sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
sexta-feira, dezembro 25, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 10 1-33 - PARA QUE FOSSEM SALVOS...
Como já dissemos, Coríntios foi escrita
para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que
tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto.
Estamos vendo a parte II, cap. 10/16.
Breve
síntese do capítulo 10.
I Co 10 lembrou-me de Hebreus quando o autor de Hebreus advertia o povo
de Deus com relação à incredulidade e à murmuração.
Paulo entende a travessia do mar como se fosse um batismo simbolizando
nós que somos batizados em Cristo Jesus e com água; assim, todos então comeram
de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual, ou seja, da
pedra espiritual que os seguia, a qual é Cristo. Não é tremendo?
Isto tudo é uma parábola para nós e uma advertência de que estamos hoje
sob a mesma nuvem e sob a mesma coluna de fogo tanto de dia como de noite, mas
não da forma visível que eles tinham, mas melhor e mais profunda.
Cristo está hoje nos cercando com seu amor e nele, batizados,
participamos de sua carne e de seu sangue e com ele temos comunhão e caminhamos
rumo agora à nossa pátria celestial, a Nova Canaã. Aliás não somos nós que
conduzimos, mas estamos sendo conduzidos por ele!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CARTA DOS CORÍNTIOS (7.1-16.12) - continuação.
Como dissemos, estamos
vendo que Paulo respondeu às questões levantadas na carta enviada pela igreja
de Corinto. Ele falou em detalhes sobre os desafios específicos enfrentados
pelos coríntios, que envolviam relacionamentos conjugais, divórcio e
virgindade. Como dissemos, depois de tratar das questões levantadas pelos da
casa de Cloe, Paulo se volta, então, para outras questões levantadas pela
igreja.
Dividimos essa parte, conforme a BEG, em
seis subpartes: A. Casamento e divórcio (7.1-40) – já vimos; B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) – estamos vendo; C. Problemas no culto
(11.2-34); D. Os dons espirituais (12.1-14.40); E. Ressurreição (15.1-58); e,
F. A coleta e outros assuntos (16.1-12).
B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) - continuação.
Até 11.1, conforme já dissemos, estamos
vendo as coisas sacrificadas aos ídolos. A cultura grega era bastante
religiosa. A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias
questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.
Essa questão foi dividida em quatro partes:
1. Questões centrais (8.1-13) – já vimos;
2. A autoridade de Paulo (9.1-27) – já
vimos; 3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22) – veremos agora; e, 4. Conclusões (10.23-11.1) – veremos agora.
3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22).
Depois de encorajar os
coríntios a pensarem na vida cristã como uma corrida, Paulo explica a importância
dessa perspectiva ao chamar a atenção para o exemplo de Israel no deserto.
Afinal de contas continuamos nele, no
deserto (fase de transição entre a antiga vida e a nova vida com Cristo) onde
acabamos de sair do Egito (deixando o mundo) e estamos nos dirigindo à Terra
Santa, a nova Canaã, a Jerusalém Celestial.
Considerando que o batismo cristão enfatiza
a união da pessoa com Cristo, Paulo faz uso desse sacramento para delinear
semelhanças entre o povo de Israel no Antigo Testamento e a igreja de Corinto.
Todos os israelitas da geração do êxodo passaram pela provação e pelo
livramento desse acontecimento (que envolveu a travessia pelo mar) por causa da
identificação do povo com seu líder, Moisés.
Observe a repetição do termo
"todos" nos vs. 1-3 (também em 12.13). Essa passagem (10.1-12) serve
como exemplo e esclarece a advertência em 9.24-27. Todos os membros da igreja
visível em Corinto foram batizados em Cristo e, portanto, experimentaram o
livramento que Deus oferece.
Contudo, isso não era garantia de que Deus
se agradaria em salvar todos eles. (A BEG recomenda a leitura e a reflexão em
seu excelente artigo teológico "A igreja visível e a invisível", em 1
Pe 4).
Além da analogia com o batismo, Paulo
exorta os coríntios a não buscarem falso consolo no fato de também terem
participado da Ceia do Senhor (vs. 14-22).
Os israelitas, como povo visível de Deus,
também haviam participado da comida e bebida espiritual divina. Aqui, o termo
"espiritual" não significa "não material" e nem sugere que
o maná e a água tinham algum significado espiritual mais profundo.
Pelo contrário, Paulo se refere ao Espírito
Santo (veja 2.6,14; 3.1; 15.44-46). Aqueles israelitas foram privilegiados por
receber alimento sobrenatural fornecido pelo Espírito Santo, assim como a
igreja é nutrida pelo Espírito Santo na Ceia do Senhor.
E a pedra era Cristo, ou seja, no Antigo
Testamento, Deus geralmente é comparado a uma pedra, pois ele é a Pedra de
Israel (p. ex., Gn 49.24; SI 95.1-3).
Ezequiel falou sobre água fluindo do
templo, o lugar do trono régio de Deus na terra após a restauração do exílio
(Ez 47.1-12).
A pedra que fornecia água para Israel
durante o êxodo se encaixa nessa tipologia de realeza.
Nesse sentido, Paulo viu na pedra que
fornecia água no deserto uma demonstração da majestade de Deus e do cuidado
pelo seu povo. Por analogia, essa pedra prefigurava Jesus, o rei definitivo e vivificador.
Paulo está exortando os coríntios da
severidade do fato de estarmos em Cristo e toda a história tinha acontecido
como exemplos para nós. No grego, esse termo “exemplos” está relacionado à
palavra portuguesa "tipo" (bem como no vs. 11).
Os acontecimentos do êxodo mencionados aqui
representam um padrão de livramento que corresponde à libertação que Jesus
trouxe para o seu povo.
Podemos sintetiza esses acontecimentos (vs.
6 ao 11):
·
Eles
cobiçaram coisas más.
·
Foram
idólatras.
·
Assentaram-se
para comer e beber, e, depois, levantaram-se para se entregar à farra.
·
Praticaram
a imoralidade. Consequência: 23 mil mortos num só dia.
