Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um
escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual,
notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de
QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus;
ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 7/16, na parte II.
Breve
síntese do capítulo 7.
Como pode a lei ser boa e eu ao cumpri-la ou tentar cumpri-la, se me
tronar em mal? Engraçado, não é? Pois bem, a lei não torna ninguém melhor, nem
pior, mas ela, como diz Paulo, é santa, perfeita e boa. A lei é o agente
revelador de nossa natureza e não o agente modificador dela.
Ele nos diz que a lei tem domínio sobre o homem. É como a figura do
casamento que obriga os cônjuges, pela lei do casamente, a serem fiéis. Ela não
os torna fiéis e ela não é má, pelo contrário: santa, prefeita e boa. Enquanto
o homem estiver ligado à mulher pelo casamento estão sujeitos à lei, mas
sobrevindo a morte, qual seria o sentido da lei?
Assim, nós não estamos mais obrigados pela lei porque morremos e agora
pertencemos a outro, a saber, ao Senhor. Já que não estou obrigado pela lei,
por isso, posso dar lugar ao pecado? Jamais! Isso mesmo – só a proposição – é
uma grande insensatez!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A SALVAÇÃO PARA JUDEUS E GENTIOS (3.21-8.39) – continuação.
Como dissemos, a salvação vem para judeus e
gentios do mesmo modo. Para todos, a justificação é somente mediante a fé, à
parte das obras; e a santificação mediante a confiança no poder do Espírito
Santo. Estamos vendo até o capítulo 8.39, a salvação para judeus e gentios.
Tendo mostrado que tanto judeus como gentios são pecadores carentes de
salvação, Paulo passou a explicar como a salvação alcança a todos.
Assim, seguindo a divisão proposta pela
BEG, teremos duas divisões principais: A. A justificação (3.21-5.21) – estamos vendo: 1. Somente pela fé
(3.21-31) – já vimos; 2. O exemplo de
Abraão (4.1-25) – já vimos; 3. Os
benefícios da justificação (5.1-11) – já
vimos; 4. Cristo: o novo Adão (5.12-21) – já vimos; B. A santificação (6.1-8.39): 1. A destruição do domínio
do pecado (6.1-23) – já vimos; 2. A
luta contra o pecado (7.1-25) – veremos
agora; 3. Vivendo pelo Espírito (8.1-39).
B. A santificação (6.1-8.39) - continuação.
Como já dissemos, até o capitulo oito,
estaremos vendo a santificação. Tendo focado a justificação pela fé somente e
os benefícios que vêm de Cristo para os que creem, Paulo passou a tratar da
vida crista, ou da doutrina da santificação: sua consideração sobre o assunto
se divide em três partes principais: a destruição do domínio do pecado
(6.1-23), a luta permanente contra o pecado (7.1-25) e a vida no Espirito
(8.1-39).
2. A luta contra o pecado (7.1-25).
Veremos nos próximos 25 versículos a nossa
luta permanente contra o pecado. Tendo lançado o fundamento da união na morte e
na ressurreição de Cristo como a fonte da salvação, o apóstolo se aprofundou
mais sobre o relacionamento do crente com a lei.
Nessa passagem – vs. 1 ao 6 -, o apóstolo
Paulo se estendeu sobre o tema do relacionamento do crente com a lei.
A ideia principal é que assim como a morte
física altera os relacionamentos segundo a lei, a morte em Cristo também altera
as obrigações legais do crente.
A punição que a lei exige é a morte, mas
aqueles que morreram por meio da união com Cristo já sofreram essa penalidade.
A lei já fez todo o mal que pôde a eles; ela não tem mais autoridade para
condená-los.
Nos versículos 2-3 esse princípio é
ilustrado pela analogia com o casamento. Quando um cônjuge morre, a lei que
rege o relacionamento cessa a sua aplicação e um novo casamento deixa de ser
pecado. Casar de novo após a morte de um cônjuge é totalmente coerente com o
evangelho cristão (1Tm 5.14).
De modo semelhante, a morte dos crentes em
Cristo quebra os grilhões da desobediência e da morte pelos quais a lei os
prendia na carne à condenação em Adão (5.12-21).
Agora eles, ressuscitados para uma nova
vida por meio da união com Cristo, em sua ressurreição, estão livres para
pertencer a Cristo (livre no sentido de poder se casar com outra pessoa; vs. 3)
com a finalidade de produzir frutos para Deus (vs. 4).
A vida em Adão era uma vida "segundo a
came" (vs. 5). Os crentes estavam outrora sujeitos à complexa mistura de
Adão, pecado, lei, condenação e morte. A palavra traduzida por
"carne" se refere às compulsões de corações rebeldes e corrompidos
que a lei constantemente estimula em direção aos atos pecaminosos.
