Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 17/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 17, explicado
pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/moMAe1IF8D8.
Breve
síntese do capítulo 17.
Quem me dera pudesse eu explicar tudo e dar nomes aos bois... sou como
qualquer um curioso e estudioso do assunto que tem opiniões a respeito das
interpretações. A minha escolha teológica no caso de dúvidas é a posição dos
teólogos reformados mais respeitados.
Não irei interpretar, nem irei colocar a posição deles e dos outros
teólogos e movimentos, mas irei analisar tão somente o texto, como venho
fazendo desde que comecei a segmentar Apocalipse.
João já tinha visto os sete anjos derramarem as sete taças da ira de
Deus, sendo a última taça sobre o ar onde depois ocorreu um terremoto como
nunca houve em toda a história da terra. Nisto a grande cidade, Babilônia, foi
dividida em três partes e grandes saraivadas de pedras pesando cerca de 45 kg caíram
sobre os homens.
João continua olhando e um dos sete anjos fala com ele e lhe explica em
detalhes o julgamento da meretriz que se acha assentada sobre muitas águas.
João 17 fala assim dessa mulher, a Babilônia, e de sua terrível destruição. A
mulher é suportada pela Besta que é quem lhe dá autoridade e força.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5,
estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos
(22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)Sete
selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)Sete
anjos e trombetas (8.2-11.19) – já vimos.
(3)Sete
histórias simbólicas (12.1-14.20) – já
vimos.
(4)Sete
taças de ira (15.1-16.21) – já vimos.
(5)Babilônia
e a igreja (17.1-19.10) - começaremos agora.
(6)A
batalha final (19.11-21).
(7)O
reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da
nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir
e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus,
para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o
resultado do conflito.
5. O quinto ciclo: o julgamento da Babilônia e a defesa da igreja
(17.1-19.10).
Veremos dos vs. 17.1 ao 19.10, o quinto
ciclo: julgamento da Babilônia e defesa da igreja.
Babilônia, a prostituta aparece,
representando as seduções do mundo (17.4; 18.3). Sua corrupção é contrastada
com a pureza da noiva do Cordeiro (19.7-9). Babilônia abarca o culto do mundo
ímpio. Por contraste, a noiva (a igreja) representa os adoradores do verdadeiro
Deus.
Satanás, a besta e o falso profeta formam
uma trindade falsificada (13 1-10; 13.11-18), de modo que Babilônia é uma imitação
falsa da igreja que seduz o mundo a submeter-se à falsa trindade.
Satanás ataca os santos de duas maneiras
principais:
(1)A
besta ataca com poder e perseguição, tentando destruir o testemunho dos santos
e forçá-los a adorar a besta.
(2)Babilônia
ataca com sedução, procurando destruir a pureza dos santos.
Pela sua imoralidade, Babilônia representa
a cidade de Roma. Para as sete igrejas do Apocalipse, Roma era a fonte de todo
tipo de idolatria — não apenas o culto ao imperador romano, mas também as
estruturas de uma sociedade idólatra.
O paganismo das cidades da Ásia Menor
transformou cada uma delas numa pequena manifestação de Roma. Plena
participação econômica e social (13.17) envolvia a participação em festas aos
ídolos e em celebrações religiosas pagãs.
O culto ao imperador era uma esperada
expressão de lealdade política. Os pagãos chamavam os cristãos de
"ateístas" porque não cultuavam os muitos deuses e acusavam os
crentes de odiarem a humanidade porque não participavam de formas comprometidas
de vida social (1 Pe 2.12, 4.3-4).
Como reação a essa pressão, alguns cristãos
confessos argumentavam que a participação em festas idólatras e a imoralidade
sexual eram inaceitáveis (2.12,20; 1Co 6.12-20).
Jezabel, a mulher mencionada em 2.20-23 era
uma sedutora importante cujo trabalho é generalizado e mais profundamente
simbolizado na Babilônia, a prostituta (cf. 17.2).
