quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
quarta-feira, janeiro 07, 2015
Jamais Desista
Isaías 41:1-29 - DEUS É PODEROSO PARA CONDUZIR TODAS AS NAÇÕES.
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
Como já dissemos, as inúmeras profecias
nessa parte, que ocupa uns 26 capítulos deste livro, e estamos no 41/66, foram
direcionadas, basicamente, aos exilados na Babilônia para encorajá-los a
escapar de seus captores e retornar, pela fé, à Terra Prometida (47:20-21).
Também nós dividimos essa quarta última
parte em quatro outras partes principais: A. O chamado de Isaías para proclamar
a restauração (40:1-11) – já vista;
B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo
na Babilônia (40:12 – 44:23) – começaremos
a ver agora; C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 –
55:13); e, D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava
percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o
seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23).
Como também já dissemos, dos versos 40:12
ao cap. 44.23, estaremos vendo o poder de Deus na restauração do povo de Deus,
sendo que muitos duvidavam de que isso seria mesmo possível. As profecias
proferidas visavam assegurar aos israelitas no exílio que eles não precisavam
temer, pois que Deus seria plenamente capaz de cumprir a promessa da aliança.
Também essa parte “B” foi dividida em 13
blocos ou: 1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31) – já vista; 2. Um pronunciamento judicial
contra as nações (41:1-7) – veremos agora;
3. Salvação para Israel (41:8-20) – veremos
agora; 4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29) – veremos agora; 5. Salvação para Israel
(42:1-17); 6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de Deus (42:18-25); 7.
Salvação para Israel (43:1-7); 8. Um pronunciamento judicial contra as nações e
os ídolos (43:8-13); 9. Salvação para Israel (43:14-21); 10. Uma discussão
sobre a justiça de Deus (43:22-28); 11. Salvação para Israel (44:1-5); 12. Um
pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (44:6-20); e, 13. Salvação para Israel (44:21-23).
2. Um pronunciamento judicial contra as nações (41:1-7).
Seria Deus mesmo capaz de restaurar Israel
estando toda a nação debaixo de um cativeiro, nas mãos de outra tão grande e
terrível nação? Essa era a dúvida pela qual nesses primeiros sete versículos,
Isaías fará seu pronunciamento contra as nações.
A resposta de Isaías às objeções quanto à
capacidade de Deus de restaurar Israel está na forma de um discurso judicial
contra essas nações.
No verso primeiro, a partir dele, todas as
nações são chamadas a reconhecerem a soberania do Senhor e a enxergarem a mão
de Deus na História. Jamais em tempo algum Deus abandonou as coisas ou as
entregou para seguirem seus próprios destinos como que desinteressado delas por
causa de sua transcendência, pelo contrário, quando ele julga elas e entra em
juízo, ele está sendo imanente e interessado no seu destino, em especial mesmo
com relação ao seu povo, seus escolhidos.
Às vezes nos parece difícil vermos isso
diante de tantas opressões que vemos no mundo como foram, mais recentes, os
casos que resultaram na primeira e na segunda grande guerra mundial. Hoje vemos
uma outra opressão vinda dos países muçulmanos cujo viver mesmo é um atentado à
vida de tantas pessoas inocentes que eles chama de infiéis e sem misericórdias
as executam ou as sacrificam por suas causas.
No verso 2 Isaías está dizendo que foi Deus
que do oriente, suscitou Ciro o Grande, da Pérsia (559-530 a.C.), a cujos
passos segue a vitória.
Ciro foi vitorioso em estabelecer uma nova
ordem (44:24-45:5,13; 46:11). As nações estavam debaixo da autoridade do Senhor,
ainda que vivendo como se Deus não existisse, desprezando todo direito e toda
justiça e oprimindo todos os povos, inclusive os de seu próprio reino.
Por isso, elas desempenhariam qualquer
papel que lhes tosse atribuído para redimir Israel do exílio (45:1; 49:7,22-23;
52:15; 60:3,16). É ele, Deus, quem faz com que as nações se lhe submetam, como
se fosse um resgate por Israel (43:3).
As conquistas de Ciro, devido a sua grande
foça militar, foram rápidas (cf. 46:11) e precisas por que Deus as entregava em
suas mãos. Nenhuma nação ou reino poderia se lhe opor, sendo que Deus já o
tinha feito vitorioso e por meio dele exercia o seu juízo contra todas as
nações e reinos, inclusive contra o seu próprio povo.
No verso 4, uma pergunta retórica. Foi, é,
continará sendo Deus a ordenar a história humana e toda a sua criação (Na BEG, veja
as notas sobre 11.2; 40.21). Ele, o SENHOR mesmo, uma significativa fórmula da
autoidentificação divina (43.10,13; 46.4). "Eu mesmo" é uma forma
reduzida de "Eu (sou) o SENHOR" (41:13; 42:8; 43:3,15; 44:24; 45:3,5-6;
48:17; 49:23; 51:15; 60:22; Jo 6:35; 8:12,58; 9:5; 10:7,9,11,14; 11:25; 14:6;
15:1,5).
O Senhor é o Deus dos patriarcas e, como
tal, ele prometeu estar com o seu povo; ele é o Deus do passado, do presente e
do futuro, e cumprirá as suas promessas (cf. Êx 3:14-15; 6:6-8; Ez 20:5,7; Ap 4:8).
Ele é o nosso Deus das promessas[1] e
já nos fez tantas que daria para escolher uma por dia.
