segunda-feira, 29 de junho de 2015
segunda-feira, junho 29, 2015
Jamais Desista
Jonas 4 1-11 - A PACIÊNCIA E O AMOR DE DEUS PARA COM JONAS.
Estamos concluindo a segunda parte e o
pequeno, mas interessante livro de Jonas, onde Deus respondeu favoravelmente à
obediência do profeta ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou que era
apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
II. A OBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (3.1-4.11) - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, até o
final deste capítulo, a obediência de Jonas e a reação de Deus.
Assim, dividimos essa parte em três seções:
A. Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4) – já vista; B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com
compaixão (3.5-10) – já vista; e, C.
A oração de Jonas e a resposta de Deus (4.1-11) – veremos e concluiremos agora.
Recapitulando, Deus respondeu
favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou
que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
C. A oração de Jonas e a resposta de Deus (4.1-11).
Veremos até o final do capítulo a oração de
Jonas e a resposta de Deus. Depois de ter observado o arrependimento entre os
ninivitas, Jonas ficou irado; ele então orou e recebeu uma resposta de Deus.
Nós não ficamos a par da resposta que Jonas recebeu a essa instrução.
1. Jonas ora com raiva e Deus responde (4.1-4).
Até o verso 4, veremos que Jonas orou com
raiva e Deus respondeu. Jonas expressou a sua ira porque o Senhor poupou Nínive
- a inimiga de Israel - ao invés de julgá-la.
Diz a palavra que por causa do acontecido,
principalmente por causa de seu desconforto, é que se desgostou Jonas
extremamente e ficou irado. Obviamente que existe também a questão do resultado
do arrependimento da cidade, interpretado pela BEG como a maior causa.
Conforme a BEG, o maior medo de Jonas era
que o Senhor concedesse o perdão ao inimigo mais odiado de Israel. Então ele
ficou furioso com a resposta da cidade. No hebraico, a emoção dele é expressa
na linguagem mais forte possível.
Jonas explica em oração a razão por que
tinha fugido para Tarsis e evitado profetizar em nome do Senhor à grande cidade
de Nínive – vs. 2. Ele entendia e sabia que Deus era clemente, e misericordioso
e que se arrependia do mal.
Apesar de sua rude desobediência e sua
mentalidade estreita, Jonas compreendia o caráter de Deus. As palavras do texto
incluem a frase "que te arrependes do mal", indicando que o profeta
compreendia o caráter de Deus a partir de Ex 34.6-7.
Somente aqui e em JI 2.13 a referência ao
arrependimento divino conclui a fórmula (3.9) - uma inclusão apropriada para o
contexto do arrependimento de Nínive e subsequente libertação.
Em virtude da oração infantil de Jonas,
Deus ainda o responde perguntado a ele se seria razoável aquele seu comportamento.
Ao perguntar qual era a base moral para que o profeta ficasse irado com a
demonstração de misericórdia a Nínive, Deus desafiou a assertividade de Jonas.
2. Jonas recebe explicações adicionais de Deus (4.5-11).
Dos versos de 5 a 11, Jonas recebe
explicações adicionais de Deus. Depois de desafiar o direito de Jonas de ficar
irado, Deus forneceu ao profeta uma experiência que ilustrou dramaticamente por
que Nínive havia recebido demonstração de misericórdia.
Depois de pregar, Jonas saiu e ali fez um
abrigo para si num lugar a leste da cidade. Jonas não se comoveu pela breve
resposta de Deus (vs. 4). Conquanto ainda estivesse grato pela sua própria
libertação da morte, ele se recusava a aceitar a libertação dos ninivitas.
Agarrando-se à esperança de que o Senhor
executaria o julgamento, ele saiu da cidade para procurar um lugar de onde
pudesse ver fogo e enxofre caírem. Para se proteger do sol, ele construiu um
pequeno abrigo ou tenda.
Aquele abrigo não tinha sido suficiente
para dar a ele conforto em meio ao sol escaldante e assim – vs. 6 - fez o
SENHOR Deus nascer uma planta a fim de livrá-lo do seu desconforto. Jonas ficou
muito alegre com aquela plantinha e com o cuidado de Deus para com ele.
Aparentemente, o abrigo de Jonas não era
adequado para protegê-lo do sol, um problema sério no antigo Oriente Próximo.
Assim como o Senhor havia provido o peixe para resgatar Jonas, novamente ele
cuidou do profeta sitiado. Ele proveu uma planta de crescimento rápido, cujas
folhas fariam sombra. De que tipo de vegetação se tratava é incerto.
Enquanto Jonas esperava, na madrugada, Deus
enviou um verme, uma lagarta que atacando a planta, ela secou-se completamente.
Também, ao nascer do sol, Deus soprou um vento oriental muito quente e o sol
começou a fritar a cabeça de Jonas, levando-o a um desconforto total.
Novamente Jonas estava sendo o destinatário
indigno da misericórdia de Deus. Pois a mesma mão que proveu o peixe e a sombra
da planta também enviou um verme para matar a planta e um vento calmoso
oriental para atormentar Jonas. Jonas quase chegou a desmaiar de tão terrível
que era sua situação e ele desejou a morte e falou ao Senhor que para ele seria
melhor morrer do que viver.
Como antes (vs. 4), o Senhor questionou o
direito de Jonas de ficar irado e reclamar. O profeta insistiu que a sua ira
era verdadeiramente legítima (vs. 9).
No entanto o Senhor mostrou a Jonas a sua
insensatez. Ele estava tendo compaixão de uma plantinha, mas não tinha de uma
cidade inteira. O verbo hebraico relacionado ao “ter compaixão” sugere cuidado
e compaixão. Jonas tinha pena da planta, mas ainda assim não mostrava nenhuma
compaixão por aqueles para quem ele havia sido chamado a pregar.
Jn 4:1 Mas
isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado.
Jn 4:2 E orou ao Senhor, e disse:
Ah! Senhor! não foi isso o que eu disse,
estando ainda na minha terra?
Por isso é que me apressei a fugir para Társis,
pois eu sabia que és Deus compassivo
e misericordioso, longânimo
e grande em benignidade,
e que te arrependes do mal.
Jn 4:3 Agora, ó Senhor,
tira-me a vida, pois melhor me é morrer do que viver.
Jn 4:4
Respondeu o senhor:
É razoável essa tua ira?
Jn 4:5 Então Jonas
saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela;
e ali fez para si uma barraca, e se sentou debaixo
dela,
à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.
Jn 4:6 E fez o Senhor Deus nascer uma aboboreira,
e fê-la crescer por cima de Jonas,
para que lhe fizesse sombra sobre a cabeça,
a fim de o livrar do seu enfado;
de modo que Jonas se alegrou em extremo
por causa da aboboreira.
Jn 4:7 Mas Deus enviou um bicho, no dia seguinte ao
subir da alva,
o qual feriu a aboboreira, de sorte que esta se secou.
Jn 4:8 E aconteceu que, aparecendo o sol,
Deus mandou um vento calmoso oriental;
e o sol bateu na cabeça de Jonas,
de maneira que ele desmaiou,
e desejou com toda a sua alma morrer, dizendo:
Melhor me é morrer do que viver.
Jn 4:9 Então
perguntou Deus a Jonas:
É razoável essa tua ira por causa da aboboreira?
Respondeu
ele:
É justo que eu me enfade a ponto de desejar a morte.
Jn 4:10
Disse, pois, o Senhor:
Tens compaixão da aboboreira,
na qual não trabalhaste,
nem a fizeste crescer;
que numa noite nasceu, e numa noite pereceu.
