O Evangelho de João é o livro que foi escrito
por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam
ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o
Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o
tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João
Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte
do mundo. Estamos vendo o capítulo 8, da parte II.
Breve síntese do capítulo 8
No caso da mulher adúltera apanhada em
flagrante, tentaram apanhar Jesus em um laço, mas o laço preparado enganou os
laçadores e voltou-se contra eles, de forma que Deus, a misericórdia, o perdão
e Jesus foram exaltados e eles envergonhados.
Em seguida ele proclama: EU SOU A LUZ DO
MUNDO! Isto me faz lembrar o Espírito Santo do Salmo 19 que depois de exaltar o
esplendor do sol, o salmista fala da lei do Senhor que alumia e transmite
calor.
Como luz do mundo ele é a verdade e a
verdade traz liberdade. Somente seremos livres se formos libertados pela
verdade, ou seja, pela luz do mundo que alumia e aquece as almas dos filhos dos
homens.
Quem continua no pecado não é livre, como
não é livre o que faz o que quer, quando quer, do jeito que quiser: este é
escravo de si mesmo. Livre, verdadeiramente livre, é aquele que é capaz de se dominar
naquilo que não convêm.
Tanto o provocaram que Jesus declarou:
antes de Abraão, EU SOU!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior
parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas
festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público
de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a
proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram
durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a
Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O
seu ministério na Galileia (6.1-71) – já
vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas (7.1-12.50) – estamos vendo.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias
festas (7.1-12.50) - continuação.
Como
dissemos, esses vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas começa no capítulo 7 e termina no 12. Assim, dividiremos essa
alínea “E” em 3 seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos
(7.1-10.21) – começaremos agora; E2. Em
Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em Jerusalém e
vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E1. Em Jerusalém, perto da festa
dos tabernáculos (7.1-10.21) - continuação.
Já
dissemos que Jesus realizou milagres e ensinou em Jerusalém, perto da Festa dos
Tabernáculos. Muitos ainda o rejeitaram. Em Jerusalém, perto da Festa dos
Tabernáculos. João passa a registrar uma série de acontecimentos do ministério
de Jesus dentro e ao redor de Jerusalém que ocorreram próximo à Festa dos
Tabernáculos.
João
dividiu essas atividades de Jesus em três partes principais: 1. Partindo para
Jerusalém (7.1-13) – já vimos; 2. Ensinando
os judeus (7.14-8.59) – concluiremos
agora; e, 3. Curando e ensinando (9.1-10.21).
2. Ensinando os judeus
(7.14-8.59) - continuação.
Estamos
vendo até ao capítulo 8, Jesus ensinado aos judeus. Jesus ensinou as multidões
em diversos contextos e sobre uma variedade de tópicos.
Jesus
tinha ido para o Monte das Oliveiras e ao amanhecer ele surgiu novamente no
templo e assentado ensinava a todos.
Nisso,
querendo colocá-lo numa situação constrangedora, apanharam uma mulher em flagrante
de adultério (não se sabe por que não trouxeram o homem também) e o levaram a
ele para julgar e executar aquela mulher.
A
morte dos envolvidos em adultério estava prescrita na lei (Lv 20.10; Dt 22.22),
embora o apedrejamento não fosse especificado, exceto no caso de uma virgem
noiva que tivesse afirmado falsamente ter sido estuprada na cidade (Dt 22.24).
Em
nenhum dos casos o homem envolvido era isentado da pena de morte. Isso
demonstra que, nessa situação, os acusadores não estavam genuinamente interessados
em cumprir a Lei de Moisés.
Se
Jesus tivesse dado autorização aos acusadores para apedrejarem, teria violado a
legislação na qual os romanos se reservavam o direito de executar a pena de
morte em território ocupado (18.31). Caso Jesus tivesse dito para libertarem a
moça, teria violado a lei de Moisés ao ser conivente com o adultério.
Em
João, nesse momento de tensão, é a única passagem que registra Jesus
escrevendo, e não há informação a respeito do que escrevia.
O
desafio de Jesus desqualificou os acusadores da posição de juízes, uma vez que
eles não queriam cumprir a lei de Moisés, mas apenas procuravam apanhar Jesus
numa cilada. Nesse processo, eles usaram essa mulher desonrada como um ardil
para realizar o seu projeto maligno.
Ele
para por uns instantes de escrever no chão e se levanta para dar a ordem de
apedrejamento, mas que fosse começada por quem não tivesse pecado algum. Em
seguida, agacha-se novamente e volta a escrever o que escrevia no chão.
Como
não surgiu ninguém sem pecado, não houve o primeiro e, portanto ninguém mais.
Todos se retiraram dali e ficou aquela mulher sozinha com o Mestre.
Ele
pergunta a ela de seus acusadores e ela diz que não havia nenhum. Ninguém a
condenara. Um termo jurídico que indica uma sentença de julgamento emitida por
uma corte legalmente constituída (observando as estipulações das exigências
mosaicas). Jesus indicou que nenhum procedimento legal foi observado e,
consequentemente, não havia base para a punição sugerida. Em seguida, Jesus
exortou a mulher para que não continuasse a pecar - uma evidência de que
reprovava o seu comportamento imoral.
Depois
disso, falando novamente ao povo, Jesus se levanta para proclamar algo muito
forte de que ele era a luz do mundo!
Durante
a Festa dos Tabernáculos, eram acesas durante a celebração e simbolizavam a
coluna de fogo que conduziu os israelitas pelo deserto.
Sem
dúvida a festa representa esse fato, uma vez que Jesus é a luz simbolizada na
coluna de fogo. Ele é a presença gloriosa de Deus que os israelitas viram no
deserto (cf. 1.9). Essa declaração equivale a afirmar a sua divindade, pois
somente Deus é identificado com a luz (I Jo 1.5). As palavras "Eu
sou" relembram Ex 3.14 (6.35) e” luz da vida” porque Jesus estava se
referindo claramente a uma realidade espiritual.
Os fariseus
se opuseram a ele alegando que ele dava testemunho de si mesmo, logo o seu
testemunho não era verdadeiro. Essa discussão, que vai até o v. 19, gira em
torno da validade do testemunho.
A
lei de Deuteronômio (17.6; 19.15) exigia pelo menos duas testemunhas. Os
fariseus não estavam dizendo que o testemunho de Jesus era falso, mas que não
era legalmente aceitável (cf. 5.31).
Jesus
dizia que o seu testemunho era verdadeiro, porque sabia donde vinha e para onde
ia. Nessa afirmação enigmática, Jesus disse que o seu testemunho era verdadeiro
quer os judeus aceitassem ou não, pois, ao contrário dos fariseus, ele conhece
a sua origem e o seu destino.
Novamente,
a procedência de Jesus se torna motivo de conflito (6.42; 7.27,41-43). Além
disso, diz que os fariseus deveriam aceitar o testemunho dele acerca de si
mesmo, porque o Pai, de quem ele tinha vindo (vs. 16), e a quem retomaria (vs.
