segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
segunda-feira, dezembro 14, 2015
Jamais Desista
Romanos 15 1-33 - NÃO PODEMOS NOS CALAR, VAMOS ANUNCIAR O EVANGELHO SIM.
Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um
escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual,
notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de QUINTO
EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus; ninguém
escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 15/16, na parte V.
Breve
síntese do capítulo 15.
Que cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a edificação! É
isso que tenho pregado há tempos que o amor não cobra nunca, mas dá sempre.
Quem ama, não fica no pé, esperando reconhecimentos, aplausos, elogios. A sua
recompensa está firmada em Deus e não no outro.
Amar por amar tendo como recompensa o sacrifício pelo outro também não é
amor. Quem curte o sofrimento não ama ninguém, antes a si mesmo e na sua
curtição imbecil destrói o amor verdadeiro que é Deus.
Ninguém tem maior amor do que este de dar a sua vida pelo de seus
amigos, disse Jesus em Jo 15:13. Ele é o amigo que irá dar a sua vida pelos
seus discípulos. No entanto, aqui não temos a demonstração do amor tendo por
recompensa a dor.
Jesus não trocou a sua vida pela vida de seus amigos por opção ao
sofrimento, antes, movido pela obediência e pela fé, confiou tudo a Deus que
por eles faria a justiça.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. INSTRUÇÕES PRÁTICAS (12.1-15.13) - continuação.
Dissemos que a devoção
total a Cristo levará a servi-lo fielmente nos vários desafios que os cristãos
enfrentam juntos. Veremos, pois, doravante até 15.13 essas exortações práticas.
Ele tratou de quatro
assuntos, que estamos seguindo em nossa divisão proposta: A. A necessidade de
consagração total (12.1-2) – já vimos;
B. A vida no corpo de Cristo (12.3-21) – já
vimos; C. As responsabilidades políticas e sociais (13.1-14) – já vimos; e, D. Como tratar as controvérsias entre os
espiritualmente fracos e os fortes (14.1-15.13) – concluiremos agora.
D. Como tratar as controvérsias entre os espiritualmente fracos e os
fortes (14.1-15.13) - continuação.
Estamos vendo essa passagem (de 14.1 a
15.13) que Paulo tratou do relacionamento entre os cristãos fracos e os fortes.
Ressaltamos que muito dessa discussão tocava em questões que poderiam ter
provocado facilmente a divisão entre os crentes judeus e gentios.
Ora, nós que somos fortes devemos suportar
as debilidades dos fracos. Novamente, Paulo se alinhou com os fortes, indicando
a justeza da liberdade. No entanto, ele continuou a enfatizar a responsabilidade
deles em suportar os fracos.
Se for bom para a edificação, cada um de
nós deve agradar um ao outro. Paulo citou o SI 69.9 (um dos salmos mais citados
no Novo Testamento). A disposição do Messias em negar a si mesmo e sofrer em
beneficio dos outros foi usada para servir de exemplo aos cristãos de Roma.
Paulo fala de tudo o que fora escrito até
então e conclui que tudo isso tem a finalidade principal de servir para a nossa
edificação, ou seja, para o nosso ensino, a fim de que pela paciência e pela
consolação das Escrituras tenhamos esperança. O fato de o Antigo Testamento ter
sido escrito sob a providência de Deus para o benefício dos cristãos é uma
convicção básica do Novo Testamento (1Co 10.11; 2Tm 3.15-17; 1Pe 1.10-12).
Paulo ser refere a Deus como o Deus da paciência
e da consolação que age em todos uniformemente a fim de que tenhamos o mesmo
sentir. Essa unidade na igreja (uniformidade) é essencial para que sejamos
levados ao fim supremo e principal do homem que é glorificar e alegrar-se no
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo – vs. 6. Paulo demonstrou que a humanidade,
a qual ficou destituída da glória de Deus, é restaurada a ela por meio da obra
reconciliadora de Cristo (1.21,23; 3.23; 5.2,11; 8.17,30).
Seria por isso que deveríamos acolher ao
que é débil na fé e não com ele entrarmos em discussões tolas que nada
edificam. A recomendação de Paulo é fazermos como o Senhor que nos acolheu,
assim, devemos também acolher.
A aceitação mútua dos crentes está
arraigada no ministério de Cristo. Ele ministrou aos judeus a fim de estender a
misericórdia de Deus para os gentios. E assim como Jesus ministrou tanto a
judeus como a gentios, os judeus e os gentios que são cristãos devem se dedicar
uns aos outros.
Nos vs. de 9 a 12, em referência aos
gentios, o apóstolo Paulo se referiu primeiro a 2Sm 22.50 (SI 18.49) e, em seguida,
a Dt 32.43; Sl 117.1; Is 11.10. Todas essas passagens dizem respeito ao
reconhecimento dos gentios acerca do Deus de Israel.
Os textos de 2Sm 22.50; Dt 32.43 mencionam
os gentios louvando a Deus ao lado dos judeus. Essas passagens do Antigo
Testamento formam um desfecho apropriado para a discussão de Paulo nessa seção
sobre a vida na igreja.
Aquilo que foi descrito como o efeito da
Escritura no versículo 4 (ter esperança), é atribuído agora à obra do Espírito
Santo.
Por todo o Novo Testamento, os atos
salvadores divinos são atribuídos à palavra e ao Espírito de Deus (p. ex., a
santificação em Jo 17.17; a salvação em Rm 1.16; a sondagem dos corações em Hb
4.12; a regeneração em 1 Pe 1.23).
Essas passagens, levaram Calvino a falar do
"vínculo inviolável" entre a palavra e o Espírito (Instituas da
Religião Cristã 1.9.1). Elas salientaram a importância crucial da leitura
regular da Bíblia na vida do cristão.
VI. SAUDAÇÕES FINAIS (15.14-16.27).
Paulo encerrou com algumas saudações finais
e palavras de esperança para o futuro. Elas aqui são as suas saudações finais.
