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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Gênesis 42: 1-38 – OS IRMÃOS DE JOSÉ DESCEM AO EGITO.

Neste capítulo a fome obriga a família de Jacó a buscar comida e mantimentos no Egito. Somente havia comida no Egito por causa de José. O encontro entre José e seus irmãos parece ser pela narrativa inevitável. De fato, José se reencontra com seus irmãos que o trataram mal, mas eles não o reconheceram.
José aqui parece testá-los para ver se realmente mudaram como parecia, pois, diziam que eram homens honestos, homens de retidão.
Foi a fome na terra novamente que os impulsionou a se deslocarem de onde estavam para irem onde Deus queria que fossem. Abraão e Isaque também passaram pelo mesmo problema da fome e agora era Jacó, num grau muito mais severo.
Os rumores de que havia comida no Egito circulavam por todas as partes e bem assim também, quem sabe, a fama de um homem sábio e intérprete de sonhos, excelente administrador na terra do Egito e que não era egípcio que conseguira estocar alimentos e mercadorias para que a terra não fosse de todo assolada.
O fato é que Jacó instrui seus filhos e os enviou ao Egito, mas não enviou Benjamim justamente com a desculpa de que ele poderia também ser devorado no caminho por feras. Será que Jacó soubera de algo ou estava desconfiado do que verdadeiramente ocorrera com José? Ele agora protegia a Benjamim. Seus irmãos, depois do malefício intentado contra seu irmão José, pareciam mais acalmados.
Ao chegarem no Egito dão de cara com José que os reconheceu e eles se inclinaram na terra perante José que logo lembrou-se de seu sonho profético. Ali, era um sinal de Deus para José de que ele Deus estava com ele por todo esse tempo difícil.
José não poderia se revelar diante deles, embora estivesse louco para fazê-lo. Ele precisava ter certeza de que seus irmãos mudaram e que já não eram como era antes quanto o venderam. José então começa a testá-los e pressiona-os dizendo que eram espiões e que estava ali com mal intento.
Seus irmãos se desesperam e tentam arrazoar com ele. José percebe que ali estava faltando Benjamim e pergunta para eles de seu irmão mais novo e exige como prova de que eles estavam falando a verdade a presença de Benjamim ali com eles e assim resolve prender um deles que ficaria no lugar dele até Benjamim chegar.
José escolhe Simeão para ficar ali preso até a volta de Benjamim e despede todos eles com mantimento e no saco de cada um devolve todo o dinheiro da compra dos cereais e mantimentos que eles vieram comprar. Era José armando algo para ver a reação deles.
Graças a Deus que passaram em todos os testes feitos por José e se tivessem sido reprovados? José precisava testá-los até os seus limites e aproveitava a situação e contexto para certificar-se de tudo com sabedoria, inteligência e muita calma.
Gn 42:1 Vendo então Jacó que havia mantimento no Egito,
disse a seus filhos:
Por que estais olhando uns para os outros?
Gn 42:2 Disse mais:
Eis que tenho ouvido que há mantimentos no Egito;
descei para lá, e comprai-nos dali,
para que vivamos e não morramos.
Gn 42:3 Então desceram os dez irmãos de José,
para comprarem trigo no Egito.
Gn 42:4 A Benjamim, porém, irmão de José, não enviou Jacó
com os seus irmãos,
porque dizia:
Para que lhe não suceda, porventura, algum desastre.
Gn 42:5 Assim,
entre os que iam lá foram os filhos de Israel para comprar,
porque havia fome na terra de Canaã.
Gn 42:6 José, pois, era o governador daquela terra;
ele vendia a todo o povo da terra;
e os irmãos de José chegaram
e inclinaram-se a ele,
com o rosto em terra.
Gn 42:7 E José,
vendo os seus irmãos,
conheceu-os;
porém mostrou-se estranho para com eles,
e falou-lhes asperamente, e disse-lhes:
De onde vindes?
E eles disseram:
Da terra de Canaã, para comprarmos mantimento.
Gn 42:8 José, pois, conheceu os seus irmãos;
mas eles não o conheceram.
Gn 42:9 Então José lembrou-se dos sonhos que havia tido deles e disse-lhes:
