn 6:10 Quando Daniel soube que o edital estava assinado,
entrou em sua casa, no seu quarto em cima,
onde estavam abertas as janelas que davam
para o lado de Jerusalém;
e três vezes no dia se punha de joelhos e orava,
e dava graças diante do seu Deus,
como também antes costumava fazer.
Dn 6:11 Então aqueles homens foram juntos,
e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.
Dn 6:12 Depois se foram à presença do rei
e lhe perguntaram no tocante ao interdito real:
Porventura não assinaste um interdito pelo qual todo homem
que fizesse uma petição a qualquer deus,
 ou a qualquer homem por espaço de trinta dias,
exceto a ti, ó rei,
fosse lançado na cova dos leões?
Respondeu o rei, e disse:
Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas,
que não se pode revogar.
Dn 6:13 Então responderam ao rei, dizendo-lhe
Esse Daniel, que é dos exilados de Judá,
e não tem feito caso de ti, ó rei, nem do interdito
que assinaste;
antes três vezes por dia faz a sua oração.
Dn 6:14 Ouvindo então o rei a notícia,
 ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs
dentro do seu coração livrá-lo;
e até o pôr do sol trabalhou para o salvar.
Dn 6:15 Nisso aqueles homens foram juntos ao rei,
e lhe disseram:
Sabe, ó rei, que é lei dos medos e persas que nenhum
interdito ou decreto que o rei estabelecer,
se pode mudar.
Dn 6:16 Então o rei deu ordem, e trouxeram Daniel,
e o lançaram na cova dos leões.
Ora, disse o rei a Daniel:
O teu Deus, a quem tu continuamente serves,
ele te livrará.
Dn 6:17 E uma pedra foi trazida e posta sobre a boca da cova;
e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus grandes,
para que no tocante a Daniel nada se mudasse:
Dn 6:18 Depois o rei se dirigiu para o seu palácio,
e passou a noite em jejum;
e não foram trazidos à sua presença instrumentos de música,
e fugiu dele o sono.
Dn 6:19 Então o rei se levantou ao romper do dia,
e foi com pressa à cova dos leões.
Dn 6:20 E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste;
e disse o rei a Daniel:
Ó Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus,
a quem tu continuamente serves,
tenha podido livrar-te dos leões?
Dn 6:21 Então Daniel falou ao rei:
Ó rei, vive para sempre.
Dn 6:22 O meu Deus enviou o seu anjo,
e fechou a boca dos leões,
e eles não me fizeram mal algum;
porque foi achada em mim inocência diante dele;
e também diante de ti, ó rei, não tenho cometido
delito algum.
Dn 6:23 Então o rei muito se alegrou,
e mandou tirar a Daniel da cova.
Assim foi tirado Daniel da cova,
e não se achou nele lesão alguma,
porque ele havia confiado em seu Deus.
Dn 6:24 E o rei deu ordem, e foram trazidos aqueles homens
que tinham acusado Daniel,
e foram lançados na cova dos leões,
eles, seus filhos e suas mulheres;
e ainda não tinham chegado ao fundo da cova
quando os leões se apoderaram deles,
e lhes esmigalharam todos os ossos.
Dn 6:25 Então o rei Dario escreveu
a todos os povos, nações e línguas que moram
em toda a terra:
Paz vos seja multiplicada.
Dn 6:26 Com isto faço um decreto,
pelo qual em todo o domínio do meu reino
os homens tremam e temam perante
o Deus de Daniel;
porque ele é o Deus vivo,
e permanece para sempre;
e o seu reino nunca será destruído;
o seu domínio durará até o fim.
Dn 6:27 Ele livra e salva,
e opera sinais e maravilhas no céu e na terra;
foi ele quem livrou Daniel do poder dos leões.
Dn 6:28 Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario,
e no reinado de Ciro, o persa.
Lições a aprender:
1º). Que há um Deus nos céus e na terra que tem controle sobre todas as coisas. Deus tem domínio sobre todos os reinos, pessoas, governos, autoridades, etc. Logo, ele pode incliná-los para onde quiser e como quiser.
Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.” (Pv 21:1).
Ele tem controle sobre o coração do filho, da filha, do amigo, do inimigo, do chefe, do esposo, da esposa, do rei, do credor, do devedor, do ladrão, do policial, da autoridade, do servo, do leão, do cavalo, do boi e de todo ser vivo que respira ou dos seres espirituais, sejam principados, poderes, potestades e domínios, está nas mãos do Senhor que os pode inclinar para onde ele quiser
2º). Que devemos ser fiéis em toda a casa de Deus – faça sempre o seu melhor para Deus, isto é, fazer o melhor é sempre o melhor a ser feito.