21), era a segunda testemunha que validava o seu testemunho (vs. 16,18).
Jesus
dizia não estar só – vs. 16. O pai era sua testemunha. Em 5.31-47, quatro
testemunhas validavam as afirmações de Jesus. De qualquer modo, alguém que tem
o testemunho de Deus não precisa de mais nada, pois Deus está sempre certo.
Os
fariseus pensavam que a afirmação de Jesus se referia ao seu pai terreno, e por
essa razão estavam ansiosos em provar que era filho ilegítimo.
Contudo,
ao falar de seu Pai, Jesus não estava nem mesmo fazendo referência à sua
concepção pelo Espírito Santo, mas sim ao seu relacionamento trinitariano com o
Pai como Filho de Deus.
A
compreensão do Pai vem por meio do Filho (1.18; 14.9; 1 Jo 5.20). Assim, a
cegueira dos fariseus a respeito de Jesus era sinal de que não conheciam a
Deus, apesar de possuírem conhecimento técnico da lei.
Ele
estava proferindo tais palavras enquanto ensinava no templo, perto do lugar
onde se colocavam as ofertas e ninguém o prendeu porque a sua hora ainda não
havia chegado – vs. 20.
Jesus,
então, dirigindo-se a eles diz que ia se retirar dali e que haveria de ser
procurado por eles. Jesus estava prevendo sua morte, ressurreição e ascensão. Jesus
também dizia que eles iriam perecer em seus pecados. Assim, ele articula
claramente os dois destinos da humanidade: nem todos serão salvos; alguns não poderão
ir para onde Jesus está (isto é, no céu). O único caminho para ser salvo é crer
(vs. 24; 3.16.18).
No
vs. 23 Jesus afirmava, em contraste, que eles eram cá de baixo e ele de cima;
eles eram deste mundo e ele não.
Então
volta a afirmar que eles iriam morrer em seus pecados, se não cressem em quem
ele era. Ele afirmava ser o “EU SOU”. Aqui Jesus aplica a si mesmo o nome de
Yahweh no Antigo Testamento (Ex 3.14: Is 43.10), uma identificação que ficaria
muito clara no vs. 58.
Disso,
eles, curiosos, indagavam: “Quem é você?" – vs. 25. E Jesus respondia que
era exatamente o que dizia já há muito tempo, mas que não criam. Ele ainda
dizia que teria muito mais coisas a falar e julgá-los, pois estava seguindo as
instruções de seu Pai, mas eles não entendiam que lhes falava a respeito do
Pai. Jesus afirmava a sua procedência divina e a verdade do seu ensino.
Jesus
passou a falar que quando ele fosse levantado, muitos creriam nele porque ele
mesmo não fazia a sua vontade, mas a vontade de seu Pai ao qual não o deixava
só, e ele se agradava em satisfazê-lo. Foi ai que muitos creram nele – vs. 30.
Se
analisarmos o que eles disseram posteriormente (vs. 33,37.39), fica claro que
essa confissão era superficial. Os verdadeiros cristãos são aqueles que
permanecem fiéis à palavra de Jesus (vs. 31).
A
perseverança, ou a falta dela, é uma maneira de fazer distinção entre aqueles
que são genuinamente regenerados daqueles que fizeram uma confissão vã (15.2,6:
1Jo 2.19).
Contudo,
devemos nos abster de fazer julgamentos desse tipo, uma vez que até mesmo
cristãos verdadeiros podem passar por períodos de apostasia espiritual.
Jesus
pedia a eles que ficassem firmes em suas palavras que eles verdadeiramente
seriam discípulos dele e, assim, conheceriam a verdade.
Confiar
nos ensinamentos de Cristo, que incorpora e condensa em si mesmo a verdade (14.6),
conduz o pecador à verdade que liberta da escravidão do pecado.
A
salvação não é obtida pelo conhecimento intelectual, como supõem os gnósticos,
mas por um comprometimento pessoal com Jesus Cristo e à verdade que ele revelou
(18.37). Nos escritos de João, muitas vezes esse é o sentido dado ao verbo
"conhecer" (4.10: 7.29; 8.55: 15.21; 17.3).
Eles
não gostaram de que Jesus os estava chamando de escravos. Diziam eles que jamais
foram escravos de alguém.
Os
judeus entenderam a declaração de Jesus como se referindo a um contexto
exterior de liberdade política. Ainda que fosse esse o caso, a afirmação deles
era estranha, porque os descendentes de Abraão foram escravos no Egito, e após
entrarem em Canaã, foram dominados por muitos outros povos, incluindo os
filisteus, os assírios, os babilónios, os persas, os gregos, os sírios e os
romanos.
No
entanto, Jesus os conhecia muito bem e afirmava claramente que todo o que
comete pecado é escravo. Em vez de entrar em disputas voltadas para um contexto
político, Jesus demonstrou novamente que as suas afirmações eram espirituais, e
não físicas.
Ele
descreveu a gravidade do pecado e a situação terrível da humanidade dominada
pelo pecado. Essa libertação não pode ser conquistada mediante o poder pessoal,
mas somente pela intervenção sobrenatural de Deus, indispensável para emancipar
os escravos do pecado.
Em
outra passagem, a Escritura descreve essa condição como a morte (Ef 2.1). A
obra da graça de Deus não é apenas uma cura, mas uma ressurreição de fato (Ef
2.5-6). Ele dizia que se, pois, o Filho os libertasse, eles seriam
verdadeiramente livres.
Regeneração
é a obra que o Espírito Santo (3.3-8) realiza com base na obra substitutiva de
Cristo (3.14-16).
Jesus
não estava se referindo a uma liberdade política, nem mesmo a alguma espécie de
liberdade na qual deixamos de nos sujeitar à força de coerção externa, pois
isso é algo que os seres humanos, como agentes racionais e responsáveis,
frequentemente possuem a capacidade de fazer.
A
verdadeira liberdade consiste na habilidade de exercer e cumprir o nosso
destino de acordo com a nossa natureza criada. O pecado nos rouba esse exercido
porque obscurece a nossa mente, degenera os nossos sentidos e escraviza a nossa
vontade. Isso é o que os reformadores chamam de depravação total ou radical, e
o único remédio é a graça regeneradora de Deus.
Por
isso que Jesus dizia – vs. 36: Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato
serão livres. De fato os judeus podiam reivindicar continuidade genealógica com
Abraão, assim como também os israelitas e os edomitas.
Contudo,
o interesse de Deus não está primariamente na descendência física, mas sim na
continuidade espiritual. Se alguém anda pelo caminho da desobediência (Ez 18),
não importa o quanto os seus antepassados foram bons; do mesmo modo, para quem
foi regenerado pelo Espírito de Deus e agora caminha pela fé, não importa quão
ruim foram os seus ancestrais. A verdadeira descendência é revelada na maneira
corno se vive, e não pelo registro da genealogia (CI 3.29).
