Romanos 10 seria assim a suma de meu ministério próprio se eu tivesse um
ou se o criasse. Primeiramente, ele retoma ou dá continuidade à sua
argumentação que vinha desenvolvendo relativo aos judeus, de certa forma,
defendendo-os quanto ao zelo, porém não quanto à objetividade deste zelo.
Ele diz que eles por desconhecerem a justiça de Deus, estabeleceram uma
outra justiça e não se sujeitaram à que vem de Deus. Como deixariam de se
sujeitar sem conhecerem primeiramente? Acho que a melhor tradução aqui não
seria “desconhecendo”, mas “rejeitando”. Não rejeitamos aquilo que não
possuímos, não é certo?
Então, temos por parte dos judeus: rejeição, desprezo, descaso de Deus!
Qual a consequência? Somos por acaso maiores do que Deus? É como ele finaliza o
capítulo 9: “tropeçaram na pedra de tropeço”! Cristo é a resposta de Deus para
o homem, mas se o homem o rejeita, o que lhe resta?
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. OS PAPÉIS DOS JUDEUS E DOS GENTIOS NA HISTÓRIA (9.1 – 11.36) - continuação.
Como dissemos, judeus e gentios
têm papéis distintos, mas interconectados na história da salvação. Tendo
demonstrado que judeus e gentios são igualmente pecadores (1.1-3.20), que podem
encontrar salvação do mesmo modo (3.21-8.39), o apóstolo Paulo voltou-se para
os distintos papéis deles no plano de Deus para a História.
Essa parte IV foi
dividida em três partes: A. A soberana eleição de Deus (9.1-29) – já vimos; B. Incredulidade e fé de
Israel (9.30-11.10) – estamos vendo agora;
e, C. Advertências e encorajamentos para judeus e gentios (11.11-36).
B. Incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10) - continuação.
Dissemos que desde o vs. 9.30 ao capítulo
11.10, estaremos vendo a incredulidade e a fé de Israel. Depois de estabelecer
a importância da eleição divina no lugar da identidade étnica, o apóstolo Paulo
tratou da realidade da fé e da incredulidade de Israel.
Paulo começa o capítulo manifestando o
desejo de seu coração e a sua oração para seus irmãos serem salvos. É um apelo
sincero pelo apoio de seus companheiros cristãos.
A característica penosa desse apelo foi
ressaltada pela referência que Paulo tinha feito recentemente aos seus irmãos
segundo a carne (9.3) para que fossem salvos.
A preocupação do apóstolo no capítulo 9 era
com a salvação dos judeus, e não meramente com o papel deles na história da
redenção.
Ele atesta que os seus irmãos tinham zelo
por Deus. Aqui o apóstolo Paulo falou de sua experiência pessoal, tanto da
realidade do zelo dela quanto de seu caráter obstinado e insensível (Fp 3.4-6).
No entanto aquele zelo não se baseava no
conhecimento, pois eles ignoravam a justiça de Deus. Paulo contrastou a justiça
divinamente estabelecida com os esforços da humanidade em estabelecer a sua
própria - a linguagem da aliança (Gn 6.18; 17.7).
Até mesmo no contexto da aliança que Deus
fez com os judeus, eles deturparam sua graça ao confiarem em seus próprios
méritos em guardar a lei, em vez de confiarem na misericórdia de Deus.
Paulo explica que o fim da lei é Cristo,
para justificação de todo aquele que crê. Isso pode significar, conforme os
comentários da BEG:
(1)Que,
em algum sentido, Cristo pôs um fim à lei. Ou
(2)Que
Cristo é o objetivo da lei (GI 3.24).
Se o primeiro ponto de vista estiver
correto, Paulo quis dizer que Cristo põe fim a todas as tentativas débeis de se
estabelecer uma justiça própria por meio da lei, para aqueles que creem nele.
Se a interpretação dos versículos 5-8 for seguida,
como sugerido a seguir, então o segundo ponto de vista está correto.
A citação feita por Paulo – vs. 5 – da justiça
que vem pela lei, de Lv 18.5 "O
homem que fizer estas coisas viverá por meio delas" está inserida
originalmente no contexto da graça redentora de Deus exigindo obediência
receptiva por parte de seu povo (Lv 18.2; cf. Ex 20.117). Ela não é uma
declaração sobre justiça auto estabelecida.
Ainda assim, na polêmica do apóstolo contra
a auto justificação, Lv 18.5 demonstra que era exigida perfeição absoluta de
qualquer pessoa que tentasse usar a lei como meio de salvação.
Contrastando, a justiça que vem da fé
declara outra coisa – vs. 6-8. Novamente, o apóstolo Paulo apelou para a lei a
fim de estabelecer o caminho da fé.
De fato, ela apresentava a salvação de Deus
como algo alcançado não por esforços humanos, mas sim pela graça divina. Dt 30,
em particular, coloca isso no contexto do retomo ansiosamente esperado de
Israel do exílio (Dt 30.1-6; Jr 31.31-34).
Como expresso no restante do Novo
Testamento, Paulo viu essa restauração cumprida na nova aliança com Cristo (2Co
3.7-18). Por isso, Jesus era o fim (o objetivo) da lei mosaica.
Buscar uma justiça auto estabelecida agora
seria tentar fazer o que só Deus pode fazer, e fez na encarnação e ressurreição
de Cristo.
Em contraste com todos os esforços humanos,
Deus trouxe para perto a palavra da salvação (e, desse modo, ela comunica a
salvação).
Repare - vs. 6 a 8 -, a justiça que vem da
fé diz:
·"Não
diga em seu coração:
ü‘Quem
subirá ao céu?’ (isto é, para fazer Cristo descer)
üou
‘Quem descerá ao abismo?’" (isto é, para fazer subir Cristo dentre os
mortos).
·Mas
o que ela diz?
ü"A
palavra está perto de você; está em sua boca e em seu coração", isto é, a
palavra da fé que estamos proclamando.
Qual seria essa palavra? Vejamos os vs. 9 e
10. No paralelismo usado por Paulo no versículo 10, ele inverteu a ordem dos
verbos do versículo 9 e, desse modo, indicou que a fé do coração e a confissão
oral, juntas, fazem parte da justificação e da salvação.
Se a intenção de Paulo aqui era fazer uma
distinção entre "justiça" e "salvação", o termo mais
restrito ("justiça") está mais apropriadamente relacionado à fé e o
mais amplo ("salvação"), ao desenvolvimento da fé na confissão, ao
passo que no versículo 9 tanto a fé como a confissão estão relacionadas à noção
mais geral de salvação.
No entanto, essa distinção pode ser apenas
retórica. De fato, tanto a confissão como a fé sãos os meios pelos quais Deus
salva; elas não são a base sobre a qual ele o faz.
E embora elas sejam os meios normais que
Deus usa, não são os únicos disponíveis para ele (p. ex., aqueles que são
incapazes de falar podem ainda assim ser salvos).