Cidades modernas também podem ser centros
de sedução à idolatria e imoralidade sexual. Assim, o simbolismo da Babilônia é
capaz de múltiplas caracterizações, inclusive uma caracterização final e
climática imediatamente antes da segunda vinda. Muito do simbolismo se adapta
bem ao caráter de Jerusalém antes de sua destruição.
Ao se recusar a aceitar o Messias, ela se
torna uma prostituta, como havia acontecido no Antigo Testamento (Is 1.21; Ez
16; 23; Os 2). Ap 11 8 liga Jerusalém a Sodoma e ao Egito.
Alguns poucos intérpretes apoiam a identificação
da Babilônia, a prostituta, com Jerusalém. Mas Jerusalém foi apenas um exemplo
de uma cidade que tenta seduzir as pessoas a se afastarem do verdadeiro culto.
Nos tempos do Antigo Testamento, a
Babilônia antiga foi outra cidade com o mesmo perfil, e, consequentemente, o
Apocalipse usa a linguagem das condenações proféticas do Antigo Testamento
sobre Babilônia e Tiro (Jr 50-51; Ez 27-28).
Ap 17.9,18 são mais naturalmente
compreendidos como alusões a Roma, e não a Jerusalém. A prostituta é carregada
por uma besta hedionda (evidentemente a mesma besta de 13.1-10).
A besta, que representa o Império Romano,
apoia a cidade de Roma em sua idolatria luxuriosa. Ela também espalha as
práticas de Roma por todo o império. Entretanto, finalmente a besta se volta
contra a prostituta e a destrói (17.16-17).
Os poderes vorazes e predatórios do governo
de Roma e das legiões romanas destruíram a prosperidade e, finalmente, os
poderes militares das tribos que a circundavam, por sua vez, destruíram
completamente a cidade de Roma.
As lições do período romano podem ser
generalizadas: estados idólatras terminam destruindo os próprios poderes,
riquezas privilégios e povos que começaram apoiando o culto falso é
autodestrutivo.
Quando a destruição do culto falso estiver
terminada (17.1-18.24), os verdadeiros adoradores (a noiva do Cordeiro) se
levantarão em seu esplendor e alegria (19.1-10).
Foi um dos sete anjos que tinham as sete
taças que se aproximou de João e disse para ele que lhe mostraria o julgamento
dessa grande prostituta que estava assentada sobre muitas águas, com quem os
reis da terra se prostituíram; os habitantes da terra se embriagaram com o
vinho da sua prostituição.
João foi levado em ou no Espírito para um
deserto. João descreve o que viu – vs. 3 a 6:
·Uma
mulher montada numa besta vermelha.
·Ela
estava coberta de nomes blasfemos.
·Ela
tinha sete cabeças e dez chifres.
·Ela
estava vestida de azul e vermelho.
·Ela
estava adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas.
·Segurava
um cálice de ouro, cheio de coisas repugnantes e da impureza da sua
prostituição.
·Em
sua testa havia esta inscrição:
MISTÉRIO:
BABILÔNIA, A GRANDE; A MÃE DAS PROSTITUTAS E DAS PRÁTICAS REPUGNANTES DA TERRA.
·Ela
estava embriagada com o sangue dos santos, o sangue das testemunhas de Jesus.
João viu e ficou muito admirado. O anjo lhe
pergunta qual o motivo de sua admiração e então lhe explica o mistério dessa mulher
e também da besta sobre a qual a mulher estava montada, que tinha sete cabeças
e dez chifres – vs. 7.
O anjo explica que a besta que ele viu era e
não é, está para emergir.
Repare que a descrição é uma simulação da
soberania de Deus que é proclamada em 1.4,8; 4.8. "Não é" indica que
a perseguição agora é menor, mas crescerá com renovada intensidade no futuro.
A besta representa um padrão repetido de
perseguição, como no caso das quatro bestas sucessivas de Dn 7 (13.1-10). Os
habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a
criação do mundo, ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora
não é, e, entretanto, virá – vs. 8.