O fruto do antigo casamento foi a
"morte" (vs. 5), porém em Cristo esse casamento adâmico com a lei
deixou de existir; os crentes não estão mais "debaixo da lei" (vs. 14),
mas libertados dela (vs. 6).
O novo casamento (ou seja, a união de
Cristo com o crente) é a entrada para uma nova vida dominada pelo Espírito
Santo, o qual concede novo poder para o crente cumprir a lei santa de Deus. (neste
ponto a BEG recomenda refletir em seu excelente artigo teológico "Os três
usos da lei", em SI 119).
O raciocínio de Paulo está correto, pois
nesse ponto alguém poderia indagar então se seria a lei pecado? Até aqui, as
alusões de Paulo à lei foram de caráter negativo, mas estreitamente focadas.
A função negativa que ela representou na
vida da humanidade caída não é uma difamação da lei propriamente dita (observe
a linguagem veemente usada em 3.31). O mandamento, que nos leva a conhecer a
realidade do pecado em nosso sistema moral e espiritual (3.20; 5.13,20), é em
si mesmo "santo, e justo, e bom" (vs. 12).
A lei é boa no sentido de ela ser o agente
revelador do pecado. No entanto, o pecado, aproveitando a oportunidade dada
pelo mandamento, produziu em mim todo tipo de desejo cobiçoso. Pois, sem a lei,
o pecado está morto.
Aqueles que não conhecem os mandamentos de
Deus em pormenores pecam menos gravemente do que os que conhecem (Lc 12.48).
Além disso, como a lei fornece informações sobre mais maneiras para se pecar e
a carne deseja pecar, o conhecimento dela produz mais desejos de se praticar o
pecado. No entanto, ainda que o pecado seja menos expressivo sem a lei, ele
nunca está ausente.
Que coisa mais estranha, antes, eu vivia
sem a lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu, e eu morri. Não é
"vivia" no sentido de possuir vida espiritual (6.11), mas segundo o
juízo formado por ele próprio sobre viver.
Conhecer a lei, que prometia vida mediante
obediência (vs. 10), fez Paulo compreender que a guarda de suas ordens era
exigida. Mas a tentativa de obedecer a ela o fez verificar que interiormente,
nos desejos do seu coração (p. ex., a cobiça - vs. 7 - o pecado proibido no
décimo mandamento), ele tinha quebrado de modo contínuo a lei, antes mesmo de
perceber que fazia isso. E quando viu o que fazia, ele não conseguiu parar o
ciclo vicioso.
Por isso, o apóstolo escreveu que o pecado,
a força impulsora contrária a Deus e oposta à lei dentro dele, "enganou-[o]
e [o] matou" (vs. 11; isto é, convenceu-o de modo muito profundo que ele
estava espiritualmente sem vida e perdido). Paulo ofereceu sua própria
experiência como um indicador de como o pecado e a lei se relacionam em cada
pessoa.
Foi dessa forma que Paulo descobriu que o
próprio mandamento, destinado a produzir vida, na verdade, nele, produziu a
morte – vs. 10. (Veja Is 18.5; Dt 30.15,19.) Em si mesma, a lei demarca um
caminho que garante o favor de Deus e a felicidade das pessoas. Porém, onde
reina o pecado esse caminho não pode ser seguido, e assim, a lei acaba por
trazer somente miséria e morte.
Aqui – vs. 11 -, como em outras passagens
de Romanos, a sombra do Éden emerge na linguagem de Paulo (Gn 3.13; cf. 2Co
11.3; 1Tm 2.14). Paulo afirma que fora enganado pelo pecado que se aproveitou
do mandamento, o enganou e por meio da lei o matou.
A lei reflete o caráter de Deus
("santo"). Ela é a norma objetiva para a resposta pactua! da
humanidade a Deus ("justo"). E é também benéfica para os seres
humanos, os quais foram criados à imagem de Deus ("bom").
O dilema de Paulo era como o bom poderia
tornar-se morte para ele? “Acaso o bom se
me tornou em morte?” – vs. 13. Paulo afirmou que foi o pecado dentro dele
que se tornou a causa de sua morte espiritual ao levá-lo a quebrar o bom
mandamento de Deus. Por isso, ele é visto como “sobremaneira maligno".
Conforme a BEG, a partir dos vs. 14 ao 25,
notaremos uma mudança repentina dos verbos para o tempo presente nos versículos
15-25, em contrate com as declarações descritas no passado nos versículos 7-13,
levanta a questão sobre se Paulo estava nesse pondo descrevendo a experiência
que ele próprio estava vivendo.
Há uma variedade de interpretações
possíveis:
(1)O
apóstolo descrevia a experiência de pessoas não regeneradas ou, talvez, de
judeus descrentes em particular.
