INSCREVA-SE!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

João 12.1-50 - JESUS A LUZ DO MUNDO!

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 12, da parte II.
Breve síntese do capítulo 12
Judas, o ladrão, mas discípulo de Jesus. Por quê? Por que escolheu Jesus a Judas e por que o amou até o fim e nele investiu crendo que ele mudaria seu coração? Ou será que não foi assim e Jesus sabia desde o início que Judas era do maligno e não se converteria de modo algum?
O certo é que Jesus sabia quem ele era e o tolerou consigo todo o tempo até o momento de sua traição. Qual a lição que temos sobre Judas e Jesus? E nós, sabemos quem são os Judas em nossas igrejas e relacionamentos? Não, não o sabemos.
Se Jesus sabia e o amou até o fim e nós, amaremos até o fim também o nosso irmão que habita conosco confiadamente?
Depois disto, lá estavam os judeus curiosos por verem Lázaro que ressuscitara dos mortos e os que viam, iam crendo. Agora o plano não era somente matarem a Jesus, mas também a Lázaro. Que péssima escolha esta dos judeus ao invés de se entregarem à vida, tentavam matá-la...
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O seu ministério na Galileia (6.1-71) – já vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) – estamos vendo.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) - continuação.
Como dissemos, esses vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas começa no capítulo 7 e termina no 12. Assim, dividiremos essa alínea “E” em 3 seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos (7.1-10.21) – começaremos agora; E2. Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E3. Em Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
Jesus entrou em Jerusalém, realizou milagres e revelou a realidade da sua morte iminente e ressurreição. De modo geral, ele foi admirado pelos gentios, mas apenas alguns judeus o receberam. João relata, portanto, os acontecimentos finais que ocorreram no ministério público de Jesus à medida que ele se aproximava de Jerusalém e vizinhança, estando já próxima a Páscoa.
João dividiu essas atividades de Jesus em seis partes principais: a. Ressuscitando os mortos (11.1-44) – já vimos; b. A conspiração para matar Jesus (11.45-57) – já vimos; c. A unção em Betânia (12.1-8) – veremos agora; d. A entrada triunfal (12.9-19) – veremos agora; e. A reação dos gentios (12.20-36) – veremos agora; e, f. A reação dos judeus (12.37-50) – veremos agora.
c. A unção em Betânia (12.1-8).
A unção de Jesus por uma mulher pecadora (Lc 7.36-50) é um episódio diferente dessa unção por Maria (veja Mt 26.6-12; Mc 14 3-9).
Faltavam seis dias para aquela sua última páscoa e Jesus chegou a Betânia onde vivia Lázaro a quem tinha ressuscitado. Eles tinham preparado um jantar para Jesus e Marta os servia, estando Lázaro à mesa.
Maria, então, começou a ungir os pés de Jesus e a enxugá-lo com seus cabelos, deixando a casa cheia do perfume do nardo puro.  Ela tinha usado uma libra de bálsamo de nardo puro para isso e era muito precioso.
Veja o vs. 5 onde Judas confirma o valor desse perfume como sendo equivalente a um ano de salário, ou dez vezes que Judas iria aceitar para trair Jesus.
Mateus e Marcos registram que ela também derramou perfume sobre a sua cabeça, o que seria a prática comum. Ungir os pés e secar com os cabelos era uma homenagem especial de humilhação e devoção.
Judas (e os outros discípulos; Mt 26.8) desaprovou o gesto de Maria dizendo que era um desperdício de dinheiro. Foi um comentário impensado em relação a Jesus e cruel em relação a Maria, e Jesus desmascarou esse repentino interesse pelos pobres como sendo apenas superficial.
Deixa-a! – vs. 7 - Jesus estava mais preocupado em proteger os sentimentos de Maria do que em repreender a falta de gentileza de Judas para com ele mesmo.
Faltava apenas uma semana para a sua morte e ele relacionou essa unção com as homenagens geralmente prestadas ao morto. Em antecipação à morte substitutiva de Cristo pelos pecadores, o propósito central da obra redentora de Deus, nenhuma quantia gasta poderia ser considerada grande demais.
Em face do comentário ofensivo de Judas, Jesus poderia ter ignorado essa referência aos pobres. Em vez disso, ele recomendou que seus discípulos dessem atenção aos pobres.
Dentro de uma semana Jesus seria morto (Hb 5.7) e os discípulos não o veriam mais da mesma maneira que o viam até esse momento. Os pobres, por outro lado, sempre estariam com eles.
Nenhum projeto para erradicar a pobreza irá funcionar perfeitamente até que a nova terra e o novo céu substituam este mundo de pecado e sofrimento. Todavia, Jesus não disse que a pobreza era uma condição aceitável ou que fosse correto desconsiderar os pobres.
Antes, enfatizou que a oportunidade de ministrar a ele logo acabaria, ao passo que a oportunidade de ministrar aos pobres permaneceria.
d. A entrada triunfal (12.9-19).
Dos vs. 9 ao 19, veremos as multidões que deram as boas-vindas a Cristo na esperança de que ele derrotaria os seus inimigos; porém, esse entusiasmo logo desapareceria.
Em vez de reconhecerem a mão de Deus nesse magnífico milagre da ressurreição de Lázaro, os principais sacerdotes planejaram matar tanto a Jesus, como também a Lázaro.
