Paulo escreveu aos efésios com o objetivo
de ensinar aos cristãos o quanto é maravilhoso ser a igreja de Cristo e quais
são as implicações práticas disso. Estamos no capítulo 2/6.
Breve
síntese do capítulo 2.
Cristo Jesus nos deu vida estamos nós mortos! É assim que começa o
capítulo 2 de Efésios. Se estávamos mortos, como poderíamos responder a
qualquer chamado? A vida veio a nós não na ocasião de nossa vida, mas na
ocasião da nossa morte.
Quando a Palavra de Deus alcançou os ossos secos do vale de Ezequiel, no
capítulo 37, os corpos representativos daqueles ossos não foram restaurados
primeiramente para depois receberem a Palavra de Deus que dá vida por meio de
Cristo Jesus. Ezequiel 37:4 Disse-me ele:
Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR.
Quem foi que profetizou aos ossos secos? Quem mandou profetizar aos
ossos secos? De quem foi a palavra profetizada aos ossos secos? O que aconteceu
aos ossos secos quando o profeta profetizou a Palavra de Deus aos ossos secos?
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. COMPREENDENDO AS BÊNÇÃOS DA IGREJA
(2.1-3.21)
Compreender o que Deus
fez para os crentes é essencial para fortalecer a igreja.
Os crentes foram
ressuscitados da morte espiritual para uma nova vida que os levará a bênçãos
imensuráveis em tempos futuros. Eles foram unidos por meio da cruz de Cristo
para se tomar um templo sagrado no qual o espírito de Deus reside.
Um mistério grandioso e
divino é revelado: por meio do evangelho, os gentios, juntamente com os judeus,
se tornaram herdeiros plenos das bênçãos de Deus.
Assim como Deus havia
planejado, esta igreja internacional deve exibir a sabedoria de Deus para os poderes
malignos que têm resistido à expansão do reino dele para todas as nações.
Paulo orou para que Deus
fortalecesse os crentes ao capacitá-los a enxergar o quão maravilhosamente
haviam sido abençoados. Então, ele louvou a Deus, que tanto faz pela sua igreja.
Compreendendo as bênçãos da igreja, Paulo
enfatizou que Deus abençoa a igreja ao dar aos crentes a vida eterna, unindo-os
uns aos outros e dando-lhes a capacidade de perseverar na fé.
Seguindo a divisão
proposta da BEG, nós dividiremos essa parte III em quatro seções: A. Vivificado
em Cristo (2.1-10) – veremos agora;
B. Unidos em Cristo (2.11-22) – veremos
agora; C. Paulo e o mistério divino (3.1-13); e, D. Força para a igreja
(3.14-21).
A. Vivificado em Cristo (2.1-10).
Nós fomos vivificados em Cristo. Esses
versículos apresentam de modo condensado o que Paulo expôs detalhadamente em Rm
1-8, isto é, que pela graça de Deus por meio da fé, Deus dá vida espiritual e
habilidade moral para pecadores desamparados, libertando-os da condenação
futura e fazendo com que eles vivam corretamente por ele.
O estado natural da humanidade é de mortos que andam. Esse estado, geralmente
chamado de morte espiritual, tem cinco dimensões.
(1)É
universal; tanto gentios (vs. 2) quando judeus (vs. 3) são “por natureza, filhos
da ira" (vs. 3). Quanto à visão de Paulo de "natureza", veja Rm
1.
(2)É
uma rebelião ativa contra Deus. Observe o uso do verbo "andar" em
referência aos gentios no vs. 2 (4.17-19) e em referência aos judeus no vs. 3
(literalmente "conduzir a própria vida").
(3)É
uma prisão à ordem maligna do diabo, que é chamado de "príncipe da
potestade do ar" no vs. 2 (veja também Jo 12.31; 2Co 4.4; GI 4.3; Ef 6.12;
Cl 1.13; 2.15).
(4)Traz
consigo uma total incapacidade de fazer qualquer coisa a respeito de si mesmo
(Rm 8.7; 1Co 12.3; cf. Jo 1.13; 3.3,5; 6.44; 8.43-44).
(5)Suscita
a justa ira de Deus (Rm 1.18-20; 2..5; 9.22; Ef 2.3; 5.6; GI 3.6).
Paulo pintou um retrato tão desolador da
condição humana precisamente para destacar o contraste com a resposta graciosa
e piedosa de Deus.
O pensamento de Paulo – o grande amor de
Deus que nos amou - segue o padrão de Dt
7.7-8: Deus ama o seu povo por nenhuma outra razão que não a escolha Dele em
fazê-lo - certamente não por qualquer virtude que eles possuam.
Homens e mulheres pegos pela teia da morte
descritos nos vs. 1-3 não têm meios para se fazerem vivos, para se libertarem
da escravidão do diabo ou para evitarem a ira de Deus.
O próprio Deus, Paulo insistiu, traz para a
vida os mortos que andam. E ao oferecer o próprio amor de Deus como o
fundamento para fazer isso, Paulo excluiu qualquer consideração de mérito,
esforço ou habilidade da parte daqueles que são vivificados.
A situação sem esperança dos pecadores
separados de Cristo que Paulo descreveu nos vs. 1-3 é o pressuposto para
compreender o seu ensinamento sobre a predestinação de Deus em 1.4-6 e sobre o
dom amoroso e soberano da vida em 2.4-10. Observe o resumo em Rm 8.29-30.
Esses verbos “dar a vida”, “nos ressuscitar”,
“nos fazer assentar” se referem apropriadamente aos acontecimentos históricos
da vida de Cristo: sua ressurreição dentre os mortos e entronização à mão
direita de Deus.
Mas Paulo supôs uma união entre Cristo e
aqueles para os quais ele morreu - aqueles que confiam nele (1.3; Cl 3.1-4) –
de modo que o que é dito do Redentor também pode ser dito do redimido.
O que aconteceu historicamente a Jesus
também aconteceu aos crentes de uma maneira misteriosa, espiritual. Além disso,
essas coisas também acontecerão no devido tempo ao aspecto "externo"
dos crentes (2Co 4.16) quando eles ressuscitarem para a glória no retorno de
Jesus (Rm 8.11; 1Co 15).
Por enquanto, há uma experiência paralela
no interior da pessoa:
·Uma
mente renovada (Rm 12.1-2; Ef 4.23-24; Cl 3.10).
·Uma
nova identidade como filhos e filhas de Deus (Rm 8.14-17).
·Uma
nova habilidade para viver de acordo com a natureza de Deus, livre do controle
do diabo (Rm 8.1-4; 2Co 5.17).