(2)Ele
falava a respeito de um cristão numa condição espiritual enfraquecida, uma
pessoa que não conseguia fazer uso dos recursos vindos da habitação interior do
Espírito.
(3)Paulo
se referia a uma experiência de transição, possivelmente vivenciada por ele
mesmo, de alguém que foi conscientizado de sua verdadeira necessidade
espiritual, mas que não tinha entrado ainda no refrigério completo da justificação
pela graça.
(4)Ele
descrevia, de um ponto de vista cristão, a situação de pessoas piedosas antes
da chegada de Cristo e do Pentecostes.
(5)O
apóstolo Paulo descrevia a situação normal de cristãos em geral, os quais ainda
não cumprem perfeitamente as exigências da lei, embora eles estejam "em
Cristo" e livres da condenação dela.
Esta última perspectiva é a interpretação
mais provável e a que era aceita por Agostinho, Calvino, Lutero e Melanchthon.
Ela é a que melhor explica a mudança feita por Paulo para o tempo presente,
embora o seu tema nos versículos 7-25 (a lei santa de Deus estimulando e
expondo o pecado) continuasse o mesmo.
E também é a que melhor explica a presença
de elementos encontrados somente em pessoas que foram unidas como Cristo
ressurreto para uma nova vida no Espírito aqui na autoanálise feita pelo
apóstolo (6.4-11; 7.6; 8.4-9).
Diversos fatores revelam que o conflito
descrito foi uma experiência de Paulo como uma pessoa regenerada:
(1)A
consciência de Paulo de que a lei de Deus é "espiritual" em
prescrever o comportamento exato ao qual o Espirito induz (vs. 14).
(2)O
prazer dele na lei de Deus e o seu desejo de cumpri-la completamente (vs.
15-23).
(3)A
aflição do apóstolo pelo fato de o pecado dentro dele frustrar os seus propósitos
e a sua gratidão pela perspectiva do livramento dessa frustração no futuro (vs.
24; 8.23).
(4)A
distinção feita por Paulo entre a sua "mente" (que visava à
obediência) e a sua "carne" (que ainda pecava).
Esse profundo conflito é inerente à vida em
Cristo para todo crente da terra, pois Cristo habita nos crentes (GI 2.20),
assim como ainda habita neles o pecado (vs. 17,20).
No vs. 14, Paulo afirma que a lei é
espiritual. Uma descrição mais profunda da lei (cf. vs. 12). Longe de
rejeitá-la (3.31), Paulo declarou que ela vem do Espirito Santo.
De fato, a lei estabelece os padrões
(conquanto apropriado para os tempos do Antigo Testamento especialmente) aos
quais a vida governada pelo Espírito deve se conformar.
Embora a lei fosse espiritual, ele dizia de
si que, todavia, era carnal, vendido à escravidão do pecado. Por essas
expressões serem reservadas geralmente para descrentes, alguns estudiosos concluem
que Paulo descreveu a si mesmo antes de sua regeneração. Porém, é mais provável
que o apóstolo reconhecesse simplesmente que, até mesmo como crente, ele não
tinha escapado completamente dos efeitos da queda. Ele ainda aguardava a
redenção do seu corpo (8.23).
Paulo não entendia o que fazia – vs. 15.
Paulo conseguia reconhecer, mas não explicar, o contraste entre o
"eu" e o "pecado que habita em mim" (vs. 17,20).
Havia um conflito real e perturbador entre
as forças do pecado e a graça na vida dele. Mesmo assim, ele sabia que, embora
o pecado ainda acompanhasse a sua nova identidade em Cristo nesta vida, essa
identidade chegaria um dia ao triunfo final sobre o pecado que habitava nele
(6.2-14).
A situação aqui se torna muito complicada. O
dilema é grande na vida de Paulo e na vida, óbvio, de todos nós. Vejamos os vs.
de 14 a 20:
üA
lei é espiritual.
üEu
não sou espiritual.
üEu
fui vendido como escravo ao pecado.
üEu
não entendo o que faço.
üEu
não faço o que desejo, mas o que odeio.
üEu
sei que a lei, portanto, é boa, santa e justa.
üO
mal não sou eu quem pratica, mas o pecado que habita em mim.
Ora, se faço o que não desejo,
admito que a lei é boa. Então, neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o
pecado que habita em mim.
üEu
sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne.
Isso é claro porque tenho o
desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é
o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora,
se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em
mim.
Duas leis ou forças impulsoras - a carne e
o Espírito - operam dentro do crente. O eu regenerado ama a lei de Deus e é
devotado a ele por meio da capacitação vinda do Espírito Santo; mas na atual
existência, a poderosa força do pecado que habita no crente continua a operar,
impedindo-o de realizar o seu desejo por uma obediência que não se enfraquece
(GI 5.17).