Os líderes religiosos enfrentavam um desgaste progressivo:
·         Nicodemos parecia ter desertado (7.50-52).
·         Alguns judeus acreditaram em Cristo, ainda que superficialmente (8.11).
·         Alguns ficaram impressionados com a cura do cego de nascença (10.21).
·         Jesus parecia estar ganhando adeptos além do Jordão (10.41-42);
·         E agora a ressurreição de Lázaro havia trazido mais pessoas à fé (11.45; 12.11,17-18).
Tudo isso servia como preparação para a recepção que Jesus recebeu em sua entrada triunfal em Jerusalém, que levou os fariseus a se lamentarem: “eis aí vai o mundo após ele" (vs. 19).
Muitos peregrinos da Galileia que testemunharam os milagres de Jesus se juntaram aos habitantes de Jerusalém que haviam passado para o lado de Jesus.
Eles estavam agitados e sabiam que Jesus caminhava para Jerusalém e prepararam a sua entrada para que fosse magistral. Tomaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro clamando Hosana! Tradução da expressão em hebraico que significa 'salva-nos'. Essa saudação é emprestada, em parte, do SI 118.25-26, à qual a multidão acrescentou a referência ao filho de Davi, 'Rei de Israel'. Isso foi particularmente alarmante para os lideres judeus, pois temiam uma revolta popular sob o comando de Jesus.
Essas circunstâncias foram profetizadas detalhadamente em Jr 9.9. Essa profecia também foi observada no registro de Mateus, porém só foi compreendida pelos discípulos em retrospectiva.
e. A reação dos gentios (12.20-36).
Dos vs. 20 ao 36, João fornece um contraste entre a reação dos gentios e a das autoridades judaicas com relação a Jesus (12.37-50).
Entre alguns que subiram para adorarem estavam alguns gregos - uma irônica nota de rodapé, considerando a declaração dos fariseus no vs. 19.
Esses “gregos" provavelmente não eram judeus que estavam na dispersão (esse termo pego é diferente daquele traduzido como "helenistas" em At 6.1).
Antes, eram talvez prosélitos ou, mais provavelmente, gentios “tementes a Deus" que participavam dos cultos na sinagoga, mas não eram circuncidados, nem haviam ainda sido totalmente admitidos na religião judaica (At 8.27; 13.26).
Felipe parecia ser um discípulo e uma pessoa de fácil acesso (cf. 1.43-36). Seu nome é claramente grego. Ele falou com André e ambos foram comunicar a Jesus o interesse dos gregos. Jesus entendeu que era chegada a hora – vs. 23.
Contrastando com outras declarações anteriores de que a sua hora ainda não havia chegado (2.4; 7.6,8,30; 8.20), esse é o primeiro de uma série de anúncios que Jesus fez sobre a sua morte e ressurreição iminentes (12.27, 13.1; 16.32; 17.1).
Estava chegando a hora de ele ser glorificado. Refere-se à “glorificação” (embora a cruz e o sepultamento sejam claramente identificados em outras passagens como parte de sua humilhação; Fp 2.8) porque são os portais pelos quais o Mediador entra na glória por meio da ressurreição, ascensão e exaltação à direita do Pai (13.31-32; cf. Fp 2.8-9).
Ele sabia que o grão de trigo tinha de morrer para nascer. Uma parábola sobre a obra de Jesus que mediante a sua morte, as portas da salvação seriam abertas, não apenas para os judeus, mas também para as pessoas de todas as nações.
Aquele que é absorvido pelos interesses da vida terrena encontrará ruína, ao passo que a pessoa que se desprender dos interesses mundanos obterá a vida eterna por meio da obra de Cristo (Mt 10.39; Lc 17.33). É pelo sacrifício de Cristo e da união com ele que a verdade dessa afirmação é experimentada (veja o cap. 14).
Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna. Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará. “Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora” - João 12:25-27
A sua alma estava angustiada. Jesus estava perturbado pela expectativa de sofrer a ira de seu Pai em lugar dos pecadores. Mesmo assim, como um sumo sacerdote determinado, ele aceitou o seu papel e reafirmou o seu compromisso.
Então ele clama ao Pai para glorificar o seu nome e do céu bradou uma voz dizendo que já o glorificou e ainda o glorificará novamente – vs. 28.
Há três ocasiões no ministério de Jesus em que o Pai fala diretamente do céu:
·         No seu batismo (Mt 3.17),
·         Durante a transfiguração (Mt 17.5)
·         E nessa passagem, onde visando ao benefício dos discípulos (vs. 30), o Pai colocou o seu selo de aprovação na obra mediadora de Cristo.
A multidão ouviu, mas alguns não entenderam a teofania ou imaginaram coisas. Uma situação semelhante ocorreu na conversão de Paulo, quando os homens que o acompanhavam ouviram uma voz, mas não compreenderam as palavras (At 9.7; 22.9).
Jesus explica que a voz tinha vindo por causa dos discípulos e não por causa dele.
Ele entendeu, portanto, que tinha chegado o momento de ser julgado este mundo. Quando Jesus carregou sobre si a punição da ira de Deus, que os pecadores mereciam, e sobrepujou o poder da morte, acabou com o poder do pecado sobre a raça de Adão.
Tinha chegado a hora de julgar o mundo e ser expulso o seu príncipe, Satanás (cf. 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2; I Jo 4.4; 5.19). Deus permite e tolera o poder de Satanás neste mundo. Satanás não tem um direito inalienável para governar.
