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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Atos 17 1-34 - O ARREPENDIMENTO NÃO É UM PEDIDO, MAS UMA ORDEM DE DEUS.

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 17, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 17
Chegou Paulo à Tessalônica onde havia uma sinagoga de judeus e ali arrazoou com eles acerca das Escrituras ao expor e demonstrar que foi necessário que Cristo padecesse e que ressurgisse dos mortos.
Paulo muito eficaz na evangelização conseguiu conquistar muita gente e isto despertou nos judeus inveja e logo estavam trabalhando contra Paulo, contra Jesus e contra Deus ao qual pensavam estar defendendo.
Eu vejo Atos assim: Deus levantando os seus que saem com poder e autoridade pregando o evangelho onde o Espírito Santo colabora com eles com milagres, sinais e maravilhas; Deus permitindo que haja o levante daqueles que duramente se opõem à pregação do evangelho.
Aqueles que fazem a obra de Deus não encontram a paz para isso, antes, vivem em constante perseguição e forte oposição. Sempre que havia grandes obras a serem realizadas, lá estava também uma grande perseguição... É incrível!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – estamos vendo; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36 - 18.22) - continuação.
Desde o verso 36, do capítulo 15, anterior, ao 18.22 estamos, como dissemos, vendo a segunda viagem missionária de Paulo. Lucas registrou a segunda fase missionária de Paulo aos gentios.
Eles acabaram de passar por Anfípolis e Apolônia e agora chegaram à Tessalônica.
Anfípolis foi a capital do distrito norte da Macedônia entre 167-142 a.C., e situava-se cerca de 50 km a sudoeste de Filipos; Apolônia situava-se mais além, cerca de 40 km. Ambas as cidades ficavam na Via Egnatia, uma estrada que levava a Tessalônica.
Paulo e seus companheiros estavam ansiosos para chegar a Tessalônica, que ficava cerca de 65 km depois de Apolônia. Tessalônica era a capital da província da Macedônia, com uma população em torno de duzentas mil pessoas. Nos dias de Paulo, essa cidade era o centro administrativo e comercial de toda a província.
Eles foram a uma sinagoga judaica e por três sábados discutiu com eles com base nas Escrituras. Paulo pode ter permanecido em Tessalônica muito mais tempo do que três sábados consecutivos.
A igreja de Filipos mandava-lhe ajuda constantemente (Fp 4.16), e ele põe transmitir uma razoável quantidade de ensino doutrinário aos cristãos tessalonicenses (veja 1 e 2Ts). No entanto, o texto não indica quanto tempo transcorreu entre o terceiro sábado e a saída forçada de Paulo e Silas.
Muita gente fora convencida ao evangelho, entre elas judeus, gregos e mulheres de alta posição. Isso causou inveja nos demais judeus que reuniram homens perversos entre os desocupados e procuraram incitar a multidão. Até a casa de Jairo foi invadida na busca deles por Paulo e Silas para os levarem diante da multidão enfurecida.
Como não os encontraram pegaram mesmo Jason para ser bode expiatório e disseram que aqueles que haviam transtornado o mundo tinham chegado ali naquela região e se hospedado na casa de Jason. Pelo que a multidão e os oficiais da cidade ficaram agitados, indignados, principalmente porque agiam – essa era a acusação – contra os decretos de César.
Na verdade, Paulo pregou sobre o reino espiritual de Deus (14.22; 19.8; 20.25; 28.23,31), porém os seus adversários distorceram a mensagem dando a entender que Paulo pregava oposição política contra Roma.
Por volta desse período, Cláudio César (40-50 d.C.) expulsou os judeus de Roma por causa de distúrbios populares supostamente instigados por "Cresto", uma provável referência a Cristo.
Para aplacar aquela ira e fúria, estipularam uma fiança e Jason teve de arcar com ela para ser solto. No entanto, assim que chegou a noite os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia. Uma cidade (atual Verria) aos pés do monte Olímpio, distante cerca de 80 km a sudoeste de Tessalônica.
Os bereanos eram mais nobres que os de Tessalônica porque receberam com entusiasmo as palavras de Paulo, mas foram conferi-las para verem se isso realmente era procedente. Eles estavam examinando as Escrituras todos os dias.
Os judeus de Bereia compararam os ensinos de Paulo com as Escrituras, desse modo estabelecendo um bom exemplo para a igreja ao longo da História.
Novamente, os judeus invejosos de Tessalônica agitaram a multidão e passaram a perseguir Paulo e Silas na Beréia sempre com a mesma estratégia maligna de agitar e alvoroçar a multidão.
Os irmãos então se dividiram e enviaram Paulo e alguns homens para Atenas e Silas e Timóteo ficaram na Beréia. Depois, ficou certo de se encontrarem, tão logo fosse isso possível.
Enquanto isso, em Atenas, Paulo observava a cidade e ficou muito indignado com o que via. Essa cidade, localizada cerca de 10 km a nordeste do porto de Pireu, no litoral do golfo Sarônico, possuía uma grande herança cultural.
No começo do século 5 a.C., Atenas alcançou o apogeu sob o comando do grande líder político Péricles (495-429 a.C.), um período marcado pela construção do Partenon e vários templos e outras estruturas magníficas, além do surgimento dos grandes poetas clássicos Ésquilo, Sófocles, Eurípides e Aristófanes.
Apesar de conquistada pelos romanos em 146 a.C., Atenas continuou a ser um dos grandes centros intelectuais e culturais do mundo antigo.
