Como já dissemos, Paulo escreveu essa
epístola para assegurar aos cristãos tessalonicenses do amor que ele tinha por
eles e instruí-los a respeito da importância de viver para Cristo e entender
corretamente as etapas do seu retorno. Estamos no capítulo 5/5.
Breve
síntese do capítulo 5.
Qual será o dia da volta de Jesus? Tantos homens já perscrutaram isso
buscando uma resposta e até arriscaram suas vidas e reputações demonstrando ser
dia tal o dia da volta de Jesus e quando se chega o dia previsto, nada
acontece.
Recentemente, fizeram tão asseverada afirmação e investiram em
propagandas e programas de rádio anunciando esse evento e, novamente, nada
aconteceu.
Há famosos como Isaac Newton que ousaram calcular esse dia. Conta-se que
ele dedicou toda a sua vida em trabalhos paralelos para calcular esse dia. Veja
mais em Os Segredos de
Newton: http://jnul.huji.ac.il/dl/mss/newton/ Ele previu o fim do mundo para 2060.
Paulo citava os profetas há muito tempo atrás: O DIA DO SENHOR VIRÁ COMO
LADRÃO!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. INSTRUÇÕES (4.1-5.22) - continuação.
Nós vimos que aqui ele está falando
brevemente sobre diversas questões éticas específicas. Assim, dos vs. 4.1 ao
5.22, veremos essas instruções.
Essa parte foi dividida em três: A. A
maneira ética de viver (4.1-12) – já
vimos; B. O retorno de Cristo (4.13-5.11) – concluiremos agora;e, C.
Instruções finais (5.12-22) – veremos e
concluiremos agora.
B. O retorno de Cristo (4.13-5.11) - continuação.
Dos vs. 4.13 ao 5.11, estamos vendo Paulo
falando do retorno de Cristo. O segundo foco de ensino de Paulo era sobre o
retorno de Cristo. Sua discussão sobre esse assunto dividiu-se em duas partes:
1. Os mortos em Cristo (4.13-18) – já
vimos; e, 2. O Dia do Senhor (5.1-11) – veremos
agora.
2. O Dia do Senhor (5.1-11).
O Dia do Senhor está muito próximo. Foi
dito aos tessalonicenses para se prepararem para o retorno de Cristo, o qual
pegará o incrédulo de surpresa.
Paulo partia do princípio que tanto os
cristãos (em sua mente, possivelmente os próprios cristãos para os quais ele
estava escrevendo) quanto os não cristãos estariam vivos e presentes quando
esse dia chegasse, os primeiros vigilantes e atentos, os últimos assustados
como por causa de um ladrão que ataca à noite.
Portanto, o arrebatamento dos cristãos dito
em 4.17 acontecerá junto com a repentina destruição dos incrédulos (2Ts 1.6-10;
2Ts 2.1). Será um acontecimento público que ocorrerá no final da criação como a
conhecemos.
O dia do Senhor, como aqui narrado – vs. 2
– é uma notável designação do dia no qual Cristo retornará (Mt 24.42). O termo
é bem conhecido do Antigo Testamento (p. ex., JI 2.1,31; Am 5.18; Sf 1.7,14; MI
4.5), onde é empregado para falar da vinda de Deus para julgar.
Essa associação do Dia do Senhor com o
julgamento é transportada para o Novo Testamento, onde o último julgamento, a
recompensa final e as punições estão em vista (At 17.31; Rm 2.5,16; 2Co 1.14).
De acordo com 2Pe 3.10-13, os céus, a terra
e todos os elementos serão destruídos nesse dia, dando lugar aos novos céus e a
uma nova terra. O como seria a sua vinda poderia ser descrita para as pessoas desatentas
como é a vinda do ladrão de noite. (vs. 2; veja Mt 24.43-44; veja também 2Pe
3.10, Ap 3.3; 16.15).
Aparentemente, Paulo era familiarizado com
pelo menos alguns dos materiais que agora nós lemos no sermão do monte das
Oliveiras pregado por Jesus (Mt 24.3-25.46; Mc 13.3-37; Lc 21.5-36).