Jesus afirmava que quando fosse erguido, atrairia todos a ele – vs. 32. Refere-se não apenas à natureza da crucificação (vs. 33), mas também à ascensão de Jesus à direita de Deus (3.14). Ele atrairia todos a ele mesmo (3.16; 6.44), ou seja, o “todos” refere-se a todas as classes de seres humanos indistintamente, e não a todos os homens sem exceção.
Eles não entendiam certos detalhes. A lei aqui – vs. 34 – era um termo usado para se referir a toda a Escritura do Antigo Testamento (10.34; 15.25). Aqui é utilizado como uma possível referência a várias passagem do Antigo Testamento (SI 89.36; 110.4; Is 9.7; Ez 37.25; Dn 7.14; Mq 5.2).
A multidão compreendia que esse “Filho do Homem” era um título referente ao Messias. E o que seria ser levantado? Os ouvintes de Jesus interpretaram isso como uma referência à forca ou à crucificação e, com base em passagem das Escrituras como em SI 89.36-37, não conseguiam conciliar a ideia da morte iminente de Jesus com o conceito que tinham sobre o Messias.
Jesus identificou-se com a luz (1.4-9; 8.12; 9.5; 12.46). Sua morte iminente implicava certo grau de trevas, embora ele tenha delegado a seus discípulos um ministério de iluminação (Mt 5.14), no qual seriam chamados de “filhos da luz" (vs. 36). O incrédulo anda sem rumo, mas o cristão anda na luz (Sl 119.105; Jo 8.12; 1Jo 1.7).
f. A reação dos judeus (12.37-50).
Dos vs. 37 ao 50, veremos a reação dos judeus. João contrasta a reação dos judeus com a reação dos gentios quanto ao ministério de Jesus (12.20-36).
O ministério público terreno de Jesus é visto como um cumprimento do ministério de Isaías. Do mesmo modo que Isaías profetizou um julgamento de purificação antes da restauração do reino, assim também Jesus trouxe julgamento antes do início da restauração do reino.
Eles não podiam crer – vs. 39. Ninguém tem a capacidade de crer genuinamente a menos que Deus renove a inclinação da pessoa mediante uma obra sobrenatural do Espírito (Jo 3.3-7).  A pergunta difícil é por que Deus escolhe alguns para crerem. Por que ele não renova essa inclinação para todo mundo? Estar entre o céu e inferno eterno parece com sorte, mas não é. Não é acaso, não é escolha viciada, mas uma pura e legítima escolha da parte de Deus, o qual não é injusto. Teoricamente, Deus é tanto justo por alguém ir para o céu ou para o inferno.
Isaías representou de maneira grandiosa a majestade da soberania de Deus, e João relacionou isso com a glória de Jesus, tanto em sua humilhação, quanto em sua exaltação (12.23).
Assim, muitos creram nele. Apesar do julgamento severo de Isaías, houve alguns que creram, mesmo entre os líderes.
Porém, a maioria hesitou em confessar sua fé por causa da influência dos fariseus. Nicodemos possivelmente foi um desses últimos, embora tenha demonstrado coragem ao agir de modo contrário à maré farisaica (7.50-52; 19.39-40).
A união e a intimidade entre Jesus e o Pai é salientada aqui em três aspectos:
1.      Crer (vs. 44).
2.      Ver (vs. 45).
3.      Ouvir (vs. 47).
Jesus desafia seus ouvintes a verem e crerem e não admite que tenham dúvidas disso por que ele está falando e eles deveriam ouvi-lo. Qualquer outra explicação é interpretada por Jesus como rebeldia e rejeição a Deus.
Por isso que eu brinco e digo para meus ouvintes que sou crente pelo simples fato de que Deus, o Pai, falou, deixou isso registrado na Bíblia, eu li e acreditei em tudo. Repare:
·         Quem o vê, vê aquele que o enviou; quem o ouve, ouve aquele que o enviou; quem nele crê, crê naquele que o enviou.
·         Ele veio ao mundo como luz, para que todo aquele que nele crê, não permaneça nas trevas.
·         "Se alguém ouve as suas palavras, e não as guarda, ele não o julga. Pois não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo.
·         Há um juiz para quem o rejeita e não aceita as suas palavras; a própria palavra que ele proferiu (a Bíblia!) o condenará no último dia.
·         Ele não falou por ele mesmo, mas o se Pai que o enviou ordenou a ele o que dizer e o que falar.
·         Ele afirma categoricamente que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que ele diz é exatamente o que o Pai o mandou dizer. (Jo 12: 45-50).
Como poderia eu rejeitá-lo? Sou eu louco? A vida querendo gerar vida e os homens escolhendo a morte. Isto é insano!
Jo 12:1 Seis dias antes da Páscoa,
foi Jesus para Betânia,
onde estava Lázaro,
a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
Jo 12:2 Deram-lhe, pois, ali, uma ceia;
Marta servia,
sendo Lázaro
um dos que estavam com ele à mesa.
Jo 12:3 Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro,
mui precioso,
ungiu os pés de Jesus
e os enxugou com os seus cabelos;
e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo.
Jo 12:4 Mas Judas Iscariotes,
um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse:
Jo 12:5 Por que não se vendeu este perfume
por trezentos denários
e não se deu aos pobres?