Eles
o retrucavam dizendo que Abraão era que era o pai deles e Jesus dizia que se
assim fosse, que praticassem as obras de Abraão que certamente confirmariam as
dele. Aqui Jesus manifesta total consciência de sua origem e ministério.
Abraão
se mostrou obediente à palavra de Deus até mesmo quando tal obediência lhe foi
muito difícil. Embora esses judeus afirmassem pertencer à descendência de
Abraão, não agiam como tal. Aqui, a tônica está na obediência, que é o
verdadeiro critério de filiação, e não na biologia.
Jesus
então fala a verdade que precisava ser dita que eles praticavam as obras de seu
pai, não de Abraão. E eles diziam que não eram filhos ilegítimos. Isso soava
como uma referência sarcástica ao nascimento de Jesus, pois os judeus o
consideravam ilegítimo.
Exceto
na liturgia da sinagoga, os judeus raramente se referiam a Deus como
"pai". A ênfase na paternidade divina é característica do ensinamento
de Jesus, e se refere àqueles que são salvos e admitidos na casa de Deus por
adoção.
Deus
é o Pai do Filho num sentido exclusivo (3.16), mas também é Pai daqueles que
estão em Cristo (20.17).
Jesus
continua sua argumentação clara dizendo que se de fato Deus fosse Pai deles,
eles haveriam de amá-lo. A unidade entre Pai e Filho é tão profunda que é
impossível escolher um em detrimento do outro. Novamente a procedência de Jesus
é questionada (6.42; 7.27,41-43).
Jesus
não admitia que não o entendessem a não ser porque estariam contra ele
endurecendo os seus corações. Os judeus haviam fechado a mente de modo tão
obstinado contra a mensagem de Jesus que se tornaram até mesmo incapazes de
ouvi-lo (veja o vs. 47).
Então,
Jesus não resiste e solta a bomba, a verdade verdadeira da paternidade deles: “vós
sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhes os desejos” – vs. 44.
Novamente é reiterada a relação entre a verdade e o comportamento moral correto.
As pessoas amam as trevas porque as suas obras são más (3.19).
O
contraste fica evidente, pois só há duas opções: Deus ou Satanás.
Pela
graça de Deus, Abraão (vs. 39-41) andou no caminho da fé e da obediência. Os
judeus, ao rejeitarem Jesus, estavam praticando o oposto do que fez Abraão; daí
a repreensão de Cristo.
Essa
resistência à verdade tinha algo que os prendia que era o fato de quererem
agradar ao pecado. O pecado dirige a vontade para fazer o mal, e somente um ato
de graça sobrenatural pode reorientar a vontade a fazer o bem.
Jesus
dizia do diabo que ele fora homicida e mentiroso. Entre os pecados que
caracterizam Satanás, o assassinato e a mentira são os que se sobressaem; a
mentira, porque é o oposto da "verdade", a ênfase principal dessa
seção (vs. 32-47); e assassinato, porque o desejo de matar Jesus já estava no
coração dos fariseus (vs. 13,40).
Satanás
faz um nítido contraste com Jesus, "a verdade, e a vida" (14.6) e o
doador de vida (10.10,28).
Jesus
afirmava: “ Quem dentre vós me convence de pecado?” – vs. 46. Jesus é isento de
qualquer pecado (2Co 5.21; Hb 7.26) e sempre faz o que agrada ao Pai (Jo 8.29).
Portanto, ninguém poderia apontar nele culpa de qualquer espécie. (A BEG
recomenda aqui a leitura e a reflexão em sem excelente artigo teológico "A
Impecabilidade de Jesus", em Hb 4).
A
razão deles não darem ouvidos a ele, Jesus, era clara: eles não eram de Deus. O
pecado paralisa os nossos sentidos espirituais. E necessário um ato da graça de
Deus para permitir que o pecador ouça a sua voz (cf. o v. 43; 10.3-4,16,27).
Em
resposta, eles o acusaram de samaritano e que tinha demônios alojados em seu
corpo. Um termo desrespeitoso, possivelmente sugerindo que o pai natural de
Jesus era um samaritano que teve relações extraconjugais e disso resultou o seu
nascimento (8.41). Os inimigos de Jesus, quando encurralados pela verdade, recorriam
à blasfêmia (Mt 12.24,31).
Jesus,
em misericórdia, respondeu a eles que não tinha demônios. A conduta de Jesus em
honrar o Pai (cf. 17.4) e não buscar glória para si mesmo era o oposto do que
uma pessoa endemoninhada faria. Jesus não tinha medo de falar sobre o julgamento
de Deus.
Jesus
continuava a discursar dizendo que se alguém guardasse a sua palavra, não veria
a morte. Biblicamente, a morte é a punição judicial para o pecado (Rm 6.23).
Uma vez que Jesus morreu como substituto pelo seu povo, aqueles que pertencem a
ele estão livres dessa punição do pecado porque Cristo sofreu o castigo no
lugar deles.
Ao
ampliar a promessa para além desta vida, Jesus afirmou possuir prerrogativa
divina. Os judeus entenderam essa declaração como uma promessa de evitar a
morte física. Em declarações anteriores (5.24-29), Jesus havia deixado bem claro
qual era o sentido correto de suas afirmações.
Eles,
curiosos, perguntaram se ele era maior do que Abraão, o pai deles? Abraão e os
profetas, ainda que muito importantes para a história da redenção, não puderam
eliminar o curso da morte. Somente Cristo triunfou sobre a morte e, nesse
sentido, ele é muito maior do que Abraão e os profetas.
Nos
dias do seu ministério terreno, Jesus não buscou a glória para si, ainda que,
como Deus, esta lhe tosse devida. Essa glória era evidente:
·Para
todos os que tinham olhos para enxergá-la (1.14).
·Ficou
manifesta na sua ressurreição e ascensão (1Tm 3.16).
·Será
demonstrada em todo o seu esplendor quando da sua segunda vinda.
A
glória suprema pertence a Deus, e Jesus, ao afirmar possuí-la, afirmou a sua
divindade.
Ele
então faz uma afirmação “absurda” que Abraão viu o seu dia e alegrou-se. Abraão
previu a chegada de Cristo, ainda que de uma perspectiva limitada, e pela fé
aceitou muitas promessas dadas por Deus, promessas estas que só poderiam se
cumprir por meio da vinda de Cristo.
Uma
vez que o contexto dessa discussão se refere a Satanás como assassino e a Jesus
como aquele cuja morte substitutiva liberta pessoas da morte, pode haver uma
referência especial à provisão de Deus de um cordeiro como substituto para o
sacrifício de Isaque (Gn 22). Essa declaração deixa claro que, até mesmo no
período do Antigo Testamento, os que criam não eram salvos à parte de Jesus
Cristo, mas mediante a fé em Cristo, que estava presente para eles pelos meios
prefigurados que Deus forneceu na lei e nos atos históricos (cf. At 4.12).