Ele usa novamente as Escrituras para
declarar no vs. 11 que "Todo o que
nele confia jamais será envergonhado" – Is 28.16.
Agora, já não há mais distinção entre
judeus e gentios. Isso é confirmado não apenas por meio da unidade e da bondade
universal de Deus (vs. 12), mas especificamente pelo ensino do Antigo
Testamento (Jl 2.32 - a declaração cumprida de modo tão impressionante no dia
de Pentecostes em At 2.21).
Essa declaração repousa no âmago do
ensinamento de Paulo nos capítulos 1-11: tanto judeus e como gentios são salvos
da mesma coisa e do mesmo modo.
Consequentemente, nenhum deles pode alegar
ser superior ao outro. O apóstolo tinha esperança que, ao destruir o elitismo,
a igreja poderia construir a unidade entre os crentes judeus e gentios.
Jesus é o Senhor de todos e ricamente
abençoa todos os que o invocam e aí se cumpre novamente as Escrituras quando
diz que "todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo" – Jl 2.32.
Estamos refletindo em Romanos 10 e eu separei
um acróstico: EPOCIS para lembrarmos
dessa palavra. E – enviar – P – pregar – O – ouvir – C – crer – I – invocar – S
– salvar.
Está na exata ordem que deve estar e na
forma que aparece aqui em Romanos 10. Somente há um verbo de ação que diz
respeito a nós “PREGAR”. Deus nos enviou a pregar.
Como serão salvos se não invocarem ao
Senhor? Como haverão de invocá-lo se não crerem? E como irão crer, como irão
ter a fé desenvolvida, se não ouvirem a pregação da Palavra de Deus? E como
ouvirão se não houver quem pregue? Mas como pregarão se não forem enviados?
A finalidade da pregação é para que sejam
ao final salvos! Não é exatamente isso que se depreende da análise desse texto
riquíssimo?
Bebel – minha filha; quando escrevi isso
pela primeira vez ela tinha uns 8 anos - entendeu perfeitamente isso. Ela
assimilou tão bem a mensagem de Romanos 10 que eu fiquei pasmo.
Eu somente podia crer que isso não era obra
humana, mas do Espírito de Deus que ali a estava visitando e revelando a ela
coisas profundas do reino de Deus, com certeza ela estava com mais conteúdo
bíblico do que muitos pregadores e pastores por ai.
Realmente, fiquei surpreso pela sua
capacidade de entender e assimilar a palavra que era falada sobre Romanos 10.
Fomos enviados por Deus para PREGAR a
palavra de Deus! Se fomos enviados é por que quem nos enviou quer nos usar para
transmitir a sua mensagem. Se eu não tiver a cabal e plena certeza de que estou
sendo enviado para pregar, minha pregação não será de Deus.
É muito simples: eu não tenho que pregar a
minha palavra ou meu conhecimento ou minha sabedoria, mas a palavra de Deus na
qual medito de dia e de noite.
Quando eu pregar, Deus enviará os que a
ouvirão e daqueles que ouvirem, sairão os que crerão e dos que hão de crer,
teremos os que invocarão ao Senhor e... Atos
2:21 E acontecerá que todo aquele que
invocar
o nome do Senhor será salvo.
Onde
está a palavra da salvação?
Paulo tinha nos falado que a palavra da
salvação estava perto de nós, isto é, na nossa boca e em nosso coração. Bebel
entendeu perfeitamente o que Paulo disse e por isso também compreendeu a
necessidade e a urgência da pregação.
Por isso dizia para não perguntarmos quem
subirá ao céu para fazer de lá descer o Cristo, mas porque querer fazer de lá
dos céus descer a Cristo? Também nos dizia para não perguntarmos quem descerá
ao abismo para fazer levantar de lá o Cristo dentre os mortos, mas porque
querer fazer o Cristo reviver?
As alturas e o abismo ou além-mar são
impossíveis para nós humanos e assim estaríamos perdidos em nossos pecados e
sem salvação porque a lei não poderia nos salvar, mas apenas revelar o pecado.
Seria necessário que alguém pudesse tanto descer do céu (Deus) quanto subir do
abismo (homem) para completar a obra da salvação.
Somente Cristo Jesus poderia fazer isso.
Para satisfazer a justiça de Deus, somente um Deus. Para morrer por um homem,
somente um homem. Como poderia se juntar em uma só pessoa as duas
características Deus e homem? Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus foi a
resposta do Pai para nós.
Paulo estava fazendo uma aplicação da
Palavra de Deus e ele estava com o livro de Deuteronômio em suas mãos. Vejam o
que ele diz:
Deuteronômio
30:11 Porque este
mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de
ti.
Deuteronômio
30:12 Não está nos céus,
para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça
ouvir, para que o cumpramos?
Deuteronômio
30:13 Nem está além do
mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo
faça ouvir, para que o cumpramos?
Deuteronômio
30:14 Pois esta palavra
está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires.
O mandamento que estava sendo ordenado e
que Moisés exortava, ele Paulo, fazia a perfeita aplicação nos mostrando o
Cristo oculto nas Escrituras. O mandamento não é demasiado difícil nem longe
está de nós, isto é no céu ou no abismo ou além-mar, mas está muito perto,
muito perto mesmo, em nossa boca e em nosso coração.
Oh quão insondáveis e profundos são os
caminhos do Senhor!
A
palavra da salvação está perto de nós
A palavra está perto de ti! Assim proclama
Deuteronômio. Assim proclama Paulo aplicando ela no caso de Cristo. A palavra
está perto de ti! Sabem onde ela está? Na tua boca e em teu coração... E Paulo
explica, a palavra da fé que pregamos.
Sabemos que ela é a palavra da fé, que ela
está perto de nós, que ela está em nossa boca e em nosso coração. Podem reparar
que Paulo não diz, em momento algum, da palavra de fé, mas da fé, do caminho do
Senhor, da obra de Deus para nossas vidas, do evangelho, de Cristo Jesus, nosso
salvador.
Porque ela está perto? Por que está em
nossa boca e em nosso coração! Precisamos confessar a Jesus Cristo como Senhor,
precisamos crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos. É com a boca que
fazemos confissão a respeito da salvação e assim fazemos ao confessarmos, com a
boca, a Jesus Cristo como Senhor.
A boca fala, mas a boca, porém, não pode
falar/confessar algo que não está no coração, pois o próprio Senhor falou que a
nossa boca fala é do que está cheio o nosso coração.
Mateus 12:34 Raça
de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque abocafala do que está cheio o coração.
Lucas 6:45 O
homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o
mal; porque abocafala do
que está cheio o coração.
Boca e coração estão tão próximos e tão
unidos que se a boca falasse do que o coração não sentisse isso seria
hipocrisia. Quando somos enviados e pregamos, pregamos para que alguém ouça e
ouvindo, creiam e crendo, invoquem e invocando, sejam salvos. Mas somente invocarão
se crerem, por isso que no coração devemos crer que Deus ressuscitou a Jesus
dentre os mortos.