3º). Que pode se levantar todo o império, reino, presidentes e príncipes e juntos urdirem e tramarem toda espécie de mal contra nós por causa de nossa fidelidade a Deus e por causa de estarmos sendo os melhores e os destaques naquilo que Deus nos tem colocado para fazermos.
Que podem até prosperarem por um momento sendo o caso tido como perdido, mas no final, Deus se levantará a nosso favor e estará mudando a nossa sorte para a sua honra e glória.
4º). Que quem faz uso do mal para crescer ou prosperar ou quem intenta contra um servo de Deus fiel e ligado ao trono da graça não será tido por inocente, pois sobre estes o juízo é sem misericórdia.
Dizem (eu ouvi isso do Pr. Josué Gonçalves) que o crente que ora é como um fio descascado de alta tensão ligado direto entre ele e o Trono da Graça: ai dos que nele tocarem! Serão imediatamente eletrocutados. Cuidado!
Aqueles 2 presidentes e os 120 príncipes sofreram as consequências de seu plano maligno. O Diabo é tão sujo que primeiro ele diz assim: rouba, rouba, ninguém tá vendo. Ai o pobre coitado vai e rouba e ai o Diabo chega ao policial e diz: olha ele roubou, ele roubou. O policial vai e prende o meliante. Ai ele diz ao meliante: vai, vai, seu bobão, se suicida, se suicida, para deixar de ser besta...
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Daniel 5:1-31 - O ULTRAJE DE BELSAZAR E A INTERPRETAÇÃO DE DANIEL

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Esta primeira parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha (3.1-30) – já vimos; D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37) – já vimos; E. O julgamento de Belsazar (5.1-31) - veremos agora; e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
E. O julgamento de Belsazar (5.1-31).
Neste capítulo, veremos em seus 31 versículos, Deus julgando Belsazar, primogênito de Nabonido, genro de Nabucodonosor. Nessa narrativa, o rei é condenado pelo insolente menosprezo que demonstrou pela santidade do Deus de Israel e pelo seu templo.
Conforme a BEG, Belsazar significa "Bel, protege o rei". Não deve ser confundido com Beltessazar, o nome babilônico dado a Daniel (1.7 - "Bel protege a sua vida" ou "Senhora, protege o rei”.).
De fontes babilônicas sabemos que Nabonido, genro de Nabucodonosor foi o último rei da Babilônia. Belsazar, o filho mais velho de Nabonido foi feito corregente com o seu pai e designado como o encarregado dos negócios da Babilônia enquanto Nabonido passava extensos períodos de tempo em Tema, na Arábia.
Os acontecimentos desse capítulo tiveram lugar em 539 a.C., o ano em que a Babilônia caiu diante dos persas e em que foi publicado o decreto libertando os israelitas do seu cativeiro, quarenta e dois anos depois da morte de Nabucodonosor em 563 a.C.
O rei Belsazar estava em grande festa com ais de 1000 convidados e ali, diante deles, bebia seu vinho e festejava. Essa cena do banquete justapõe o esplendor do acontecimento com o julgamento de Deus que logo seria realizado (cf. Gn 40.20-22; Mc 6.21-28).
Foi naqueles momentos de bebida quando o vinho já tomava conta do rei e sob a influência do vinho que Belsazar cometeu um ato sacrílego. Mesmo de um ponto de vista gentílico, os utensílios sagrados de outras religiões deveriam ser considerados com reverência.
Os que se enveredam por esse caminho de beber e se drogar tornam-se instrumentos do mal para práticas terríveis que poderão ter consequências irreparáveis. Conhecendo os seus efeitos e esses resultados de tantas e tantas histórias e testemunhos, melhor e mais inteligente é não ir por esse caminho de morte e destruição.
Álcool na Bíblia (exemplos)[1]
Não se embriaguem com vinho,
que leva à libertinagem,
mas deixem-se encher pelo Espírito,
Efésios 5:18
Ora, as obras da carne são manifestas:
imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes.
Eu os advirto, como antes já os adverti:
Aqueles que praticam essas coisas
não herdarão o Reino de Deus.
Gálatas 5:19-21
Assim diz o Senhor:
"Quando ainda se acha suco
num cacho de uvas,
os homens dizem: 'Não o destruam,
pois ainda há algo bom';
assim farei em favor dos meus servos;
não os destruirei totalmente.