Jn 4:11 E não hei de eu ter compaixão da grande cidade
de Nínive
em que há mais de cento e vinte mil pessoas
que não sabem discernir entre a sua mão direita
e a esquerda, e também muito gado?
Deus descreveu a grandeza de Nínive para explicar
por que ele estava inclinado a ter misericórdia da cidade. Não era riqueza ou
glória dela que o moviam. Ele listou duas coisas:
1.
Primeiro,
havia "mais de" cento e vinte mil pessoas que não sabiam discernir
entre a mão direita e a mão esquerda.
Em
outras palavras, havia muitas crianças na cidade que mereciam consideração
especial devido a sua capacidade moral limitada (Dt 1.39; Is 7.15-16).
2.
Segundo,
havia "também muitos animais". Deus, que não tem nenhum prazer na
morte dos malvados (Ez 18.21-23; 33.11), também tem grande alegria nos animais
que ele criou.
A
resposta esperada para essa questão “Não deveria eu ter pena dessa grande
cidade?” é, "Sim, o Senhor deveria ter compaixão por essas razões, e o seu
povo deveria ter prazer em ver a misericórdia de Deus estendida aos
gentios".
...
domingo, 28 de junho de 2015
domingo, junho 28, 2015
Jamais Desista
Jonas 3 1-11 - A EFICÁCIA DA PREGAÇÃO DE JONAS.
Estamos dando início à segunda parte onde Deus
respondeu favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus
afirmou que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
II. A OBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (3.1-4.11).
Veremos, doravante, até 4.11, a obediência
de Jonas e a reação de Deus.
Nessa seção do livro, o Senhor comissionou
Jonas pela segunda vez, mas dessa vez o profeta obedeceu. Esses versículos são
divididos em três seções: Jonas pregou a mensagem como ordenado (3.1-4), os
ninivitas se arrependeram e receberam a misericórdia divina (3.5-10) e Jonas orou
com raiva e recebeu a resposta de Deus (4.1-11).
Essas três seções formarão as divisões
propostas para estudarmos esta segunda parte de nossa divisão, seguindo a BEG. A.
Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4) – veremos
agora; B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão (3.5-10)
– veremos agora; e, C. A oração de
Jonas e a resposta de Deus (4.1-11).
Recapitulando, Deus respondeu
favoravelmente à obediência de Jonas ao seu chamado para Nínive. Deus afirmou
que era apropriado buscar o arrependimento e o perdão dos ninivitas.
A. Jonas obedece ao chamado de Deus (3.1-4).
Dessa vez Jonas obedeceu à incumbência
renovada do Senhor. O texto não indica que ele foi mais receptivo à
possibilidade do arrependimento ninivita, mas apenas que ele obedeceu às
instruções de Deus.
A experiência de quase morte e as
desventuras decorrentes da não obediência levaram Jonas a refletir um pouco
mais e atender, finalmente ao seu chamado.
Semelhantemente à primeira vez, novamente,
veio a ele a palavra do Senhor falando para ele se levantar e se dirigir à
grande Nínive e lá pregar a palavra de Deus aos ninivitas.
Jonas, obedecendo, levantou-se e se dirigiu
a Nínive. O narrador então fala de Nínive como se falasse dela no passado “Nínive
era”. Algumas pessoas sugeriram que o uso do tempo passado ("era")
indica que a cidade não mais existia no momento em que o texto foi escrito.
Conforme a BEG, dada a destruição da cidade
em 612 a.C. pelas mãos dos medos e dos babilônios, essa interpretação dataria a
narrativa em algum momento após os últimos anos do século 7 a.C. O tempo
passado, no entanto, não necessariamente impede uma cronologia do século 8. Ele
pode ser entendido como um indicativo da situação da cidade quando o profeta
chegou.
O fato era que a cidade era grande e Jonas
começou a pregar a palavra de Deus percorrendo a cidade que levava três dias de
caminhada e ia dizendo: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”.
Embora apresentem algumas dificuldades para
a tradução e compreensão, essas duas fórmulas descritivas “grande” e “três dias
de caminhada” enfatizam a importância e o tamanho de Nínive. Muitos
comentaristas entendem que essas expressões se referem exclusivamente ao
tamanho físico de Nínive (ou seja, "cidade vasta... três dias para
percorrê-la").
Explorações arqueológicas mostraram que a
cidade tinha entre 10 e 12 km de circunferência, com uma população estimada em
cento e vinte mil pessoas.
Alternativamente, a primeira fórmula
poderia ser traduzida como "uma cidade muito importante" em
referência a tamanho. Ou, mais literalmente, poderia ser traduzida como
"uma cidade importante para Deus".
A última frase se encaixa melhor no
contexto. A segunda expressão (literalmente, "jornada de três dias")
poderia indicar o tempo necessário para assimilar todas as características da
cidade.
B. Os ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão (3.5-10).
Jonas foi um profeta bem sucedido porque
pregou a simples palavra de Deus e nada acrescentou de si mesmo. A sua palavra
pregada foi capaz de gerar nos corações a fé necessária para a obediência.
Dos versos de 5 a 10, veremos que os
ninivitas se arrependem e Deus responde com compaixão. A pregação de Jonas
trouxe dramático arrependimento, o qual evocou a misericórdia de Deus em
relação à Nínive.
Que pregação excelente – pregar a pura
palavra de Deus, se acréscimos ou invenções - e que eficácia:
·
O
povo creu.
·
Arrependeram-se.
·
Proclamaram
um jejum.
·
Vestiram-se
com panos de saco, a vestimenta tradicional do luto no antigo Oriente Próximo.
·
O
arrependimento foi rápido e muito difundido.
Somente ressalte-se, nos lembra a BEG, que
como no ministério de Jesus, a palavra "creram" não deve
necessariamente ser entendida como indicativo de uma fé salvadora (Jo 2.23).
A cidade toda agitada com aquela pregação e
a notícia alcança o rei de Nínive. Parece provável que o título "rei de
Nínive" faz referência ao rei da Assíria. A identificação exata do monarca
em questão é impossível.
A BEG esclarece que embora seja altamente
improvável que os registros assírios notassem tal ocorrência incomum, alguns
estudiosos sugeriram uma alusão às reformas religiosas de Adade-Nirari III
(811-784 a.C.). Assur-Dan III (773-756 a.C.) também foi sugerido como possível
candidato.
Quando a palavra alcançou o coração do rei
sua reação rápida causou espécie:
·
Ele
levantou-se do seu trono.
·
Tirou
de si as suas vestes.
·
Cobriu-se
de sacos.
·
Sentou-se
sobre cinzas.
A resposta do rei foi tão imediata e
espontânea quanto a de seus subalternos. A autoridade real deu lugar à
humildade penitente. Ao levantar-se de seu trono, reconheceu alguém maior a
quem pertencem todos os tronos e reinos. Suas vestes foram substituídas por
pano de saco; seu trono, por uma cama de cinzas (Jó 12.7., Is 58.5).
Em seguida, impactado com a palavra pregada
de Jonas, por seu mandado publicou um decreto ordenando:
·
Oração.
·
Cerimônias
de luto.
·
Um
jejum para homem e animal.
·
Clamores
a Deus.
·
Conversão,
cada um, de seus maus caminhos e da violência que havia em suas mãos.
O arrependimento de Nínive, finalmente,
estava completo. No período persa, era costume que os animais domésticos
participassem das cerimônias de luto (cf. JI 1.19-20).
