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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

ANÁLISE DO KARDECISMO (p/ Rev. Augustus Nicodemus Lopes)

Vamos aprender um pouco?

Quais as diferenças entre o cristianismo histórico, bíblico, e o espiritismo kardecista? Veja este vídeo.

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A busca de todos os kardecistas não é a verdade? Não é considerado a terceira revelação de Deus o surgimento da doutrina dos espíritos? Não é ele considerado o Consolador que haveria de vir? 

A verdade, a justiça e o amor estão nessa doutrina? De onde tiram suas conclusões? São os espíritos confiáveis? Você precisa de buscar luz para dissipar todas as trevas, mas podem eles te mostrarem os caminhos? É melhor pensar um pouco mais... 

Somos contra a caridade e as boas obras? Jamais! Que eu seja cada vez mais incentivado por qualquer um a fazer mais e mais obras e que eu faça mais e mais obras; no entanto, todo esforço que eu fizer por fazer as minhas obras, ainda assim isso será insuficiente para o que Deus requer de mim nessa área. Se é insuficiente, deixarei de praticar boas obras? Jamais! Praticarei ainda mais e mais; no entanto, nossa salvação e aperfeiçoamento ou evolução não vem disso, nem pode vir!

Quem pratica obras, caridade e amor, esperando paga ou recompensa por isso, já recebeu a sua recompensa. O que está por trás de nossas atitudes, se não as nossas crenças? Você pratica o amor por interesse? Ou é Deus quem nos move a isso?

Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade. (
2 Tessalonicenses 2:7-12).
...




II Coríntios 13 1-14 - A BÊNÇÃO APOSTÓLICA.