Em razão disso, surge
uma pergunta fatal na mente de Paulo, no vs. 24: Quem me livrará... ? Essa pergunta não é um grito de desespero,
pois Paulo sabia a resposta dela e a forneceu no versículo 25. Do corpo sujeito a esta morte?
A resposta é o corpo
físico decaído, visto como o meio pelo qual o pecado é expresso. O desejo de
Paulo não era ficar livre do corpo, como se a existência material em si mesma
fosse maligna. Em vez disso, ele ansiava pela libertação em Cristo que um dia resultaria
definitivamente num corpo glorioso e ressurreto (8.23; 2Co 5.2-4; Fp 3.20).
Paulo resumiu o estado
de frustração que ele vinha descrevendo desde o versículo 14. Ele primeiro dá
graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor e expressa sua solução de que ele,
de si mesmo, isso quer dizer “eu, a única e a mesma pessoa” iria servir a Deus
com sua mente, sabendo que sua carne, condenada, serviria o pecado.
A minha mente é de
Cristo, mas a minha carne serve ao pecado. Paulo aprovava totalmente o bom
mandamento de Deus, embora o pecado ainda permanecesse dentro dele.
Sabedores disso, desse dilema, do mal que habita em nós e que estará
conosco até ao final da jornada, qual deve ser nosso proceder, de forma a
maximizarmos as glórias e alegrias no Senhor e ao mesmo tempo minimizarmos o
egoísmo?
Rm 7:1 Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei),
que a lei tem
domínio sobre o homem toda a sua vida?
Rm 7:2 Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido,
enquanto ele vive;
mas,
se o mesmo morrer,
desobrigada
ficará da lei conjugal.
Rm 7:3 De sorte que será considerada adúltera se,
vivendo ainda o
marido,
unir-se
com outro homem;
porém, se morrer o
marido,
estará
livre da lei
e
não será adúltera se contrair novas núpcias.
Rm 7:4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei,
por meio do corpo
de Cristo,
para
pertencerdes a outro,
a
saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos,
a
fim de que frutifiquemos para Deus.
Rm 7:5 Porque, quando vivíamos segundo a carne,
as paixões
pecaminosas postas em realce pela lei
operavam
em nossos membros,
a
fim de frutificarem para a morte.
Rm 7:6 Agora, porém, libertados da lei,
estamos mortos para
aquilo a que estávamos sujeitos,
de
modo que servimos
em
novidade de espírito
e
não na caducidade da letra.
Rm 7:7 Que diremos, pois?
É a lei pecado?
De
modo nenhum!
Mas eu não teria conhecido o
pecado,
senão
por intermédio da lei;
pois
não teria eu conhecido a cobiça,
se a lei não
dissera:
Não
cobiçarás.
Rm 7:8 Mas o pecado,
tomando ocasião
pelo mandamento,
despertou
em mim toda sorte de concupiscência;
porque,
sem lei, está morto o pecado.
Rm 7:9 Outrora, sem a lei, eu vivia;
mas, sobrevindo o
preceito,
reviveu
o pecado,
e
eu morri.
Rm 7:10 E o mandamento que me fora para vida,
verifiquei que este
mesmo se me tornou para morte.
Rm 7:11 Porque o pecado,
prevalecendo-se do
mandamento,
pelo
mesmo mandamento,
me
enganou
e
me matou.
Rm 7:12 Por conseguinte,
a lei é santa;
e o mandamento,
santo,
e
justo,
e
bom.
Rm 7:13 Acaso o bom se me tornou em morte?
De modo nenhum!
Pelo contrário,
o
pecado, para revelar-se como pecado,
por
meio de uma coisa boa,
causou-me
a morte,
a
fim de que, pelo mandamento,
se
mostrasse sobremaneira maligno.
Rm 7:14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual;
eu, todavia, sou
carnal,
vendido
à escravidão do pecado.
Rm 7:15 Porque nem mesmo compreendo
o meu próprio modo
de agir,
pois
não faço o que prefiro,
e
sim o que detesto.
Rm 7:16 Ora, se faço o que não quero,
consinto com a lei,
que
é boa.
Rm 7:17 Neste caso,
quem faz isto já
não sou eu,
mas
o pecado que habita em mim.
Rm 7:18 Porque eu sei que em mim,
isto é, na minha
carne, não habita bem nenhum,
pois
o querer o bem está em mim;
não,
porém, o efetuá-lo.
Rm 7:19 Porque não faço o bem que prefiro,
mas o mal que não
quero,
esse
faço.
Rm 7:20 Mas, se eu faço o que não quero,
já não sou eu quem
o faz,
e
sim o pecado que habita em mim.
Rm 7:21 Então, ao querer fazer o bem,
encontro a lei
de
que o mal reside em mim.