Na Acrópole, além do Partenon e outros templos com imagens idólatras, havia outros edifícios públicos comerciais que exibiam diversas estátuas de deuses, tanto nos mercados abaixo como em toda a região ao redor da Acrópole.
Paulo começou então a discutir com eles baseado nas Escrituras. Ele discutia na sinagoga com judeus e com gregos tementes a Deus, bem como na praça principal, todos os dias, com aqueles que por ali se encontravam – vs. 17.
Quem estava fortemente discutindo com ele agora eram os estóicos e os epicureus.
Epicuro (342-270 a.C.), fundador do sistema filosófico conhecido como epicurismo, ensinava que o objetivo principal da pessoa era viver de maneira prazerosa e sem dores, aflições ou medos.
Por outro lado, Zenão de Cicio (340-265 a.C.), fundador do estoicismo, ensinava a necessidade de viver em harmonia com a natureza, recorrer somente à razão e outros recursos autossuficientes, e pregava um Deus panteísta como sendo a "alma do mundo".
No entanto, ambas as escolas filosóficas salientavam a busca pela paz de espírito. Eles o chamavam de tagarela. Um termo pejorativo para indicar alguém que coleciona refugos filosóficos ou um camelô de ideias desconexas. Eles até estavam tentando entender o que Paulo pregava. Eles diziam que Paulo pregava deuses estrangeiros e boas novas a respeito de Jesus e da ressurreição.
Foi nisso que o levaram para o Areópago – vs. 19. Do grego Areios pagos, literalmente "colina de Ares", às vezes chamada de "colina de Marte" uma vez que o deus grego da guerra, Ares, era equivalente ao deus romano Marte, deus da guerra.
O termo veio a indicar o conselho que se reuniu pela primeira vez nessa colina (situada a noroeste da Acrópole) para julgar um crime de assassinato.
Posteriormente passou a servir de lugar de reunião para o conselho da cidade, e durante o período romano foi usado para as reuniões do conselho judicial que supervisionava a educação, a religião e outros assuntos morais.
Nos dias de Paulo, o conselho se reunia no Pórtico (ou Colunata) Real, que ficava na extremidade noroeste do mercado Essa reunião tinha o objetivo de julgar as ideias religiosas de Paulo.
Eles estavam curiosos e queriam saber com mais detalhes do que Paulo falava, pois eles de nada cuidavam a não ser falar ou ouvir as últimas novidades.
Paulo se levanta e começa a pregar o evangelho. Ele primeiro fala da religiosidade dos atenienses e das suas buscas, de seus objetos de culto, altares pelo que ele tinha encontrado um deles que se encaixava dentro do que pretendia lhes falar e anunciar.
Ele estava vindo ali em nome do Deus desconhecido que tinha uma placa inscrita em seus altares dizendo: “AO DEUS DESCONHECIDO” – vs. 23.
Poderia ser uma referência ao Altar dos Doze Deuses em Atenas ou talvez algum outro altar que foi erigido com essa inscrição para garantir que nenhum deus fosse esquecido.
Paulo reaplicou as citações e usou essa inscrição para elaborar o seu discurso sobre o Deus vivo e pessoal que criou o mundo, que não é feito de pedra, não está confinado às construções humanas, que criou a humanidade e controla continuamente a História e o lugar onde as pessoas devem viver.
Dos vs. 24 ao 27, encontramos as seguintes características que Paulo compartilhou de Deus:
·         Ele é o Deus criador que criou todas as coisas; que criou os céus e a terra e tudo o que neles há.
·         Ele é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas.
·         Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas.
·         De um só, fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar.
·         Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós.
Paulo disse que Deus nos trouxe à existência e que continuamos a existir apenas por meio de sua providência. No mundo antigo, três grandes mistérios da filosofia e da ciência eram as questões sobre a vida, o movimento e a existência.
Paulo, ciente de que os atenienses não conheciam o Antigo Testamento, citou três poetas gregos cuja referência principal era Zeus, o principal deus grego, e a partir disso passou a aplicar essas citações ao Deus vivo e pessoal do céu.
Primeiro, Paulo citou um texto da obra Cretica, atribuído ao poeta cretense Epiménides (c. 600 a.C.): “pois em ti nós vivemos e nos movemos e existimos".
Depois, citou Cleanto (331-233 a.C.) em sua obra Hino a Zeus, 4, e o poeta ciliciano Arato (c. 315-240 a.C.) em sua obra Phaenomena, 5: "Pois nós também somos sua descendência".
Apesar das ideias distorcidas que os pagãos têm a respeito de Deus, demonstram conhecer algumas coisas sobre ele (Rm 1.20-21).
Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena a todos os povos, em todos os lugares que se arrependam. Ou seja, Deus levou em consideração o limitado conhecimento que os atenienses tinham sobre ele, porém nesse momento Paulo estava revelando a verdade acerca do Deus vivo e eles estavam sendo chamados a se arrependerem de seus pecados.
Assim, sendo Deus, estabeleceu um dia também em que há de julgar o mundo por meio de um varão que destinou. No dia do julgamento final (Ap 20.12-15), a rejeição dos atenienses ao homem que Deus destinou resultará numa derradeira e justa rejeição deles por Jesus.
Paulo entatizou que o chamado de Deus ao arrependimento e à fé não é um convite, mas uma ordem.
Até ao ponto em que ele falou da ressurreição dos mortos, eles o ouviram; depois, não mais. Alguns zombaram disso e outros deram desculpas que a respeito disso o ouviriam mais tarde, ou seja, nunca mais.