·
Colocaram
o Senhor à prova. Consequência: mortos por serpente.
·
Queixaram-se
e murmuraram desenfreadamente. Consequência: foram mortos pelo anjo destruidor.
O que tinha acontecido tinha atingido
aquele povo, daquela época, mas isso atingia, de certa forma, nós também, pois
que era chegado o fim dos tempos – vs. 11.
Essa declaração mostra a convicção de Paulo
de que a ainda de Cristo inaugurou os "últimos dias" (1.20; Hb 1.2),
o período em que as promessas do Antigo Testamento passam a se cumprir. Ao
falar sobre esse assunto, Paulo procura ajudar os coríntios a perceberem que os
acontecimentos do Antigo Testamento também se aplicam a eles.
Esses acontecimentos também sugerem que,
considerando sua posição privilegiada, os coríntios deveriam ter percebido a
responsabilidade que tinham diante de Deus (Lc 12.48). A BEG ainda recomenda a
leitura de seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb
7.
Paulo entendia que aquele que estivesse
firme, deveria se cuidar muito para não cair. Também as provações nunca foram
superiores às forças para vencê-las, pelo contrário, Deus sempre proveu
livramento.
Esse versículo bastante conhecido tem sido
muito útil para encorajar cristãos que enfrentam tentações. Contudo, os cristãos
devem perceber que, na verdade, as palavras de Paulo trazem, além de
encorajamento, exortação.
Se Deus não permite tentação maior do que o
indivíduo pode suportar, então, sem dúvida, o cristão não tem desculpas válidas
para pecar. Embora nenhum cristão evite totalmente o pecado (1 Rs 8.46; 1Jo
1.8-10), não há tentação que não possa ser resistida.
Então Paulo fala para fugirmos da
idolatria. Esse mandamento não constitui um elemento totalmente novo na
argumentação de Paulo. Antes, se aplica ao tema anterior sobre a questão dos
alimentos oferecidos aos ídolos nos caps. 8-10.
Paulo estava angustiado pelo fato de alguns
coríntios praticarem idolatria quando faziam suas refeições nos templos pagãos
(8.7,10,11,12).
Não era concebível que se enganassem e caíssem
nesse laço. Era necessário julgar por eles mesmos que eram pessoas sensatas. Essa
alusão à Ceia do Senhor tencionava demonstrar a importância do ato de
participar de uma refeição manifestamente religiosa.
Assim como é impossível tomar parte na Ceia
do Senhor e, ao mesmo tempo, negar a sua importância religiosa, do mesmo modo
os coríntios agiam com ingenuidade ao imaginar que a participação nas festas
dos templos gregos não envolvia idolatria.
Além disso, a união "do corpo de
Cristo", simbolizada pelo partir do pão e beber do cálice, exclui a união
com ídolos.
Embora os ídolos não sejam coisa alguma (vs.
19), os rituais pagãos se apoiam na realidade da obra de Satanás e os cristãos
devem se afastar dessas coisas.
Aqui, o ensino de Paulo cria alguma tensão
com suas declarações no cap. 8, onde parece permitir as refeições nos templos
pagãos. A melhor explicação para isso é que nem todas as refeições oferecidas
nos templos pagãos aconteciam no contexto de festa religiosa.
Os animais, antes de serem abatidos para
suprir o mercado, eram oferecidos com regularidade aos ídolos pagãos. Por isso,
sem dúvida a quantidade de carne sacrificada aos ídolos que circulava no
mercado excedia àquela usada nas festas e cerimônias religiosas (vs. 25).
Paulo não pretende afirmar a impossibilidade
de participar, em termos de presença física, da cerimônia com os demônios e
depois da Ceia do Senhor. Antes, instrui que isso não deve acontecer e, caso
aconteça, haverá punição.
Nesse caso – vs. 22, zelos no Senhor? - não
se refere ao zelo pelo seu povo, mas ao zelo pela sua própria santidade e pela
honra que é devida exclusivamente a ele e sua Ceia. Mais uma vez, Paulo adverte
os coríntios por meio de expressões fortes.
4. Conclusões (10.23-11.1).
Paulo chega a diversas conclusões e
instruções práticas com relação às coisas oferecidas aos ídolos.
Embora tudo pudesse lhe parecer permitido,
a regra geral deveria ser se tal coisa fosse conveniente e trouxesse edificação.
Ele instrui para se comer de tudo o que se
vende no mercado. Apesar de empregar expressões fortes contra a participação em
cerimônias idólatras, Paulo não desejava que os coríntios tivessem zelo
excessivo.
O fato de um alimento ter sido oferecido a
um ídolo não altera a natureza da substância em si mesma e nem a contamina com
espíritos maus. Podemos comer de tudo que se vende no mercado sem fazer
perguntas por causa da consciência, pois, em sua visão, do Senhor é a terra e
tudo o que nela existe – vs. 26.
Agora, se alguém dissesse que tal coisa
tinha sido oferecida em sacrifício, a regra era não comer. Quando alguém
indicava que tal alimento havia sido oferecido aos ídolos em cerimônias pagãs,
presumia-se que essa informação era oferecida pela pessoa mais escrupulosa
(isto é, o cristão fraco; 8.7-12). Nesse caso, a atitude apropriada para o
cristão mais forte seria abster-se do alimento, "por causa daquele que vos
advertiu".
Paulo resume todo seu discurso e instrução
no vs. 31 que diz que quer comamos, quer bebamos ou façamos qualquer outra
coisa, que tudo seja feito para a glória de Deus e assim tudo está resolvido e
certo.
Este princípio - não buscando o nosso próprio
interesse, mas o de muitos – vs. 33 -, combinado ao desejo de fazer tudo para a
glória de Deus (v. 31), constituía o critério que norteava o comportamento de
Paulo. Sabem para o quê? Para que fossem salvos! – vs. 33. Na verdade, esse também
é o princípio do amor cristão, que "não procura os seus interesses"
(13.5).