Assim, a palavra de Deuteronômio encontrou
alguém que subiu aos céus e alguém que desceu ao abismo e que de ambos fez
descer e subir o Cristo a quem Deus escolheu para pregarmos.
Portanto, se com nossa boca confessarmos o
que está dentro de nosso coração, seremos salvos. Paulo conclui este argumento
com mais uma palavra da Escritura do AT em Isaias que diz que todo aquele que
nele crê não será confundido.
Romanos 9:33 como
está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de
escândalo, e aquele que nela crê não será confundido.
Romanos 10:11 Porquanto
a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido.
Isaías 28:16 Portanto,
assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já
provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não
foge.
Oh quão insondáveis e profundos são os
caminhos do Senhor!
É a palavra de Deus que diz que já não há
mais distinção entre judeu e grego. Em Cristo, todos os que o invocarem, serão
salvos uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o
invocam.
Paulo, novamente se vale das Escrituras e
cita Joel:
Joel 2:32 E acontecerá que todo aquele que
invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém,
estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os sobreviventes,
aqueles que o SENHOR chamar.
Este mesmo Paulo citando Joel é o mesmo
Paulo que o Senhor defendia quando Ananias estava orando e dizendo tratar-se
ele de um perseguidor dos que invocavam o seu nome.
Atos 9:13 Ananias, porém, respondeu: Senhor,
de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos
teus santos em Jerusalém;
Atos 9:14 e para aqui trouxe autorização dos
principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
Porém a resposta divina para Ananias foi
que era para ele ir cumprir a missão que o Senhor estava dando a ele (orar por
ele para que ele fosse restaurado das vistas e fosse cheio do Espírito Santo),
pois tinha uma grande obra a fazer na vida de Paulo.
Atos 9:15 Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque
este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os
gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel;
Atos 9:16 pois eu lhe mostrarei quanto lhe
importa sofrer pelo meu nome.
... TODO
AQUELE QUE INVOCAR O NOME DO SENHOR SERÁ SALVO... É o Espírito Santo
falando por meio de Joel e confirmando por meio de seus apóstolos, Paulo,
Ananias e tantos outros, inclusive eu e você no presente século.
Agora sim vem a pergunta de Paulo que foi
muito perspicaz?
- como
invocarão aquele em quem não creram?
Reparem nos verbos a seguir e na ordem que
aparecem formando uma lógica que a minha Bebel de 8 aninhos captou
excelentemente e já está pregando por ai... vejamos a ordem inversa: SALVAR –
INVOCAR – CRER – OUVIR – PREGAR – ENVIAR...
Como irá o Senhor a todos SALVAR?
Somente serão salvos os que
INVOCAREM...
Somente invocarão os que
CREREM...
Somente crerão os que OUVIREM...
Somente ouvirão, se houver quem
PREGUE...
Somente pregarão se forem
ENVIADOS.
Paulo novamente se volta às Escrituras para
citá-la e aplicá-la àqueles que entenderam o recado de Deus e são pregadores de
sua palavra.
Eu não estou falando dos pregadores
oficiais de púlpito, mas os pregadores em geral, todos aqueles que sentem o
chamado por Deus e tem seus corações animados e sedentos por almas.
No vs. 14, onde se lê “naquele de quem” –
ARA – literalmente seria "naquele a quem", isto é uma indicação clara
de que Paulo via Cristo como o autêntico pregador do evangelho (cf. Jo 10.16;
Ef 2.17), assim, anunciar Cristo é, portanto, um ministério de grande honra
(cf. 2Co 3.4-11) - daí a citação de Is 52.7, no versículo 15.
Isaías 52:7 Que
formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir
a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu
Deus reina!
Infelizmente, nem todos os israelitas
aceitaram essa mensagem das boas novas e aí vem a pergunta de Isaías: "Senhor, quem creu em nossa mensagem?"
(NVI) ou “nossa pregação” (ARA) – Is
53.1; vs. 16.
A
“nossa pregação”
Isaías diz “nossa pregação”, isto é, não é
nossa de comunidade terrena, mas de comunidade celestial que envolvem duas
pessoas em uma. É Deus usando a pessoa terrena em parceria e sociedade que
forma a palavra “nossa”.
Portanto, não é minha pregação, não é a
pregação da Assembleia de Deus, ou da Batista ou da Presbiteriana ou da
Metodista, ou da Quadrangular, ou do Ministério Mais de Deus, ou de outra, mas
de Deus que junto com o homem que sai a semear a semente divina.
Para que invoquem e sejam salvos, porque as
Escrituras garantem que todos os que invocarem ao Senhor serão salvos, é
preciso crerem na “nossa pregação” e é ai que Paulo fala da fé que esta vem
pela pregação. Como irei levar meu irmão, amigo, chefe à fé que o fará invocar
o Senhor e ser salvo?
Pela “nossa pregação”. Somente a fé vem
pela pregação e a pregação certa é a “nossa pregação”, ou seja, a pregação da
Palavra de Cristo.
No entanto, nem todos os que ouvirem,
crerão por causa da rebeldia e de sua contradição, pois nos fala as Escrituras
de um povo rebelde e contradiz ente. O próprio homem não é coerente e enquanto
ele resistir à palavra que está sendo pregada, não poderá ser salvo.
No entanto, eu não quero saber dos que
rejeitam, mas de que pregarei, quer aceitem, quer rejeitem. Então iremos nos
lembrar do profeta Ezequiel e da casa rebelde.
Vejamos o capítulo 2, de Ezequiel que fala
de seu chamado e vocação. O Senhor disse a ele para pôr-se de pé que ele
falaria a ele, no entanto – repare -, foi o Espírito que entrou nele que o pôs
de pé e assim pode ouvir aquele que a ele se dirigia em palavras.
Deus deu a ordem para ele ficar de pé, mas
sem o Espírito não pode fazê-lo, do mesmo modo, Deus nos deu a ordem de
evangelizar, mas sem o Espírito não podemos evangelizar.
No Antigo Testamento, o Espírito de Deus
era preeminentemente o Espírito de profecia, o Espírito que capacitava o
profeta a tomar-se um canal da revelação (Nm 11.25-26,29; 1Sm 10.6; 19.20; 1 Rs
22.23-24; 2Rs 2.15; JI 2.28; Zc 7.12).
Deus estava comissionando Ezequiel e o
enviando aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra ele,
aos seus próprios pais que tinham transgredido contra ele até aquele dia.
Deus o estava enviando a um povo rebelde,
obstinado e de coração endurecido para a eles pregar a palavra de Deus. Seria
para Ezequiel dizer a eles a sua palavra legítima, quer ouvissem, quer não
ouvissem por que eram casa rebelde, no entanto, independentemente do efeito da
pregação, haveriam de saber que ali estivera diante deles um profeta chamado e
comissionado por Deus.
