Como dissemos, Paulo escreveu essa epístola
para agradecer aos filipenses pela solidariedade enquanto esteve na prisão e
animá-los a se unirem e a se ajudarem mutuamente em Cristo. Estamos no capítulo
4/4.
Breve
síntese do capítulo 4.
Que maravilha de versículo bíblico (Fp 4.4) quando
diz para nos alegrarmos e repete novamente, “alegrai-vos”. Sabem por que
devemos nos alegrar diante do Senhor? É porque não estamos abandonados à nossa
própria sorte, antes Deus está no controle de tudo e de todas as coisas.
Se Deus está no controle, por que andarmos
sem moderação e ansiosos? A ansiedade não provem do Espírito de Deus e nada
acrescenta a nossa fé e vida, antes é sugadora de nosso bem estar diante de
Deus.
Eu chamo tais sugadores de MIM – Meus
Inimigos mortais!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes,
conforme ajuda da BEG:
IV. RESISTINDO AO ERRO (3.1-4.1) - continuação.
Nós dissemos que Paulo desejava muito que
os filipenses resistissem ao legalismo assim como ao antinomianismo (3.17-4.1).
Eles precisavam viver na vida presente com os olhos fixos no objetivo do seu
futuro, no retorno de Cristo.
A seguinte divisão, conforme a BEG, é a que
estamos seguindo: A. Contra os legalistas (3.1-11) – já vimos; B. Vivendo agora para o futuro (3.12-16) – já vimos; C. Contra os libertinos
(3.17-4.1) – concluiremos agora;
C. Contra os libertinos (3.17-4.1) continuação.
Nós já vimos que dos vs. 3.17 ao 4.1, Paulo
está falando contra os libertinos.
Com base no que precede, esse versículo –
vs. 4.1 - é uma ponte entre os ensinamentos de Paulo nos capítulos anteriores e
seus comentários mais pessoais no cap. 4.
Ele sauda os seus amados e saudosos irmãos
que eram para ele motivo de grande alegria e coroa e os exorta a permanecer,
deste modo, firmes.
Essa frase pode ser traduzida
"permanecei firmes desse modo", porque Paulo pode estar antecipando
as exortações que viriam a seguir, especialmente as árduas dos vs. 2-3.
Isso ajuda a explicar a presença de seis
termos de afeição no vs. 1 (“irmãos”, “amados”, “mui saudosos”, “minha alegria”, “e coroa”, “amados”). O desafio a "permanece(r) firme" volta a
1.27 (onde o mesmo imperativo é usado) e baseia-se imediatamente na declaração
de esperança em 3.20-21.
É especialmente em vista do retorno de
Cristo que Paulo chamou seus leitores de sua "alegria e coroa" (cf.
lTs 2.19-20). Poderíamos nós também, no presente século sentirmos o mesmo que
Paulo.
V. EXORTAÇÕES (4.2-9).
Paulo pediu, nesses versos de 2 a 9, harmonia,
serviço e amor na igreja de Filipos, ou seja, Paulo continuou seus ataques ao
legalismo e ao antinomianismo (a crença de que os cristãos não estão sujeitos à
lei moral de Deus) com uma série de exortações específicas e apropriadas para a
igreja em Filipos.
Ele faz um rogo duplo a Evódia e a Síntique.
Paulo usou súplica em vez de comando, e seu método de se dirigir a uma mulher
de cada vez fortaleceu o apelo.
Evódia e Síntique. Essas mulheres não são
mencionadas em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Ambas eram corajosas
companheiras de trabalho de Paulo e aparentemente eram pessoas de grande
influência na igreja.
Seu apelo era que elas vissem
concordemente. Deriva de phroneo (pense); veja
o vs. 1.7. A principal preocupação de Paulo não era a de que elas pensassem
"concordemente" (no grego essa palavra não existe), mas que elas
tivessem a atitude elogiada em 2.2. A atitude delas era crucial para a unidade
da igreja.
Também ele se dirigiu afetuosamente ao seu
companheiro de jugo. Ou, "leal Sízigo". Refere-se ou a uma pessoa em
particular, talvez com esse nome, ou aos membros da igreja de um modo geral,
todos os quais eram responsáveis por trabalhar pela unidade (1.27-2.18). A
tarefa de ajudar essas mulheres concorda com a metáfora.
Clemente não aparece em nenhum outro lugar
no Novo Testamento. Essa expressão combina mais com a palavra "contender”
do que com a mais remota "ajudar". Ele os consola dizendo que seus
nomes estão no Livro da Vida. Os nomes de todos os eleitos de Deus estão
escritos neste livro (Ap 3.5; 20.15).
É no verso quatro que ele fala duplamente
em se alegrar. Esse tema da alegria é proeminente em Filipenses.
Depois de dar a eles o comando de se
alegrarem é que ele fala a eles sobre a moderação. A palavra grega denota
magnanimidade, ou um espírito perdoador, do qual Jesus nos dá o exemplo supremo
(2Co 10.1).
Essa pessoa não insiste em seus direitos
(2.1-4). Somente essas pessoas aprendem o segredo da alegria.
A moderação deles seria conhecida e
manifesta de todos, pois perto está o Senhor. Isso pode ser entendido de duas
maneiras: temporalmente, como referindo-se à vinda de Jesus (3.20-21), que fornece
esperança em meio aos sofrimentos, ou especialmente, em termos da presença de
Cristo habitando em nós e o efeito de sermos unidos a ele (1.1).
Agora ele exorta com firmeza dizendo e
orientando os Filipos de não andarem ansiosos. O presente do imperativo pode
sugerir descontinuar uma prática de preocupação (com relação a certos
obstáculos como conflitos e perseguições).