Jo 12:6 Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres;
mas porque era ladrão
e, tendo a bolsa,
tirava o que nela se lançava.
Jo 12:7 Jesus, entretanto, disse:
Deixa-a!
Que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem;
Jo 12:8 porque os pobres,
sempre os tendes convosco,
mas a mim nem sempre me tendes.
Jo 12:9 Soube numerosa multidão dos judeus que Jesus estava ali,
e lá foram não só por causa dele,
mas também para verem Lázaro,
a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
Jo 12:10 Mas os principais sacerdotes
resolveram matar também Lázaro;
Jo 12:11 porque muitos dos judeus,
por causa dele,
voltavam crendo em Jesus.
Jo 12:12 No dia seguinte,
a numerosa multidão que viera à festa,
tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém,
Jo 12:13 tomou ramos de palmeiras
e saiu ao seu encontro, clamando:
Hosana!
Bendito o que vem em nome do Senhor
e que é Rei de Israel!
Jo 12:14 E Jesus, tendo conseguido um jumentinho, montou-o, segundo está escrito:
Jo 12:15 Não temas,
filha de Sião,
eis que o teu Rei aí vem,
montado em um filho de jumenta.
Jo 12:16 Seus discípulos a princípio não compreenderam isto;
quando, porém, Jesus foi glorificado,
então, eles se lembraram de que estas coisas
estavam escritas a respeito dele
e também de que isso lhe fizeram.
Jo 12:17 Dava, pois, testemunho disto
a multidão que estivera com ele,
quando chamara a Lázaro do túmulo
e o levantara dentre os mortos.
Jo 12:18 Por causa disso, também,
a multidão lhe saiu ao encontro,
pois ouviu que ele fizera este sinal.
Jo 12:19 De sorte que os fariseus disseram entre si:
Vede que nada aproveitais!
Eis aí vai o mundo após ele.
Jo 12:20 Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa,
havia alguns gregos;
Jo 12:21 estes, pois, se dirigiram a Filipe,
que era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram:
Senhor, queremos ver Jesus.
Jo 12:22 Filipe foi dizê-lo a André,
e André e Filipe o comunicaram a Jesus.
Jo 12:23 Respondeu-lhes Jesus:
É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.
Jo 12:24 Em verdade, em verdade vos digo:
se o grão de trigo, caindo na terra,
não morrer,
fica ele só;
mas, se morrer,
produz muito fruto.
Jo 12:25 Quem ama a sua vida
perde-a;
mas aquele que odeia a sua vida neste mundo
preservá-la-á para a vida eterna.
Jo 12:26 Se alguém me serve,
siga-me,
e, onde eu estou,
ali estará também o meu servo.
E, se alguém me servir,
o Pai o honrará.
Jo 12:27 Agora, está angustiada a minha alma,
e que direi eu?
Pai, salva-me desta hora?
Mas precisamente com este
propósito vim para esta hora.
Jo 12:28 Pai, glorifica o teu nome.
Então, veio uma voz do céu:
Eu já o glorifiquei
e ainda o glorificarei.
Jo 12:29 A multidão, pois, que ali estava, tendo ouvido a voz,
dizia ter havido um trovão.
Outros diziam:
Foi um anjo que lhe falou.
Jo 12:30 Então, explicou Jesus:
Não foi por mim que veio esta voz,
e sim por vossa causa.
Jo 12:31 Chegou o momento de ser julgado este mundo,
e agora o seu príncipe será expulso.
Jo 12:32 E eu, quando for levantado da terra,
atrairei todos a mim mesmo.
Jo 12:33 Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer.
Jo 12:34 Replicou-lhe, pois, a multidão:
Nós temos ouvido da lei
que o Cristo permanece para sempre,
e como dizes tu ser necessário
que o Filho do Homem seja levantado?
Quem é esse Filho do Homem?
Jo 12:35 Respondeu-lhes Jesus:
Ainda por um pouco a luz está convosco.
Andai enquanto tendes a luz,
para que as trevas não vos apanhem;
e quem anda nas trevas não sabe para onde vai.
Jo 12:36 Enquanto tendes a luz,
crede na luz,
para que vos torneis filhos da luz.
Jesus disse estas coisas
e, retirando-se,
ocultou-se deles.
Jo 12:37 E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença,
não creram nele,
Jo 12:38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías,
que diz:
Senhor, quem creu em nossa pregação?
E a quem foi revelado o braço do Senhor?
Jo 12:39 Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda:
Jo 12:40 Cegou-lhes os olhos
e endureceu-lhes o coração,
para que não vejam com os olhos,
nem entendam com o coração,
e se convertam,
e sejam por mim curados.
 Jo 12:41 Isto disse Isaías
porque viu a glória dele e falou a seu respeito.
Jo 12:42 Contudo, muitos dentre as próprias autoridades
creram nele,
mas, por causa dos fariseus,
não o confessavam,
para não serem expulsos da sinagoga;
Jo 12:43 porque amaram mais a glória dos homens
do que a glória de Deus.
Jo 12:44 E Jesus clamou, dizendo:
Quem crê em mim crê,
não crê em mim,
mas naquele que me enviou.
Jo 12:45 E quem me vê a mim
vê aquele que me enviou.
Jo 12:46 Eu vim como luz para o mundo,
a fim de que todo aquele que crê em mim
não permaneça nas trevas.