I Co 10:1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis
que nossos pais estiveram todos sob a nuvem,
e todos passaram pelo mar,
I Co 10:2 tendo sido todos
batizados,
assim na nuvem como no mar,
com respeito a Moisés.
I Co 10:3 Todos eles comeram
de um só manjar espiritual
I Co 10:4 e beberam
da mesma fonte espiritual;
porque bebiam de uma pedra
espiritual que os seguia.
E a pedra era Cristo.
I Co 10:5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles,
razão por que ficaram prostrados no deserto.
I Co 10:6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós,
a fim de que não cobicemos as coisas más,
como eles cobiçaram.
I Co 10:7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles;
porquanto está escrito:
O povo assentou-se para
comer e beber
e levantou-se para
divertir-se.
I Co 10:8 E não pratiquemos imoralidade,
como alguns deles o fizeram,
e caíram, num só dia, vinte e três mil.
I Co 10:9 Não ponhamos o Senhor à prova,
como alguns deles já fizeram
e pereceram pelas mordeduras das serpentes.
I Co 10:10 Nem murmureis,
como alguns deles murmuraram
e foram destruídos pelo exterminador.
I Co 10:11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos
e foram escritas para advertência nossa,
de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm
chegado.
I Co 10:12 Aquele, pois, que pensa estar em pé
veja que não caia.
I Co 10:13 Não vos sobreveio tentação
que não fosse humana;
mas Deus é fiel
e não permitirá que sejais
tentados além das vossas forças;
pelo contrário, juntamente
com a tentação,
vos proverá livramento,
de sorte que a possais
suportar.
I Co 10:14 Portanto, meus amados,
fugi da idolatria.
I Co 10:15 Falo como a criteriosos;
julgai vós mesmos o que digo.
I Co 10:16 Porventura, o cálice da bênção que abençoamos
não é a comunhão do sangue de Cristo?
O pão que partimos
não é a comunhão do corpo de Cristo?
I Co 10:17 Porque nós, embora muitos,
somos unicamente um pão,
um só corpo;
porque todos participamos
do único pão.
I Co 10:18 Considerai o Israel segundo a carne;
não é certo que aqueles que se alimentam dos
sacrifícios
são participantes do altar?
I Co 10:19 Que digo, pois?
Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?
Ou que o próprio ídolo tem algum valor?
I Co 10:20 Antes, digo que
as coisas que eles sacrificam,
é a demônios que as
sacrificam
e não a Deus;
e eu não quero que vos
torneis associados
aos demônios.
I Co 10:21 Não podeis beber
o cálice do Senhor
e o cálice dos demônios;
não podeis ser participantes da mesa
do Senhor
e da mesa dos demônios.
I Co 10:22 Ou provocaremos
zelos no Senhor?
Somos, acaso, mais fortes
do que ele?
I Co 10:23 Todas as coisas são lícitas,
mas nem todas convêm;
todas são lícitas,
mas nem todas edificam.
I Co 10:24 Ninguém busque o seu próprio interesse,
e sim o de outrem.
I Co 10:25 Comei de tudo o que se vende no mercado,
sem nada perguntardes por motivo de consciência;
I Co 10:26 porque do Senhor
é a terra e a sua plenitude.
I Co 10:27 Se algum dentre os incrédulos vos convidar,
e quiserdes ir, comei de tudo o que for posto
diante de vós,
sem nada perguntardes por
motivo de consciência.
I Co 10:28 Porém, se alguém vos disser:
Isto é coisa sacrificada a
ídolo,
não comais,
por causa daquele que vos
advertiu
e por causa da consciência;
I Co 10:29 consciência,
digo,
não a tua propriamente,
mas a do outro.
Pois por que há de ser julgada
a minha liberdade pela consciência alheia?
I Co 10:30 Se eu participo
com ações de graças,
por que hei de ser
vituperado por causa daquilo por que dou graças?
I Co 10:31 Portanto,
quer comais,
quer bebais
ou façais outra coisa qualquer,
fazei tudo para a glória de
Deus.
I Co 10:32 Não vos torneis causa de tropeço
nem para judeus,
nem para gentios,
nem tampouco para a igreja de Deus,
I Co 10:33 assim como também eu procuro,
em tudo,
ser agradável a todos,
não buscando o meu próprio
interesse,
mas o de muitos,
para que sejam salvos.
Sendo assim, já que estamos como nossos irmãos no deserto, não devemos
ser como a maioria deles foram e ficaram e pereceram no deserto por causa da
incredulidade e da murmuração. Não há tempo para brincarmos com o pecado!
Demônios: Posso ser possuído por
um demônio?[1]
Os demônios são seres espirituais (incorpóreos) corruptos e hostis a
Deus e à humanidade. São espíritos decaídos, criaturas imortais associadas a
Satanás (em Mt 12.24-29, Jesus equipara Belzebu, seu suposto príncipe, a
Satanás). Foram expulsos do céu a fim de aguardar o julgamento final por seus
pecados (2Pe 2.4; Jd 6) e não podem ser redimidos. Seu objetivo constante é
opor-se à glória de Deus e ao bem-estar dos seres humanos; eles estão além da
redenção.
No Antigo Testamento os demônios são associados com frequência, porém
não sempre, à idolatria e às práticas de adoração pagãs (Lv 1 7.7; Dt 32.1 7;
SI 1 06.37). Também é dito que exerciam domínio sobre nações gentias (SI 82.1;
Dn 1 0.1 3,20; Mt 4.8-9; Lc 4.5-7), como aquelas que se entregavam aos cultos
pagãos. Para Israel, adorar os deuses de outras nações era o mesmo que adorar
demônios e o próprio Satanás.
A apostasia grave de Israel e a tirania das potências estrangeiras
durante os séculos entre o Antigo e o Novo Testamento provocaram a infiltração
de muitos demônios em Israel nesse período. Em decorrência disso, Jesus
expulsou esses espíritos malignos de várias pessoas (chamadas de
endemoninhadas). A frequência e intensidade das manifestações demoníacas
durante o ministério de Cristo são singulares; não houve nada igual no Antigo
Testamento nem desde então. Quando Jesus começou a estabelecer o reino de Deus,
começando em Israel (veja o artigo teológico "O reino de Deus", em Mt
4), Satanás e seus demônios procuraram desesperadamente resistir ao seu avanço
(Mt 1 2.29). Esses demônios tinham conhecimento (Mc 1.24) e força (9.1 7-2 7) e
se aproveitavam de doenças físicas e mentais (Mc 5.1-1 5; 9.1 7-1 8; Lc 11.14).
