quinta-feira, 8 de outubro de 2015
quinta-feira, outubro 08, 2015
Jamais Desista
Lucas 21.1-38- É CERTA A VINDA DE JESUS, MAS E AÍ?
Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado
visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua
importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a
igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas
as nações. Estamos no capítulo 21, parte V.
V. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS EM JERUSALÉM (19.28-21.38) - continuação.
Como já dissemos, tem-se início aqui do
ministério público de Jesus em Jerusalém. Depois de detalhar os acontecimentos
da viagem de Jesus da Caldeia para Jerusalém, Lucas passa a registrar nesse
momento a quarta seção (estamos na quinta parte) mais importante de seu relato,
chamando a atenção para uma série de coisas que Jesus fez antes de sua morte,
ressurreição e ascensão.
O tema principal dessa seção é o
relacionamento de Jesus com o templo de Jerusalém.
Para melhor exploração do conteúdo, estamos,
seguindo a divisão proposta da BEG, a divisão da presente parte em 4 seções: A.
A entrada triunfal (19.28-44) – já vimos;
B. A purificação do templo (19.45-46) – já
vimos; C. Ensinando no templo (19.47-21.4) – concluiremos agora; e, D. O sermão do monte das Oliveiras (21.5-38)
– veremos agora.
Breve síntese do capítulo 21.
O capítulo 21 fala primeiro da oferta da
viúva pobre e da sua disposição de coração de colaborar e ajudar. Ela deu a
menor oferta se comparada oferta com oferta, mas ela deu o maior valor se
comparado valor com valor.
Não são as aparências que Deus busca em
nós, mas nosso sincero coração. Se estamos buscando atenção, prestígio, fama,
sucesso, renome e grandes salários como a Veja publicou certa data sobre os
pastores, então, não estamos buscando Deus, nem sendo instrumento dele.
Depois, Jesus fala de sua vinda e da
necessidade de estarmos vigilantes. A palavra de ordem é vigilância e oração!
Que é certo que virá o Senhor é certo, mas
estamos nos distraindo demais e nos envolvendo com coisas desta vida de uma
forma assustadora principalmente nos últimos tempos em que a globalização tem
alcançado o mundo e a internet tem distraído e enchido o homem de conhecimento
e mais conhecimento, tanto que não somos capazes de processar tanta informação.
Começa então a surgir as doenças modernas, entre elas a depressão e tantos
outros males...
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Ensinando no templo (19.47-21.4) - continuação.
Até o vs. 4, deste capítulo estaremos vendo
Jesus ensinando no templo. Lucas continua enfatizando os judeus e o templo ao
registrar os ensinamentos que Jesus pregou ali.
No pátio das mulheres eram colocadas treze
caixas em formato de trombeta, na qual as pessoas depositavam suas ofertas, e
em cada caixa havia uma inscrição informando o uso que seria dado às doações
colocadas ali.
No grego a palavra pobre de “viúva pobre” é
uma palavra incomum, e em todo o Novo Testamento é utilizada apenas aqui, com o
significado de "muito pobre".
Todo o dinheiro dessa mulher se resumia a
essas duas moedas pequenas (feitas de cobre e chamadas de lepto, a moeda
judaica de menor valor). Se medirmos a oferta pelo que sobra ao final da
doação, então essa mulher claramente ofertou mais do que qualquer outra pessoa.
D. O sermão do monte das Oliveiras (21.5-38).
Dos versos 5 ao 38, veremos o sermão do
monte das Oliveiras. Como Lucas indicou nos versículos de encerramento dessa
seção (vs. 37-38), o discurso do monte das Oliveiras estava intimamente ligado
ao ensinamento de Jesus no templo.
Aqui, Lucas resume alguns dos ensinamentos
de Jesus sobre o futuro do templo e da cidade em relação ao futuro próximo e
distante.
O assunto da beleza do templo contemplada
pelos seus discípulos e profetizada por Jesus que logo aquilo tudo ruiria deu
entrada imediatamente após o assunto da oferta da viúva pobre. Afinal, ali
também estava Jesus que iria ofertar tudo o que tinha pela vida dos pecadores,
a sua própria vida!