A admoestação real de que a violência
deveria ser rejeitada é de certo modo comovente em se tratando período do
Império neoassírio (séculos 8/7 a.C.), uma vez que violência física e injustiça
social eram pecados característicos de Nínive (Na 2.13; 3.4-7).
O rei entendeu que o recado era sério e que
o julgamento seria inevitável e que, portanto, algo deveria ser feito na
esperança do arrependimento de Deus. Com suas atitudes sensatas e temerosas a
Deus, esperavam que Deus os ouvisse e, de fato, Deus os ouviu.
O rei deu expressão pessoal e corporativa
de que a esperança de arrependimento genuíno evitaria o julgamento divino.
Somente Deus determina quando o arrependimento irá desviar a sua ira. Então, como
outros fizeram em circunstâncias semelhantes (2Sm 12.22; JI 2.14), o rei
confessou, "Quem sabe?" A estrutura de 3.5-9 está em conformidade com
o padrão típico de declaração de arrependimento no Antigo Testamento (1Sm
7.3-14; 2Sm 24; Jr 36.3; JI 1.1-2.27):
·
A
ameaça de julgamento.
·
A
resposta do penitente.
·
A
decisão divina de suster o julgamento.
O verso dez encerra o presente capítulo
falando que Deus viu tudo o que fizeram e como se converteram do seu mau
caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o
fez.
Assim como em muitas predições que não são
promessas específicas da aliança, a advertência profética (vs. 4) era uma
ameaça, não uma condenação absoluta. A predição ameaçava julgamento imediato
caso a cidade não se arrependesse.
Os ninivitas cumpriram essa condição:
"se converteram do seu mau caminho". A resposta divina foi anular o
julgamento à luz do arrependimento genuíno deles.
Jn 3:1 Pela
segunda vez veio a palavra do Senhor a Jonas, dizendo:
Jn 3:2 Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive,
e lhe proclama a mensagem que eu te ordeno.
Jn 3:3 Levantou-se, pois, Jonas, e foi a Nínive,
segundo a palavra do Senhor.
Ora, Nínive era uma grande cidade, de três dias de
jornada.
Jn 3:4 E começou Jonas a entrar pela cidade,
fazendo a jornada dum dia, e clamava, dizendo:
Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
Jn 3:5 E os homens de Nínive creram em Deus;
e proclamaram um jejum,
e vestiram-se de saco,
desde o maior deles até o menor.
Jn 3:6 A notícia chegou também ao rei de Nínive;
e ele se levantou do seu trono
e, despindo-se do seu manto e cobrindo-se de saco,
sentou-se sobre cinzas.
Jn 3:7 E fez uma proclamação, e a publicou em Nínive,
por decreto do rei e dos seus nobres, dizendo:
Não provem coisa alguma nem homens,
nem animais, nem bois, nem ovelhas;
não comam, nem bebam água;
Jn 3:8 mas sejam cobertos de saco,
tanto os homens como os animais,
e clamem fortemente a Deus;
e convertam-se, cada um do seu mau caminho,
e da violência que há nas suas mãos.
Jn 3:9 Quem sabe se voltará Deus,
e se arrependerá,
e se apartará do furor da sua ira,
de sorte que não pereçamos?
10 Viu Deus o que fizeram,
como se converteram do seu mau caminho,
e Deus se arrependeu do mal que tinha dito
lhes faria, e não o fez.
Conclui a BEG dizendo que o Senhor ordena
tanto os meios como os fins do seu plano soberano. Desse modo, dependendo da
resposta humana, ele é livre para dar a sua própria resposta (Ir 18.7-10).
Algumas vezes ele anula uma predição;
outras vezes ele a adia, ou pode diminuir ou aumentar o grau do castigo que ele
havia determinado.
...
sábado, 27 de junho de 2015
sábado, junho 27, 2015
Jamais Desista
A Era Cristã está terminando - Rev. Leandro Lima
Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.
Lucas 21:28
...
A suprema corte dos Estados Unidos acabou de aprovar o casamento de pessoas do mesmo sexo em todos os cinquenta estados americanos. A prática já era aceita na maioria dos estados, porém, treze estados (onde há mais evangélicos conservadores) ainda proibiam a prática. Agora, com a decisão da suprema corte, todos os cinquenta estados americanos são obrigados a aceitar o casamento de pessoas do mesmo sexo.
Essa sem dúvida é uma decisão emblemática, tratando-se do país mais “evangélico” do mundo. Se lembrarmos que há apenas dez anos, a grande maioria dos estados americanos repudiava o casamento de pessoas do mesmo sexo, a comemoração dos ativistas pró LGBT diante da suprema corte americana mostra que a virada de jogo foi mesmo surpreendente.
Meu ponto aqui não é tratar de “direitos civis”. É preciso reconhecer que, perante a Lei, todas as pessoas têm os mesmos direitos. E que, se alguém pretende “casar-se” com quem quer que seja, em tese, essa pessoa tem o "direito" de fazer isso, desde que não prejudique outra pessoa no caso. Ao mesmo tempo, e isso ainda parece ser realidade nos Estados Unidos, as pessoas e instituições religiosas que discordam continuam tendo o direito de discordar, e, provavelmente, as igrejas não serão obrigadas a realizarem esse tipo de casamento tão cedo.
Porém, o que me chama atenção nesse caso é justamente a rápida mudança no pensamento mundial acerca desse assunto, e a consolidação disso na maior democracia cristã do mundo. Quando a maioria da população em uma democracia é favorável a uma prática, a tendência é que essa prática venha a ser institucionalizada. Foi o caso aqui. E isso mostra que os poderosos ventos de mudança que começaram a soprar mais fortemente no mundo desde o final do século 20, com a queda do muro de Berlim por exemplo, estão se intensificando cada vez, removendo com facilidade marcos antigos, em prol de uma unificação do paganismo na terra. A era cristã está terminando. E, tudo isso parece ter sido minuciosamente planejado.
Talvez seja exatamente isso o que as pessoas estejam comemorando diante da suprema corte americana. Um cartaz no meio da multidão dizia: “a constituição é nosso escudo contra a Bíblia da intolerância e preconceito”. Esse é o ponto mais crucial me parece. Aqui está o verdadeiro motivo da disputa, o qual subjaz por detrás de todos os demais discursos.
Mas o que, como cristãos, podemos dizer disso tudo? Reclamar e exclamar horrorizados expressões como: “é o fim dos tempos”? Talvez seja mesmo, e nesse caso, não deveríamos estar horrorizados, mas com a certeza indirimível de que tudo está acontecendo como tinha que ser. Sim, a era cristã precisa terminar, pois se ela não terminar, Jesus não voltará. O Apóstolo Paulo disse que antes que Cristo volte “primeiro" precisa “vir" a apostasia (2Ts 2.3). E o próprio Cristo disse que os dias que antecederiam sua volta recapitulariam dois importantes momentos da história bíblica. Um dos exemplos evocados por Cristo foi justamente os “dias de Noé”, quando as pessoas “comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento” (Lc 17.26-27). Questões em relação ao casamento, portanto, estariam no centro da agenda do mundo mais uma vez, antes da volta de Cristo. Em Gênesis 6 temos a descrição de padrões de casamento inaceitáveis por Deus, e isso resultou diretamente no dilúvio. É interessante que o arco-íris que estaria nas nuvens como prova da aliança divina, agora esteja numa bandeira que contraria aquilo que o próprio Deus ordenou, porém institucionalizado na forma da lei.