Rm 7:22 Porque, no tocante ao homem interior,
tenho prazer na lei
de Deus;
Rm
7:23 mas vejo, nos meus membros,
outra
lei que, guerreando contra a lei da minha mente,
me
faz prisioneiro da lei do pecado
que está nos meus membros.
Rm 7:24 Desventurado homem que sou!
Quem me livrará do
corpo desta morte?
Rm
7:25 Graças a Deus por Jesus Cristo,
nosso
Senhor.
De maneira que eu,
de mim mesmo,
com
a mente,
sou
escravo da lei de Deus,
mas,
segundo a carne,
da lei do pecado.
Um dia deixaremos de sermos contraditórios quando aquilo que preferimos,
isso faremos. Por enquanto, nem compreendemos nosso próprio modo de agir, mas
Paulo suspira aliviado dizendo que com a mente servirá ou será escravo da lei
de Deus, mas segundo a carne, da lei do pecado.
São duas leis! Escolhemos a quem serviremos... conta-se uma história de
um sábio índio que descreveu certa vez em seus conflitos internos:
"Dentro de mim existem dois lobos, um deles é cruel e mau, o outro
é muito bom e dócil. Os dois estão sempre brigando...”.
Quando então lhe perguntaram qual dos lobos ganharia a briga, o sábio
índio parou, refletiu e respondeu:
"Este livro será um marco para muitos crentes." J. I. Packer Pontaria mortal contra o coração do pecado! Este livro encoraja e orienta o crente que luta para derrotar o mal interior. Uma notável missão de reconhecimento por trás das linhas inimigas, descrevendo com cuidado as forças espirituais que nos atacam e nos atraem invadindo o nosso coração. Lundgaard nos prepara contra esses assaltos relembrando-nos quão vulneráveis poderemos ser quando convencemos de que estamos seguros demais para cair. Aqui está um eficaz lembrete de que, fora da graça de Deus, somos muito mais fracos do que imaginamos – mas que maior é o que está em nós do que o que está no mundo. Bryan Chapell – Presidente, Covenant Theological Seminary -
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um
escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual,
notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de
QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus;
ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 6/16, na parte II.
Breve
síntese do capítulo 6.
Que capítulo profundo, interessante e esclarecedor. Ele fala do pecado e
da graça procurando nos demonstrar que em Cristo somos novas criaturas já não
mais dominadas pelo pecado, mas vivas pela e para a graça de Cristo Jesus.
Ele começa dizendo que seria correto, agora, permanecermos no pecado
para a graça ser mais abundante? Sua resposta é taxativa, categórica e firme:
de mondo nenhum! O que seria permanecer no pecado em primeiro lugar?
Não está parecendo opção pelo viver em pecado como se tivéssemos tal capacidade
de não vivermos em pecado? Se nós morremos para o pecado, como ainda viveremos
no pecado? Em Cristo, Deus me devolveu a capacidade de escolha de não
permanecer no pecado?
Na verdade, em Cristo Jesus eu fui sepultado com ele. Eu mesmo morri com
ele. Eu mesmo fui batizado na sua morte. Eu mesmo fui sepultado, com ele, o
Senhor, na sua morte. Esta é uma realidade presente e futura. É o famoso “já e
ainda não”: eu já morri com Cristo, mas ainda não!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A SALVAÇÃO PARA JUDEUS E GENTIOS (3.21-8.39) – continuação.
Como dissemos, a salvação vem para judeus e
gentios do mesmo modo. Para todos, a justificação é somente mediante a fé, à
parte das obras; e a santificação mediante a confiança no poder do Espírito
Santo. Estamos vendo até o capítulo 8.39, a salvação para judeus e gentios.
Tendo mostrado que tanto judeus como gentios são pecadores carentes de
salvação, Paulo passou a explicar como a salvação alcança a todos.
Assim, seguindo a divisão proposta pela
BEG, teremos duas divisões principais: A. A justificação (3.21-5.21) – estamos vendo: 1. Somente pela fé
(3.21-31) – já vimos; 2. O exemplo de
Abraão (4.1-25) – já vimos; 3. Os
benefícios da justificação (5.1-11) – já
vimos; 4. Cristo: o novo Adão (5.12-21) – já vimos; B. A santificação (6.1-8.39): 1. A destruição do domínio
do pecado (6.1-23) – veremos agora;
2. A luta contra o pecado (7.1-25); 3. Vivendo pelo Espírito (8.1-39).
B. A santificação (6.1-8.39).
Até o capitulo oito, estaremos vendo a
santificação. Tendo focado a justificação pela fé somente e os benefícios que
vêm de Cristo para os que creem, Paulo passou a tratar da vida crista, ou da
doutrina da santificação: sua consideração sobre o assunto se divide em três
partes principais: a destruição do domínio do pecado (6.1-23), a luta
permanente contra o pecado (7.1-25) e a vida no Espirito (8.1-39).