Vós sois espias, e viestes para ver a nudez da terra.
Gn 42:10 E eles lhe disseram:
Não, senhor meu;
mas teus servos vieram comprar mantimento.
Gn 42:11 Todos nós somos filhos de um mesmo homem;
somos homens de retidão;
os teus servos não são espias.
Gn 42:12 E ele lhes disse:
Não;
antes viestes para ver a nudez da terra.
Gn 42:13 E eles disseram:
Nós, teus servos, somos doze irmãos,
filhos de um homem na terra de Canaã;
e eis que o mais novo está com nosso pai hoje;
mas um já não existe.
Gn 42:14 Então lhes disse José:
Isso é o que vos tenho dito, sois espias;
Gn 42:15 Nisto sereis provados;
pela vida de Faraó,
não saireis daqui senão quando vosso irmão mais novo vier aqui.
Gn 42:16 Enviai um dentre vós,
que traga vosso irmão,
mas vós ficareis presos,
e vossas palavras sejam provadas,
se há verdade convosco;
e se não, pela vida de Faraó,
vós sois espias.
Gn 42:17 E pô-los juntos,
em prisão,
três dias.
Gn 42:18 E ao terceiro dia disse-lhes José:
Fazei isso, e vivereis;
porque eu temo a Deus.
Gn 42:19 Se sois homens de retidão,
que fique um de vossos irmãos preso na casa de vossa prisão;
e vós ide,
levai mantimento para a fome de vossa casa,
Gn 42:20 E trazei-me o vosso irmão mais novo,
e serão verificadas vossas palavras,
e não morrereis.
E eles assim fizeram.
Gn 42:21 Então disseram uns aos outros:
Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão,
pois vimos a angústia da sua alma,
quando nos rogava;
nós porém não ouvimos,
por isso vem sobre nós esta angústia.
Gn 42:22 E Rúben respondeu-lhes, dizendo:
Não vo-lo dizia eu:
Não pequeis contra o menino;
mas não ouvistes;
e vedes aqui,
o seu sangue também é requerido.
Gn 42:23 E eles não sabiam que José os entendia,
porque havia intérprete entre eles.
Gn 42:24 E retirou-se deles e chorou.
Depois tornou a eles, e falou-lhes,
e tomou a Simeão dentre eles,
e amarrou-o perante os seus olhos.
Gn 42:25 E ordenou José,
que enchessem os seus sacos de trigo,
e que lhes restituíssem o seu dinheiro a cada um no seu saco,
e lhes dessem comida para o caminho;
e fizeram-lhes assim.
Gn 42:26 E carregaram o seu trigo sobre os seus jumentos
e partiram dali.
Gn 42:27 E, abrindo um deles o seu saco,
para dar pasto ao seu jumento na estalagem,
viu o seu dinheiro;
porque eis que estava na boca do seu saco.
Gn 42:28 E disse a seus irmãos:
Devolveram o meu dinheiro,
e ei-lo também aqui no saco.
Então lhes desfaleceu o coração,
e pasmavam, dizendo um ao outro:
Que é isto que Deus nos tem feito?
Gn 42:29 E vieram para Jacó, seu pai, na terra de Canaã;
e contaram-lhe tudo o que lhes aconteceu, dizendo:
Gn 42:30 O homem, o senhor da terra,
falou conosco asperamente,
e tratou-nos como espias da terra;
Gn 42:31 Mas dissemos-lhe:
Somos homens de retidão; não somos espias;
Gn 42:32 Somos doze irmãos, filhos de nosso pai;
um não mais existe,
e o mais novo está hoje com nosso pai na terra de Canaã.
Gn 42:33 E aquele homem, o senhor da terra, nos disse:
Nisto conhecerei que vós sois homens de retidão;
deixai comigo um de vossos irmãos,
e tomai para a fome de vossas casas,
e parti,
Gn 42:34 E trazei-me vosso irmão mais novo;
assim saberei que não sois espias,
mas homens de retidão;
então vos darei o vosso irmão
e negociareis na terra.
Gn 42:35 E aconteceu que,
despejando eles os seus sacos,
eis que cada um tinha o pacote com seu dinheiro no seu saco;
e viram os pacotes com seu dinheiro,
eles e seu pai,
e temeram.
Gn 42:36 Então Jacó, seu pai, disse-lhes:
Tendes-me desfilhado;
José já não existe e Simeão não está aqui;
agora levareis a Benjamim.
Todas estas coisas vieram sobre mim.
Gn 42:37 Mas Rúben falou a seu pai, dizendo:
Mata os meus dois filhos,
se eu não tornar a trazê-lo para ti;
entrega-o em minha mão,
e tornarei a trazê-lo.
Gn 42:38 Ele porém disse:
Não descerá meu filho convosco;
porquanto o seu irmão é morto,
e só ele ficou.
Se lhe suceder algum desastre no caminho
por onde fordes,
fareis descer minhas cãs com tristeza à sepultura.