No grego, Paulo começou uma frase no
versículo, inseriu um parênteses nos vs. 2-4 para deixar claro que ele via os
judeus como sendo tão espiritualmente mortos quanto os gentios, e então retomou
o pensamento no vs. 5. O resultado é que todo o peso é jogado sobre o verbo
principal ("nos deu vida") do vs. 5.
Se o fundamento da nossa salvação é o amor
e a misericórdia de Deus, o seu objetivo é a promoção de sua graça e bondade.
Por isso que Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos
lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, em todos os tempos a incomparável
riqueza da sua graça a qual foi demonstrada pela sua bondade para conosco em
Cristo Jesus – vs. 6 e 7.
A nossa salvação é pela graça mediante a
fé, não sendo isso oriundo de nós mesmos, mas é dom de Deus. Nas suas primeiras
cartas, Paulo costumava se referir à salvação como um acontecimento futuro (Rm
5.9-10) ou como um processo presente (1Co 1.18; 2Co 2.15).
A única exceção foi Rm 8.24, onde Paulo
colocou a salvação no passado, mas a qualificou como algo que precisaria ser
completado no retorno de Cristo: "Porque, na esperança, fomos
salvos".
Ef 2.8 acabou conseguindo um lugar especial
no vocabulário da igreja porque afirma dramaticamente que a salvação é uma ação
completa que tem um efeito presente.
Isso, mediante a fé, ou seja, o nosso meio
de acesso ao dom gracioso de Deus é o exercício da fé em Cristo e em sua obra
na cruz.
Muitos acreditam que esse parêntesis “isto
não vem de vós, é dom de Deus” se refere a todo o conjunto da salvação pela
graça por meio da fé como um dom de Deus. O pensamento é verdadeiro, afirmando
o que já está claro na passagem.
Outros, no entanto, tomam a palavra
"isto" no parêntesis como referência ao seu antecedente mais próximo
("fé"), ou, mais precisamente, o ato de crer (uma vez que Paulo mudou
do gênero feminino de "fé" para o neutro de "isto").
Se essa é a interpretação correta, é uma
afirmação poderosa da extensão da provisão de vida de Deus em Cristo. Uma vez
que separados de Cristo somos tão impotentes quanto a imagem de mortos que
andam sugere (vs. 1-3), até mesmo para uma resposta de fé por Cristo dependemos
do dom gracioso de Deus.
Paulo parece estar explicitando aqui o que
está implícito em outra parte do Novo Testamento: que Deus é a fonte final de
fé salvadora (Jo 6.37,44,65; At 13.48; 14.27; 16.14; Fp 1.29; Cl 1.3-6).
As obras não salvam para que ninguém possa
se gloriar diante de outros – vs. 9. Estas não são o fundamento meritório da
aceitação por Deus - apenas a fé coloca a pessoa num relacionamento correto com
Deus (Rm 3.12-4.8).
Mas as boas obras são uma consequência
vital e uma evidência da vida com Deus (Tt 2.14; 3.8,14; Tg 2.14-26). Assim
como na eternidade Deus escolheu nos tornar santos e nos escolheu para sermos
seus filhos e filhas (1.4-5), ele agora nos moldou para sermos suas obras de
arte.
Nós agora somos os portadores de sua imagem
(4.24) que estão destinados ao tipo de vida que está de acordo com a natureza
de Deus (veja 4.1-6.20).
Porque somos criação de Deus realizada em
Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para
que nós as praticássemos ou para que andássemos nelas – vs. 10; 4.1; 5.2,8,15.
Observe a comparação irônica com o vs. 2; 4.17.
As obras não me garantem, mas a minha fé
leva às obras. O resultado da minha fé são as práticas das obras.
B. Unidos em Cristo (2.11-22).
Por meio da união com Cristo os crentes
também são unidos uns aos outros. Um resultado dessa união é que os gentios agora possuem as bênçãos da
aliança, anteriormente reservadas aos judeus.
Está implícita a ideia de que existe outro
tipo de circuncisão - do coração, não da carne; que é espiritual, não física
(Dt 10.16; Jr 4.4); que está disponível tanto para os gentios como para os
judeus (Rm 2.28-29; Fp 3.3; Cl 2.11-13).
No vs. 12 ele fala de um tempo que
estávamos sem Cristo. Contraste com "mas, agora" do vs. 13; veja também
5.8. Em Rm 9.3-5, Paulo listou os privilégios judeus. Aqui ele citou as cinco
desvantagens dos gentios.
Ele fala de um tempo em que estavam sem
Cristo, pois que suas várias culturas nada sabiam sobre a espera do Messias. Naquele
tempo eles estavam separados da comunidade e estranhos às alianças da promessa,
não tendo esperança.
Eles não eram cidadãos da nação com a qual
Deus havia se comprometido numa relação de aliança. E embora a relação de Deus
com Israel envolvesse uma promessa de abençoar as nações (Gn 12.3), os gentios
não tinham conhecimento dessa esperança.
Assim, eles eram sem Deus no mundo. Deus
havia se revelado a toda a humanidade por meio da natureza e na consciência.
Mas os gentios haviam suprimido a verdade que conheciam, voltando-se para a
idolatria (At 14.15-17; 17.22-31; Rm 1.18-2.16).
Mas agora, tudo era diferente, eles que
estavam longe agora estavam em Cristo Jesus, mediante o sangue de Cristo. Havia
duas dimensões para esses gentios que estavam sendo levados para perto de Deus.
(1)A
primeira era a experiência deles de união com Cristo (vs. 4-10).
(2)A
segunda era o fundamento histórico dessa experiência na morte sacrifical de
Cristo (1.7; 2.14-16).
Aos que estavam longe e aos que estavam
perto, ele anunciou a paz - veja o vs. 17.
Pois ele mesmo, o Cristo Jesus, é a nossa
paz, o qual de ambos os povos, os judeus e os gentios, fez um só e destruiu a
barreira, o muro de inimizade ou a parede da separação.
A imagem controladora é a organização física
do templo em Jerusalém. Uma parede separava os gentios dos judeus, e inscrições
ameaçavam de morte os gentios que entrassem no Santo dos Santos, onde era crido
que Deus residia e onde eram oferecidos sacrifícios pelos pecados.
Anulou em seu corpo a lei dos mandamentos
na forma de ordenanças. Cristo ofereceu em seu corpo o sacrifício final para o
qual os sacrifícios do templo apenas indicavam (veja Cl 2.15 para o impacto da
morte de Cristo sobre o poder da lei para condenar).
As cerimônias que a lei exigia sob a antiga
administração, a observação das quais separava judeus e gentios, não eram mais
apropriadas sob a luz de seu cumprimento em Cristo.
Aproximadamente três anos antes, Paulo
havia sido preso em Jerusalém ao pensarem erroneamente que ele havia levado um
gentio (um efésio chamado Trófimo) até a área do templo, a qual era reservada
aos judeus (At 21.27-33).