Paulo, então, ausentou-se deles. Também houve os que creram e se juntaram a eles. Entre os novos crentes um que se chamava Dionísio, membro do Areópago e também uma mulher chamada Dâmaris e ainda outros com eles.
A palavra pregada tem esse efeito duplo: amolece a cera e endurece o barro.
At 17:1 Tendo passado por Anfípolis e Apolônia,
chegaram a Tessalônica,
onde havia uma sinagoga de judeus.
At 17:2 Paulo,
segundo o seu costume,
foi procurá-los
e, por três sábados,
arrazoou com eles
acerca das Escrituras,
At 17:3 expondo
e demonstrando ter sido necessário que o Cristo
padecesse e ressurgisse dentre os mortos;
e este, dizia ele,
é o Cristo, Jesus,
que eu vos anuncio.
At 17:4 Alguns deles foram persuadidos
e unidos a Paulo e Silas,
bem como numerosa multidão de gregos piedosos
e muitas distintas mulheres.
At 17:5 Os judeus, porém, movidos de inveja,
trazendo consigo alguns homens maus dentre a malandragem,
ajuntando a turba,
alvoroçaram a cidade
e, assaltando a casa de Jasom,
procuravam trazê-los para o meio do povo.
At 17:6 Porém, não os encontrando,
arrastaram Jasom
e alguns irmãos perante as autoridades, clamando:
Estes que têm
transtornado o mundo
chegaram também aqui,
At 17:7 os quais Jasom hospedou.
Todos estes procedem contra os decretos de César,
afirmando ser Jesus outro rei.
At 17:8 Tanto a multidão como as autoridades ficaram agitadas
ao ouvirem estas palavras; At 17:9 contudo,
soltaram Jasom e os mais,
após terem recebido deles a fiança estipulada.
At 17:10 E logo, durante a noite,
os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia;
ali chegados,
dirigiram-se à sinagoga dos judeus.
At 17:11 Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica;
pois receberam a palavra com toda a avidez,
examinando as Escrituras todos os dias
para ver se as coisas eram, de fato, assim.
At 17:12 Com isso, muitos deles creram,
mulheres gregas de alta posição
e não poucos homens.
At 17:13 Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam
que a palavra de Deus era anunciada
por Paulo também em Beréia,
foram lá excitar
e perturbar o povo.
At 17:14 Então, os irmãos promoveram, sem detença,
a partida de Paulo para os lados do mar.
Porém Silas e Timóteo
continuaram ali.
At 17:15 Os responsáveis por Paulo
levaram-no até Atenas
e regressaram trazendo ordem a Silas e Timóteo para que,
o mais depressa possível,
fossem ter com ele.
At 17:16 Enquanto Paulo os esperava em Atenas,
o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade.
At 17:17 Por isso,
dissertava na sinagoga entre os judeus
e os gentios piedosos;
também na praça, todos os dias,
entre os que se encontravam ali.
At 17:18 E alguns dos filósofos
epicureus e estóicos contendiam com ele,
havendo quem perguntasse:
Que quer dizer esse tagarela?
E outros: Parece pregador de estranhos deuses;
pois pregava      
a Jesus
e a ressurreição.
At 17:19 Então, tomando-o consigo,
o levaram ao Areópago, dizendo:
Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas?
At 17:20 Posto que nos trazes
aos ouvidos coisas estranhas,
queremos saber o que vem a ser isso.
At 17:21 Pois todos os de Atenas
e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam
senão dizer ou ouvir as últimas novidades.
At 17:22 Então, Paulo,
levantando-se no meio do Areópago, disse:
Senhores atenienses!
Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos;
At 17:23 porque, passando
e observando os objetos de vosso culto,
encontrei também um altar no qual está inscrito:
AO DEUS DESCONHECIDO.
Pois esse que adorais sem conhecer
é precisamente aquele que eu vos anuncio.
At 17:24 O Deus que fez o mundo
e tudo o que nele existe,
sendo ele Senhor do céu e da terra,
não habita em santuários feitos por mãos humanas.
At 17:25 Nem é servido por mãos humanas,
como se de alguma coisa precisasse;
pois ele mesmo é quem a todos dá
vida,
respiração
e tudo mais;
t 17:26 De um só fez toda a raça humana
para habitar sobre toda a face da terra,
havendo fixado os tempos previamente estabelecidos
e os limites da sua habitação;
At 17:27 para buscarem a Deus se, porventura,
tateando, o possam achar,
bem que não está longe de cada um de nós;
At 17:28 pois nele
vivemos,
e nos movemos,
e existimos,
como alguns dos vossos poetas têm dito:
Porque dele também somos geração.
At 17:29 Sendo, pois, geração de Deus,
não devemos pensar que a divindade
é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra,
trabalhados pela arte
e imaginação do homem.
At 17:30 Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;
agora, porém, notifica aos homens que todos,
em toda parte, se arrependam;
At 17:31 porquanto estabeleceu um dia
em que há de julgar o mundo com justiça,
por meio de um varão que destinou
e acreditou diante de todos,
ressuscitando-o dentre os mortos.
At 17:32 Quando ouviram falar de ressurreição de mortos,
uns escarneceram,
e outros disseram:
A respeito disso te ouviremos noutra ocasião.
At 17:33 A essa altura, Paulo se retirou do meio deles.
At 17:34 Houve, porém, alguns homens
que se agregaram a ele
e creram;
entre eles estava
Dionísio, o areopagita,
uma mulher chamada Dâmaris
e, com eles, outros mais.
Quando ouviram Paulo falar da ressurreição de mortos, houve escarnecimentos e procrastinações. Meu Deus era a palavra de salvação da vida deles e não a receberam.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Atos 16 1-40 - TOTALMENTE GRÁTIS E AINDA DISPONÍVEL: NÃO PERCA!