O mesmo verbo foi usado em 2.20 com relação
a uma preocupação amorosa pelos outros. Aqui ele indica ansiedade que é
incompatível com a confiança em Deus (o mesmo verbo ocorre em Mt 6.25).
Como no vs. 4 (e 3.1), Paulo não estava
colocando o peso de um mandamento sobre os seus leitores. Nem todo tipo de
ansiedade é pecado (veja 1Co 12.25; Fp 2.20, onde os mesmos verbos descrevem o
cuidado que os crentes tinham pelos outros; cf. as emoções de Jesus em Lc
22.44).
Em vez disso, Paulo estava encorajando seus
leitores a adotarem uma perspectiva mais positiva sobre as suas circunstâncias
em vez de se entregarem a uma preocupação irracional.
A linguagem de Paulo foi deliberadamente
todo-inclusiva; não deve haver restrições na aplicação.
Reparem que Deus nunca fica ansioso ou entra em ansiedade. Se Deus não fica ansioso de jeito nenhum e nós somos dele,
para ele e feitos por meio dele, para louvor de sua glória, também nós não
devemos ser, nem ter ansiedades.
A ansiedade traz o problema que ainda nem
existe para um nível de existência que afeta todo nosso ser, sem nos dar a
chance de vencer. A ansiedade é uma péssima escolha!
Ao invés da ansiedade, a orientação é que as
nossas petições, pela oração e pela súplica, sejam conhecidas diante de Deus,
mas com ações de graças.
Os quatro termos usados aqui formam dois
dísticos (petição e oração; súplica e ações de graça). Paulo não estava definindo tipos diferentes de oração, se bem que poderíamos assim definir: petição, seria o pedido a ser feito; oração, nossa atitude 24 h diante de Deus; súplica, nosso rogo mais insistente diante do Senhor e ação de graça, nossa atitude de gratidão contínua diante de Deus em todas as coisas. Em vez disso, o
agrupamento de palavras reflete a importância que ele dava à prática da oração.
Apresentar "petições" em oração
nos dá um escape para a ansiedade (1Pe 5.7). Fazer isso "com ações de
graças" é em si mesmo um antídoto para a preocupação.
Em sendo assim, óbvio, a paz de Deus que
excede todo o entendimento – vs. 7 – guardará os nossos corações e mentes no
Senhor. Essa é a resposta direta à oração da ansiedade. Aquilo que não pode ser
totalmente compreendido pode de qualquer modo ser profundamente experimentado
por aqueles que estão em Cristo Jesus (1.2; cf. Ef 3.18-19).
Concluindo essas exortações – vs. 8 -,
Paulo convidou seus leitores a uma vida de obediência, a resposta certa para a
paz de Deus.
As virtudes listadas aqui não são
exaustivas, mas representativas, e elas são expressas de várias maneiras
(observe a expressão repetida "tudo o que é").
O pensamento focalizado nessas coisas não é
um fim em si mesmo, mas é a preparação para uma ação intencional (vs. 9).
Assim, estamos livres para pensarmos em coisas
boas e virtuosas. Se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
·Tudo
o que é verdadeiro.
Veja Ef 4.24-25.
·Tudo
o que é honesto (NVI) ou respeitável (ARA).
A palavra grega subjacente (semnos) é traduzida
"respeitáveis" em 1Tm 3.8,11.
·Tudo
o que é justo.
·Tudo
o que é puro.
Veja 1Tm 5.22; Tt 2.5.
·Tudo
o que é amável.
Termo usado somente aqui em toda
a Bíblia.
·Tudo
o que é de boa fama.
Também termo usado somente aqui.
Os filipenses deviam ser guiados tanto
pelos ensinamentos de Paulo como pelo seu exemplo, especialmente o seu amor por
eles (1.3-8; 2.12; 4.1).
Assim fazendo, o Deus da paz será conosco
sempre. Uma promessa muito maior do que "a paz de Deus" (vs. 7), o
cumprimento do qual depende da obediência.
VI. AGRADECIMENTOS (4.10-20).
Paulo agradeceu aos filipenses pelo apoio
que eles lhe haviam dado enquanto ele esteve na prisão.
Nesses versículos de gratidão e
agradecimento – vs. 10 ao 20 -, Paulo volta ao tema do cap. 1: a parceria dos
filipenses com ele no evangelho (1.5), especialmente como expressado mediante o
apoio financeiro. Ele focalizou sobre duas coisas: alegria (4.10-13) e
companheirismo (4.14-20).
A. Alegria (4.10-13).
Dos vs. 10 ao 13, a alegria. Paulo primeiro
focalizou em como Deus havia dado a ele contentamento em suas circunstâncias.
A última parte do versículo 10 “mas vos
faltará oportunidade” acrescenta uma qualificação, sem a qual a primeira parte
pareceria uma repreensão.
Paulo diz ter aprendido a contentar-se com
as circunstâncias relacionadas à sua vida. Esses versículos não negam a
realidade das necessidades de Paulo, mas, em vez disso, testemunhavam de que ele
se contentava em viver tanto em abundância quanto em escassez.
Dotado do poder e da atitude de Cristo
(2.5; 3.10), Paulo era capaz de enfrentar todas as circunstâncias com alegria.
Ele queria inculcar a mesma lição nos seus leitores (vs. 6-7,19).
Eu também antes me angustiava com o
fracasso, com o insucesso, com as decepções da vida nas indas e vindas ao
trabalho, na igreja, em casa, na vida social, mas agora, não. Isso não mais me
aborrece, pois que confio no Senhor que tanto pode me exaltar me colocando no
topo do mundo, como me pode abater até eu me tornar em nada.