1. A destruição do domínio do pecado (6.1-23).
O próprio Paulo se preocupava com o fato
real de que o pecado continua presente na vida dos crentes. Ele explicou que os
seguidores de Cristo devem responder a essa realidade pelo entendimento da
união deles com a morte e a ressurreição de Jesus (6.1-14) e por uma vida nele
como servos da justiça (vs. 15-23).
Mortos e vivos em Cristo (6.1-14).
Naturalmente, a insistência de Paulo em
afirmar que a abundância do pecado é enfrentada pela superabundância da graça
(5.20) levanta a seguinte questão: Se o pecado faz a graça superabundar, por
que, então, não pecarmos mais? O apóstolo respondeu que continuar sob o domínio
do pecado é contradizer a nova identidade do crente em Cristo.
A resposta, óbvia, é taxativa: de modo
nenhum! – vs. 2. Uma frase padrão para expressar um recuo chocado e total
rejeição da ideia (3.31; 6.15; 7.7,13; 9.14; 11.1,11).
A ideia é que morremos para o pecado. Os
crentes foram unidos com Cristo tanto na sua morte como na sua ressurreição, de
modo que, num sentido espiritual e legal, a sua morte se tornasse a deles. Como
resultado, eles não estão mais sob o domínio do pecado.
O batismo, como sinal e selo da nova
aliança, une aqueles que têm fé salvadora com Cristo. Essa união com Jesus tem
muitas implicações (a BEG sugere reflexões em seu excelente artigo teológico
"A união com Cristo”, em Gl 6), mas Paulo se concentrou aqui na união dos
crentes com ele em sua morte e ressurreição.
Jesus morreu no tocante ao pecado e à
maldição da lei, e o mesmo acontece com os crentes. E assim como ele ressuscitou
para uma nova vida, os que creem ressuscitam também para uma nova vida nele.
O "velho homem" se refere a Adão
e às pessoas representadas por ele. A vida em Adão é "velha" para os
crentes porque eles foram unidos com Cristo, o novo homem. Didaticamente, eu
chamo essas duas naturezas de VENAM e de CRIVIM, ou seja, Velha Natureza
Adâmica Morta e Cristo Vivem em Mim.
VENAM foi pregado na cruz com ele para que
o corpo do pecado fosse destruído cabalmente. O corpo natural decaído é
associado ao pecado porque está corrompido por ele e porque a vida pecaminosa
em Adão é vivida num corpo corruptível.
No entanto, Paulo não quis dizer com isso
que o corpo em si mesmo seja pecaminoso. Em outras passagens ele ensinou que o
que é corruptível um dia será transformado em corpo físico incorruptível,
renovado pelo Espírito (1Co 15.35-54). Com um corpo que não mais perece, os
crentes desfrutarão (fisicamente) do esplendor da vida na nova terra (Ap
21.1-22.5).
Veja por exemplo um carro possante como uma
Ferrari nas mãos de qualquer um. Os limites de velocidade existem, bem como as
regras de trânsito. Quem comete infração não é o carro, mas o piloto. O carro
tem potência e capacidades e não pode ser culpado de nada.
Embora a BEG comente que a união com Cristo
em sua morte não elimina inteiramente a corrupção atual do corpo, a qual
continuará a existir até que Jesus retorne em glória, eu prefiro dizer que sim,
elimina completa e totalmente, mas que seus efeitos somente podem ser vividos
atualmente na fé e futuramente, plenamente, sem necessidade de fé.
Já no presente momento, essa união põe fim
ao papel do corpo como o lugar a partir do qual o pecado domina os crentes. O
corpo de um cristão agora é um membro do corpo de Cristo (1 Co 6.15), o templo
do Espírito Santo (1 Co 6.19), consagrado ao Senhor e que produz fruto santo em
sua obra (6.13,22; 7.4; 12.1).
Veja o raciocínio de Paulo e ele está
certíssimo: quem já morreu foi justificado do pecado – vs. 7. O apóstolo Paulo
personificou o pecado como um monarca (5.21), como um general que usa várias
partes do corpo como suas armas ("instrumentos"; vs. 13) e como um
patrão que paga salário (vs. 23). Nesse contexto, a justificação do pecado
significa a libertação da tirania do mesmo, e não de sua presença ou
influência.
Ele continua em sua lógica argumentando que
se já morremos com ele, agora, pois, também cremos que com ele viveremos! Isso
inclui a ideia da ressurreição final do corpo. Porém, antes mesmo de Cristo
retornar em glória, nós já experimentamos a renovação interior da vida da
ressurreição (2Co 4.16; Ef 3.16), pois nos tornamos "vivos para Deus” (vs.