Jesus
estava perto dos trinta anos nessa ocasião (Lc 3.23) e eles falaram que ele não
tinha nem ainda 50, como poderia ter ele visto ou estado com Abraão? Ele afirma
então uma bomba para eles: antes que Abraão existisse, Eu sou – vs. 58. Uma
clara referência à preexistência eterna de Cristo e, portanto, à sua divindade.
(veja 1.1-2; 8.24,28; 17.5).
Não
resistindo ao que acabaram de ouvir, pegaram em pedras. Os judeus entenderam prontamente
as afirmações de Cristo quanto à sua divindade e, como não aceitavam as suas
palavras, interpretaram-nas como blasfêmia, cuja punição era o apedrejamento
exigido pela lei (Lv 24.16; cf. Mt 26.65; Jo 10.31).
Como
pode ter pessoas que estudam o Novo Testamento e ainda não creem na divindade
de Jesus Cristo?
Jo 8:1 Jesus, entretanto,
foi para o
monte das Oliveiras.
Jo 8:2 De madrugada,
voltou
novamente para o templo,
e todo o povo
ia ter com ele;
e, assentado,
os
ensinava.
Jo 8:3 Os escribas e fariseus
trouxeram à
sua presença uma mulher surpreendida em adultério
e, fazendo-a
ficar de pé no meio de todos, Jo 8:4 disseram a Jesus:
Mestre,
esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
Jo
8:5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres
sejam
apedrejadas;
tu,
pois, que dizes?
Jo 8:6 Isto diziam eles
tentando-o,
para terem de que o acusar.
Mas
Jesus,
inclinando-se,
escrevia
na terra com o dedo.
Jo 8:7 Como insistissem na pergunta,
Jesus se levantou e lhes disse:
Aquele que
dentre vós estiver sem pecado
seja
o primeiro que lhe atire pedra.
Jo 8:8 E,
tornando a inclinar-se,
continuou
a escrever no chão.
Jo 8:9 Mas,
ouvindo eles esta resposta
e acusados
pela própria consciência,
foram-se
retirando um por um,
a
começar pelos mais velhos
até
aos últimos,
ficando
só Jesus
e
a mulher
no
meio onde estava.
Jo 8:10 Erguendo-se Jesus e não vendo a
ninguém mais além da mulher,
perguntou-lhe:
Mulher,
onde estão aqueles teus acusadores?
Ninguém
te condenou?
Jo 8:11 Respondeu ela:
Ninguém,
Senhor!
Então, lhe disse Jesus:
Nem eu
tampouco te condeno;
vai
e
não peques mais.]
Jo 8:12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo:
Eu sou a luz
do mundo;
quem
me segue não andará nas trevas;
pelo
contrário, terá a luz da vida.
Jo 8:13 Então, lhe objetaram os
fariseus:
Tu dás
testemunho de ti mesmo;
logo,
o teu testemunho não é verdadeiro.
Jo 8:14 Respondeu Jesus e disse-lhes:
Posto que eu
testifico de mim mesmo,
o
meu testemunho é verdadeiro,
porque
sei donde vim
e
para onde vou;
mas
vós não sabeis donde venho,
nem
para onde vou.
Jo 8:15 Vós
julgais segundo a carne,
eu
a ninguém julgo.
Jo 8:16 Se eu
julgo,
o
meu juízo é verdadeiro,
porque
não sou eu só,
porém
eu e aquele que me enviou.
Jo 8:17
Também na vossa lei está escrito
que
o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.
Jo 8:18 Eu
testifico de mim mesmo,
e o Pai, que
me enviou,
também
testifica de mim.
Jo 8:19 Então, eles lhe perguntaram:
Onde está teu
Pai?
Respondeu Jesus:
Não me
conheceis a mim
nem a meu
Pai;
se
conhecêsseis a mim,
também
conheceríeis a meu Pai.
Jo 8:20 Proferiu ele estas palavras no
lugar do gazofilácio,
quando
ensinava no templo;
e ninguém o prendeu,
porque não
era ainda chegada a sua hora.
Jo 8:21 De outra feita, lhes falou,
dizendo:
Vou
retirar-me,
e vós me
procurareis,
mas
perecereis no vosso pecado;
para
onde eu vou vós não podeis ir.
Jo 8:22 Então, diziam os judeus:
Terá ele,
acaso, a intenção de suicidar-se?
Porque
diz: Para onde eu vou vós não podeis ir.
Jo 8:23 E prosseguiu:
Vós sois cá
de baixo,
eu
sou lá de cima;
vós sois
deste mundo,
eu
deste mundo não sou.
Jo 8:24 Por
isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados;
porque,
se não crerdes que EU SOU,
morrereis
nos vossos pecados.
Jo 8:25 Então, lhe perguntaram:
Quem és tu?
Respondeu-lhes Jesus:
Que é que
desde o princípio vos tenho dito?
Jo 8:26 Muitas
coisas tenho para dizer a vosso respeito
e vos julgar;
porém
aquele que me enviou é verdadeiro,
de
modo que as coisas que dele tenho ouvido,
essas
digo ao mundo.
Jo 8:27 Eles, porém, não atinaram que
lhes falava do Pai.
Jo 8:28 Disse-lhes, pois, Jesus:
Quando
levantardes o Filho do Homem,
então,
sabereis que EU SOU
e
que nada faço por mim mesmo;
mas
falo como o Pai me ensinou.
Jo 8:29 E
aquele que me enviou está comigo,
não
me deixou só,
porque
eu faço sempre o que lhe agrada.
Jo 8:30 Ditas
estas coisas,
muitos
creram nele.
Jo 8:31 Disse, pois, Jesus aos judeus
que haviam crido nele:
Se vós
permanecerdes na minha palavra,
sois
verdadeiramente meus discípulos;
Jo
8:32 e conhecereis a verdade,
e
a verdade vos libertará.
Jo 8:33 Responderam-lhe:
Somos
descendência de Abraão
e jamais
fomos escravos de alguém;
como
dizes tu:
Sereis
livres?
Jo 8:34 Replicou-lhes Jesus:
Em verdade,
em verdade vos digo:
todo
o que comete pecado
é
escravo do pecado.
Jo 8:35 O
escravo não fica sempre na casa;
o
filho, sim, para sempre.
Jo 8:36 Se,
pois, o Filho vos libertar,
verdadeiramente
sereis livres.
Jo 8:37 Bem
sei que sois descendência de Abraão;
contudo,
procurais matar-me,
porque
a minha palavra não está em vós.
Jo 8:38 Eu
falo das coisas que vi junto de meu Pai;
vós,
porém, fazeis o que vistes em vosso pai.
Jo 8:39 Então, lhe responderam:
Nosso pai é
Abraão.
Disse-lhes Jesus:
Se sois
filhos de Abraão,
praticai
as obras de Abraão.