Ainda assim, esses espíritos malignos reconheciam e temiam a Cristo.
Estavam sujeitos à sua autoridade (Mc 1.25-26; 3.11-12; 9.25-26), apesar de
Jesus admitir que alguns deles eram tão fortes que só podiam ser expulsos
mediante oração intensa (Mc 9.29). Cristo também autorizou e capacitou seus
apóstolos e os outros setenta e dois discípulos para expulsar demónios em seu
nome (isto é, pela delegação de seu poder e autoridade; Lc 9.1; 10.17; At 16.18),
indicando que os seguidores de Jesus também têm autoridade sobre os demônios
desde que exercitem a devida devoção e dependência do Espírito Santo (1Jo 4.4).
Em essência, o poder de Satanás sobre as nações já foi destruído por Cristo (Mt
12.28-29; Cl 2.15; 1Pe 3.21-22; Ap 20.2-3), mas o inimigo e seus exércitos
demoníacos ainda não se encontram inteiramente impotentes (Ef 6.11-12; 1 Pe
5.8).
Ao longo da história da igreja, os demônios parecem ser particularmente
ativos nas fronteiras do reino de Deus e nas regiões em que a fé se perdeu
(terras outrora cristãs, mas que, posteriormente, negaram o evangelho). Como
nas Escrituras, os demônios se mostram particularmente agressivos nos lugares e
épocas em que a igreja avança pela primeira vez sobre territórios pagãos. Não é
incomum missionários relatarem embates dramáticos com espíritos malignos. Além
disso, como mostra o exemplo de Israel (Dt 32.1 7; SI 106.37; Mt 10.6-8), a
atividade demoníaca aumenta nos lugares e épocas de apostasia grave na igreja.
Ainda assim, os verdadeiros cristãos têm acesso ao poder de Cristo para
combater esses espíritos malignos.
Infelizmente, cristãos bem-intencionados se preocupam de tal modo com
esse assunto que acabam atribuindo todos os problemas a demônios. Outros
cristãos temem a atividade demoníaca de tal modo que se tornam ineficientes no
reino de Deus. As Escrituras rejeitam essas duas ideias e distinguem a
atividade demoníaca, que é extraordinária e sobrenatural, das dificuldades
comuns causadas pela queda em pecado. Ademais, as Escrituras indicam que,
embora os demônios fomentem problemas de vários tipos na vida de pessoas
regeneradas, na qual o Espírito Santo habita, eles não têm o poder de possuir
os verdadeiros cristãos (Mt 12.28-29; 1Jo 4.4), nem de frustrar o propósito de Deus
de salvar os seus eleitos (Jo 10.28-29; Rm 8.38-39) e que não podem evitar o
seu próprio tormento final (2Pe 2.4; Jd 6). Os demônios são inimigos derrotados
de Deus (Cl 2.15), e o seu poder limitado é prolongado apenas para o avanço da
glória de Deus à medida que o seu povo luta contra esses seres malignos.
Enquanto permanecerem fiéis a Cristo e dependerem do seu poder para vencer seus
inimigos espirituais, os seguidores de Cristo não precisam temer o poder dos
demônios.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
quinta-feira, dezembro 24, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 9 1-27 - O EVANGELHO É UM GRANDE NEGÓCIO?
Como já dissemos, Coríntios foi escrita
para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que
tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto.
Estamos vendo a parte II, cap. 9/16.
Breve
síntese do capítulo 9.
Que zelo pelo evangelho e que dedicação de Paulo, aliás, não de Paulo,
mas da graça de Deus na vida de Paulo. Será que somos assim com relação ao
evangelho como Paulo era zeloso?
Ou estamos mercandejando a Palavra de Deus e a transformando em um
grande negócio? Paulo dispensou inclusive seu direito de viver pelo evangelho
por amor ao evangelho. E nós, por amor ao dinheiro, iremos viver o evangelho?
Neste capítulo, Paulo está se defendendo de alguns que injustamente
estão acusando ele de exploração das ovelhas em nome do evangelho. Ele até se
via no direito de exigir certas coisas, mas preferiu não fazê-lo, antes
trabalhar com suas próprias mãos a fim de não ser pesado a ninguém.
Não
é errado viver do evangelho se você prega o evangelho, mas fazer do evangelho
um grande negócio neste mundo é fazer aliança não com o Senhor, mas com Mamom.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CARTA DOS CORÍNTIOS (7.1-16.12) - continuação.
Paulo respondeu às
questões levantadas na carta enviada pela igreja de Corinto. Ele falou em
detalhes sobre os desafios específicos enfrentados pelos coríntios, que
envolviam relacionamentos conjugais, divórcio e virgindade. Como dissemos,
depois de tratar das questões levantadas pelos da casa de Cloe, Paulo se volta,
então, para outras questões levantadas pela igreja.
Dividimos essa parte, conforme a BEG, em
seis subpartes: A. Casamento e divórcio (7.1-40) – já vimos; B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) – estamos vendo; C. Problemas no culto
(11.2-34); D. Os dons espirituais (12.1-14.40); E. Ressurreição (15.1-58); e,
F. A coleta e outros assuntos (16.1-12).
B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) - continuação.
Até 11.1, conforme já dissemos, estamos
vendo as coisas sacrificadas aos ídolos. A cultura grega era bastante
religiosa. A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias
questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.
Essa questão foi dividida em quatro partes:
1. Questões centrais (8.1-13) – já vimos;
2. A autoridade de Paulo (9.1-27) – veremos
agora; 3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22); e, 4. Conclusões (10.23-11.1).