O que importa é que eu estou a seu serviço
para cumprir o meu chamado de anunciar o evangelho a todas as criaturas. No
tempo certo, não importa se nessa vida ou não, ele me glorificará para sua
própria glória.
Eu aprendi que não sou eu o administrador-mor
de minha vida, mas o Senhor; logo, ele pode fazer comigo o que desejar, eu não
irei lamentar, nem murmurar e ainda estarei contente.
B. Parceria (4.14-20).
Nesse ponto, Paulo agradeceu pela parceria
que os filipenses haviam desenvolvido com ele mediante o apoio ao seu ministério
– vs. 14 ao 20.
Paulo entendeu que eles fizeram bem ao se
associarem com ele em suas tribulações. O termo grego “associar” é relacionado
com a palavra "cooperação" ou "parceria" (1.5). A qualificação
dos vs. 10-13 fez com que Paulo reconhecesse que ele havia estado em real
necessidade (1.17).
Também foi ele ajudado pelos filipenses no
início do evangelho. Ou seja, a chegada do evangelho a Filipos (1.5), quando ele
partiu da Macedônia.
Durante a sua segunda viagem missionária,
Paulo deixou a Macedônia para ir a Atenas e à Acaia (16.40-18.18). Mesmo antes
de o apóstolo ter deixado a Macedônia, os filipenses foram extraordinariamente
e repetidamente generosos com ele.
Como esclarecido enfaticamente no vs. 18,
nesse momento Paulo estava amplamente suprido e não queria criar dificuldades
para os recursos da igreja.
No entanto, a principal causa de sua
alegria (vs. 10) não era que as suas necessidades haviam sido supridas, mas
porque ele percebia a doação dos filipenses como um ato de adoração que era
agradável a Deus (Hb 13.15-16) e pela qual Deus os abençoaria ricamente (2Co
9).
Paulo exalta o seu Deus diante deles como
aquele que haveria de supri-los em cada uma de suas necessidades. Essa passagem
se refere tanto às necessidades espirituais como às materiais (vs. 6-7). A
promessa é para as pessoas que estão em Cristo Jesus (1.1; 4.21).
Essa atribuição é uma resposta à promessa
do vs. 19. Amém! Quando o 'amém" está no início de uma frase, como
geralmente acontece nos Evangelhos, ele aponta para a autoridade e
confiabilidade do que está para ser dito (p. ex., Jo 3.3, traduzido como “Em
verdade").
Quando usado no final de uma frase, como
aqui e frequentemente nas epistolas, ele expressa uma resposta de confiança e
compromisso com o que foi dito. É uma declaração que confirma a confiabilidade
e a seriedade do que foi declarado.
VII. SAUDAÇÕES FINAIS E BÊNÇÃO (4.21-23).
Paulo fez algumas observações finais, incluindo
saudações e bênçãos. São suas saudações finais e bênçãos. Paulo terminou essa
carta de sua maneira costumeira: com saudações e uma bênção.
Aqui – vs. 21 -, como em qualquer outro
lugar, isso “irmãos” se refere aos crentes companheiros de ambos os sexos. Era frequente
que Paulo se dirigisse aos filipenses com esse termo (p. ex., 1.12; 3.1) que se
acham com ele.
Ele continua sua saudação falando de todos
os santos. Isso aponta para a solidariedade corporativa dos crentes, tanto
entre si como entre as igrejas locais, nesse caso Filipos e Roma, especialmente
os da casa de César. Não eram membros da família real, mas servos no palácio.
Eles eram os crentes romanos com quem Paulo tinha mais contato (1.13).
O caráter do grego nessa expressão “com o
vosso espírito” (o plural "vosso"; o singular "espírito") é
influenciado pelo uso hebraico. “Espírito” não indica um segmento do eu, mas
todo o eu visto de uma maneira particular. Essa expressão (encontrada também em
Cl 6.18) é virtualmente equivalente à mais comum “com você" (p. ex., Cl
4.18; lTs 5.28).
Fp 4:1 Portanto, meus irmãos,
amados
e mui saudosos,
minha
alegria e coroa,
sim,
amados,
permanecei,
deste modo,
firmes
no Senhor.
Fp 4:2 Rogo a Evódia e rogo a Síntique
pensem
concordemente, no Senhor.
Fp 4:3 A ti, fiel companheiro de jugo,
também
peço que as auxilies,
pois
juntas se esforçaram comigo no evangelho,
também
com Clemente
e
com os demais cooperadores meus,
cujos
nomes se encontram no Livro da Vida.
Fp 4:4 Alegrai-vos sempre no Senhor;
outra
vez digo:
alegrai-vos.
Fp 4:5 Seja a vossa moderação
conhecida
de todos os homens.
Perto
está o Senhor.
Fp 4:6 Não andeis ansiosos de coisa
alguma;
em
tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições,
pela
oração
e
pela súplica,
com
ações de graças.
Fp
4:7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará
o vosso coração
e
a vossa mente em Cristo Jesus.
Fp 4:8 Finalmente, irmãos,
tudo
o que é verdadeiro,
tudo o que é
respeitável,
tudo o que é
justo,
tudo o que é
puro,
tudo o que é
amável,
tudo o que é
de boa fama,
se alguma
virtude há
e se algum
louvor existe,
seja isso o que ocupe o vosso
pensamento.
Fp 4:9 O que
também aprendestes,
e recebestes,
e ouvistes,
e vistes em
mim,
isso praticai;
e o Deus da paz
será convosco.
Fp 4:10 Alegrei-me, sobremaneira, no
Senhor
porque,
agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado;
o
qual também já tínheis antes,
mas
vos faltava oportunidade.
Fp
4:11 Digo isto, não por causa da pobreza,
porque
aprendi a viver contente
em
toda e qualquer situação.