Jo
8:40 Mas agora procurais matar-me,
a
mim que vos tenho falado
a
verdade que ouvi de Deus;
assim
não procedeu Abraão.
Jo
8:41 Vós fazeis as obras de vosso pai.
Disseram-lhe eles:
Nós não somos
bastardos;
temos
um pai,
que
é Deus.
Jo 8:42 Replicou-lhes Jesus:
Se Deus
fosse, de fato, vosso pai,
certamente,
me havíeis de amar;
porque
eu vim de Deus
e
aqui estou;
pois não vim
de mim mesmo,
mas
ele me enviou.
Jo 8:43 Qual
a razão por que não compreendeis a minha linguagem?
É
porque sois incapazes de ouvir a minha palavra.
Jo 8:44 Vós
sois do diabo,
que
é vosso pai,
e
quereis satisfazer-lhe os desejos.
Ele foi
homicida desde o princípio
e jamais se
firmou na verdade,
porque
nele não há verdade.
Quando ele
profere mentira,
fala
do que lhe é próprio,
porque
é mentiroso
e
pai da mentira.
Jo
8:45 Mas, porque eu digo a verdade,
não
me credes.
Jo 8:46 Quem
dentre vós me convence de pecado?
Se
vos digo a verdade,
por
que razão não me credes?
Jo
8:47 Quem é de Deus
ouve
as palavras de Deus;
por
isso, não me dais ouvidos,
porque
não sois de Deus.
Jo 8:48 Responderam, pois, os judeus e
lhe disseram:
Porventura,
não temos razão em dizer
que
és samaritano
e
tens demônio?
Jo 8:49 Replicou Jesus:
Eu não tenho
demônio;
pelo
contrário,
honro
a meu Pai,
e
vós me desonrais.
Jo 8:50 Eu
não procuro a minha própria glória;
há
quem a busque
e
julgue.
Jo 8:51 Em
verdade, em verdade vos digo:
se
alguém guardar a minha palavra,
não
verá a morte,
eternamente.
Jo 8:52 Disseram-lhe os judeus:
Agora,
estamos certos de que tens demônio.
Abraão
morreu,
e
também os profetas, e tu dizes:
Se
alguém guardar a minha palavra,
não
provará a morte,
eternamente.
Jo 8:53 És
maior do que Abraão,
o
nosso pai, que morreu?
Também
os profetas morreram.
Quem,
pois, te fazes ser?
Jo 8:54 Respondeu Jesus:
Se eu me
glorifico a mim mesmo,
a
minha glória nada é;
quem
me glorifica é meu Pai,
o
qual vós dizeis que é vosso Deus.
Jo 8:55
Entretanto,
vós
não o tendes conhecido;
eu,
porém, o conheço.
Se eu disser
que não o conheço, serei como vós:
mentiroso;
mas
eu o conheço
e
guardo a sua palavra.
Jo 8:56
Abraão, vosso pai,
alegrou-se
por ver o meu dia,
viu-o
e
regozijou-se.
Jo 8:57 Perguntaram-lhe, pois, os
judeus:
Ainda não
tens cinqüenta anos
e viste
Abraão?
Jo 8:58 Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade,
em verdade eu vos digo:
antes
que Abraão existisse,
EU
SOU.
Jo 8:59 Então, pegaram em pedras para
atirarem nele;
mas Jesus se
ocultou
e saiu do
templo.
Quando ele
disse EU SOU, ele estava falando do EU SOU mesmo, daquele que se manifestou a Moisés
como o libertador do povo hebreu do Egito. Jesus é Deus!
O Evangelho de João é o livro escrito por
João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a
ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e
o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central
desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do
Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo.
Estamos vendo o capítulo 7, da parte II.
Breve síntese do capítulo 7
João continua a sua narrativa sobre Jesus
onde os seus irmãos não criam nele e, portanto estavam tentando “ajudá-lo”.
Havia um clima de disputa entre todos sobre
Jesus procurando saber quem ele era e se de fato era o Messias. As opiniões
eram contraditórias e Jesus respondia a eles, mas não da forma como alguém
normal, mas como aquele que tem autoridade.
Ele estava com eles, mas não se misturava a
eles na tentativa do convencimento sobre a sua pessoa. Jesus sempre exigiu que
cressem nele quando ele falava ou fazia algo extraordinário.
Ambiente de discussões, grupos prós e
grupos contras e lá vai ele no último dia da festa, o dia mais importante da
festa e se levanta e diz: SE ALGUÉM TEM SEDE VENHA A MIM E BEBA!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior
parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas
festas judaicas.
Estamos seguindo, conforme já falamos a
proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram
durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a
Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O
seu ministério na Galileia (6.1-71) – já
vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas (7.1-12.50) – começaremos a
ver agora.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias
festas (7.1-12.50).
Esses
vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas
começa no capítulo 7 e termina no 12.
Assim,
dividiremos essa alínea “E” em três seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa
dos tabernáculos (7.1-10.21) – começaremos
agora; E2. Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em
Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E1. Em Jerusalém, perto da festa
dos tabernáculos (7.1-10.21).
Jesus
realizou milagres e ensinou em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. Muitos
ainda o rejeitaram. Em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. João passa a
registrar uma série de acontecimentos do ministério de Jesus dentro e ao redor
de Jerusalém que ocorreram próximo à Festa dos Tabernáculos.
João
divide essas atividades de Jesus em três partes principais: 1. Partindo para
Jerusalém (7.1-13) – veremos agora; 2.
Ensinando os judeus (7.14-8.59) –
começaremos a ver agora; e, 3. Curando e ensinando (9.1-10.21).
1. Partindo para Jerusalém
(7.1-13).
João
prepara a cena para as discussões a seguir. A descrença dos irmãos de Cristo (vs.
5) e o presságio de Jesus quanto à necessidade de comparecer oculto à festa,
com o objetivo de evitar a sua prisão (vs. 10), combinam-se para alertar o
leitor sobre a crescente hostilidade em relação a Jesus.
Jesus
estava percorrendo a Galileia, mas longe da Judéia por causa dos que queria
tirar-lhe a vida e estava se aproximando a Festa dos Tabernáculos.
Essa
festa era a mais prolongada do ano judaico (durava sete dias), ocorrendo antes
do ano-novo judaico e do Dia da Expiação. (Yom Kippur; veja Lv 23; Dt 16), e
celebrava a provisão graciosa de Deus para os israelitas no deserto e o
encerramento de cada colheita anual.
Nessas
festividades, dois rituais eram muito importantes: o cerimonial da água
corrente (que comemorava a provisão de água no deserto, Nm 20.2-13) e o
cerimonial de acender lâmpadas.
O
primeiro ritual serviu de contexto para o sermão de Jesus em 7.37-38; o
segundo; para as suas afirmações em 8.12.