Quando e como será esse dia do Senhor, a
volta de Jesus? É preciso distinguir na leitura a quem o texto está se
dirigindo. Há um público fiel, atento, vigilante, que são os filhos da luz, os
filhos do dia. Há outro desatento, das trevas, da noite, que vivem dormindo, ou
seja, desprezam totalmente essas palavras.
O povo fiel não será surpreendido, mas
também não sabe, exatamente, nem o dia, nem a hora, mas sabe distinguir os
tempos e as estações e é capaz de saber que está próxima ou não, por exemplo, a
tempestade por vir.
O povo infiel que já está destinado à ira,
esse sim, será surpreendido como o ladrão surpreende de noite, sobre esses virá
a ira de Deus como dores à mulher grávida e de modo nenhum escaparão.
Deus destinou o seu povo para obter
salvação e glória em Jesus Cristo (vs. 9; 1.10; 2Ts 2.14). No entanto, o Pai
também escolheu um grande número de cristãos (incluindo os tessalonicenses)
para sofrer, e resistir em fidelidade, tribulações de todos os tipos (3.2-4;
2Ts 1.4; Tg 1.2-4; 1 Pe 4.12-14; Ap 1.9).
Nesse contexto, a destinação para a ira refere-se
à condenação e à punição justas que cairão sobre os filhos da desobediência (Ef
5.6; Cl 3.6; Ap 6.16-17; 11.18) no "dia da ira... de Deus" (Rm 2.5).
Ele morreu por nós para que, quer estejamos
acordados quer dormindo, vivamos unidos a ele, ou seja, estejamos sempre
atentos e alertas. Por isso que devemos nos exortar e nos edificarmos, uns aos
outros, com essas palavras de Cristo. (vs. 10 e 11).
C. Instruções finais (5.12-22).
Dos vs. 12 ao 22, encerrando o capítulo e a
epístola, Paulo dá diversas instruções finais. Tendo lidado com as principais
preocupações dos tessalonicenses, Paulo voltou-se para diversas breves
exortações.
Mesmo nesse período inicial na vida da
congregação dos tessalonicenses, haviam sido escolhidos líderes que tinham a
incumbência de exercer cuidado e supervisão espirituais.
Paulo defendeu a legítima consideração dos
obreiros e líderes da igreja, ordenando que os cristãos não mostrassem a eles
apenas respeito, mas que também expressassem amor por eles.
Alguns líderes de Tessalônica, os quais
foram nomeados por Paulo em outro lugar, podem ter estado na mente do apóstolo enquanto
ele escrevia isso: Jasom (At 17.6-9), Aristarco (At 20.4; 27.2; Cl 4.10; SI 24L
Secundo (At 20.4) e, possivelmente, Gaio (At 19.29).
Essa fala (vs. 14 e também o vs. 12) indica
que as exortações que seguem significam que a responsabilidade pelo ministério
sobre toda a congregação era de toda a igreja, e não apenas dos líderes
reconhecidos. Sobre eles, os líderes, a recomendação paulina era de que o
tivessem em elavada honra, com a mais alta estima, com amor, por causa da
missão deles. O viver em paz era um alvo para todos – vs. 13.
Embora a palavra grega para "insubmissos"
empregada aqui (vs. 14, assim como as palavras relacionadas em 2Ts 3.6-7,11
mostram) tenha o sentido de "desordenado" ou "rebelde", o
contexto mostra que o tipo de comportamento insubmisso que Paulo tinha em mente
era uma recusa irresponsável de trabalhar para se manter. Nesse caso a tradução
da NVI é melhor, pois que fala para admoestar os ociosos.
Muitos pensam que esse comportamento era
alimentado por uma expectativa por demais madura da segunda vinda de Cristo.
Além de advertir os ociosos, seria
necessário confortar os desanimados, auxiliar os fracos - o tímido ou hesitante
precisa de encorajamento, e o fraco precisa de apoio (Rm 14.1; 15.1-2) – e com
todos ser muito paciente - todos devem ser atendidos com paciência.