Mas, talvez isso faça Deus se lembrar mais uma vez… Mas, o segundo momento evocado por Cristo é ainda mais emblemático: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.28-30). Em Sodoma e Gomorra, um dos maiores pecados, que resultou na destruição das cidades, foi o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo!
Tudo isso aponta para uma inquietante realidade e, ao final, para uma surpreendente esperança. Todas as ações malignas no mundo, e que estão a todo vapor como podemos ver, trabalhando para a implantação do paganismo como sistema, apesar disso, estão debaixo dos desígnios daquele que anunciou o fim desde o começo. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). Fica, entretanto, o alerta do Senhor: "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24.13). (Texto de autoria do Rev. Leandro Lima)
Lucas 21:28
...
Essa sem dúvida é uma decisão emblemática, tratando-se do país mais “evangélico” do mundo. Se lembrarmos que há apenas dez anos, a grande maioria dos estados americanos repudiava o casamento de pessoas do mesmo sexo, a comemoração dos ativistas pró LGBT diante da suprema corte americana mostra que a virada de jogo foi mesmo surpreendente.
Meu ponto aqui não é tratar de “direitos civis”. É preciso reconhecer que, perante a Lei, todas as pessoas têm os mesmos direitos. E que, se alguém pretende “casar-se” com quem quer que seja, em tese, essa pessoa tem o "direito" de fazer isso, desde que não prejudique outra pessoa no caso. Ao mesmo tempo, e isso ainda parece ser realidade nos Estados Unidos, as pessoas e instituições religiosas que discordam continuam tendo o direito de discordar, e, provavelmente, as igrejas não serão obrigadas a realizarem esse tipo de casamento tão cedo.
Porém, o que me chama atenção nesse caso é justamente a rápida mudança no pensamento mundial acerca desse assunto, e a consolidação disso na maior democracia cristã do mundo. Quando a maioria da população em uma democracia é favorável a uma prática, a tendência é que essa prática venha a ser institucionalizada. Foi o caso aqui. E isso mostra que os poderosos ventos de mudança que começaram a soprar mais fortemente no mundo desde o final do século 20, com a queda do muro de Berlim por exemplo, estão se intensificando cada vez, removendo com facilidade marcos antigos, em prol de uma unificação do paganismo na terra. A era cristã está terminando. E, tudo isso parece ter sido minuciosamente planejado.
Talvez seja exatamente isso o que as pessoas estejam comemorando diante da suprema corte americana. Um cartaz no meio da multidão dizia: “a constituição é nosso escudo contra a Bíblia da intolerância e preconceito”. Esse é o ponto mais crucial me parece. Aqui está o verdadeiro motivo da disputa, o qual subjaz por detrás de todos os demais discursos.
Mas o que, como cristãos, podemos dizer disso tudo? Reclamar e exclamar horrorizados expressões como: “é o fim dos tempos”? Talvez seja mesmo, e nesse caso, não deveríamos estar horrorizados, mas com a certeza indirimível de que tudo está acontecendo como tinha que ser. Sim, a era cristã precisa terminar, pois se ela não terminar, Jesus não voltará. O Apóstolo Paulo disse que antes que Cristo volte “primeiro" precisa “vir" a apostasia (2Ts 2.3). E o próprio Cristo disse que os dias que antecederiam sua volta recapitulariam dois importantes momentos da história bíblica. Um dos exemplos evocados por Cristo foi justamente os “dias de Noé”, quando as pessoas “comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento” (Lc 17.26-27). Questões em relação ao casamento, portanto, estariam no centro da agenda do mundo mais uma vez, antes da volta de Cristo. Em Gênesis 6 temos a descrição de padrões de casamento inaceitáveis por Deus, e isso resultou diretamente no dilúvio. É interessante que o arco-íris que estaria nas nuvens como prova da aliança divina, agora esteja numa bandeira que contraria aquilo que o próprio Deus ordenou, porém institucionalizado na forma da lei.
Mas, talvez isso faça Deus se lembrar mais uma vez… Mas, o segundo momento evocado por Cristo é ainda mais emblemático: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.28-30). Em Sodoma e Gomorra, um dos maiores pecados, que resultou na destruição das cidades, foi o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo!
Tudo isso aponta para uma inquietante realidade e, ao final, para uma surpreendente esperança. Todas as ações malignas no mundo, e que estão a todo vapor como podemos ver, trabalhando para a implantação do paganismo como sistema, apesar disso, estão debaixo dos desígnios daquele que anunciou o fim desde o começo. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). Fica, entretanto, o alerta do Senhor: "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24.13). (Texto de autoria do Rev. Leandro Lima)
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sábado, junho 27, 2015
Jamais Desista
Jonas 2 1-10 - A ORAÇÃO DE JONAS E O LIVRAMENTO DE DEUS
O livro de Jonas divide-se em duas seções
claras, cada uma delas introduzida pela frase: "Veio a palavra do SENHOR a
Jonas" (1.1; 3.1).
Estamos, como já dissemos, na primeira
delas que descreve a resposta desobediente de Jonas ao comissionamento
profético e a resposta de Deus ao enviar uma tempestade.
1. A DESOBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (1.1 – 2.10) - continuação.
Esses versículos da primeira seção foram
divididos em quatro partes principais: A. Jonas foge do chamado de Deus (1.1-3) – já vista; B. Deus envia uma grande
tempestade (1.4-15) – já vista; C. A
fuga de Jonas é encerrada (1.16-17) – já
vista; e, D. A oração de Jonas e a resposta de Deus (2.1-10) – veremos agora.
D. A oração de Jonas e a resposta de Deus (2.1-10).

A oração de Jonas foi uma oração com ação
de graças. A resposta do profeta ao seu julgamento está expressa nas palavras
de um salmo cuja estrutura literária é típica de um salmo de ação de graças:
(1)
Uma
petição por libertação (vs. 2).
(2)
Uma
revisão da crise (vs. 3-6a).
(3)
Uma
revisão da libertação (vs. 6b-7).
(4)
Louvor
pela libertação (vs. 8-9).
A BEG aventa a possibilidade, pouco
provável em função do contexto, de que Jonas tenha composto essa canção após o
seu resgate como uma paráfrase de sua experiência.
Uma petição por libertação (vs. 2).
A situação de Jonas dentro do peixe não era
nada boa, embora ainda pudesse ter ar para respirar e ainda não tivesse sofrido
danos da ingestão, com os sucos gástricos do grande peixe.
Ele poderia estar vivendo seus últimos
momentos, pois que não tinha certeza de nada, muito menos de sua salvação, mas
então resolveu orar e ao Senhor clamou de dentro do grande peixe.
A ousadia de sua oração diz que logo que
clamou foi ouvido. Seria tão bom que clamássemos todos assim como Jonas, na
certeza da fé de que Deus já nos ouviu.
Ele clamou e Deus respondeu. Por meio de
paralelismo poético, o salmo de Jonas é introduzido em duas parelhas de versos
com a expressão da fidelidade do Senhor em oração respondida.
É dito que duas vezes o profeta orou e o
Senhor respondeu. Jonas confirmou que foi resgatado "do ventre do
abismo" (lit., "do ventre do Sheol"); nesse caso, o resgate foi
de um abismo aquático, o mar.
Uma revisão da crise (vs. 3-6a).
Esses versículos contêm uma recordação
vívida da crise de quase morte, assim como uma avaliação de suas causas e
resultados.
·
O
apuro de Jonas havia sido causado pela sua própria desobediência (1.3).