O anjo fala a João que é necessário uma
mente sábia e inteligente para ver as coisas e explica que as sete cabeças são
sete colinas sobre as quais está sentada a mulher. Roma foi construída sobre
sete colinas (17.1-19.10).
Ele também fala que são sete reis, dos
quais caíram cinco um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando
surgir, deverá permanecer durante pouco tempo.
É possível também que "cinco"
represente um número indefinido de estados perseguidores de ocasiões anteriores
(como as bestas de Dn 7).
A presença do sexto indicaria então, de maneira
simbólica, que os cristãos estão perto do fim, mas ainda não chegaram lá.
No entanto, no vs. 11, o anjo diz para João
que a besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha
para a perdição.
Ele também explica sobre os dez chifres. O
significado simbólico do número dez remonta a 13.1; 17.7 e, mais
especificamente, a Dn 7.7,24. Mas a besta do Apocalipse não pode ser
simplesmente identificada com a quarta besta de Daniel.
Ao contrário, ela é um complexo que
incorpora características das quatro bestas de Daniel.
No Apocalipse, os dez chifres são reinos
confederados da besta. Os poderes políticos além das fronteiras do Império
Romano estão mais diretamente em foco (em vista de 16.12,14,16; 19.19; 20.8).
Tribos bárbaras finalmente conquistaram
Roma. Mas o cenário se move além dos limites de Roma e abre um quadro da última
batalha na qual a besta aliciará tropas de apoio e suporte em larga escala.
Eles ainda não tinham recebido o reino, mas
mesmo assim, por uma hora receberão autoridade de reis, juntamente com a besta.
Com esse poder e autoridade eles irão enfrentar o Cordeiro, mas serão vencidos
pelo Senhor dos senhores e o Rei dos reis. Também vencerão com o Senhor os seus
chamados, escolhidos e fiéis – vs. 14.
O anjo também explica as águas que ele viu,
onde estava assentada a prostituta e elas representam povos, multidões, nações
e línguas – vs. 15.
Em meio às provações, aos santos é
assegurada a certeza de que Deus está no controle até mesmo desse conflito
apavorante. É o que se percebe do vs. 17.
Haverá um conflito interno entre eles, pois
a besta e os dez chifres que João tinha visto irão odiar a prostituta de tal
modo que eles a levarão à ruína e a deixarão nua, comerão a sua carne e a
destruirão com fogo, isso porque Deus colocou no coração deles o desejo de
realizar o propósito que ele tem, levando-os a concordarem em dar à besta o
poder que eles têm para reinar até que se cumpram as palavras de Deus. Isso sim
é a soberania de Deus que controla mesmo todas as coisas.
Finalmente o anjo diz para João que a
mulher que ele viu era a grande cidade que reina sobre os reis da terra, com
certeza falava de Roma.
Ap 17:1 Veio um dos sete anjos
que têm as sete taças
e falou comigo, dizendo:
Vem,
mostrar-te-ei o julgamento
da grande meretriz
que se acha sentada sobre
muitas águas,
Ap 17:2 com quem se
prostituíram os reis da terra;
e, com o vinho de sua
devassidão,
foi que se embebedaram os
que habitam na terra.
Ap 17:3 Transportou-me o anjo,
em espírito,
a um deserto e vi
uma mulher montada
numa besta escarlate,
besta repleta de nomes de
blasfêmia,
com sete cabeças e dez
chifres.
Ap 17:4 Achava-se a mulher
vestida de púrpura e de
escarlata, adornada
de ouro,
de pedras preciosas
e de pérolas,
tendo na mão um cálice de
ouro
transbordante de abominações
e com as imundícias da sua
prostituição.
Ap 17:5 Na sua fronte,
achava-se escrito um nome,
um mistério:
BABILÔNIA, A GRANDE,
A MÃE DAS MERETRIZES
E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.
Ap 17:6 Então, vi
a mulher embriagada
com o sangue dos santos
e com o sangue das
testemunhas de Jesus;
e, quando a vi,
admirei-me com grande espanto.
