sábado, 16 de janeiro de 2016
sábado, janeiro 16, 2016
Jamais Desista
Gálatas 3 1-29 - EM CRISTO JESUS, SOMOS FILHOS DE DEUS.
O VERDADEIRO EVANGELHO DE JESUS CRISTO
Eu gosto do livro de Gálatas, principalmente por causa da discussão
antiga entre fé e obras. Hoje, no carro, enquanto vínhamos juntos para o Plano
Piloto (ele, UNB; eu, Correios) falei ao meu filho Miguel em nossa Escola
Bíblica Diária – EBD!:
Filho, eu não posso gloriar-me de obras
feitas, em nome de Jesus e pelo Espírito de Deus, diante de Deus, mas essas
obras justificam – provam - a minha fé!
Ele retrucou-me:
Pai,
não compreendo! Aliás, eu li em Tiago 2:18 “Mas
alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras,
e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.”
Queridos, esta discussão é antiga, mas aquele que anda pela fé, no final
das contas fará mais obras ainda do que aquele que assim faz justificando-se.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. PROVAS TEOLÓGICAS (3.1-4.31).
Vários argumentos teológicos apoiavam a
afirmação de Paulo de que o seu evangelho da salvação pela fé, e não pelas
obras, é o verdadeiro evangelho de Cristo:
·
A
confirmação da mensagem do evangelho de Paulo pela presença poderosa do
Espírito Santo.
·
O
registro da fé de Abraão no Antigo Testamento.
·
A
alegria que os gálatas haviam sentido no passado.
·
O
relato sobre as esposas e os filhos de Abraão no Antigo Testamento.
Dos vs. 3.1 a 4.31, estaremos vendo essas
provas teológicas. Encerrando os relatos históricos, Paulo se volta a várias
provas teológicas da sua doutrina de justificação unicamente pela fé.
Sua argumentação se divide em quatro
seções: a experiência dos gálatas quando receberam o evangelho de Paulo
(3.1-5), o exemplo da fé de Abraão (3.6-4.11), a experiência atual dos gálatas
sob a influência de um evangelho falso e legalista (4.12-20) e os paralelos
entre a situação dos gálatas e o relato bíblico das esposas e dos filhos de
Abraão (4.21-31).
Destarte, seguiremos a seguinte divisão
proposta, conforme a BEG: A. A experiência inicial (3.1-5) – veremos agora; B. A fé de Abraão (3.6-4.11) – começaremos a ver agora; C. A
experiência atual (4.12-20); e, D. As esposas e os filhos de Abraão (4.21-37).
A. A experiência inicial (3.1-5).
Paulo relembra aos gálatas a presença
poderosa do Espírito e como o receberam quando eles ouviram, entenderam e receberam
o evangelho pela primeira vez.
Paulo começou apelando à experiência que os
gálatas tiveram com o Espírito Santo antes da chegada dos agitadores como prova
de que a submissão a tradições judaicas ultrapassadas não é uma etapa
necessária para se tornar cristão (At 10.47; 11.17; 15.8).
Eles haviam recebido o Espírito Santo
quando creram no evangelho e o fizeram pela fé, e não observando a tradição
judaica.
Começaram recebendo, corretamente, o
Espírito e agora estavam regredindo querendo se aperfeiçoarem na carne, ou
seja, pelo “esforço próprio". Talvez Paulo tivesse em mente não apenas a
tentativa de guardar a lei sem o Espírito (Rm 7.7-8.17), mas também a tentativa
de ganhar o favor de Deus ao cortar a carne na circuncisão (Fp 3.2-3).
Não obstante, Paulo adverte seus leitores
quanto à tentativa de obter a salvação pela prática de obras. A salvação vem
apenas pela graça de Deus (1.6,15-16) por meio da fé em Jesus Cristo (2.16).
B. A fé de Abraão (3.6-4.11).
Dos vs. 3.6 ao 4.11, estaremos vendo e
analisando a fé de Abraão. O relato de Génesis sobre a fé de Abraão na promessa
de Deus demonstra que o evangelho da fé de Paulo é fiel às Escrituras do Antigo
Testamento.
Abraão foi o pai dos judeus e aquele com
quem Deus instituiu a circuncisão como um sinal da aliança (Gn 17.10). Ainda
assim, até esse patriarca reverenciado foi aceito por Deus por meio da fé,
antes mesmo de ser circuncidado (Rm 4.11).
Paulo reverteu a acusação de que estava
depreciando a aliança de Deus com Abraão. Os verdadeiros filhos de Abraão buscam
a salvação por meio da fé, como fez Abraão, quer sejam ou não descendentes
físicos dele.
O ponto que Paulo queria enfatizar era que
ninguém pode guardar a lei na sua totalidade, e ele apoiou essa afirmação pela
citação de Dt 27.26 - "Maldito todo
aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da Lei".
Pouco depois dessa passagem citada por
Paulo, Deuteronômio recita as maldições que viriam sobre Israel caso
desobedecesse.
A maioria dos judeus na época de Paulo
percebeu que Israel havia transgredido a lei e havia recebido exatamente as
maldições que foram preditas (Dt 28.15-30.20).