Aproveite a oportunidade para meditar em
suas promessas para você não ir desanimando pelo caminho, pois breve chegará a
hora, a nossa hora de triunfo, como já chegou para milhares e milhões e bilhões
de pessoas em todo o mundo e, em breve, quando todos ressuscitaremos e
viveremos para sempre – vida eterna – com o Senhor. Afinal de contas tudo está
no controle absoluto de Deus, o Senhor (vs. 27; 44:6; 48:12; cf: Hb 13:8; Ap 1:8,17;
2:8; 21:6; 22:13).
Em resposta ao desafio do Senhor às nações,
no vs. 1, as mesmas temeram e, por conta disso, entraram em rebelião. Um ao
outro ajudaram e disseram para serem fortes, mas do que adianta toda força
quando se está nadando contra a maré da vida?
No verso 7, novamente a polêmica de Isaías
contra a idolatria. Do que adianta confiar em deuses que não são deuses e que
necessitam de um artífice para os sustentar? Poderiam tais deuses ajudarem as
nações contra aquele que viria do Oriente?
3. Salvação para Israel (41:8-20).
Repare que entre os capítulos de Isaías do
40 ao 55, o título de "servo" é concedido implicitamente a Ciro (45:1-4)
e explicitamente aos profetas de Deus (44:26), à nação (aqui) e ao Messias (42:1-4).
Essas aplicações frequentemente se mesclam, embora às vezes elas devam ser
mantidas separadas, como quando o antigo Israel mostrou-se cego e surdo (42:18),
rebelde (46:3,8,12) e carente da salvação do servo alerta e obediente (49:5; 50:4-5;
53:6).
Deus prometeu estar com o seu povo, lutar
as suas batalhas e libertá-lo (8:8,10; 43:2,5; 45:14; cf: II Cr 20:17; At 18:9-10).
“Eu sou o teu Deus” é a principal promessa
da aliança (41:13-14; 43:1,5; 44:2,8; 51:12; Gn 17:7; 21:17; 26:24; Dt 20:1; 31:6,8;
Lv 26:12; Jr 32:38; Ez 37:27; 2Co 6:16). Hoje, em Cristo Jesus, podemos até
dizer pelo Espírito Santo que “nós temos a mente de Cristo” I Co 2:16 – isso é
demais”. É, assim, Deus que nos fortalece e que nos sustenta, que estaria
presente por meio da libertação cheia de graça, exaltando e defendendo os seus
filhos (v. 13; 42.1; 44.2; 48.13; 49.8; 50.7; 63.12), que nos conduziria com a
sua destra fiel e que estabeleceria ordem na terra, mediante o seu poder, como tinha
feito com êxito, no êxodo (63.12; Êx 15.6).
Envergonhados – vs. 11 – e confundidos
estariam todos os que estariam indignados contra o povo de Deus. E aos que pelejariam
ou os buscariam para os dominar, não os achariam e ainda seriam reduzidos a
nada e a coisa nenhuma, de nenhum valor, principalmente os que insistissem em
guerrear contra os escolhidos do Senhor.
No verso 13, ele volta a afirmar que ele é
o SENHOR, seu Deus que nos toma pela sua mão direita como um pai ao seu filho e
que o consola e o conforta e o anima dizendo para não temer. Não temas! – vs 14.
O termo em hebraico para seu redentor designa
o protetor da família. Para um membro da família em apuros esse "vingador
do sangue", entre outras coisas, podia vingar um assassinato (Nm 35:19) e
redimir um escravo (Lv 25:27-49). O Deus Santo se lança para defender o seu
povo (43.14-15; 45.11; 47.4; 48.17; 49.7; 54.5; 57.15), para vingá-lo, para
redimi-lo.
Nos versos de 15 e 16, de um povo fraco e
sem qualquer defesa, ele o Senhor o faria um trilho cortante, novo e de lâminas
duplas que trilharia os montes e reduziria a palha os outeiros. Depois os
padejaria, mas o vento os levaria e o redemoinho os espalharia e, em
consequência, alegrarias sobremaneira no Senhor e em seu nome gloriarias para
sempre.
41.17-20 O Senhor das promessas, nos versos
de 17 a 20, promete restauração ao
humilde e ao necessitado.
Aos aflitos e necessitados que buscam águas,
ou sejam, os exilados que voltavam e todos aqueles que buscam o favor de Deus,
encontrariam a salvação de Deus que ouviria o seu clamor, estando sua boca e
línguas secas.
O Senhor abriria rios nos altos desnudos e
fontes nos meios dos vales, tornando o deserto em açudes de águas e a terra
seca em mananciais, onde seriam abundantes toda vegetação e espécies vivas da natureza
mediante transformação da criação e, consequentemente, da renovação do
compromisso com a aliança do Senhor.
Esse também é o quadro daqueles que
anunciam as boas novas da salvação que anunciam novos tempos para os gentios,
para todos os povos que se encontram desesperados por uma saída e não as
encontra por causa da idolatria e da rejeição do homem contra Deus.
4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29).
Finalizando o capítulo, dos versos de 21 ao
29, o Senhor prova a sua grandeza fazendo pronunciamentos contra os ídolos.
Esse segundo pronunciamento contra a
descrença em Israel nessa seção (veja vs. 1-7) é um discurso judicial que se
concentra nos ídolos que representavam os poderes sobrenaturais por trás das
nações gentias (cf. Sl 82).
No mundo antigo tinha-se como certo que a
deidade principal de uma nação conquistada passava a sujeitar-se à divindade da
nação que a havia capturado.
No entanto, isso não era a verdade para o
caso da nação de Deus. Isaías argumenta que não era esse o caso em relação ao
cativeiro de Israel. Ninguém tinha subjugado o Senhor, pelo contrário, ele
estava disciplinando o seu povo e fazendo os passar pela peneira onde somente
continuariam os remanescentes, seus escolhidos, para darem continuidade ao seu
reino à espera do Messias que em breve viria.