A tarefa de Ezequiel era duríssima, mas não
deveria temê-los, nem a eles, nem as suas palavras, ou ameaças. Ainda que
contra o profeta estivessem sarças, espinhos e escorpiões - figuras
representando os perseguidores daqueles que comunicavam a palavra santa de Deus
contra os desejos populares (cf. 1 Rs 18.4; Jr 20.7-18; Mt 23.29-31,34,37) –
Ezequiel deveria permanecer firme.
A função de Ezequiel era transmitir-lhes a
sua palavra, quer ouvissem, quer deixassem de ouvi-las – vs. 7. A mesma função
temos hoje, hodiernamente, com a missão de anunciar o evangelho a toda criatura
– Mc 16:15.
No verso 8, Deus aconselha o profeta, o
filho do homem, a não se tornar também casa rebelde e ai lhe oferece um rolo
para comer.
Dos versos 9 ao capítulo 3.3, a instrução
era para comer esse rolo. Uma vez que o profeta havia recebido o seu chamado,
Deus, com frequência, dava um sinal para confirmá-la (Êx 3.12; Jz 6.17-22; Jr
1.11-14). Moisés havia afirmado que Deus poria a sua palavra na boca dos
profetas (Dt 18.18), e aqui isso é vividamente retratado. O que o alimento
representava para o corpo, a Palavra de Deus representaria para o ministério de
Ezequiel.
Comumente os rolos eram escritos apenas de
um lado, mas compare também com Zc 5.3 e Ap 5.1.
Nesse rolo se achavam lamentações, suspiros
e ais. A primeira parte de Ezequiel contém, quase exclusivamente, oráculos de
julgamento contra Judá (caps. 1-24) e contra nações estrangeiras (caps. 25-32).
Voltando agora para nosso texto, eu pregarei
a boa semente porque sei que é Deus quem opera neles o querer e o executar. Meu
papel não é convencer ou fazer ninguém mudar de ideia ou de opinião ou de
religião, mas tenho o dever de anunciar como arauto de Deus a “nossa pregação”.
Não fomos chamados para convencer ninguém.
Não fomos chamados para converter ninguém. Não fomos chamados para fazer os
outros mudarem de opinião e serem conforme nós. Não fomos chamados para
pressionar quem quer que seja a mudar de comportamento. Não fomos chamados para
a tarefa de convencimento.
Nós fomos chamados para pregar a palavra
legítima e pura de Deus que os convencerá, que os converterá, que os fará
mudarem de opinião, de comportamento, que os convencerão, pelo Santo Espírito
Santo de Deus que fez com que Ezequiel se colocasse de pé, depois de Deus
ter-lhe dado ordens explicitas de ficar de pé.
Consequentemente, a fé vem por ouvir a
mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo ou na versão ARA,
a fé vem pela pregação e a pregação, pela palavra de Cristo.
Paulo, no vs. 18 afirma que por toda a
terra se fez ouvir a sua voz. O contexto imediato da citação de SI 19.4 é o da
revelação geral de Deus (SI 19.1-3). O uso que Paulo fez dela para provar que
Israel tinha ouvido o evangelho de Jesus Cristo pode ter uma destas duas
explicações, conforme a BEG:
(1)A
citação feita por ele dessa passagem do salmo pode trazer consigo o ensinamento
do salmo inteiro, o qual fala tanto da revelação geral como da particular. Esta
última ocorre dentro do contexto da primeira.
A
lógica ressaltada aqui pode ser a de que, se as pessoas sem uma revelação
particular "ouviram" a mensagem da glória de Deus na criação, quanto
mais aquelas que receberam uma revelação particular.
(2)Ou
simplesmente, Paulo pode ter citado as palavras do salmo e aplicado a linguagem
à pregação do evangelho por todo o mundo de uma maneira tipológica.
Nos vs. 19-21, Paulo
fala do fracasso dos judeus que não pode ser justificado com base no pretexto
nem da falta de oportunidade de ouvir a mensagem nem da impossibilidade de entendê-la.
Moisés e Isaías
contrastaram o povo de Deus com aqueles considerados loucos (Dt 32.21) e com
aqueles que, embora não buscassem a Deus, foram levados a conhecê-lo (Is 65.1).
Rm 10:1 Irmãos,
a boa vontade do meu coração
e a minha súplica a Deus a favor deles
são para que sejam salvos.
Rm 10:2 Porque lhes dou testemunho
de que eles têm zelo por Deus,
porém não com entendimento.
Rm 10:3 Porquanto,
desconhecendo a justiça de Deus
e procurando estabelecer a sua própria,
não se sujeitaram à que vem
de Deus.
Rm 10:4 Porque o fim da lei é Cristo,
para justiça de todo aquele que crê.
Rm 10:5 Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça
decorrente da lei viverá por ela.
Rm 10:6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz:
Não perguntes em teu coração:
Quem subirá ao céu?,
isto é, para trazer do alto
a Cristo;
Rm 10:7 ou: Quem descerá ao abismo?,
isto é, para levantar
Cristo dentre os mortos.
Rm 10:8 Porém que se diz?
A palavra está perto de ti,
na tua boca
e no teu coração;
isto é, a palavra da fé que
pregamos.
Rm 10:9 Se, com a tua boca,
confessares Jesus como Senhor
e, em teu coração,
creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo.
Rm 10:10 Porque com o coração
se crê para justiça
e com a boca
se confessa a respeito da salvação.
Rm 10:11 Porquanto a Escritura diz:
Todo aquele que nele crê não será confundido.
Rm 10:12 Pois não há distinção
entre judeu e grego,
uma vez que o mesmo é o
Senhor de todos,
rico para com todos os que
o invocam.
Rm 10:13 Porque:
Todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo.
Rm 10:14 Como, porém, invocarão
aquele em quem não creram?
E como crerão
naquele de quem nada
ouviram?
E como ouvirão,
se não há quem pregue?
Rm 10:15 E como pregarão,
se não forem enviados?
Como está escrito:
Quão formosos são os pés
dos que anunciam coisas
boas!
Rm 10:16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho;
pois Isaías diz:
Senhor, quem acreditou na
nossa pregação?
Rm 10:17 E, assim,
a fé vem pela pregação,
e a pregação, pela palavra
de Cristo.
Rm 10:18 Mas pergunto:
Porventura, não ouviram?
Sim, por certo:
Por toda a terra se fez
ouvir a sua voz,
e as suas palavras, até aos
confins do mundo.
Rm 10:19 Pergunto mais:
Porventura, não terá chegado isso ao conhecimento
de Israel?
Moisés já dizia:
Eu vos porei em ciúmes
com um povo que não é
nação,
com gente insensata eu vos
provocarei à ira.
Rm 10:20 E Isaías a mais se atreve e diz:
Fui achado pelos que não me procuravam,
revelei-me aos que não
perguntavam por mim.
Rm 10:21 Quanto a Israel, porém, diz:
Todo o dia estendi as mãos
a um povo rebelde
e contradizente.
Em meus próprios posts aqui no Jamais Desista, eu já falei demais sobre
Romanos 10 e repetir aqui seria enfadonho. Sugiro que pesquise que você
encontrará muitas boas reflexões. Entre elas aquela que minha filha de 8 anos
prega: EPOCIS – um pequeno acróstico que significa: E – enviar; P – pregar; O –
Ouvir; C – Crer; I – Invocar; e, S – Salvar.