Reparem
nos versos 3,5 e 10 e compare com 2.12 e também Mt 12.46, como os seus irmãos
não criam nele e se sentiam “empresários” dele querendo cuidar de seus negócios
e apresentações ao mundo.
No
entanto, Jesus respondeu que o seu tempo ainda não tinha chegado. (Veja 2.4;
7.8,30; 8.20; 12.23; 13.1; 17.1; Mt 26.18; Mc 14.41.) Essas passagens
demonstram a preocupação de Jesus em sujeitar-se ao planejamento de Deus; as
ações de Jesus em momentos específicos estavam carregadas de importância salvadora
para todos os tempos.
João
dizia que o mundo não poderia ainda odiá-los, mas a ele sim por causa de seu
testemunho contra o que faziam nas trevas. Isso se refere à sua humanidade em
sua oposição ao propósito de Deus.
Nesse
momento, os irmãos de Jesus representavam o mundo e sua incredulidade; mais
tarde, alguns deles se tornaram cristãos (At 1.14).
As
pessoas que praticam o mal não gostam de ser desmascaradas pelo bem (3.19-20),
antes preferem inventar todo tipo de desculpa, filosofias e religiões para se
manterem longe desse Deus que requer compromissos com ele.
Essas
palavras dirigidas a seus irmãos de que não subiria ainda não contradizem o vs.10,
pois Jesus de fato compareceu à festa. Antes, indica que seus irmãos pediram
que ele comparecesse de maneira pública e se apresentasse abertamente à
multidão. Jesus diz que não irá dessa maneira.
As
pessoas já perguntavam por ele, mas não em público por medo dos judeus (líderes
e oficiais dos judeus, particularmente àqueles que aram hostis a Jesus), e
muitos boatos se falavam dele, entre eles de que Jesus era bom. Um testemunho digno
de pessoas imparciais; disseram algo que era muito mais verdadeiro do que
imaginavam (cf. Mc 10.18).
2. Ensinando os judeus
(7.14-8.59).
Doravante,
até ao capítulo 8, veremos Jesus ensinado aos judeus. Jesus ensinou as
multidões em diversos contextos e sobre uma variedade de tópicos.
O
primeiro discurso e a primeira interação de Jesus com a multidão se deu dos
versos 14 ao 24, conforme veremos a seguir.
Jesus
não havia sido discípulo de nenhum rabino conhecido; no entanto, o conhecimento
e a sabedoria que demonstrava maravilhavam aqueles que o ouviam (cf. 3.2; Mt
7.28; Lc 2.47).
Jesus
respondeu aos judeus que seu ensino não vinha dele, mas de quem o enviou. Jesus
revelou a fonte do seu ensino. Ele não era um inovador, e nem a sua mensagem
era originária dele mesmo, mas procedia do seu Pai.
Isso
é um importante corretivo às pessoas (dessa época e de hoje) que procuram
atribuir os ensinos de Jesus a fontes humanas: Deus o Pai era a única fonte dos
ensinamentos do Filho. Essa verdade também confirma a origem divina das
Escrituras do Antigo Testamento às quais Jesus se referia com frequência.
Deus
concede um discernimento correto sobre a natureza divina dos ensinamentos de
Cristo àqueles que desejam, com sinceridade, fazer a vontade dele (isto é, aos
cristãos verdadeiros, em contraste com aqueles que apenas professam buscar a
Deus). Veja o SI 25.14.
Jesus
faz um contraste entre os que falam por si mesmos e os que dão glórias a Deus.
Um contraste é estabelecido entra aqueles que querem promover a si mesmos e
aqueles que estão preocupados unicamente com o cumprimento de sua missão
(12.49); Jesus pertence ao último grupo. Ao que é verdadeiro por buscar não a
sua própria glória, mas a glória de Deus. Ou "de verdade" (quanto a
passagens em que Cristo e sua mensagem são identificados com a verdade, veja
1.14,17; 14.6; 18.37; 2Co 11.10; Ap 3.7,14; 19.11).
É
notável que esse termo “verdadeiro” se aplique:
·A
Deus o Pai (SI 31.5; Is 65.16; Jo 7.28; 8.26; 17.3; Rm 3.4; 1Ts 1.9; 1Jo 5.20;
Ap 6.10; 15.3; 16.7).
·Bem
como às Escrituras e à pregação apostólica (51119.30,43,138,142,151,160: Jo
17.17; Ef 1.13; Cl 1.5; 2Tm 2.15; Tg 1.18).
Isso
contrasta nitidamente com Satanás, que é "mentiroso e pai da mentira"
(Jo 8.44).
Apesar
de a lei ser dada por Moisés, ninguém o obedecia. A grande bênção de receber a
lei como a revelação da vontade de Deus (cf. SI 103.7; Rm 3.2; 9.4) se
transforma em responsabilidade pela desobediência (Rm 7.7-12).
Jesus
toca então num ponto muito delicado quando afirma que eles queriam matá-lo e
eles respondem dizendo que ele tinha demônios por pensar assim. Esse tipo de
acusação era típico de pessoas que não tinham mais argumentos (cf. 8.48-52;
10.19-20; Mt 12.24), e resultou numa das mais terríveis condenações que Jesus
pronunciou (Mt 12.31-32).
Jesus
fez mais de um milagre, mas aqui – vs. 21 - ele estava se referindo a pelo
menos um que essas pessoas tinham presenciado: a cura de um paralítico
(5.1-15).
A
circuncisão estava prescrita na lei de Moisés (Lv 12.3), mas já havia sido
instituída por Deus nos dias de Abraão (Gn 17.10-14).
A
ordem para que a circuncisão fosse realizada no oitavo dia era encarada com
tanta seriedade que tinha prioridade sobre a legislação do descanso no sábado.
Isso
não estava estipulado na Escritura, mas obviamente era prática comum entre os
judeus nos dias de Jesus. Essa é a razão da argumentação que Jesus apresentou
aqui.
Jesus
apontou para a inconsistência de seus acusadores, pois havia várias atividades
permitidas no sábado, incluindo a circuncisão.
Jesus
ponderava como era possível que fosse correto permitir um ato que envolvia
apenas o prepúcio, e ao mesmo tempo errado negar um que envolvia toda a pessoa?
Jesus
os condenava por julgarem apenas pela aparência e pedia que fossem justos e
fizessem julgamentos justos – vs. 24.
Nessa
passagem bastante irónica – vs. 25 ao 36 -, a multidão discutia sobre a procedência
de Jesus (6.42). As pessoas pensavam que Jesus tinha vindo da Galileia (vs.
41.52), e isso estava em conflito com duas opiniões difundidas pelos judeus
nessa época:
·Um
a dizia que o Messias viria de Belém (v. 42; Mt 2.5-6).
·Outra,
que a sua origem seria desconhecida.
Replicando
essas opiniões, Jesus indicou a sua origem divina e não o seu nascimento
geográfico. Ao negarem a missão divina de Jesus, seus ouvintes demonstraram
ignorância quanto ao plano de Deus, apesar dos milagres que evidenciaram o
endosso divino (vs.. 31).