Somente o Senhor planeja, declara e executa
profecias:
·
De
acontecimentos passados, especialmente quanto a Israel e a Judá serem
abandonadas por Deus, como aquelas registradas nos caps. 1 ao 35 (42:9; 43:9,18;
46:9; 48:3; 65:7,17).
·
De
profecias de coisas futuras, sobre as coisas que "hão de vir" (vs.
23), a era do favor do Senhor e o pleno estabelecimento do seu reino, como as
apresentadas nos caps. 40 ao 66 (42:23; 44:7; 45:11; 46:10).
Essa era do favor do Senhor e do pleno
estabelecimento do seu reino:
·
Foi
oferecida a Israel quando da restauração do exílio em 539 a.C.
·
Foi
inaugurada com a obra de Cristo, na sua primeira vinda gloriosa e vitoriosa.
·
Será
consumada em sua volta.
Isaías desafia os poderes dos deuses que
não são deuses, das forças que se dizem poderosas e, em seguida, zombou delas,
dos seus deuses, pedindo que eles fizessem qualquer coisa que fosse; eles,
porém, eram, e são, totalmente impotentes.
Deus condenava e condena aqueles que não
dependem dele (vs. 29; 44:9), que nada fazem e que escolhem a abominação em seu
lugar, por causa da sua vaidade e orgulho.
Dos versos de 25 a 29, concluindo o
capítulo 41, logo ficaria evidente que, em lugar dos ídolos, o Senhor é que é o
Deus onipotente que realiza seus propósitos como lhe apraz.
Ele, Deus, suscita Ciro veio da Pérsia, no
Oriente. Ciro conquistou a Média em 549 a.C., o que fez dele o governante dos
territórios ao norte da Babilônia.
Esse rei executou a vontade do Senhor, muito
provavelmente sem dar-se conta disso (45:4-5; II Cr 36:23; Ed 1:1-4 – em Esdras
ele até chega a mencionar o Senhor como aquele que o estaria comissionando a
edificar uma casa ao Senhor em Jerusalém.
Is 41:1
Calai-vos perante mim, ó ilhas,
e
os povos renovem as forças;
cheguem-se,
e então falem;
cheguemo-nos
juntos a juízo.
Is
41:2 Quem suscitou do oriente o justo e o chamou para o seu pé?
Quem
deu as nações à sua face e o fez dominar sobre reis?
Ele
os entregou à sua espada como o pó
e
como pragana arrebatada
pelo
vento ao seu arco.
Is
41:3 Ele os persegue e passa em paz,
por
uma vereda por onde os seus pés
nunca
tinham caminhado.
Is
41:4 Quem operou e fez isto, chamando as gerações
desde
o princípio?
Eu
o SENHOR, o primeiro,
e
com os últimos eu mesmo.
Is
41:5 As ilhas o viram, e temeram;
os
fins da terra tremeram; aproximaram-se, e vieram.
Is
41:6 Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te.
Is
41:7 E o artífice animou ao ourives,
e
o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna,
dizendo
da coisa soldada: Boa é.
Então
com pregos a firma, para que não venha a mover-se.
Is
41:8 Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó,
a
quem elegi descendência de Abraão, meu amigo;
Is
41:9 Tu a quem tomei desde os fins da terra,
e
te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse:
Tu
és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei.
Is
41:10 Não temas, porque eu sou contigo;
não
te assombres, porque eu sou teu Deus;
eu
te fortaleço, e te ajudo, e te sustento
com
a destra da minha justiça.
Is
41:11 Eis que, envergonhados e confundidos serão
todos
os que se indignaram contra ti;
tornar-se-ão
em nada, e os que contenderem contigo,
perecerão.
Is
41:12 Buscá-los-ás, porém não os acharás;
os
que pelejarem contigo, tornar-se-ão em nada,
e
como coisa que não é nada,
os
que guerrearem contigo.
Is
41:13 Porque eu, o SENHOR teu Deus, te tomo
pela
tua mão direita; e te digo:
Não
temas, eu te ajudo.
Is
41:14 Não temas, tu verme de Jacó, povozinho de Israel;
eu
te ajudo, diz o SENHOR, e o teu redentor
é
o Santo de Israel.
Is
41:15 Eis que farei de ti um trilho novo, que tem dentes agudos;
os
montes trilharás e moerás; e os outeiros tornarás
como
a pragana.
Is
41:16 Tu os padejarás e o vento os levará,
e
o redemoinho os espalhará; mas tu te alegrarás
no
SENHOR e te gloriarás no Santo de Israel.
Is
41:17 Os aflitos e necessitados buscam águas, e não há,
e
a sua língua se seca de sede; eu o SENHOR os ouvirei,
eu,
o Deus de Israel não os desampararei.
Is
41:18 Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales;
tornarei
o deserto em lagos de águas,
e
a terra seca em mananciais de água.
Is
41:19 Plantarei no deserto o cedro, a acácia, e a murta,
e
a oliveira; porei no ermo juntamente a faia, o pinheiro
e
o álamo.
Is
41:20 Para que todos vejam, e saibam, e considerem,
e
juntamente entendam que a mão do SENHOR fez isto,
e
o Santo de Israel o criou.
Is
41:21 Apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR;
trazei
as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó.
Is
41:22 Tragam e anunciem-nos as coisas que hão de acontecer;
anunciai-nos
as coisas passadas, para que atentemos
para
elas, e saibamos o fim delas;
ou fazei-nos
ouvir as coisas futuras.