Isaías 65:8
O vinho é zombador
e a bebida fermentada provoca brigas;
não é sábio deixar-se dominar por eles.
Provérbios 20:1
Não ande com os que
se encharcam de vinho,
nem com os que
se empanturram de carne.
Pois os bêbados e os glutões
se empobrecerão,
e a sonolência os vestirá de trapos.
Provérbios 23:20-21
Nabucodonosor é chamado de pai de Belsazar aqui – vs. 2 - e nos vs. 11, 13,18, e no v. 22, Belsazar é chamado de "filho" de Nabucodonosor. Pela BEG, vemos que embora saibamos que Belsazar era realmente filho de Nabonido e não de Nabucodonosor, os termos pai e filho eram usados com frequência no mundo antigo num sentido mais amplo de "ancestral" ou "predecessor" e de "descendente" ou "sucessor", respectivamente. É possível que Belsazar fosse neto de Nabucodonosor por meio de sua mãe, Nitócris.
Foi o próprio Belsazar que mandara trazer as taças e objetos sagrados dos hebreus para neles beberem suas bebidas e zombarem de Deus e assim darem louvores aos seus deuses.
Os vasos do templo foram profanados não apenas por terem sido utilizados de maneira profana, mas também por terem sido usados para honrar as divindades falsas da Babilônia.
Na mesma hora daquele ultraje, repentinamente, apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever no reboco da parede, da parte mais iluminada do palácio real. O rei observou a mão enquanto ela escrevia e seu rosto ficou pálido, e ele ficou tão assustado que os seus joelhos batiam e as suas pernas vacilaram.
Aos gritos, o rei mandou chamar os encantadores, os astrólogos e os adivinhos e disse a esses sábios da Babilônia para darem a ele o significado e qualquer que lesse esta escritura e declarasse sua interpretação, o rei o vestiria de púrpura, e traria uma cadeia de ouro ao pescoço, e no reino seria o terceiro governante, o próximo em poder abaixo de Nabonido e de seu corregente Belsazar (5.1).
Novamente o rei determinou urna dupla exigência: declarar o presságio e interpretá-lo (cf. 2.3). Novamente, também, os caldeus não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei sua interpretação, pelo que o rei ficou irado em extremo.
Foi naquele momento que entrou no banquete a rainha-mãe por causa da grande confusão do rei. É improvável que ela fosse a esposa de Belsazar, uma vez que essas mulheres já estavam presentes no banquete (vs. 2-3). Pode ser que se tratasse da viúva de Nabucodonosor; entretanto, é mais provável que fosse Nitócris, esposa de Nabonido, filha de Nabucodonosor e mãe de Belsazar (BEG).
Ela então tranquiliza o rei e fala, testemunha, acerca de Daniel que, segundo ela, tinha o espírito dos deuses santos – vs. 11. Não deveríamos nos surpreender com o fato de que a rainha-mãe estivesse mais familiarizada com os acontecimentos do tempo de Daniel do que Belsazar.
É provável que, em 539 a.C., Daniel estivesse com cerca de oitenta anos. Ele era jovem quando fora levado para a Babilônia, sessenta e seis anos atrás, em 605 a.C. (1.1).
Em função do que disse a rainha-mãe mandaram chamar a Daniel cuja capacitação divina pode ser descrita teologicamente como uma presença do Espírito de Deus numa pessoa possuidora de um espírito extraordinário.
Daniel foi introduzido à presença do rei – vs. 13 – e o rei falou com ele perguntando se era ele um dos cativos de Judá que seu pai havia trazido e que tinha ouvido falar dele como aquele que tinha o espírito dos deuses e que se achavam nele a luz, o entendimento e excelente sabedoria.
Depois lhe fala da tentativa dos magos que o antecederam, de sua frustração e o indaga novamente se seria ele mesmo capaz de dar ao rei significado ao acontecido. Então lhe promete honrarias, presentes e uma alta posição no seu reino.
Daniel, de forma até um pouco ríspida e sem mostrar interesse, lhe responde dizendo que os presentes poderiam ficar com ele mesmo, isso é, não fazia questão deles, nem se deixaria motivar-se por isso.
Alguns pensam que Daniel rejeitou a oferta de recompensa de Belsazar não apenas porque ele não procurava tais honras, mas também em razão da consciência que tinha de que era apenas pela misericórdia de Deus que ele tinha sido capaz de responder à exigência do rei; ele não queria usar essa dádiva de Deus como meio para obter lucro pessoal (Gn 14.23).