Ap 17:7 O anjo, porém, me
disse:
Por que te admiraste?
Dir-te-ei o mistério
da mulher
e da besta que tem
as sete cabeças
e os dez chifres
e que leva a mulher:
Ap 17:8 a besta que viste,
era e não é,
está para emergir do abismo
e caminha para a
destruição.
E aqueles que habitam sobre
a terra,
cujos nomes não foram
escritos
no Livro da Vida
desde a fundação do mundo,
se admirarão, vendo a besta que era e não é,
mas aparecerá.
Ap 17:9 Aqui está o
sentido, que tem sabedoria:
as sete cabeças são sete
montes,
nos quais a mulher está
sentada.
São também sete reis,
Ap 17:10 dos quais caíram
cinco,
um existe,
e o outro ainda não chegou;
e, quando chegar,
tem de durar pouco.
Ap 17:11 E a besta,
que era e não é,
também é ele,
o oitavo rei,
e procede dos sete,
e caminha para a
destruição.
Ap 17:12 Os dez chifres que
viste
são dez reis,
os quais ainda não receberam reino,
mas recebem autoridade como
reis,
com a besta, durante uma
hora.
Ap 17:13 Têm estes um só
pensamento
e oferecem à besta
o poder
e a autoridade que possuem.
Ap 17:14 Pelejarão eles contra o Cordeiro,
e o Cordeiro os vencerá,
pois é o Senhor dos
senhores
e o Rei dos reis;
vencerão também os chamados,
eleitos e fiéis que se acham com ele.
Ap 17:15 Falou-me ainda:
As águas que viste,
onde a meretriz está
assentada, são
povos,
multidões,
nações
e línguas.
Ap 17:16 Os dez chifres que
viste e a besta,
esses odiarão a meretriz,
e a farão devastada e
despojada,
e lhe comerão as carnes,
e a consumirão no fogo.
Ap 17:17 Porque em seu
coração
incutiu Deus que realizem o seu
pensamento,
o executem à uma
e deem à besta o reino que
possuem,
até que se cumpram
as palavras de Deus.
Ap 17:18 A mulher que viste
é a grande cidade que
domina sobre os reis da terra.
Deus no controle de tudo! Sempre está e sempre estará! Reparem no vs. 17
que Deus incutiu em suas mentes o realizarem os seus pensamentos.
Romanos 9:20 Quem és tu, ó homem, para discutires
com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me
fizeste assim?
Romanos 9:21 Ou não tem o oleiro direito sobre a
massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?
Eu já disse e repito: Deus não negocia com ninguém a verdade, a justiça,
o amor, ... Como diremos, repito, à justiça que o que fazes não é justo?
Ridículo!
... Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Tenho visto muitas situações e em lugares diferentes que uma simples mudança de postura consegue-se mudar toda uma situação. Temos vivido tempos em que muitos têm se autosabotado, colocando-se como vítimas do mundo, choramingando pelos cantos, reclamando de tudo e de todos, vivendo uma vida medíocre, se tornando em péssimos pais, filhos, companheiros. A culpa disso tudo é da Dilma! Muitos se justificam assim!
Por outro lado, tenho visto pessoas que resolveram mudar seus posicionamentos, assumir seus erros, parar de culpas os outros e reconhecer suas falhas, essas pessoas estão mudando suas vidas, se tornando pessoas totalmente diferentes e CRESCENDO NA CRISE!
Em que time você quer estar? No time das vítimas? Ou no time dos campeões? Como você tem se posicionado?
Pense nisto pois uma simples ATITUDE, pode mudar sua HISTÓRIA!
Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 16/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 15/16, explicado
pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/_6oe3kFmWFg.
Breve
síntese do capítulo 16.
As sete taças da cólera de Deus são finalmente derramadas sobre a terra
e sobre os que nela habitam.