É evidente, diz Paulo, que diante de Deus
ninguém é justificado pela lei, pois "o
justo viverá pela fé" – vs. 11; Hb 2.4. A BEG recomenda, no vs. 11, a
leitura e reflexão de seu excelente artigo teológico "Justificação e
mérito", em Rm 3.
A lei não procede da fé. Essa avaliação
negativa da lei não reflete todo o ponto de vista de Paulo. Ele tinha muitas
coisas positivas para dizer sobre as exigências morais da lei (p. ex., Rm
7.12-16,25; 1Tm 1.8; a BEG ainda recomenda a leitura e a reflexão em seu
excelente artigo teológico "Os três usos da lei", em SI 119 –
pedagógico, civil e moral).
Aqui, Paulo fala da lei como exigência de
Deus, separada da graça de Deus. Levítico (18.5) afirma essa exigência e prediz
o seu descumprimento e maldição (Lv 26.14-38). A promessa é repetida (Lv
26.40-45), pois não pode ser anulada (GI 3.15-22).
Uma vez que todos transgrediram a aliança
de Deus ao infringir a lei, todos merecem receber a punição da lei. Porém,
Cristo assumiu a maldição em nosso lugar – vs. 13 -, concedendo-nos a paz com
Deus (Mc 10.45; Jo 1.29; Rm 3.21-26; 4.25; 5.1-8; 2Co 5.21; Cl 2.13-15; 1 Pe
2.24).
Também em Cristo – vs. 14 - a bênção de
Abraão vem até nós pela obediência dele. (veja 3.8; Gn 18.18; 22.18.) Os
cristãos gentios, cujas vidas são marcadas pela habitação do Espírito Santo
dentro deles, cumpriram a promessa de que todas as nações seriam abençoadas por
Abraão.
Em outra passagem, Paulo chama o Espírito
de "penhor da nossa herança" de salvação (Ef 1.14).
Deus prometeu abençoar as nações por meio
do "descendente" de Abraão. Esse descendente é Jesus Cristo, que é
descendente de Abraão em sua natureza humana.
Essa promessa da aliança não foi anulada
pela doação posterior da lei. A lei não se opõe às promessas (vs. 21), mas as
assume. Suas exigências demonstram a impossibilidade de fazermos por merecer a
salvação e pedem ao povo de Deus que tenha fé em Cristo (vs. 24).
Como, humanamente falando, ninguém pode
anular um testamento depois de ratificado, nem acrescentar-lhe algo, assim
também as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente.
A Escritura não diz: "E aos seus
descendentes", como se falando de muitos, mas: "Ao seu
descendente", dando a entender que se trata de um só, isto é, Cristo – vs.
15 e 16.
Esse descendente é Cristo. Paulo estava
ciente de que o substantivo "descendente", no singular, pode ser
usado tanto em sentido coletivo como individual (v. 29; Rm 4.18).
Todavia, na passagem a que Paulo se refere,
"descendência" ou "descendente" (Gn 12.7; algumas versões
traduzem como "semente") refere-se a uma pessoa, Isaque, como
indicado pelos verbos no singular.
O objetivo de Paulo era demonstrar que não
recebemos a salvação como indivíduos separados. Em vez disso, a promessa de
salvação vem por meio de um único representante. Como descendente de Abraão, Isaque
representava todos os que o seguiram. Do mesmo modo Cristo, o descendente final
de Abraão, representa todos os que creem.
Depois disso é que veio a lei, cerca de quatrocentos
e trinta anos depois. Em Êx 12.40, esse número é fornecido para designar a
permanência de Israel no Egito. Na versão em grego (Septuaginta) do Êxodo, o
período da permanência dos patriarcas em Canaã está incluído nos quatrocentos e
trinta anos.
Paulo não estava necessariamente seguindo a
Septuaginta ao aludir à passagem. Era suficiente para o seu propósito citar
esse número visando demonstrar que vários séculos se passaram antes que a lei
fosse dada no Sinai (cf. Gn 15.13; At 7.6).
É fácil perceber que se a promessa depende
da lei, óbvio que a cumprindo, receberemos; porém Deus a concedeu,
gratuitamente, mediante sua promessa a Abraão.
Já a lei foi revelada com o propósito de
revelar o pecado, ou seja, veio por causa das transgressões. A lei está
relacionada ao pecado de várias maneiras (novamente, a BEG recomenda seu artigo
teológico "Os três usos da Lei", no SI 119 – pedagógico, civil e
moral). Aqui, Paulo tinha em mente o segundo uso da lei, como o mestre que nos
revela o pecado, nos condena e nos guia a Cristo, por meio de anjos. Veja Dt
33.2; At 7.53; Hb 2.2.
A lei foi acrescentada, como dissemos, por
causa das transgressões até que viesse o Descendente a quem se referia a
promessa, e ela foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador – vs.
19.
Moisés mediou entre Deus e Israel quando o
Senhor fez aliança com Israel no monte Sinai (Ex 19-34). Contudo, a promessa
dada a Abraão foi comunicada diretamente pelo próprio Deus.