Josefo relata que o edifício do templo
tinha pedras com 20 m de comprimento, mencionando também objetos decorativos
como a videira dourada, ofertada por Herodes, que tinha "cachos de uvas da
altura de um homem" (Guerra judaica, 5.5.4).
O fato é que o templo foi arrasado quando
ocorreu a destruição de Jerusalém em 70 d.C.
Os discípulos ficaram curiosos com relação aos
acontecimentos futuros e perguntaram ao Senhor quando se dariam estas coisas das
quais ele falava e que sinal haveria quando tudo estivesse próximo a acontecer.
A primeira palavra de Jesus foi de
advertência contra o engano, portanto uma palavra de vigilância devido o fato
que iriam surgir muitos falsos cristos dizendo que era o Senhor. Falsos mestres
com frequência afirmam ser o Cristo.
Haveriam eles de ouvirem primeiro de
guerras e de rumores de guerras, mas não era para se assustarem, pois que seria
necessária que acontecessem, mas ainda não seria o fim, isto é, o fim de todas
as coisas. Parte desse sermão parece ter sido cumprido na destruição de
Jerusalém em 70 d.C., enquanto outras partes ainda aguardam cumprimento quando
do retorno de Cristo no fim dos tempos (Mt 24.1-25.46).
Muita coisa iria acontecer antes, tais como
o levante de nação contra nação, e reino contra reino; grandes terremotos em
vários lugares, fomes e pestilências; também coisas espantosas, e grandes
sinais do céu.
Antes disso tudo, haveria uma forte
perseguição contra os cristãos que seriam entregues às sinagogas - centros de
estudo e de adoração - e às prisões, além da condução deles diante de reis e
presidentes, por amor do nome de Jesus e para testemunho a esses. As
dificuldades que a igreja enfrenta são oportunidades para testemunhar.
Nos momentos de sofrimento, Deus dará a
seus discípulos as palavras das quais eles necessitam (At 4.8-13) para
testemunharem.
Essa passagem – vs. 16 ao 19 - é uma forte
confirmação do total controle de Deus. Alguns de seus seguidores seriam
mártires; outros, libertados. Em qualquer caso, Deus realizará seus propósitos.
No entanto, seria necessário estar preparado para grandes traições, inclusive
de familiares e amigos.
Jerusalém – vs. 20 – era o relógio
profético da época e continua sendo ainda hoje. Quando ela estivesse sitiada,
poderiam saber que era chegada a sua desolação e o momento seria de fugir, se
esconder e esperar passar a tempestade. Essa profecia indica a destruição de
Jerusalém, e não o fim do mundo. No entanto, serve de alerta para nós também
aqui no século XXI.
As pessoas costumavam se refugiar em
cidades muradas para fugir de um exército invasor, mas Jerusalém estava
destinada à destruição. Logo, as pessoas deveriam fugir dela, e não tentar
entrar nela.
O que aconteceria a Jerusalém seria um ato
de julgamento divino, e não um sofrimento sem propósito. De fato, o cerco de
Jerusalém em 70 d.C. trouxe sofrimento extremo.
E assim cairiam ao fio da espada, e para
todas as nações seriam novamente levados cativos; e Jerusalém seria pisada
pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem, tempo este que pode
ser o tempo quando os gentios triunfarão sobre Israel ou quando o evangelho for
pregado aos gentios; ou ambos se completem. Há um propósito divino em andamento
(cf. Rm 11.1-32) e estamos bem no meio dele.
A atenção agora se volta para a segunda
vinda de Cristo, um acontecimento que será precedido de sinais que farão muitos
ficarem perplexos. Jesus retornará à Terra numa nuvem, com poder e grande
glória, para reinar em esplendor.
Quando estas coisas estupendas começassem,
Jesus afirma que estaria próxima a nossa redenção – vs. 28. Essa palavra
significa desobrigação de pagamento. Jesus pagou o preço no Calvário, e aqui
estava se referindo ao cumprimento final de tudo o que seu livramento
significaria.