·
Seu
quase afogamento foi o resultado do julgamento do Senhor pela desobediência.
·
Sua
luta com um abismo aquático é apresentada com imagens vívidas (p. ex., sua
confusão com as algas, o silêncio das águas profundas e a imagem das ondas
passando por cima dele).
Jonas apontou que a saída da crise para a
tempestade no barco seria o lançar ele ao mar, mas reparem que ele mesmo não se
lança, mas os marinheiros que atendendo ao seu pedido, o lançam ao mar, por
isso que ele diz que o Senhor o lançara nas profundezas, no coração dos mares. A
sua morte seria rápida se não fosse o socorro do Senhor.
Ao ser lançado e encarar a morte certa, ele
se sentiu lançado de diante dos olhos do Senhor – vs. 4. Para o profeta, a
tragédia máxima da sua situação era a ameaça de ser separado das bênçãos do
Senhor (SI 88.4-6,10-12; 115.17).
Contudo, mesmo diante da morte eminente,
ele ainda tem espaço para declarar que olhará novamente o seu santo templo. O
templo de Jerusalém era a morada do Senhor, a localização terrena da presença
divina para a qual o povo de Deus deveria orar (1Rs 8.23-53; 2Cr 6.14-42).
Jonas desejava a comunhão com Deus que era permitida pelo templo.
O profeta lamentou a perda do contato com a
presença especial de Deus, da qual anteriormente (1.3,10) ele havia tentado
escapar.
Jonas estava para morrer. Sua descida lenta
e silenciosa através das profundezas, como uma viagem ao submundo, o levou às
"portas da morte" (SI 9.13).
Uma revisão da libertação (vs. 6b-7).
Enquanto a morte o envolvia em seus braços
gelados e angustiantes e ele já se sentindo com suas forças indo embora, o
Senhor o socorre fazendo-o subir da sepultura – vs. 6b.
A palavra "sepultura" é usada
para descrever o reino da morte (Jó 33.22-24; SI 16.10, 49.9; 103.4; Is 51.14).
Apesar da aparente falta de esperança da situação, o profeta arrependido foi
resgatado do reino dos mortos e restaurado à comunhão com Deus.
Era quando a sua vida se apagava lentamente
que ele se lembrou do SENHOR e a sua oração pode subir a Deus. A importância e
a eficácia da oração são novamente enfatizadas, como no versículo introdutório
(cf. Hb 4.16).
Louvor pela libertação (vs. 8-9).
Em seu louvou a Deus, em gratidão pelo seu
grande livramento, a primeira coisa que lhe surge na mente é a ineficácia dos
ídolos e, portanto, daqueles que se entregam à idolatria vã.
Recordando a ineficiência das orações dos
marinheiros e o desamparo dos deuses a quem essas orações eram dirigidas (1.5),
Jonas condenou aqueles que põem a fé em deuses sem valor, abandonando a
lealdade à aliança com o Senhor.
É interessante que sua argumentação diz
claramente que os que se voltam aos ídolos desprezam a misericórdia! Ele, no
entanto, não seria como esses, antes, com cânticos de gratidão ofereceria
sacrifícios a Deus e cumpriria totalmente todos os seus votos e fecha sua
oração com a famosa frase: “A salvação vem do Senhor!” ou “Ao SENHOR pertence a
salvação!”.
Assim como Josué antes dele (Js 24.14-20),
Jonas declarou sua lealdade ao Senhor e o exaltou como o único a quem pertence
a salvação e a libertação.
A salvação pertence ao Senhor, e cabe a ele
- apenas a ele - concedê-la.
·
Ao
conceder a salvação a Jonas:
ü
O
Senhor soberanamente levou o profeta da desobediência ao arrependimento.
·
Ao
oferecer a salvação aos ninivitas:
ü
Ele
soberanamente os levou da idolatria para a fé (3.5-10).
·
Posteriormente,
ao conceder a salvação de maneira geral aos gentios:
ü
Ele
soberanamente os moveu à fé e ao arrependimento (At 11.17-18).
Jn 1:1 E orou
Jonas ao Senhor, seu Deus,
lá das entranhas do peixe; Jn 1:2 e disse:
Na minha angústia clamei ao senhor,
e ele me respondeu;
do ventre do Seol gritei,
e tu ouviste a minha voz.
Jn 1:3 Pois me lançaste no profundo, no coração dos
mares,
e a corrente das águas me cercou;
todas as tuas ondas e as tuas vagas
passaram por cima de mim.
Jn 1:4 E eu disse:
Lançado estou de diante dos teus olhos;
como tornarei a olhar para o teu santo templo?
Jn 1:5 As águas me cercaram até a alma,
o abismo me rodeou,
e as algas se enrolaram na minha cabeça.
Jn 1:6 Eu desci até os fundamentos dos montes;
a terra encerrou-me para sempre com os seus ferrolhos;
mas tu, Senhor meu Deus,
fizeste subir da cova a minha vida.
Jn 1:7 Quando dentro de mim desfalecia a minha alma,
eu me lembrei do Senhor;
e entrou a ti a minha oração,
no teu santo templo.
Jn 1:8 Os que se apegam aos vãos ídolos
afastam de si a misericórdia.
Jn 1:9 Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz de
ação de graças;
o que votei pagarei.
Ao Senhor pertence a salvação.
Jn 1:10 Falou, pois, o Senhor ao peixe,
e o peixe vomitou a Jonas na terra.
No verso dez, o fecho do capitulo com Deus
respondendo à oração de Jonas. Em resposta à oração de Jonas, Deus conduziu o
profeta à terra firme para que começasse a sua jornada atrasada em direção à
Nínive.
Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este
vomitou a Jonas na terra. O peixe, o qual pode ter sido a arma de morte de
Deus, se tornou, pela graça, o instrumento de libertação de Deus, pois impediu
que Jonas morresse no mar.
...
sexta-feira, 26 de junho de 2015
sexta-feira, junho 26, 2015
Jamais Desista
Jonas 1 1-17 - A INCRÍVEL HISTÓRIA DO PROFETA JONAS.
Autor:
·
O
autor dessa narrativa é desconhecido.
·
É
o quinto livro dos profetas menores e toma o seu nome do seu personagem
principal, Jonas, filho de Amitai (1.1), de quem nada se sabe.
·
Outras
citações bíblicas de Jonas se encontram:
ü
Em
2Reis, onde é descrito como o profeta que proclamou a bênção de Deus ao Reino
do Norte durante o reinado de Jeroboão II (786-746 a.C.).
Esse
monarca estendeu as fronteiras do seu reino à custa da Síria "segundo a
palavra do SENHOR... a qual falara por intermédio do seu servo Jonas, filho de
Amitai, o profeta, o qual era de Gate-Hefer" (2Rs 14.25).
ü
Em
Mt 12.39-41 e Lc 11.29-32, onde Jesus também citou Jonas ao repreender os
mestres da lei e fariseus que lhe pediram para ver da parte dele um milagre.
Propósito:
Encorajar os israelitas a atenderem ao
chamado de Deus para estender sua misericórdia às nações.
Verdades
fundamentais – conforme BEG:
·
Deus
conclama o seu povo a tentar conseguir que as nações se arrependam.
·
O
povo de Deus irá sofrer descontentamento divino se não estender a misericórdia
de Deus às nações.
·
Deus
tem prazer em mostrar misericórdia aos gentios arrependidos.
Contextualização:
·
Provavelmente
foi escrito no período entre 750 e 613 a.C.