Se a palavra mediada de Deus a Moisés era
verdadeira, então certamente sua palavra direta a Abraão também era verdadeira.
Deus é um. (Veja Dt 6.4.) A aliança de Deus com Abraão, como não envolveu um
mediador, demonstrou a unidade e a soberania de Deus com mais clareza do que a
aliança no Sinai.
Em virtude disso, Paulo pergunta se alei
então é oposta às promessas de Deus – vs. 21. É a incapacidade humana de
guardar a lei, e não a lei em si mesma, a fonte do rompimento do nosso
relacionamento com Deus. Logo, a lei é santa, justa e boa, mas nós, somos
pecadores e transgressores dela.
Paulo nega vigorosamente essa conclusão
incorreta do seu argumento da lei ser contrária às promessas de Deus. A lei
estaria em competição com o evangelho somente se pudesse conceder vida, libertando
os pecadores de sua própria condenação.
Embora a lei seja boa e mostre o tipo de
vida que agrada a Deus (Lv 18.5; Rm 7.10), não é capaz de dar vida aos
transgressores (2Co 3.6).
Os judeus, que possuíam a lei, eram os mais
condenados por ela. Portanto, a lei mostra que todos são pecadores condenados e
aponta para a necessidade de um Salvador.
Veja então que a lei, então, nos serviu de
aio para nos conduzir a Cristo – vs. 24. Essa frase traduz a palavra grega paidagogos (da qual "pedagogo"
é derivada), um termo que os gregos aplicavam a um escravo responsável pela
guarda e educação de uma criança (1 Co 4.15). A lei, tal qual um professor,
mostra o nosso pecado e o condena.
Isto para nos conduzir a Cristo. Aqui,
"a" tem uma força temporal, significando "até". A lei não
agia como um professor, apontando o caminho; antes, agia como um guardião
temporário (aio, tutor) até a vinda de Cristo (cf. 4.4). Interessantíssimo esse
papel da lei de nos tutoriar e nos conduzir até Cristo e não simplesmente de
nos apontar a Cristo.
Agora que já chegamos a fé, até Cristo
Jesus, já não devemos mais permanecer subordinados ao aio – vs. 25. Paulo não
quis dizer que os cristãos não estão obrigados a seguir as exigências morais da
lei. Porém, que a condenação da lei não mais nos impede de herdarmos as bênçãos
da aliança (cf. 4.7).
Agora, mediante a fé, somos todos filhos de
Deus. Somos "filhos" porque fomos unidos ao único Filho, Jesus
Cristo. O batismo selou a nossa união com Cristo, uma união vital na qual
Cristo vive em nós (2.20).
EM Cristo Jesus, doravante, não há judeu
nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo
Jesus – vs. 28. O muro da separação entre judeus e gentios é retirado para
aqueles que estão unidos com Cristo; todos são descendência de Abraão (Ef
2.14-16; Cl 3.11).
De fato, nenhuma distinção humana serve
como vantagem em termos de salvação. Paulo não elimina completamente essas
distinções (cf. 1Co 11.3; 14.34; Ef 5.23-33; 1Tm 2.11-14), mas indica que elas
não concedem nenhuma condição preferencial com respeito a herdar as bênçãos da
aliança.
Gl 3:1 Ó Gálatasl insensatos! Quem vos fascinou a vós outros,
ante cujos olhos
foi Jesus Cristo
exposto
como crucificado?
Gl 3:2 Quero apenas saber isto de vós:
recebestes o
Espírito
pelas
obras da lei
ou
pela pregação da fé?
Gl 3:3 Sois assim insensatos que,
tendo começado no
Espírito,
estejais,
agora, vos aperfeiçoando na carne?
Gl 3:4 Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes?
Se, na verdade, foram em vão.
Gl 3:5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito
e que opera milagres entre vós,
porventura, o faz
pelas obras da lei
ou pela pregação da
fé?
Gl 3:6 É o caso de Abraão,
que creu em Deus,
e
isso lhe foi imputado para justiça.
Gl 3:7 Sabei, pois, que os da fé
é que são filhos de
Abraão.
Gl 3:8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria
pela fé os gentios,
preanunciou
o evangelho a Abraão:
Em
ti, serão abençoados todos os povos.
Gl 3:9 De modo que os da fé
são abençoados com
o crente Abraão.
Gl 3:10 Todos quantos, pois, são das obras da lei
estão debaixo de
maldição; porque está escrito:
Maldito
todo aquele que não permanece
em todas as coisas escritas
no Livro da lei,
para
praticá-las.
Gl 3:11 E é evidente que,
pela lei,
ninguém
é justificado diante de Deus,
porque
o justo viverá pela fé.
Gl 3:12 Ora, a lei
não procede de fé,
mas:
Aquele que observar os seus preceitos
por
eles viverá.
Gl 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se ele
próprio
maldição
em nosso lugar
(porque está
escrito:
Maldito
todo aquele que for pendurado em madeiro),
Gl 3:14 para que a
bênção de Abraão
chegasse
aos gentios,
em
Jesus Cristo,
a
fim de que recebêssemos,
pela fé,
o
Espírito prometido.