Quando as folhas começavam a brotar nas
árvores, era sinal de que o verão se aproximava. Do mesmo modo, os sinais dos
quais Jesus falou nos mostrarão que o reino está próximo.
No Novo Testamento, o termo grego utilizado
“geração” se refere geralmente a todas as pessoas vivas em determinado momento,
embora também possa significar "raça" ou "era".
Do mesmo modo que "estas coisas"
do vs. 31, essa provavelmente seja uma referência aos sinais que indicavam a
queda de Jerusalém ou talvez o retorno de Cristo (Mt 24.34).
Jesus insistiu com seus seguidores para que
não ficassem acomodados, mas antes estivessem alertas e vigilantes para não caírem
em pecado de qualquer espécie. É muito importante que naquele dia (isto é, o
dia do seu retorno) ele não nos encontre despreparados. A palavra de ordem é
esta: vigiai e orai. A oração e a vigília são obrigações dos cristãos até que
venha o final dos tempos e possamos estar em pé na presença do Filho do Homem,
ou seja, alcançarmos a salvação no último dia.
Jesus passou seus últimos dias ensinando em
Jerusalém, e à noite pousava (o termo também pode significar
"acampava") nos arredores do monte das Oliveiras.
viu os ricos
lançarem suas ofertas no gazofilácio.
Lc 21:2 Viu
também certa viúva pobre
lançar
ali duas pequenas moedas; Lc 21:3 e disse:
Verdadeiramente,
vos digo que esta viúva pobre
deu
mais do que todos.
Lc 21:4
Porque todos estes deram como oferta
daquilo
que lhes sobrava;
esta, porém,
da sua pobreza deu tudo
o
que possuía, todo o seu sustento.
Lc 21:5 Falavam alguns a respeito do
templo, como estava ornado
de belas
pedras e de dádivas;
Lc 21:6
então, disse Jesus:
Vedes
estas coisas?
Dias
virão em que não ficará pedra sobre pedra
que
não seja derribada.
Lc 21:7
Perguntaram-lhe:
Mestre,
quando sucederá isto?
E
que sinal haverá de quando estas coisas
estiverem
para se cumprir?
Lc 21:8
Respondeu ele:
Vede
que não sejais enganados;
porque
muitos virão em meu nome, dizendo:
Sou
eu!
E também:
Chegou
a hora!
Não os
sigais.
Lc
21:9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções,
não
vos assusteis; pois é necessário
que
primeiro aconteçam estas coisas,
mas
o fim não será logo.
Lc 21:10
Então, lhes disse:
Levantar-se-á
nação contra nação,
e
reino, contra reino;
Lc
21:11 haverá
grandes
terremotos,
epidemias
e
fome em vários lugares,
coisas
espantosas
e
também grandes sinais do céu.
Lc 21:12
Antes, porém, de todas estas coisas,
lançarão
mão de vós
e
vos perseguirão,
entregando-vos
às sinagogas
e
aos cárceres,
levando-vos
à presença de reis
e
governadores,
por
causa do meu nome;
Lc 21:13 e
isto vos acontecerá para que deis testemunho.
Lc 21:14
Assentai, pois, em vosso coração de não vos preocupardes
com
o que haveis de responder;
Lc 21:15
porque eu vos darei boca e sabedoria
a
que não poderão resistir,
nem
contradizer todos quantos
se
vos opuserem.
Lc
21:16 E sereis entregues
até
por vossos pais, irmãos, parentes e amigos;
e
matarão alguns dentre vós.
Lc 21:17 De
todos sereis odiados por causa do meu nome.
Lc
21:18 Contudo, não se perderá um só fio
de
cabelo da vossa cabeça.
Lc 21:19 É na
vossa perseverança
que
ganhareis a vossa alma.
Lc
21:20 Quando, porém, virdes
Jerusalém
sitiada de exércitos,
sabei
que está próxima a sua devastação.
Lc 21:21
Então, os que estiverem na Judéia,
fujam
para os montes;
os que se
encontrarem dentro da cidade,
retirem-se;
e os que
estiverem nos campos,
não
entrem nela.
Lc 21:22
Porque estes dias são de vingança,
para
se cumprir tudo o que está escrito.