·
Com
base em 2Rs 14.25, os acontecimentos registrados no livro de Jonas deveriam ser
atribuídos ao século 8. a.C.
·
Seu
foco no chamado de Jonas para Nínive seria particularmente pungente depois de
Israel ter sofrido a destruição de Samaria por Nínive, a capital da Assíria em
722-721 a.C.
·
Provavelmente
esse livro tenha sido escrito já no reinado de Jeroboão II (786-746 a.C.) e um
pouco antes da derrota de Nínive em 612 a.C.
·
O
reinado de Jeroboão II (786-746 a.C.) fornece o cenário para a história de Jonas.
Esse monarca foi um dos mais fortes líderes militares da história de Israel.
·
De
acordo com 2Rs 14.25-28, Jonas apoiou Jeroboão ao profetizar bênçãos para o
reino dele, especialmente a expansão do território de Israel para Damasco e
Hamate, desse modo restaurando a fronteira norte de Israel como era nos dias de
Salomão (1 Rs 8.65).
·
Está
claro que o reinado de Jeroboão, juntamente com o reinado de seu contemporâneo
judaíta Uzias (783-742 a.C.), introduziu um período de memorável paz e
prosperidade.
·
O
reino gozou de expansão populacional e territorial, crescimento comercial e
atividade industrial florescente. Segundo todas as aparências externas, a nação
estava gozando da bênção de Deus. O futuro parecia brilhante.
·
Mesmo
assim, os profetas Oseias e Amós declararam que o reino de Israel estava num
estado de decadência social, moral e religiosa.
·
Suas
mensagens consistiam, em parte, de condenação, acusação e julgamento por
sincretismo religioso e injustiça social (Os 1.2-8; 2.1-13; 4.1-5.14; 6.1-6;
7.11-16; 8.1-9.17; 11.1-12; 12.1-8; Am 2.6-16; 3.9-15; 5.21-27; 7.7-17).
·
Nesse
contexto histórico, Jonas resistiu ao chamado de Deus para Nínive. Ele obedeceu
relutantemente depois de experimentar o julgamento de Deus e finalmente
aprendeu a percepção de Deus do valor dos ninivitas.
·
O
Deus de Israel pretendia espalhar o seu reino para todas as nações. No entanto,
dada a relação única entre o Senhor e o povo de sua aliança, Jonas e muitos de
seus compatriotas haviam se prendido a intenso nacionalismo e particularismo
étnico, o que os cegava para o propósito da eleição de Israel.
·
Por
meio de Jonas, Deus ofereceu a Jeroboão a bênção da vitória militar ao retomar
porções perdidas do reino de Deus, incluindo a Síria (2Rs 14.25-28).
·
Os
acontecimentos registrados nesse livro, no entanto, mostram que Jonas também
aprendeu a importância de se arrepender da sua desobediência e de estender a
misericórdia de Deus para as outras nações.
·
Os
leitores dessa narrativa deveriam aprender, pela experiência de Jonas, que eles
deveriam arrepender-se de sua própria desobediência e ajudar a levar as bênçãos
de Deus para todas as nações (Gn 12.3).
Além de ensinar que a misericórdia e o amor
de Deus têm aspectos universais, o livro mantém o tema da soberania universal
de Deus, apresentando-o como o Criador, o "o Deus do céu, que fez o mar e
a terra" (1.9).
A criação responde de maneira obediente a
todas as ordens dele (1.4,15,17; 2.10; 4.6-8), assim como os assírios dos dias de
Isaías haviam feito (Is 10.5-6,12).
O livro de Jonas enfatiza o poder universal
e o controle soberano de Deus sobre a humanidade e a natureza, sobre a vida e a
morte (A BEG propõe conhecer seus excelentes artigos teológicos "Soberania
divina", em SI 97, e "Deus, o Criador do céu e da terra", em SI
104).
Quatro estratégias interpretativas básicas
foram pressupostas para o livro, conforme a BEG:
·
Alegoria.
Uma alegoria é uma técnica de
criar e interpretar literatura de modo a transmitir mais de um nível de
significado.
ü
O
texto de Jonas não apresenta os indícios típicos que peçam um entendimento
alegórico o texto é apresentado na forma de narrativa histórica.
·
Midrash.
O midrash faz referência a um
tipo de interpretação da Escritura que é basicamente expositiva por natureza.
ü
Aplicada
a Jonas, essa abordagem trata o livro como comentário sobre passagens como Ex
34.6-7 (Jo 4.2) um comentário no qual os acontecimentos aos quais se faz
referência não são necessariamente históricos.
ü
Essa
abordagem está em desacordo com defesas críveis da historicidade do livro, para
não mencionar o testemunho de Cristo (Mt 12.39-42; Lc 11.29-32).
·
Parábola.
Interpretar Jonas como uma
parábola é talvez a abordagem mais comum.
ü
Uma
parábola é uma metáfora ou um símile ampliado, um relato breve e fictício que
ilustra verdades morais, religiosas e espirituais.
ü
O
conceito de parábola é mais bem ilustrado nos ensinamentos de Jesus (p. ex., Mt
13.45-46; Lc 10.29-37; 15.11-32).
ü
Segundo
Samuel 11 é um bom exemplo de uma parábola do Antigo Testamento.
ü
Essa
visão compreende a narrativa como um relato moral com objetivo didático.
ü
Há
um grande número de objeções a essa interpretação, tais como a complexidade e o
tamanho incomum do relato, e a identificação do personagem principal (Jonas)
como uma figura histórica (2Rs 14.25).
ü
Mais
importante, essa interpretação tem uma tendência de privar o livro do seu
fundamento histórico, contrário ao testemunho do Novo Testamento.
·
Narrativa histórica. Apesar de suas surpresas e
elementos sensacionais, a obra deve ser entendida como uma narrativa histórica
(profética).
ü
A
história é centrada numa figura histórica específica e é apresentada como uma
narração fidedigna de acontecimentos reais.
ü
A
tradição judaica considera a narrativa como História, e as alusões de Cristo ao
relato (Mt 12.39-42; Lc 11.29-32) dão ainda mais credibilidade à historicidade
da obra.
ü
Ainda
assim, como todas as narrativas históricas na Escritura, esse livro foi escrito
por um outro propósito que não apenas preservar dados.
ü
Jonas
foi designado a ensinar seus leitores como viver fielmente perante Deus.
Cristo
em Jonas – conforme a BEG:
·
Jesus
traçou uma ligação entre ele e o sinal do "profeta Jonas" (Mt 12.39;
16.4; Lc 11.29).
·
Numa
época em que muitos israelitas se recusavam a obedecer à palavra profética que
lhes fora dada, a libertação de Jonas de um peixe enorme após três dias e
noites levou os ninivitas ao arrependimento.
·
Jesus
previu que sua própria futura libertação da sepultura, após três dias, levaria
ao arrependimento dos gentios, conquanto muitos judeus ainda rejeitassem a sua
palavra profética.
·
De
certa maneira, então, o relato de Jonas chamou seus leitores judeus ao
arrependimento ao confirmar o ministério aos gentios, assim como Jesus e seus
apóstolos haviam feito.
Divisão
e estruturação do livro de Jonas.
Dividiremos o livro de apenas três
capítulos em duas partes, seguindo a estruturação proposta da BEG:
1. A DESOBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE
DEUS (1.1 – 2.10).
II. A OBEDIÊNCIA DE NONAS E A REAÇÃO DE
DEUS (3.1 – 4.11).