Jo 12:47 Se alguém ouvir as minhas palavras
e não as guardar,
eu não o julgo;
porque eu não vim para julgar o mundo,
e sim para salvá-lo.
Jo 12:48 Quem me rejeita
e não recebe as minhas palavras
tem quem o julgue;
a própria palavra
que tenho proferido,
essa o julgará no último dia.
Jo 12:49 Porque eu não tenho falado por mim mesmo,
mas o Pai, que me enviou,
esse me tem prescrito
o que dizer
e o que anunciar.
Jo 12:50 E sei
que o seu mandamento
é a vida eterna.
As coisas, pois, que eu falo,
como o Pai mo tem dito,
assim falo.
Nós temos a vida eterna da parte de Jesus. Nós os que ouvimos e guardamos as suas palavras e não a rejeitamos. Quem rejeita o Senhor está dando um tiro em seu pé na caminhada para a eternidade, como chegará?
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
...


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

João 11.1-57 - UM MORTO DE 4 DIAS VOLTA À VIDA! IMPRESSIONANTE!!!

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 11, da parte II.
Breve síntese do capítulo 11
No capítulo 11, Jesus é a ressurreição e a vida! Com a morte de Jesus, todos, ganhamos a vida eterna. A vida eterna é universal! No entanto, muitos passarão a vida eterna no inferno e outros não.
Jesus sabia o que estava prestes a fazer e sabia ser muito grande, por isso se deteve ainda por 4 dias. Ele ressuscitou um morto de 4 dias que já cheirava mal! Com apenas um chamado, Lázaro teve de vir para fora ainda todo envolvido com os panos de sua preparação.
A morte não pode deter ninguém que Deus chama. Sabemos que ele irá nos chamar a todos no tempo oportuno. Que maravilha! Apesar de seu grande e poderoso feito demonstrando seu poder absoluto contra a mais temível de todos pelos homens, a morte, ainda assim, muitos não creram nele, pelo contrário, estavam tramando planos para matá-lo.
Os sinais que Jesus fazia eram notórios e fantásticos por isso que nada podiam fazer contra, mas não criam nele que fazia esses sinais justamente para eles crerem. Impressionante! Eles estavam preocupados com a sequência dos eventos onde, se todos nele cressem, haveriam problemas com os Romanos e perderiam até a nação. Assim, não somente o rejeitaram, como também tramaram contra ele.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O seu ministério na Galileia (6.1-71) – já vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) – estamos vendo.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) - continuação.
Como dissemos, esses vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas começa no capítulo 7 e termina no 12. Assim, dividiremos essa alínea “E” em 3 seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos (7.1-10.21) – começaremos agora; E2. Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E3. Em Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
Jesus entrou em Jerusalém, realizou milagres e revelou a realidade da sua morte iminente e ressurreição. De modo geral, ele foi admirado pelos gentios, mas apenas alguns judeus o receberam. João relata, portanto, os acontecimentos finais que ocorreram no ministério público de Jesus à medida que ele se aproximava de Jerusalém e vizinhança, estando já próxima a Páscoa.
João dividiu essas atividades de Jesus em seis partes principais: a. Ressuscitando os mortos (11.1-44) – veremos agora; b. A conspiração para matar Jesus (11.45-57) – veremos agora; c. A unção em Betânia (12.1-8); d. A entrada triunfal (12.9-19); e. A reação dos gentios (12.20-36); e, f. A reação dos judeus (12.37-50).
a. Ressuscitando os mortos (11.1-44).
O milagre da ressurreição de Lázaro é o clímax de todos os sinais precedentes pelos quais a glória de Deus vinha sendo revelada por meio de Jesus. Aqui, até mesmo a morte, o inimigo derradeiro da humanidade, foi derrotada com êxito por aquele que é "a ressurreição e a vida' (11.25).
No entanto, até mesmo esse sinal glorioso, do mesmo modo que os anteriores, dividiu aqueles que o testemunharam em dois grupos: os que creram e os que rejeitaram a glória revelada e decidiram matar Jesus (vs. 46-57).
Esse Lázaro é nomeado somente no Evangelho de João, e não deve ser confundido com o Lázaro de Lc 16.20. Ele era de Betânia, do povoado de Maria e Marta, suas irmãs. Maria é a mesma cujo ato – ungir os pés de Jesus - está registrado em 12.1-8.
Uma notícia fora enviada para Jesus dizendo que estava enfermo aquele a quem ele amava. Um pedido de socorro que aparentemente foi enviado pouco antes da morte de Lázaro.
Ao invés de se abalar ou se desesperar, tranquilizou-se e anunciou a todos que aquela enfermidade não era para morte. Jesus não estava negando que Lázaro estaria morto por quatro dias, mas sim que Lázaro não permaneceria morto.
É dito que Jesus amava aquela família, mesmo assim, se demorou dois dias ainda antes de ir acudi-los. Uma demora que as irmãs tiveram muita dificuldade para entender.
Então ele anunciou aos seus discípulos que iria voltar para a Judéia, onde os judeus procuravam apedrejá-lo. A execução de Jesus não foi uma morte trágica de alguém que tentava escapar, mas sim a morte deliberada de um sacerdote que ofereceu a si mesmo como sacrifício. Jesus e seus discípulos sabiam que, caso voltasse para Jerusalém, a sua vida estaria em perigo.
Explicando aos discípulos, disse que Lázaro tinha adormecido, mas que iria acordá-lo.