Lc 21:23 Ai
das que estiverem grávidas
e
das que amamentarem naqueles dias!
Porque haverá
grande aflição na terra
e
ira contra este povo.
Lc 21:24
Cairão a fio de espada
e
serão levados cativos
para
todas as nações;
e,
até que os tempos dos gentios
se
completem,
Jerusalém
será pisada por eles.
Lc
21:25 Haverá sinais
no
sol, na lua e nas estrelas;
sobre a
terra,
angústia
entre as nações em perplexidade
por causa do
bramido do mar e das ondas;
Lc
21:26 haverá homens
que
desmaiarão de terror
e
pela expectativa das coisas
que
sobrevirão ao mundo;
pois os
poderes dos céus serão abalados.
Lc
21:27 Então, se verá
o
Filho do Homem vindo
numa
nuvem,
com
poder
e
grande glória.
Lc
21:28 Ora,
ao
começarem estas coisas a suceder,
exultai
e
erguei a vossa cabeça;
porque a vossa
redenção se aproxima.
Lc 21:29
Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo:
Vede
a figueira
e
todas as árvores.
Lc 21:30
Quando começam a brotar,
vendo-o,
sabeis,
por vós mesmos,
que
o verão está próximo.
Lc
21:31 Assim também,
quando
virdes acontecerem estas coisas,
sabei
que está próximo o reino de Deus.
Lc
21:32 Em verdade vos digo
que
não passará esta geração,
sem
que tudo isto aconteça.
Lc 21:33
Passará o céu e a terra,
porém
as minhas palavras não passarão.
Lc
21:34 Acautelai-vos por vós mesmos,
para
que nunca vos suceda que o vosso coração
fique
sobrecarregado com as conseqüências
da
orgia,
da
embriaguez
e das
preocupações deste mundo,
e
para que aquele dia
não
venha sobre vós
repentinamente,
como
um laço.
Lc
21:35 Pois há de sobrevir
a
todos os que vivem
sobre
a face de toda a terra.
Lc
21:36 Vigiai,
pois,
a todo tempo,
orando,
para
que possais escapar de todas estas coisas
que
têm de suceder
e estar em pé
na
presença do Filho do Homem.
Lc 21:37 Jesus
ensinava
todos
os dias no templo,
mas à noite,
saindo,
ia
pousar no monte chamado das Oliveiras.
Lc 21:38 E
todo o povo
madrugava
para ir ter com ele no templo,
a
fim de ouvi-lo.
Jesus cumpriu
seu ministério do início ao fim. Enquanto pode, estava ele ensinando, pregando
e curando. Assim, também nós, estamos vivos para o quê? Vamos sair à luta e
junto com o Espírito Santo cumprir também nossa missão até o fim!
...
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
quarta-feira, outubro 07, 2015
Jamais Desista
Lucas 20 1-47- A MORTE É UMA SEPARAÇÃO HORIZONTAL, NÃO VERTICAL.
Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando
estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a
história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação
de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no
capítulo 20, parte V.
V. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS EM JERUSALÉM (19.28-21.38) - continuação.
Como já dissemos, tem-se início aqui do
ministério público de Jesus em Jerusalém. Depois de detalhar os acontecimentos
da viagem de Jesus da Caldeia para Jerusalém, Lucas passa a registrar nesse
momento a quarta seção (estamos na quinta parte) mais importante de seu relato,
chamando a atenção para uma série de coisas que Jesus fez antes de sua morte,
ressurreição e ascensão.
O tema principal dessa seção é o
relacionamento de Jesus com o templo de Jerusalém.
Para melhor exploração do conteúdo, estamos,
seguindo a divisão proposta da BEG, a divisão da presente parte em 4 seções: A.
A entrada triunfal (19.28-44) – já vimos;
B. A purificação do templo (19.45-46) – já
vimos; C. Ensinando no templo (19.47-21.4) – continuaremos a ver; e, D. O sermão do monte das Oliveiras
(21.5-38).
Breve síntese do capítulo 20.
Jesus era cheio de paciência e amor para
suportar tanta afronta e desfeita dos homens, principalmente daqueles guardiões
do reino de Deus que não entravam nem deixavam os pecadores entrarem.