Fp 4:12 Tanto sei estar humilhado
como também ser honrado;
de tudo e em todas as
circunstâncias,
já tenho
experiência,
tanto de fartura
como de fome;
assim de abundância
como de escassez;
Fp 4:13 tudo posso
naquele que me
fortalece.
Fp 4:14 Todavia, fizestes bem,
associando-vos
na minha tribulação.
Fp
4:15 E sabeis também vós, ó Filipenses,
que,
no início do evangelho,
quando
parti da Macedônia,
nenhuma
igreja se associou comigo
no
tocante a dar e receber,
senão
unicamente vós outros;
Fp 4:16 porque até para Tessalônica
mandastes não somente uma vez,
mas
duas, o bastante para as minhas necessidades.
Fp 4:17 Não que eu procure o donativo,
mas
o que realmente me interessa
é
o fruto que aumente o vosso crédito.
Fp 4:18 Recebi tudo
e tenho abundância;
estou suprido,
desde
que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte
como
aroma suave,
como
sacrifício aceitável
e
aprazível a Deus.
Fp 4:19 E o meu Deus,
segundo
a sua riqueza em glória,
há
de suprir,
em
Cristo Jesus,
cada
uma de vossas necessidades.
Fp 4:20 Ora, a nosso Deus e Pai
seja
a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
Fp 4:21 Saudai cada um dos santos
em
Cristo Jesus.
Os irmãos que se acham comigo
vos
saúdam. F
p 4:22 Todos os santos
vos
saúdam,
especialmente
os da casa de César.
Fp 4:23 A graça
do
Senhor Jesus Cristo
seja
com o vosso espírito.
Você já viu e reparou com que devemos
ocupar nossas mentes e pensamentos? Então dê uma olhada no vs 8 e vamos aprender
a pensar!
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Como dissemos, Paulo escreveu essa epístola
para agradecer aos filipenses pela solidariedade enquanto esteve na prisão e
animá-los a se unirem e a se ajudarem mutuamente em Cristo. Estamos no capítulo
3/4.
Breve
síntese do capítulo 3.
Irmãos, Paulo prosseguia para conquistar
aquilo para o que também tinha sido
conquistado por Cristo Jesus. Ele não julgava tê-lo alcançado; mas uma coisa
fazia e ficou o exemplo para nossa imitação:
Devemos
esquecer-nos das coisas que para trás ficam e avançar para as que diante de nós
estão, prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em
Cristo Jesus.
Repito a recomendação de ontem de Fp 2:14:
Fazei tudo sem murmurações nem contendas. Está pronta aqui uma grande lição. O
que acontece se juntarmos Cl 3:17 com I Co 10:31 e com Fl 2:14?
Cl 3:17 + I Co 10:31 + Fl 2:14 = Devemos
tudo fazer em nome de Jesus para a glória de Deus sem murmurações nem
contendas!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. RESISTINDO AO ERRO (3.1-4.1).
Paulo desejava muito que os filipenses
resistissem ao legalismo assim como ao antinomianismo (3.17-4.1). Eles
precisavam viver na vida presente com os olhos fixos no objetivo do seu futuro,
no retorno de Cristo.
Na segunda parte da seção principal dessa
carta, Paulo direcionou a atenção para os muitos erros que haviam entrado na
igreja em Filipos.
Sua discussão se divide em três sessões:
preocupação com os legalistas (3.1-11), a necessidade de progredir na vida
cristã (3.12-16) e a preocupação a respeito dos libertinos (3.17-4.1).
Elas gerarão a seguinte divisão, conforme a
BEG, que estaremos seguindo: A. Contra os legalistas (3.1-11) – veremos agora; B. Vivendo agora para
o futuro (3.12-16) – veremos agora; C.
Contra os libertinos (3.17-4.1) – começaremos
a ver agora;
A. Contra os legalistas (3.1-11).
Esses versículos – vs. 1 ao 11 - contêm a
condenação que Paulo faz dos falsos mestres, que entendiam a obediência à lei
como o caminho para obter ou manter a salvação.
Esse apelo – Finalmente, meus irmãos, alegrai-vos
no Senhor - é exatamente reafirmado em 4.4. A intenção de Paulo não era a de
mandar ou recomendar que os filipenses fossem alegres no sentido de que
tristeza ou desânimo devem ser interpretados como pecado.
Se esse fosse o caso, então o próprio
Cristo pecou (Lc 19.41; 22.44; Jo 11.35). Suas palavras eram uma expressão de
esperança e ânimo de que os filipenses fossem felizes nas boas coisas que
Cristo havia dado a eles.
Isso se refere ao que Paulo estava para dizer-nos
vs. 2-21 (veja o vs.18). Aqui Paulo repetia material que ele havia previamente
comunicado tanto pessoalmente quando por carta, como uma "garantia"
contra os falsos mestres na igreja.
Os inimigos de Paulo podem ter sido tanto
cristãos judaizantes (como em Gálatas) quanto judeus não cristãos que defendiam
a lei de Moisés e insistiam na circuncisão como o símbolo da salvação (At
15.1).
Por isso que ele alerta para terem cuidado
com os cães. Apesar de que "cães" era, às vezes, um termo judeu para
gentios (cf. Mt 15.22-27; Mc 7.26-28), a metáfora era também aplicada aos
judeus pecadores (cf. Is 56.10-11), talvez afirmando que eles não eram melhores
do que os gentios.
Em Ap 22.15 a metáfora identifica todos os
pecadores sem referência à etnia.
Não eles, os cães, mas nós é que somos a
circuncisão. Em resposta aos judaizantes (aqueles na igreja visível que
insistiam em manter a lei mosaica juntamente com a fé em Cristo como um meio de
assegurar santidade e aceitação diante de Deus) e sua ênfase errônea com
relação ao rito da circuncisão, Paulo afirmou que os cristãos são a verdadeira
circuncisão (ou seja, a verdadeira Israel espiritual; cf. GI 3.6-4.7).