O capítulo termina com Simeão preso no Egito e seus irmãos voltando à terra de Canaã com mantimentos e cereais. Jacó sofre uma nova agonia com a ausência de mais um de seus filhos. Sem entender o que estava acontecendo, temia liberar Benjamim que agora estava sendo requerido na presença daquele homem administrador do Egito para liberar seu outro filho, Simeão. 
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Experiência de oração hoje com a Popó.

Eu orava por ela e pedia para o Senhor a visitar e ela me repreendeu dizendo que não queria visita do Senhor porque ele era Templo de Deus e no seu Templo, Deus não faz visitas, é sua morada. Aprendi mais uma e gostei tanto que agora mudei minha forma de orar e até de pensar. Confesso que depois quando retornei para minha casa tive até vontade de orar por todos....
Dali fui dirigindo meu carro para os Correios e no caminho meditava que eu também era Templo do Senhor, habitação de Deus. Senti-me tão edificado! A Popó? Uma senhora com seus 78 anos, cheia de fé, mulher de oração e de muita intimidade com o Senhor.
Outra coisa que aprendi com isso é que nunca é tarde demais para se aprender, nem tarde demais para se ensinar. Logo, devo continuar a buscar e a estudar e a ser humilde reconhecendo que Deus usa seus vasos independentemente de idade ou de cultura ou de status e importância.
Tenho feito, nos últimos dias muitas perguntas para Deus, principalmente esta: ONDE ESTÁ O DEUS DE ELIAS? – II Re 2:14 “E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR Deus de Elias? Quando feriu as águas elas se dividiram de um ao outro lado; e Eliseu passou. Descobri, então hoje mesmo, que Deus está em seu Templo. E onde está o templo de Deus? Eu sou seu templo! – I Co 3:17.

Isto trouxe um refrigério e um renovar dobrado em minha fé! Que Deus abençoe e visite cada irmão neste dia e nesta semana.