2. A autoridade de Paulo (9.1-27).
Visto que Paulo não encerrou o assunto
sobre a idolatria e as coisas sacrificadas aos ídolos (10.14-33), esse capítulo
provavelmente se refere ao mesmo problema.
As questões levantadas no vs. 1 sugerem que
alguns coríntios justificavam a própria conduta por meio de questionamentos e
críticas quanto à autoridade e ao comportamento do apóstolo. Paulo responde
essas objeções aqui.
Paulo começa este versículo com uma série
de perguntas retóricas para mostrar a eles que era ele apóstolo escolhido pelo
Senhor para anunciar o evangelho. Não sou eu... livre? Não sou apóstolo? Não vi
Jesus... Vocês não são o resultado do meu trabalho.
Paulo nasceu como cidadão romano e homem
livre - livre para fazer suas próprias escolhas sem precisar consultar outros
homens.
Além disso, era um apóstolo que tinha
autoridade, possuindo todos os requisitos para exercer esse ofício, incluindo
ter visto o Senhor (Seria interessante a leitura e reflexão de um excelente
artigo teológico da BEG: "Os apóstolos", em 2Co 10).
E mais ainda, os coríntios chegaram à
conversão pela pregação de Paulo. Por tudo isso, jamais deveriam questionar a
autoridade dele.
Paulo foi criticado e assim se sente no
direito de se defender apresentando seus arrazoados. Os próximos dez versículos
trazem mais de uma dúzia de questões retóricas que refletem comoções profundas
que atingiram o coração do apóstolo, e também nos dão pistas sobre
circunstâncias históricas.
Sem dúvida, Paulo está defendendo o seu
direito de ser sustentado financeiramente pelas igrejas, porém essa defesa tem
apenas a intenção de salientar (vs. 15-18) a sua opção por não exercer esse
direito.
Talvez alguns coríntios tenham inferido que
a falta de patrocínio tornava Paulo um apóstolo ilegítimo (2Co 11.7-12). Sendo
assim, por que os coríntios deveriam ouvir suas instruções sobre coisas
sacrificadas aos ídolos?
No vs. 5, Paulo se diz no direito de também
levar consigo uma esposa crente, literalmente, "uma irmã como
esposa". Não está claro se foram os coríntios que questionaram esse
assunto (como se a falta de uma esposa fosse descrédito para Paulo e Barnabé)
ou se Paulo mencionou-o apenas para ilustrar a distinção entre possuir um
direito e exercê-lo.
Paulo e Barnabé eram solteiros quando
iniciaram a obra missionária, mas não há como determinar com certeza se haviam
sido casados antes disso. Observe que Paulo, nesse versículo, não deu
importância ao fato de que poderia estar casado se quisesse, contanto que sua
esposa fosse cristã.
Paulo não nega, no vs. 10, que Dt 25.4
demonstra a preocupação de Deus com os animais. Sua intenção aqui é mostrar que
o modo de tratar os animais não é a única questão a que a lei se refere: por
extensão, essa norma ilustra o princípio do tratamento justo aos trabalhadores.
Ele está falando do direito deles que
anunciam o evangelho de receberem deles pagamentos: se eles estavam semeando
coisas espirituais, não seria demais eles colherem deles coisas materiais – vs.
11.
No entanto, faz ele questão de não usar
desse direito. Apesar das pressões do trabalho (Paulo tinha de trabalhar para
pagar o seu sustento), além do peso das exigências do seu ministério
apostólico, ele mantinha firme o propósito pessoal de não ser um peso para as
igrejas (lTs 2.6-9).
O texto de 2Co 11.7-12 dá a impressão de
que os coríntios interpretaram mal os motivos desse propósito. Contudo, por
razões não esclarecidas, o apóstolo tez uma exceção no caso da igreja em
Filipos, na Macedônia (Fp 4.15-16).
A lógica era bem simples, pois quem
trabalhava no templo deveria viver das coisas do templo, do mesmo modo quem
trabalhava no altar, deveria servir-se do que ali seria oferecido, assim,
também, deveriam viver do evangelho os que anunciavam o evangelho.
Esse princípio aparece não apenas no
sacerdócio do Antigo Testamento (mencionado por Paulo no vs. 13), como também
em várias passagens do Novo Testamento (p. ex., Lc 10.7; Cl 6.6; 1Tm 5.17-18).
Apesar disso, Paulo afirma que não tinha,
nem pretendia usar desse direito, antes lhe fora melhor morrer, antes que
alguém lhe anulasse esta glória.
Se ele anunciava o evangelho, não tinha de
que se gloriar. No grego, a primeira sentença está interrompida. No original,
essas duas frases podem ser traduzidas, literalmente, "é melhor eu morrer
do que... Ninguém anulará meu orgulho, pois se eu prego, isso não é [motivo
para] que eu me glorie".
Paulo sabia que não podia se orgulhar da
pregação: ele havia sido chamado para isso, não tinha escolha. No entanto, não
tinha sido chamado para pregar de graça. Logo, sua recompensa, isto é, seu
motivo de orgulho, era pregar sem receber pagamento em troca (vs. 18), e ele
não queria que ninguém o impedisse de perseverar nessa decisão. Talvez a
intenção de Paulo fosse obedecer à ordem de Jesus para acumular tesouros no céu
(Mt 6.19-21).
Precisamos de mais “Paulo(s)” que estejam
dispostos a viver assim e tenham tamanho amor e dedicação ao povo escolhido de
Deus.
Embora livre de todos, Paulo se fez escravo
de todos para de todos os modos anunciar plenamente o evangelho. Paulo estava
disposto a abrir mão de muitos direitos e liberdades caso o exercício de
qualquer desses privilégios pudesse causar empecilho à sua habilidade de pregar
o evangelho ou tornar as pessoas menos dispostas a acreditar em sua mensagem.
Paulo repetiu esse tema por mais três vezes nessa passagem (vs. 20,21,22).