Quem envia e quem salva? Quem prega? Quem ouve, crê e invoca?
Legalismo e antinomismo: Por que
devo obedecer à lei de Deus?[1]
Os cristãos devem obedecer à lei de Deus (Mt 28.20; Jo 1 4.1 5,21; Rm
2.13; 1Jo 2.3-6). A obediência devida é definida (1) pelo padrão correto (a
vontade revelada de Deus, isto é, a sua lei; Dt 30.8-14; Mt 5.16-20; Rm 2.13);
(2) por um coração correto (que ama a Deus e ao próximo; Dt 30.16; Mt 22.36-40;
Jo 14.15; 1Co 16.14; GI 5.14; 2Jo 1.6); (3) pelo objetivo correto (agradar e
glorificar a Deus, honrar a Cristo, contribuir para o avanço do reino de Deus e
beneficiar o próximo; Lc 18.29-30; Rm 8.7-8; 12.1-2; GI 1.10; Cl 1.10; 1Ts
2.3-4). Ao longo da História, porém, muitas pessoas interpretaram essas
verdades de maneira equivocada e, de um modo geral, caíram no extremo do
legalismo ou do antinomismo.
"Legalismo" é um termo amplo para certas perspectivas
impróprias da lei de Deus. Algumas formas de legalismo são resultantes de
motivos e propósitos distorcidos que levam os legalistas a considerarem as
ações corretas um modo de obter mais do favor de Deus do que se tem no momento.
Alguns buscam desamorosamente o benefício próprio, outros mudam os padrões da
revelação de Deus.
No Novo Testamento, encontramos exemplos tanto do legalismo farisaico
como do judaizante. Em vários sentidos, os fariseus eram formalistas que
enfatizavam os aspectos exteriores dos atos em detrimento dos motivos e
propósitos. Consideravam-se cumpridores fiéis da lei, embora (1) se
preocupassem excessivamente com questões secundárias, negligenciando o que era
mais importante (Mt 23.23-24); (2) sua casuística negasse o espírito e o
objetivo da lei (Mt 15.3-9; 23.16-24); (3) tratassem práticas tradicionais como
se fossem parte dotada de autoridade da lei de Deus, colocando a consciência
sob um jugo de prescrições humanas em casos em que Deus havia dado liberdade
(Mc 2.16-3.6; 7.1-8); e (4) fossem hipócritas sempre em busca da aprovação humana
(Mt 6.1-8; 23.2-7; Lc 20.45-47). Jesus tratou dessas questões com eles de modo
bastante incisivo.
Os judaizantes da igreja primitiva ensinavam que os cristãos gentios
deveriam fazer certas boas obras, como a circuncisão, a fim de obter maior
favor de Deus. Na epístola aos Gálatas, Paulo se opôs energicamente a essa
ideia, condenando os judaizantes por obscurecerem e, em essência, negarem a graça
plenamente suficiente do evangelho revelado em Jesus (GI 3.1-3; 4.21; 5.2-6).
Na epístola aos Colossenses, desenvolveu uma argumentação semelhante contra
aqueles que insistiam que os cristãos deviam realizar certas obras a fim de
obter a plenitude espiritual (Cl 2.8-23). Todas as fórmulas que exigem uma ação
humana para completar o que Cristo já nos concedeu representam uma volta ao
legalismo e insultam a Cristo.
"Antinomismo", que significa "oposição à lei", é
uma designação aplicada a várias ideias diferentes que negam a aplicabilidade
ou a importância da lei de Deus para a vida cristã:
Ao que parece, o antinomismo dualista esteve presente nas heresias
contra as quais Judas e Pedro escreveram (2Pe 2; Jd 4-19), e também pode ser
observado em outros momentos da história do povo de Deus. De acordo com essa
visão, a salvação é apenas para a alma, e o comportamento físico é irrelevante
tanto para o relacionamento com Deus quanto para a saúde da alma. Uma vez que o
comportamento físico não tem nenhuma consequência eterna, as transgressões
físicas da lei de Deus (p. ex., os pecados sexuais) são aceitáveis.
O antinomismo centrado no Espírito se fia de tal modo na intervenção do
Espírito Santo que nega a necessidade de o cristão ser instruído pela lei quanto
ao seu modo de viver. Nessa visão, a liberdade da lei como meio de salvação também
implica liberdade da lei como guia da conduta. Esse tipo de antinomismo se
tornou comum nos primeiros cento e cinquenta anos da Reforma. No entanto, a
insistência de Paulo em mostrar que a pessoa verdadeiramente espiritual
reconhece a autoridade da Palavra de Deus (1Co 14.37; cf. 7.40) sugere que essa
mentalidade já estava presente na igreja primitiva de Corinto.
O antinomismo centrado em Cristo argumenta que, pelo fato de os
cristãos estarem em Cristo, aquele que observou a lei em seu lugar, Deus os
considera inculpáveis, o que é verdade. No entanto, conclui equivocadamente com
base nesse fato que os cristãos têm toda a liberdade de adotar o pecado como
modo de vida desde que continuem a crer em Cristo como seu Salvador. Mas 1Jo
1.8-2.1 (que explica 1.7) e 3.4-10 apontam numa outra direção, mostrando que
não é possível estar em Cristo e, ao mesmo tempo, adotar o pecado como modo de
vida.
O antinomismo dispensacionalista afirma que, tendo em vista os cristãos
viverem sob a dispensação da graça e não da lei, não precisam guardar a lei
moral. No entanto, passagens como Rm 3.31 e Tg 2.8-13 mostram claramente que a
observância da lei continua sendo uma obrigação dos cristãos.
O antinomismo dialético, defendido por Karl Barth e Emil Brunner, nega
que a lei bíblica seja uma ordem direta de Deus. Afirma, antes, que as
injunções da Bíblia dão ocasião à Palavra do Espírito que pode ou não
corresponder exatamente ao significado original das Escrituras.
O antinomismo situacionista afirma que, nos dias de hoje, a única coisa
que Deus exige dos cristãos é uma intenção ou motivo baseado no amor e que as
injunções éticas específicas das Escrituras são apenas exemplos de como o amor
foi expresso em determinadas épocas e lugares. Esses exemplos podem ser
desconsiderados nos dias de hoje, desde que a motivação continue sendo o amor.
As passagens das quais esse ponto de vista se vale, como Rm 13.8-10, ensinam
que essas ordens específicas não podem ser obedecidas sem amor, mas também
afirmam a importância de cumprir os mandamentos específicos.