Diante do mal praticado, o cuidado de Paulo
era para que não o retribuíssem da mesma maneira, mas que seguissem sempre o
bem.
O cristão tem o dever de buscar justiça em
favor dos outros (Is 56.1; 58.6-8). Mas é um aspecto notável da ética cristã
que o cristão, seguindo o exemplo do próprio Cristo (1Pe 2.21-23), deve
abster-se de retaliação pessoal para o seu próprio bem (Mt 5.38-42; Rm
12.17-21; 1Co 6.7; 1Pe 3.9).
Diante do mal praticado, a reposta e
orientação não era a vingança, mas o retribuir com o bem. Que a marca
característica dos crenes fosse sempre a bondade uns com os outros e para com
todos – vs. 15.
Dos vs. 16 ao 18, Paulo encorajou os
tessalonicenses a viverem vidas caracterizadas pela alegria e pela ação de
graças. No entanto, ele não proibia manifestações apropriadas de tristeza e
lamento.
O próprio Jesus não foi sempre alegre e
agradecido (Jo 11.35,38). Como mostram alguns salmos, às vezes a tristeza e o
lamento são legítimos e adequados (SI 28; 38; 40; 88; 130).
O dar graças em todas as circunstâncias é vontade
de Deus para nós em Cristo Jesus. Refere-se aqui ao desejo normativo de Deus (o
que ele ordena), como oposto ao seu desejo decretatório (o que ele decreta de
modo imutável).
Por um lado, Paulo advertiu os
tessalonicenses – vs. 19 ao 21 - para não extinguir o Espírito de Deus ao
desprezar a profecia legítima (tanto Silas quanto Paulo foram profetas do Novo
Testamento; At 13.1; 15.32).
Por outro lado, Paulo determinou que
nenhuma profecia deveria ser aceita de maneira não crítica; todas as afirmações
deveriam ser testadas quanto à sua validade (1Co 14.29; 2Ts 2.2). Elas deveriam
ser postas à prova e disso, ficar com o que é bom. Seria algo assim como o
comer peixe, onde se aproveita toda a carne e se jogam fora todas as espinhas. Com
relação ao mal, a recomendação definitiva era de afastamento total de toda a
forma de mal – vs. 22.
IV. ORAÇÃO FINAL, EXORTAÇÕES E BÊNÇÃO (5.23-28).
Paulo abençoou os tessalonicenses,
instruiu-os e os incumbiu de ler essa carta para todos.
Dos vs. 23 ao 28, a oração final,
exortações e bênção. Paulo encerrou com uma oração, exortações breves e uma
bênção, numa rápida sucessão.
Em sua oração o desejo de Paulo de Deus os
santificar em tudo. A correção total de todas as imperfeições humanas não é
apenas possível, mas é certa.
Essa restauração depende de Deus, o qual é
fiel e fará isso (vs. 24). No entanto, o elemento tempo não deve ser
desprezado. A perfeição total, a qual também inclui um corpo glorificado, será
efetuada na segunda vinda de Jesus Cristo (Fp 1.6).
Três aspectos da pessoa humana - espírito,
alma e corpo - são enumerados para enfatizar a totalidade dessa perfeição. Na
Escritura, "espírito" e "alma" com mais frequência são
usados como sinônimos virtuais para o elemento espiritual da pessoa.
Mais raramente (aqui e em Hb 4.12), a
Escritura considera esse elemento espiritual de diferentes pontos de vista,
embora seja difícil dizer exatamente a nuança de significado que os diferencia.
Compare com a quádrupla representação de
"coração", "alma", "entendimento" e
"força" em Mc 12.30. Eles formam no português o acróstico CAFÉ, veja:
C – coração.
A – alma.
F – força.
E –
entendimento.
Assim, sua oração por nós todos ficou
expressa em dois desejos fundamentais: o ser santificado inteiramente pelo Deus
da paz e que todo nosso ser (espírito, alma e corpo) seja conservado
irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Estamos sendo chamados por Deus – vs. 24 –
e ele mesmo fará isso em nós.