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 16, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 16
Lucas, com apoio, certamente de Paulo, redigiu tão bem esta epístola que ficamos maravilhados, perplexos e estupefatos diante dos fatos, dos acontecimentos, diante das reações tanto a favor como contra o evangelho.
Paulo aqui apanha Timóteo e depois de circuncidá-lo, por cautela, com ele sai para comunicar as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém e assim ir fortalecendo os irmãos na fé em Cristo.
Eles pensam e tomam a iniciativa de irem pregar a palavra por um lugar, mas quem é que se lhes opõem? O próprio Deus! Paulo, então, tem uma visão e recebe a interpretação com a direção do Senhor para irem por outro lugar pregarem a palavra de Deus.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – estamos vendo; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36 - 18.22) - continuação.
Desde o verso 36, do capítulo 15, anterior, ao 18.22 estamos, como dissemos, vendo a segunda viagem missionária de Paulo. Lucas registrou a segunda fase missionária de Paulo aos gentios.
Eles chegaram A Derbe, depois a Listra e lá encontraram um jovem chamado Timóteo. Paulo encontrou esse jovem, de origem parte judia e parte grega, na pequena comunidade judaica de Listra.
Tal qual seu pai, Timóteo cresceu como um grego e não havia sido circuncidado. Visto que sua mãe era judia, Paulo não julgou estar transgredindo o princípio de liberdade dos gentios ao circuncidar Timóteo (vs. 3).
Eles estavam passando pelas cidades comunicando as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros. Como visto consistentemente até aqui, a decisão comunicada às igrejas não fora tomada pela assembleia de crentes, mas pelo concilio de apóstolos e presbíteros, com autoridade sobre as igrejas locais. As decisões foram comunicadas "para que as observassem".
A comunicação dessas decisões era para que fossem obedecidas e assim as igrejas iam sendo fortalecidas na fé e cresciam em número a cada dia.
Paulo e seus companheiros viajaram pela região frígio-gálata. Uma região localizada na parte sul da província da Galácia, incluindo a Frigia, Antioquia da Pisídia e áreas circunvizinhas.
Naquele momento o Espírito Santo estava impedindo eles de pregarem ali na Ásia. A província da Ásia, situada na parte ocidental da Ásia Menor, incluía a famosa cidade de Éfeso, onde Deus queria que Paulo fosse evangelizar mais tarde (cap. 19).
O Espírito Santo também é chamado de "Espírito de Jesus" (vs. 7) e "Deus" (vs. 10; 2Co 3.17). Esses versículos apontam para a doutrina da Trindade (cf. 2Co 13.14).
Quando eles chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas enfrentaram novamente oposição, por parte do mesmo Espírito, aqui chamado de “Espírito de Jesus” – vs.7.
Seguindo para o noroeste através da Galácia e Frigia, Paulo e Silas chegaram à Mísia, um distrito que se estendia do noroeste da Frigia até o litoral, abrangendo Helesponto (atual Estreito de Dardanelos) e Propôntida (o mar de Mármara). Bitínia ficava ao leste.
Então contornaram Mísia e desceram a Trôade. Trôade, um antigo e importante porto grego do mar Egeu por volta de 300 a.C., tornou-se uma cidade-estado e, mais tarde, uma colônia romana que funcionava como um importante porto para a região. O famoso sítio arqueológico de Troia ficava cerca de 16 km dali.
Foi durante a noite que Paulo teve a visão do homem da Macedônia que lhes pedia ajuda e ele entendeu que deveriam ir para lá, pregarem o evangelho.
Aqui tem início a primeira de uma série de frases construídas na primeira pessoa do plural, indicando que o autor acompanhou Paulo e Silas.
Eles partiram de Trôade e navegaram para Samotrácia - uma ilha notória situada ao norte do mar Egeu onde muitos navios paravam regularmente – e dali para Neápolis. Palavra grega que significa "cidade nova" (atual Cavala). Nela havia um porto que servia à cidade de Filipos, distante 16 km em direção ao noroeste.
De Neápolis foram para Filipos. Filipe II da Macedônia (pai de Alexandre o Grande) havia estabelecido ali uma grande colônia grega que chamou de Filipos. Os romanos a conquistaram em 167 a.C. e anexaram-na à província da Macedônia. Em Filipos eles ficaram vários dias.
Em um dia de sábado saíram da cidade e foram para a beira de um rio onde eles esperavam encontrar um lugar de oração – vs. 13. De acordo com a lei judaica, eram necessários pelo menos dez homens para estabelecer uma sinagoga.
Caso isso não acontecesse, um lugar de oração poderia ser formado ao ar livre, de preferência perto de algum lugar que tivesse água.
Eles se sentaram ali e começaram a conversarem com as mulheres que se haviam reunido ali. Elas se reuniam informalmente para ler e estudar as Escrituras, e esperavam receber instrução de algum mestre judeu que porventura passasse por ali.
Dentre essas mulheres havia uma que se chamava Lídia a qual era vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. Tiatira, cerca de 50 km a sudeste de Pérgamo, era uma cidade pertencente ao antigo reino da Lídia até que os romanos a reorganizaram e ela passou a fazer parte da província romana da Ásia.
Tiatira era famosa pela sua indústria de tinturas, especificamente pela produção de corantes na cor púrpura (que era a cor usada nos trajes reais).
O que vem a seguir é impressionante, pois o Senhor lhe abriu o coração para que compreendesse a mensagem que Paulo pregava. Essa iluminação e persuasão divinas são necessárias para que o coração, cego pelo pecado, possa reagir favoravelmente ao evangelho (Jr 13.23; Jo 6.44,65; Rm 9.16; ICo 2.14).
Esse convite eficaz da parte de Deus é garantia de que todos aqueles que foram eleitos irão aceitá-lo (13.48; 2Ts 2.13-14; 2Tm 1.9-10).
Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, ela os convidou a irem se abrigarem em sua própria casa e eles aceitaram.
Através da história da redenção, com frequência Deus tem concedido bênçãos para todos os integrantes da família (p. ex., Gn 17.7-14; At 2.38-39; 11.14; 16.31). Em Atos, o batismo dos membros da família são exemplos admiráveis dessa bênção (10.47-48; 16.31-33; cf. 1Co 1.16). Uma vez que tais batismos familiares eram uma prática comum, provavelmente incluíam crianças e até mesmo bebês.