Embora Paulo respeitasse os escrúpulos
judeus, ele acreditava que a morte de Cristo fez com que o sistema sacrifical
que continuava a operar se torna obsoleto.
Embora os pecadores tivessem sido
reconciliados com Deus, esse sistema sacrifical continuava a dividir o mundo
entre aqueles que podiam se aproximar e aqueles que tinham de se manter a
distância.
O objetivo dele, do Espírito Santo, era
criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com
Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade –
vs. 15 e 16.
Isaías profetizou que um dia a paz de Deus
seria proclamada "para os que estão longe e para os que estão perto"
(vs. 17; Is 57.19). Paulo viu o cumprimento da promessa de Isaías no evangelho
de Cristo.
Por meio do evangelho, o Espírito leva os
gentios ("vós que estáveis longe") e os judeus ("aos que estavam
perto") juntos perante o Pai.
Esses versículos – vs. 19 – 22 - descrevem
a reversão das desvantagens dos gentios resumidas nos vs. 11-12 (veja 3.6). A
construção desse novo templo substitui o templo obsoleto em Jerusalém.
Agora, já não somos mais estrangeiros. O
reino de Deus agora é internacional. Somos agora concidadãos dos santos e
membros da família de Deus – vs. 19 - veja a expansão do tema da família nas epístolas
pastorais, especialmente 1Tm 3.15.
A solidez e a estabilidade da casa de Deus
residem em seu fundamento ter sido estabelecido de uma vez por todas pela obra
dos apóstolos e profetas da época do Novo Testamento, os quais se guiaram pela
pedra fundamental, que é Cristo. Compare com a imagem em 1Co 3.10-11 (cf. Hb
1.1-2; 2.3-4).
Construída sobre esse
fundamento o resultado é o crescimento e a edificação – vs. 21 e 22. O
dinamismo da casa de Deus reside no fato de que ela ainda está em construção, à
medida que pedras vivas continuam a ser acrescentadas e integradas (1 Pe 2.5).
Paulo mudou a imagem de
casa para templo para indicar que o próprio Deus reside nessa nova estrutura de
pessoas que estão relacionadas organicamente umas com as outras por meio do
Espírito.
Embora a glória da shekinah, a verdadeira presença de Deus,
há muito tempo tenha abandonado o templo de Jerusalém (Ez 10-11), Deus mais uma
vez fez a sua morada entre os seres humanos em sua igreja (1Co 3.16; Ef 3.17;
4.1-16).
Ef 2:1 Ele vos deu vida,
estando vós mortos
nos vossos delitos
e pecados,
Ef 2:2 nos quais andastes
outrora,
segundo o curso deste
mundo,
segundo o príncipe da
potestade do ar,
do espírito que agora atua
nos filhos da desobediência;
Ef 2:3 entre os quais
também todos nós
andamos outrora,
segundo as inclinações da
nossa carne,
fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos;
e éramos,
por natureza,
filhos da ira,
como também os demais.
Ef 2:4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia,
por causa do grande amor com que nos amou,
Ef 2:5 e estando nós mortos
em nossos delitos,
nos deu vida
juntamente com Cristo,
- pela graça sois salvos,
Ef 2:6 e, juntamente com ele,
nos ressuscitou,
e nos fez assentar nos
lugares celestiais em Cristo Jesus;
Ef 2:7 para mostrar,
nos séculos vindouros,
a suprema riqueza da sua
graça,
em bondade para conosco,
em Cristo Jesus.
Ef 2:8 Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé;
e isto não vem de vós;
é dom de Deus;
Ef 2:9 não de obras,
para que ninguém se glorie.
Ef 2:10 Pois somos feitura dele,
criados em Cristo Jesus
para boas obras,
as quais Deus de antemão
preparou para que
andássemos nelas.
Ef 2:11 Portanto, lembrai-vos de que,
outrora, vós, gentios na carne,
chamados incircuncisão por
aqueles
que se intitulam
circuncisos,
na carne,
por mãos humanas,
Ef 2:12 naquele tempo,
estáveis sem Cristo,
separados da comunidade de Israel
e estranhos às alianças da promessa,
não tendo esperança
e sem Deus no mundo.
Ef 2:13 Mas, agora,
em Cristo Jesus,
vós, que antes estáveis
longe,
fostes aproximados pelo
sangue de Cristo.
Ef 2:14 Porque ele é a nossa paz,
o qual de ambos fez um;
e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio,
a inimizade,
Ef 2:15 aboliu,
na sua carne,
a lei dos mandamentos
na forma de ordenanças,
para que dos dois criasse,
em si mesmo,
um novo homem,
fazendo a paz,
Ef 2:16 e reconciliasse
ambos em um só corpo
com Deus,
por intermédio da cruz,
destruindo por ela
a inimizade.
Ef 2:17 E, vindo,
evangelizou
paz a vós outros que
estáveis longe
e paz também aos que estavam perto;
Ef 2:18 porque, por ele,
ambos temos acesso ao Pai
em um Espírito.
Ef 2:19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos,
mas concidadãos dos santos,
e sois da família de Deus,
Ef 2:20 edificados sobre o fundamento
dos apóstolos
e profetas, sendo ele
mesmo,
Cristo Jesus,
a pedra angular;
Ef 2:21 no qual todo o
edifício, bem ajustado,
cresce para santuário
dedicado ao Senhor,
Ef 2:22 no qual também vós
juntamente
estais sendo edificados
para habitação
de Deus no Espírito.
Havia uma preocupação constante em Paulo de evangelização. A
evangelização parecia fazer parte de seu sangue ou do oxigênio que respirava. E
nós o que estamos fazendo com o evangelho de Cristo Jesus?
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Paulo escreveu aos efésios com o objetivo
de ensinar aos cristãos o quanto é maravilhoso ser a igreja de Cristo e quais
são as implicações práticas disso. Estamos no capítulo 1/6.
Breve
síntese do capítulo 1.
Começamos novo livro da Bíblia. Trata-se da obra de Paulo aos Efésios.
Uma das chamadas "Epístolas da Prisão" (As outras três: Colossenses,
Filipenses e Filemom), pois, muito provavelmente, tenha sido escrita da sua
prisão, em Roma. Ele escreveu esta Epístola quando estava, em sua visão,
prisioneiro, por amor a Cristo. Veja as referências:
Efésios 3:1 Por esta causa eu, Paulo,
sou o prisioneiro de Cristo Jesus,
por amor de vós, gentios,
Efésios 4:1 Rogo-vos, pois, eu,
o prisioneiro no Senhor, que
andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,
Efésios 6:20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo,
eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo.