O vs. 25 eu costumo usar quando me dirijo
aos irmãos e vou deixar para você leitor ver o seu significado. Veja e confira
I Ts 5.25.
O verbo grego usado aqui “conjuro-vos” é
raro e enfático, e tem o efeito de colocar os leitores sob um juramento. Paulo
estava colocando um peso solene sobre eles a fim de assegurar que a congregação
se familiarizasse totalmente com o conteúdo dessa epístola - tão importante ele
considerava o seu ensino apostólico para o bem espiritual deles.
I Ts 5:1 Irmãos, relativamente aos tempos e às
épocas,
não
há necessidade de que eu vos escreva;
I
Ts 5:2 pois vós mesmos estais inteirados com precisão
de
que o Dia do Senhor
vem
como ladrão de noite.
I Ts 5:3 Quando andarem dizendo:
Paz
e segurança,
eis
que lhes sobrevirá repentina destruição,
como
vêm as dores de parto
à
que está para dar à luz;
e
de nenhum modo escaparão.
I Ts 5:4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas,
para
que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa;
I Ts 5:5 porquanto vós todos sois
filhos
da luz
e
filhos do dia;
nós
não somos da noite,
nem
das trevas.
I Ts 5:6 Assim, pois, não durmamos como os demais;
pelo
contrário,
vigiemos
e
sejamos sóbrios.
I Ts 5:7 Ora, os que dormem dormem de noite,
e os que se embriagam é de noite que se embriagam.
I Ts 5:8 Nós, porém, que somos do dia,
sejamos
sóbrios,
revestindo-nos
da
couraça da fé
e
do amor
e
tomando como capacete
a
esperança da salvação;
I Ts 5:9 porque Deus não nos destinou para a ira,
mas
para alcançar a salvação
mediante
nosso Senhor Jesus Cristo,
I
Ts 5:10 que morreu por nós
para
que, quer vigiemos,
quer
durmamos,
vivamos
em união com ele.
I Ts 5:11 Consolai-vos, pois, uns aos outros
e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.
I Ts 5:12 Agora, vos rogamos, irmãos,
que
acateis com apreço
os
que trabalham entre vós
e
os que vos presidem no Senhor
e
vos admoestam;
I
Ts 5:13 e que os tenhais
com
amor
em
máxima consideração,
por
causa do trabalho que realizam.
Vivei em paz uns com os outros.
I Ts 5:14 Exortamo-vos, também, irmãos,
a
que admoesteis os insubmissos,
consoleis
os desanimados,
ampareis
os fracos
e
sejais longânimos para com todos.
I
Ts 5:15 Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal;
pelo
contrário,
segui
sempre o bem entre vós
e
para com todos.
I Ts 5:16 Regozijai-vos sempre.
I Ts 5:17 Orai sem cessar.
I Ts 5:18 Em tudo, dai graças,
porque
esta é a vontade de Deus
em
Cristo Jesus para convosco.
I Ts 5:19 Não apagueis o Espírito.
I Ts 5:20 Não desprezeis as profecias;
I
Ts 5:21 julgai todas as coisas,
retende
o que é bom;
I
Ts 5:22 abstende-vos de toda forma de mal.
I Ts 5:23 O mesmo Deus da paz
vos
santifique em tudo;
e
o vosso espírito, alma e corpo
sejam
conservados
íntegros
e
irrepreensíveis
na
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
I Ts 5:24 Fiel é o que vos chama,
o
qual também o fará.
I Ts 5:25 Irmãos, orai por nós.
I Ts 5:26 Saudai todos os irmãos com ósculo santo.
I Ts 5:27 Conjuro-vos, pelo Senhor,
que
esta epístola seja lida a todos os irmãos.
I Ts 5:28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
convosco.
Independente dos erros desses homens o fato é que
Jesus está mesmo vindo e cada dia isso se torna mais próximo. Quem estuda a
história sabe que a história nos ensina a esperar o futuro. Ele disse que
viria, veio e o fato se tornou história. Ele disse que voltaria... concluam o
restante.
... Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Como já dissemos, Paulo escreveu essa
epístola para assegurar aos cristãos tessalonicenses do amor que ele tinha por
eles e instruí-los a respeito da importância de viver para Cristo e entender
corretamente as etapas do seu retorno. Estamos no capítulo 4/5.
Breve
síntese do capítulo 4.
Paulo começa a fornecer - no capítulo 4 e
concluiu no próximo - instruções a respeito de diversos assuntos que eram de
especial importância: ele lembrou aos tessalonicenses como ele os tinha
instruído anteriormente para agradar a Deus ao evitar a imoralidade sexual, ao
aumentar o amor uns pelos outros e como viver de maneira honesta diante dos não
cristãos.
Paulo falou sobre duas questões
relacionadas ao retorno de Cristo: os cristãos que estão mortos serão
ressuscitados no retorno de Cristo e os cristãos devem estar prontos para esse
retorno.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. INSTRUÇÕES (4.1-5.22).
Ele falou brevemente sobre diversas
questões éticas específicas. Assim, dos vs. 4.1 ao 5.22, veremos essas
instruções.
Paulo iniciou a segunda e maior seção de
sua epístola fornecendo instruções sobre vários assuntos: princípios para a
conduta cristã (4.1-12); promessas e desafios com respeito ao retorno de Cristo
(4.13-5.11) e diversas breves diretrizes finais (5.12-22). Elas irão formar a
seguinte divisão, conforme a BEG: A. A maneira ética de viver (4.1-12) – veremos agora; B. O retorno de Cristo
(4.13-5.11) – começaremos a ver agora;e, C. Instruções finais (5.12-22).
A. A maneira ética de viver (4.1-12).
Como viver a fim de agradar a Deus? A
moralidade pessoal e social era muito importante para Paulo. Aqui ele tocou em
três questões de particular importância para a igreja tessalonicense: a
moralidade sexual (4.1-8), o amor fraternal (vs. 4.9-10) e uma postura e
trabalho éticos que obteriam o respeito de um mundo que os estava observando
(vs. 4.11-12). Elas também formarão nossa divisão proposta, conforme a BEG: 1.
A moralidade sexual (4.1-8) – veremos
agora; 2. O amor fraternal (4.9-10) – veremos
agora; e, 3. O trabalho diante dos de fora (4.11-12) – também veremos agora
Essas instruções vão do âmbito mais
estreito para o mais amplo: do "próprio corpo" (vs. 4) para o
"irmão" (vs. 6) para "todos os irmãos" (vs. 10) e
finalmente para com "os de fora" (vs.12).
1. A moralidade sexual (4.1-8).
As tradições sexuais da cultura helenística
faziam um nítido contraste com os padrões bíblicos. É provável que os tessalonicenses
estivessem enfrentando muitas tentações para entregarem-se a tipos de
imoralidade sexual aceitos pela cultura.
Paulo elogiou os tessalonicenses pelo
progresso deles ao aprender como agradar a Deus, mas os desafiou a progredirem
mais. O apóstolo reconhecia a constante necessidade de crescimento e de seguir
adiante "avançando para as coisas
que diante de mim estão" (Fp 3.13). A complacência espiritual
desvirtua a confissão verbal do cristão.
De novo Paulo enfatizou que a autoridade do
seu ensino não vinha dele mesmo - não de um simples homem - mas do próprio
senhor ressuscitado (2.13). Eles deveriam conhecer bem os mandamentos que eles
lhes deram no nome e com a autoridade do Senhor Jesus.
Pois esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação. A Escritura geralmente concebe os desejos de Deus em um de dois
sentidos. Às vezes (p. ex., Ef 1.1), significa os decretos de Deus que
determinam a História, o que nós não podemos saber a não ser pela observação de
sua ação externa ou por uma revelação especial de Deus.