Em um determinado dia, estando eles indo para o costumeiro lugar de oração, encontraram uma escrava que estava possessa de espirito adivinhador, literalmente, "um espírito de pitonisa". O termo se referia originalmente à serpente mítica que guardava o templo e o oráculo do deus grego Apoio, em Delfos.
Posteriormente, essa expressão veio a indicar uma pessoa possessa por demônios ou mesmo um ventríloquo. As pessoas de Filipos devem ter pensado que ela estava possuída por um demónio que adivinhava o destino.
O fato era que com suas adivinhações, ela dava muito dinheiro para os seus senhores. Ela começou a seguir Paulo e a gritar anunciando a todos que eles eram servos do Deus Altíssimo e que anunciavam no evangelho, o caminho da salvação.
Um judeu teria compreendido que esse título “Deus Altíssimo” se aplica a Javé (El Elyon; Nm 24.16; SI 78.35), ao passo que um gentio o atribuiria a Zeus.
E por muitos dias ela se manifestava desse jeito quando eles passavam. Até que Paulo se incomodou com aquilo e a repreendeu em nome de Jesus Cristo dizendo para aquele espírito se retirar dela – vs. 18. Aquele espírito a deixou imediatamente e ela nada mais pode adivinhar.
De acordo com o entendimento da expressão "Deus Altíssimo", todos entenderam que Paulo estava querendo transmitir a ideia de que Jesus, como divindade, é quem havia expulsado o demônio.
Com a saída do espirito adivinhador do corpo daquela jovem, seus senhores viram seu negócio fácil se desmoronar e então agarraram a Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades.
Agarraram somente esses dois porque eram judeus e líderes da equipe missionária, uma vez que seus companheiros (Lucas, um gentio da Antioquia da Síria, e Timóteo, um meio-gentio de Listra) eram gentios e por isso não foram acusados.
A acusação era de que Paulo e Silas estavam ensinando uma religião ilegal (em latim, religio illicita e, desse modo, perturbando a paz romana (pax romana). No entanto, essa acusação foi motivada por questões culturais e preconceito religioso.
Acusaram injustamente Paulo e Silas de serem agitadores, de serem judeus, de propagarem costumes aos romanos os quais não era permitido nem aceitar, nem praticar, de estarem perturbando a cidade. Paulo e Silas eram cidadãos romanos e, politicamente, não deveriam ter recebido esse tratamento. No entanto, esse direito foi ignorado no clima de agitação da multidão.
A multidão agora se volta contra eles e os magistrados depois de os despirem, ordena que fossem açoitados e em seguida lançados na prisão. Na prisão, o carcereiro recebera ordem especial para guardar aquelas vidas.
Por causa dessa ordem, ele tratou de prendê-los com a máxima segurança, lançando-os no cárcere interior e lhes prendendo os pés no tronco. Foram tratados conto criminosos e colocados numa cela de segurança máxima.
O dia para eles tinha sido difícil, mas à meia-noite estavam eles adorando e cantando louvores a Deus. Poderiam eles terem escolhido o caminho das maldições, das reclamações, das murmurações, do apelo à injustiça, mas não, resolveram louvar a Deus. Todos os presos os ouviam louvando a Deus.
O que acontece em seguida? Um grande terremoto, violento mesmo, a tal ponto forte que abalou os alicerces da prisão e imediatamente todas as portas da prisão foram abertas e as correntes de todos foram soltas. Existe uma realidade física-espiritual onde a matéria obedece ao comando de vontades externas, como a daqueles anjos que estavam ali, libertando a todos.
Quando o carcereiro acordou e viu todas as portas abertas, puxou da sua espada com a intenção de matar-se. De acordo com a lei romana, se um prisioneiro fugisse, o guarda responsável deveria morrer em seu lugar (12.19).
No entanto, Paulo interviu a tempo e lhe pediu que não fizesse mal a si mesmo. O carcereiro estava trêmulo, assustado, com medo e se prostou diante de Paulo e Silas, depois os levou para fora da prisão e perguntou a eles o que deveria ele fazer para ser salvo.
A resposta deles foi: "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa" – vs. 31 - para outros exemplos de salvação em família, veja 2.38-39; 10.24,48; 16.15; ICo 1.16. Quando uma pessoa aceitava uma determinada religião, toda a família era envolvida (vs. 34).
Aquela noite estava sendo muito especial. Eles pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa e naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados.
O carcereiro os havia levado para a sua própria casa onde serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus – vs 32 ao 34.
Aquela libertação miraculosa a noite apensa serviu para a salvação do carcereiro e de toda a sua família, pois que eles mesmos voltaram para a prisão à espera do amanhecer do dia.
Amanheceu o dia e aqueles magistrados que prenderam Paulo e Silas pediram ao carcereiro que soltasse eles, mas Paulo não acatou, antes os desafiou a irem pessoalmente libertá-los pois que eram cidadãos romanos e foram açoitados sem o devido processo legal.
Paulo apelou à sua cidadania romana, que o eximia de brutalidades como açoites e tortura. Quando um cidadão romano era julgado num tribunal romano, lhe era concedido o direito de levar o seu caso perante César (25.11; 26.32).
Com aquela notícia todos temeram muito e foram até eles pedirem desculpas, conforme Paulo e Silas pediram. Aqueles magistrados foram os que os conduziram para fora da prisão e pediram a eles que deixassem aquela cidade.
Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas foram à casa de Lídia, onde se encontraram com os irmãos e os encorajaram. Era frequente que os primeiros cristãos se reunissem em casas particulares para adorar a Deus (Fm 2). O termo "irmão' geralmente se refere a todos os cristãos. Nesse caso, o termo inclui: Lídia e os da sua casa, a jovem possessa, provavelmente o carcereiro e os da sua casa, e Lucas, que nesse momento estava em Filipos.
Depois disso, Paulo e Silas partiram – vs. 40.
At 16:1 Chegou também a Derbe e a Listra.
Havia ali um discípulo chamado Timóteo,
                filho de uma judia crente,
                mas de pai grego;
                               At 16:2 dele davam bom testemunho
os irmãos em Listra e Icônio.
At 16:3 Quis Paulo que ele fosse em sua companhia
e, por isso, circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares;
                pois todos sabiam que seu pai era grego.