O apóstolo Paulo encerrou essa carta tocando de modo breve em seis assuntos, os
quais formarão as divisões propostas para este final: A. Os planos para o
ministério (15.14-22) – veremos agora;
B. O plano para visitar Roma (15.23-33) –
veremos agora; C. As saudações aos romanos (16.1-16); D. Advertências
contra os rebeldes (16.17-20); E. As saudações dos companheiros (16.21-24); e,
F. A doxologia apostólica (16.25-27).
A. Os planos para o ministério (15.14-22).
Os planos para o ministério são
apresentados desde o vs. 14 ao 22. Paulo retornou ao tema de sua introdução: o
seu próprio ministério e a sua visão para a expansão e influência do evangelho
(cf. 11.13-14).
Paulo estava demonstrando uma profunda
emoção (1.13; 7.1,4; 11.25; 12.1) ao chamá-los de seus irmãos que com ele
estavam sendo muito bondosos e generosos. O apóstolo assegurou graciosamente
aos romanos que a sua prolixa exposição do evangelho não tinha a intenção de
levantar dúvidas sobre o entendimento espiritual deles.
O conhecimento dos irmãos romanos acerca do
evangelho e a capacidade de aplicá-lo à admoestação mútua (eles estavam
"aptos para... admoestar(des) uns aos outros"; cf. Cl 3.16) não
estavam em questão.
Paulo tinha plena consciência de seu papel
como ministro de Cristo entre os gentios no sagrado encargo de anunciar o
evangelho. A mesma palavra grega para "ministro" é usada no tocante a
Cristo (Hb 8.2) e a Epafrodito (Fp 2.25, "auxiliador"). Paulo via a
pregação do evangelho como o meio pelo qual os gentios seriam levados a Deus
como uma oferta sacrifical de agradecimento (12.1).
O apóstolo Paulo se gloriava em seu
ministério, expondo, de modo desembaraçado, o evangelho em termos trinitarianos
(mencionou Deus Pai nos vs. 17-18; Deus Filho nos vs. 17-20; Deus Espírito no vs.
19; cf. 16). Porém, ele não se gloriava em suas próprias realizações, e sim
apenas naquilo que Cristo havia feito por intermédio dele: "conduzir os
gentios à obediência" (vs. 18; c-f. 1.5).
Os sinais e prodígios do vs. 19 era uma
expressão arraigada na autenticação do ministério de Moisés no tempo do êxodo
(Ex 7.3; Dt 4.34; 6.22; 7.19). Periodicamente, Deus dava tais sinais e prodígios
em situações importantes da história da redenção (p. ex., o êxodo, o
estabelecimento do ministério profético de Elias e Eliseu, a preservação de seu
povo no tempo de Daniel, e o ministério de Cristo e dos apóstolos).
Na Escritura, semelhantes acontecimentos
não eram comuns e apontavam para os estágios da história da redenção e para a
nova revelação que acompanhavam esses estágios.
Ele, Paulo, tinha se esmerado em pregar o
evangelho, principalmente diante daqueles que nunca ouviram do evangelho. Desde
Jerusalém e circunvizinhanças até o Ilírico, ele se dedicou de corpo e alma a
sua missão.
As viagens de Paulo, de acordo com Atos, tinham
se estendido desde o Mediterrâneo oriental até a Macedônia, no Ocidente. Não há
registro de que o apóstolo tenha entrado pessoalmente no Ilírico (na região da
moderna Iugoslávia e Albânia).
Embora ele possa ter estado lá, parece mais
provável que a sua intenção era dizer que tinha ido até a Macedônia. Ele
estabeleceu centros missionários, mas não chegou a pregar pessoalmente em cada
cidade. De tais centros, até mesmo Ilírico pode ter sido alcançado com o
evangelho.
Paulo se referiu no vs. 21 a Is 52.15, em
que o profeta falou acerca dos gentios serem alcançados pelo servo. Era por
causa dessa expectativa profética que o apóstolo se deslocava a distâncias cada
vez maiores pelas terras gentílicas.
B. O plano para visitar Roma (15.23-33).
Paulo reafirmou o seu desejo e os seus
planos de ir a Roma. Duas coisas haviam tornado possível a visita a Roma: (1) a
etapa em que se encontrava a missão de Paulo já havia sido completada e (2) a
nova etapa, que envolvia um alcance até a Espanha era iminente. E o apóstolo
buscava a comunhão dos cristãos romanos nessa etapa.
A Espanha era a extremidade ocidental do
mundo antigo. Alguns sugerem que Paulo acreditava que a Espanha era a Társis de
Is 66.19, e que via a extensão de sua pregação nela como significativa para a
missão cristã (Mt 24.14; At 1.8).
Dos versos 25 ao 33, o apóstolo revelou
seus planos imediatos de visitar Jerusalém com as ofertas que as igrejas tinham
levantado para os cristãos de lá.
Em geral, ela era uma cidade empobrecida.
Além disso, os crentes de Jerusalém (que eram, principalmente, judeus) sofriam
uma particular provação pelo fato de serem considerados uma minoria suspeita.
Nessas ofertas, Paulo via um significado
mais profundo do que caridade: elas eram um dever (vs. 17), uma obrigação
solene dos cristãos gentios em vista do privilégio que receberam ao serem
enxertados na oliveira verdadeira de Deus (11.17).
Isso é coerente com o princípio geral de
que aqueles que receberam as bênçãos espirituais devem compartilhar suas
próprias bênçãos materiais (1 Co 9.3-14; Cl 6.6).
Ao ir visitá-los sua esperança era que
fosse na plenitude da bênção de Cristo. Um comentário impressionante,
considerando a maneira na qual as aspirações de Paulo eram cumpridas: como
prisioneiro (At 28.11-16).