11).
Então ele nos aconselha a nos considerarmos
mortos para o pecado – vs. 11. Reconhecer, levar em conta, perceber que isso (ou
seja, o que foi dito nos vs. 1-10) é a verdade sobre cada crente.
E, com base nessa premissa, não devemos
deixar, doravante, o pecado reinar em nós. Tendo em vista que o reino do pecado
foi destruído, todas as tentativas por parte dele de recuperar o domínio podem
e devem ser resistidas. O corpo (vs. 13), outrora regido por desejos
pecaminosos, não deve mais ser submetido a eles. É uma guerra! Eles irão
atacar, mas nós iremos resistir e vencer, sempre!
No lugar de oferecermos nosso corpo ao
pecado, iremos, agora, oferece-los a Deus. Tal como outrora os crentes
ofereceram a si mesmos de modo total ao pecado, eles agora devem se oferecer de
modo total a Deus. Um novo Senhor assumiu a posição.
Agora, devemos agir como já ressurretos
dentre os modos. Tudo isso deve ser feito de maneira consciente, como uma expressão
deliberada da nossa nova identidade em Cristo.
Como nesse processo Deus é ativo e nós somos
passivos, nós nos oferecemos a ele como forma de gratidão e alegria pelas suas
bênçãos em Cristo.
A promessa de Paulo é que o pecado não terá
domínio sobre nós. Essa é uma promessa, e não um mandamento ou uma exortação. Eu
vejo tudo isso muito ligado à fé e eu estarei mais forte ou mais fraco,
conforme eu sentir a minha fé, mais forte ou mais fraca. O meu esforço deve,
portanto estar em manter-me o mais próximo quanto possível de Deus em comunhão com
ele, dando glórias a ele e nele se alegrando, do contrário, mesmo tendo
condições de resistir, não irei prevalecer.
Como “mortos” não estamos debaixo da lei, e
sim da graça. Paulo não quis dizer com isso que os cristãos não têm nenhuma
obrigação moral para com a lei de Deus (A BEG nos remete à reflexão em seu
excelente artigo teológico “Os três usos da lei”, em SI 119).
Ao contrário, os crentes estão capacitados
pelo Espírito de Deus para obedecer à sua lei (8.1-2). À luz desse contexto,
"debaixo da lei" significa estar sob o senhorio e a condenação do
pecado, tendo em vista que este é avultado por ela naqueles que estão em Adão
(5.20; 6.20-23; 7.9-10).
Os crentes estão debaixo "da
graça" no sentido de que estão em Cristo, aquele que fez superabundar a
graça de Deus em resposta à abundância do pecado (5.15). Portanto, eles estão
livres de sua tirania e condenação.
Servos da justiça (vs. 15-23).
Em virtude do exposto,
alguém, malignamente, poderia argumentar então que melhor é pecar ainda mais
porque estamos debaixo da graça e não da lei. Sua resposta também é taxativa: “de
maneira nenhuma” – vs. 15.
O fato de que os cristãos
não estão debaixo da lei (em Adão), mas sim da graça (em Cristo) pode parecer
dar licença para a negligência moral. Todavia, Paulo negou isso.
O reino da graça em
Cristo foi projetado para propiciar uma vida justa. A liberdade da graça é a
liberdade no tocante ao senhorio do pecado e, portanto, para a obediência e
serviço a Deus. Não se trata de uma liberdade para se submeter voluntariamente
ao senhorio do pecado.
Embora Paulo não
hesitasse em ressaltar a atividade humana na vida cristã ("vos
ofereceis" no vs. 16; e "viestes a obedecer" no vs. 17), ele
reconhecidamente atribuiu toda justiça à graça de Deus.
O oposto da escravidão
do pecado é o comprometimento com o novo estilo de vida que a graça produz.
Aqui estão em vista tanto o evangelho quanto o tipo de ensino dado nos
capítulos 12-16, talvez com o próprio Cristo como o modelo (cf. Ef 4.20-21).
A ilustração da servidão
é uma representação inadequada da vida cristã, especialmente no contexto
romano, pois ela sugere a severidade da servidão humana, e assim, expressa de
uma maneira não apropriada a verdade de que o jugo de Cristo é suave (Mt
11.28-30). Entretanto, talvez Paulo tenha aplicado essa metáfora por acreditar
que o perigo maior estava em falhar no cumprimento da responsabilidade moral e
pessoal para com o Senhor.
O fato é que antes
éramos servos do pecado e oferecíamos os nossos membros à impureza e à maldade
que leva ao pecado; agora, somos servos da justiça e devemos oferecer também
nossos corpos à justiça que nos levará à santidade. Quem nos conduz à santidade
é a graça de Deus.