Is
41:23 Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir,
para
que saibamos que sois deuses;
ou
fazei bem, ou fazei mal,
para
que nos assombremos, e juntamente o vejamos.
Is
41:24 Eis que sois menos do que nada e a vossa obra
é
menos do que nada; abominação é quem vos escolhe.
Is
41:25 Suscitei a um do norte, e ele há de vir;
desde
o nascimento do sol invocará o meu nome;
e
virá sobre os príncipes, como sobre o lodo e,
como
o oleiro pisa o barro, os pisará.
Is
41:26 Quem anunciou isto desde o princípio,
para
que o possamos saber, ou desde antes,
para
que digamos: Justo é?
Porém
não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste,
nem
tampouco quem ouça as vossas palavras.
Is
41:27 Eu sou o que primeiro direi a Sião:
Eis
que ali estão; e a Jerusalém
darei
um anunciador de boas novas.
Is
41:28 E quando olhei, não havia ninguém; nem mesmo entre estes,
conselheiro
algum havia a quem perguntasse
ou
que me respondesse palavra.
Is
41:29 Eis que todos são vaidade;
as
suas obras não são coisa alguma;
as
suas imagens de fundição são vento e confusão.
Novamente uma pergunta retórica - vs. 26 - sobre quem teria anunciado
previamente isso exatamente como iria acontecer?
O Senhor foi o primeiro que disse a Sião “Eis!
Ei-los aí!” e a Jerusalém que estaria dando um mensageiro, provavelmente o
próprio Is prefigurando, ambos, O Senhor e os mensageiros do Senhor com suas
notícias de novas de salvação para todos os povos.
As nações e seus ídolos eram impotentes. A avaliação
que o Senhor faz dos ídolos conclui que eles eram uma nulidade – 40:18-20;
41:7, 21-24; 44:9 – sem poder algum para manter ou livrar Israel do cativeiro.
[1] Aproveite
para ler e refletir em “DEUS DE PROMESSAS - Reflexões bíblicas no livro de
Josué.” Disponível em: www.agbook.com.br
- formato impresso e em www.ossemeadores.com.b r e http://pt.scribd.com/doc/210882681/DEUS-DE-PROMESSAS
- em formato ebook.
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terça-feira, 6 de janeiro de 2015
terça-feira, janeiro 06, 2015
Jamais Desista
Isaías 40:1-31 - ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO - OS QUE ESPERAM NO SENHOR SÃO COMO AS ÁGUIAS.
Chegamos,
finalmente, à última parte do livro de Isaías que abordará o julgamento da Babilônia.
As
inúmeras profecias nessa parte, que ocupa uns 26 capítulos deste livro, foram
direcionadas, basicamente, aos exilados na Babilônia para encorajá-los a
escapar de seus captores e retornar, pela fé, à Terra Prometida (47:20-21).
O
encorajamento, nesses capítulos, está baseado, em parte, no seu caráter
sobrenatural (41:21-28). É interessante observar que essas profecias (ver BEG),
feitas mais de um século e meio antes, prediziam surpreendentes detalhes da
libertação de Israel, incluindo o papel do imperador persa Ciro (44:24; 45:1 3)
e o notável papel do servo sofredor (42:1-7; 49:1-13; 50:4-11; 52,13).
Dividiremos
essa última parte em quatro outras partes principais: A. O chamado de Isaías
para proclamar a restauração (40:1-11); B. A capacidade e a determinação de
Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23); C. Os
dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13); e, D. O caminho
de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar
da restauração (56:1 – 66:24).
Nos
primeiros 11 versos deste capítulo, veremos o chamado de Isaías para proclamar
a restauração aos exilados. Assim como Deus havia anteriormente chamado Isaías
para um ministério de julgamento (7:11-13), Isaías relata agora como Deus o
chamou para confirmar ao povo a libertação do exílio babilônico vinda de Deus,
que o profeta predissera nos dias de Ezequias (39:5-7).
Também
esses versos podem ser divididos em quatro partes: o chamado de Deus para
confortar. (vs. 1 e 2); a mensagem (vs. 3-5), a hesitação de Isaías (vs. 6-8) e
um chamado final à proclamação (vs. 9-11).
O chamado de Deus
para confortar (vs. 1 e 2).
Nos
versos 1 e 2, temos o chamado de Deus ao profeta para dar uma palavra de
conforto e de consolo ao povo de Deus do exílio. O profeta prega a palavra de
Deus, a sua mensagem, de consolo aos exilados.
É
uma ordem dupla “consolai, consolai” como se Deus estivesse se dirigindo às
hostes celestiais, muitas das quais estavam participando dos acontecimentos (vs.
6; 44:26). A repetição é um recurso literário da literatura hebraica dando
ênfase e indicando a intensidade do desejo de Deus de que a sua mensagem de
consolo fosse transmitida (cf. 51:9,17; 52:1,11; 57:14; 62: 10; 65:1).
Embora
o povo – o povo de Deus - tivesse se
rebelado e fosse temporariamente repudiado (Os 1:8), Deus libertaria do
cativeiro um remanescente que representaria a continuação de Israel (Os 1:10;
2:1). Essa frase “meu povo” ocorre com frequência em Isaías como uma designação
afetuosa do povo de Deus (1:3; 3:12,15; 5:13; 14:25; 26:20; 32:13,18; 43:20;
51:4,16; 53:8; 58:1; 61:7; 65:10,22). Também vemos essa mesma frase sendo
citada em diversos outros livros da Bíblia, desde Gênesis até o Apocalipse. Um
exemplo simples, encontramos em determinado momento da narrativa em Êxodos,
onde vemos Deus falando com Moisés se referindo ao seu povo como o povo de
Moisés: “o teu povo que tu tiraste do Egito” – Ex 32:7. Isso significa que
aquele que Deus levanta como profeta, sacerdote ou rei, na liderança de seu
povo, carrega com ele a responsabilidade pelo povo de Deus.