Paulo no vs. 30 apela para os irmãos que o
ajudem em oração. A preocupação do apóstolo Paulo era dupla: (1) que ele fosse
protegido da hostilidade dos judeus, a qual havia marcado todo o seu
ministério, e (2) que os judeus cristãos em Jerusalém respondessem
positivamente à oferta dos gentios, confirmando assim, o ministério do
apóstolo.
Dá para sentir em seus rogos o quanto Paulo
sofria por causa do amor do evangelho. Ele conclui este capítulo invocando o
Deus da paz. Era essa uma das designações favoritas de Paulo para Deus (16.20;
2Co 13.11; Fp 4.9; lTs 5.23; 2Ts 3.16). E ela era particularmente apropriada
aqui, tendo em vista as lutas enfrentadas por ele (vs. 30).
devemos suportar as
debilidades dos fracos
e não agradar-nos a
nós mesmos.
Rm 15:2 Portanto, cada um de nós
agrade ao próximo
no que é bom para edificação.
Rm
15:3 Porque também Cristo não se agradou a si mesmo;
antes,
como está escrito:
As
injúrias dos que te ultrajavam
caíram sobre mim.
Rm 15:4 Pois tudo quanto, outrora, foi escrito
para o nosso ensino
foi escrito, a fim de que,
pela
paciência
e
pela consolação das Escrituras,
tenhamos
esperança.
Rm 15:5 Ora, o Deus da paciência e da consolação
vos conceda o mesmo
sentir de uns para com os outros,
segundo
Cristo Jesus,
Rm 15:6 para que
concordemente
e
a uma voz glorifiqueis ao Deus
e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo.
Rm 15:7 Portanto, acolhei-vos uns aos outros,
como também Cristo
nos acolheu para a glória de Deus.
Rm 15:8 Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da circuncisão,
em prol da verdade
de Deus,
para
confirmar as promessas feitas aos nossos pais;
Rm
15:9 e para que os gentios glorifiquem a Deus
por
causa da sua misericórdia, como está escrito:
Por
isso, eu te glorificarei entre os gentios
e
cantarei louvores ao teu nome.
Rm
15:10 E também diz:
Alegrai-vos, ó gentios, com o
seu povo.
Rm
15:11 E ainda:
Louvai ao Senhor, vós todos os
gentios,
e todos os povos
o louvem.
Rm
15:12 Também Isaías diz:
Haverá a raiz de Jessé,
aquele que se levanta para
governar os gentios;
nele os gentios
esperarão.
Rm 15:13 E o Deus da esperança
vos encha de todo o
gozo
e paz no vosso
crer,
para
que sejais ricos de esperança
no
poder do Espírito Santo.
Rm 15:14 E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito,
de que estais
possuídos de bondade,
cheios de todo o
conhecimento,
aptos para vos
admoestardes uns aos outros.
Rm 15:15 Entretanto, vos escrevi em parte mais ousadamente,
como para vos
trazer isto de novo à memória,
por
causa da graça que me foi outorgada por Deus,
Rm 15:16 para que
eu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios,
no sagrado encargo de anunciar o
evangelho de Deus,
de modo que a
oferta deles seja aceitável,
uma
vez santificada pelo Espírito Santo.
Rm 15:17 Tenho, pois, motivo de gloriar-me em Cristo Jesus
nas coisas
concernentes a Deus.
Rm 15:18 Porque não
ousarei discorrer sobre coisa alguma,
senão sobre aquelas que Cristo
fez por meu intermédio,
para conduzir os
gentios à obediência,
por
palavra
e
por obras,
Rm
15:19 por força de sinais e prodígios,
pelo
poder do Espírito Santo;
de
maneira que, desde Jerusalém
e circunvizinhanças
até
ao Ilírico, tenho divulgado
o evangelho de Cristo,
Rm 15:20 esforçando-me, deste modo,
por pregar o
evangelho,
não
onde Cristo já fora anunciado,
para
não edificar sobre fundamento alheio;
Rm 15:21 antes, como está escrito:
Hão de vê-lo
aqueles que não tiveram notícia dele,
e compreendê-lo os
que nada tinham ouvido a seu respeito.
Rm 15:22 Essa foi a razão por que também, muitas vezes,
me senti impedido
de visitar-vos.
Rm 15:23 Mas,
agora, não tendo já campo de atividade nestas regiões
e
desejando há muito visitar-vos,
Rm 15:24 penso em
fazê-lo quando em viagem para a Espanha,
pois espero que, de passagem,
estarei convosco
e que para lá
seja por vós encaminhado,
depois de haver
primeiro desfrutado um pouco
a
vossa companhia.
Rm 15:25 Mas, agora, estou de partida para Jerusalém,
a serviço dos
santos.
Rm 15:26 Porque aprouve à Macedônia e à Acaia
levantar uma coleta
em benefício dos pobres
dentre os santos que vivem
em Jerusalém.
Rm 15:27 Isto lhes pareceu bem,
e mesmo lhes são devedores;
porque, se os
gentios têm sido participantes
dos valores espirituais dos
judeus,
devem
também servi-los com bens materiais.
Rm 15:28 Tendo, pois, concluído isto e havendo-lhes consignado este
fruto,
passando por vós,
irei à Espanha.
Rm
15:29 E bem sei que, ao visitar-vos,
irei
na plenitude da bênção de Cristo.
Rm 15:30 Rogo-vos, pois, irmãos,
por nosso Senhor
Jesus Cristo
e também pelo amor
do Espírito,
que
luteis juntamente comigo nas orações a Deus
a meu favor,
Rm 15:31 para que
eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia,
e que este meu serviço em
Jerusalém seja
bem aceito pelos santos;
Rm 15:32 a fim de
que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus,
chegue à vossa presença com
alegria
e possa
recrear-me convosco.
Rm 15:33 E o Deus da paz
seja com todos vós.
Amém!
No verso 20, vemos a santa teimosia do apóstolo dos gentios em pregar o
evangelho a toda criatura, em obediência ao Senhor e ao Pai que ordenou a
evangelização de todos os povos.