Gênesis 41: 1-57 – JOSÉ INTERPRETA OS SONHOS DE FARAÓ

Este capítulo nos fala de como Deus tirou José da prisão para tornar-se o segundo no Egito, estando abaixo somente de Faraó, máxima autoridade egípcia. Tudo aconteceu ou teve o seu desenrolar a partir da interpretação de sonhos de forma precisa e pontual.
Dois anos haviam se passado desde quando aquele padeiro e aquele copeiro-mor tinham passado por ali, na prisão, onde José tinha interpretado os seus sonhos de forma espetacular e mais fantástico ainda foi que tudo havia se cumprido conforme ele tinha falado. O copeiro-mor que ainda vivia tinha na sua mente tudo registrado, mas se esquecera.
Mas Deus não se esqueceu e no tempo certo visita Faraó com dois sonhos que o deixam agoniado e buscando interpretações para eles. Haviam propósitos de Deus naquilo tudo e naquela pessoa escolhida para ser atormentada por sonhos e no intérprete de sonhos que Deus logo levantaria dentro do Egito, dentro da nação.
Administrar, contar, gerenciar, presidir, governar, fazer, executar todos podem, mas interpretar sonhos, quem é este na terra e entre os homens? Como achar um homem de Deus que interprete sonhos estranhos e perturbadores? De Deus são todas as interpretações!
José mesmo diz que tal capacidade não estava nele, mas que Deus daria resposta boa a Faraó daria sim. O incrível aqui é que José sai de uma prisão em um determinado dia, depois de muitos anos de sofrimento, para estar no ambiente da máxima autoridade daquela nação e com a oportunidade de falar e ser ouvido.
Temos de aprender aqui a esperar o tempo certo de Deus, mas sem com isso trazer para nossa alma o stress da espera que pode tornar o objeto ou a coisa esperada na sua realização um peso devido ainda estarmos presos ao passado que não nos deixa viver o presente. Eu vejo José como um homem curado, mas com marcas terríveis em sua alma.
Faraó, antes de chamar a José, havia tentado obter a sua interpretação com os magos do Egito e seus sábios, mas interpretar sonhos, quem o pode? Ele contou isso a José em desabafo e como aquele que conta desesperado crendo que aquele que ouve tem a palavra na sua boca que irá trazer a sua alma alívio.
José então não perde tempo e vai direto na questão e começa a sua interpretação cirúrgica e precisa. Ele interpreta o seu sonho e Faraó tem os olhos desvendados. Ele ao falar não titubeia e fala com autoridade de quem está falando em nome de alguém, de Deus. Quando alguém resolve uma questão e nos mostra a solução não nos parece que ela estava ali conosco o tempo todo?
Assim foi quando José interpretou os sonhos e foi além, dando conselhos do o que fazer doravante. Deu aula de administração propondo para o problema iminente uma solução gerencial muito boa e Faraó e todos que ouviram se encantaram com José. Resultado? Deus o exaltou sobremaneira naquela terra do Egito para ser o segundo após somente Faraó.
Gn 41:1 E aconteceu que,
ao fim de dois anos inteiros,
Faraó sonhou,
e eis que estava em pé junto ao rio.
Gn 41:2 E eis que subiam do rio sete vacas,
formosas à vista e gordas de carne,
e pastavam no prado.
Gn 41:3 E eis que subiam do rio após elas
outras sete vacas,
feias à vista e magras de carne;
e paravam junto às outras vacas na praia do rio.
Gn 41:4 E as vacas feias à vista
e magras de carne,
comiam as sete vacas formosas à vista e gordas.
Então acordou Faraó.
Gn 41:5 Depois dormiu e sonhou outra vez,
e eis que brotavam de um mesmo pé
sete espigas cheias e boas.
Gn 41:6 E eis que sete espigas miúdas,
e queimadas do vento oriental,
brotavam após elas.
Gn 41:7 E as espigas miúdas
devoravam as sete espigas grandes e cheias.
Então acordou Faraó,
e eis que era um sonho.
Gn 41:8 E aconteceu que
pela manhã o seu espírito perturbou-se,
e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito,
e todos os seus sábios;
e Faraó contou-lhes os seus sonhos,
mas ninguém havia
que lhos interpretasse.
Gn 41:9 Então falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo:
Das minhas ofensas me lembro hoje:
Gn 41:10 Estando Faraó muito indignado contra os seus servos,
e pondo-me sob prisão na casa do capitão da guarda,
a mim e ao padeiro-mor,
Gn 41:11 Então tivemos um sonho na mesma noite,
eu e ele; sonhamos, cada um conforme a interpretação do seu sonho. Gn 41:12 E estava ali conosco um jovem hebreu,
servo do capitão da guarda,
e contamos-lhe os nossos sonhos
e ele no-los interpretou,
a cada um conforme o seu sonho.
Gn 41:13 E como ele nos interpretou,
assim aconteceu;
a mim me foi restituído o meu cargo,
e ele foi enforcado.
Gn 41:14 Então mandou Faraó chamar a José,
e o fizeram sair logo do cárcere;
e barbeou-se
e mudou as suas roupas
e apresentou-se a Faraó.
Gn 41:15 E Faraó disse a José:
Eu tive um sonho,
e ninguém há que o interprete;
mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho
o interpretas.
Gn 41:16 E respondeu José a Faraó, dizendo:
Isso não está em mim;
Deus dará resposta de paz a Faraó.
Gn 41:17 Então disse Faraó a José:
Eis que em meu sonho estava eu em pé na margem do rio,
Gn 41:18 E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne
e formosas à vista, e pastavam no prado.
Gn 41:19 E eis que outras sete vacas subiam após estas,
muito feias à vista e magras de carne;
não tenho visto outras tais, quanto à fealdade,
em toda a terra do Egito.
Gn 41:20 E as vacas magras e feias