No Novo Testamento, a morte é representada com frequência como o ato de dormir (At 7.60; 1Co 15.51; 1 Ts 4.13). Contudo, essa linguagem não justifica a elaboração de uma doutrina do "sono da alma" para os santos que partiram. O termo é simplesmente um eufemismo. A consciência permanece ativa após a morte (cf. Lc 23.43; Fp 1.21-24).
Os seus discípulos entenderam mesmo que ele estava dormindo e Jesus teve de falar a verdade de sua morte. Jesus estava alegre pelo que iria realizar e que seria um grande sinal aos que creem.
Tomé logo tomou a iniciativa de dizer que também eles iriam ali para, se preciso, morrerem com ele. A hostilidade contra Jesus havia alcançado um patamar que convenceu os discípulos de que uma viagem para Jerusalém seria o fim de Jesus. Como não conseguiram convencê-lo a desistir da viagem, ao menos declararam a disposição de morrer com ele.
Jesus ao chegar foi notificado que Lázaro já estava morto há 4 dias. Essa referência à duração do tempo que ele passaria na sepultura, repetida no vs. 39, tem a intenção de demonstrar que Lázaro estava morto de fato, e não apenas doente.
Betânia estava distante apenas 3 km de Jerusalém e elas não entendiam e lamentavam o fato de Jesus ter se demorado tanto. Cada irmã fez esse comentário melancólico (cf. vs. 32), referindo-se a Jesus na terceira pessoa. É provável que elas tenha repetido essas palavras várias vezes durante esses quatro dias de angústia, enquanto aguardavam.
Marta ainda esperava um milagre, embora tudo indicasse que o seu irmão estava irrevogavelmente morto. Quando Jesus falou sobre a ressurreição, ela associou essa ideia com o futuro distante, "no último dia" (vs. 24). Ainda assim, a sua crença era mais bem instruída que a dos saduceus, que negavam a ressurreição dos mortos (Mt 22.23).
Elas exclamaram que se Jesus estivera ali... Ele, prontamente respondeu: Eu sou a ressurreição e a vida. Jesus repete em parte essa afirmação em 14.6.
Ele é não apenas a fonte e o sustentador da ressurreição e da vida, mas também está tão intimamente ligado com esse propósito que pode dizer que é a ressurreição e a vida (cf. At 3.15; Hb 7.16). Num sentido real, a ressurreição e a vida dos cristãos são a ressurreição e a vida do próprio Jesus (Rm 6.5; Gl 2.20; a BEG, aqui, recomenda a leitura de seu excelente artigo teológico “A união com Cristo", em Gl 6).
Sendo ele a ressurreição e a vida, aquele que vive e nele crê não morreria eternamente e ele pergunta a ela se ela cria nisso. Sim, ela disse, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que deveria vir ao mundo – vs. 27 - uma confissão de fé semelhante à de Pedro (Mt 16.16).
Marta ouviu e confessou aquilo e foi para casa e chamou Maria à parte e anunciou que o Mestre a estava chamando. O termo mestre apontava para uma descrição do ministério de Jesus onde ele não desprezava ensinar às mulheres, como faziam frequentemente os judeus (Lc 10.39,42).
Maria foi até Jesus chorando e isso o comoveu. A demonstração de tristeza daqueles ao redor de Jesus o deixaram comovido, e ele chorou (vs. 35) em simpatia pelos enlutados.
Jesus queria saber onde o colocaram e levaram-no ao sepulcro. O Evangelho de João nos ensina a divindade de Cristo (1.1,18) e sua total humanidade. Sendo verdadeiramente humano (porém sem abdicar de sua divindade), Jesus poderia tanto lamentar quanto ignorar certos fatos (vs. 34-35). (A BEG recomenda aqui outra leitura de um outro excelente artigo teológico deles chamado “A humanidade plena de Jesus", em Lc 3).
Todos notaram que aquilo tinha abalado Jesus e o quanto Lázaro era querido dele. Outros que o viam assim, logo passaram a criticá-lo dizendo que se ele tinha aberto aos olhos a cegos, por que não curara seu amigo?
Esses judeus usaram o poder milagroso de Jesus como base para uma repreensão, uma vez que ele não o havia exercido em tempo para evitar a morte de Lázaro.
Eles não refletiram sobre o fato de que a cura do homem cego havia sido realizada para a glória de Deus (9.3), e não apenas para aliviar uma situação difícil.
Do mesmo modo, permitiu que Lázaro morresse - e as irmãs lamentassem - para que a glória de Deus pudesse ser manifestada na ressurreição desse homem (vs. 4).
Diante da morte, Jesus ordena que tirem a pedra – vs. 39. Um convite para os seres humanos fazerem o que está ao seu alcance, ainda que uma obra sobrenatural esteja sendo realizada (cf. vs. 44). A ordem de Jesus pode ter parecido imprópria e até mesmo ofensiva. Marta queria evitar a propagação do mau cheiro da morte.
Jesus estava no direito de exigir total confiança em seu controle da situação. Quando removeram a pedra, ele se dirige, em público, ao seu Pai dando-lhe graças. Antes mesmo de o milagre ter acontecido, Jesus agradeceu a resposta à sua oração. Ele relacionou esse milagre com o seu ministério como Messias.