Os da verdadeira circuncisão, não da carne,
mas do coração – vs. 3:
·São
os que adoram pelo Espírito de Deus.
·Os
que se gloriam em Cristo Jesus.
·Os
que não têm confiança alguma na carne.
Isso está em nítido contraste com
"confiança na carne". Como empregado por Paulo, esse termo – carne - muitas
vezes engloba tudo o que é natural e humano (p. ex., Ef 6.5, onde no grego é
traduzido "terreno"). Nesse versículo – vs. 3 -, entretanto, o ato
físico da circuncisão é que está sendo considerado (v.5; cf. GI 6.12-15).
Esses versículos – vs. 4 a 6 - listam as
sete maiores realizações de Paulo nos seus dias como legalista.
·Circuncidado
no oitavo dia de vida.
Paulo
havia sido circuncidado de acordo com Gn 17.12.
·Pertencente
ao povo de Israel.
Veja
Rm 9.3-4; 11.1.
·Pertencente
à tribo de Benjamim.
Paulo,
anteriormente Saulo de Tarso, pode ter sido nomeado pelo rei Saul, também um da
tribo de Benjamim (1 Sm 9.1-2).
·Verdadeiro
hebreu.
Ou
hebreu de hebreus. Essa expressão pode indicar que o hebraico (ou aramaico) era
falado em sua casa (At 6.1; 22.2), diferenciando-o de outros judeus de Diáspora
que não mais falavam a(s) língua(s) de sua herança étnica.
·Quanto
à lei, fariseu.
A
vida de Paulo era de escrupulosa obediência à lei, que incluía tanto a Tora
como as tradições farisaicas elaboradas sobre ela (At 22.3; 26.5; GI 1.14).
·Quanto
ao zelo, perseguidor da igreja.
Veja
At 9.13-14; 22.4-5; 26.9-11; veja também 1 Co 15.9; GI 1.13-14.
·Quanto
à justiça que há na lei, irrepreensível.
Essa
frase também pode ser traduzida "quanto à justiça estabelecida na lei, ou
requerida pela lei" (cf. o v. 9), irrepreensível.
Essa
não era uma declaração de pureza absoluta (Rm 7.7-13), mas de fundamental
fidelidade ao estilo de vida que o Antigo Testamento prescrevia. A obediência
de Paulo à lei era louvável, mas a sua "confiança" resultante (a
palavra é repetida três vezes nos vs. 3-4) era pecaminosa.
Tudo isso para Paulo, antes era lucro, mas
agora, não. Paulo obviamente não estava pensando nas suas transgressões à lei,
mas na sua escrupulosa obediência aos seus mandamentos (vs. 6).
Por causa de Cristo aquilo que lhe parecia
lucro, ele agora considerava perda. A decisão foi ainda mais significativa
porque ele (pelo menos em parte) havia renunciado a uma virtude (muitas vezes,
é mais difícil renunciar a uma virtude do que a um vício).
No entanto, Paulo via que quanto mais nobre
a linhagem e mais virtuosos os feitos de uma pessoa, maior era a tentação ao
orgulho e à autoconfiança (Lc 18.9-14; Ef 2.8-9). De modo voluntário, Paulo
havia se desfeito de todas as fontes de autoconfiança e lucro pessoal "por
causa de Cristo".
Mais ainda do que tudo isso, ele agora
considerava essas coisas valiosas, antes, agora como refugo. A palavra grega
aqui é gráfica; na versão do rei Tiago, ela é mais apropriadamente traduzida
por "estrume". Paulo deitou fora com repugnância tudo o que o pudesse
interferir na "sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus".
Vejamos o que diz os vs. de 9 a 11. O vs. 9
fala de justificação, o vs. 10 de santificação e o vs. 11 de glorificação. A
sequência de privilégio, morte e exaltação sugere uma ligação com 2.6-11.
A justiça de Paulo, agora, não procedia da
lei, antes vinha mediante a fé em Cristo. Paulo reconhecia que a salvação é baseada
não em obras humanas de obediência à lei, mas inteiramente e exclusivamente na
"justiça que precede de Deus", que é dada àqueles que estão unidos
com Cristo (Rm 1.16-17; 3.21-26).
Ela nos é dada mediante a fé em Cristo.
Cristo é o objeto da fé (GI 2.16), e agora que Paulo confiava somente em
Cristo, ele havia abandonado toda a confiança em suas próprias credenciais (vs.
7-8).
A fé é o meio, não a base, da salvação.
Paulo declara que nós somos salvos por meio da fé, nunca que somos salvos por
causa da fé. O mérito de Cristo é a base da salvação. A fé é o instrumento que
liga os crentes a Cristo e seu mérito.
Por isso que ela é baseada na fé. Essa
frase pode ser traduzida "dada por Deus em resposta à fé". A fé
recebe o dom de Deus da justiça (Rm 3.22; 5.17), e o exercício da fé precede o
veredicto de Deus da justificação (Rm 4.3; 5.1; GI 3.6).
Na teologia reformada, tem sido
tradicionalmente dito de que a "fé precede a justificação", não em
termos de tempo, mas em termos de prioridade lógica. A justificação da pessoa
depende da fé, não é a fé da pessoa que depende da justificação, embora as duas
ocorram simultaneamente.
Este era o desejo de Paulo, expresso
sinteticamente do vs. 10:
·Queria
Paulo conhecer a Cristo.
·Queria
Paulo conhecer o poder da sua ressurreição.
·Queria
Paulo conhecer a participação em seus sofrimentos.