Alguns
deles tentaram e procuravam prendê-1º, mas como não era ainda a sua hora, não o
puderam fazê-lo. A conspiração contra a vida de Jesus não teria sucesso até que
o plano de Deus o permitisse. E quanto à nossa vida, não seria o mesmo?
Deveríamos confiar mais em Deus.
Alguns
creram nele, mas outros permaneciam incrédulos e isso se tornou a questão do
momento. Ele dizia que eles haveriam de procurar por ele, mas não iriam achá-lo.
Isso não está em contradição com Mt 7.7. A diferença está no
"buscai". Em Mt 7.7, Jesus estava falando sobre um desejo genuíno por
Deus (cf. vs. 37) que somente o Espírito Santo pode produzir no pecador; porém,
em Jo 7.34, Cristo estava se referindo aos esforços para localizá-lo, que
seriam inúteis uma vez que os fariseus e lideres religiosos não podiam enviar
os guardas do templo ao céu. Observe o contraste entre os incrédulos (vs. 34) e
os que criam (14.3).
Os
judeus ficaram confusos com a procedência de Cristo e isso refletiu no fato de
que não compreenderam o seu destino, que era o céu. Eles entendiam esse
conceito apenas em termos geográficos e não ficaram contentes com a ideia de
Jesus ir ministrar entre os gregos pagãos a quem eles desprezavam.
Jesus
esperou por esse momento e bem no auge da festa, Jesus comunicou uma mensagem
enfática por meio da sua postura (de pé) e da sua voz (exclamou). Aqui, a
mensagem que havia sido dada à mulher samaritana (4.10-14) foi repetida e
explicada pela identificação de “vir a mim” com “crer em mim”.
Quando
Jesus disse que creriam nele como diz as Escrituras, ele não estava sendo
específico, lembrando de alguma passagem precisa. Não era uma citação exata do
Antigo Testamento, mas poderia estar se referindo a fontes do Antigo Testamento
que associam a água com o dom escatológico do Espírito (p. ex., Is 44.3; Ez
36.25-27), bem como passagens que empregam a metáfora da água para descrever as
bênçãos da era messiânica (p. ex., Is 12.3; 58.11; Ez 47).
O
ímpeto da proclamação de Jesus é claro: nele se cumpre a tipologia da Festa dos
Tabernáculos (vs. 2). Os rios representam a abundância que beneficia não apenas
os cristãos, mas todos os que estão ao redor deles.
Ali,
naquele momento, ele estava se referindo ao Espírito Santo. O Espírito até
aquele momento não fora dado. A interpretação inspirada de João a respeito da
afirmação de Jesus deixa claro que isso é unia referência à bênção do
Pentecostes.
Embora
o Espirito Santo já operasse no período do Antigo Testamento, no Pentecostes,
ele entraria num relacionamento ainda mais íntimo com os cristãos (14.17; 1Co
6.19).
O
Espírito Santo é o presente do Messias para o seu povo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc
3.16; Jo 16.7; At 2.1-21; cf. Ef 4.8).
Ouvindo-o
falar dessa forma, alguns exclamaram que ele era o profeta (6.14). Testemunhos divergentes
foram dados por aqueles que não estavam cegos pelo preconceito:
(1)O Messias não teria feito mais
sinais do que Jesus fez (vs. 31);
(2)Jesus pode ser "o
profeta" prometido por Moisés (vs. 40).
(3)Jesus era “o Cristo", o
Messias (vs. 41);
(4)Ninguém nunca havia falado da
maneira como Jesus falou (vs. 46).
Um
estudo interessante poderia ser feito a partir do testemunho dado pelos
inimigos de Jesus.
A
discussão sobre a identidade de Jesus continuou focalizada na sua procedência (cf.
vs. 25-36; 6.42; 7.27). Equívocos semelhantes ocorreram durante a conversa de
Jesus com Nicodemos (3.1-15) e com a mulher samaritana (4.1-26).
O
preconceito dos principais sacerdotes e dos fariseus fica evidente na
reprovação que fizeram aos guardas do templo (vs. 47.48), à multidão (vs. 49),
e até mesmo a Nicodemos, que fazia parte do grupo deles (vs. 52).
Os
guardas enviados a prenderem a Jesus, voltaram dizendo que ninguém tinha falado
antes como ele. Quão impressionante não seria ouvi-lo? Nicodemos era mais
prudente e tentava defende-lo, mas eles não o ouviram e ainda diziam zombando
que nada de bom poderia vir da Galileia.
A
Galileia era desprezada pelo Sinédrio, por ser uma região de população
miscigenada onde a lei não era observada com zelo. Um antigo manuscrito traz
"o profeta”; logo, essa negação não significa que nenhum profeta poderia
vir da Galileia (o profeta Jonas era dessa região; 2Rs 14.25), mas que "o
profeta" certamente não viria de uma região tão desonrosa. Aqui,
novamente, aparece a discussão sobre a questão da procedência de Jesus (6.42;
7.27).
O
trecho a seguir, dos vs. 53 ao 8.11, não ocorrem na maioria dos melhores manuscritos
gregos desse Evangelho.
Conforme
nos explica a BEG, os manuscritos antigos em que esses versículos ocorrem o
colocam em lugares diferentes (aqui; após 7.36; após 21.25; após Lc 21.38; e após
Lc 24.53). A partir de 7.53 e 8.1, fica claro que a localização dessa narrativa
não é a original, pois Jesus não estava presente na reunião descrita em
7.45-52. Essa evidência sugere que esses versículos não faziam parte do
original desse Evangelho, mas que provavelmente têm origem apostólica e
reproduzem um incidente que, de fato, ocorreu durante o ministério de Jesus.
Jo 7:1 Passadas estas coisas,
Jesus andava
pela Galiléia,
porque
não desejava percorrer a Judéia,
visto
que os judeus procuravam matá-lo.
Jo 7:2 Ora, a festa dos judeus,
chamada de
Festa dos Tabernáculos,
estava
próxima.
Jo 7:3 Dirigiram-se, pois, a ele os seus
irmãos e lhe disseram:
Deixa este
lugar e vai para a Judéia,
para
que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
Jo 7:4 Porque
ninguém há que procure ser conhecido em público
e,
contudo, realize os seus feitos em oculto.
Se
fazes estas coisas,
manifesta-te
ao mundo.
Jo
7:5 Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.
Jo 7:6 Disse-lhes, pois, Jesus:
O meu tempo ainda
não chegou,
mas
o vosso sempre está presente.
Jo 7:7 Não
pode o mundo odiar-vos,
mas
a mim me odeia,
porque
eu dou testemunho a seu respeito
de
que as suas obras são más.
Jo 7:8 Subi
vós outros à festa;
eu,
por enquanto, não subo,
porque
o meu tempo ainda não está cumprido.