Gl 3:15 Irmãos, falo como homem.
Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada,
ninguém a revoga
ou lhe acrescenta
alguma coisa.
Gl 3:16 Ora, as promessas foram feitas
a Abraão
e ao seu descendente.
Não diz:
E aos descendentes,
como
se falando de muitos,
porém
como de um só:
E
ao teu descendente,
que
é Cristo.
Gl 3:17 E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus,
a lei, que veio
quatrocentos e trinta anos depois,
não
a pode ab-rogar,
de forma que venha
a
desfazer a promessa.
Gl 3:18 Porque, se a herança provém de lei,
já não decorre de
promessa;
mas
foi pela promessa
que
Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
Gl 3:19 Qual, pois, a razão de ser da lei?
Foi adicionada por
causa das transgressões,
até
que viesse o descendente
a
quem se fez a promessa,
e foi promulgada
por
meio de anjos,
pela
mão de um mediador.
Gl 3:20 Ora, o mediador não é de um,
mas Deus é um.
Gl 3:21 É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus?
De modo nenhum!
Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida,
a justiça, na
verdade,
seria
procedente de lei.
Gl 3:22 Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado,
para que, mediante
a fé em Jesus Cristo,
fosse
a promessa
concedida
aos que crêem.
Gl 3:23 Mas, antes que viesse a fé,
estávamos sob a
tutela da lei
e nela encerrados,
para
essa fé que,
de
futuro,
haveria
de revelar-se.
Gl 3:24 De maneira que a lei
nos serviu de aio
para
nos conduzir a Cristo,
a
fim de que fôssemos
justificados
por fé.
Gl 3:25 Mas, tendo vindo a fé,
já não permanecemos
subordinados
ao aio.
Gl 3:26 Pois todos vós
sois filhos de Deus
mediante
a fé
em
Cristo Jesus;
Gl 3:27 porque todos quantos fostes batizados
em Cristo de Cristo
vos
revestistes.
Gl 3:28 Dessarte, não pode haver
judeu
nem grego;
nem escravo
nem liberto;
nem homem
nem mulher;
porque
todos vós
sois
um
em
Cristo Jesus.
Gl 3:29 E, se sois de Cristo,
também sois
descendentes de Abraão
e herdeiros segundo
a promessa.
O que você tem recebido pela “pregação da fé”? Estude e medite na Bíblia
que você descobrirá muitas coisas interessantes como esta de sermos os filhos
da promessa. Somos de Cristo, somos descendência de Abraão e somos herdeiros
segundo a promessa.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
sexta-feira, janeiro 15, 2016
Jamais Desista
Gálatas 2 1-21 - CRISTO VIVE EM MIM.
Breve
síntese do capítulo 2.

Depois, noutra ocasião posterior, por causa de seu zelo pelo evangelho e
pela verdade do evangelho, chega a repreender, face a face, a Pedro pela sua
dissimulação diante dos judeus. E afirma peremptoriamente que ninguém é
justificado diante de Deus por suas obras, mas por sua fé em Jesus Cristo.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. RELATOS HISTÓRICOS (1.11-2.21) - continuação.
Nós já dissemos que muitos acontecimentos
históricos apoiavam a afirmação de Paulo de que o evangelho da salvação pela
fé, e não pelas obras, é o verdadeiro evangelho de Cristo.
Isso formou nossa divisão proposta,
seguindo a BEG: A. Chamado e treinamento (1.11-17) – já vimos; B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10) – concluiremos agora; e, C. O conflito com
Pedro (2.11-21) – veremos agora.
B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10) – continuação.
Como falamos, dos vs. 1.18 ao 2.10, veremos
a questão dos líderes de Jerusalém. Paulo confirma a sua autoridade como
apóstolo ao relatar o seu relacionamento com os apóstolos em Jerusalém.
Paulo relatou um segundo acontecimento que
demonstrava a sua autoridade e a veracidade do seu evangelho: seus encontros
com os líderes da igreja em Jerusalém.
Isso se deu após catorze anos, ou seja, depois
da sua conversão ou depois da sua primeira visita à Jerusalém. Pode ser esta a
segunda visita que Paulo fez após sua conversão, implícita em At 11.27-30, ou a
sua terceira visita (At 15.2).
O propósito da visita mencionada aqui
corresponde ao propósito da visita em At 15. Se essas visitas são na verdade
uma só e a mesma, então Paulo provavelmente omitiu a visita de At 11 de sua
narrativa por ser irrelevante para a questão de sua autoridade.
Se Gálatas, como acreditam alguns
estudiosos, foi escrita depois da primeira viagem missionária de Paulo (At
13-14) e antes do concílio de Jerusalém (At 15), então a jornada relatada aqui
se refere à visita de At 11, e a de At 15 ainda não havia ocorrido.
Ele tinha subido a Jerusalém com Barnabé -
natural de Chipre e um dos primeiros cristãos (At 4.36). Em aramaico, o nome
Barnabé significa “filho de exortação", e seu aparecimento em Atos demonstra
que vivia de acordo com o seu nome (At 4.36-37; 11.22-24,30). Também tinha
levado Paulo consigo a Tito - não é mencionado em Atos, mas era um dos
mensageiros e companheiro de confiança de Paulo.