Que noção
fenomenal de soberania divina que Paulo nutria a ponto de se chamar de
prisioneiro de Cristo e não de injustiçado, ou vítima do sistema, ou
azarado/sem sorte. "Efésios tem muita afinidade com Colossenses, e
talvez tenha sido escrita logo após esta. As duas cartas podem ter sido levadas
simultaneamente ao seu destino por um cooperador de Paulo, chamado Tíquico
(6.21; cf. Cl. 4.7)."[1]
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
1. SAUDAÇÃO (1.1-2).
Paulo começou a sua carta identificando a
si mesmo e o seu ofício apostólico. A maioria dos manuscritos antigos também
identifica os cristãos de Éfeso como os destinatários. Ele os saúda com a graça
e a paz de nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
II. AS BÊNÇÃOS DA IGREJA EM CRISTO (1.3-23).
Deus havia abençoado e honrado o seu povo
tão ricamente que a igreja deveria louvá-lo. O plano eterno de Deus desde antes
da fundação do mundo era nos unir com Cristo e nos elevar aos domínios
celestiais onde Cristo agora reina em glória. A igreja precisa se apegar à
maravilha da esperança, da herança e do poder que vêm do fato de estar unida a
Cristo.
Dos vs. 3 ao 23, veremos essas bênçãos da
igreja em Cristo. Paulo louvou a Deus por ter abençoado o seu povo e orou para
que Deus iluminasse ainda mais os efésios de modo que eles pudessem apreciar
ainda mais essas bênçãos.
Dividimos esta parte, para maior
compreensão, em duas seções, conforme a BEG: A. Louvor pelas bênçãos em Cristo
(1.3-14) – veremos agora; e, B.
Súplica por iluminação (1.15-23) – veremos
agora também.
A. Louvor pelas bênçãos em Cristo (1.3-14).
Dos vs. 3 ao 14, veremos o louvor devido pelas
bênçãos em Cristo. Paulo irrompeu em louvor a Deus nesses versículos, os quais
formam uma única frase no grego.
Essa doxologia é semelhante ao louvor dos
desígnios de Deus em Rm 8.28-30, embora seja grandemente expandida.
Ela se divide em três seções:
1.Louvor
a Pai que nos elege (vs. 3-6).
2.Louvor
ao Filho que nos redime (vs. 7 – 12).
3.Louvor
ao Espírito com o qual somos selados (vs. 13-14).
Paulo refletiu sobre a predestinação dos
crentes na eternidade, no perdão no presente e na herança no futuro. Um
conceito central aparece nessa adoração na repetição da expressão "em
Cristo" ou na palavra "nele", as quais se referem à profunda
união que Deus estabeleceu entre Cristo e o seu povo escolhido, absolvido e
selado (sugestão da BEG: seu excelente artigo teológico "A união com Cristo", em GI 6).
1. Louvor a Pai que
nos elege (vs. 3-6).
Paulo começou essa doxologia com louvor ao
Pai pela sua graça eletiva.
Ele começa bendizendo ao Pai – vs. 3.
Literalmente, "abençoado seja", linguagem comum de louvor no Antigo
Testamento (p. ex., Gn 14.20; Êx 18.10; Rt 4.14; SI 17.47; 27.6; 30.22; 40.14;
65.20), nas regiões celestiais.
Essa expressão aparece cinco vezes em
Efésios (1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12; cf. 1.10; 3.15; 6.9). Duas dessas ocorrências
têm significado semelhante a esse.
1.Primeiro,
quando Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, ele sentou-se à mão direita do
Pai "nos lugares celestiais" (1.20).
2.Segundo,
por causa da sua união com ele, os crentes foram ressuscitados e assentados com
Cristo "nos lugares celestiais" (2.6).
Paulo está bendizendo a Deus por causa de
sua acolhida a nós, nele. Deus escolheu pessoas para um relacionamento com ele
(Rm 8.29-33; 9.6-26; 11 5,7,28; 16.13; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1).
Algumas pessoas sugerem que a palavra
"nele" significa que Deus escolheu predestinar aqueles que ele previu
que teriam fé em Cristo. Essa visão não apenas acrescenta um pensamento que não
está no texto, como em outro lugar Paulo ensinou que o próprio estado de estar
"em Cristo" é algo para o qual alguém é escolhido (1Co 1.26-31).
Além do mais, Paulo disse explicitamente
que a base do amor eletivo de Deus reside em sua própria boa vontade (vs. 5.9;
cf. Dt 7.7-8), não em qualquer coisa que fizemos ou faremos (Rm 9.11,16).
A palavra "nele" significa que a
escolha de Deus sempre teve em vista um povo caído em união com seu Redentor
(2Tm 1.9). 1Pe 1.18-21 e Ap 13.8 também lançam luz importante sobre a escolha
de Deus do Redentor e de seu povo, santos e irrepreensíveis.
Deus leva aqueles que ele predestinou da
morte espiritual e separação de Deus (2.1-5) para o perdão de seus pecados em
Cristo (vs. 7) e para a eliminação do pecado de sua experiência quando eles
forem finalmente transformados totalmente à semelhança de Cristo (Rm 8.29-30).
A predestinação de Deus ocorreu em amor. É
incerto se essa expressão faz parte do que a precede ou do que vem a seguir. Se
"em amor" pertence à frase precedente, ela explica a natureza da
santidade e a irrepreensibilidade às quais os crentes são chamados.
Isso é consistente com o uso da expressão
em outra parte em Efésios (3.17; 4.2,15,16; 5.2). Se "em amor"
pertence ao vs. 5, no entanto, a expressão nesse caso qualifica a predestinação
como sendo não apenas um ato da boa vontade de Deus, mas também um ato do seu
amor.
Essa é provavelmente a melhor interpretação
e é consistente tanto com 2.4 quanto com a compreensão hebraica de "de
antemão conheceu" em Rm 8.29 (ou seja, virtualmente equivalente a
"amados de antemão").
Foi em amor que ele nos predestinou para
sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito
da sua vontade e para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente
no Amado – vs. 5 e 6.
O pensamento do amor do Deus todo-poderoso
leva a uma torrente extravagante de louvor (vs. 12,14) pela graça
impressionante de um Deus que não apenas tem o poder de superar todos os
obstáculos para levar corpos espiritualmente sem vida para um relacionamento
vivo com ele, mas também a vontade de fazer isso.
Isso é expandido em 2.1-10. Esse louvor é o
objetivo do propósito e da obra redentores de Deus.
Paulo explica que tudo isso se deu para o
louvor da glória da sua graça, no Amado. Essa linguagem lembra a de Cl 1.13,
mas também recorda o próprio Redentor como um objeto do amor eletivo de Deus (1
Pe 1.18-21; Ap 13.8).
2. Louvor ao Filho
que nos redime (vs. 7 – 12).