Quando pregava aos judeus, Paulo procedia
de acordo com os regulamentos cerimoniais do Antigo Testamento e, desse modo,
do ponto de vista das aparências, se parecia com alguém que vive debaixo da
condenação da lei. Paulo acomodava o seu comportamento às interpretações
judaicas da lei, mas não aceitava as perspectivas teológicas do judaísmo.
Quando pregava aos gentios, Paulo adotava o
estilo de vida deles, reconhecendo, porém, que não era livre para desobedecer a
Deus, antes estava debaixo da lei de Cristo. Paulo não colocou Moisés em
oposição a Cristo. Aqui, Paulo faz um contraste entre a interpretação que
Cristo deu a Moisés e a interpretação legalista judaica, que Paulo considerava
"debaixo da lei".
Paulo tinha foco, objetivo, estratégias e
de todas as formas ele aproveitava as oportunidades para anunciar plenamente o
evangelho; assim, se fez fraco para com os fracos - uma reiteração da questão
formulada em 8.13 – e forte para com os fortes. Paulo se recusava a exercer a
própria liberdade caso isso levasse outras pessoas a pecar.
Paulo tudo fazia por causa do evangelho
para dele ser coparticipante – vs. 23.
Estamos nós numa corrida e devemos correr
segundo as regras e de tal modo a alcançarmos o objetivo principal. Em outra
passagem, Paulo utiliza a ilustração de uma corrida e seu respectivo prêmio
para salientar a necessidade de concentração, determinação e perseverança (Fp
3.12-14; 2Tm 4.7-8).
Essa analogia é legítima porque a fé
salvadora prova a si mesma por meio da perseverança. (Recomendamos, como a BEG,
a leitura e reflexão em seu excelente artigo teológico "A perseverança e a
preservação dos santos", em Fp 1).
Paulo continua – vs. 27 - a metáfora da
corrida atlética ao lembrar seus leitores de que os lutadores precisam
disciplinar o próprio corpo se quiserem chegar à vitória.
Do mesmo modo, o cristão deve estar disposto
a abandonar seus interesses egoístas (p. ex., ingerir alimentos sacrificados
aos ídolos, 8.13) em benefício do seu objetivo principal.
Isso para evitar que fosse desqualificado,
depois de ter anunciado o evangelho de uma certa maneira. Essa declaração tem
sido usada como evidência de que o cristão pode perder a salvação.
Contudo, o testemunho do Novo Testamento,
em particular o de Paulo, é claro ao afirmar que as pessoas chamadas por Deus
(Rm 8.28-30) pertencem a ele para sempre, pois a salvação do cristão tem
caráter eterno (Jo 5.24).
Deus terminará, infalivelmente, aquilo que
começou (Fp 1.6). Logo, aqueles que abandonam a fé mostram que nunca haviam
pertencido a Deus (Jo 10.2-29; 1Jo 2.19). Óbvio que somente serão salvos os
salvos e não os perdidos, assim o salvo não se perde nunca, mas sim os
perdidos.
Contudo, devemos ter cuidado para não
minimizarmos a importância dessa e outras passagens (p. ex., 15.2; Fp 3.11; Cl
1.23), sugerindo que se trata apenas de uma hipótese ou que se aplica apenas às
recompensas e não à salvação.
Embora Paulo tivesse a certeza de que não
havia absolutamente nada que pudesse separá-lo do amor de Deus (Rm 8.38-39),
não se atreveu a presumir que os casos de rebelião evidente contra Deus seriam
negligenciados.
Nenhum cristão (nem mesmo um apóstolo) pode
se permitir ignorar essas advertências bíblicas (10.12). Desviar-se da fé é
prova de que não houve fé salvadora, e até mesmo um apóstolo poderia se desviar
(p. ex., Judas Iscariotes) – encerramos este capítulo sugerindo mais uma
leitura e reflexão no excelente artigo teológico da BEG "A perseverança e
a preservação dos santos”, em Fp 1.
I Co 9:1 Não sou eu, porventura, livre?
Não sou apóstolo?
Não vi Jesus, nosso Senhor?
Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?
I Co 9:2 Se não sou apóstolo para outrem,
certamente, o sou
para vós outros;
porque
vós sois o selo do meu apostolado no Senhor.
I Co 9:3 A minha defesa perante os que me interpelam é esta:
I Co 9:4 não temos
nós o direito de comer e beber?
I Co 9:5 E também o
de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã,
como
fazem os demais apóstolos,
e os
irmãos do Senhor,
e
Cefas?
I Co 9:6 Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de
trabalhar?
I Co 9:7 Quem jamais vai à guerra à sua própria custa?
Quem planta a vinha e não come do seu fruto?
Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
I Co 9:8 Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei?
I Co 9:9 Porque na lei de Moisés está escrito:
Não atarás a boca
ao boi, quando pisa o trigo.
Acaso,
é com bois que Deus se preocupa?
I Co 9:10 Ou é,
seguramente, por nós que ele o diz?
Certo
que é por nós que está escrito;
pois
o que lavra cumpre fazê-lo com esperança;
o
que pisa o trigo faça-o na esperança de receber
a parte que lhe é devida.
I Co
9:11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais,
será
muito recolhermos de vós
bens materiais?
I Co
9:12 Se outros participam desse direito sobre vós,
não
o temos nós em maior medida?
Entretanto, não usamos desse direito;
antes, suportamos
tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo.
I Co 9:13 Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados
do próprio templo
se alimentam?
E
quem serve ao altar do altar tira o seu sustento?
I Co 9:14 Assim ordenou também o Senhor
aos que pregam o
evangelho
que
vivam do evangelho;
I Co 9:15 eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas
e não escrevo isto
para que assim se faça comigo;
porque
melhor me fora morrer,
antes
que alguém me anule esta glória.
I Co 9:16 Se anuncio o evangelho,
não tenho de que me
gloriar,
pois
sobre mim pesa essa obrigação;
porque
ai de mim se não pregar o evangelho!
I Co 9:17 Se o faço de livre vontade,
tenho galardão;
mas,
se constrangido,
é,
então, a responsabilidade de despenseiro
que me está confiada.
I Co
9:18 Nesse caso, qual é o meu galardão?