Nossa missão é a mesma e se pensamos diferentemente, pensamos errado.
Fomos salvos e estamos salvos, mas sobre nós pesa a responsabilidade de
anunciarmos o evangelho.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
domingo, 13 de dezembro de 2015
domingo, dezembro 13, 2015
Jamais Desista
Romanos 14 1-23 - A LIBERDADE, A CARIDADE E A TOLERÂNCIA.

Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 14/16, na parte V.
Breve
síntese do capítulo 14.
Como amamos discutir opiniões a fim de que se prevaleça nossa sabedoria
e poder de persuasão e não o amor que edifica. Queremos ser melhores do que
nossos irmãos até no conhecimento bíblico como se meu conhecimento maior e mais
eficaz me fizesse melhor do que o outro.
Eu amo a Bíblia e a defendo com unhas e dentes. Toda religião ou caminho
para Deus que despreze a sua palavra é caminho do homem que orgulhosamente
insiste em desprezar a salvação de Deus para assim conquistá-la.
O homem não conquista sua salvação, mas a recebe gratuitamente, de Deus,
que lhe dando vida é capaz de responder ao chamado divino. No entanto, quando
meu saber se torna um valor de comparação com meu irmão, então, eu também não
estou entendendo nada de Deus e preciso por ele ser alcançado.
O amor tudo dá e nada exige de troca, nem de recompensa, nem fica
esperando reconhecimento, aplausos, também não fica criando expectativas, mas
se regozija em dar. Ele também não dá porque este é seu prazer e alegria, antes
ele dá porque ele foi alcançado e tudo recebeu gratuitamente.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. INSTRUÇÕES PRÁTICAS (12.1-15.13) - continuação.
Dissemos que a devoção
total a Cristo levará a servi-lo fielmente nos vários desafios que os cristãos
enfrentam juntos. Veremos, pois, doravante até 15.13 essas exortações práticas.
Ele tratou de quatro
assuntos, que estamos seguindo em nossa divisão proposta: A. A necessidade de
consagração total (12.1-2) – já vimos;
B. A vida no corpo de Cristo (12.3-21) – já
vimos; C. As responsabilidades políticas e sociais (13.1-14) – já vimos; e, D. Como tratar as controvérsias entre os
espiritualmente fracos e os fortes (14.1-15.13) – começaremos a ver agora.
D. Como tratar as controvérsias entre os espiritualmente fracos e os
fortes (14.1-15.13).
Nessa passagem (de 14.1 a 15.13), Paulo
tratou do relacionamento entre os cristãos fracos e os fortes. Muito dessa
discussão tocava em questões que poderiam ter provocado facilmente a divisão
entre os crentes judeus e gentios.
Ele começa dizendo que seria para
acolhermos ao que é débil na fé. A atitude básica de um cristão para com um
companheiro crente deve ser a de boas-vindas e acolhimento com base na atitude
de Deus para conosco em Cristo (vs. 3; 15.7).
De fato, o cristão débil se encontra preso
por uma consciência que ainda não foi completamente instruída pelo evangelho
para desfrutar a liberdade cristã (vs. 2).
Discutir opiniões sobre questões relacionadas
a comidas, bebidas e a guarda dos dias sagrados nem sempre são consensuais.
Embora Paulo não visse essas controvérsias como insolúveis, ele considerava a
questão subjacente da comunhão da igreja como mais urgente e fundamentalmente
importante (cf. 12.5,10,16).
Os pontos em consideração aqui não
pertencem à essência do evangelho, mas à força ou fraqueza relativa decorrente
da fé de uma pessoa nesse evangelho. Nos pontos em que a essência do evangelho
estava em risco, a resposta do apóstolo era diferente (p. ex., Cl 1.6-7; 3.1-5;
Fp 32,18-19).
“Não se pode fazer coisa melhor do que
mencionar o famoso epigrama atribuído a um certo Rupert Meldenius e citado por
Richard Baxter.”[1]
“Nas coisas essenciais, unidade;
em coisas não essenciais, liberdade; em todas as coisas, o amor.”
Paulo dá um exemplo forte para explicar os
problemas decorrentes de opiniões com alimentos. Ele esclarece que alguém poderia
comer de tudo, mas um outro que é mais fraco crê que somente pode comer
alimentos vegetais. A condição de vegetariano não era exigida pelo Antigo
Testamento, embora a prática vegetariana apareça nele (p. ex., Dt 1.12).
Tanto o que come e o que não come, não
podem usar de sua liberdade para impor ao outro sua opinião. A tendência do
forte é menosprezar as inibições do fraco como escravidão legalista, enquanto a
tentação do fraco é condenar o forte por comportamento que pareça uma licença
anárquica.
Os cristãos que adotam essas reações
equivocadas devem se submeter à luz da aceitação graciosa de Deus tanto de
fracos como de fortes.
Além disso, um companheiro crente é um
servo de Deus (e não nosso), e responde somente a ele. Entretanto, não se trata
aqui de uma negação da disciplina eclesiástica apropriada (A BEG recomenda
nesse momento reflexão em seu excelente artigo teológico "Disciplina eclesiástica
e exclusão", 1Co 5).
Há outros que fazem distinções entre um dia
e outro, mas há quem não faça nada disso. Provavelmente, uma referência ao minucioso
calendário judaico dos dias santos. E improvável que Paulo tivesse mente aqui a
observância do sábado.
Estivesse esse dia em vista, seria mais,
natural para ele dizer: "Um considera o sábado mais sagrado do que os demais
dias". O importante aqui é que cada um tenha opinião bem definida e seja
respeitado nisso, além de respeitar a opinião dos outros.
Nos vs. 6 e 7, Paulo faz um apelo ao que é
compartilhado tanto por fracos quanto por fortes: o desejo de honrar o mesmo
Senhor e não o de obrigar o outro a ter o mesmo proceder. O fato de ambos
pertencerem a ele coloca as divisões de menor importância em perspectiva.