Também
vemos que ao longo de toda a Bíblia, o povo de Deus vai sempre sofrendo cortes
ou afunilamentos sendo desprezado a grande maioria e sobrevivendo apenas o
remanescente. O maior de todos os afunilamentos se deu com o dilúvio onde
milhões ou bilhões de pessoas perderam a sua vida para somente continuarem
vivas apenas 8 pessoas das quais todos nós descendemos atualmente.
As
ordens – vs. 2 “falai”, “bradai-lhe” - continuam a ser plurais, ou seja,
repetidas buscando com isso dar ênfase ao que Deus queria falar. Essa mensagem
deveria tocar os anseios mais profundos do fiel em exílio. Para o fiel, a
cidade de Jerusalém era o centro da bênção de Deus.
O
povo enfrentava o sofrimento por causa do pecado e o exílio de Israel e de Judá
era uma forma de penitência onde os seus pecados sofreriam a justa punição
trazendo o consequente perdão. O remanescente justo, embora desejasse, não
poderia pagar ou saldar a sua dívida. Se ele pudesse pagar pelos seus próprios
pecados, tornar-se-ia desnecessária a morte de Cristo para satisfazer a justa
ira de Deus. Em vez disso, os remanescentes enfrentariam o tempo de castigo e,
nesse sentido, encontrariam expiação temporária pelas violações da aliança. A
expressão "em dobro" significa “o equivalente", ou “a quantidade
certa". A justiça fora satisfeita (51:19) e Deus estava pronto para
perdoar (43:24; 44:22; 48:9; Ap 1:5).
A mensagem (vs. 3-5).
Dos
versos 1 a 3, a ordem plural, e agora, a mensagem que deveria ser pregada: a
mensagem de consolo! O profeta relata ouvir uma voz celestial que proclama o
conteúdo da mensagem de consolo.
Outra
voz, talvez a de um arauto celestial (vs. 6, 9), transmite o conteúdo da
mensagem de consolo. Ao ouvir isso, o próprio Isaías levou essa mensagem ao
povo de Deus. Os Evangelhos referem-se a essa passagem e identificam João
Batista como alguém que também proclamou essa mensagem nos dias de Jesus, o
cumprimento final da profecia de libertação do cativeiro (Mt 3:3; Mc 1:3; Lc
1:76; 3:4-5; Jo 1:23).
A
voz era do que clamava pelo deserto, pelo ermo, ou seja, uma referência a uma
estrada ou caminho que ia da Babilônia a Jerusalém e que passava diretamente
pelos desertos que separavam as duas cidades. Era como se estivessem saindo
novamente do deserto rumo à Nova Canaã. Esse caminho de salvação era
metafórico, mas correspondia às realidades geográficas que se apresentavam ao
povo de Deus. Tanto quem está no Egito ou na Babilônia, antes de chegar à Terra
Prometida, tem de passar pelo deserto e nele a voz clama.
“Preparai"
– vs. 3 - significa tirar os tropeços" (57:14). A metáfora de um caminho
continua; a jornada da Babilônia para Jerusalém não seria difícil, mas
miraculosa e gloriosa. Essa estrada era a contraparte do Caminho de Marduque,
um caminho cerimonial babilônico que levava à cidade. O Senhor sairia da
Babilônia e viajaria até Jerusalém em vitória sobre seus inimigos, de modo
semelhante aos babilônios que celebravam as vitórias do seu deus, Marduque,
enquanto marchavam rumo à sua cidade.
Este
versículo que fala da exaltação do vale e do abatimento do monte e do outeiro,
baseia-se na metáfora de se construir uma autoestrada (veja o vs. 3): os vales
são aterrados, as colinas são removidas e os lugares acidentados são
aplainados. O retorno do exílio não estaria repleto de dificuldades e
provações, mas seria um acontecimento maravilhoso e sobrenatural.
Embora
essa profecia tenha visto uma medida de cumprimento na volta à Terra Prometida
em 539 a.C. e na primeira vinda de Cristo, ela somente será plenamente cumprida
quando Cristo voltar em glória. Vemos aqui também um paralelo desse regresso
com a saída do Egito, onde Deus agiu sobrenaturalmente e de forma esplendorosa
na libertação de seu povo.
A
restauração do exílio em 539 a.C. foi uma manifestação da glória de Deus, assim
como o foi toda primeira vinda de Cristo (Jo 1:14) e o será a sua segunda
vinda.
Num
determinado estágio, a restauração final será plena e visível a toda a criação.
Isso será finalmente cumprido nos novos céus e na nova terra (Gn 9:17; cf. Mt
2:1-11; 16:27; 24:30; At 28:28; II Co 3:18).
Isaías
hesita quando ouve o chamado para anunciar consolo porque já sabia quão
terrivelmente a nação sofreria no exílio. O julgamento de Deus seria severo. O
que ele poderia dizer para convencer o povo de que Deus não o havia abandonado
totalmente?
A hesitação de Isaías
(vs. 6-8).
A
forma é singular porque a voz angelical é dirigida a Isaías ( 6:6-9). O profeta
predissera a destruição de Judá e Jerusalém e escreveu aqui para aqueles que
testemunhariam a devastação. À luz da severidade do julgamento de Deus, o
profeta se perguntava o que poderia proclamar.