At 16:4 Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos,
                para que as observassem,                 as decisões tomadas
                               pelos apóstolos
                               e presbíteros de Jerusalém.
At 16:5 Assim, as igrejas
                eram fortalecidas na fé
                e, dia a dia,
                               aumentavam em número.
At 16:6 E, percorrendo a região frígio-gálata,
                tendo sido impedidos
                               pelo Espírito Santo
                                               de pregar a palavra na Ásia,
                                                               At 16:7 defrontando Mísia,
                                                                              tentavam ir para Bitínia,
                               mas o Espírito de Jesus
                                               não o permitiu.
At 16:8 E, tendo contornado Mísia,
                desceram a Trôade.
At 16:9 À noite,
                sobreveio a Paulo uma visão
                               na qual um varão macedônio estava em pé
                               e lhe rogava, dizendo:
                                               Passa à Macedônia
                                               e ajuda-nos.
At 16:10 Assim que teve a visão,
                imediatamente, procuramos partir para aquele destino,
                               concluindo que Deus nos havia chamado
                                               para lhes anunciar o evangelho.
At 16:11 Tendo, pois, navegado de Trôade,
                seguimos em direitura a Samotrácia,
no dia seguinte,
                a Neápolis
At 16:12 e dali,
                a Filipos, cidade da Macedônia,
                               primeira do distrito e colônia.
Nesta cidade,
                permanecemos alguns dias.
At 16:13 No sábado,
                saímos da cidade para junto do rio,
                               onde nos pareceu haver um lugar de oração;
                               e, assentando-nos,
                                               falamos às mulheres que para ali tinham concorrido.
At 16:14 Certa mulher, chamada Lídia,
                da cidade de Tiatira,
                vendedora de púrpura,
                temente a Deus, nos escutava;
                               o Senhor lhe abriu o coração
                                               para atender às coisas que Paulo dizia.
At 16:15 Depois de ser batizada,
                ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo:
                               Se julgais que eu sou fiel ao Senhor,
                                               entrai em minha casa e aí ficai.
                               E nos constrangeu a isso.
At 16:16 Aconteceu que,
                indo nós para o lugar de oração,
                               nos saiu ao encontro uma jovem
                                               possessa de espírito adivinhador,
                                                               a qual, adivinhando,
                                                               dava grande lucro aos seus senhores.
At 16:17 Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo:
                Estes homens são servos do Deus Altíssimo
                e vos anunciam o caminho da salvação.
At 16:18 Isto se repetia por muitos dias.
Então, Paulo, já indignado,
                voltando-se, disse ao espírito:
                               Em nome de Jesus Cristo,
                                               eu te mando:
                                                               retira-te dela.
                               E ele, na mesma hora,
                                               saiu.
At 16:19 Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a esperança do lucro,
                agarrando em Paulo e Silas,
                os arrastaram para a praça, à presença das autoridades;
                At 16:20 e, levando-os aos pretores, disseram:
                               Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade,
                                               At 16:21 propagando costumes que não podemos
receber, nem praticar,
                                                                               porque somos romanos.
At 16:22 Levantou-se a multidão,
                unida contra eles,
e os pretores, rasgando-lhes as vestes,
                mandaram açoitá-los com varas.
At 16:23 E, depois de lhes darem muitos açoites,
                os lançaram no cárcere,
                               ordenando ao carcereiro que os guardasse
com toda a segurança.
At 16:24 Este, recebendo tal ordem,
                levou-os para o cárcere interior
                e lhes prendeu os pés no tronco.
At 16:25 Por volta da meia-noite,
                Paulo e Silas oravam
                e cantavam louvores a Deus,
                e os demais companheiros de prisão escutavam.
At 16:26 De repente,
                sobreveio tamanho terremoto,
                               que sacudiu os alicerces da prisão;
                abriram-se todas as portas,
                e soltaram-se as cadeias de todos.
At 16:27 O carcereiro despertou do sono
e, vendo abertas as portas do cárcere,
                puxando da espada, ia suicidar-se,
supondo que os presos tivessem fugido.
At 16:28 Mas Paulo bradou em alta voz:
                Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!
At 16:29 Então, o carcereiro,
                tendo pedido uma luz,
                               entrou precipitadamente
                               e, trêmulo,
                                               prostrou-se diante de Paulo e Silas.
                               At 16:30 Depois, trazendo-os para fora, disse:
                                               Senhores, que devo fazer para que seja salvo?
                               At 16:31 Responderam-lhe:
                                               Crê no Senhor Jesus
                                               e serás salvo,
                                                               tu e tua casa.
                               At 16:32 E lhe pregaram a palavra de Deus