A lei fundamental que nos rege agora é que
não mais vivemos para nós mesmos, antes somos todos do Senhor – vs. 7.
Somente Cristo é o Senhor (vs. 8) e o Juiz
do seu povo. O grande preço que ele pagou para obter essa posição expõe a
incongruência de crentes que julgam ou desprezam seus irmãos e irmãs.
Paulo se referiu a Is 45.23 como um
lembrete de que os crentes, devem prestar conta de suas vidas ao Senhor como
réus, e não como juízes.
Embora a própria consciência de Paulo
tivesse sido liberta pelo ensinamento de Cristo (vs. 14; cf. Mc 7.18-19), ele
admitia que nem todos os crentes gozavam de semelhante liberdade.
Ter consideração por esses cristãos
("andando segundo o amor fraternal"; 14.15) significava evitar um
comportamento que pudesse magoá-los. O apóstolo incluiu duas recomendações
especificas quanto a isso (14.15-16).
Por causa da tua comida, Paulo dizia, não
faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu – vs. 15. No Antigo
Testamento, “fazer perecer" quer dizer "ser eliminado da congregação
da aliança” (p. ex., Dt 28.21,45,48,51,61,63).
Incentivar um crente fraco a violar a
própria consciência era o mesmo que incentivá-lo a quebrar a aliança dele com
Deus e, na sua própria mente, a se envolver em autodestruição.
Ao mesmo tempo, Paulo não permitia que os
membros fracos impusessem tirania sobre a igreja (isto é, que forçassem os
fortes a se submeterem a todos os seus escrúpulos e caprichos).
Os fortes são advertidos a ponderarem a
importância do exercício da liberdade deles sob dois aspectos:
(1)
Valerem-se
de sua liberdade pode trazer divisão e ruptura na igreja.
(2)
O
reino de Deus (e, portanto, a nossa liberdade) não é uma questão de comida ou
bebida, mas das bênçãos da graça (5.1-2).
Tendo em vista que a liberdade não é comida
nem bebida, uma pessoa não pode perdê-la pela abstenção dessas coisas. O reino
de Deus é mais do que comida e bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito
Santo e quem procede assim é tanto agradável a Deus como aos homens.
Embora somente Deus seja o nosso juiz (vs.
12), o impacto das nossas ações sobre as pessoas pode representar um papel
vital na comunhão e do evangelismo.
Paulo nos exorta, em função disso, que
devemos nos esforçar em promover a "paz" e a "edificação de uns
para com os outros" de maneira ativa (vs. 19). Nisso, você precisa ser
proativo e dar um passo na frente ao sentir o mínimo cheiro de confusão e
desentendimentos movidos pela paixão do estar certo e cheio da razão.
Para os fortes, isso inclui tanto a
preservação da comunhão com os fracos como o encorajamento destes na liberdade
que é deles em Cristo. Se os crentes romanos tivessem esses propósitos em
vista, a liberdade de comer e beber seria de boa vontade sacrificada em favor
dos fracos. E o bem-estar do irmão fraco teria primazia sobre o prazer da carne
e do vinho.
O apóstolo Paulo ainda advertiu o forte
para que desfrutasse de sua liberdade de consciência na presença de Deus
(embora se abstendo da prática dela em público), obviamente por amor a todas as
almas pelas quais Cristo morreu.
não, porém, para
discutir opiniões.
Rm 14:2 Um crê que de tudo pode comer,
mas o débil come
legumes;
Rm 14:3 quem come
não despreze o que
não come;
e o que não come
não julgue o que
come,
porque
Deus o acolheu.
Rm 14:4 Quem és tu que julgas o servo alheio?
Para o seu próprio
senhor está em pé ou cai;
mas
estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster.
Rm 14:5 Um faz diferença entre dia e dia;
outro julga iguais todos os dias.
Cada um tenha
opinião bem definida em sua própria mente.
Rm 14:6 Quem distingue entre dia e dia
para o Senhor o
faz;
e quem come
para o Senhor come,
porque
dá graças a Deus;
e quem não come
para o Senhor não
come
e dá
graças a Deus.
Rm 14:7 Porque nenhum de nós
vive para si mesmo,
nem morre para si.
Rm 14:8 Porque, se vivemos,
para o Senhor
vivemos;
se morremos,
para o Senhor
morremos.
Quer, pois, vivamos ou morramos,
somos do Senhor.
Rm 14:9 Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu:
para ser Senhor
tanto de mortos como de vivos.
Rm 14:10 Tu, porém, por que julgas teu irmão?
E tu, por que desprezas o teu?
Pois todos
compareceremos perante o tribunal de Deus.
Rm 14:11 Como está escrito:
Por minha vida, diz
o Senhor, diante de mim
se dobrará todo
joelho,
e toda língua dará
louvores a Deus.
Rm 14:12 Assim, pois,
cada um de nós dará
contas de si mesmo a Deus.
Rm 14:13 Não nos julguemos mais uns aos outros;
pelo contrário, tomai
o propósito
de
não pordes tropeço
ou
escândalo ao vosso irmão.
Rm 14:14 Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus,
de que nenhuma
coisa é de si mesma impura,
salvo
para aquele que assim a considera;
para
esse é impura.
Rm 14:15 Se, por causa de comida,
o teu irmão se
entristece,
já
não andas segundo o amor fraternal.
Por causa da tua comida,
não faças perecer
aquele a favor de quem Cristo morreu.
Rm 14:16 Não seja, pois, vituperado o vosso bem.
Rm 14:17 Porque o reino de Deus
não é comida
nem bebida,
mas
justiça,
e
paz,
e
alegria no Espírito Santo.
Rm 14:18 Aquele que deste modo serve a Cristo
é agradável a Deus
e aprovado pelos
homens.
Rm 14:19 Assim, pois,
seguimos as coisas
da paz
e também as da
edificação de uns para com os outros.
Rm 14:20 Não destruas a obra de Deus
por causa da
comida.