Com frequência, os teólogos chamariam isso
de desejo "decretatório” ou "secreto" de Deus. Outras vezes, (por
ex., aqui é 5.8), eles significam uma lei que Deus nos dá por meio da revelação
– o desejo de Deus “normativo” ou “revelado”, no qual ele nos ordena a fazer
algo. A vontade expressa de Deus para nós é que sejamos santos, abstendo-nos de
comportamento libertino.
A sociedade pagã nos dias de Paulo não
ensinava nem induzia ninguém à pureza sexual. A infidelidade conjugal, ao menos
para os homens, era a norma, e algumas das religiões pagãs das quais esses
tessalonicenses tinham sido libertados (uma das quais deve ter sido o famoso
culto a Cabiri) sancionavam flagrante corrupção sexual nos seus rituais. O
evangelho de Cristo trouxe, e continua a trazer, um despertar moral e uma nova
revelação das normas justas de Deus.
Os relacionamentos sexuais ilícitos afetam
outras pessoas além das partes envolvidas. Se o marido ou a esposa pecam, a
família, os amigos e os irmãos em Cristo são humilhados. Essa situação envolve
até mesmo o próprio Cristo (1Co 6.15). Em última análise, esses pecados, assim
como os outros, são cometidos contra o Deus santo e justo, o qual irá
julgá-los.
Paulo reivindicou autoridade divina, não
apenas para o que ele dizia, mas também para o que ele ensinava por escrito
(observe também a sua ordem em 5.27). Se alguém rejeitasse essas coisas que ele
dizia não estaria rejeitando o homem, mas a Deus, que também lhes dava o
Espirito Santo.
De maneira incisiva, Paulo relembrou seus
leitores de que a renovada capacidade que eles tinham para a santidade era
resultado da contínua ação de Deus por meio do Espírito Santo que habitava
dentro deles (1Co 6.19; Cl 3.5). A construção em grego enfatiza o termo
"santo", o qual é especialmente apropriado nesse contexto.
2. O amor fraternal (4.9-10).
Com relação ao amor fraternal, Paulo já
tinha fornecido um exemplo de amor fraternal em seu próprio ministério aos
tessalonicenses (2.1-12). Agora ele pedia que eles demonstrassem esse tipo de
amor em relação aos outros.
Paulo elogiou os tessalonicenses pela
dedicação que demonstravam entre si, bem como em relação aos cristãos em toda a
Macedônia, No entanto, ele sabia que as tribulações que a igreja enfrentava
exigiam que eles cada vez mais se apoiassem mutuamente e demonstrassem afeição
entre si.
Sobre a importância do amor entre os
cristãos nos escritos de Paulo, veja 1Co 13.1-13.
3. O trabalho diante dos de fora (4.11-12).
Nessa seção de ensino moral, o objetivo de
Paulo se ampliou. Ele estava preocupado novamente com o trabalho ético dos
tessalonicenses e a reputação deles diante da comunidade não cristã.
Essa palavra “diligenciardes” – vs. 11- (philotirneomai, em grego) era muitas
vezes usada para se referir às tentativas, por parte dos abastados, de obter
honra cívica e reconhecimento mediante a demonstração exterior de generosidade.
O uso que Paulo fez dela virou o seu
sentido de cabeça para baixo: os tessalonicenses deveriam zelar pela honra que
não provinha da autoafirmação ou demonstração ostentosa de grandeza pessoal,
mas sim mediante um comportamento humilde, diligente, irrepreensível. Essa
exortação, que vale para todos os cristãos, tinha uma urgência particular em
Tessalônica, onde os cristãos já tinham sido falsamente acusados de motim (At 17.6-9).
Ao viver uma vida respeitável e modesta, os cristãos aquietariam qualquer
desconfiança que restasse.
B. O retorno de Cristo (4.13-5.11).
Dos vs. 4.13 ao 5.11, veremos Paulo falando
do retorno de Cristo. O segundo foco de ensino de Paulo era sobre o retorno de
Cristo. Sua discussão sobre esse assunto divide-se em duas partes: o destino
dos cristãos que tiverem morrido antes desse acontecimento (4.13-18) e a
preparação para o mesmo (5.1-11). Elas formarão a seguinte divisão proposta,
conforme a BEG: 1. Os mortos em Cristo (4.13-18) – veremos agora; e, 2. O Dia do Senhor (5.1-11).