Eles tiraram a pedra. Jesus deu graças e agora ordenou novamente, dessa vez para o que jazia morto por 4 dias – vs. 43: Lázaro, vem para fora! Por que gritar uma ordem para um homem morto? Os mortos não ouvem, sejam gritos ou murmúrios, mas Jesus queria que as pessoas presentes testemunhassem que a voz de Deus pode ressuscitar os mortos (5.28-29). Sua ordem divina que dá vida aos mortos é uma ilustração vívida do chamado de Deus para dar vida espiritual àqueles que estão mortos no pecado (Ef 2.5).
b. A conspiração para matar Jesus (11.45-57).
Diante do sol que brilha podemos ter dois tipos de elementos com comportamentos diferentes: o barro que endurece, e a cera que se derrete.
Os crentes eram os corações de cera que se derreteram pelo Senhor, mas havia ali, no meio deles, os corações de barro, que diante de um tão grande e terrível milagre, foram capazes de se endurecerem a ponto de conspirarem – vs. 45-57 - para matar Jesus. Os líderes judeus reagiram aos milagres de Jesus com a intenção de matá-lo. A obra de Deus teve um resultado duplo: alguns creram, mas outros resistiram e permaneceram incrédulos (cf. Mt 13.10ss.). O mesmo se dá com a pregação da palavra de Deus que converte e endurece corações.
O Sinédrio, que detinha a autoridade religiosa suprema, temia que o ministério de Jesus fosse causar um levante popular que forçaria os romanos a agirem com violência, resultando numa maior pressão do controle de Roma e uma redução da influência do Sinédrio.
Caifás era um saduceu, genro de Anás. Anás havia sido deposto pelos romanos, mas ainda exercia considerável influência sobre os líderes religiosos (18.13). Numa declaração fundamentada em grosseiro utilitarismo, Caifás sugeriu que a execução de um inocente seria necessária para favorecer a nação. Ele se esqueceu da mensagem de Pv 17.15: "O que justifica o perverso e o que condena o justo abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro".
Pela providência de Deus, Caifás expressou involuntariamente uma grande verdade, embora seus sentimentos não estivessem de acordo: seria uma bênção Jesus morrer, pois a sua morte era necessária para a salvação não apenas do povo judeu, mas também de todos os eleitos espalhados pelo mundo.
Deus pode usar as palavras de um homem perverso e dar um sentido profético a elas, ainda que não tenha sido a opinião ou intenção original desse homem. O objetivo de Deus com a morte de Jesus estava claramente relacionado com aqueles que planejou salvar: os filhos de Deus espalhados ao redor do mundo.
Daquele dia em diante os judeus tinham resolvido ser melhor tirar a vida de Jesus. A crescente hostilidade dos líderes judeus fez com que Jesus deixasse Jerusalém por algum tempo. Ele se retirou para um povoado chamado de Efraim, onde ficou com os seus discípulos.
A páscoa se aproximava e a procura por Jesus somente aumentava, mas os sacerdotes e os fariseus tinham ordenado que se alguém soubesse onde ele se encontrava, era para lhes falar para que assim pudessem prendê-lo.
Jo 11:1 Estava enfermo Lázaro,
                de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
Jo 11:2 Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo,
                era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor
                e lhe enxugou os pés com os seus cabelos.
Jo 11:3 Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus:
                Senhor, está enfermo aquele a quem amas.
Jo 11:4 Ao receber a notícia, disse Jesus:
                Esta enfermidade não é para morte,
                e sim para a glória de Deus,
                               a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.
Jo 11:5 Ora, amava Jesus
                a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
Jo 11:6 Quando, pois, soube que Lázaro estava doente,
                ainda se demorou dois dias no lugar onde estava.
                               Jo 11:7 Depois, disse aos seus discípulos:
                                               Vamos outra vez para a Judéia.
                               Jo 11:8 Disseram-lhe os discípulos:
                                               Mestre, ainda agora os judeus
procuravam apedrejar-te,
                                                               e voltas para lá?
                               Jo 11:9 Respondeu Jesus:
                                               Não são doze as horas do dia?
                                                               Se alguém andar de dia, não tropeça,
                                                                              porque vê a luz deste mundo;
                                                               Jo 11:10 mas, se andar de noite, tropeça,
                                                                               porque nele não há luz.
Jo 11:11 Isto dizia e depois lhes acrescentou:
                Nosso amigo Lázaro adormeceu,
                               mas vou para despertá-lo.
Jo 11:12 Disseram-lhe, pois, os discípulos:
                Senhor, se dorme, estará salvo.
Jo 11:13 Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro;
                mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono.
Jo 11:14 Então, Jesus lhes disse claramente:
                Lázaro morreu;
                Jo 11:15 e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse,
                               para que possais crer;
                                               mas vamos ter com ele.
Jo 11:16 Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos:
                Vamos também nós para morrermos com ele.
Jo 11:17 Chegando Jesus,
                encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias.
Jo 11:18 Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém.
Jo 11:19 Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria,
                para as consolar a respeito de seu irmão.
Jo 11:20 Marta, quando soube que vinha Jesus,
                saiu ao seu encontro;
Maria, porém, ficou sentada em casa.
Jo 11:21 Disse, pois, Marta a Jesus:
                Senhor, se estiveras aqui,
                               não teria morrido meu irmão.
                                               Jo 11:22 Mas também sei que, mesmo agora,
                                                               tudo quanto pedires a Deus,
                                                                              Deus to concederá.