Jo
7:9 Disse-lhes Jesus estas coisas
e
continuou na Galiléia.
Jo 7:10 Mas, depois que seus irmãos
subiram para a festa,
então, subiu
ele também,
não
publicamente, mas em oculto.
Jo 7:11 Ora, os judeus o procuravam na festa
e perguntavam:
Onde estará
ele?
Jo 7:12 E havia grande murmuração a seu
respeito entre as multidões.
Uns diziam:
Ele
é bom.
E outros:
Não,
antes, engana o povo.
Jo 7:13 Entretanto,
ninguém
falava dele abertamente, por ter medo dos judeus.
Jo 7:14 Corria já em meio a festa,
e Jesus subiu ao templo
e ensinava.
Jo 7:15 Então, os judeus se maravilhavam
e diziam:
Como sabe
este letras, sem ter estudado?
Jo 7:16 Respondeu-lhes Jesus:
O meu ensino
não é meu,
e sim daquele
que me enviou.
Jo 7:17 Se
alguém quiser fazer a vontade dele,
conhecerá
a respeito da doutrina,
se
ela é de Deus
ou
se eu falo por mim mesmo.
Jo 7:18 Quem
fala por si mesmo está procurando
a
sua própria glória;
mas
o que procura a glória de quem o enviou,
esse
é verdadeiro,
e
nele não há injustiça.
Jo 7:19 Não
vos deu Moisés a lei?
Contudo,
ninguém dentre vós a observa.
Por que
procurais matar-me?
Jo 7:20 Respondeu a multidão:
Tens demônio.
Quem
é que procura matar-te?
Jo 7:21 Replicou-lhes Jesus:
Um só feito realizei,
e todos vos
admirais.
Jo 7:22 Pelo
motivo de que Moisés vos deu a circuncisão
(se
bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas),
no
sábado circuncidais um homem.
Jo 7:23 E, se
o homem pode ser circuncidado em dia de sábado,
para
que a lei de Moisés não seja violada,
por
que vos indignais contra mim,
pelo
fato de eu ter curado, num sábado,
ao
todo, um homem?
Jo 7:24 Não
julgueis segundo a aparência,
e
sim pela reta justiça.
Jo 7:25 Diziam alguns de Jerusalém:
Não é este
aquele a quem procuram matar?
Jo 7:26 Eis
que ele fala abertamente, e nada lhe dizem.
Porventura,
reconhecem verdadeiramente as autoridades
que
este é, de fato, o Cristo?
Jo 7:27 Nós,
todavia, sabemos donde este é;
quando,
porém, vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é.
Jo 7:28 Jesus, pois, enquanto ensinava
no templo, clamou, dizendo:
Vós não
somente me conheceis,
mas
também sabeis donde eu sou;
e
não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse,
mas
aquele que me enviou é verdadeiro,
aquele
a quem vós não conheceis.
Jo 7:29 Eu o
conheço,
porque
venho da parte dele
e
fui por ele enviado.
Jo 7:30 Então, procuravam prendê-lo;
mas ninguém
lhe pôs a mão,
porque
ainda não era chegada a sua hora.
Jo 7:31 E, contudo, muitos de entre a
multidão creram nele e diziam:
Quando vier o
Cristo, fará, porventura,
maiores
sinais do que este homem tem feito?
Jo 7:32 Os fariseus,
ouvindo a
multidão murmurar estas coisas a respeito dele,
juntamente
com os principais sacerdotes
enviaram
guardas para o prenderem.
Jo 7:33 Disse-lhes Jesus:
Ainda por um
pouco de tempo estou convosco
e
depois irei para junto daquele que me enviou.
Jo 7:34
Haveis de procurar-me
e não me
achareis;
também
aonde eu estou,
vós
não podeis ir.
Jo 7:35 Disseram, pois, os judeus uns
aos outros:
Para onde irá
este que não o possamos achar?
Irá,
porventura, para a Dispersão entre os gregos,
com
o fim de os ensinar?
Jo 7:36 Que
significa, de fato, o que ele diz:
Haveis
de procurar-me e não me achareis;
também
aonde eu estou, vós não podeis ir?
Jo 7:37 No último dia, o grande dia da
festa, levantou-se Jesus e exclamou:
Se alguém tem
sede,
venha
a mim e beba.
Jo 7:38 Quem
crer em mim, como diz a Escritura,
do
seu interior fluirão rios de água viva.
Jo
7:39 Isto ele disse com respeito ao Espírito
que
haviam de receber os que nele cressem;
pois
o Espírito até aquele momento não fora dado,
porque Jesus
não havia sido ainda glorificado.
Jo 7:40 Então, os que dentre o povo
tinham ouvido estas palavras diziam:
Este é
verdadeiramente o profeta;
Jo 7:41 outros diziam:
Ele é o
Cristo;
outros, porém, perguntavam:
Porventura, o
Cristo virá da Galiléia?
Jo
7:42 Não diz a Escritura que o Cristo vem
da
descendência de Davi
e
da aldeia de Belém, donde era Davi?
Jo 7:43 Assim, houve uma dissensão entre
o povo por causa dele;
Jo 7:44
alguns dentre eles queriam prendê-lo,
mas
ninguém lhe pôs as mãos.
Jo 7:45 Voltaram, pois, os guardas à
presença
dos
principais sacerdotes e fariseus,
e estes lhes
perguntaram:
Por
que não o trouxestes?
Jo 7:46 Responderam eles:
Jamais alguém
falou como este homem.
Jo 7:47 Replicaram-lhes, pois, os
fariseus:
Será que
também vós fostes enganados?
Jo
7:48 Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades
ou
algum dos fariseus?
Jo 7:49
Quanto a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita.
Jo 7:50 Nicodemos, um deles, que antes
fora ter com Jesus, perguntou-lhes:
Jo 7:51
Acaso, a nossa lei julga um homem,
sem
primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?
Jo 7:52 Responderam eles:
Dar-se-á o
caso de que também tu és da Galiléia?
Examina
e verás
que
da Galiléia não se levanta profeta.
Jo
7:53 [E cada um foi para sua casa.
A discussão
continua até hoje e continuará até a sua parousia. Quando ele voltar, como
prometeu, as discussões cessarão. O tema hoje de nossas discussões é Jesus! Ou
você crê nele e o segue e recebe a vida ou continuará nas trevas.
Um jovem de 23, embriagado, atropela e mata um outro de 32 anos, por causa da bebida alcoólica...
1O vinho é escarnecedor e a bebida alcoólica induz a brigas; não é inteligente deixar-se dominar por elas! - Pv 20:1.
VOCÊ NÃO PRECISA DISSO! VOCÊ NUNCA PRECISOU DISSO! CAIA FORA DAS DROGAS... Jovem de 23 anos mata outro de 32 por causa do álcool.Duas vidas destruídas... por causa da porcaria do álcool.Cara: não beba!
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
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