E estes querendo de todo jeito apanhá-lo em
alguma falta armavam todos os tipos de ardis e astúcias das trevas inclusive
usando mentiras e falsidades, mas Jesus saia de seus laços com tanta facilidade
e sabedoria que ao final ficava exposto a verdadeira malignidade de seus
corações pervertidos.
Tentaram apanhá-lo com relação ao pagamento
de tributos, mas não conseguiram. Depois tentaram apanhá-lo com relação à
questão da mulher que foi desposada por sete irmãos e a dúvida existia neles de
quem seria ela na ressurreição dos mortos? Jesus responde e nos ensina que
haverá a ressurreição dos mortos!
Que maravilha. Com certeza, morreremos
todos, mas não ficaremos na sepultura por todos os tempos, ressuscitaremos para
dai em diante pertencermos ao Senhor para sempre. Tantos entes queridos nossos
já se foram e muitos deles até em época que não era para acontecer, mas
aconteceu. Ressuscitaremos!
E quanto a estarmos vivos, que graça maravilhosa
de Deus para nós que nos presenteou com a vida. Jamais morreremos! Sim, a morte
agora é uma separação provisória horizontal, mas não vertical.
Ao deixarmos nosso corpo aqui,
imediatamente entramos no Paraíso para termos comunhão lá e, em breve, quando
se cumprirem tudo o que está escrito nas Escrituras, ganharemos novo corpo,
como foi o caso do Primogênito!
Oh glórias! Deus você é digno de receber
toda a honra e glória e louvor e domínio pelos séculos dos séculos, amém!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Ensinando no templo (19.47-21.4) - continuação.
Até o vs. 4, deste capítulo estaremos vendo
Jesus ensinando no templo. Lucas continua enfatizando os judeus e o templo ao
registrar os ensinamentos que Jesus pregou ali.
Enquanto Jesus trazia as boas-novas de
Deus, seus inimigos tramavam contra ele. Eram os principais sacerdotes, escribas
e os anciãos, pareciam ser uma delegação do Sinédrio que estavam querendo saber
com que autoridade ele expulsava, por exemplo, os vendedores do templo.
Jesus não estava evitando a pergunta deles,
pois João já havia testificado que Cristo era o Messias. Caso tivessem
respondido a pergunta de Jesus, então teriam respondido também à sua própria.
Observem – vs. 5 e 6 - que eles não estavam
interessados na verdade, mas apenas nas consequências de suas possíveis
respostas.
Eles pensavam que estariam colocando Jesus
em aperto, mas, habilmente, Jesus lhes devolve a pergunta tornando sua resposta
condicional à resposta deles. Jesus não falava sobre autoridade com pessoas que
se recusavam a responder uma pergunta religiosa tão importante; uma resposta
que, aliás, eles já sabiam.
Eles foram forçados a dizer,
mentirosamente, que não sabiam, o que desobrigou Jesus de responder a eles
sobre a questão deles da autoridade.
Então, Jesus começou a dizer-lhes outra
parábola sobre os lavradores maus. Os arrendatários que rejeitaram com
violência os servos enviados para receber o aluguel que lhes era devido formam
uma ilustração vívida de uma nação que rejeitou persistentemente os mensageiros
de Deus enviados para chamá-los ao arrependimento.
Com a lei a seu favor, o dono da vinha
poderia tomar medidas drásticas, uma vez que tentou sucessivamente receber o
pagamento, mas só recebeu recusas, insultos e maus-tratos por parte dos
arrendatários.
Assim como o dono dessa vinha, Deus
continua a oferecer oportunidades para os pecadores se arrependerem.
Numa época em que o título das terras era
muitas vezes incerto, qualquer homem que tivesse trabalhado numa terra por três
anos era considerado o seu proprietário. Ao recusar o pagamento do aluguel, os
arrendatários estavam se recusando a reconhecer o verdadeiro dono, e podem ter
raciocinado que a vinda do herdeiro, nessa parábola, significava que o pai
havia morrido.