Entretanto, havia aceitado tais recompensas antes (2 48) e o fez novamente mais tarde (v. 29). Talvez ele estivesse evitando qualquer pressão para modificar a mensagem sinistra (Nm 22.18; Mq 3.5,11).
A partir do verso 18, começa então a interpretar o ocorrido.
Primeiro ele fala do tempo de seu pai, Nabucodonosor, que Deus tinha dado a ele soberania, grandeza, glória e majestade e que, em função disso, homens de todas as nações, povos e línguas tremiam diante dele e o temiam.
O rei era tão poderoso que a quem o rei queria matar, matava; a quem queria poupar, poupava; a quem queria promover, promovia; e a quem queria humilhar, humilhava.
No entanto, o seu coração se tornou arrogante e endurecido por causa do orgulho e ele foi deposto de seu trono real e despojado da sua glória.
Daniel continuou a explicar em detalhes o fato já comentado no capítulo anterior que ocasionou a transformação em animal e depois que reconheceu o Senhor, voltou a ser homem novamente e tudo lhe foi devolvido o que lhe permitiu, depois, maior crescimento.
Se dirigindo, depois, a Belsazar comenta que ele sabia disso e que deveria ter se humilhado, mas pelo contrário, tornou-se pior e se exaltou acima do Senhor dos céus. Por fim, para agravar a sua situação e entrar em juízo com Deus, ainda mandou trazer as taças do templo do Senhor para que nelas bebessem ele, os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas. Ainda louvaram os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Para piorar ainda mais, não glorificaram o Deus que sustentava em suas mãos a vida dele e todos os seus caminhos.
E disse que a mão e os dedos que escreveram aquilo foi enviado por Deus, cujo significado era este: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Tequel: Foste pesado na balança e achado em falta. Peres: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas".
Dn 5:1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes,
e bebeu vinho na presença dos mil.
Dn 5:2 Havendo Belsazar provado o vinho,
mandou trazer os vasos de ouro e de prata
que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo
que estava em Jerusalém,
para que bebessem por eles o rei, e os seus grandes,
as suas mulheres e concubinas.
Dn 5:3 Então trouxeram os vasos de ouro que foram tirados do templo
da casa de Deus, que estava em Jerusalém,
e beberam por eles o rei, os seus grandes,
as suas mulheres e concubinas.
Dn 5:4 Beberam vinho, e deram louvores aos deuses de ouro,
e de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra.
Dn 5:5 Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem,
e escreviam, defronte do castiçal,
na caiadura da parede do palácio real;
e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.
Dn 5:6 Mudou-se, então, o semblante do rei,
e os seus pensamentos o perturbaram;
as juntas dos seus lombos se relaxaram,
e os seus joelhos batiam um no outro.
Dn 5:7 E ordenou o rei em alta voz, que se introduzissem
os encantadores, os caldeus e os adivinhadores;
e falou o rei, e disse aos sábios de Babilônia:
Qualquer que ler esta escritura, e me declarar
a sua interpretação, será vestido de púrpura,
e trará uma cadeia de ouro ao pescoço,
e no reino será o terceiro governante.
Dn 5:8 Então entraram todos os sábios do rei;
mas não puderam ler o escrito,
nem fazer saber ao rei a sua interpretação.
Dn 5:9 Nisto ficou o rei Belsazar muito perturbado,
e se lhe mudou o semblante;
e os seus grandes estavam perplexos.
Dn 5:10 Ora a rainha, por causa das palavras do rei
e dos seus grandes, entrou na casa do banquete;
e a rainha disse:
Ó rei, vive para sempre;
não te perturbem os teus pensamentos,
nem se mude o teu semblante.
Dn 5:11 Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses s
antos; e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência,
e sabedoria, como a sabedoria dos deuses;
e teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai,
ó rei, o constituiu chefe
dos magos, dos encantadores, dos caldeus,
e dos adivinhadores;
Dn 5:12 porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente,
e conhecimento e entendimento para interpretar sonhos,
explicar enigmas e resolver dúvidas,
ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar.
Chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará a interpretação.
Dn 5:13 Então Daniel foi introduzido à presença do rei.
Falou o rei, e disse à Daniel:
És tu aquele Daniel, um dos cativos de Judá,
que o rei, meu pai, trouxe de Judá?
‘              Dn 5:14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses
está em ti, e que em ti se acham
a luz, o entendimento e a excelente sabedoria.