Dos vs. 7 ao 12, Paulo louvou a Jesus
Cristo pela sua obra redentora em favor dos crentes.
A redenção dele vem por meio de seu sangue
– vs. 7. Redenção significa libertar alguém (geralmente da escravidão ou
prisão) pelo pagamento de um preço ou resgate.
Na teologia de Paulo, a redenção é passada,
presente e futura - com respeito à essa redenção que ainda está por vir, veja
1.14; 4.30; Cl 1.14. No tocante à remissão dos pecados, veja também Cl 2.13.
Nele, em Jesus Cristo, nós temos – vs. 7 e
8:
·A
redenção por meio de seu sangue. O seu alcance é no passado, no presente e no
futuro.
·O
perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele
derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento.
Assim, ele nos revelou o mistério da sua
vontade, conforme o seu bom propósito que ele mesmo estabeleceu em Cristo
Jesus, ou seja, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestes e
terrestres, na dispensação da plenitude dos tempos – vs. 9 e 10.
Em virtude de sua morte e ressurreição,
Cristo já assumiu a liderança da igreja, e, embora por trás da cena, ele já
governa o universo (At 2.32-36; Cl 1.15-20).
Porém, um foco futuro é dominante nesse
versículo. Paulo quis inculcar nos seus leitores que a unidade visível da
igreja é a inauguração do reino visível final de Cristo sobre todas as coisas.
E por isso que Paulo enfatizou a unidade de judeus e gentios na igreja (vs.
11-14; 2.11-22) e a prática do amor entre os cristãos (4.2,15; 4.32-5.2;
5.21-23). OS vs. 9-12 são expandidos em 3.2-12.
Dos vs. 11 ao 14, Paulo antecipou o que ele
diria em 3.6 sobre judeus e gentios serem "coerdeiros" da promessa em
Cristo.
Os judeus crentes da época de Paulo, os
"que de antemão esperamos em Cristo" (vs. 12), estavam onde estavam
pela vontade de Deus, e eram para o louvor da glória de Deus.
Os gentios crentes que responderam ao
evangelho receberam a mesma promessa que havia sido feita a Israel (ou seja, o
recebimento do Espírito Santo), e da mesma maneira estavam onde estavam para o
louvor da glória de Deus.
A declaração de Paulo no vs. 11 sobre a
extensão da vontade de Deus é arrebatadora. O propósito do Pai é convergir em
Cristo Jesus todas as coisas, tanto as celestiais como as terrenas, nessa
dispensação da plenitude dos tempos.
3. Louvor ao
Espírito com o qual somos selados (vs. 13-14).
Depois que ouvimos a palavra da verdade, o
evangelho de nossa salvação, por causa de Cristo, no qual cremos, nós fomos selados
– vs. 13. Como a impressão indelével deixada pelo selo do anel de um rei, o
Espírito Santo é uma marca interior da posse de Deus sobre o seu povo.
O Santo Espírito da promessa, como Jesus
disse (Lc 24.49), o Espírito Santo é a promessa do Pai. De modo notável, essa
promessa é estendida aos gentios, bem como aos judeus, com base na crença deles
em Cristo (Ez 36.26-27; JI 2.28; Jo 14-16; At 1.4-5; 2.33,38-39; GI 3.14; 4.6).
Não foi a pretensa evolução do ser, nem o
conhecimento superior, não foi a riqueza, não foi o status, nem a fama, nem o
prestígio, nem a cultura, nem a pobreza o filtro usado por Deus para selecionar
os crentes, mas a fé. Você acredita no discurso de Deus? Então você é crente;
do contrário, você está em rebeldia contra o Senhor que pode salvá-lo.
O Espírito não é apenas um cumprimento da
promessa de Deus de habitar em seu povo, mas também uma garantia de que Deus
lhes dará a sua herança final.
Como uma entrada ou primeira parcela de sua
redenção total, o Espírito é uma garantia e um antegozo da glória dos tempos
que estão por vir (Rm 8.18-23).
Para a redenção que já é desfrutada, veja o
vs. 7. da sua propriedade. Isso evoca a noção do Antigo Testamento de que Deus
escolheu um povo como sua herança (Dt 32.9; SI 33.12) e comprou-o da escravidão
para que se tornasse uma posse de grande valor (Ex 19.5; Dt 7.6).
Pedro concordou com a aplicação que Paulo
fez dessa linguagem judaica aos gentios (veja 1 Pe 2.9).
B. Súplica por iluminação (1.15-23).
Dos vs. 15 ao 23, Paulo apresenta uma súplica
por iluminação. Paulo orou para que Deus iluminasse os cristãos efésios de modo
que eles tivessem maior motivação para louvar a Deus pelas bênçãos que
receberam e receberiam, para que se unissem e ministrassem uns aos outros
dentro da igreja.
Éfeso era uma igreja na qual Paulo havia
ministrado por mais de dois anos, embora quando ele escreveu essa carta já
haviam se passado cinco anos desde que ele havia estado lá. Se essa carta foi
de fato endereçada a essa igreja, fica claro que a igreja havia crescido
consideravelmente desde a última vez em que ele a havia visto.
Por outro lado, o fato de ter mencionado
povos sobre cuja fé e amor ele havia apenas ouvido, pode ser uma indicação de
que a intenção era que essa fosse uma carta circular para as igrejas que ele
não havia visitado.
Esses versículos – vs. 19 a 23 - retificam
o ensinamento do Novo Testamento sobre a ressurreição e entronização de Jesus (Cl
1.18).
Mas eles também trazem duas contribuições
vitais para a compreensão do Novo Testamento a respeito da ressurreição de
Jesus e da posição dos crentes.
1.Primeiro,
Paulo disse que o mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos está em
ação sobre os crentes (2.4-5; 3.16-17).
2.Segundo,
o apóstolo afirmou que Cristo tem prazer em ter sido dado "à igreja"
para ficar na posição de cabeça sobre tudo (v. 22).
Cristo não está apenas na posição mais
elevada do universo, mas ele está lá como o representante dos crentes (Ef 2.6;
CI 3.3), governando o universo em benefício (ou seja, para o bem) de sua
igreja.
A ética dos efésios se apoiava na verdade
de que a autoridade existe para servir. O uso nobre do poder e da autoridade de
Jesus em benefício do seu povo é o modelo cristão (4.1-2; 7-13; 4.32-5.2;
5.22-23).
Todo o cap. 2 foi escrito para lembrar os
leitores gentios de Paulo das duas maneiras específicas pelas quais o poder de
Cristo foi exercido para beneficiá-los: Cristo os havia levado
(1)Da
morte para a vida (2.1-10).
(2)Da
alienação do povo de Deus para a qualidade de membro entre eles (2.11-22).