Assim, eliminando o herdeiro, presumiram
que estaria confirmando o título da terra como de sua propriedade. A conclusão
de Jesus é que a nação de Israel estava se comportando de maneira ultrajante
diante de Deus.
Jesus citou SI 118.22, que aponta para uma
reversão completa dos valores terrenos. A pedra, angular, era literalmente,
"a cabeça da esquina". Pode se referir à pedra angular, uma pedra
grande e pesada que era assentada nos cantos de uma fundação e cuja posição
determinava o formato de todo o edifício; ou, pode se referir à última pedra
depositada no topo da construção, dando o toque final ao acabamento.
Ele, Jesus, era e é essa pedra angular
rejeitada pelos construtores, mas eleita e preciosa para Deus e para todos os
crentes.
A partir do vs. 19, novamente uma
ilustração de malevolência; porém, esses líderes religiosos, hostis a Jesus,
não conseguiam encontrar um argumento jurídico capaz de prejudicá-lo.
Tratava-se de uma questão sobre impostos que
poderia provocar Jesus a proferir alguma ofensa contra os romanos (que exigiam
o pagamento dos impostos) ou contra os judeus (que se ressentiam ter de
pagá-los).
É evidente que eles tinham grandes expectativas
de que Jesus dissesse algo que o faria ser preso pelos romanos.
A abordagem lisonjeira tinha claramente o
objetivo de pegar Jesus desprevenido.
Assim eles foram com toda a
intencionalidade do inferno, crentes que apanharam o Mestre e Senhor. Esse
questionamento – se é ou não lícito pagar tributos - traz uma pergunta
implícita: "Isso está de acordo com a lei de Deus?" (Obviamente era
um procedimento correto de acordo com a lei romana).
Do ponto de vista dos questionadores, a
resposta iria inevitavelmente colocar Jesus em conflito com os judeus ou com os
romanos.
Esse imposto a que eles estavam se
referindo era diferente daquele relacionado com a alfândega no sentido de que
era exigido deles por estrangeiros odiados, e pelo qual não recebiam nenhum
benefício (o imposto alfandegário pelo menos permitia o comércio de bens).
Jesus pediu a seus inquisidores que lhe
dessem uma moeda de prata romana, que representava normalmente o salário de um
dia de serviço de um trabalhador e também o valor do tributo que deveria ser
pago.
Nela havia uma imagem e a inscrição do
imperador. Havia somente uma resposta que poderiam dar a Jesus e isso lhe deu
oportunidade para responder a pergunta de modo totalmente inesperado.
Ao responder assim, Jesus não podia ser
acusado de deslealdade pelos judeus e nem pelos romanos. Ele deixou claro que
há obrigações para com Deus, mas também que há obrigações que devemos pagar ao
estado para que ele possa cumprir as suas funções.
Jesus os deixou sem chão e admirados se
calaram.
Agora chegou a vez dos saduceus que também
pretendiam apanhá-lo. Lucas menciona os saduceus somente nesta passagem.
Uma vez que todos os escritos deles se
perderam, somente podemos conhecê-los por meio da descrição de seus oponentes,
eles eram parte da ala conservadora e aristocrática dos sumo sacerdotes, rejeitavam
as tradições orais que os fariseus tanto admiravam e também a doutrina da
ressurreição, alegando que esta não tinha fundamentação no Antigo Testamento.
Quando um homem judeu casado morria sem
deixar filhos, a lei exigia que o irmão dele se casasse com a viúva e que o
primeiro filho deles fosse registrado como pertencente ao falecido (Dt
25.5-10).
Os saduceus presumiam que essa história
fazia a doutrina da ressurreição parecer absurda.
Os saduceus acreditavam que, caso houvesse
vida após a morte, seria algo parecido com esta vida. Jesus negou essa
interpretação incorreta e disse que o casamento é uma parte essencial desta
vida, mas não da próxima; logo, a questão deles era inválida e irrelevante.
Na ressurreição, haverá uma mudança na
natureza e os cristãos serão revestidos de corpos glorificados, como o de
Cristo (1 Co 15.35-58).