O
que ele haveria de clamar? Que toda a carne é como a erva e toda a sua beleza
como a flor do campo. Seca-se a erva e a flor cai, ou seja, são expressões da
brevidade e da insignificância da existência humana em geral, mas, aqui,
especialmente, vemos uma descrição da vida humana sob a maldição da destruição
e do exílio (34:4; 37:27; 51:12; Jó 41:9-20; Sl 90:2-6; 103:14-15; Tg 1:10-11;
I Pe 1:24-25). Quão terrível é negligenciarmos as palavras de Deus para
corrermos atrás do vento dos prazeres e colhermos as tempestades das tragédias
consequentes.
A
ira de Deus é comparada ao destrutivo vento oriental do deserto quando ele
sopra e seca a relva (Sl 103:16; Jr 4:11; Ez 17:10; Lc 12:55). É melhor não
provocarmos à ira aquele que é maior do que nós e nos pede obediência e
paciência.
Apesar
da severidade do julgamento do exílio, as promessas de Deus eram confiáveis. Já
na época de Moisés (veja Dt 4:29-31; Lv 26:40-45), o Senhor havia prometido
levar de volta o seu povo, e a sua palavra não seria quebrada. Jamais Deus
quebraria sua palavra e uma vez prometida poder-se-ia ter certeza de seu
cumprimento.
Pedro
equiparou essa palavra confiável sobre a restauração do exílio à palavra que os
cristãos pregam (I Pe 1:24-25): o anúncio da salvação por meio do sangue
derramado de Jesus Cristo (40:1-11) é confiável e digno de aceitação. Ai dos que
fazem pouco caso da voz que clama no deserto e dos que anunciam as boas novas
enquanto há tempo.
Um chamado final à
proclamação (vs. 9-11).
Dos
versos de 9 a 11, Isaías é chamado agora a proclamar a palavra de Deus, as boas
novas, às cidades de Judá. Tendo sido assegurado da fidelidade de Deus, Isaías
é agora ordenado a proclamar de modo audacioso as boas-novas de libertação do
exílio. Embora específicas ao povo do exílio, quão aplicáveis elas são com
relação à salvação em Cristo Jesus.
Esse
versículo 9 se constitui no pano de fundo profético do termo
"evangelho", presente no Novo Testamento. A mensagem sobre Cristo é
chamada de "evangelho", ou "boas-novas", porque Cristo por
fim cumprirá as promessas dessa mensagem de libertação do exílio (52:7). Como é
interessante observar como a Bíblia trata das questões usando-as como tipo para
anunciar a mensagem do evangelho: Cristo Jesus que veio ao mundo para salvar o
perdido e libertá-lo da escravidão do exílio do mundo.
Eis
aí está o vosso Deus! – vs. 10. O Deus que jamais deixou de estar presente, que
sempre atuou na vida dos homens concedendo-lhe graça para poder desfrutar de
suas vidas. O dom de Deus está presente para ajudar, libertar e defender o seu
povo escolhido. Esse resumo da mensagem do evangelho receberá um
desenvolvimento maior nos vs. 10-11, onde se percebe que o Senhor irá
estabelecer sua soberania sobre a sua criação ao subjugar o inimigo e cuidar do
seu povo, pois ele é o divino Rei-Guerreiro, o Senhor dos Exércitos.
O
Senhor virá com poder e seu braço dominará por ele, ou seja, seu braço é uma
referência ao poder de Deus, manifestado em seus atos de libertação e vingança
(vs. 11; 44:12; 48:14; 51:5,9; 53:1; 59:16; 63:5,12, veja Êx 15:16; SI 44:3;
89:13; 98:1; 136:12). Como virá com poder e seu braço dominará, o seu galardão,
obvio, estará com ele, ou seja, o espólio da vitória: aqui, no caso, as
próprias pessoas libertas.
Com
sua linguagem dócil de pastor e de ovelhas, ele usa expressões de ternura, de
cuidado pastoral por parte do Rei-Guerreiro (Sl 23:1-4; 78:52; 80:1; Jr 31:10;
Ez 34:11-16; Mq 2:12; Jo 10:11). Dois extremos interessantes, a força e o poder
de um exército e a paciência e o amor de um pastor por suas ovelhas. Deus
abateria os seus inimigos com o seu braço poderoso, mas cuidaria do seu povo
com ternura.
B. A capacidade e a
determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12
– 44:23).
Dos
versos 12 ao cap. 44.23, veremos o poder de Deus na restauração do povo de
Deus.
Esses
capítulos abordam diversos assuntos, mas há um motivo central, apresentado a
partir de diferentes perspectivas, que é o poder de Deus de restaurar a nação
após o cativeiro, sendo que muitos duvidavam de que isso seria mesmo possível.
Os
pronunciamentos do profeta foram planejados para assegurar aos israelitas no
exílio que eles não precisavam temer, pois que Deus seria plenamente capaz de
cumprir a promessa da aliança.
Dividiremos
também esses, praticamente quatro capítulos, seguindo a BEG, em treze partes
principais: 1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31); 2. Um
pronunciamento judicial contra as nações (41:1-7); 3. Salvação para Israel
(41:8-20); 4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29); 5.
Salvação para Israel (42:1-17); 6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de
Deus (42:18-25); 7. Salvação para Israel (43:1-7); 8. Um pronunciamento
judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13); 9. Salvação para Israel
(43:14-21); 10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28); 11. Salvação
para Israel (44:1-5); 12. Um pronunciamento judicial contra as nações e os
ídolos (44:6-20); e, 13. Salvação para
Israel (44:21-23).