É preciso enfatizar que a lei moral, conforme esta se encontra resumida
nos Dez Mandamentos e detalhada nos ensinamentos éticos de ambos os Testamentos,
é uma lei coerente, instituída para ser um código da prática do povo de Deus de
todas as eras. O Espírito é dado para capacitar os cristãos a obedecerem à lei
e para nos tornar cada vez mais semelhantes a Cristo, o arquétipo de obediência
à lei (Mt 5.1 7). Na verdade, essa observância fiel da lei é o cumprimento da
nossa natureza humana e as Escrituras não dão nenhuma esperança de salvação
para aqueles que se recusam a se voltar do pecado para a justiça (1Co 6.9-11; Ap
21.8). Veja o artigo teológico "Os três usos da lei", em SI 119.
[1]Extraído da
Bíblia de Estudo de Genebra – BEG – Artigo Teológico em Rm 10.
...
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Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um
escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual,
notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de
QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus;
ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 9/16, na parte IV.
Breve
síntese do capítulo 9.
Complicado este capítulo, não é mesmo? Inicia dizendo que preferiria ser
anátema por amor aos seus compatriotas... Ele fala da justiça e da verdade de
Deus que se torna evidente quando realçada pela mentira e pela injustiça. No
entanto, não é Deus nem injusto, nem falso.
Se a injustiça e a falsidade põem em relevo a verdade e a justiça, como
Deus pode ser considerado injusto ou falso? Os judeus que buscavam a justiça e
a verdade não conseguiram alcançá-la e os gentios que não a buscavam a
alcançaram. Como pode ser isso e como pode haver então a justiça e a verdade?
Paulo explica tão profundamente que não deixa dúvidas alguma, mas exige
de nós fé! A mesma fé que se tivessem os judeus buscado, teriam encontrado, mas
foram buscar as obras ou nas obras e ai tropeçaram na pedra de tropeço!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. OS PAPÉIS DOS JUDEUS E DOS GENTIOS NA HISTÓRIA (9.1 – 11.36).
Judeus e gentios têm
papéis distintos, mas interconectados na história da salvação. Tendo
demonstrado que judeus e gentios são igualmente pecadores (1.1-3.20), que podem
encontrar salvação do mesmo modo (3.21-8.39), o apóstolo Paulo voltou-se para
os distintos papéis deles no plano de Deus para a História.
Sua consideração sobre
esse tópico se divide em três partes principais: a descrição da eleição divina (9.1-29),
a incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10), e exortações para judeus e gentios
(11.11-36). Elas, portanto, formarão, conforme a BEG, nossa proposta de divisão
em três partes: A. A soberana eleição de Deus (9.1-29); B. Incredulidade e fé
de Israel (9.30-11.10); e, C.
Advertências e encorajamentos para judeus e gentios (11.11-36).
A. A soberana eleição de Deus (9.1-29).
Paulo discutiu em grandes detalhes acerca
da posição equivalente que judeus e gentios desfrutam perante Deus. Nesse
ponto, ele fez uma pausa para se certificar de que suas perspectivas sobre
Israel haviam sido adequadamente compreendidas. Para isso, o apóstolo apelou
primeiro para o principio bíblico da eleição divina.
Veremos nos versos de 1 ao 5 que Paulo
explicou sua lealdade e preocupação para com seus compatriotas israelitas.
Em nenhum lugar as Escrituras definem o que
seja "consciência". Aqui e em 2.15; 13.5 Paulo falou dela como uma
autoconsciência moral informada pela revelação divina. Nessa passagem, ele fez
um juramento lícito para declarar a sua sinceridade.
Ele alega estar falando a verdade e apela
para a sua consciência a qual é confirmada pelo Espírito Santo de que ele mesmo
desejaria ser anátema, ou seja, amaldiçoado e separado de Cristo por amor de
seus irmãos, os de sua raça.
Embora ele fosse o apóstolo dos gentios,
Paulo fez ecoar os sentimentos de Moisés diante da incredulidade dos judeus (Ex
32.30-32). Eles eram seus parentes, e o apóstolo se angustiava por eles (vs.
2). Sua disposição em sofrer a maldição de Deus pela sua parentela era uma
declaração radical de seu amor e preocupação por ela. Obviamente uma figura de
linguagem para expressar o quanto ele desejava aquilo.
Paulo fez uma lista de oito aspectos nos
quais Israel foi abençoado por Deus (veja 3.1-2):
(1)A adoção. Dentre toda a humanidade, Deus
adotou Israel como seu filho (Dt 8). A adoção era tanto um grande privilégio,
pois ela abria a possibilidade de salvação, quanto uma grande responsabilidade,
pois era demonstrada por meio de provações.
(2)A glória. Embora Deus seja onipresente,
às vezes ele manifesta a sua presença de um modo especial e num lugar
específico. Israel recebeu o privilégio de estar próximo da presença muitas
vezes visível, especial e gloriosa de Deus:
üNo
Sinai (Ex 19.18-20).
üNo
tabernáculo (Ex 40.34-38; 2Sm 7.5-6).
üNo
templo (1 Rs 8.1-13; 2Cr 6).
(3)As alianças. Toda a humanidade estava
incluída no pacto/aliança de Deus com Adão (5.12-21) e em sua aliança com Noé
(Gn 6.17-18; 9.9ss.), mas o povo de Israel estava unido ao Senhor mediante
alianças nacionais com Abraão (Gn 15; 17), Moisés (Ex 20-24; 34) e Davi (2Sm 7;
SI 89; 132). A BEG recomenda conhecer o seu quadro “As principais alianças na
Bíblia”, em Gn 9.
(4)A legislação. A lei dada por intermédio de
Moisés era uma verdadeira bênção para Israel (Ex 19.1-5), e não uma maldição.
(5)O culto. O templo estava no centro do
culto de Israel a Deus. Os sacrifícios, as orações e os louvores eram
oferecidos nele (1Rs 8.29ss; 2Cr 6.19ss.).
(6)As promessas. A nação de Israel recebeu
muitas promessas, mas provavelmente Paulo tinha em mente aqui as que foram
dadas a Abraão (Gn 15; 17).
(7)Os patriarcas. Os patriarcas Abraão, Isaque e
Jacó, bem como José e seus irmãos, receberam muitas bênçãos de Deus que foram
transferidas como privilégios e responsabilidades para as gerações futuras.
(8)O Messias, o descendente: Cristo. Jesus não apenas nasceu para Israel, mas ele realizou o seu
ministério entre os judeus também.
As palavras de Paulo atribuem divindade a
Cristo de maneira direta, como aqui quando diz ser o Cristo, Deus acima de
tudo, bendito para sempre. Amém! Essa é a tradução mais natural do grego, mas
outra tradução é possível: "Cristo... Louvado para sempre seja Deus, que
está sobre todas as coisas!”.
Ele também diz para não pensarmos que a
palavra de Deus tenha falhado, ou seja, sua promessa e seu plano de ser o Deus
da descendência de Abraão (Gn 17.7-8). Na época do Antigo Testamento, a
descendência natural não garantia automaticamente a herança da promessa, pois
Deus havia escolhido aquele que a herdaria.