Aqui enquanto são derramadas as taças o nome de Deus é exaltado pelos
seres celestiais principalmente quanto à justiça, o juízo e os seus caminhos
que são verdadeiros, enquanto os homens, ao invés de temerem, respeitarem e
glorificarem a Deus que tem o poder sobre as pragas, pelo contrário se inflamam
em sua ira e se revoltam.
Aprenda uma coisa: o amor, a verdade, a justiça e todo Caminho do Senhor
são INEGOCIÁVEIS! Não dá para discutir, nem querer vencer em argumentos com
Deus no tocante a estas coisas.
Todo
fragmento ou tendência de amor, verdade, justiça e Caminho do Senhor que há em
nós nem é nosso, vem de Deus pela sua graça.
Como
diria o pecador à Justiça que o que fazes não é justo? Ou à Verdade, que há
mentiras em sua fala? Ou ao amor, que lhe falta misericórdia? Insensato o
homem! Neste caso, o homem não é um ser racional, nem inteligente, muito menos
sábio, mas antes dotado de astúcia e carente da graça de Deus.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5,
estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos
(22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)Sete
selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)Sete
anjos e trombetas (8.2-11.19) – já vimos.
(3)Sete
histórias simbólicas (12.1-14.20) – já
vimos.
(4)Sete
taças de ira (15.1-16.21) – concluiremos
agora.
(5)Babilônia
e a igreja (17.1-19.10).
(6)A
batalha final (19.11-21).
(7)O
reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da
nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir
e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus,
para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o
resultado do conflito.
4. O quarto ciclo: sete taças da ira de Deus saindo do Templo
(15.1-16.21) – continuação.
Como dissemos, estamos vendo dos vs. 15.1
ao 16.21, o quarto ciclo: sete taças da ira de Deus saindo do templo.
Aqui João ouve uma forte voz saindo do
santuário que dizia aos sete anjos para irem e derramarem as sete taças da ira
de Deus.
O primeiro anjo.
·Derramou
a sua taça pela terra.
üAbriram-se
feridas malignas e dolorosas naqueles que tinham a marca da besta e adoravam a
sua imagem.
Semelhante
à praga das úlceras no Egito (Êx 9.8-12).
O segundo anjo.
·Derramou
a sua taça no mar.
üO
mar se transformou em sangue como de um morto.
üMorreu
toda criatura que vivia no mar.
Semelhante à praga
do sangue no Egito (Êx 7.14-24).
O terceiro anjo.
·Derramou
a sua taça nos rios e nas fontes de águas.
üEles
se transformaram em sangue.
João
ouviu o anjo que tem autoridade sobre as águas dizer:
"Tu
és justo, tu, o Santo, que és e que eras, porque julgaste estas coisas; pois
eles derramaram o sangue dos teus santos e dos teus profetas, e tu lhes deste
sangue para beber, como eles merecem".
João
ainda ouviu o altar responder:
"Sim,
Senhor Deus todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos".
O quarto anjo.
·Derramou
a sua taça no sol.,
üO
sol recebeu poder para queimar os homens com fogo.
Estes
foram queimados pelo forte calor e amaldiçoaram o nome de Deus, que tem domínio
sobre estas pragas.
Contudo
se recusaram a se arrepender e a glorificá-lo.
O quinto anjo.
·Derramou
a sua taça sobre o trono da besta.
üO
reino da besta ficou em trevas.
De
tanta agonia, os homens mordiam a própria língua,
Também
blasfemavam contra o Deus do céu, por causa das suas dores e das suas feridas.
Contudo,
recusaram-se a arrepender-se das obras que haviam praticado.
Semelhante
à praga das trevas no Egito (Êx 10.21-23).
O sexto anjo.
·Derramou
a sua taça sobre o grande rio Eufrates.
üSecaram-se
as suas águas para que fosse preparado o caminho para os reis que vêm do
Oriente.
üJoão
viu saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três
espíritos imundos semelhantes a rãs.
São espíritos de demônios que
realizam sinais miraculosos.
Eles vão aos reis de todo o mundo,
a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso.
Na
baralha final, todas as forças da impiedade são reunidas para guerrear contra o
guerreiro Cordeiro (17.14).