Todas as coisas, na verdade, são limpas,
mas é mau para o
homem o comer com escândalo.
Rm 14:21 É bom
não comer carne,
nem beber vinho,
nem fazer qualquer
outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar
[ou se ofender ou se
enfraquecer].
Rm 14:22 A fé que tens,
tem-na para ti
mesmo
perante
Deus.
Bem-aventurado é aquele
que não se condena
naquilo que aprova.
Rm
14:23 Mas aquele que tem dúvidas
é
condenado se comer,
porque
o que faz não provém de fé;
e
tudo o que não provém de fé
é
pecado.
Não confundamos, pois comidas e bebidas e coisas semelhantes no reino de
Deus, antes ela consiste de justiça, de paz e de alegria no Espírito Santo.
Liberdade cristã: Até que ponto
sou livre?[2]
A teologia reformada nasceu à sombra do legalismo católico e, por esse
motivo, a liberdade cristã sempre foi para ela uma faceta importante. Essa
ênfase se baseia no fato do Novo Testamento considerar a salvação em Cristo
como libertação do pecado e da corrupção, e a vida cristã como uma vida de
liberdade - Cristo nos libertou para a liberdade (Jo 8.32,36; Cl 5.1). No
entanto, ao contrário de algumas sugestões atuais, essa libertação não representa,
prioritariamente, um avanço sociopolítico ou econômico. Antes, é relacionada
principalmente a três pontos específicos.
Em primeiro lugar, fomos libertados da lei mosaica como sistema de
salvação. Justificados pela fé em Cristo, não somos mais condenados pela lei de
Deus, mas graciosamente absolvidos com base no mérito de Jesus (Rm 3.19;
6.14-15; Cl 3.23-25). Isso significa que a nossa situação diante de Deus (a
"paz" e o "acesso" em Rm 5.1-2) é inteiramente fundamentada
no fato de havermos sido aceitos e adotados em Cristo. Não depende, nem jamais
dependerá, do que fazemos e também nunca será colocada em risco pelo que
deixamos de fazer. Enquanto estamos neste mundo, não vivemos pela perfeição,
mas pelo perdão.
Essa verdade contradiz todas as religiões naturais, pois o instinto da
humanidade decaída, como se observa em todas as formas de religião concebidas
até hoje pelo mundo, é supor que o relacionamento correto com uma realidade
suprema (considerada na forma de um Deus pessoal ou em outros termos) pode ser
obtido e mantido mediante as disciplinas de observância da lei, dos rituais
apropriados e do asceticismo. As diversas crenças que há no mundo prescrevem
essas disciplinas como meios de obter a justificação - e Paulo observou que os
judeus que não haviam aceitado a Cristo se valiam exatamente de tais práticas
(Rm 10.3). A experiência de Paulo lhe mostrou a futilidade dessas tentativas. O
desempenho humano fica sempre aquém do ideal, pois, por mais corretos que sejam
os atos exteriores, o coração sempre abriga desejos impróprios e, ao mesmo
tempo, não possui os anseios apropriados (Rm 7.7-11; cf. Fp 3.6), e é para o
coração que Deus olha primeiro.
Quando buscamos a justificação diante de Deus pela observância da lei,
a lei suscita, revela e condena o pecado que permeia a nossa constituição
moral, tornando-nos conscientes da profundidade da nossa culpa (Rm 3.19; 1Co
15.56; GI 3.10). Assim, fica clara tanto a futilidade de se tratar a lei como
uma aliança de obras e buscar a retidão por meio da mesma (GI 3.10-12; 4.21-31)
quanto à desgraça daqueles que não sabem a que outro meio de justificação
recorrer. Essa é a escravidão da lei da qual Cristo nos liberta.
Em segundo lugar, como cristãos, fomos libertos do domínio do pecado do
8.34-36; Rm 6.14-23). Fomos regenerados de modo sobrenatural e vivificados para
Deus por meio da união com Cristo em sua morte e vicia renovada (Rm 6.3-11), o
que significa que, agora, o nosso desejo mais profundo é servir a Deus pela
prática da justiça (Rm 6.18,2 2). O domínio do pecado acarretava não apenas
atos constantes de desobediência, mas também uma falta continua de elo pela
observância da lei que, por vezes, se transforma em ressentimento e ódio da
lei. Agora, porém, transformados em nosso coração, motivados pela gratidão por
termos sido aceitos por meio da graça imerecida e vivificados pelo Espírito
Santo, podemos servir "em novidade de espírito e não na caducidade da
letra" (Rm 7.6). Isso significa que as nossas tentativas de obedecer agora
são alegres e integradas como nunca antes, pois deixaram de ser dominadas pelo
pecado. Também nesse sentido fomos libertos da escravidão.
Em terceiro lugar, como cristãos, fomos libertos da superstição que
considera intrinsecamente maus a matéria e o prazer físico. Opondo-se a essa
ideia, Paulo insistiu que temos liberdade de desfrutar todas as coisas criadas
e os prazeres que estas oferecem como boas dádivas de Deus (1Tm 4.1-5), desde
que não violemos a lei moral nem perturbemos o nosso próprio bem-estar espiritual
e o de outros 6.12-13; 8.7-13). Ao renovar essa ênfase, os reformadores fizeram
frente a diversas formas de legalismo medieval.
Em quarto lugar, como cristãos, estamos livres das regras que outros
acrescentam aos ensinamentos das Escrituras com referência a questões de fé e
culto. Sujeitar a nossa consciência a esses acréscimos humanos às Escrituras -
ou, pior ainda, sujeitar-se por obediência cega a esses requisitos - é uma
violação da liberdade de consciência que Deus concede (cf. CFW 20). Quinto, como
cristãos nós fomos libertados da justiça própria na qual comparamos o nosso
comportamento com o comportamento das outras pessoas nos julgamos ser muito
melhores aos olhos de Deus. Sexto, como cristãos fomos libertados da ânsia de
arranjar as muitas leis por ordem de importância. Para fazer isso, temos de
introduzir mais leis - leis que nos digam quais leis são mais importantes.