De um ponto de vista humano, cada filho era
contado como herdeiro, mas para receber a promessa cada um tinha que aceitar a
aliança com fé salvadora. Esse princípio está evidente nas famílias de Abraão e
Isaque. Isso fica muito claro quando ele diz que não são os filhos naturais os filhos
de Deus, mas os filhos da promessa. Esses, sim, são contados como descendência
de Abraão.
Paulo explica a escolha de Deus que nada
tinha a ver com obras ou presciência. Ainda não eram os gêmeos nascidos, nem
tinham praticado o bem ou o mal. O caso de Jacó e Esaú confirma de modo
conclusivo o argumento de Paulo sobre a eleição com três considerações.
(1)Eles
eram gémeos (isto é, tão próximos de uma semelhança natural quanto era
possível).
(2)O
propósito de Deus reverteu até mesmo a distinção natural que existia entre eles,
já que Esaú (o mais velho) teve que servir a seu irmão mais novo.
(3)Esse
propósito divino foi estabelecido antes do nascimento deles (e, portanto,
independentemente de suas ações).
A eleição não está baseada em ações, feitos
ou fé antevistos. Ao contrário, ela se baseia na graça soberana e
predestinadora de Deus.
Ele diz, no vs. 13, amei Jacó, porém me
aborreci de Esaú. Esse propósito distinto de Deus na eleição (vs. 11) é
confirmado mais profundamente pelas palavras de MI 1.2-3, que fala acerca do
amor de Deus pela nação de Israel e sua aversão pela de Edom.
Nela é explicado que o amor divino por
Israel estava arraigado na livre escolha de Deus que preferiu Jacó a Esaú.
Aqui essa palavra “aborreci” não pode ser
reduzida a "amou menos que", como o contexto de MI 1.3-4 deixa claro.
Ela carrega um sentido mais forte de rejeição, aversão e juízo definitivo.
Que diremos, pois? – vs. 14. Compare com
8.31. O apóstolo Paulo reconheceu que a sua declaração anterior não poderia
passar sem um comentário mais profundo.
Esse propósito distinto e soberano de Deus
não colocava em risco seu atributo com respeito à justiça perfeita? Essa ideia é
claramente inconcebível, como Paulo expressou com seu enfático "De modo
nenhum!" (veja também 6.2,15; 7.7).
Ele explicou a razão de ela ser inconcebível
ao citar duas passagens bíblicas (Ex 33.19; 9.16) nos versículos 15 e 17. Essas
passagens revelam que Deus é justo em mostrar misericórdia para com alguns
enquanto endurece o coração de outros.
Quando ele mostra misericórdia, a pessoa
não recebe uma recompensa merecida por seus próprios esforços; ao contrário,
Deus estende a sua graça soberana e gratuita para as pessoas que são moralmente
incapazes de qualquer esforço aceitável (1.18-3.20).
O Senhor não deve misericórdias a ninguém;
portanto, não há injustiças nenhuma quando ela não é mostrada. A outorga de
misericórdia é uma prerrogativa divina; ela repousa unicamente na boa vontade
de Deus.
Quando ele "endureceu" o coração
de Faraó (vs. 18), o entregou aos seus desejos já desenfreados e maus como um
ato de julgamento que resultou, por fim, na demonstração do poder divino na
destruição do exército de Faraó (Ex 14.17-18,23-28).
Quando Paulo diz que a Escritura disse a
Faraó, na verdade foi Deus quem falou a Faraó por intermédio de Moisés (Ex
9.16). Entretanto, aqui Paulo salientou que as palavras da Escritura e a voz e
a autoridade de Deus são um.
Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele
quer, e endurece a quem ele quer. Só que ele não sou eu, nem é você ou mesmo o
homem ou anjos ou qualquer outra entidade, ele, simplesmente, é Deus! Quem endurece
é Deus. Entenda! Deus é quem endurece. E o que é Deus se não a justiça, a
verdade, o amor?
Paulo continua e essa pergunta é
espetacular: "Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois, quem resiste à
sua vontade?" – vs. 19.
De que se queixa ele ainda? (ARA). Por meio
de qual critério de justiça pode Deus lançar naqueles que ele mesmo endureceu a
culpa pelos seus pecados? Se a rebelião deles se ajusta ao plano de Deus para
suas vidas, então por que ele os considera responsáveis por ela?
O apóstolo Paulo respondeu às perguntas do
versículo 19 afirmando ser uma falta de respeito por parte dos seres humanos questionarem
a justiça dos métodos de Deus. O oleiro tem todo o direito de fazer com o seu
barro como lhe apraz (Is 64.8). Tudo pertence ao "mesmo barro" (isto
é, a humanidade caída em Adão; cf. vs. 10-13; 5.12-14).
Todo pecado ativo perante Deus endurece as
pessoas ao pecarem (1.18-28).
O fato de Deus mostrar misericórdia a qualquer
um da massa adàmica e criar a partir dela vasos para honra é uma demonstração
de graça suprema; já o fato de outros se tornarem vasos para desonra (ignóbeis)
é um assunto que diz respeito à sua prerrogativa soberana e é em si mesmo uma
demonstração de sua perfeita justiça para com eles. (Seria oportuna a reflexão
sugerida pela BEG em seu excelente artigo teológico “Predestinação e
presciência”, em Rm 8).
Paulo não entrou em detalhes a respeito dessa
preparação para a ira – vs. 22-24. Entretanto, o uso da voz passiva no primeiro
caso aponta para alguma forma de ação divina - uma ideia reforçada pelo uso da
voz ativa no segundo.
O acréscimo das palavras "de
antemão" em conexão com os vasos de misericórdia pode estar voltado para
aquela misericórdia que tem origem na boa vontade de Deus desde a eternidade
(8.29-30), ao passo que a ira em questão está diretamente relacionada à
impiedade e injustiça existentes (cf. 1.18-32).
A distinção feita entre o eleito e o
réprobo não está baseada neles próprios (pois todos merecem a ira), mas
exclusivamente na vontade de Deus.
Todavia, dentro desse contexto, a ira
experimentada pelos objetos preparados para a destruição é a justa recompensa
pelo pecado.
Paulo retornou ao tema das relações de Deus
com judeus e gentios – vs. 24. Seu foco é que, como divino Oleiro, Deus é livre
para escolher não apenas os judeus, mas também os gentios. E nenhum ser humano
tem o direito de questionar os métodos divinos.
Paulo fez referência a Os 1.10; 2.23, que
são profecias acerca da restauração de Israel após o exílio – vs. 25 e 26. Sob
o juízo do exílio, Deus revogou o título "meu povo" dos israelitas
(distintivo que fazia parte da aliança), mas prometeu chamá-los novamente de
"meu povo" após o exílio.
O que Paulo está dizendo é que a eleição
dos gentios não é mais notável do que a dos judeus que foram condenados como
"Não-Meu-Povo".
Paulo se referiu a Is 1.9; 10.22-23 ao
tocar no assunto do remanescente que é deixado como descendência. Nesses
versículos, o profeta Isaías disse que somente alguns poucos israelitas
escapariam do juízo de Deus.