O motivo de sua subida foi devida a uma
revelação. Caso se refira à visita de At 11, essa revelação pode ter sido a
profecia de Ágabo (At 11.28). Do contrário, provavelmente refere-se às
revelações especiais que Paulo recebeu de Deus (At 9.4-6: 16.9; 18.9-10; 2Co
12.1-6).
Tendo subido, fez o que tinha de fazer, cumprir
sua missão de anunciar o evangelho que pregava entre os gentios, e
particularmente aos que estavam em mais evidência (os mais influentes); para
que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão – vs. 2.
Os líderes de Jerusalém não eram a fonte da
autoridade de Paulo, mas seus esforços para pregar o evangelho teriam sido
impedidos caso esses líderes influentes se opusessem a ele.
Paulo explica que nem mesmo Tito fora
obrigado a circuncidar-se. A circuncisão era a marca de autenticidade do judeu
e havia se tornado o último estágio na conversão de um homem gentio à religião
judaica.
Alguns cristãos judeus acreditavam que os
gentios tinham de aceitar a circuncisão antes de serem salvos. Paulo se opunha
vigorosamente a esse ensinamento, afirmando que apenas a fé unicamente em
Cristo é suficiente para a salvação.
Paulo considerava tão importante a doutrina
da salvação unicamente pela fé que negou a salvação de todos aqueles que se
opunham a ela (1.8-9; 5.2-4).
Para Paulo, a liberdade do cristão não é a
liberdade para pecar, mas a libertação das tradições humanas e da maldição que
a lei declara sobre o pecado (3.10-14; 5,1,13). Já o que eles pregavam
provocariam a escravidão do crente, provavelmente do pecado (Rm 6.15-23; 7.25)
e da maldição que a lei pronuncia sobre aqueles que pecam (3.10).
Paulo resistiu a eles por amor ao evangelho.
A salvação procede unicamente da fé que Deus concede graciosamente àquele que
crê (1.15-16; cf. Ef 2.8-9). Qualquer tentativa de acrescentar outras exigências,
tais conto a circuncisão, é uma negação da suficiência da fé para a salvação e,
desse modo, uma corrupção do evangelho.
Paulo não se incomodava nem um pouco com
quem parecia mais influente, pois que Deus não julga ninguém pelas suas
aparências, mas pelo seu caráter. Assim como a marca externa da circuncisão não
define o povo de Deus, do mesmo modo a aparência externa de prestígio –
daqueles que são mais influentes na sociedade ou num negócio - não é importante
para Deus (I Sm 16.7; Rm 2.25-29).
Pedro era um dos porta-vozes principais da
igreja primitiva de Jerusalém (At 1-12). Foi com muita relutância que obedeceu
à ordem de Deus para se associar e pregar o evangelho ao gentio Cornélio (At
10). Embora Pedro tenha reconhecido a necessidade de evangelizar os gentios (At
10.34-35; 11.17; 15.7-11), Deus o chamou para pregar o evangelho especificamente
aos judeus.
Quanto à conversão e ao chamado de Paulo,
veja 1.15. Tiago, Cefas e João reconheceram a graça concedida a Paulo. Esse
trio exercia uma autoridade especial na igreja primitiva em Jerusalém.
Pedro e João andavam juntos com frequência
(At 3-4), e Tiago tinha uma posição proeminente na igreja de Jerusalém (At
12.17; 15.13; 21.18). Todos pareciam unânimes em decidirem que Paulo iria para
os gentios e eles, aos judeus. Barnabé, assim como Paulo, era um missionário
principalmente entre os gentios (At 13-14; 15.36-41).
Uma vez definidos o público alvo de cada um
deles, fizeram mais uma recomendação a Paulo e seus seguidores, que se lembrassem
dos pobres – vs. 10.
Paulo tinha em mente a pobreza econômica,
não a espiritual. Alguns aplicam essas palavras à visita que Paulo fez a
Jerusalém em At 11.27-30. Nessa visita, Paulo e Barnabé foram comissionados a
levar uma oferta levantada em Antioquia para os cristãos da Judeia que estavam
sofrendo por causa da fome.
Outros, porém, acreditam que essas palavras
se referem à coleta que Paulo fez para os santos de Jerusalém (At 24.17; Rm
15.26; 1Co 16.1-3; 2Co 8-9), para a qual os gálatas contribuíram (1 Co 16.1).
C. O conflito com Pedro (2.11-21).
Dos vs. 11 ao 21, veremos como foi o conflito
de Paulo com Pedro. Paulo relata uma ocasião em que repreendeu Pedro por este
violar o verdadeiro evangelho ao manter-se separado dos cristãos gentios.
Esse acontecimento serviu para confirmar a
autoridade de Paulo como apóstolo, bem como a verdade do seu evangelho.
Foi quando Pedro veio a Antioquia que Paulo
o enfrentou para o bem do evangelho. Não a Antioquia da Pisídia (At 13.14;
14.19,21), mas a capital da província romana da Síria e também a maior cidade
dessa província (At 13.1; 14.26).