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte IV, cap. 13/13.
Breve síntese do capítulo 13.
Você reconhece que Jesus Cristo está em ti? Ora, Jesus Cristo está em mim. Veja o que Paulo fala e ainda que há os reprovados, ou seja, aqueles que não o reconhecem, não o conhecem.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. DEFESA CONTRA OS FALSOS APÓSTOLOS (10.1-13.10) – continuação.
Como dissemos, veremos doravante de 10.1 a 13.10 como Paulo lidou com o problema dos falsos apóstolos (11.13) que haviam se oposto à sua autoridade.
O assunto foi dividido, conforme a BEG, em três seções: A. Poder espiritual (10.1-12) – já vimos; B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) – já vimos; e, C. Advertência (13.1-10) – veremos agora.
C. Advertência (13.1-10).
Paulo fala que essa era a sua terceira visita a eles e agora faz uma advertência. Paulo estava tão profundamente preocupado com o bem-estar da igreja de Corinto que fez sérias advertências para encorajar a obediência dos membros.
Tudo Paulo fazia pelo bem dos crentes, por isso que está escrito em Gálatas 4.19 que ele se gastava e se deixava gastar até que Cristo fosse formado em cada um deles.
Hodiernamente, nos parece bem diferente por causa dos inúmeros ministérios existentes e cada um, no máximo, cuida de seu próprio ministério e não se preocupa com o crescimento dos outros crentes, seus irmãos.
Paulo citou Dt 19.15 aqui ao dizer que toda questão precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas. A expressão "duas ou três testemunhas" não se refere, provavelmente, às duas ou três visitas de Paulo a Corinto (porque ele ainda era somente uma testemunha).
Em vez disso, é mais provável que se trate de um lembrete de que, quando ele chegasse, todas as acusações contra os crentes cristãos seriam consideradas com justiça e tratadas de uma maneira justa.
Cristo falava por intermédio de Paulo e isso ele quis deixar bem claro. Cristo fala. Uma forte afirmação da autoridade apostólica de Paulo. O próprio Cristo, falando por intermédio de Paulo, silenciaria poderosamente quaisquer ofensores.
A vida de Paulo (assim como a de todos os cristãos) era unida com Cristo em sua morte e ressurreição, e Paulo continuava a compartilhar o poder da ressurreição de Cristo (a BEG recomenda aqui a leitura e reflexão de seu excelente artigo teológico "A união com Cristo", em Gl 6).
Quando aqueles que professam a fé cristã caem num erro do nível que muitos dos coríntios haviam caído, eles precisam examinar a própria vida em busca de evidências da salvação.
Essas evidências incluiriam:
·         Dependência sincera de Cristo (Cl 1.23; Hb 3.6; 1 Pe 1.5).
·         Uma vida moralmente transformada, resultando na obediência a Deus (Mt 7.21; 1Jo 2.3-6,29; 3.6,9-10; 5.1-3,18).
·         Crescimento contínuo em santificação (1 Pe 1.5-11; I Jo 3.3).
·         A presença do fruto do Espírito em suas vidas (Cl 5.22-23), incluindo amor pelos outros cristãos (I Jo 3.14; 4.7).
·         Fruto positivo na vida de outros como um resultado de sua influência (Mt 7.15-20; Mc 4.20; Jo 15.1-8).
·         Aceitação fiel do ensinamento apostólico (1Jo 4.6,15).
·         O testemunho do Espírito Santo neles (2m 8.15-16; I Jo 4.13).
Paulo não acreditava, quando dizia “Se não é que já estais reprovados”, que eles poderiam perder a salvação. Ele não estava afirmando que os coríntios poderiam perder a salvação eterna uma vez que eles a possuíam (a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico “A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
Em vez disso, ele escreveu para toda a igreja em Corinto, que incluía tanto crentes como descrentes, para confirmar a seus leitores a posição que eles tinham diante de Cristo, mas advertindo-os de que a reprovação no teste de viverem em fidelidade e lealdade a Cristo provaria que eles não estavam verdadeiramente nele (mais uma vez a BEG recomenda leitura e reflexão em seu excelente artigo teológico "A igreja visível e a igreja invisível", 1 Pe 4).
O crente perde a salvação? Obviamente que não, quem perde não é o crente, mas o perdido, este perde, aliás, nunca a obteve. É só raciocinar da forma contrária à de costume.
Em nossa mente, vamos até o dia final, o dia do julgamento, onde serão separados o trigo e o joio. Nele haverá o público salvo e o não salvo. O salvo será separado para o céu e o perdido para o Lago de Fogo, onde estarão o diabo, seus anjos e todos os seus seguidores.