·Queria
Paulo tornar-se como ele em sua morte para de alguma forma alcançar a
ressurreição dentre os mortos.
Conhecer a Cristo – vs. 10 - era o anseio
mais ardente de Paulo (1.20-24). Ele não falava meramente de uma percepção
mental mais aguçada, mas também da profundidade de uma união pessoal.
As próximas duas orações explicam como
conhecer Cristo é experimentado nesta era: ele queria também conhecer o poder
da sua ressurreição - a identificação com o Cristo crucificado e ressuscitado é
fundamental para a vida cristã – e queria ainda conhecer ou participar dos seus
sofrimentos.
Em todos os lugares (p. ex. 2Co 4.7-11),
Paulo ensinou que é pela participação no sofrimento de Cristo que o poder da
ressurreição de Cristo é manifestado na vida do cristão.
Essa identificação com os sofrimentos de
Cristo envolve não somente martírio (2.17), mas toda a vida. Paulo não era nisso
cético e nem presunçoso.
Ele reconhecia que a perseverança dos
crentes depende do desejo e da obra do Deus soberano (1.6; 2.13; 3.12-14,21).
Compartilhar o sofrimento de Cristo é uma
preparação para compartilhar a sua glória na ressurreição dos mortos (vs.
20-21; Rm 8.17).
B. Vivendo agora para o futuro (3.12-16).
Dos vs. 12 ao 16, ele vai falar do viver
agora para o futuro. Paulo deixou o ataque aos legalistas para focalizar nos
desafios de viver nesta vida tendo em vista o que Cristo trará no futuro.
Embora os crentes já tenham recebido muito de Cristo, ainda há muito mais a ser
experimentado nele.
Paulo não julgava que ele mesmo já tenha recebido
ou alcançado tudo isso – vs. 10-11. Paulo ainda não tinha recebido todos os
benefícios da salvação. Ele enfatizou esse ponto para contrastar com qualquer
ideia de perfeição nesta vida (cf. Tg 3.2; 1Jo 1.8) e a fim de expressar a
grandiosidade de sua futura glorificação em Cristo.
O processo salvador que deverá ser
consumado no dia de Cristo (1.6,10) e na ressurreição dos mortos (3.11) já
começou, mas ainda não está completo.
Assim, ele Paulo nos orientava a prosseguir
para o alvo. O objetivo da batalha de Paulo prometia um troféu esplêndido: a
salvação em toda a sua totalidade (cf. 1.28; Rm 13.11).
Esse era o prêmio da soberana vocação. Deus
já havia chamado Paulo (Rm 8.30; GI 1.15). Era porque Paulo havia sido
"conquistado por Cristo Jesus" (vs. 12) que ele prosseguia com vigor
na direção do alvo da vida na glória (vs. 13-14).
Todos, pois, que somos perfeitos ou que
tenham alcançado maturidade. As primeiras palavras de Paulo no vs. 15 podem ter
sido um tributo às pessoas que, de fato, pensavam e viviam de maneira perfeita.
Paulo, na verdade, usou a palavra grega,
aqui traduzida "perfeição", num sentido favorável (cf. Cl 1.28).
Outro modo de interpretar isso é que Paulo devia estar usando de ironia para
falar das pessoas que já se consideravam "perfeitas" (vs. 12), e a
sua intenção era corrigir esse pensamento.
Essas palavras – vs. 15-16 - podem reforçar
o apelo inicial para concordar com Paulo, mas os verbos repetidos
("tenhamos este sentimento... pensais") relembram 2.1-5 e sugerem que
o apóstolo também queria que os filipenses concordassem entre si.
Se isso fosse diferente, isso também Deus
esclareceria para eles. Seja o discernimento e o entendimento espiritual ou a
concordância entre os cristãos que esteja sendo considerado aqui, a graça de
Deus é necessária (1.19-11).
Nesse meio-tempo, a conduta dos crentes
deveria estar de acordo com o grau de percepção que Deus já concedeu a cada um
(vs. 16).
C. Contra os libertinos (3.17-4.1).
Dos vs. 3.17 ao 4.1, Paulo vai falar contra
os libertinos. Esse parágrafo é direcionado especialmente (embora não
exclusivamente) contra o antinomianismo (a crença de que o cristão não está
sujeito à lei moral de Deus), o que com frequência resulta de uma exagerada
reação ao legalismo (cf. vs. 2-11). GI 5.13-26 também trata desse problema.
Paulo os exorta a eles serem imitadores
dele e dos que andam de acordo com o padrão que lhes foi apresentado por eles.
O exemplo de Paulo foi o oposto do que foi expresso nos vs. 18-19. Paulo era
fiel à cruz (GI 6.14), Cristo era a sua glória (vs. 21; cf. o vs. 3), e a sua
mente estava voltada para as coisas celestiais (vs. 20-21).
Esses versículos – vs. 18 e 19 - poderiam
descrever todos os tipos de antagonistas (cf. 1Co 1.23), incluindo os
judaizantes (vs. 2-6; GI 2.15-21).
Nesse caso, Paulo devia estar pensando
especialmente nas pessoas que concebiam como um puro espírito e que desprezavam
a ideia de sua salvação por meio da encarnação e um "corpo de sua carne,
mediante a sua morte" (CI 1.22).
Essas pessoas consideravam-se como vivendo
numa atmosfera espiritual elevada que as deixava livres para gozarem os
prazeres sensuais, como a glutonaria ("o deus deles é ventre") ou o
prazer sexual ("a glória deles está na sua infâmia"). Compare com 1Co
6.9-10.