Sobre os que creem há uma grande bênção,
pois uma sobre-excelente grandeza do seu poder está sobre nós, os que cremos,
segundo a operação da força do seu poder.
O mesmo poder sobrenatural que manifestou
em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus,
acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome
que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; o mesmo poder que sujeitou
todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da
igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos; o
mesmo poder é o que opera em nós os que cremos para a honra e glória do Pai no
Filho, mediante o Espírito Santo de Deus.
Ef 1:1 Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus
por vontade de Deus,
aos santos que vivem em Éfeso
e fiéis em Cristo Jesus,
Ef 1:2 graça a vós outros
e paz,
da parte de Deus, nosso
Pai,
e do Senhor Jesus Cristo.
Ef 1:3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que nos tem abençoado com toda sorte de bênção
espiritual
nas regiões celestiais
em Cristo,
Ef 1:4 assim como nos escolheu,
nele,
antes da fundação do mundo,
para sermos
santos
e irrepreensíveis perante
ele;
e em amor
Ef 1:5 nos predestinou para ele,
para a adoção de filhos,
por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de
sua vontade,
Ef 1:6 para louvor da glória de sua graça,
que ele nos concedeu
gratuitamente no Amado,
Ef 1:7 no qual temos a redenção,
pelo seu sangue,
a remissão dos pecados,
segundo a riqueza da sua graça,
Ef 1:8 que Deus derramou
abundantemente sobre nós
em toda a sabedoria e
prudência,
Ef 1:9 desvendando-nos o
mistério da sua vontade,
segundo o seu beneplácito
que propusera em Cristo,
Ef 1:10 de fazer convergir nele,
na dispensação da plenitude dos tempos,
todas as coisas,
tanto as do céu
como as da terra;
Ef 1:11 nele, digo,
no qual fomos também feitos herança,
predestinados segundo o
propósito daquele
que faz todas as coisas
conforme o conselho da sua
vontade,
Ef 1:12 a fim de sermos
para louvor da sua glória,
nós, os que de antemão
esperamos em Cristo;
Ef 1:13 em quem também vós,
depois que ouvistes a palavra da verdade,
o evangelho da vossa salvação,
tendo nele também crido,
fostes selados com o Santo
Espírito da promessa;
Ef 1:14 o qual é o penhor
da nossa herança,
até ao resgate da sua
propriedade,
em louvor da sua glória.
Ef 1:15 Por isso, também eu,
tendo ouvido
a fé que há entre vós no
Senhor Jesus
e o amor para com todos os
santos,
Ef 1:16 não cesso de dar
graças por vós,
fazendo menção de vós nas
minhas orações,
Ef 1:17 para que o Deus de
nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória, vos
conceda
espírito de sabedoria
e de revelação
no pleno conhecimento dele,
Ef 1:18 iluminados os olhos do vosso coração,
para saberdes
qual é a esperança do seu
chamamento,
qual a riqueza da glória da
sua herança nos santos
Ef 1:19 e qual a suprema
grandeza do seu poder
para com os que cremos,
segundo a eficácia da força
do seu poder;
Ef 1:20 o qual exerceu ele
em Cristo,
ressuscitando-o dentre os
mortos
e fazendo-o sentar à sua
direita
nos lugares celestiais,
Ef 1:21 acima de todo
principado,
e potestade,
e poder,
e domínio,
e de todo nome que se possa
referir
não só no presente século,
mas também no vindouro.
Ef 1:22 E pôs todas as coisas
debaixo dos pés
e, para ser
o cabeça
sobre todas as coisas,
o deu à igreja,
Ef 1:23 a qual é o seu
corpo,
a plenitude daquele que a
tudo enche
em todas as coisas.
Reparem no verso 13 que Paulo fala
que depois de ouvirem, creram e depois de crerem foram selados e comparem com
Romanos 10 :13 – 17 que fala de salvar, invocar, crer, ouvir, pregar, enviar!
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Como dissemos, Gálatas foi escrito para auxiliar
os cristãos da Galácia a resistir aos falsos mestres que pregavam que só era
salvo quem acrescentava à fé em Cristo, o mérito humano da obediência à lei.
Estamos refletindo no capítulo 6/6.
Breve
síntese do capítulo 6.
Paulo fala muito no último capítulo de Gálatas depois de diversas exortações
e explanações sobre obras, sobre semear. “... pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” – Gl 6:7. A
chamada LEI DA SEMEADURA é bíblica e não vinda de algum movimento ou de alguém
especial, mas da Bíblia.
Veja outros trechos semelhantes que falam disso:
Romanos 2:6 que
retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:
Salmos 62:12 e a ti, Senhor, pertence a graça, pois a
cada um retribuis segundo as suas obras.
Provérbios 24:12 Se disseres: Não o soubemos, não o
perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para
a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?
Poderíamos estudar mais o assunto e citar muitos outros trechos bíblicos
importantes, mas estes bastam, no momento. O que você semear, meu amigo, repercutirá
no que você recolherá! Mas não de uma vida sua para outra vida sua, em outro
tempo. Fique ligado para não ser enganado por espíritos que se fazem de anjos
de luz: cuidado!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. EXORTAÇÕES PRÁTICAS (5.1-6.10) - continuação.
Finalizando a epístola, como já dissemos,
estamos vendo dos vs. 5.1 a 6.10 diversas exortações práticas. Esse material
foi dividido em três partes, conforme a BEG: A. A liberdade em Cristo (5.1-15)
– já vimos; B. O poder do Espírito
Santo (5.16-6.6) – concluiremos agora;
e, C. Julgamento divino e bênçãos (6.7-10) – veremos e concluiremos agora.
B. O poder do Espírito Santo (5.16-6.6) - continuação.
Dos vs. 5.16 ao 6.6, estamos vendo Paulo
discorrendo sobre o poder do Espírito. Confiar no Espírito Santo é o único
caminho para viver para Cristo.
Nos escritos de Paulo a palavra
"espiritual" com frequência significa "do Espírito Santo"
(p. ex., Rm 1.11; 1Co 2.13; 12.1; 14.1,37; Cl 1.9). Ser espiritual para Paulo, nesses
casos, não tinha o mesmo sentido atual de espiritualista, mas aquele que era
cheio do Espírito e não de espíritos, como pretendem alguns.
Aqueles que estão em compasso com o
Espírito (5.25) devem corrigir os que foram enganados pelo pecado. Devem ter
cuidado, porém, ao fazê-lo, para que o pecado não os agarre no processo.
O fardo pesado da lei de Cristo incluia não
apenas amar o próximo (Mt 22.39; GI 5.14), mas também o inimigo (Mt 5.43),
tendo o amor de Deus como padrão. O cuidado de Paulo era muito grande com as
suas ovelhas, mesmo as que estivessem incorrendo em erro. Exortá-las, sim, era
necessário e mesmo vital, mas a regra disso era o amor.