O que Jesus quis dizer não era que a
existência humana após a ressurreição seria exatamente igual à dos anjos, mas
que o modo de existência dos anjos (particularmente a imortalidade) fornece
pistas sobre a vida ressurreta dos cristãos (isto é, será caracterizada pela
imortalidade; 1Co 15.42,52-55).
O casamento e a procriação não serão mais
necessários, nem mesmo apropriados, depois da ressurreição final.
Antes da invenção da divisão bíblica em
capítulos e versículos na Idade Média, as passagens da Escritura eram
mencionadas de acordo com o seu conteúdo. Jesus fornece uma prova interessante
da ressurreição ao citar uma passagem muito conhecida da Escritura (Mc
12.26-27).
Quanto à questão principal dos saduceus,
Jesus provou a existência da ressurreição dos mortos ao indicar que quando Deus
apareceu a Moisés ele se identificou como o Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e
Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele
vivem todos.
Os escribas e todos os outros ouvindo sua
resposta se admiraram e o elogiaram e doravante não ousaram perguntar-lhe mais
coisa alguma – vs. 37-40.
Então, como era possível que Davi chamou o
Messias de seu "senhor" (SI 110.1)? Por meio dessa passagem Jesus
ensinou que o Messias não é apenas filho de Davi, mas sim o Filho de Deus e,
desse modo, Senhor de Davi.
Em seguida, Jesus censura os escribas. Os
líderes religiosos amavam as aparências externas: roupas, saudações elaboradas,
assentos especiais e lugares de honra. Contudo, aceitavam doações de viúvas e
as extorquiam, cobrando para resolverem suas causas. A punição deles estava
garantida.
Lc 20:1 Aconteceu que,
num daqueles
dias,
estando
Jesus
a
ensinar o povo no templo
e
a evangelizar,
sobrevieram
os principais sacerdotes
e
os escribas,
juntamente
com os anciãos,
Lc
20:2 e o argüiram nestes termos:
Dize-nos:
com
que autoridade fazes estas coisas?
Ou
quem te deu esta autoridade?
Lc
20:3 Respondeu-lhes:
Também
eu vos farei uma pergunta; dizei-me:
Lc 20:4 o
batismo de João
era
dos céus ou dos homens?
Lc
20:5 Então, eles arrazoavam entre si:
Se
dissermos: do céu, ele dirá:
Por
que não acreditastes nele?
Lc
20:6 Mas, se dissermos: dos homens,
o
povo todo nos apedrejará;
porque
está convicto de ser
João
um profeta.
Lc
20:7 Por fim, responderam que não sabiam.
Lc
20:8 Então, Jesus lhes replicou:
Pois
nem eu vos digo com que autoridade
faço
estas coisas.
Lc 20:9 A seguir,
passou Jesus
a proferir ao povo esta parábola:
Certo
homem plantou uma vinha,
arrendou-a
a lavradores
e
ausentou-se do país por prazo considerável.
Lc
20:10 No devido tempo,
mandou
um servo aos lavradores
para
que lhe dessem do fruto da vinha;
os
lavradores, porém, depois de o espancarem,
o
despacharam vazio.
Lc
20:11 Em vista disso,
enviou-lhes
outro servo;
mas
eles também a este espancaram
e,
depois de o ultrajarem,
o
despacharam vazio.
Lc
20:12 Mandou ainda um terceiro;
também
a este,
depois
de o ferirem, expulsaram.
Lc
20:13 Então, disse o dono da vinha:
Que
farei?
Enviarei
o meu filho amado;
talvez
o respeitem.
Lc
20:14 Vendo-o, porém, os lavradores,
arrazoavam
entre si, dizendo:
Este
é o herdeiro;
matemo-lo,
para que a herança
venha
a ser nossa.
Lc
20:15 E, lançando-o fora da vinha,
o
mataram.
Que
lhes fará, pois, o dono da vinha?
Lc
20:16 Virá,
exterminará
aqueles lavradores
e
passará a vinha a outros.
Ao ouvirem
isto, disseram:
Tal
não aconteça!
Lc 20:17 Mas
Jesus, fitando-os, disse:
Que
quer dizer, pois, o que está escrito:
A
pedra que os construtores rejeitaram,
esta
veio a ser a principal pedra, angular?