Paulo chorava – vs. 18 -, não porque
temesse que alguém pudesse desfazer o que Cristo havia feito, mas por causa da
destruição que aguardava aqueles que se opunham ao evangelho. Esse destino (vs.19)
completa um processo destrutivo iniciado pelo próprio pecado deles (Rm 1.18-32;
GI 6.7-8).
Enquanto esses somente pensam em coisas
terrenas – vs. 19 – a nossa cidadania, a nossa pátria está nos céus – vs. 20.
Assim como Filipos era uma colônia romana (At 16.12), a igreja é uma colônia do
céu. Os crentes pertencem ao céu porque é onde Cristo habita agora.
Quando Cristo retornar em glória,
entretanto, a maravilha do céu virá para a terra, e os crentes terão o seu lar
nos novos céus e na nova Terra (veja Ap 21.1-5).
Por isso que ansiosamente aguardamos o
Salvador. Essa antecipação é equivalente ao anseio de 1.23. Todos os outros
usos desse verbo nas epístolas de Paulo têm um foco semelhante na consumação
dos tempos quando da volta de Cristo (Rm 8.9,23,25; 1Co 1.7; GI 5.5).
Em vez de desprezar o corpo físico e o
mundo físico como alguns de seus oponentes faziam, Paulo entendia – vs. 21 - que
a salvação estaria incompleta até que o físico fosse totalmente transformado.
Aqui – Fp 3.21 - Paulo celebra a futura
transformação do corpo dos crentes (1Co 15.50-53) que terão como Cristo um corpo
de glória.
O próprio Cristo ressuscitou fisicamente da
tumba, as "primícias" de uma grande colheita (1Co 15.20-23). O Pai
vindicou a obediência de Cristo (2.6-11); e a fé dos crentes em aflição, prenuncia
a sua gloriosa ressurreição.
É por causa desse poder que o capacita a subordinar
a si todas as coisas que ele ressuscitará nossos corpos humilhados para serem
semelhantes ao seu corpo glorioso. Veja 1Co 15.20-28.
Fp 3:1 Quanto ao mais, irmãos meus,
alegrai-vos
no Senhor.
A mim, não me desgosta
e é segurança para vós outros
que
eu escreva as mesmas coisas.
Fp 3:2 Acautelai-vos dos cães!
Acautelai-vos dos maus obreiros!
Acautelai-vos da falsa circuncisão!
Fp
3:3 Porque nós é que somos a circuncisão,
nós
que adoramos a Deus no Espírito,
e
nos gloriamos em Cristo Jesus,
e
não confiamos na carne.
Fp 3:4 Bem que eu poderia confiar também
na carne.
Se qualquer outro pensa que pode confiar
na carne,
eu
ainda mais:
Fp
3:5 circuncidado ao oitavo dia,
da
linhagem de Israel,
da
tribo de Benjamim,
hebreu
de hebreus;
quanto
à lei, fariseu,
Fp
3:6 quanto ao zelo, perseguidor da igreja;
quanto
à justiça que há na lei, irrepreensível.
Fp 3:7 Mas o que, para mim, era lucro,
isto
considerei perda
por
causa de Cristo.
Fp 3:8 Sim, deveras considero tudo como
perda,
por
causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus,
meu
Senhor;
por
amor do qual
perdi
todas as coisas
e
as considero como refugo,
para
ganhar a Cristo
Fp
3:9 e ser achado nele,
não
tendo justiça própria,
que
procede de lei,
senão
a que é mediante
a
fé em Cristo,
a
justiça que procede de Deus,
baseada
na fé;
Fp 3:10 para
o
conhecer,
e
o poder da sua ressurreição,
e
a comunhão dos seus sofrimentos,
conformando-me
com ele na sua morte;
Fp
3:11 para, de algum modo,
alcançar
a ressurreição dentre os mortos.
Fp 3:12 Não que eu o tenha já recebido
ou tenha já obtido a perfeição;
mas
prossigo para conquistar aquilo
para
o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
Fp 3:13 Irmãos, quanto a mim,
não
julgo havê-lo alcançado;
mas
uma coisa faço:
esquecendo-me
das coisas que para trás ficam
e
avançando para as que diante de mim estão,
Fp
3:14 prossigo para o alvo,
para
o prêmio da soberana vocação de Deus
em
Cristo Jesus.
Fp 3:15 Todos, pois, que somos
perfeitos,
tenhamos
este sentimento;
e, se, porventura, pensais doutro modo,
também
isto Deus vos esclarecerá.
Fp 3:16 Todavia, andemos
de
acordo com o que já alcançamos.
Fp 3:17 Irmãos,
sede
imitadores meus
e
observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.
Fp 3:18 Pois muitos andam entre nós,
dos
quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo,
até
chorando,
que são inimigos da cruz de
Cristo.
Fp 3:19 O destino deles
é
a perdição,
o deus deles
é
o ventre,
e a glória deles
está
na sua infâmia,
visto
que só se preocupam com as coisas terrenas.
Fp 3:20 Pois a nossa pátria
está
nos céus,
de
onde também
aguardamos
o Salvador,
o
Senhor Jesus Cristo,
Fp
3:21 o qual transformará
o
nosso corpo de humilhação,
para
ser igual ao corpo da sua glória,
segundo
a eficácia do poder que ele tem
de
até subordinar a si
todas
as coisas.
Com a palavra o apóstolo dos gentios,
Paulo: ... A NOSSA PÁTRIA NÃO ESTÁ AQUI! Tenham todos um bom dia.
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Viver em sociedade está ficando a cada dia mais difícil e, com o aumento desenfreado das cidades, com a construção de edifícios e casas cada dia menores e mais próximas, o atrito entre os vizinhos cresce ainda mais.
Seja um vizinho residencial ou não residencial.