O
conjunto de imagens refere-se à batalha entre Deus e Faraó em Êx 15.2, mas o
panorama tem uma dimensão cósmica.
Várias
passagens em Apocalipse (17.13-14; 19.11-21; 20.7-10; e possivelmente 6.12-17)
descrevem a batalha com detalhes e precisão crescentes; todas estão baseadas na
batalha entre Deus e Gogue e Magogue em Ez 38-39.
Ao
longo de toda a história da igreja houve ocasiões de intenso confronto entre
Deus e as forças de Satanás (2.10,13), mas a batalha mais intensa acontecerá na
segunda vinda (19.11-21).
João adverte a igreja e relembra a
promessa de Jesus relativa à sua volta. "Eis que venho como ladrão! Feliz
aquele que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não
ande nu e não seja vista a sua vergonha".
Os três espíritos os reuniram no
lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom.
Armagedom
é geralmente aceito como sendo "a montanha de Megido" derivado da
palavra hebraica para montanha (har) e da palavra grega para Megido (Magedôn).
No
Israel antigo, Megido era unia cidade de vital importância situada ao lado de
uma importante rota de viagem e comércio entre os dois grandes reinos da
Mesopotâmia e do Egito.
Grandes
exércitos frequentemente se reuniam na vizinha planície de Esdraelom. Esse é,
portanto, um símbolo apropriado para a localização dessa batalha final.
Já
foi sugerido que Megido não seria uma localização apropriada tomando-se por
base o fato de que ela não foi construída sobre uma montanha; Megido foi
construída num pequeno monte artificial ou tel.
Entretanto,
a palavra hebraica para montanha também pode se referir a um monte.
Por
comparação, João usou a palavra grega para montanha para descrever as sete
colinas ou montes sobre os quais Roma está construída (17.9).
O
nome também pode ser apenas simbólico.
O sétimo anjo.
·Derramou
a sua taça no ar.
üDo
santuário saiu uma forte voz que vinha do trono, dizendo: "Está feito!
"
üHouve,
então, relâmpagos, vozes, trovões e um forte terremoto.
Nunca
havia ocorrido um terremoto tão forte como esse desde que o homem existe sobre
a terra.
A
grande cidade foi fracionada em três partes, e as cidades das nações se
desmoronaram.
Deus
lembrou-se da grande Babilônia e lhe deu o cálice do vinho do furor da sua ira.
Todas
as ilhas fugiram, e as montanhas desapareceram.
Caíram
sobre os homens, vindas do céu, enormes pedras de granizo, de cerca de trinta e
cinco quilos cada; eles blasfemaram contra Deus por causa do granizo, pois a
praga fora terrível.
A
sétima taça representa o final do ciclo de julgamento.
Como
nos outros ciclos, esse termina com a segunda vinda, embora os símbolos da
segunda vinda não sejam tão óbvios como em alguns outros casos.
Observe
as seguintes características:
üOs
leitores já foram instruídos em 15.1 que o final da ira de Deus viria com a
sétima taça.
üA
eliminação de todas as ilhas e montanhas no vs. 20 corresponde ao último
terremoto em 6.14; 20.11 (Hb 12.26-27).
üEm
outros trechos, a queda da Babilônia é imediatamente seguida da ceia de
casamento do Cordeiro (19.1-10).
üEm
17.14-17 a queda da Babilônia é associada com a batalha final, que acontece na
segunda vinda (19.11-21).
üAlém
disso, a batalha final era iminente no vs. 16.
üNo
Apocalipse, o simbolismo da batalha final é repetido várias vezes tendo por
base Ez 38-39 (vs. 14).
üAp
16.17-21 encaixa-se nesse caso, agrupando um terremoto, o desaparecimento das
montanhas e a saraiva, como em Ez 38.19-23.
Portanto,
a passagem descreve o castigo divino das pragas acompanhando a batalha.
A
descrição de outros aspectos da batalha é adiada até 19.11-21, de acordo com o
desenrolar do plano dramático e progressivo do Apocalipse.