Eu pergunto, entre o público final dos céus, há algum perdido? Óbvio que não. Todos os que se perdem ou os perdidos estão em outro lugar. Precisa ainda explicar?
O objetivo de Paulo era a edificação e não destruir – vs. 10. Assim como todos os dons do Espírito (1Co 12.7), o apostolado de Paulo tinha como objetivo o fortalecimento da igreja. Consequentemente, Paulo preferia encorajar em vez de condenar. Entretanto, ele sabia que em algumas circunstâncias era necessário ser "firme".
V. SAUDAÇÕES FINAIS E BÊNÇÃO (13.11-13).
Paulo terminou a epístola com palavras positivas de esperança para a igreja em Corinto.
Dos vs. 11 ao 13, são feitas saudações e bênçãos finais. Paulo concluiu essa epístola com algumas palavras finais de encorajamento e uma bênção.
O “todos os santos” – vs. 12 - refere-se aos cristãos na igreja da qual Paulo estava escrevendo, provavelmente Filipos, mas talvez Tessalônica ou Sereia.
A saudação que todos enviavam – vs. 13, 14 - era uma antiga afirmação da Trindade, com frequência usada como uma bênção que hoje é chamada de bênção apostólica em nossas igrejas: A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.
II Co 13:1 Esta é a terceira vez que vou ter convosco.
Por boca de duas ou três testemunhas,
                toda questão será decidida.
II Co 13:2 Já o disse anteriormente e torno a dizer,
                como fiz quando estive presente pela segunda vez;
                               mas, agora, estando ausente, o digo
                                               aos que, outrora, pecaram
                                               e a todos os mais que, se outra vez for,
não os pouparei,
II Co 13:3 posto que buscais prova de que,
                em mim, Cristo fala,
                               o qual não é fraco para convosco;
                               antes, é poderoso em vós.
II Co 13:4 Porque, de fato,
                foi crucificado em fraqueza;
                               contudo, vive
                                               pelo poder de Deus.
                Porque nós também somos fracos nele,
                               mas viveremos, com ele, para vós outros
                                               pelo poder de Deus.
II Co 13:5 Examinai-vos a vós mesmos
                se realmente estais na fé;
provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis
                que Jesus Cristo está em vós?
                               Se não é que já estais reprovados.
                                               II Co 13:6 Mas espero reconheçais
que não somos reprovados.
II Co 13:7 Estamos orando a Deus
                para que não façais mal algum,
                não para que, simplesmente, pareçamos aprovados,
                               mas para que façais o bem,
                                               embora sejamos tidos como reprovados.
II Co 13:8 Porque nada podemos
                contra a verdade,
                               senão em favor da própria verdade.
II Co 13:9 Porque nos regozijamos
                quando nós estamos fracos e vós, fortes;
e isto é o que pedimos:
                o vosso aperfeiçoamento.
II Co 13:10 Portanto, escrevo estas coisas,
                estando ausente, para que, estando presente,
                               não venha a usar de rigor segundo a autoridade
que o Senhor me conferiu
                                               para edificação
                                               e não para destruir.
II Co 13:11 Quanto ao mais, irmãos,
                adeus!
Aperfeiçoai-vos,
consolai-vos,
sede do mesmo parecer,
vivei em paz;
                e o Deus de amor
                e de paz estará convosco.
II Co 13:12 Saudai-vos uns aos outros
                com ósculo santo.
Todos os santos vos saúdam.
II Co 13:13 A graça do Senhor Jesus Cristo,
e o amor de Deus,
e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.
II Coríntios termina com a famosa bênção apostólica que ouvimos, praticamente, todas as vezes que vamos a um culto. São 3 palavras poderosas que não podem faltar em nós: GRAÇA – AMOR – COMUNHÃO.
A graça aponta para nosso relacionamento com Deus e com nossos irmãos onde deve triunfar o perdão.
O amor aponta para o relacionamento com nossos irmãos e com Deus de forma completa, pois Deus é amor e nós devemos refletir o que Deus é.
A comunhão aponta para relacionamento também onde devemos nos suportar uns aos outros em nossa caminhada rumo à nossa pátria celestial.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