                               e a todos os de sua casa.
At 16:33 Naquela mesma hora da noite,
                cuidando deles,
                               lavou-lhes os vergões dos açoites.
A seguir,
                foi ele batizado,
                e todos os seus.
At 16:34 Então,
                levando-os para a sua própria casa,
                               lhes pôs a mesa;
                               e, com todos os seus,
                                               manifestava grande alegria,
                                                               por terem crido em Deus.
At 16:35 Quando amanheceu,
                os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem:
                               Põe aqueles homens em liberdade.
At 16:36 Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras:
                Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade.
Agora, pois,
                saí
                e ide em paz.
At 16:37 Paulo, porém, lhes replicou:
                Sem ter havido processo formal contra nós,
                               nos açoitaram publicamente
                               e nos recolheram ao cárcere,
                                               sendo nós cidadãos romanos;
                querem agora,
                               às ocultas,
                                               lançar-nos fora?
Não será assim;
                pelo contrário,
                               venham eles
                               e, pessoalmente,
                                               nos ponham em liberdade.
At 16:38 Os oficiais de justiça
                comunicaram isso aos pretores;
                e estes ficaram possuídos de temor,
                               quando souberam que se tratava de cidadãos romanos.
At 16:39 Então,
                foram ter com eles
                e lhes pediram desculpas;
                e, relaxando-lhes a prisão,
                               rogaram que se retirassem da cidade.
At 16:40 Tendo-se retirado do cárcere,
                dirigiram-se para a casa de Lídia
                e, vendo os irmãos,
                               os confortaram.
Então, partiram.
A mente deles, em Atos dos Apóstolos, parecia programada para SEMPRE pregarem o evangelho – (II Timóteo 4:2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.)
Impressiona-me o levante contrário em Atos com uma forte oposição à pregação da palavra de Deus. Paulo e Silas acabaram por isso presos e torturados, mas nem se importavam... queriam apenas pregarem e serem efetivos, eficazes e eficientes.
Chamado efetivo e conversão: Posso resistir ao Espírito Santo?[1]
A doutrina reformada da graça irresistível, também chamada de graça eficaz, afirma que Deus regenera e converte os eleitos por meio daquilo que é conhecido como o chamado efetivo. Esse é o chamado interior do Espírito Santo que persuade e convida o pecador a receber a Cristo, ao mesmo tempo em que o pecador é regenerado e renovado interiormente de modo a amar ao Senhor e crer prontamente no evangelho. Esse chamado deve ser distinguido do chamado exterior do evangelho, o convite feito a todas as pessoas indiscriminadamente pela pregação do evangelho, do testemunho, da ministração dos sacramentos e de outras proclamações da Palavra de Deus. Não obstante, o chamado interior muitas vezes acompanha e opera por meio do chamado exterior. Enquanto outras tradições ensinam que esse convite interior do Espírito Santo pode ser aceito ou rejeitado, a teologia reformada insiste que o chamado interior de Deus é efetivo ou seja, nunca deixa de salvar aqueles que são chamados desse modo. 
A Bíblia fala do chamado efetivo de Deus em várias passagens, mas talvez a que o distingue mais claramente do chamado exterior é Rm 8.29-30. Nesses versículos, Paulo indica que o grupo daqueles que são chamados corresponde ao grupo daqueles que são predestinados, justificados e, por fim, glorificados. Fica evidente que esse chamado é dirigido somente aos que são salvos - bem como a todos os que são salvos (cf. Rm 1.7; Jd 1; Ap 17.14).
O chamado efetivo é necessário em função do estado decaído da humanidade. Entorpecidos e envoltos em pecado, somos totalmente incapazes de responder de maneira afirmativa ao chamado exterior do evangelho; não dispomos dos meios para poder compreender corretamente Deus e sua mensagem de salvação (1 Co 2.12-14) e odiamos  a Deus e seus mandamentos (Rm 8.5-8). Nenhuma pessoa decaída tem a capacidade moral de receber Cristo; somente aqueles a quem Deus concedeu essa capacidade podem crer no evangelho e ser convertidos (Dt 30.6; Mt 1 1.2 5-2 7; 13.1 0-1 6; Jo 6.4 4,6 3-65; At 1 6.1 4).
Diante da nossa incapacidade, Deus escolheu transformar o coração dos eleitos mediante o seu chamado efetivo, implantando dentro deles uma nova capacidade moral e novos desejos, de modo que aceitem, inevitavelmente, o convite de Deus quando forem chamados (Jo 6.4 4-4 5; 10.1-5). É Deus quem inicia esse processo ao regenerar o nosso espírito e renovar o nosso coração (Dt 30.6; Jo 1.12-13; 3.5-8; At 1 6.1 4; Fp 2.1 2-1 3; veja o artigo teológico "Regeneração e novo nascimento", em Jo 3). Ele nos converte concedendo-nos a fé salvadora como meio infalível de obtermos a salvação (At 13.48; 1Co 1.22-31; Ef 2.8-9; Fp 1.29; I Jo 5.20).
Nem sempre Deus chama os eleitos dessa maneira na primeira vez que ouvem o evangelho; uma pessoa pode ser eleita e, ainda assim, rejeitar o evangelho por muitos anos. Quando isso acontece, os eleitos se comportam como todas as outras pessoas decaídas, rejeitando necessariamente o evangelho devido ao seu ódio por Deus e sua falta de capacidade moral de obedecer a ele. Muitas vezes, os cristãos pressupõem indevidamente que isso significa que o chamado interior e efetivo do Espírito Santo pode ser resistido. O chamado exterior por meio da pregação e do testemunho pode, de fato, ser resistido (At 13.45-46,49-51; 14.1-4). Na verdade, o chamado exterior sempre provoca resistência a menos que seja acompanhado do chamado interior efetivo. Mas o chamado interior d Espírito Santo sempre resulta em conversão.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Artigo teológico da BEG em At 16 – reproduzido na íntegra.