Examinar-se a si mesmo era a regra geral
para se saber se a própria pessoa não seria repreendida e reprovada por seus
critérios. Era preciso provar cada um o seu próprio labor.
Paulo insiste com os gálatas cristãos para
examinarem a si mesmos como indivíduos perante Deus e a não derivarem falsa
confiança a partir de comparações relativas com os outros (cf. 2Co 13.5-6).
Aquele que quisesse se gloriar, deveria
fazê-lo unicamente em si. Literalmente, "ter razão para orgulhar-se de si
mesmo". Como Paulo deixou bem claro logo em seguida, a razão para
"gloriar-se" não deve ser buscada na obediência à lei.
Enquanto os falsos mestres se gloriavam no
sucesso do avanço do legalismo (vs. 13), Paulo se gloriava exclusivamente na
cruz de Cristo (vs. 14; cf. 2Co 11.16-12.10).
Cada um de nós deverá levar o seu próprio
fardo, ou carga. No grego, bem como na tradução para o português, essa palavra
é diferente da que Paulo usou em 6.2 ("cargas"), e essa mudança de
palavra indica uma mudança de significado.
Em 6.2, Paulo quis dizer que devemos ajudar
os outros a resistirem ao "peso" da tentação do pecado. Aqui, Paulo
quis dizer que não devemos nos orgulhar da nossa superioridade em relação aos
outros, pois Deus é o nosso juiz e nós, como indivíduos, somos responsáveis
perante ele. Logo, devemos cumprir o nosso chamado para a glória de Cristo.
C. Julgamento divino e bênçãos (6.7-10).
Vos vs. 7 ao 10, vemos o julgamento divino
e bênçãos decorrentes, obviamente daquilo que o próprio homem semear. Paulo
encerra as suas exortações práticas com uma advertência severa e um
encorajamento firme. Todos serão julgados por Deus, mas os cristãos que andam
pelo Espírito colherão uma recompensa eterna.
A igreja tem a responsabilidade de ajudar a
aliviar o sofrimento daqueles que não compartilham da comunhão, mas tem ainda
uma responsabilidade especial para ajudar os irmãos e irmãs em Cristo que estão
necessitados (1Ts 3.12).
A regra da semeadura aqui diz que aquele
que semeia para a carne, dela colherá destruição; mas o que semeia para o
Espírito, dele colherá a vida eterna. E agora, o que estamos semeando e o que
colheremos?
Quem faz o bem, com certeza colherá o bem,
mas deverá permanecer firme, sem desanimar – vs. 9. Destarte, enquanto tivermos
oportunidade de fazer o bem, façamos o bem a todos, mas em especial, aos da fé
ou do caminho. Quem faz o bem, bem faz. Faça sempre o bem e, por favor, pode
cobrar isso de mim sempre. Te amarei ainda mais por isso. Tá bem?
VI. POSFÁCIO (6.11-18).
Paulo resume a sua carta e faz uma saudação
de encerramento.
Dos vs. 11 ao 18, Paulo encerra a epístola
com um sumário de sua mensagem e uma saudação final.
Às vezes, Paulo ditava suas cartas a um
secretário (Rm 16.22), mas habitualmente pegava ele mesmo a pena para escrever
o final da carta (1 Co 16.21; Cl 4.18; 2Ts 3.17).
Suas cartas com essas “letras grandes” têm
sido, às vezes, consideradas como evidência de sua dificuldade para enxergar
(4.15).
É possível que aqueles que defendiam a
circuncisão na Galácia – vs. 12 - o faziam sob pressão de judeus nacionalistas
da Judeia, pessoas extremamente zelosas (4.17). Eles o faziam apenas para
gloriarem-se neles e não na cruz – vs. 14 -, pois eles mesmos eram incapazes de
cumprirem a lei. Para mais detalhes sobre esse conceito, veja 1Co 1.18-2.5.
Em muitos aspectos, essa afirmação resume a
carta de Paulo aos gálatas. Paulo queria que os gálatas abandonassem as coisas
decaídas da velha criação (incluindo a circuncisão) e abraçassem a maravilha da
criação renovada que começou com a morte e ressurreição de Cristo.
Nessa nova criação, a atividade do Espírito
Santo na vida do cristão começa a reverter os efeitos da queda e a produzir uma
nova pessoa (2Co 5.17). Quando Cristo retornar, tomaremos o nosso lugar nos
novos céus e na nova terra (Ap 21.1).
Enquanto isso, devemos nos concentrar em
viver nas bênçãos da nova criação, que já é uma realidade.
Paulo deseja a todos a paz e a
misericórdia, ou a graça sobre todos os que seguem os seus ensinos e andam
conforme à lei do Espírito e sobre todo o Israel de Deus.
Essa expressão “Israel de Deus” se refere
ao recém-constituído povo de Deus. A marca identificadora deles é o Espírito
Santo, e não a circuncisão, e, como um grupo, inclui tanto gentios como judeus.
Em outras passagens, expressões semelhantes
se referem à eleição da nação judaica, cuja salvação era motivo de muita
preocupação para Paulo (Rm 9.1-6; 11.12,26,31); porém, no contexto dessa carta,
essa interpretação é insustentável - especialmente à luz do vs. 15, que indica
que o Israel de Deus contém cristãos tanto circuncisos quanto incircuncisos.
Finalizando, ele diz que não quer ser
perturbado por ninguém, pois já trazia em si mesmo, em seu corpo as marcas de
Jesus – vs. 17. A palavra grega indica as marcas feitas nos escravos pelo ferro
em brasa, visando indicar que eles pertenciam um determinado proprietário.
A palavra também foi usada para se referir
à marca que os sacerdotes pagãos utilizavam para identificar o deus a quem
serviam. É mais provável que Paulo estivesse se referindo às cicatrizes que
recebeu durante as suas atividades missionárias (2Co 11.23-25).
Essas cicatrizes o identificavam como um
escravo de Cristo (Rm 1.1; Fp 1.1; Tf 1.1).
Por último, finaliza desejando que a graça
de nosso Senhor Jesus Cristo fosse com o espírito deles todos – vs. 18. Essa
bênção é uma conclusão adequada para essa carta, na qual Paulo estava muito
preocupado com a graça de Deus.
Ela resume a esperança de Paulo de que o
evangelho da graça de Deus triunfará entre os gálatas.
Gl 6:1 Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta,
vós, que sois espirituais,
corrigi-o
com espírito de brandura;
e guarda-te para que não
sejas também tentado.
Gl 6:2 Levai as cargas uns dos outros
e, assim, cumprireis a lei de Cristo.
Gl 6:3 Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada,
a si mesmo se engana.