comiam as primeiras sete vacas gordas;
Gn 41:21 E entravam em suas entranhas,
mas não se conhecia que houvessem entrado;
porque o seu parecer era feio como no princípio.
Então acordei.
Gn 41:22 Depois vi em meu sonho,
e eis que de um mesmo pé subiam sete espigas cheias e boas;
Gn 41:23 E eis que sete espigas secas, miúdas e queimadas
do vento oriental,
brotavam após elas.
Gn 41:24 E as sete espigas miúdas
devoravam as sete espigas boas.
E eu contei isso aos magos,
mas ninguém houve que mo interpretasse.
Gn 41:25 Então disse José a Faraó:
O sonho de Faraó é um só;
o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
Gn 41:26 As sete vacas formosas são sete anos,
as sete espigas formosas também são sete anos,
o sonho é um só.
Gn 41:27 E as sete vacas feias à vista e magras,
que subiam depois delas,
são sete anos,
e as sete espigas miúdas
e queimadas do vento oriental,
serão sete anos de fome.
Gn 41:28 Esta é a palavra que tenho dito a Faraó;
o que Deus há de fazer,
mostrou-o a Faraó.
Gn 41:29 E eis que vêm sete anos,
e haverá grande fartura em toda a terra do Egito.
Gn 41:30 E depois deles
levantar-se-ão sete anos de fome,
e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito,
e a fome consumirá a terra;
Gn 41:31 E não será conhecida a abundância na terra,
por causa daquela fome que haverá depois;
porquanto será gravíssima.
Gn 41:32 E que o sonho foi repetido duas vezes a Faraó,
é porque esta coisa é determinada por Deus,
e Deus se apressa em fazê-la.
Gn 41:33 Portanto,
Faraó
previna-se agora de um homem entendido e sábio,
e o ponha sobre a terra do Egito.
Gn 41:34 Faça isso Faraó
e ponha governadores sobre a terra,
e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura,
Gn 41:35 E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm,
e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó,
para mantimento nas cidades,
e o guardem.
Gn 41:36 Assim será o mantimento para provimento da terra,
para os sete anos de fome,
que haverá na terra do Egito;
para que a terra não pereça de fome.
Gn 41:37 E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó,
e aos olhos de todos os seus servos.
Gn 41:38 E disse Faraó a seus servos:
Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus?
Gn 41:39 Depois disse Faraó a José:
Pois que Deus te fez saber tudo isto,
ninguém há tão entendido e sábio como tu.
Gn 41:40 Tu estarás sobre a minha casa,
e por tua boca se governará todo o meu povo,
somente no trono eu serei maior que tu.
Gn 41:41 Disse mais Faraó a José:
Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.
Gn 41:42 E tirou Faraó o anel da sua mão,
e o pôs na mão de José,
e o fez vestir de roupas de linho fino,
e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
Gn 41:43 E o fez subir no segundo carro que tinha,
e clamavam diante dele:
Ajoelhai.
Assim o pôs sobre toda a terra do Egito.
Gn 41:44 E disse Faraó a José:
Eu sou Faraó;
porém sem ti ninguém levantará a sua mão
ou o seu pé em toda a terra do Egito.
Gn 41:45 E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia,
e deu-lhe por mulher a Azenate,
filha de Potífera,
sacerdote de Om;
e saiu José por toda a terra do Egito.
Gn 41:46 E José era da idade de trinta anos
quando se apresentou a Faraó, rei do Egito.
E saiu José da presença de Faraó
e passou por toda a terra do Egito.
Gn 41:47 E nos sete anos de fartura a terra produziu abundantemente.
Gn 41:48 E ele ajuntou todo o mantimento dos sete anos,
que houve na terra do Egito;
e guardou o mantimento nas cidades,
pondo nas mesmas o mantimento do campo
que estava ao redor de cada cidade.
Gn 41:49 Assim ajuntou José muitíssimo trigo,
como a areia do mar,
até que cessou de contar;
porquanto não havia numeração.
Gn 41:50 E nasceram a José dois filhos
(antes que viesse um ano de fome),
que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
Gn 41:51 E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse:
Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho,
e de toda a casa de meu pai.
Gn 41:52 E ao segundo chamou Efraim; porque disse:
Deus me fez crescer na terra da minha aflição.
Gn 41:53 Então acabaram-se os sete anos de fartura
que havia na terra do Egito.
Gn 41:54 E começaram a vir os sete anos de fome,
como José tinha dito;
e havia fome em todas as terras,
mas em toda a terra do Egito havia pão.
Gn 41:55 E tendo toda a terra do Egito fome,
clamou o povo a Faraó por pão;
e Faraó disse a todos os egípcios:
Ide a José;
o que ele vos disser, fazei.
Gn 41:56 Havendo, pois, fome sobre toda a terra,
abriu José tudo em que havia mantimento,
e vendeu aos egípcios;
porque a fome prevaleceu na terra do Egito.
Gn 41:57 E de todas as terras
vinham ao Egito,
para comprar de José;
porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
Conforme José interpretou os sonhos de Faraó assim se sucedeu e a fartura veio ao Egito e depois da fartura a grande fome, mas no Egito não havia fome porque ali tinha havido uma administração gerencial que venceu as contingências.
Os povos e nações vizinhas estavam vindo ao Egito comprar comida que tinha em abundância e assim o Egito também ia se enriquecendo e se tornando mais poderosa. Tudo isso por causa de um homem que Deus quis levantar no Egito porque ousou confiar na providência desde quando para lá fora como escravo em caravana.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 15 de setembro de 2013