QUANTO À SALVAÇÃO DE ALMAS:
  • Não se trata de convencimento, nem de luta, nem de discussão...
  • Não se trata de concordância ou não...
A mensagem de salvação está ainda disponível a todos: muçulmanos, hinduístas, espíritas, católicos, evangélicos, espiritualistas, ateus, religiosos, não religiosos, ...

A urgência da mensagem de salvação sempre foi e agora mais do que nunca é a grande nova que precisa ganhar o mundo, como foi nos primeiros tempos.


"Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa!" - (At 16.31)

Ainda sobre Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor:


"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (At 4.12).

Ouça esse pedaço do sermão de John Piper que foi muito feliz ao abordar essa tão delicada questão: 

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https://youtu.be/-zfsOl2sK3k

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

CORRA: AINDA DÁ TEMPO!

Não se trata de convencimento, nem de luta, nem de discussão...
Não se trata de concordância ou não...

A mensagem de salvação está ainda disponível a todos: muçulmanos, hinduístas, espíritas, católicos, evangélicos, espiritualistas, ateus, religiosos, não religiosos, ...

A urgência da mensagem de salvação sempre foi e agora mais do que nunca é a grande nova que precisa ganhar o mundo, como foi nos primeiros tempos.

"Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa!" - (At 16.31)

Ainda sobre Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor:

"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (At 4.12).

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https://youtu.be/-zfsOl2sK3k

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