SERMÃO SOBRE O SALMO 116

Você sabia que Davi escreveu cerca de 79 salmos dos 170 existentes e que este 116 é um deles?
Sermão ministrado em 6 de janeiro de 2016, na Igreja Batista Ebenézer, do Plano Piloto, na 512 Sul.

Para ter acesso completo ao inteiro teor do sermão, espere um pouco e clique para visualizar. Boa leitura e reflexão. Querendo colaborar com melhorias no texto, agradecemos.


Esperamos que você goste e que muito mais do que isso, seja edificado.
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Conheça outras obras do autor:

II Coríntios 12 1-21 - QUANDO ESTOU FRACO É QUE SOU FORTE, PODE?

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte IV, cap. 12/13.
Breve síntese do capítulo 12.
Paulo, no capítulo 12, continua suas explicações brilhantes e que nos remetem a reflexões profundas.
Paulo conhecia bem a linguagem da alma e do espírito, por isso era sua espada tão afiada e profunda. A sua glória, diz ele, não está nos feitos extraordinários, nem nas revelações profundas, nem em experiências arrebatadoras, mas na fraqueza!
Por amor de Cristo, portanto, seu prazer estava nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, ... e nós no século XXI, estaria, por exemplo, nos títulos, no reconhecimento, nos bens, na fama? Ele vai ao ápice de seus argumentos quando se compara a algo consumível pelo amor das almas e que isso faria de boa mente – vs. 15.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. DEFESA CONTRA OS FALSOS APÓSTOLOS (10.1-13.10) – continuação.
Como dissemos, veremos doravante de 10.1 a 13.10 como Paulo lidou com o problema dos falsos apóstolos (11.13) que haviam se oposto à sua autoridade.
O assunto foi dividido, conforme a BEG, em três seções: A. Poder espiritual (10.1-12) – já vimos; B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) – concluiremos agora; e, C. Advertência (13.1-10).
B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) - continuação.
Nós falamos que dos vs. 10.13 ao 12.21, estaríamos vendo os motivos de Paulo para gloriar-se. Elas também geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: 1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21) – já vimos; 2. Glorificação no sofrimento e na fraqueza (11.22-33) – já vimos; 3. Glorificação na revelação celestial (12.1-10) – veremos agora; e, 4. O cuidado de Paulo pelos coríntios (12.11-21) – veremos agora.
3. Glorificação na revelação celestial (12.1-10).
Paulo continua dizendo ser necessário ele gloriar-se, apesar de não querer isso. Ele passa a falar de suas glórias nas visões celestiais.
Paulo entreteceu o relato de suas extraordinárias experiências espirituais com ironia. Apesar de ser quase espetacular, essa visão do paraíso não acrescentava valor para o ministério a outros (vs. 4).
Em vez de proporcionar mais glória a Paulo, ela lhe havia trazido um "espinho" doloroso na carne mandado por Deus para mantê-lo humilde (vs. 7).
Paulo não se gloriava de modo direto com relação a essa experiência, e o resultado dela significa que é errado usar tais experiências como um critério para avaliar a validade de um ministério.
Paulo está se referindo a si mesmo quando diz que conhece um homem. Paulo estava tão hesitante ao falar de suas experiências - uma vez que ele parecia estar se gabando de si mesmo - que não quis identificar-se explicitamente.
É significativo que, por quatorze anos, Paulo não tivesse feito dessa maravilhosa experiência espiritual o foco do seu ensinamento ou usado isso como uma prova do seu apostolado.
Sua ênfase era a mensagem de Cristo: "não nos pregamos nós mesmos, mas Jesus Cristo como Senhor" (4.5).
O lugar em que Deus habita é o terceiro céu. De acordo com essa enumeração:
·         O "primeiro céu" é a atmosfera na qual podem ser vistos os pássaros e as nuvens.
·         O "segundo céu" é aquele no qual vemos as estrelas e as constelações.
·         O "terceiro céu" é o lugar comumente referido como o lugar da habitação de Deus.
Que ele foi arrebatado ao terceiro céu, ele tem certeza absoluta, mas se foi dentro ou fora do corpo, disso ele não sabe. Ele foi arrebatado ao terceiro céu, ao paraíso – vs. 4. A palavra grega para "paraíso" é usada com vários significados fora do Novo Testamento, mas todas as três ocorrências bíblicas se referem ao "céu", ao lugar em que Deus habita (veja o vs. 2, onde é sinónimo de "terceiro céu"; veja também Lc 23.43; Ap 2.7).
Essa experiência deve ter dado a Paulo encorajamento e força nos sofrimento subsequentes.
Então ele afirma que nesse homem ele se gloriaria, mas não em si mesmo, exceto por suas fraquezas.
Paulo queria – vs. 6 - que as pessoas o avaliassem com base em suas próprias primeiras impressões dele, não com base no que ele ou outros falavam sobre experiências ou ministérios anteriores.