1. Os mortos em Cristo (4.13-18).
Aparentemente, os falsos profetas haviam
ligado as esperanças dos tessalonicenses tão fortemente a um iminente retorno
de Cristo que eles não sabiam o que pensar sobre os cristãos que já tinham
morrido.
Paulo não queria que os tessalonicenses se
preocupassem com o que aconteceria com esses santos.
Ao dizer que eles “dormem”, Paulo estava empregando
uma metáfora usada na Antiguidade entre os pagãos, bem como pelos judeus e
cristãos, para a morte.
O termo não se referia de modo particular
ao estado da alma ou da consciência da pessoa falecida, pois era empregado por
grupos com crenças amplamente divergentes a respeito desse tema.
Para a compreensão do Novo Testamento de
uma existência consciente e abençoada entre a morte e a ressurreição, veja Lc
16.19-31; 23,42-43; veja também Jo 14.1-3; 2Co 5.6-8; Fp 1.23; Hb 12.22-24; Ap
6.9-11; 7.9-17; 20.4-6.
A ressurreição de Cristo dá aos cristãos
profunda esperança e garantia de interminável comunhão com ele. Portanto, a
tristeza deles por causa de um irmão cristão falecido é suavizada, e eles são
sustentados na esperança.
A lógica da argumentação de Paulo era que se
cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante
Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram – vs. 14.
Isso deve ser entendido provavelmente como
um "trará" à presença de Deus (3.13) e ao reino pela ressurreição
(1Co 6.14; 2Co 4.14), embora alguns acreditem que signifique a vinda dos santos
mortos para a terra quando Cristo voltar.
De acordo com o autor do livro apócrifo de
2Ed 13.14-20,24 (uma obra judaica não canônica escrita no século 2 d.C.),
aqueles que sobreviverem até a vinda do glorioso Messias são mais abençoados do
que aqueles que estiverem mortos quando isso ocorrer. Alguns dos
tessalonicenses deviam ter uma concepção incorreta semelhante.
Paulo, ao contrário disso, assegurou aos
seus leitores que ambos os grupos estarão em iguais condições (1Co 15.52)
quando todos os cristãos entrarem juntos na plenitude do reino no retorno de
Jesus.
Os "em Cristo" constituem uma
subcategoria daqueles "em Adão" (toda a raça humana), e eles abrangem
todos aqueles que participam na salvação (1 Co 15.22-23), que viveram tanto
antes como depois de Cristo.
Portanto, essa ressurreição dos
"mortos em Cristo" refere-se a uma ressurreição corpórea (1Co
15.35-44) de todos os justos mortos, não apenas da ressurreição dos crentes do
Novo Testamento, no tempo do retorno de Cristo (Jo 5.28-29; 1Co 15.23).
A ressurreição dos iníquos é mencionada de
modo explícito por Paulo somente em At 24.15, embora ele a pressuponha em suas
advertências de um julgamento universal individual na época em que Cristo
retornar (At 17.31; Rm 2.5-16).
Paulo afirmava, por
palavra do Senhor, que jamais iremos preceder os que dormem. Uma vez dada a
ordem (ah como ansiamos por este dia!) – ordem essa dada com a voz do arcanjo e
o ressoar da trombeta de Deus -, o próprio Senhor descerá dos céus e os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro.
Somente depois disso é
que nós (espero estar incluído no “nós”) é que seremos arrebatados – vs. 17. O
modo como esse "arrebatamento" ou "êxtase" (do latim rapere
= rapto) da igreja é retratado não contém todos os detalhes cronológicos quanto
ao final dos tempos que gostaríamos de saber.