Antioquia era o lar de uma comunidade
judaica numerosa e foi o primeiro lugar mencionado em Atos onde os cristãos judeus
pregaram o evangelho aos gentios (At 11.19-20; Gl 2.1).
Tanto quanto sabemos, a igreja de Antioquia
foi não apenas a primeira igreja a reunir cristãos judeus e gentios, mas também
a primeira a enviar missionários para pregar o evangelho especificamente aos
gentios (At 13.1-3).
Muitos cristãos judeus aceitaram o
mandamento de Deus para acolherem os cristãos gentios, mas somente depois de
que estes se submetessem ao cerimonial da lei de Moisés (At 10.28; 11.2-3,19;
15.1). Pedro e Barnabé (v. 13) cederam à pressão de um grupo de cristãos judeus
que acreditavam na circuncisão como etapa necessária para se tornar cristão.
Pedro se mostrava falso, pois estando
ausente de Tiago e seus companheiros, se aproximava dos gentios, mas quando se
encontravam, afastava-se deles. Foi por isso que Paulo, não resistindo, o
repreendeu.
Pedro havia se associado livremente com os
cristãos gentios (2.12), mas acabou se separando deles sob pressão do
recém-chegado grupo "da circuncisão" (2.12). Paulo repreendeu Pedro
com severidade pela sua hipocrisia.
A hipocrisia era tanta que até mesmo
Barnabé se tinha deixado levar por ela, bem assim também os demais judeus. Ou seja,
ninguém tinha a coragem de repreender isso, até que Paulo, com sabedoria e
autoridade, confrontou o problema e o resolveu em definitivo.
Esses versículos – vs. 15 e 16 - são
fundamentais em Gálatas. A conclusão de Paulo é que todos (tanto judeus
circuncisos quanto gentios incircuncisos) são colocados num relacionamento
correto com Deus unicamente por meio da fé em Jesus Cristo.
No grego, o substantivo traduzido como
"justiça", o adjetivo traduzido como "justo" e o verbo
traduzido como "justificar", são todos derivados da mesma raiz e têm
significados relacionados.
No Antigo Testamento, Deus é justo (Sf
3.5), aquele que governa e julga com perfeita justiça (1Sm 26.23) e que
pronuncia seu veredicto de culpa ou inocência.
"Justificar" significa
"declarar justo" (veja Dt 25.1). Todavia, se nenhum ser vivente é
justo diante de Deus (SI 143.2), como pode haver esperança de sermos declarados
justos (Jó 9.2)?
Sendo Deus o Juiz cujo veredicto é
definitivo e justo, ele também é o Salvador que pode providenciar libertação de
seu próprio julgamento ao 2.9).
A justiça de Deus é revelada não apenas
como exigência dele, mas também como seu dom (Is 45.24-25; 54.14-17). Esse dom
veio finalmente por intermédio do Messias (Is 53.8; Jr 23.5-6; 33.14-16).
Ninguém será justificado pelas obras da lei,
ou pela prática dela. Paulo se refere especificamente àquelas "obras"
que fazem distinção entre judeus e gentios: circuncisão, restrições alimentares
e a observância do sábado (2.15-16).
Contudo, os ensinos de Paulo abrangem todas
as tentativas humanas de esforço para merecer a salvação por meio das boas
obras.
“Ninguém será justificado” é uma citação
aproximada de SI 143.2. Ninguém pode obedecer à lei completamente; logo,
observâncias tais como a circuncisão não podem resultar num relacionamento
correto com Deus.
Para se obter isso, é necessário algo
diferente da lei, o qual Deus providenciou mediante o dom da justiça e do
sangue da expiação de Cristo.
A fé não merece a aceitação de Deus; a fé
aceita o mérito de Cristo diante de Deus (Fp 3.9).
Paulo fala das acusações de pecado que lhe
faziam os agitadores gálatas e os "da parte de Tiago" (vs. 12) quanto
à sua não observância da restrição alimentar (como os gentios do vs. 15), ou
então diz que buscar a salvação em Cristo nos faz perceber e admitir a nossa
verdadeira natureza pecaminosa.
A tradução da palavra grega nessa frase “se
torno a edificar aquilo que destruí” – vs. 18 - é usada com frequência no Novo
Testamento para se referir à demolição de um edifício (Mt 24.2; Mc 13.2; Lc
21.6; Rm 14.20). A metáfora provavelmente se refere ao retorno à prática das
boas obras visando obter aceitação perante Deus.
"Edificar", nesse caso, é
submeter-se novamente à condenação da lei (p. ex., 5.2-4) e assim, me constituo
transgressor novamente. Transgressor não é aquele que abandona a lei e se volta
para Cristo em busca de justificação, mas aquele que transgride a sua fé em
Cristo ao confiar na lei para justificação.
Somente Cristo pode obedecer à lei; logo,
somente aqueles que estão unidos a Cristo pela fé podem ser considerados
guardadores da lei. Todos os outros são considerados transgressores.