Gl 6:4 Mas prove cada um o seu labor
e, então, terá motivo de gloriar-se
unicamente em si
e não em outro.
Gl 6:5 Porque cada um
levará o seu próprio fardo.
Gl 6:6 Mas aquele que está
sendo instruído na palavra
faça participante de todas
as coisas boas
aquele que o instrui.
Gl 6:7 Não vos enganeis:
de Deus não se zomba;
pois aquilo que o homem
semear,
isso também ceifará.
Gl 6:8 Porque o que semeia para a sua própria carne
da carne colherá corrupção;
mas o que semeia para o Espírito
do Espírito colherá vida eterna.
Gl 6:9 E não nos cansemos de fazer o bem,
porque a seu tempo ceifaremos,
se não desfalecermos.
Gl 6:10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade,
façamos o bem a todos,
mas principalmente aos da
família da fé.
Gl 6:11 Vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho.
Gl 6:12 Todos os que querem ostentar-se na carne,
esses vos constrangem a vos circuncidardes,
somente para não serem
perseguidos
por causa da cruz de
Cristo.
Gl 6:13 Pois nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar
guardam a lei;
antes, querem que vos
circuncideis,
para se gloriarem na vossa
carne.
Gl 6:14 Mas longe esteja de mim
gloriar-me,
senão na cruz de nosso
Senhor Jesus Cristo,
pela qual o mundo está
crucificado para mim,
e eu, para o mundo.
Gl 6:15 Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão,
mas o ser nova criatura.
Gl 6:16 E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra,
paz
e misericórdia
sejam sobre eles
e sobre o Israel de Deus.
Gl 6:17 Quanto ao mais,
ninguém me moleste;
porque eu trago no corpo as
marcas de Jesus.
Gl 6:18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém!
A exortação final aqui, em Gálatas 6, é para TODOS nós, para fazermos o bem a todos, repito, TODOS, mas principalmente aos da
família da fé. Faça sempre o bem, pois isto te fará bem!
A união com Cristo: O que
significa estar "em Cristo"?[1]
Uma das doutrinas mais citadas pelos escritores do Novo Testamento é a
da união dos cristãos com Cristo. Ela está presente na grande maioria das
ocasiões em que são usadas expressões como "em Cristo", "em
Jesus" e "nele". Em geral, a teologia reformada reconhece duas
ideias centrais nessa união: (1) os cristãos são unidos de modo místico e vital
com Jesus, de modo que ele permanece nos cristãos e eles permanecem nele; e (2)
Jesus é o representante dos cristãos diante do Pai, especialmente em sua morte
e ressurreição.
É comum falar da união vital entre Jesus e os cristãos como uma união
mística, pois a Bíblia não define exatamente como ela ocorre ou quais são suas
implicações. Não obstante, as Escrituras deixam claro que essa união envolve
tanto o nosso corpo quanto o nosso espírito (1 Co 6.1 5-1 7). Ela é a fonte de
nossa vida espiritual e resultará, por fim, na ressurreição e glorificação do
nosso corpo (Rm 8.9-11; Cl 3.3-4). Por meio dessa união, Cristo nos liberta do
domínio do pecado sobre a nossa vida (Rm 6.3-11; GI 5.24), nos capacita e
impele a realizar boas obras (Jo 15.1-8) e mostra o seu próprio poder por nosso
intermédio (2Co 1 3.3-6). A união de Cristo com os cristãos é tão próxima que é
possível dizer que os cristãos sofrem porque Jesus sofre (Rm 8.1 7; 2Co 1.5; Fp
3.10; Cl 1.24) - não se tratando apenas de Jesus sofrer ao ver as dificuldades
do seu povo, mas também de seu povo suportar novas adversidades como uma
extensão dos sofrimentos que sobrevieram primeiro a Jesus. Desse modo, o
consolo que Jesus experimenta também flui para os cristãos (2Co 1.4-5). Na verdade,
uma vez que ele já deu início à era vindoura (veja o artigo teológico "O
plano das eras", em Hb 7) e já começou a desfrutar, em parte, as bênçãos
dessa era (p. ex., a sua ressurreição em glória), os cristãos também podem
participar parcialmente das bênçãos dessa era vindoura (2Co 5.1 7).
Uma vez que os cristãos são misticamente unidos com Cristo,
compartilham não apenas suas experiências, mas sua própria identidade, de modo
que o Pai olha para os cristãos como se fossem o próprio Cristo, atribuindo-lhes
a posição e os direitos do Filho (GI 3.26-29). Por meio dessa identificação,
Jesus também representa os cristãos. Eis alguns dos principais resultados dessa
identificação: (1) A morte de Jesus é imputada aos cristãos como se fosse sua
própria morte; assim, eles cumpriram plenamente o requisito do castigo pelo
pecado e jamais serão condenados (Rm 5.15-19; 6.3-11; 7.1-6; 8.1; 2Co 5.14).
(2) A ressurreição de Jesus garante a ressurreição futura de todos os que estão
nele (Rm 6.3-11; 2Tm 2.11); ele se tornou merecedor de vida não apenas para si
mesmo, mas para os seus. (3) A ascensão de Jesus até a destra do Pai concede
honra e segurança aos cristãos, e também autoridade (Ef 1.18-23; 2.6-7; Cl 3.1;
cf. Rm 5.1 7; 2Tm 2.12). (4) Até mesmo a predestinação dos cristãos à salvação
depende dessa identificação e representação (Ef 1.4,11). (5) Além disso, todas
as outras bênçãos da aliança de Deus que Cristo herdou também pertencem aos
cristãos - não apenas a vida eterna e o perdão, mas também consolo, alegria, intimidade,
amor, riqueza e muitas outras dádivas eternas. Cristo obteve todas essas
bênçãos para si, mas pelo fato de os cristãos serem identificados com o Filho,
ele as compartilha com eles (GI 3.26-29).
Além dessas bênçãos decorrentes da união dos cristãos com Cristo,
também somos unidos misticamente uns com os outros nele (Rm 12.5; GI 3.26-28;
Ef 4.25). Por esse motivo, compartilhamos as alegrias e dores uns dos outros (1
Co 12.26). Ademais, não obstante os nossos relacionamentos sociais uns com os
outros segundo os padrões do mundo, temos a mesma dignidade diante em Cristo
(2Co 5.14-16; GI 3.28; Cl 3.11) e devemos tratar uns aos outros de acordo com
essa verdade, com toda paciência e amor (1Co 1 2.14-25; Cl 3.12-15).
[1]Extraído
da BEG – Artigo teológico referente à Gálatas 6.
...
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USE O PODER DE DEUS...
-
Como usar o poder de Deus para tomar, e manter, a iniciativa na guerra
contra o mal
Wilbur N. Pickering, ThM PhD
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