Ap 16:1 Ouvi,
vinda do santuário,
uma grande voz,
dizendo aos sete anjos:
Ide
e derramai pela terra
as sete taças da cólera de
Deus.
Ap 16:2 Saiu, pois, o primeiro anjo
e derramou a sua taça pela terra,
e, aos homens portadores da marca da besta
e adoradores da sua imagem,
sobrevieram úlceras
malignas e perniciosas.
Ap 16:3 Derramou o segundo
a sua taça no mar,
e este se tornou em sangue
como de morto,
e morreu todo ser vivente
que havia no mar.
Ap 16:4 Derramou o terceiro
a sua taça nos rios
e nas fontes das águas,
e se tornaram em sangue.
Ap 16:5 Então, ouvi
o anjo das águas dizendo:
Tu és justo,
tu que és e que eras,
o Santo,
pois julgaste estas coisas;
Ap 16:6 porquanto derramaram sangue de santos e de
profetas,
também sangue lhes tens
dado a beber;
são dignos disso.
Ap 16:7 Ouvi do altar que se dizia:
Certamente, ó Senhor Deus, Todo-Poderoso,
verdadeiros e justos são os
teus juízos.
Ap 16:8 O quarto anjo
derramou a sua taça sobre o sol,
e foi-lhe dado queimar os homens com fogo.
Ap 16:9 Com efeito, os homens se queimaram com o
intenso calor,
e blasfemaram o nome de
Deus,
que tem autoridade sobre
estes flagelos,
e nem se arrependeram para lhe darem glória.
Ap 16:10 Derramou o quinto
a sua taça sobre o trono da besta,
cujo reino se tornou em
trevas,
e os homens remordiam a
língua por causa da dor que sentiam
Ap 16:11 e blasfemaram o
Deus do céu
por causa das angústias
e das úlceras que sofriam;
e não se arrependeram de
suas obras.
Ap 16:12 Derramou o sexto
a sua taça sobre o grande rio Eufrates,
cujas águas secaram,
para que se preparasse o
caminho dos reis
que vêm do lado do
nascimento do sol.
Ap 16:13 Então, vi sair
da boca do dragão,
da boca da besta
e da boca do falso profeta
três espíritos imundos
semelhantes a rãs;
Ap 16:14 porque eles são
espíritos de demônios,
operadores de sinais,
e se dirigem aos reis do
mundo inteiro
com o fim de ajuntá-los para a peleja
do grande Dia do Deus
Todo-Poderoso.
Ap 16:15 (Eis que venho
como vem o ladrão.
Bem-aventurado
aquele que vigia
e guarda as suas vestes,
para que não ande nu,
e não se veja a sua vergonha.)
Ap 16:16 Então, os ajuntaram
no lugar que em hebraico se chama Armagedom.
Ap 16:17 Então, derramou
o sétimo anjo a sua taça pelo ar,
e saiu grande voz do
santuário,
do lado do trono, dizendo:
Feito está!
Ap 16:18 E sobrevieram
relâmpagos,
vozes
e trovões,
e ocorreu grande terremoto,
como nunca houve igual desde
que há
gente sobre a terra;
tal foi o terremoto,
forte e grande.
Ap 16:19 E a grande cidade
se dividiu em três partes,
e caíram as cidades das
nações.
E lembrou-se Deus
da grande Babilônia
para dar-lhe o cálice do
vinho do furor da sua ira.
Ap 16:20 Todas as ilhas
fugiram,
e os montes não foram
achados;
Ap 16:21 também desabou do céu sobre os homens
grande saraivada,
com pedras que pesavam cerca de um talento;
e, por causa do flagelo da
chuva de pedras,
os homens blasfemaram de
Deus,
porquanto o seu flagelo
era sobremodo grande.
As sete taças são anunciadas e derramadas aqui no capítulo 16 de
apocalipse. Uma após a outra taça e o pecador continua pecador sendo mais
teimoso que uma mula.
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