1. Uma discussão
sobre o poder de Deus (40:12-31).
Depois
de um discurso introdutório (40.12-31), todas as profecias - com exceção de uma
(42.10-17) - se alternam entre palavras negativas contra aqueles que se opõem à
mensagem de Isaías e declarações positivas, reassegurando ao remanescente fiel
de Israel a vinda da salvação do exílio.
Dos
versos do 12 ao 31 deste capítulo, estaremos vendo a discussão sobre o poder de
Deus para salvar e restaurar a nação estando ela em cativeiro de uma nação mais
grande e poderosa que ela. Alguns do exílio duvidavam que Deus seria capaz de
salvar e Isaías discute essa ideia de que o Senhor carecia de poder para conquistar
as nações e seus ídolos. Alguns mesmo achavam isso impossível de acontecer, mas
Deus é que é o Senhor dos Exércitos e Soberano sobre as nações.
Começa-se
nos versos de 12 a 14 uma série de perguntas retóricas (vs. 12-14,18,21,25-28).
Elas funcionam como uma expressão enfática, como se estivesse dizendo
"ninguém fez...". por exemplo, quem na concha de sua mão mediu as
águas? Ninguém! Somente Deus seria capaz de fazer o que ninguém seria capaz de
fazer. Deus é inescrutável e soberano
sobre toda a sua criação e ele sabe de todas as coisas - ele é onisciente, Rm 11:34; I Co 2:16.
O
Rei-Criador é soberano sobre todos os poderes humanos (vs. 6,17) e elas, as
nações, devem ser consideradas como nada diante dele. O Líbano que é uma região
conhecida pelos seus cedros bastaria para queimar, nem os seus animais
suficientes para um grande holocausto.
As
nações para ele são como nada, principalmente as rebeldes as quais são de tão
pouca importância que não podem atrapalhar os propósitos de Deus. E como
poderiam? Com quem seria Deus comparável? Desta forma, o Senhor é o
Incomparável (vs. 18; cf. vs. 25; 46.5) e muito superior a qualquer ídolo ou
qualquer poder ou nação ou império que se levante.
Não
adianta fabricar esses ídolos, fundir as suas imagens e cobri-los com o ouro
mais fino. Continuam ídolos que nada podem ver, nem sentir, nem cheirar e pior,
escravizam os que se metem a temê-los e adorá-los como se deuses fossem com
poder e magnificência. Eles mesmo necessitam de peritos instruídos para fazerem
eles de forma que não oscilem e caiam – vs. 19.
A
palavra de Deus chama a atenção deles para o fato de não estarem atentando,
desde o princípio, para a grandeza de Deus em sua criação. Essa era uma
acusação de descrença na revelação de Deus, uma espécie de rejeição deliberada
de Deus, achando que nada pode fazer o Senhor. A glória e o poder de Deus são
revelados na natureza (Rm 1.20)
No
entanto, o Senhor é rei sobre toda a criação (66.1) e é o que está assentado
sobre a redondeza da terra. Pelo menos Isaías, mais de 700 anos antes de Cristo
citou a terra e sua redondeza. Provavelmente, uma referência ao horizonte que
circunda a experiência humana na terra, onde também os céus se estendem como um
grande lençol, que se estende sobre a terra (42.5; 44.24; 51 13; SI 18.11;
19.4; 104.2).
Quem
são os príncipes e os juízes diante do Senhor? É ele quem os reduz a nada e
torna nulo todos os juízos proferidos, ou seja, nada adianta líderes e juízes
se o Senhor não abençoar a causa da justiça,
Os
seres humanos têm a responsabilidade de discernir a revelação de Deus na
criação (Rm 1:18-32), por isso são indesculpáveis e os que rejeitam ao Senhor
são lançados de diante dele por sua própria escolha maligna de seus corações
corrompidos.
No
entanto, alguns, como os babilônios adoravam os deuses dos céus e dos planetas.
Uma vez que o Senhor criou o cosmos, os poderes são incorretamente atribuídos
aos deuses. O Senhor sustenta e conhece intimamente a sua criação; ele não pode
ser superado pela sua própria criação, o que é um total absurdo.
Jacó
e Israel achavam que poderiam esconder-se do Senhor e ocultar dele as suas
faces, mas em sua ira, Deus é que havia escondido a sua face deles (49.14;
54.8), no entanto, em seu favor, pela ação de sua graça soberana, ele seria
poderoso para libertá-los.
O
Criador dos fins da terra – vs. 28 - não se cansa nem se fadiga, ele é o
Criador-Rei, soberano sobre o tempo e o espaço (9:6; 40:22). Deus não "se
cansa, nem se fatiga", ao contrário dos ídolos sem valor e daqueles que
dependem deles (44:11-18).
Todos
aqueles também que não encontram mais alegria neste mundo e anseiam pela vinda
do reino de Deus são fortalecidos no Senhor que os faz fortes e multiplicam o
seu vigor
Por
isso que os que nele esperam serão renovados e revigorados. Do Senhor é a força
e o vigor, e não dos seres humanos (vs. 26,29). As águias aos quais se comparam
os que esperam nele, no Senhor, são o símbolo do vigor (Êx 19:4; Sl 103:5).
Os
verbos empregados aqui como "sobem", "correm" e
"caminham" expressam que Deus, muito mais do que simplesmente
libertar o seu povo dos opressores, daria a ele uma nova vida e alegria, em
cumprimento à sua promessa de uma grande restauração para o seu povo por meio
de Cristo. Vale a pena continuarmos firmes e fortes esperando o dia de nossa
redenção e glorificação!