Por exemplo, não nos é
dito se o grupo reunido descerá imediatamente para a terra ou se retornará para
o céu. O que está claro é que esse acontecimento não ocorrerá até depois da
ressurreição corpórea dos mortos.
A doutrina é apresentada
de maneira pastoral para confortar os que estão aflitos e confusos pela morte
de cristãos amados.
A garantia de que todos
os justos sem distinção estarão com o Senhor para sempre, assim como um com o
outro na vinda de Cristo, é a ideia principal dessa passagem (vs. 18). Todavia,
as expressões "palavra de ordem", "a voz do arcanjo" e
"ressoada a trombeta de Deus" (vs. 16) dão a nítida impressão de que
o arrebatamento será um acontecimento público e não secreto - Lc 17.24; 21.35;
Ap 1.7.
I Ts 4:1 Finalmente, irmãos,
nós
vos rogamos
e
exortamos no Senhor Jesus
que,
como de nós recebestes,
quanto
à maneira por que deveis
viver
e agradar a Deus,
e
efetivamente estais fazendo,
continueis
progredindo
cada vez
mais;
I Ts 4:2 porque estais inteirados
de
quantas instruções vos demos
da
parte do Senhor Jesus.
I Ts 4:3 Pois esta é a vontade de Deus:
a
vossa santificação,
que
vos abstenhais da prostituição;
I
Ts 4:4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo
em
santificação
e
honra,
I
Ts 4:5 não com o desejo de lascívia,
como
os gentios que não conhecem a Deus;
I
Ts 4:6 e que, nesta matéria,
ninguém
ofenda
nem
defraude a seu irmão;
porque
o Senhor, contra todas estas coisas,
como
antes vos avisamos
e
testificamos claramente,
é
o vingador,
I Ts 4:7 porquanto Deus
não
nos chamou para a impureza,
e
sim para a santificação.
I Ts 4:8 Dessarte, quem rejeita estas coisas
não
rejeita o homem,
e
sim a Deus,
que
também vos dá
o
seu Espírito Santo.
I Ts 4:9 No tocante ao amor fraternal,
não
há necessidade de que eu vos escreva,
porquanto
vós mesmos estais por Deus instruídos
que
deveis amar-vos uns aos outros;
I
Ts 4:10 e, na verdade, estais praticando isso mesmo
para
com todos os irmãos em toda a Macedônia.
Contudo, vos exortamos, irmãos,
a
progredirdes cada vez mais I Ts 4:11
e
a diligenciardes por viver tranqüilamente,
cuidar
do que é vosso
e
trabalhar com as próprias mãos,
como
vos ordenamos;
I
Ts 4:12 de modo que vos porteis com dignidade
para
com os de fora
e
de nada venhais a precisar.
I Ts 4:13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais
ignorantes
com
respeito aos que dormem,
para
não vos entristecerdes como os demais,
que
não têm esperança.
I Ts 4:14 Pois, se cremos
que
Jesus morreu e ressuscitou,
assim
também Deus,
mediante Jesus,
trará,
em sua companhia,
os
que dormem.
I Ts 4:15 Ora, ainda vos declaramos,
por
palavra do Senhor, isto:
nós,
os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor,
de
modo algum precederemos os que dormem.
I Ts 4:16 Porquanto o Senhor mesmo,
dada
a sua palavra de ordem,
ouvida
a voz do arcanjo,
e
ressoada a trombeta de Deus,
descerá
dos céus,
e
os mortos em Cristo
ressuscitarão
primeiro;
I
Ts 4:17 depois, nós, os vivos,
os
que ficarmos,
seremos
arrebatados
juntamente
com eles,
entre
nuvens,
para
o encontro do Senhor nos ares, e,
assim, estaremos para sempre
com
o Senhor.
I Ts 4:18 Consolai-vos, pois,
uns
aos outros
com
estas palavras.
A maior notícia de todos os tempos ainda não
aconteceu, mas nós já sabemos do que se trata: A VOLTA DE JESUS! Breve, estarão
todos falando deste evento predito tantos anos antes e agora fato. Está
chegando a hora, Igreja do Senhor!
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