É que, evangelizando, proponha,
de graça,
o evangelho, para
não me valer do direito
que
ele me dá.
I Co 9:19 Porque, sendo livre de todos,
fiz-me escravo de
todos,
a
fim de ganhar o maior número possível.
I Co 9:20 Procedi, para com os judeus,
como judeu,
a
fim de ganhar os judeus;
para os que vivem sob o regime da lei,
como se eu mesmo
assim vivesse,
para
ganhar os que vivem debaixo da lei,
embora
não esteja eu debaixo da lei.
I Co 9:21 Aos sem lei,
como se eu mesmo o
fosse,
não
estando sem lei para com Deus,
mas
debaixo da lei de Cristo,
para
ganhar os que vivem fora
do regime da lei.
I Co 9:22 Fiz-me fraco
para com os fracos,
com
o fim de ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para com todos,
com o fim de, por
todos os modos,
salvar
alguns.
I Co 9:23 Tudo faço por causa do evangelho,
com o fim de me
tornar cooperador com ele.
I Co 9:24 Não sabeis vós que os que correm no estádio,
todos, na verdade,
correm,
mas
um só leva o prêmio?
Correi
de tal maneira que o alcanceis.
I Co 9:25 Todo atleta
em tudo se domina;
aqueles,
para
alcançar uma coroa corruptível;
nós,
porém,
a
incorruptível.
I Co 9:26 Assim corro também eu,
não sem meta;
assim luto,
não como desferindo
golpes no ar.
I Co
9:27 Mas esmurro o meu corpo
e o
reduzo à escravidão,
para
que, tendo pregado a outros,
não
venha eu mesmo
a
ser desqualificado.
Paulo se fez de tudo para de todos os modos salvar alguns e nós o que
estamos fazendo? Há tantas vidas lá fora precisando que deixemos nossa zona de
conforto para entrarmos na guerra da batalha da alma dos homens... Neste exato
momento quantos não estão pela primeira vez passando por experiências terríveis
que poderão significar traumas futuros incuráveis? E o que faremos diante
disso? Aprendamos com o apóstolo dos gentios, por amor aos judeus, Paulo.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
quarta-feira, dezembro 23, 2015
Jamais Desista
EU ACREDITO!

Deus disse que enviou seu Filho amado ao mundo para que todos os que nele cressem não pereçam, mas tenham a vida eterna - Jo 3.16.
Eu cri nisso! Acreditei mesmo! Por isso que sou crente, por que acreditei! Eu acredito na Bíblia! Também não me julgo superior nem inferior aos meus colegas intelectuais.
Eu não tenho nada especial... Ele também disse que voltaria e eu estou esperando isso... Sabia? Eu não entendo por que o homem não crê? ... Pior, inventam coisas, religiões, filosofias, sociedades secretas, ... Isso dói fundo! É tão simples e tão fácil... Por que complicam tudo? Até quando resistirão ao Espírito Santo?
Se você teve paciência de ler até aqui, pare! Por favor, dê créditos ao que fala contigo. "Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração..." Hb 3.15....
Entre em contato comigo, talvez possamos te ajudar!
quarta-feira, dezembro 23, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 8 1-13 - A REGRA DO AMOR DEVE PREVALECER
Como já dissemos, Coríntios foi escrita
para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que
tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto.
Estamos vendo a parte II, cap. 8/16.
Breve
síntese do capítulo 8.
Sobre comer isso ou comer aquilo outro, eu vejo que a regra geral é a
regra do amor. Eu não vou comer por causa de qualquer sacrifício ou deuses
porque sei que somente há um Deus e um só Senhor, mas irei ou não comer se isso
vier ou não a escandalizar o meu irmão por quem Cristo morreu. A mesma regra,
creio, se aplica a guardar dias, estações, épocas, observar algo.
A nossa sabedoria de nada vale se ela colocar tropeço na vida de meu
irmão por isso que o amor deve sempre falar mais alto em todas as situações.
A advertência de Paulo aos Coríntios também é válida para alguns
teólogos que pelo seu conhecimento e sabedoria, notoriamente superior na Palavra
de Deus, desprezam irmãos por quem Cristo morreu.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CARTA DOS CORÍNTIOS (7.1-16.12) - continuação.
Paulo respondeu às
questões levantadas na carta enviada pela igreja de Corinto. Ele falou em
detalhes sobre os desafios específicos enfrentados pelos coríntios, que
envolviam relacionamentos conjugais, divórcio e virgindade. Como dissemos,
depois de tratar das questões levantadas pelos da casa de Cloe, Paulo se volta,
então, para outras questões levantadas pela igreja.
Dividimos essa parte, conforme a BEG, em
seis subpartes: A. Casamento e divórcio (7.1-40) – já vimos; B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) – começamos a ver; C. Problemas no culto
(11.2-34); D. Os dons espirituais (12.1-14.40); E. Ressurreição (15.1-58); e,
F. A coleta e outros assuntos (16.1-12).
B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1).
Veremos doravante, até 11.1 as coisas
sacrificadas aos ídolos. A cultura grega era bastante religiosa. A proeminência
da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias questões relativas à dieta
para os cristãos dessa cidade.
Paulo tratou dessa questão em quatro
partes: (1) as questões centrais (8.1-13), a sua autoridade em tais assuntos
(9.1-27), os exemplos do Antigo Testamento (10.1-22) e as conclusões práticas
(10.23-11.1) que formarão nossa divisão proposta, conforme a BEG: 1. Questões
centrais (8.1-13) – veremos agora; 2.
A autoridade de Paulo (9.1-27); 3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22); e, 4.
Conclusões (10.23-11.1).
1. Questões centrais (8.1-13).
Essa seção inicia o argumento sobre o
problema da idolatria, que avança até o cap. 10 (o cap. 9 serve de base para o
argumento principal).
Aqui, Paulo é totalmente contra a ingestão
de alimentos que foram oferecidos aos ídolos, mas não porque haja pecado nisso.