Is
40:1 Consolai,
consolai o meu povo, diz o vosso
Deus.
Is 40:2 Falai benignamente a
Jerusalém, e bradai-lhe
que já a sua
milícia é acabada, que a sua iniquidade
está
expiada e que já recebeu em dobro
da
mão do SENHOR, por todos os seus pecados.
Is 40:3 Voz do que clama no
deserto:
Preparai o caminho
do SENHOR;
endireitai
no ermo vereda a nosso Deus.
Is 40:4 Todo o vale será
exaltado, e todo o monte
e todo o outeiro
será abatido;
e o
que é torcido se endireitará,
e
o que é áspero se aplainará.
Is 40:5 E a glória do SENHOR se
manifestará,
e toda a carne
juntamente a verá,
pois
a boca do SENHOR o disse.
Is 40:6 Uma voz diz:
Clama;
e
alguém disse:
Que
hei de clamar?
Toda a carne é erva
e toda a sua beleza
como
a flor do campo.
Is 40:7 Seca-se a
erva, e cai a flor,
soprando
nela o Espírito do SENHOR.
Na
verdade o povo é erva.
Is 40:8 Seca-se a
erva, e cai a flor, porém a palavra
de
nosso Deus subsiste eternamente.
Is 40:9 Tu, ó Sião, que anuncias
boas novas, sobe a um monte alto.
Tu, ó Jerusalém, que anuncias
boas novas,
levanta a tua voz
fortemente; levanta-a, não temas,
e
dize às cidades de Judá:
Eis
aqui está o vosso Deus.
Is 40:10 Eis que o Senhor DEUS
virá com poder e seu braço
dominará por ele;
eis que o seu galardão está com ele,
e o
seu salário diante da sua face.
Is 40:11 Como pastor apascentará
o seu rebanho;
entre os seus
braços recolherá os cordeirinhos,
e os
levará no seu regaço;
as
que amamentam guiará suavemente.
Is 40:12 Quem mediu na concha da
sua mão as águas,
e tomou a medida
dos céus aos palmos,
e recolheu numa
medida o pó da terra
e pesou os montes
com peso e os outeiros em balanças?
Is 40:13 Quem guiou o Espírito do
SENHOR,
ou como seu
conselheiro o ensinou?
Is 40:14 Com quem tomou ele
conselho, que lhe desse entendimento,
e lhe ensinasse o
caminho do juízo,
e lhe ensinasse
conhecimento,
e lhe mostrasse o
caminho do entendimento?
Is 40:15 Eis que as nações são
consideradas por ele
como a gota de um
balde, e como o pó miúdo das balanças;
eis que ele
levanta as ilhas como a uma coisa pequeníssima.
Is 40:16 Nem todo o Líbano basta
para o fogo,
nem os seus
animais bastam para holocaustos.
Is 40:17 Todas as nações são como
nada perante ele;
ele as considera
menos do que nada e como uma coisa vã.
Is 40:18 A quem, pois, fareis
semelhante a Deus,
ou com que o
comparareis?
Is 40:19 O artífice funde a
imagem, e o ourives a cobre de ouro,
e forja para ela
cadeias de prata.
Is 40:20 O empobrecido, que não
pode oferecer tanto,
escolhe madeira
que não se apodrece;
artífice
sábio busca, para gravar uma imagem que
não
se pode mover.
Is 40:21 Porventura não sabeis?
Porventura não ouvis,
ou desde o
princípio não se vos notificou,
ou
não atentastes para os fundamentos da terra?
Is 40:22 Ele é o que está
assentado sobre o círculo da terra,
cujos moradores
são para ele como gafanhotos;
é
ele o que estende os céus como cortina,
e os
desenrola como tenda, para neles habitar;
Is 40:23 O que reduz a nada os
príncipes,
e torna
em
coisa vã os juízes da terra.
Is 40:24 E mal se tem plantado,
mal se tem semeado,
e mal se tem
arraigado na terra o seu tronco,
já
se secam, quando ele sopra sobre eles, e um tufão
os
leva como a pragana.
Is 40:25 A quem, pois, me fareis
semelhante,
para que eu lhe
seja igual? diz o Santo.
Is 40:26 Levantai ao alto os
vossos olhos, e vede quem criou
estas coisas; foi
aquele que faz sair o exército delas
segundo
o seu número; ele as chama a todas pelos
seus
nomes; por causa da grandeza
das
suas forças,
e porquanto é
forte em poder, nenhuma delas faltará.
Is 40:27 Por que dizes, ó Jacó, e
tu falas, ó Israel:
O meu caminho está
encoberto ao SENHOR,
e o
meu juízo passa despercebido ao meu Deus?
Is 40:28 Não sabes, não ouviste
que o eterno Deus, o SENHOR,
o Criador dos fins
da terra, nem se cansa nem se fatiga?
É inescrutável
o seu entendimento.
Is 40:29 Dá força ao cansado, e
multiplica as forças
ao que não tem
nenhum vigor.
Is 40:30 Os jovens se cansarão e
se fatigarão,
e os moços
certamente cairão;
Is 40:31 Mas os que esperam no
SENHOR
renovarão as forças,
subirão com asas
como águias;
correrão,
e
não se cansarão;
caminharão,
e
não se fatigarão.
Quem
espera no Senhor, como já falamos, tem suas forças renovadas pelo Senhor, por
meio da fé nele depositadas que funciona como um poderoso elixir da juventude
que renova, dá forças e poder sobre todo cansaço e dor e frustração da vida.
Por isso que sobem, que correm e que caminham sem se cansarem, nem se
fatigarem.
...