Jo 11:23 Declarou-lhe Jesus:
                Teu irmão há de ressurgir.
Jo 11:24 Eu sei, replicou Marta,
                que ele há de ressurgir na ressurreição,
                               no último dia.
Jo 11:25 Disse-lhe Jesus:
                Eu sou a ressurreição
                e a vida.
                               Quem crê em mim,
                                               ainda que morra,
                                                               viverá;
                               Jo 11:26 e todo o que vive e crê em mim
                                               não morrerá, eternamente.
                               Crês isto?
                                               Jo 11:27 Sim, Senhor, respondeu ela,
                                                               eu tenho crido que tu és o Cristo,
                                                               o Filho de Deus que devia vir ao mundo.
Jo 11:28 Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã,
e lhe disse em particular:
                                O Mestre chegou e te chama.
Jo 11:29 Ela, ouvindo isto,
                levantou-se depressa e foi ter com ele,
                               Jo 11:30 pois Jesus ainda não tinha entrado na aldeia,
                                               mas permanecia onde Marta se avistara com ele.
Jo 11:31 Os judeus que estavam com Maria em casa
e a consolavam,
                vendo-a levantar-se depressa e sair,
                               seguiram-na,
                                               supondo que ela ia ao túmulo para chorar.
Jo 11:32 Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus,
                ao vê-lo,
                               lançou-se-lhe aos pés, dizendo:
                                               Senhor, se estiveras aqui,
                                                               meu irmão não teria morrido.
Jo 11:33 Jesus, vendo-a chorar,
e bem assim os judeus que a acompanhavam,
                agitou-se no espírito
                e comoveu-se.
Jo 11:34 E perguntou:
                Onde o sepultastes?
Eles lhe responderam:
                Senhor, vem e vê!
                               Jo 11:35 Jesus chorou.
Jo 11:36 Então, disseram os judeus:
                Vede quanto o amava.
Jo 11:37 Mas alguns objetaram:
                Não podia ele, que abriu os olhos ao cego,
                               fazer que este não morresse?
Jo 11:38 Jesus, agitando-se novamente em si mesmo,
                encaminhou-se para o túmulo;
                               era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.
Jo 11:39 Então, ordenou Jesus:
                Tirai a pedra.
Disse-lhe Marta, irmã do morto:
                Senhor, já cheira mal,
                               porque já é de quatro dias.
Jo 11:40 Respondeu-lhe Jesus:
                Não te disse eu que, se creres,
                               verás a glória de Deus?
Jo 11:41 Tiraram, então, a pedra.
                E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
                               Pai, graças te dou porque me ouviste.
                                               Jo 11:42 Aliás, eu sabia que sempre me ouves,
                                               mas assim falei por causa da multidão presente,
                                                               para que creiam que tu me enviaste.
Jo 11:43 E, tendo dito isto, clamou em alta voz:
                Lázaro,
                               vem para fora!
Jo 11:44 Saiu aquele que estivera morto,
                tendo os pés
                e as mãos ligados com ataduras
                e o rosto envolto num lenço.
Então, lhes ordenou Jesus:
                Desatai-o
                e deixai-o ir.
Jo 11:45 Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria,
                vendo o que fizera Jesus,
                               creram nele.
                Jo 11:46 Outros, porém,
                               foram ter com os fariseus
                               e lhes contaram dos feitos que Jesus realizara.
Jo 11:47 Então, os principais sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio; e disseram:
                Que estamos fazendo,
                               uma vez que este homem opera muitos sinais?
Jo 11:48 Se o deixarmos assim,
                todos crerão nele;
                               depois, virão os romanos
                               e tomarão não só o nosso lugar,
                                               mas a própria nação.
Jo 11:49 Caifás, porém, um dentre eles,
                sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo:
                               Vós nada sabeis,
                               Jo 11:50 nem considerais que vos convém
que morra um só homem pelo povo
                               e que não venha a perecer toda a nação.
Jo 11:51 Ora, ele não disse isto de si mesmo;
                mas, sendo sumo sacerdote naquele ano,
                               profetizou que Jesus estava para morrer pela nação
                               Jo 11:52 e não somente pela nação,
                                               mas também para reunir em um só corpo
                                                               os filhos de Deus, que andam dispersos.
                                                                              Jo 11:53 Desde aquele dia,
                                                                                              resolveram matá-lo.
Jo 11:54 De sorte que Jesus já não andava publicamente entre os judeus,
                mas retirou-se para uma região vizinha ao deserto,
                               para uma cidade chamada Efraim;
                               e ali permaneceu com os discípulos.
Jo 11:55 Estava próxima a Páscoa dos judeus;
e muitos daquela região subiram para Jerusalém antes da Páscoa,
                para se purificarem.
Jo 11:56 Lá, procuravam Jesus
e, estando eles no templo, diziam uns aos outros:
                Que vos parece?
                               Não virá ele à festa?
Jo 11:57 Ora, os principais sacerdotes e os fariseus
                tinham dado ordem para, se alguém soubesse onde ele estava,
                               denunciá-lo,
                                               a fim de o prenderem.
Eles estavam tramando contra o Senhor que lhes falava a palavra de salvação e de vida. O que buscamos a todo tempo, se não a vida e a nossa salvação? Eles também a buscavam, mas procuravam onde ela não estava e assim desprezavam a Jesus que vinha com a resposta deles e para eles. Como somos tolos!
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
...