1. A DESOBEDIÊNCIA DE JONAS E A REAÇÃO DE DEUS (1.1 – 2.10).
O livro de Jonas divide-se em duas seções
claras, cada uma delas introduzida pela frase: "Veio a palavra do SENHOR a
Jonas" (1.1; 3.1).
Essa primeira seção descreve a resposta
desobediente de Jonas ao comissionamento profético e a resposta de Deus ao
enviar uma tempestade. Deus enviou castigo contra Jonas por ele ter recusado o
seu chamado para estender a sua misericórdia a Nínive. Jonas se arrependeu de
sua desobediência e Deus o resgatou.
Ironicamente, a tempestade não levou apenas
ao julgamento de Jonas, mas também à adoração de Deus por marinheiros gentios.
Esses versículos da primeira seção se
dividem em quatro partes principais: a fuga de Jonas (1.1-3), a grande
tempestade (1.4-15), o fim da fuga de Jonas (1.16-17) e a oração de Jonas e a
resposta de Deus (2.1-10) que formarão nossa proposta de divisão dessa primeira
seção do livro de Jonas, conforme a BEG: A. Jonas foge do chamado de Deus
(1.1-3) – veremos agora; B. Deus
envia uma grande tempestade (1.4-15) –
veremos agora; C. A fuga de Jonas é encerrada (1.16-17) – veremos agora; e, D. A oração de Jonas e a resposta de Deus
(2.1-10).
A. Jonas foge do chamado de Deus (1.1-3).
Jonas recebeu o chamado de Deus para
Nínive, mas ele correu na direção oposta.
Veio a palavra do SENHOR a Jonas – vs. 1 -,
literalmente, "A palavra de Yahweh era para Jonas". Com algumas
variações, essa frase é utilizada cento e doze vezes no Antigo Testamento para
descrever a entrega de um oráculo divino para um profeta.
Jonas, filho de Amitai, era o destinatário
da revelação do Senhor. Jonas (significa "pombo"), o filho de Amitai
(significa "verdade").
O profeta é identificado como o personagem
histórico de 2Rs 14.25 que proclamou que Jeroboão II (786-746 a.C.) recuperaria
território dos sírios ao norte. Conforme a BEG, a mensagem de Jonas para
Jeroboão contrastava com as palavras de Amós e Oseias, seus contemporâneos do
século 8.
A instrução era clara para Jonas que
deveria levantar-se e se dirigir à grande cidade de Nínive. A soberania do
Senhor sobre todas as nações está implícita na ordem para Jonas. Deus é o juiz
de toda a terra (Gn 6.13; 18.25; 1Cr 16.14; SI 82.8; Jr 25.31).
Conforme a BEG, a cidade de Nínive era uma
cidade principal e a última capital do Império Assírio. A cidade estava
localizada no lado leste do rio Tigre, diretamente oposta à cidade atual de
Mosul, no norte do Iraque. O local foi extensivamente escavado e ostenta uma
longa e rica história que remonta aos tempos pré-históricos.
Algumas
características básicas sobre Nínive:
·
Capital
da Assíria.
·
Em
721 a.C., o império assírio destruiu o Reino do Norte (Israel) e enviou para o
exílio muitos dos israelitas.
·
À
época em que o livro de Jonas foi redigido, Nínive, em relação ao povo de Deus
era:
ü
Símbolo
de crueldade.
ü
Símbolo
de vidência.
ü
Símbolo
de hostilidade contra o povo de Deus.
Ele deveria clamar contra ela. Jonas
entendia que o seu pronunciamento do julgamento do Senhor sobre o temido e
odiado Império Assírio poderia ser revogável (4.2) e que a sua mensagem era uma
ameaça de julgamento que também oferecia bênção no caso de arrependimento.
Tudo isso estava se sucedendo porque a sua
malícia tinha subido até o Senhor. Na profecia posterior de Naum (século 7
a.C.), Nínive (representando a Assíria) era o foco de ira divina e era descrita
como a personificação do mal e da crueldade (Na 2.13; 3.4-7). A máquina de
guerra assíria era culpada de atrocidades horrendas e, com o tempo (612 a.C.),
o império cairia vítima do seu próprio tipo de maldade.
Jonas atendeu a primeira parte do pedido do
Senhor e se levantou, mas não para ir para Nínive e sim para Társis – vs. 3.
Existem várias interpretações possíveis
sobre o termo "Társis" nesse contexto. Pode se referir a um lugar
geográfico específico junto ao mar Mediterrâneo, possivelmente entre a costa
levantina e o porto de mineração de Tartesso, no Sudoeste da Espanha.
O termo também pode ser entendido como uma
maneira genérica de designar distantes regiões costeiras do Mediterrâneo.
Ao receber o chamado, Jonas foi para Jope,
o porto do Mediterrâneo mais próximo de Jerusalém, a fim de embarcar para
Társis. É difícil determinar a localização exata de Társis. Alguns estudiosos a
situam na costa sudoeste da Espanha; outros, na ilha de Sardenha.
Trata-se, de qualquer maneira, de um lugar
ao qual era possível chegar de barco através do mar Mediterrâneo e que, para os
israelitas, representava o extremo oeste do mundo então conhecido.
Imaginava o profeta Jonas que indo para a
direção oposta conseguiria fugir da presença do SENHOR. Embora a presença de
Deus esteja até "nos confins dos mares" (SI 139.9), Jonas procurou
correr para o mais longe possível de Deus.
B. Deus envia uma grande tempestade (1.4-15).
Dos versos 4 ao 25, veremos que Deus envia
uma grande tempestade. Em reação à desobediência de Jonas, Deus enviou uma
terrível tempestade para impedir que Jonas escapasse do seu chamado.
Haveria infinitas formas de Deus intervir,
mas, aqui, o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento pondo o navio a ponto de
quase quebrar-se. Deus é o Criador e Senhor do vento e do mar (Êx 10.13-19;
14.21-22; 15.8,10; Nm 11.31; SI 135.6-7; Am 4.13; Na 1.3). A BEG propõe aqui
ler seu excelente artigo teológico "Deus, o Criador do céu e da
terra", em SI 104.
Por causa da tempestade, os marinheiros entraram
em desespero e passaram a clamar, cada um ao seu deus e começaram também a
jogarem cargas para fora do navio para ele se tornar mais leve e Jonas,
tranquilo, desceu ao porão para tirar uma soneca.
No entanto, o mestre do navio o encontrou
dormindo e repreendeu a ele o chamando de dorminhoco e lhe deu uma ordem: “Levanta-te, clama ao teu Deus; talvez assim
ele se lembre de nós para que não pereçamos”. É interessante observar que a
ordem do capitão representa a mesma expressão hebraica usada por Deus para ordenar
que Jonas fosse pregar contra Nínive.
Eles estavam tão aterrorizados que nem
sabiam como lidar com aquela tempestade e resolveram lançar sorte – vs. 7 -
para ver de quem era a culpa pela tempestade.
Lançar sorte era um meio usado para
discernir a vontade de um deus ou deuses, era uma maneira comum de adivinhação
no mundo antigo. A prática não era proibida na antiga Israel, pois o Senhor
governava sobre toda sorte e por meio dela (Nm 26.55; 33.54; 34.13; Js 14.2;
18.6-10; 19.1,10,17,24,32,40,51; 21.4-6,8,10; 1Cr 6.54,61,65; Pv 16.33).
É também curioso que, intuitivamente, eles sabiam
que a tempestade estava acontecendo por causa de alguém. E quando acontecem
tempestades ou fenômenos terríveis da natureza, nós sabemos por que eles
ocorrem?