Gênesis 40: 1-23 – JOSÉ INTERPRETA SONHOS NA PRISÃO.

Estamos diante de José na prisão. São narrados dois eventos de interpretação de sonhos de dois homens que foram também parar numa prisão que são os copeiro-mor e o padeiro de faraó. José interpreta fielmente o sonho de ambos, mas ainda sim, o copeiro-mor não se lembrou dele para falar a Faraó para libertá-lo da sua prisão, numa cova.
O capítulo começa simplesmente dizendo que depois destas coisas, as que foram comentadas no capítulo anterior, envolvendo Judá, Tamar e Peres que aconteceram, que o escritor de Gênesis vai começar a narrar os fatos presentes. Ambas as histórias estão sendo narradas em paralelo. A de Jacó e de seus filhos em Canaã e de José no Egito.
No Egito, ainda José se encontra na prisão. Dá para perceber no desenrolar do capítulo o anseio, sonho e desejo de José de sair dali e ter sua vida de volta. Vemos isso na sua fala e em seus rogos. Embora fosse o prisioneiro de Deus, ali, ele gostaria de sair dali e melhorar sua vida.
Não podemos jamais nos acomodar com nossas vidas, antes buscarmos crescimento, desenvolvimento, prosperidade e aproveitarmos todas as oportunidades com temor a Deus em nossos corações.
Dois fatos novos iriam acontecer naquele dia naquela prisão onde José se encontrava injustamente. Dois novos presos que serviam Faraó diretamente estavam ali com ele, não sem uma razão especial. Eles tiveram oportunidade de conhecerem José e de servi-lo e viram que ele era boa pessoa.
Deus nos aproxima de pessoas que ele quer nos aproximar e devemos ter cuidado de não sermos ignorantes e desprezadores. José foi educado, servil, amigo e ouviu seus sonhos e com eles compartilhou seus momentos difíceis. Ganhando a confiança de José, eles contam seus sonhos e José diz que a interpretação pertence a Deus.
Foi imediatamente que José interpretou o sonho do copeiro-mor e o padeiro ficou maravilhado com a fala de José que demonstrava segurança e energia ao falar. Ali não estaria um embromador, mas alguém que tinha conhecimento e que seria capaz de falar em nome de Deus dando interpretações.
José interpreta o sonho e faz um rogo ao copeiro-mor que ao se cumprir o sonho não se esquece-se de José! No entanto, ele simplesmente se esquece daquele que marcou sua vida não somente com a interpretação correta de seu sonho, mas também com a interpretação, também correta, do padeiro que acabou sua jornada tendo sua cabeça cortada e dada as aves para comerem.
Como poderia aquele copeiro-mor se esquecer? José deve ter ficado indignado. Não foi outro se não Deus que o fez esquecer porque tinha em mente seus propósitos eternos que logo iriam ter seu cumprimento; na hora certa, Deus o lembraria.
Gn 40:1 E aconteceu, depois destas coisas,
que o copeiro do rei do Egito, e o seu padeiro,
ofenderam o seu senhor, o rei do Egito.
Gn 40:2 E indignou-se Faraó muito
contra os seus dois oficiais,
contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor.
Gn 40:3 E entregou-os à prisão,
na casa do capitão da guarda,
na casa do cárcere,
no lugar onde José estava preso.
Gn 40:4 E o capitão da guarda
pô-los a cargo de José, para que os servisse;
e estiveram muitos dias na prisão.
Gn 40:5 E ambos tiveram um sonho,
cada um seu sonho,
na mesma noite,
cada um conforme a interpretação do seu sonho,
o copeiro e o padeiro do rei do Egito,
que estavam presos na casa do cárcere.
Gn 40:6 E veio José a eles pela manhã,
e olhou para eles,
e viu que estavam perturbados.
Gn 40:7 Então perguntou aos oficiais de Faraó,
que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor, dizendo:
Por que estão hoje tristes os vossos semblantes?
Gn 40:8 E eles lhe disseram:
Tivemos um sonho,
e ninguém há que o interprete.
E José disse-lhes:
Não são de Deus as interpretações?
Contai-mo,
peço-vos.
Gn 40:9 Então contou o copeiro-mor o seu sonho a José,
e disse-lhe:
Eis que em meu sonho havia uma vide diante da minha face.
Gn 40:10 E na vide três sarmentos,
e brotando ela, a sua flor saía,
e os seus cachos amadureciam em uvas;
Gn 40:11 E o copo de Faraó estava na minha mão,
e eu tomava as uvas,
e as espremia no copo de Faraó,
e dava o copo na mão de Faraó.
Gn 40:12 Então disse-lhe José:
Esta é a sua interpretação:
Os três sarmentos são três dias;
Gn 40:13 Dentro ainda de três dias Faraó levantará a tua cabeça,
e te restaurará ao teu estado,
e darás o copo de Faraó na sua mão,
conforme o costume antigo,
quando eras seu copeiro.
Gn 40:14 Porém lembra-te de mim,
quando te for bem;
e rogo-te que uses comigo de compaixão,
e que faças menção de mim a Faraó,
e faze-me sair desta casa;
Gn 40:15 Porque, de fato,
fui roubado da terra dos hebreus;
e tampouco aqui nada tenho feito
para que me pusessem nesta cova.
Gn 40:16 Vendo então o padeiro-mor que tinha interpretado bem, disse a José:
Eu também sonhei,
e eis que três cestos brancos estavam sobre a minha cabeça;
Gn 40:17 E no cesto mais alto
havia de todos os manjares de Faraó,
obra de padeiro;
e as aves o comiam do cesto,
de sobre a minha cabeça.
Gn 40:18 Então respondeu José, e disse:
Esta é a sua interpretação:
Os três cestos são três dias;
Gn 40:19 Dentro ainda de três dias Faraó tirará
a tua cabeça
e te pendurará num pau,
e as aves comerão a tua carne de sobre ti.
Gn 40:20 E aconteceu ao terceiro dia,
o dia do nascimento de Faraó,
que fez um banquete a todos os seus servos;
e levantou a cabeça do copeiro-mor,
e a cabeça do padeiro-mor,
no meio dos seus servos.
Gn 40:21 E fez tornar o copeiro-mor ao seu ofício de copeiro,
e este deu o copo na mão de Faraó.
Gn 40:22 Mas ao padeiro-mor enforcou,
como José havia interpretado.
Gn 40:23 O copeiro-mor, porém,
não se lembrou de José,
antes se esqueceu dele.