Também era fato que
quando éramos escravos do pecado, estávamos livres da justiça, mas qual seria o
fruto disso cujo fim é a morte e cujas lembranças nos fazem corar diante do
Espírito Santo?
Nessas expressões (vocês
foram libertados do pecado; vocês se tornaram escravos de Deus) o apóstolo
Paulo traçou o processo completo da salvação de uma pessoa.
Por meio da união com
Cristo, nós somos libertos do juízo da lei e da tirania do pecado. Então nos
tornamos servos da justiça porque temos nova vida em Cristo. Essa nossa nova
vida nos leva a uma vida de santificação, ou santidade. E o resultado final de
tudo isso é o dom da vida eterna.
Paulo concluiu com uma
comparação espetacular entre os salários do pecado e os dons gratuitos de Deus.
Paulo distinguiu o juízo (algo que merecemos) da salvação (algo que recebemos
inteiramente pela graça).
Depois de termos visto,
neste capítulo 6 que houve a destruição do domínio do pecado, no próximo
capítulo, estaremos vendo a nossa luta contra o pecado e depois, no 8, a nossa
vida no Espírito.
Rm 6:1 Que diremos, pois?
Permaneceremos no pecado,
para que seja a graça mais
abundante?
Rm 6:2 De modo nenhum!
Como viveremos ainda no
pecado,
nós os que para ele
morremos?
Rm 6:3 Ou, porventura, ignorais
que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus
fomos batizados na sua
morte?
Rm 6:4 Fomos, pois, sepultados
com ele na morte pelo batismo;
para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos
pela glória do Pai,
assim também
andemos nós em novidade de
vida.
Rm 6:5 Porque, se fomos unidos com ele
na semelhança da sua morte,
certamente, o seremos também
na semelhança da sua ressurreição,
Rm 6:6 sabendo isto:
que foi crucificado com ele o nosso velho homem,
para que o corpo do pecado
seja destruído,
e não sirvamos o pecado
como escravos;
Rm 6:7 porquanto quem
morreu
está justificado do pecado.
Rm 6:8 Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos,
Rm 6:9 sabedores de que,
havendo Cristo ressuscitado
dentre os mortos,
já não morre; a morte
já não tem domínio sobre
ele.
Rm 6:10 Pois, quanto a ter morrido,
de uma vez para sempre morreu para o pecado;
mas, quanto a viver, vive
para Deus.
Rm 6:11 Assim também vós
considerai-vos mortos para o pecado,
mas vivos para Deus, em
Cristo Jesus.
Rm 6:12 Não reine, portanto,
o pecado em vosso corpo mortal,
de maneira que obedeçais às
suas paixões;
Rm 6:13 nem ofereçais cada um
os membros do seu corpo ao pecado,
como instrumentos de iniquidade;
mas oferecei-vos a Deus,
como ressurretos dentre os
mortos,
e os vossos membros, a
Deus,
como instrumentos de justiça.
Rm 6:14 Porque o pecado
não terá domínio sobre vós;
pois não estais debaixo da
lei,
e sim da graça.
Rm 6:15 E daí? Havemos de pecar
porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça?
De modo nenhum!
Rm 6:16 Não sabeis que
daquele a quem vos ofereceis
como servos para
obediência,
desse mesmo a quem
obedeceis
sois servos,
seja do pecado para a morte
ou da obediência para a
justiça?
Rm 6:17 Mas graças a Deus porque,
outrora, escravos do pecado,
contudo, viestes a obedecer de coração
à forma de doutrina a que
fostes entregues;
Rm 6:18 e, uma vez
libertados do pecado,
fostes feitos servos da
justiça.
Rm 6:19 Falo como homem,
por causa da fraqueza da vossa carne.
Assim como oferecestes os vossos membros
para a escravidão
da impureza
e da maldade para a
maldade,
assim oferecei, agora, os vossos membros
para servirem à justiça
para a santificação.
Rm 6:20 Porque, quando éreis escravos do pecado,
estáveis isentos em relação à justiça.
Rm 6:21 Naquele tempo, que resultados colhestes?
Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais;
porque o fim delas é morte.
Rm 6:22 Agora, porém, libertados do pecado,
transformados em servos de Deus,
tendes o vosso fruto para a
santificação
e, por fim, a vida eterna;
Rm 6:23 porque o salário do pecado
é a morte,
mas o dom gratuito de Deus
é a vida eterna
em Cristo Jesus,
nosso Senhor.
No verso 16, ele fala em nos oferecermos como servos em obediência.
Temos assim, então, dois senhores. Logo, pelo fato de me ter sobrado apenas
duas escolhas, já sei que sou escravo! Ou sou escravo para a escravidão do
pecado para a morte ou sou escravo para a liberdade da obediência para a
justiça. Não é demais?
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