Assim, por volta do final do período do Antigo Testamento havia seiscentas e
treze diferentes regras ou leis além das explicações sobre elas.
No entanto, em certos sentidos, os cristãos ainda não foram
completamente libertos por Deus. Por exemplo, apesar de estarmos livres do
domínio e da condenação do pecado, não estamos livres de sua presença e
influência. Enquanto vivermos neste mundo, estaremos sempre sujeitos a
tentações (1Tm 6.9), seremos seduzidos pelo desejo de pecar que continua
existindo dentro de nós e ao nosso redor (Rm 7.14-25; Cl 5.17) e enfrentaremos
forças demoníacas (1Co 7.5; 1Tm 4.1; Ap 16.14). Nossa liberdade individual da
presença do pecado aguarda a nossa libertação deste corpo mortal e a nossa
liberdade total da presença do pecado aguarda a volta de Cristo e a restauração
de todas as coisas nos novos céus e nova terra (Ap 21.1-5).
Também não temos permissão para exercer a nossa liberdade de maneiras
prejudiciais. Por exemplo, como Paulo deixa claro ao tratar de questões
controversas como o consumo de alimentos sacrificados a ídolos (Rm 14; 1Co 8),
os cristãos têm a obrigação de não exercitar sua liberdade de maneiras que
levem outros cristãos a cair em pecado. Além disso, Deus não nos libertou da
obediência à lei. Apesar dessa obediência não nos tornar merecedores da
salvação e de nossa transgressão da lei não nos condenar, a lei continua sendo
o nosso guia moral. O próprio Jesus afirmou que a lei continuava em vigor para
todos os cristãos (Mt 5.17-1 9), e Paulo chegou a chamá-la de "lei de
Cristo" (GI 6.2).
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
[1] Extraído de
um texto do site Monergismo, em 13/12/2015, 7h20, falando de um livro de John
Stott – CRISTIANISMO EQUILIBRADO: http://www.monergismo.com/textos/advertencias/cristianismo_equilibrado.htm
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
sábado, 12 de dezembro de 2015
sábado, dezembro 12, 2015
Jamais Desista
Romanos 13 1-14 - A NOITE ESTÁ ACABANDO E O DIA JÁ VEM RAIANDO.

Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus papéis
interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo de
Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das obras;
à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a dependência
do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o
evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 13/16, na parte V.
Breve
síntese do capítulo 13.
Autoridades são ministros de Deus para manutenção da ordem e do
progresso em nossa sociedade. Por isso Deus levantou homens especiais, que ele
mesmo escolheu, para estarem onde estão e ocuparem seus cargos.
Há quem não desempenhe bem seu papel ou que é corrupto, desleal, falso,
mas a função que ele está representando foi preparada por Deus e a Deus ele
prestará contas de tudo o que estiver fazendo que não vise o bem-estar geral da
população.
Nós devemos estar sujeitos às autoridades e elas incluem todo tipo de
autoridade, entre elas, sem dúvidas o pai! O pai é quem cuida e administra com
a bênção de Deus, juntamente com a mãe, que muitas vezes faz os dois papéis –
pai e mãe -, o lar para mantê-lo estável, seguro, direcionado para Deus,
produtivo e próspero.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. INSTRUÇÕES PRÁTICAS (12.1-15.13) - continuação.
Dissemos que a devoção
total a Cristo levará a servi-lo fielmente nos vários desafios que os cristãos
enfrentam juntos. Veremos, pois, doravante até 15.13 essas exortações práticas.
Ele tratou de quatro
assuntos, que estamos seguindo em nossa divisão proposta: A. A necessidade de
consagração total (12.1-2) – já vimos;
B. A vida no corpo de Cristo (12.3-21) – já
vimos; C. As responsabilidades políticas e sociais (13.1-14) – veremos agora; e, D. Como tratar as controvérsias entre os
espiritualmente fracos e os fortes (14.1-15.13).
C. As responsabilidades políticas e sociais (13.1-14).
O apóstolo Paulo forneceu exemplos adicionais
concretos do que significa “fazer o bem perante todos os homens" (12.17) e
"ter paz com todos os homens" (12.18), especificamente pela submissão
às autoridades civis estabelecidas por Deus, e pela vida em santidade e pureza
moral.
Os cristãos têm uma razão distinta para uma
submissão apropriada às autoridades governantes: o próprio Deus é a fonte da
estrutura governamental da sociedade (Pv 8.15-16; Dn 2.21).
A rebelião contra essa autoridade implica
rebelião contra a ordenação divina. Quem é do bem e pratica coisas boas, jamais
deverá temer as autoridades, pois que elas incentivam o bem comum de todos.
As autoridades são ministros de Deus para nosso
bem. A autoridade governamental existe em benefício da sociedade. Essa é a
função normal dela, e Paulo admitiu que esses benefícios podem ser realizados
em termos práticos, mesmo quando os governantes são não cristãos professos.
Embora os cristãos não possam exercer
vingança pessoal (12.19), Deus estabeleceu os governos civis em parte para
exercerem vingança em nome dele, como seus representantes.
Não ter que executar justiça civil ajuda os
cristãos a terem paz com todos (12.18), enquanto demonstram, ao mesmo tempo,
misericórdia e amor para com seus inimigos (12.19-21).
O uso da espada por ela é legítima, ou
seja, eles tem o poder da vida e da morte. A pena capital está sem dúvida em
vista aqui. Em outras passagens, Paulo aceitou o princípio dessa pena, quando
apropriado (At 25.11).
Ela também passa a ser o nosso vingador.
Aquilo que a pessoa não deve fazer (12.19), o Estado pode fazê-lo legitimamente
na busca da justiça.
É por esse e outros motivos que pagamos
tributos. A submissão cristã é a resposta de uma consciência instruída pela
revelação divina.