O copeiro-mor, porém não se lembrou de José! É tudo Deus quem faz! Se é tudo Deus quem faz, devo cruzar meus braços? A própria pergunta reflete o grau de entendimento do perguntador sobre Deus e sua soberania: nada! Deus não anula a sua criatura, nem violenta sua liberdade. Todo homem será responsável por todos os seus atos, pensamentos, palavras e omissões.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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Ética na Política - uma visão reformada



O Tempora, O Mores


Posted: 14 Sep 2013 06:51 PM PDT
O clamor por “ética na política” se faz ouvir em toda parte. Todavia, desconstruído pelo relativismo moral e pelo individualismo de nossos dias, qualquer clamor por “ética na política” carece de fundamentos coerentes que lhe permitam fazer pronunciamentos morais e moralizantes. Qual a base para se clamar por honestidade, sensibilidade, verdade, sinceridade, integridade e altruísmo na política se estes são conceitos considerados relativos e subordinados ao pragmatismo individualista, conforme a mentalidade de nossa época? Qual a base para se clamar em prol dos oprimidos, excluídos e sem-nada do nosso país se o ser humano é visto como fruto do meio e da seleção natural, onde sobrevivem os mais aptos, leia-se, os mais espertos, independentemente dos meios que se utilizam para isto?

Em grande parte, este vácuo de absolutos foi gerado pela secularização gradual das culturas e do Estado e pelo abandono no Ocidente dos valores morais e espirituais do cristianismo, que um dia serviram de fundamento para o surgimento das políticas democráticas. O humanismo materialista, centrado no anthropos, não tem conseguido produzir um sistema de valores abrangente que permita uma chamada coerente à ética na política. Não isento aqui a Igreja de culpa. Por muitas vezes ela simplesmente entregou o mundo ao diabo. Como, talvez, aqui no Brasil.

Acredito, todavia, que a fé reformada oferece as condições necessárias para um clamor coerente por ética na política brasileira. A força política da Reforma se fundamenta em diversas premissas sobre Deus e sobre o homem ensinadas na revelação bíblica. São elas: a igualdade de todos os homens diante de Deus, a vocação individual de cada ser humano por Deus e a doutrina do sacerdócio universal de todos os cristãos genuínos. Essa última premissa entende que a autoridade deve ser exercida como uma delegação concedida por Deus ao povo e do povo aos governantes. Uma outra premissa é a doutrina da autoridade das Sagradas Escrituras. Historicamente, a Bíblia foi instrumento eficaz para despertar o povo para estudar, instruir-se e assim gerir seus destinos. E essa Bíblia ensina que as autoridades políticas são constituídas por Deus e respondem diante dele pelo exercício do poder. Conforme o estudioso francês André Biéler, “a democracia não consegue instalar-se nem permanecer lá, onde as premissas religiosas ou filosóficas profundas das populações são estranhas aos princípios evangélicos, iluminados pelo Cristianismo reformado”.