Pois, por meio da lei Paulo morreu para a
lei, a fim de viver para Deus. Paulo morreu para a condenação da lei na morte
de Cristo (Rm 6.5-7; 7.1-4), pois foi crucificado com Cristo (vs. 20) por meio
da sua união com Cristo, que morreu em seu lugar (2.20; 3.13; Rm 4.25; 5.6).
Sendo assim, Paulo também foi ressuscitado
com Cristo e desse modo vivia em comunhão com Deus (Cl 2.12; 3.1). A morte para
a lei não transgride a lei, pois Cristo cumpriu as exigências da lei. Sendo
assim, é "mediante a própria lei" que os cristãos são libertados da
servidão e condenação da lei.
Paulo – todos nós também - fomos
crucificados com Cristo. Assim, já não somos nós quem vivemos, mas Cristo vive
em nós. A vida que agora vivemos no corpo, vivemos pela fé no filho de Deus,
que nos amou e se entregou por nós- Gl 2.20.
Na teologia reformada, é comum falar da união com Cristo em dois sentidos.
1.
Primeiro,
a união com Cristo significa que ele nos representa em sua morte e
ressurreição.
Entende-se
por isso que Cristo expiou os nossos pecados e nos garantiu a salvação.
2.
Segundo,
a união com Cristo é uma unificação vital com o Salvador, pois Jesus está
presente com o cristão.
O
Senhor, por meio do seu Espírito, vive em íntima comunhão com os que lhe
pertencem, e os cristãos retiram suas forças para viver a partir dessa união
efetiva.
Gl 2:1 Catorze anos depois,
subi outra vez a
Jerusalém
com
Barnabé, levando também a Tito.
Gl 2:2 Subi
em
obediência a uma revelação;
e
lhes expus o evangelho que prego entre os gentios,
mas
em particular aos que pareciam
de maior influência,
para,
de algum modo, não correr
ou ter corrido em vão.
Gl 2:3 Contudo, nem mesmo Tito, que estava comigo,
sendo grego,
foi
constrangido a circuncidar-se.
Gl 2:4 E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram
com o fim de
espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus
e reduzir-nos à
escravidão;
Gl
2:5 aos quais nem ainda por uma hora nos submetemos,
para
que a verdade do evangelho
permanecesse
entre vós.
Gl 2:6 E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência
(quais tenham sido,
outrora, não me interessa;
Deus
não aceita a aparência do homem),
esses, digo,
que me pareciam ser
alguma coisa
nada
me acrescentaram;
Gl 2:7 antes, pelo contrário,
quando viram que o
evangelho da incircuncisão
me
fora confiado,
como a Pedro
o da
circuncisão
Gl 2:8 (pois aquele que operou eficazmente em Pedro
para o apostolado
da circuncisão
também operou eficazmente em mim
para com os
gentios)
Gl 2:9 e, quando conheceram
a graça que me foi
dada,
Tiago, Cefas e João,
que eram reputados
colunas,
me
estenderam, a mim e a Barnabé,
a
destra de comunhão,
a
fim de que nós fôssemos para os gentios,
e
eles, para a circuncisão;
Gl
2:10 recomendando-nos somente
que
nos lembrássemos dos pobres,
o
que também me esforcei por fazer.
Gl 2:11 Quando, porém, Cefas veio a Antioquia,
resisti-lhe face a
face,
porque
se tornara repreensível.
Gl 2:12 Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago,
comia com os
gentios;
quando, porém, chegaram,
afastou-se e, por
fim,
veio a apartar-se,
temendo
os da circuncisão.
Gl 2:13 E também os demais judeus
dissimularam com
ele,
a ponto de o
próprio Barnabé
ter-se
deixado levar pela dissimulação deles.
Gl 2:14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente
segundo a verdade
do evangelho,
disse
a Cefas,
na
presença de todos:
se,
sendo tu judeu,
vives
como gentio
e
não como judeu,
por
que obrigas os gentios
a
viverem como judeus?
Gl 2:15 Nós,
judeus por natureza
e não pecadores
dentre os gentios,
Gl 2:16 sabendo, contudo, que o homem
não é justificado
por obras da lei,
e sim mediante a fé
em
Cristo Jesus,
também temos crido
em Cristo Jesus,
para
que fôssemos
justificados
pela fé
em
Cristo
e
não por obras
da
lei, pois, por obras da lei,
ninguém
será justificado.
Gl 2:17 Mas se, procurando ser
justificados em
Cristo,
fomos nós mesmos
também achados
pecadores,
dar-se-á o caso de ser Cristo
ministro do pecado?
Certo
que não!
Gl 2:18 Porque, se torno
a edificar aquilo
que destruí,
a mim mesmo
me constituo
transgressor.
Gl 2:19 Porque eu,
mediante a própria
lei,
morri
para a lei,
a
fim de viver para Deus.
Estou crucificado
com Cristo;
Gl 2:20 logo, já não sou eu quem vive,
mas Cristo vive em
mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne,
vivo pela fé
no
Filho de Deus,
que
me amou
e
a si mesmo
se
entregou por mim.
Gl 2:21 Não anulo a graça de Deus;
pois, se a justiça
é mediante a lei,
segue-se
que morreu Cristo em vão.