Como a incumbência do governo é divinamente
estabelecida e requer apoio financeiro, os cristãos devem pagar seus impostos
com uma motivação e intenção claras: a carga de pagar impostos se toma um
elemento integrante da devoção deles a Deus.
E evidente que o apóstolo Paulo estava
familiarizado com a declaração de Jesus (Mt 22.21). Aqui – vs. 7 - ele indicou
como ela se aplica, tanto para a transação do pagamento de impostos quanto para
aqueles a quem eles são pagos.
Paulo foi ainda mais além na aplicação do
seu princípio básico da consagração cristã. A ligação entre os versículos 7 e 8
é encontrada na exortação do versículo 7: os cristãos devem cumprir seus deveres
financeiros para com o Estado.
No entanto, essa é apenas uma aplicação
específica do princípio geral agora enunciado: todos os deveres devem ser cumpridos.
Mas um desses deveres é constante: o amor ao próximo.
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” –
vs. 9. (Veja Lv 19.18.) Essa não é uma exortação ao amor-próprio. Mais
precisamente, ela indica que o mesmo interesse assumido pela própria pessoa
como criado à imagem de Deus (Gn 1.26-27) deve ser demonstrado para com os
outros (Lc 6.31).
O parecer de Paulo de que amamos a nós
mesmos naturalmente implica que o amor-próprio é legítimo, na verdade
inevitável, e contrário a qualquer tipo de masoquismo.
O discernimento
espiritual está arraigado na apreensão da revelação divina. A ênfase de Paulo
no papel da mente está novamente evidente aqui no vs. 11 quando ele diz que
conhecemos o tempo e que já chegou, portanto, a hora de despertarmos do sono,
pois que a nossa salvação - no sentido de redenção final (8.23) – está agora
mais próxima do que quando cremos no início.
A noite, portanto, não
durará para sempre, o dia está por nascer. O apóstolo Paulo falava da presente
era de pecado como “noite", e da futura era de bênção como “dia” (a BEG
recomenda reflexão em seu excelente texto do seu artigo teológico "O plano
das eras", em Hb 7).
às autoridades superiores;
porque não há autoridade
que não proceda de Deus;
e as autoridades que existem
foram por ele instituídas.
Rm 13:2 De modo que aquele que se opõe à autoridade
resiste à ordenação de
Deus;
e os que resistem trarão
sobre si mesmos condenação.
Rm 13:3 Porque os magistrados não são para temor,
quando se faz o bem,
e sim quando se faz o mal.
Queres tu não temer a autoridade?
Faze o bem
e terás louvor dela,
Rm 13:4 visto que a
autoridade
é ministro de Deus para teu
bem.
Entretanto, se fizeres o mal,
teme; porque não é sem
motivo
que ela traz a espada;
pois é ministro de Deus,
vingador,
para castigar o que pratica o mal.
Rm 13:5 É necessário que lhe estejais sujeitos,
não somente por causa do temor da punição,
mas também por dever de
consciência.
Rm 13:6 Por esse motivo,
também pagais tributos,
porque são ministros de
Deus,
atendendo, constantemente,
a este serviço.
Rm 13:7 Pagai a todos o que lhes é devido:
a quem tributo, tributo;
a quem imposto, imposto;
a quem respeito, respeito;
a quem honra, honra.
Rm 13:8 A ninguém fiqueis devendo coisa alguma,
exceto o amor com que vos ameis uns aos outros;
pois quem ama o próximo
tem cumprido a lei.
Rm 13:9 Pois isto:
Não adulterarás,
não matarás,
não furtarás,
não cobiçarás,
e, se há qualquer outro mandamento,
tudo nesta palavra se
resume:
Amarás o teu próximo como a
ti mesmo.
Rm 13:10 O amor não pratica o mal contra o próximo;
de sorte que o cumprimento da lei é o amor.
Rm 13:11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo:
já é hora de vos despertardes do sono;
porque a nossa salvação
está, agora,
mais perto do que quando no
princípio cremos.
Rm 13:12 Vai alta a noite,
e vem chegando o dia.
Deixemos, pois, as obras das trevas
e revistamo-nos das armas da luz.
Rm 13:13 Andemos dignamente,
como em pleno dia,
não em orgias
e bebedices,
não em impudicícias
e dissoluções,
não em contendas
e ciúmes;
Rm 13:14 mas revesti-vos
do Senhor Jesus Cristo
e nada disponhais para a
carne
no tocante às suas
concupiscências.
São duas atitudes esperadas de nossa parte uma vez que a noite está
acabando e já vem raiando o dia.
1.
Devemos nos revestir do Senhor Jesus Cristo.
Deixemos,
pois, em função disso (o fim da noite e a proximidade do novo dia) as “obras
das trevas” e vamos nos revestir das “armas da luz”. A metáfora “armas da
luz" ressalta que o desenvolvimento das virtudes espirituais, e não apenas
a mera rejeição dos vícios, é essencial para a defesa espiritual.
Paulo
então nos recomenda que andemos dignamente ou nos comportemos com decência. A
advertência de Paulo contra um modo de vida carnal inclui, de modo
impressionante, não apenas os pecados da carne (pecados sexuais e vida desenfreada),
mas também as imperfeições insidiosas que podem ser nutridas e até mesmo
ostentadas no seio da própria igreja ("contendas e ciúmes").
Aqueles
que estão em Cristo devem viver de maneira coerente com a sua nova posição (Ef
4.1).
2.
Nada devemos dispor para a carne no tocante às suas
concupiscências!
Então
quer dizer que eu posso ou não posso dispor para a carne? Sim, por isso nada devo
dispor para ela!
O
mundo ai fora – eu não falo das coisas naturais e boas, como trabalho,
educação, saúde, governo, lazer, diversão, etc... -, que se esqueceu de Deus,
nada tem para nos oferecer, se não oportunidades para desenfreadamente
dispormos para a carne no tocante às suas concupiscências.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.