Em 10.1-22, Paulo trata de modo mais direto
a respeito da perversidade da idolatria. Começando em 10.25, fala sobre o
problema da carne vendida no mercado, pois parte dela podia ter sido oferecida
como sacrifício em rituais pagãos.
De acordo com alguns intérpretes, os
assuntos discutidos no cap. 8 e em 10.25-31 são os mesmos. Outros, porém, de
acordo com 8.10, argumentam que nesse capítulo Paulo tratava de um problema
mais sério, que envolvia a participação de cristãos nessas festas pagãs,
enquanto em 10.25-30 trata do problema dos alimentos comprados no mercado.
Essa questão relacionada aos alimentos foi
levantada pelos próprios coríntios na carta enviada a Paulo. E difícil
determinar com exatidão a natureza desse assunto, mas sem dúvida estava
associado à idolatria e aos alimentos oferecidos aos ídolos.
Paulo faz uma introdução ao assunto da
ingestão de alimentos oferecidos aos ídolos e trata do pecado da arrogância.
Esses comentários revelam que o comportamento de alguns coríntios não era
motivado pelo amor (cf. 13.1-8), mas pelo orgulho.
Os coríntios deveriam se preocupar menos
com o que sabiam e mais com aquele que os conheciam (cf. 13.12).
Aparentemente, o argumento dos coríntios em
favor da ingestão de alimento sacrificado aos ídolos tinha como base a doutrina
do monoteísmo: se há apenas um Deus e este ensina o seu povo a desprezar os
ídolos (Is 46.6-7), então por que a preocupação quanto aos alimentos oferecidos
aos ídolos?
Paulo confirma essa lógica (vs. 4-6), porém
aponta o erro dos coríntios ao aplicá-la (vs. 7). Alguns cristãos em Corinto
não sabiam distinguir entre os vários elementos dos rituais pagãos (p. ex.,
comer num templo) e a idolatria propriamente dita.
Ao ingerir alimento oferecido aos ídolos, a
consciência deles ficava "contaminada". O uso de palavras fortes (cf.
"perece", vs. 11) sugere que esses cristãos pecavam não porque
pensavam fazer algo errado, mas porque estavam, na verdade, envolvendo-se com a
idolatria, devido à falta de entendimento adequado da situação.
O alimento não nos torna aceitáveis diante
de Deus; não seremos piores se não comermos, nem melhores se comermos, mas essa
liberdade não poderia ser usada como pedra de tropeço para meu irmão.
Comer carne num templo pagão era algo que
hoje equivaleria a comer num restaurante, mas com a agravante de que muitos
consideravam tais refeições como um ato de idolatria. Embora não houvesse
pecado em comer num templo pagão, o pecado surgia se o ato fosse feito
deliberadamente como adoração pagã.
Alguns cristãos em Corinto tinham conhecimento
suficiente (veja o vs. 1) para participar de uma refeição num templo pagão sem
participar da adoração que ocorria ali.
Porém, quando outros cristãos com menos
conhecimento sobre o assunto observavam esse comportamento, acabavam
interpretando a prática como idolatria e, desse modo, eram encorajados à
idolatria, provavelmente imaginando que isso era compatível com o Cristianismo.
Isso acabava por golpear-lhes a consciência
fraca. Uma interpretação comum é que o cristão fraco - ao observar um cristão
mais forte envolvido em práticas que o fraco considera, erroneamente,
pecaminosas - era estimulado a pecar contra a sua própria consciência ao imitar
o comportamento do cristão mais forte.
O cristão fraco peca não porque fez algo
inerentemente pecaminoso, mas por demonstrar uma atitude de rebelião consciente
ao participar de coisas que acreditava ser pecado.
Esse comentário final alegando que Paulo
que nunca mais iria comer carne, tem a intenção de lançar os fundamentos para o
princípio do amor: o cristão deve procurar os interesses dos outros acima do
seu próprio bem-estar (10.24,33; 13.5; Fp 2.4).
I Co 8:1 No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos,
reconhecemos que
todos somos senhores do saber.
O
saber ensoberbece,
mas
o amor edifica.
I
Co 8:2 Se alguém julga saber alguma coisa,
com
efeito, não aprendeu ainda
como convém saber.
I
Co 8:3 Mas, se alguém ama a Deus,
esse
é conhecido por ele.
I Co 8:4 No tocante à comida sacrificada a ídolos,
sabemos que o
ídolo, de si mesmo,
nada
é no mundo
e
que não há senão um só Deus.
I Co 8:5 Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses,
quer no céu ou
sobre a terra,
como
há muitos deuses e muitos senhores,
I
Co 8:6 todavia, para nós há um só Deus,
o
Pai, de quem são todas as coisas
e
para quem existimos;
e
um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo
qual são todas as coisas,
e
nós também, por ele.
I Co 8:7 Entretanto, não há esse conhecimento em todos;
porque alguns, por
efeito da familiaridade até agora com o ídolo,
ainda
comem dessas coisas como a ele sacrificadas;
e a
consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se.
I Co 8:8 Não é a comida que nos recomendará a Deus,
pois nada
perderemos, se não comermos,
e nada ganharemos,
se comermos.
I Co 8:9 Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha,
de algum modo, a
ser tropeço para os fracos.
I Co 8:10 Porque, se alguém te vir a ti,
que és dotado de
saber,
à
mesa, em templo de ídolo,
não
será a consciência do que é fraco
induzida
a participar
de comidas sacrificadas a
ídolos?
I Co 8:11 E assim, por causa do teu saber,
perece o irmão
fraco,
pelo
qual Cristo morreu.
I Co 8:12 E deste modo,
pecando contra os
irmãos,
golpeando-lhes
a consciência fraca,
é
contra Cristo que pecais.
I Co 8:13 E, por isso,
se a comida serve
de escândalo a meu irmão,
nunca
mais comerei carne,
para
que não venha a escandalizá-lo.
Se a comida servir de escândalo ao meu irmão, jamais comerei carne! Que
declaração forte e que declaração de amor sacrificial. É um exemplo para nós
para não valorizarmos a coisa e esquecermos a pessoa!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.