Cristo vive em mim! Que mensagem poderosa e maravilhosa. Deus ao me
perdoar, fez de mim sua habitação.
Preciso, aqui, para melhor explicar certos conceitos teológicos me valer
de um escrito do pr. Hernandes Dias Lopes que eu segmentei para melhor
compreensão. Vejamos:
A salvação na
perspectiva do tempo
A salvação
é obra de
Deus
e
não do homem.
É salvação do
pecado
e
não no pecado.
É salvação
pela graça divina
e
não pelo mérito humano.
É recebida
pela fé
e
não pelas obras.
A salvação
foi planejada
na eternidade,
é executada
na história
e será
consumada no segunda vinda de Cristo.
A salvação pode ser analisada na perspectiva
do tempo.
Quanto
ao passado
já
fomos salvos,
já
fomos salvos da condenação do pecado;
quanto
ao presente
estamos
sendo salvos,
estamos
sendo salvos do poder do pecado;
e
quanto ao futuro
seremos
salvos,
seremos
salvos da presença do pecado.
Em primeiro lugar,
quanto
à justificação
já
fomos salvos
A justificação
é um ato
e
não um processo.
É feita fora
de nós
e
não em nós.
Acontece no
tribunal de Deus
e
não em nosso coração.
Pela justificação,
Deus nos
declara justos
em
vez de nos tornar justos.
A justificação
é completa
e
não possui graus.
Todos
os salvos
estão
justificados de igual forma.
A justificação
é um ato
legal e forense.
Com base na justiça de Jesus,
o Justo,
Deus
justifica
o
injusto
sem
deixar de ser justo.
Seria
injusto
Deus
justificar o injusto.
Porém, Deus,
é
justo
e
o justificador
do
que crê.
Isso, porque
Deus satisfez sua justiça
quando
entregou seu Filho,
o
Advogado Justo,
para
sofrer as penalidades
que
nós deveríamos sofrer.
Deus
fez cair sobre ele
a
iniquidade de todos nós.
Agradou a
Deus
moê-lo.
Jesus foi
traspassado
pelos
nossos pecados.
Ele foi feito
pecado
por
nós.
Ele bebeu,
sozinho,
todo
o cálice cheio da ira de Deus
contra
nós,
pois éramos
filhos da ira.
Pela
morte de Cristo
a
lei foi cumprida
e
a justiça foi satisfeita,
de
tal maneira que, agora,
Deus
pode ser
justo
e
justificador.
Deus
considerou satisfatório
o
sacrifício substitutivo do seu Filho
e
nos declarou quites com sua justiça.
Já
não pesa mais nenhuma condenação
sobre aqueles
que estão em Cristo Jesus,
pois
o próprio Jesus
é a nossa
justiça.
Em
segundo lugar,
quanto à
santificação
estamos
sendo salvos.
A salvação
já está
consumada
pelo
sacrifício perfeito
e
irrepetível de Cristo.
Diante do tribunal de Deus
já estamos
salvos.
Nossos pecados passados, presentes e
futuros
já foram
tratados na cruz de Cristo.
Porém, quanto ao processo da
santificação,
estamos sendo
transformados
de
glória em glória
na
imagem de Cristo.
Agora,
Deus está
trabalhando em nós,
formando
em nós o caráter de seu Filho.
Se a justificação
é um ato,
a santificação
é um processo
que
começa na regeneração
e
só terminará na glorificação.
Se a justificação não tem graus,
a
santificação tem.
Nem todos os salvos
estão na
mesma escala de crescimento
rumo
à maturidade.
Precisamos,
dia a dia,
negarmo-nos
a nós mesmos.
Precisamos
de alimento
sólido
e de
exercício contínuo,
a
fim de fortalecermos as musculaturas da nossa alma.
Se Cristo
é o nosso
substituto na justificação,
ele é
o nosso
modelo na santificação.
Em
terceiro lugar,
quanto à
glorificação
seremos
salvos.
A salvação
é um fato
pretérito,
uma
realidade presente
e
uma garantia futura.
Todos aqueles que foram conhecidos por
Deus de antemão,
foram também
predestinados,
chamados,
justificados
e
glorificados.
Muito embora a glorificação
seja um fato
consumado nos decretos de Deus,
há
de historificar-se apenas na segunda vinda de Cristo.
Nós, que já fomos salvos
da condenação
do pecado
e estamos
sendo salvos
do
poder do pecado,
seremos,
então,
salvos
da presença do pecado.
Receberemos um corpo
imortal,
incorruptível, poderoso, glorioso e celestial,
semelhante
ao corpo da glória de Cristo.
Quando Cristo voltar,
em sua
majestade
e glória,
os
mortos em Cristo
ressuscitarão
primeiro
e
os que estiverem vivos,
serão
transformados
e
arrebatados
para
encontrarem o Senhor Jesus nos ares,
e
assim estaremos para sempre com o Senhor.
Essa expectativa bendita
não é apenas
uma vaga esperança,
mas
uma certeza inabalável.
Nós
que fomos
escolhidos na eternidade
e
chamados eficazmente no tempo,
seremos recebidos na glória!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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