O principal conceito da visão reformada quanto à política é que somente Deus tem poder absoluto. Desse conceito decorrem vários princípios que moldam a visão reformada da política e apontam o caminho da ética. Menciono alguns deles.

1) A fé reformada faz a clara distinção entre Igreja e Estado, mas vê toda autoridade como procedente de Deus (Epístola aos Romanos 13). Os governantes são vistos como servos de Deus neste mundo, para através da política e do exercício do poder promover o bem comum, recompensar os bons e punir os maus. Como tal, haverão de responder diante de Deus pela corrupção na política, pela insensibilidade e pelo egoísmo. A visão do cargo político como sendo uma delegação divina desperta no povo o devido respeito pelas autoridades, mas, ao mesmo tempo, produz nestas autoridades o senso crítico do dever.

2) A fé reformada resiste ao conceito da soberania absoluta do Estado, “um produto do panteísmo filosófico alemão” (Abraham Kuyper, 2002, p. 96) e ao conceito da soberania absoluta do povo, conforme defendido pela revolução francesa. O poder reside em Deus. Tanto o poder do Estado quanto do povo são delegados por ele visando a organização da humanidade. Como conseqüência, a fé reformada defende que nenhum ser humano tem poder sobre outro, a não ser quando delegado por Deus, ao ocupar um cargo de autoridade. Desta forma, a fé reformada se levanta contra toda opressão política à mulher, ao pobre e ao estrangeiro, contra todo sistema político que produza escravidão, contra o conceito de castas e da distinção entre sacerdotes e leigos.

3) Já que o poder não é intrínseco ao ser humano, mas uma delegação divina, deve-se resistir pelos meios corretos a quem exerce o poder político em desacordo com a vontade de Deus. Esta vontade divina para os governantes se encontra claramente expressa na Bíblia, como por exemplo, nos Dez Mandamentos. Entre eles encontramos proposições como “não furtarás”, “não dirás falso testemunho”, “não matarás”. Esses mandamentos refletem absolutos éticos presentes em todas as civilizações, em função de todos os seres humanos levarem em sua constituição a imagem e semelhança de Deus – com maior ou menor precisão, em função da imperfeição moral existente na humanidade. Nenhum governante tem imunidade contra a Lei de Deus. Na tradição protestante reformada, resistir à corrupção na política é dever de todos e a vontade de Deus para cada cristão verdadeiro.

4) A corrupção na política é vista pela fé reformada como tendo origem primariamente no coração dos seres humanos. A Bíblia afirma que não há sequer uma pessoa justa neste mundo. “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Jesus Cristo disse que é do coração dos homens e das mulheres que procedem “maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15.19-20). Quando a causa é identificada, há condições de se buscar o remédio adequado. Aqui se percebe a insuficiência de éticas humanistas reducionistas, que analisam apenas aspectos sociológicos e antropológicos da corrupção na política, deixando de incluir a dimensão pessoal: egoísmo, maldade, crueldade, despotismo, avareza, inveja, cobiça. O protestantismo reformado prega uma conversão interior dos governantes e dos governados a Deus, que se arrependam do mal e pratiquem obras de justiça.

5) Por fim, o conceito de graça comum (concedida a todos) ensina que há princípios gerais que, se seguidos e aplicados, produzirão a ética na política. Segundo este conceito, Deus abençoa a humanidade em geral com virtudes e qualidades, independentemente das convicções religiosas e políticas das pessoas. É por este motivo que encontramos quem se professa cristão e não tem ética, e encontramos a ética funcionando pelas mãos de quem não se declara cristão. Ao reconhecer a graça comum de Deus, a fé reformada entende que o caminho para a ética na política não é necessariamente converter todos ao cristianismo e nem colocar em cargos políticos quem se professa cristão, mas contribuir para que os princípios acima mencionados sejam reconhecidos e exercidos por todos, independentemente da convicção religiosa.

Não custa sonhar que um dia a fé reformada, mediante a pujança da Igreja, possa influenciar nosso país e moldar nossa cultura com uma cosmovisão bíblica, oferecendo as bases morais, espirituais e lógicas para ética na política.

[Esse post é baseado na Carta de Princípios 2006 da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que tive o privilégio de elaborar]

Obras Mencionadas

BIÉLER, André, 1999. A Força Oculta dos Protestantes. São Paulo: Editora Cultura Cristã.

KUYPER, Abraham, 2002. Calvinismo. São Paulo: Editora Cultura Cristã.

Ref.: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/09/etica-na-politica-uma-visao-reformada.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+blogspot/wFUcB+(O+Tempora,+O+Mores)