Foi por causa dessa experiência espetacular que ele acabou ganhando um espinho na carne – vs. 7. Várias possibilidades têm sido sugeridas para esse "espinho" na carne:
(1)     Uma deficiência física de algum tipo "na carne".
(2)     Uma perturbação de um demónio ("mensageiro de Satanás").
(3)     A constante perturbação dos perseguidores judeus.
Com base nas informações disponíveis, é impossível determinar com certeza a identidade desse "espinho". Poucos, se houve algum, dos grandes servos de Deus através da História, têm sido livres de algum tipo de obstáculo, fraqueza ou oposição.
Paulo não gostou nadinha do tal espinho e orou ao Senhor por três vezes para que o tirasse dele. Senhor era a maneira usual de Paulo se referir a Cristo, não a Deus o Pai.
Embora as orações no Novo Testamento sejam normalmente direcionadas a Deus o Pai, esse é um exemplo de oração dirigida a Cristo (cf. At 1.24; 7.59; 1Co 16.22; Ap 22.20).
Paulo não ficou sem resposta à sua oração e Jesus o respondeu, dizendo para ele que o poder se aperfeiçoava na fraqueza. Essa expressão revelava um tema dessa epístola: quando os crentes reconhecem a própria fraqueza, o poder de Cristo repousará neles.
A fraqueza nesse sentido aumenta, em vez de diminuir, o poder. Em 13.4, Paulo ligou esse princípio geral à sua fonte: a cruz de Cristo. A resposta de Paulo aos ataques à sua autoridade apostólica era conscientemente modelada no Cristo crucificado, não no assim chamado "Jesus" ou "evangelho diferente" que seus inimigos impingiam aos coríntios (11.4).
A percepção de Paulo sobre a verdadeira natureza dos seus sofrimentos capacitava-o a vê-los como razões para se alegrar. Ele sabia que, por meio deles, o poder de Cristo estava trabalhando.
Quando dificuldades destroem a autoconfiança normal dos crentes, eles precisam confiar mais em Cristo, que dá a eles força além da medida. Interessante observação e estratégia para quando esgotados em batalha, pensamos que é o fim, mas não é, basta confiarmos que virá o reforço, a provisão e a força além do esperado.
A nossa capacitação não vem de nós mesmos, mas de Cristo Jesus, mediante o Espírito Santo de Deus.
4. O cuidado de Paulo pelos coríntios (12.11-21).
Doravante, dos vs. 21 ao 21, veremos o cuidado de Paulo pelos coríntios. Paulo encerrou essa parte de sua epístola repetindo a sua expressão de amor pelos coríntios e a sua intenção de visitá-los.
Paulo teve de "se gloriar" com relação à sua fraqueza apostólica porque os coríntios, que o conheciam muito bem, não o haviam defendido contra os falsos apóstolos.
Em vez disso, eles haviam se deixado seduzir (11.1-3) pelas inflamadas autoafirmações dos falsos apóstolos e pela falsa crítica lançada contra Paulo.
De acordo com o entendimento comum, as "credenciais do apostolado" (ou os "sinais do apostolado") eram feitos espetaculares: "sinais, prodígios e poderes miraculosos", como os que Paulo fez.
Entretanto, ao longo dessa epístola Paulo mencionou outros sinais para confirmar o seu apostolado:
·         A vida transformada dos coríntios (3.2-3).
·         O caráter irrepreensível do seu ministério (6.3-10; 7.2; 8.20-21).
·         Seu amor genuíno pelas igrejas (6.11-12; 7.3; 11.7-11).
·         Sua resistência sacrifical ao sofrimento (6.3-10; 11.23-33).
Essas atividades são provavelmente o que ele tinha em mente quando falou nesse versículo sobre as "credenciais do apostolado", porque elas o distinguiam claramente dos falsos apóstolos.
Infelizmente, os coríntios davam muito mais valor às obras espetaculares ("sinais, prodígios e poderes miraculosos") do que às outras características do apostolado, de modo que Paulo, relutantemente, mencionou que essas obras espetaculares também haviam feito parte do seu ministério entre eles.
Paulo estava pronto para visitá-los pela terceira vez – vs. 14. A primeira visita foi em At 18.1-18 na segunda viagem missionária de Paulo. A segunda visita não é registrada, mas ela deve ter ocorrido algum tempo durante a estada de Paulo em Éfeso (At 19.1-41).
Diferentemente daqueles pregadores cujos objetivos eram sua própria recompensa financeira, Paulo não estava indo atrás dos bens deles, pelo contrário gastaria tudo o que tinha e ainda se deixava gastar por amor a eles – vs. 15; Gl 4.19.
Talvez os inimigos de Paulo estivessem dizendo que a sua aparente humildade era meramente um truque para enganá-los. Paulo respondeu que ele nunca os havia explorado por meio de outros – vs. 17. Nem Tito, recomendado por Paulo, os havia explorado, pois que estavam todos no mesmo espírito e seguindo os mesmos passos – vs. 18.
Paulo novamente enfatiza que ele não tinha falado para a sua própria reputação ou glória, mas para o bem da igreja e a glória de Deus.