A sorte caiu, curiosamente – coincidência?
-, em Jonas, ou seja, deu certo o método empregado por eles de saber por que
era que estava vindo aquela terrível tempestade.
As perguntas deles para Jonas foram:
·
Declara-nos
tu agora, por causa de quem nos sobreveio este mal.
·
Que
ocupação é a tua?
·
Donde
vens?
·
Qual
é a tua terra?
·
E
de que povo és tu?
Jonas identificou-se primeiro em termos
étnicos, dizendo se hebreu e servo temente a Deus, justamente o Deus do céu que
fez o mar e a terra seca.
O termo "hebreu" era usado pelos
israelitas como uma maneira de se identificarem aos estrangeiros (Gn 40.15; Êx
1.19; 2.7; 3.18; 5.3; 7.16; 9.1,13; 10.3) e, pelos não israelitas, como os
filisteus e os egípcios, como um termo étnico em oposição a si mesmo (Gn
39.14,17; 41.12; Êx 1.16; 2.6; 1Sm 4.6,9; 13.3,19; 14.11; 29.3).
Depois, identificou-se em termos
religiosos. O Senhor não é apenas uma divindade pessoal, familiar ou de um clã;
de fato, ele é mais que um deus nacional. Ele é o supremo e soberano Deus, o
Criador do mar e da terra.
Ao dizer para eles “Deus do céu”, ela
estava usando um antigo epíteto (Gn 24.3,7) comumente usado no período persa
após o exílio (2Cr 36.23; Ed 1.2; Ne 1.4-5; 2.4). Novamente, neste capítulo a
BEG recomenda a leitura de seus excelentes artigos teológicos "Soberania
divina", em SI 97, e "Deus, o Criador do céu e da terra", em SI
104. Deus do céu.
Eles então souberam que Jonas estava
fugindo de Deus, repreenderam-no por isso e ficaram com grande medo sem saber o
que poderia ser feito, pois o mar ia se tornando cada vez pior.
Jonas muito corajoso – curioso esse profeta
– assumiu a culpa, reconheceu que a situação estava fora de controle por causa
dele e acabou propondo a eles que o jogassem no mar e tudo estaria resolvido
para eles. No entanto, temeram em fazer isso e a situação deles se agravava
ainda mais.
Por fim, resolveram tentar a saída de
Jonas, mas antes se dirigiram a Deus em oração e pediram a Deus que não
colocassem sobre eles aquele sangue inocente porque a morte de Jonas ali seria
mais do que certa.
Jonas não sabia que Deus iria enviar um
grande peixe e o livrar da fúria do mar, portanto, lançou-se mesmo para morte
por amor aquelas vidas do navio, pois do contrário jamais teria isso proposto a
eles.
Um profeta fujão, mas um profeta muito
corajoso, temente a Deus e que se importava com a vida alheia.
Ao lançarem Jonas no mar – vs. 15 - cessou
o mar da sua fúria. A cena muda enquanto a tempestade que Deus havia enviado
(1.4) se acalma.
Eles então ficaram ainda mais com temor a
Deus e ofereceram sacrifícios ao Senhor e fizeram votos. Ou seja, aquela
atitude de Jonas levou à conversão todos aqueles marinheiros. É incrível como
Deus é Deus sobre toda a nossa história de vida e circunstâncias, sejam elas
quais forem.
Não existe evento certo ou impossíveis
quando Deus está no caso e ele está em todos os casos.
Nos versos 16 e 17, a fuga de Jonas é
encerrada. Como consequência da tempestade, um contraste irônico apareceu. Os
marinheiros gentios temeram a Deus e o honraram com juramentos, enquanto Deus
enviou um grande peixe para engolir o insubordinado Jonas.
Esse contraste antecipa a diferença entre Jonas
e os ninivitas, que será vista nos caps. 3-4.
Jonas ficou três dias e três noites no
ventre de um grande peixe. Para o peixe, Jonas deveria estar sendo um delicioso
petisco ou jantar. Nesse ponto, a situação de Jonas é ambígua. Ele não foi
deixado para se afogar, mas também não foi completamente resgatado.
»JONAS [1]
Jn 1:1 Ora
veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
Jn 1:2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive,
e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até
mim.
Jn 1:3 Jonas, porém, levantou-se para fugir
da presença do Senhor para Társis.
E, descendo a Jope,
achou um navio que ia para Társis;
pagou, pois, a sua passagem,
e desceu para dentro dele,
para ir com eles para Társis,
da presença do Senhor.
Jn 1:4 Mas o Senhor lançou sobre o mar um grande
vento,
e fez-se no mar uma grande tempestade,
de modo que o navio estava a ponto
de se despedaçar.
Jn 1:5 Então os marinheiros tiveram medo,
e clamavam cada um ao seu deus,
e alijaram ao mar a carga que estava no navio,
para o aliviarem;
Jonas, porém, descera ao porão do navio;
e, tendo-se deitado,
dormia um profundo sono.
Jn 1:6 O mestre do navio, pois, chegou-se a ele, e
disse-lhe:
Que estás fazendo, ó tu que dormes?
Levanta-te, clama ao teu deus;
talvez assim ele se lembre de nós,
para que não pereçamos.
Jn 1:7 E dizia cada um ao seu companheiro:
Vinde, e lancemos sortes, para sabermos
por causa de quem nos sobreveio este mal.
E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas.
Jn 1:8 Então lhe disseram:
Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio
este mal.
Que ocupação é a tua?
Donde vens?
Qual é a tua terra?
E de que povo és tu?
Jn 1:9 Respondeu-lhes ele:
Eu sou hebreu,
e temo ao Senhor, o Deus do céu,
que fez o mar e a terra seca.
Jn 1:10 Então estes homens se encheram de grande temor,
e lhe disseram:
Que é isso que fizeste? pois sabiam os homens
que fugia da presença do Senhor,
porque ele lho tinha declarado.
Jn 1:11 Ainda lhe perguntaram:
Que te faremos nós, para que o mar se nos acalme?
Pois o mar se ia tornando cada vez mais tempestuoso.
Jn 1:12 Respondeu-lhes ele:
Levantai-me,
e lançai-me ao mar,
e o mar se vos aquietará;
porque eu sei que por minha causa
vos sobreveio esta grande tempestade.
Jn 1:13 Entretanto os homens se esforçavam
com os remos para tornar a alcançar a terra;
mas não podiam,
porquanto o mar se ia embravecendo
cada vez mais contra eles.
Jn 1:14 Por isso clamaram ao Senhor, e disseram:
Nós te rogamos, ó Senhor, que não pereçamos
por causa da vida deste homem,
e que não ponhas sobre nós o sangue inocente;
porque tu, Senhor, fizeste como te aprouve.
Jn 1:15 Então levantaram a Jonas,
e o lançaram ao mar;
e cessou o mar da sua fúria.
Jn 1:16 Temeram, pois, os homens ao Senhor com grande
temor;
e ofereceram sacrifícios ao Senhor,
e fizeram votos.
Jn 1:17 Então o Senhor deparou um grande peixe,
para que tragasse a Jonas;
e esteve Jonas três dias e três noites
nas entranhas do peixe.
Jonas teve algum tempo para refletir sobre
o que havia feito e como ele responderia ao julgamento de Deus contra ele.
Jesus fez referência a essa parte da
história de Jonas para comunicar verdades a respeito de sua própria mensagem e
missão.
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