A ênfase do apóstolo era que Deus não havia
prometido salvação universal para todos os israelitas. Ele prometeu somente que
um remanescente seria salvo – 26 a 29. Esse princípio era muito importante para
a compreensão de Paulo sobre o plano de Deus para a história de judeus e
gentios.
B. Incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10).
Desde o vs. 30 ao capítulo 11.10, estaremos
vendo a incredulidade e a fé de Israel. Depois de estabelecer a importância da
eleição divina no lugar da identidade étnica, o apóstolo Paulo tratou da
realidade da fé e da incredulidade de Israel.
Que diremos, pois? (Veja
o vs. 14. Trata-se da mesma pergunta) Tendo explicado a incredulidade dos
judeus em termos da soberania divina, Paulo agora a diagnostica como
consequência de um compromisso prioritário e fatal com um falso caminho de
justiça.
Ele viu a soberania
divina e a culpa da obstinação humana como os dois lados da realidade. Pela graça
e soberania de Deus, os gentios, que não buscavam a justiça divina, agora a
receberam mediante a fé em Cristo.
Mas Israel, como povo,
falhou em recebê-la porque a buscava por uma estrada em que ela não poderia ser
encontrada. Cristo foi para os judeus como uma pedra de tropeço (essa figura é
de Is 8.14; 28.16) na qual eles tropeçaram (vs. 32-33; 1Pe 2.8).
Os gentios, que não
buscavam justiça, a obtiveram, uma justiça que vem da fé; mas Israel, que
buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou.
Paulo continua: Por que
não? Porque não a buscaram pela fé, mas pelas obras. Eles tropeçaram na
"pedra de tropeço". Como está escrito: "Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair; e
aquele que nela confia jamais será envergonhado" - Rm 9:30-33.
Provavelmente, Paulo
tinha em vista de novo a lei mosaica. O erro que os judeus cometeram não estava
no objetivo, mas sim na maneira usada por eles para buscá-lo ("não
decorreu da fé, e sim como que das obras"; vs. 32).
Rm 9:1 Digo a verdade em Cristo,
não minto,
testemunhando
comigo,
no
Espírito Santo,
a
minha própria consciência:
Rm 9:2 tenho grande tristeza
e incessante dor no coração;
Rm 9:3 porque eu
mesmo desejaria ser anátema,
separado
de Cristo,
por
amor de meus irmãos,
meus
compatriotas,
segundo
a carne.
Rm
9:4 São israelitas.
Pertence-lhes
a adoção e
também a glória,
as
alianças,
a
legislação,
o
culto
e
as promessas;
Rm
9:5 deles são os patriarcas,
e
também deles descende o Cristo,
segundo
a carne,
o qual é sobre todos,
Deus bendito para todo o sempre. Amém!
Rm 9:6 E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado,
porque nem todos os
de Israel
são,
de fato, israelitas;
Rm 9:7 nem por
serem descendentes de Abraão
são
todos seus filhos;
mas: Em Isaque será
chamada a tua descendência.
Rm
9:8 Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser
considerados como descendência
os
filhos da promessa.
Rm 9:9 Porque a palavra da promessa é esta:
Por esse tempo,
virei, e Sara terá um filho.
Rm
9:10 E não ela somente, mas também Rebeca,
ao
conceber de um só, Isaque, nosso pai.
Rm
9:11 E ainda não eram os gêmeos nascidos,
nem tinham
praticado o bem ou o mal
(para
que o propósito de Deus,
quanto
à eleição, prevalecesse,
não
por obras,
mas
por aquele que chama),
Rm 9:12 já fora dito a ela:
O mais velho será
servo do mais moço.
Rm 9:13 Como está escrito:
Amei Jacó,
porém
me aborreci de Esaú.
Rm 9:14 Que diremos, pois?
Há injustiça da
parte de Deus?
De
modo nenhum!
Rm 9:15 Pois ele diz a Moisés:
Terei misericórdia
de quem me aprouver ter misericórdia
e compadecer-me-ei
de quem me aprouver ter compaixão.
Rm 9:16 Assim, pois, não depende
de quem quer
ou de quem corre,
mas
de usar Deus a sua misericórdia.
Rm 9:17 Porque a Escritura diz a Faraó:
Para isto mesmo te
levantei,
para
mostrar em ti o meu poder
e
para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.
Rm 9:18 Logo,
tem ele
misericórdia de quem quer
e também endurece a
quem lhe apraz.
Rm 9:19 Tu, porém, me dirás:
De que se queixa
ele ainda?
Pois
quem jamais resistiu à sua vontade?
Rm 9:20 Quem és tu, ó homem,
para discutires com
Deus?!
Porventura,
pode o objeto perguntar a quem o fez:
Por
que me fizeste assim?
Rm
9:21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa,
para
do mesmo barro fazer
um
vaso para honra
e
outro, para desonra?
Rm 9:22 Que diremos, pois,
se Deus, querendo
mostrar a sua ira
e
dar a conhecer o seu poder,
suportou
com muita longanimidade
os
vasos de ira,
preparados
para a perdição,
Rm
9:23 a fim de que também desse a conhecer
as
riquezas da sua glória
em
vasos de misericórdia,
que para glória preparou de antemão,
Rm 9:24 os quais
somos nós,
a
quem também chamou,
não
só dentre os judeus,
mas
também dentre os gentios?
Rm 9:25 Assim como também diz em Oséias:
Chamarei povo meu
ao
que não era meu povo;
e amada,
à
que não era amada;
Rm 9:26 e no lugar
em que se lhes disse:
Vós
não sois meu povo,
ali
mesmo serão chamados
filhos
do Deus vivo.
Rm 9:27 Mas, relativamente a Israel,
dele clama Isaías:
Ainda
que o número dos filhos de Israel
seja
como a areia do mar,
o
remanescente é que será salvo.
Rm 9:28 Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra,
cabalmente e em
breve;
Rm 9:29 como Isaías já disse:
Se o Senhor dos
Exércitos não nos tivesse deixado descendência,
ter-nos-íamos
tornado como Sodoma
e
semelhantes a Gomorra.
Rm 9:30 Que diremos, pois?
Que os gentios, que
não buscavam a justificação,
vieram
a alcançá-la,
todavia,
a que decorre da fé;
Rm 9:31 e Israel,
que buscava a lei de justiça,
não
chegou a atingir essa lei.
Rm 9:32 Por quê?
Porque não decorreu
da fé,
e
sim como que das obras.
Tropeçaram
na pedra de tropeço,
Rm 9:33 como está escrito:
Eis que ponho em
Sião uma pedra de tropeço
e rocha de
escândalo,
e aquele que nela
crê
não
será confundido.
A justiça que decorre da fé e não das obras! Afinal de contas quem tem
mais obras, quem anda na fé ou quem anda nas obras? Quem anda nas obras quer
ser recompensado pelo que faz, mas quem crê naquele que justifica produz mais
obras do que o que quer fazer, por que não é ele mesmo mas a graça de Deus na
vida dele.
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Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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