Isso novamente revela uma forte consciência da presença de Deus em tudo o que ele escreveu e fez ("perante Deus"). Se os falsos apóstolos não fossem confrontados, Paulo chegaria a Corinto para encontrar uma igreja dividida e onde havia disputas. Paulo temia que houvesse entre eles brigas, invejas, manifestações de ira, divisões, calúnias, intrigas, arrogância e desordem – vs. 20.
Esse versículo - vs. 21 - não significa que Paulo temia uma derrota humilhante diante dos coríntios, porque as suas armas eram divinamente poderosas (10.3,4; veja também 13.3-4,10).
Em vez disso, Paulo se identificava tanto com os crentes coríntios que se ele retornasse e soubesse que alguns deles (seus "filhos"; vs. 14) não haviam se arrependido do pecado, ele seria humilhado, assim como pais são humilhados pelo mau comportamento de seus filhos.
Embora a igreja de Corinto fosse forte, os falsos apóstolos não eram o seu único problema. Algumas pessoas ainda estavam presas a pecados contínuos, e Paulo as advertiu.
II Co 12:1 Se é necessário que me glorie,
ainda que não convém,
passarei às visões
e revelações do Senhor.
 II Co 12:2 Conheço um homem em Cristo que,
há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu
(se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
II Co 12:3 e sei
que o tal homem
(se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
II Co 12:4 foi arrebatado ao paraíso
e ouviu palavras inefáveis,
as quais não é lícito ao homem referir.
II Co 12:5 De tal coisa me gloriarei;
não, porém, de mim mesmo,
salvo nas minhas fraquezas.
II Co 12:6 Pois, se eu vier a gloriar-me,
não serei néscio,
porque direi a verdade;
mas abstenho-me para que ninguém
se preocupe comigo
mais do que em mim vê ou de mim ouve.
II Co 12:7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações,
foi-me posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás,
para me esbofetear,
a fim de que não me exalte.
II Co 12:8 Por causa disto,
três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.
II Co 12:9 Então, ele me disse:
A minha graça te basta,
porque o poder
se aperfeiçoa na fraqueza.
De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas,
para que sobre mim repouse
o poder de Cristo.
II Co 12:10 Pelo que sinto prazer
nas fraquezas,
nas injúrias,
nas necessidades,
nas perseguições,
nas angústias,
por amor de Cristo.
Porque, quando sou fraco,
então, é que sou forte.
II Co 12:11 Tenho-me tornado insensato;
a isto me constrangestes.
Eu devia ter sido louvado por vós;
porquanto em nada fui inferior
a esses tais apóstolos,
ainda que nada sou.
II Co 12:12 Pois as credenciais do apostolado
foram apresentadas no meio de vós,
com toda a persistência,
por sinais,
prodígios
e poderes miraculosos.
II Co 12:13 Porque, em que tendes vós sido inferiores às demais igrejas,
senão neste fato de não vos ter sido pesado?
Perdoai-me esta injustiça.
II Co 12:14 Eis que, pela terceira vez,
estou pronto a ir ter convosco e não vos serei pesado;
pois não vou atrás dos vossos bens,
mas procuro a vós outros.
Não devem os filhos entesourar para os pais,
mas os pais, para os filhos.
II Co 12:15 Eu de boa vontade
 me gastarei
e ainda me deixarei gastar
em prol da vossa alma.
Se mais vos amo,
serei menos amado?
II Co 12:16 Pois seja assim, eu não vos fui pesado;
porém, sendo astuto,
vos prendi com dolo.
II Co 12:17 Porventura, vos explorei por intermédio de algum
daqueles que vos enviei?
II Co 12:18 Roguei a Tito e enviei com ele outro irmão;
porventura, Tito vos explorou?
Acaso, não temos andado no mesmo espírito?
Não seguimos nas mesmas pisadas?
II Co 12:19 Há muito, pensais que nos estamos desculpando convosco.
Falamos em Cristo perante Deus,
e tudo, ó amados,
para vossa edificação.
II Co 12:20 Temo, pois, que, indo ter convosco,
não vos encontre na forma em que vos quero,
e que também vós me acheis diferente do que esperáveis,
e que haja entre vós
contendas,
invejas,
iras,
porfias,
detrações,
intrigas,
orgulho
e tumultos.
II Co 12:21 Receio que,
indo outra vez,
o meu Deus me humilhe no meio de vós,
e eu venha a chorar por muitos que,
outrora, pecaram e não se arrependeram da
impureza,
prostituição
e lascívia que cometeram.
Paulo enfrentava uma situação muito delicada com os coríntios que além das perseguições externas, tinham os problemas internos, como os falsos apóstolos e ainda com o pecado, envolvendo a impureza, a prostituição e a lascívia.
Não somos diferentes dos coríntios. Todos nós estamos expostos aos mesmos problemas e como pastores e líderes, precisamos orientar e pastorear irmãos em crescimento e formação além de termos de vencer em nós mesmos todas as contrariedades.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.