Dn 5:15 Acabam de ser introduzidos à minha presença
os sábios, os encantadores, para lerem o escrito,
e me fazerem saber a sua interpretação;
mas não puderam dar a interpretação destas palavras.
Dn 5:16 Ouvi dizer, porém, a teu respeito que podes
dar interpretações e resolver dúvidas.
Agora, pois, se puderes ler esta escritura
e fazer-me saber a sua interpretação,
serás vestido de púrpura,
e terás cadeia de ouro ao pescoço,
e no reino serás o terceiro governante.
Dn 5:17 Então respondeu Daniel, e disse na presença do rei:
Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outro;
todavia vou ler ao rei o escrito,
e lhe farei saber a interpretação.
Dn 5:18 O Altíssimo Deus, ó rei, deu a Nabucodonosor, teu pai,
o reino e a grandeza, glória e majestade;
Dn 5:19 e por causa da grandeza que lhe deu, todos
os povos, nações, e línguas tremiam e temiam diante dele;
a quem queria matava, e a quem queria conservava em vida;
a quem queria exaltava, e a quem queria abatia.
Dn 5:20 Mas quando o seu coração se elevou,
e o seu espírito se endureceu para se haver arrogantemente,
foi derrubado do seu trono real,
e passou dele a sua glória.
Dn 5:21 E foi expulso do meio dos filhos dos homens,
e o seu coração foi feito semelhante aos dos animais,
e a sua morada foi com os jumentos monteses;
deram-lhe a comer erva como aos bois,
e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo,
até que conheceu que o Altíssimo Deus tem domínio
sobre o reino dos homens,
e a quem quer constitui sobre ele.
Dn 5:22 E tu, Belsazar, que és seu filho,
não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste tudo isso;
Dn 5:23 porém te elevaste contra o Senhor do céu;
pois foram trazidos a tua presença os vasos da casa dele,
e tu, os teus grandes, as tua mulheres
e as tuas concubinas, bebestes vinho neles;
além disso, deste louvores aos deuses
de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira
e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem;
mas a Deus, em cuja mão está a tua vida,
e de quem são todos os teus caminhos,
a ele não glorificaste.:
Dn 5:24 Então dele foi enviada aquela parte da mão
que traçou o escrito.
Dn 5:25 Esta, pois, é a escritura que foi traçada:
MENE, MENE, TEQUEL, UFARSlM.
Dn 5:26 Esta é a interpretação daquilo:
MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou.
Dn 5:27 TEQUEL:
Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
Dn 5:28 PERES:
Dividido está o teu reino,
e entregue aos medos e persas.
Dn 5:29 Então Belsazar deu ordem,
e vestiram a Daniel de púrpura, puseram-lhe
uma cadeia de ouro ao pescoço,
e proclamaram a respeito dele que seria
o terceiro em autoridade no reino.
Dn 5:30 Naquela mesma noite Belsazar, o rei dos caldeus,
foi morto.
Dn 5:31 E Dario, o medo, recebeu o reino,
tendo cerca de sessenta e dois anos de idade.
A interpretação foi terrível, difícil e nada amigável, pelo contrário detonava ao rei Belsazar, no entanto, o rei percebeu que estava diante da verdade e diante de um homem da verdade e por sua ordem, vestiram Daniel com um manto vermelho, puseram-lhe uma corrente de ouro no pescoço, e o proclamaram o terceiro em importância no governo do reino.
Depois disso, naquela mesma noite, tendo já Daniel recebido os presentes e a sua promoção, o rei foi morto e no seu lugar passou a reinar Dario, o medo, com a idade de 62 anos.
Como havíamos dito no início, os acontecimentos deste capítulo tiveram lugar em 539 a.C., o ano em que a Babilônia caiu diante dos persas. No livro de Esdras veremos que ele resume cronologicamente várias tentativas de interromper os trabalhos de reconstrução do templo[2], durante os reinados de:
·         Ciro em 559-530 a.C. (vs. 1-5).
·         Xerxes em 486-465 a.C. (v. 6).
·         Artaxerxes 1 em 465-424 a.C. (vs. 7-23).
·         Dario 1 em 522-486 a.C. (v. 24).
Pretendemos, depois, fazer um paralelo com essas histórias e com os contemporâneos de Daniel. Aguardem.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


[2] Do livro do mesmo autor - GRANDES LÍDERES DO POVO DE DEUS NO PÓS-EXÍLIO - Aprendendo o segredo da liderança com Esdras, Ester, Neemias e os reis persas Ciro, Dario, Xerxes e Artaxerxes.
...