O ideal é que todos os problemas de convivência se resolvam com uma conversa amigável, mas as vezes não é possível e as relações não se estabelecem mais.
Na internet existem centenas de sites e blogs que comentam sobre o assunto,porém, na prática, o que a lei permite que seja feito quando o vizinho extrapola no seu direito?
Vamos lá!
Primeiramente vamos deixar duas coisas claras:
Vizinho não é somente aquele que fica ao lado ou atrás. Abrange toda a vizinhança. Pense assim: se de dentro da sua casa você estiver sendo incomodado, considera-se como vizinho;
Incômodo é toda perturbação à Saúde, Sossego e Segurança provocada pela propriedade vizinha.
Ok. Visto isso, vejamos que existem dois caminhos, que são paralelos e independentes, ou seja, um não exclui o outro e nem o prejudica.
Porém, o primeiro é ruim e ineficaz, mas o segundo é satisfatório e um pouco mais eficiente.
Primeiro Caminho: Direito Penal
Aciona-se a Polícia Militar ou a Guarda Municipal, que vai ao local e determina que o incômodo cesse (as vezes somente por alguns minutos).
Registra-se posteriormente um boletim de ocorrência na Delegacia (Polícia Civil) para a averiguação da contravenção penal de perturbação de sossego (art. 42 da Lei de Contravenções) ou de perturbação da tranquilidade (art. 65 da mesma Lei)- que são crimes de menor potencial ofensivo.
Em tese, para cada vez que o vizinho perturba, um novo boletim de ocorrência deve ser lavrado.
Quando a perturbação atingir o nível de causar danos a saúde humana, pode-se aplicar o artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais (que é mais rígida, porém de difícil constatação na prática).
Segundo Caminho: Direito Civil
Em caso de não haver acordo notifica-se o vizinho que perturba.
Propõe-se então ação de dano infecto ou pedido de tutela inibitória baseada no direito de vizinhança do Código Civil (art. 1277 e seguintes - uso anormal da propriedade) e artigo 461 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC/73) com pedido liminar para que cesse a perturbação sob pena de multa, ou seja, o juiz determina o pagamento de multa diária em caso de descumprimento. Além do ressarcimento de eventuais danos morais e materiais.
No caso de se tratar de um vizinho não residencial, há ainda um terceiro caminhoque se propõe na esfera administrativa, que é acionar a fiscalização do município para averiguar a regularidade do estabelecimento quanto ao alvará de funcionamento ou quanto às regras ambientais, pois muitas vezes a importunação vem do lançamento de resíduos em via pública ou em sua residência, fora o fato de que barulho também configura poluição sonora.
Ok!
Mas porque falamos que o segundo caminho é mais eficaz?
Vejamos!
Por mais que todos tenhamos aquela impressão que o Direito Penal é mais rígido e punitivo, temos que entender que ele se rege pelos princípios da fragmentariedade e da intervenção mínima que, em resumo, dizem que o Direito Penal deve proteger apenas os bens mais importantes (vida, patrimônio etc.) e intervir apenas quando outros ramos do direito não conseguem prevenir a conduta ilícita.
Desta maneira, vemos que o legislador aplicou penas muito brandas para os crimes de perturbação aos direitos de vizinhança, justamente porque a lei civil já tratava do tema e possuía instrumentos mais eficazes (leia-se penalizar em "dinheiro") para prevenir tal conduta.
Nos processos criminais, no fim das contas, o resultado prático será uma espécie de acordo, chamada de transação penal ou, quando este não couber, caso haja condenação, uma pena branda que será convertida em prestação de serviço à comunidade. Fora o tempo que o processo pode tomar.
Já a ação civil pode estabelecer uma multa diária (chamada de astreintes) caso o perturbador não cesse imediatamente a perturbação. Só isso já nos parece mais alentador, mas ainda tem o fato de que os eventuais danos materiais que você tenha com o incômodo (gastos com pintura, isolamento acústico, remédios, limpeza etc.) sejam ressarcidos ao final do processo, bem como os danos morais nos casos extremos de uso anormal da propriedade. Este processo também pode demorar, porém o incômodo já passou, ou, se não passou está condenando o vizinho a pagar diariamente uma multa que será revertida para você no fim do processo, acrescida dos danos materiais e morais que forem comprovados.
Concluímos então que procurando um auxílio jurídico adequado pode-se conseguir muito mais efetividade nas relações envolvendo direito de vizinhança e não ficar com aquela sensação de impotência quando o vizinho incomoda.
Advogado. Pós-Graduando em Direito Contratual pela Escola Paulista de Direito - EPD. Pós-Graduando em Direito Imobiliário também pela Escola Paulista de Direito - EPD.
Um homem foi chamado para pintar um barco.
Trouxe com ele tinta e pincéis e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como o dono lhe pediu.
Enquanto pintava, percebeu que havia um furo no casco e decidiu consertá-lo.
Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque, muito maior do que o pagamento pela pintura.
O pintor ficou surpreso:
– O senhor já me pagou pela pintura do barco!
- disse ele.
– Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o furo do barco.
– Ah! Mas foi um serviço tão pequeno... Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
– Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu.
Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar sobre o furo.
Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria.
Eles não sabiam que havia um furo.
Eu não estava em casa naquele momento.
Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me de que o barco tinha um furo.
Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando da pescaria.
Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez?
Salvou a vida de meus filhos!
Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua "pequena" boa ação.
Não importa quem, quando ou de que maneira.
Apenas ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.
Pode ser que você tenha tampado inúmeros "furos" de "barcos" de várias pessoas sem saber quantas vidas você já salvou.
Em meio a um mundo tão tenebroso e mal, vamos a cada dia propagar tudo aquilo que Jesus nos ensinou: Amar ao próximo como a nós mesmos. (A.D.)
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...