Lc
20:18 Todo o que cair sobre esta pedra
ficará
em pedaços;
e
aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
Lc
20:19Naquela mesma hora,
os
escribas e os principais sacerdotes
procuravam
lançar-lhe as mãos,
pois
perceberam que,
em
referência a eles,
dissera esta
parábola;
mas temiam o
povo.
Lc 20:20 Observando-o,
subornaram
emissários que se fingiam de justos
para
verem se o apanhavam em alguma palavra,
a
fim de entregá-lo à jurisdição
e
à autoridade do governador.
Lc 20:21
Então, o consultaram, dizendo:
Mestre,
sabemos que falas e ensinas retamente
e
não te deixas levar de respeitos humanos,
porém ensinas
o caminho de Deus segundo a verdade;
Lc 20:22 é
lícito pagar tributo a César ou não?
Lc
20:23 Mas Jesus, percebendo-lhes o ardil, respondeu:
Lc
20:24 Mostrai-me um denário.
De
quem é a efígie e a inscrição?
Prontamente
disseram:
De
César.
Então,
lhes recomendou Jesus:
Lc
20:25 Dai, pois, a César
o
que é de César
e
a Deus
o
que é de Deus.
Lc 20:26 Não
puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo;
e,
admirados da sua resposta, calaram-se.
Lc 20:27 Chegando alguns dos saduceus,
homens que
dizem não haver ressurreição, Lc 20:28 perguntaram-lhe:
Mestre,
Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém,
sendo
aquele casado
e
não deixando filhos,
seu
irmão deve casar com a viúva
e
suscitar descendência ao falecido.
Lc 20:29 Ora,
havia sete irmãos:
o
primeiro casou e morreu sem filhos;
Lc
20:30 o segundo e o terceiro também desposaram a viúva;
Lc
20:31 igualmente os sete não tiveram filhos e morreram.
Lc
20:32 Por fim, morreu também a mulher.
Lc
20:33 Esta mulher,
pois,
no dia da ressurreição,
de
qual deles será esposa?
Porque os
sete a desposaram.
Lc
20:34 Então, lhes acrescentou Jesus:
Os
filhos deste mundo
casam-se
e
dão-se em casamento;
Lc 20:35 mas
os que são havidos por dignos
de
alcançar a era vindoura
e
a ressurreição dentre os mortos
não
casam,
nem
se dão em casamento.
Lc
20:36 Pois não podem mais morrer,
porque
são iguais aos anjos
e
são filhos de Deus,
sendo
filhos da ressurreição.
Lc
20:37 E que os mortos hão de ressuscitar,
Moisés o
indicou no trecho referente à sarça,
quando
chama ao Senhor
o
Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.
Lc
20:38 Ora,
Deus
não é Deus de mortos,
e
sim de vivos;
porque
para ele todos vivem.
Lc 20:39
Então, disseram alguns dos escribas:
Mestre,
respondeste bem!
Lc 20:40 Dali
por diante,
não
ousaram mais interrogá-lo.
Lc 20:41 Mas
Jesus lhes perguntou:
Como
podem dizer que o Cristo é filho de Davi?
Lc
20:42 Visto como o próprio Davi
afirma
no livro dos Salmos:
Disse
o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te
à minha direita,
Lc 20:43 até
que eu ponha os teus inimigos
por
estrado dos teus pés.
Lc
20:44 Assim, pois,
Davi
lhe chama Senhor,
e
como pode ser ele seu filho?
Lc
20:45 Ouvindo-o todo o povo,
recomendou
Jesus a seus discípulos:
Lc
20:46 Guardai-vos dos escribas,
que gostam de
andar com vestes talares
e muito
apreciam as saudações nas praças,
as
primeiras cadeiras nas sinagogas
e
os primeiros lugares nos banquetes;
Lc
20:47 os quais devoram as casas das viúvas
e,
para o justificar,
fazem
longas orações;
estes
sofrerão juízo
muito
mais severo.
Fazer uso da
oração para justificar o pecado é abominável! Jesus mesmo censurou os escribas
por que devoravam as casas das viúvas e depois se metiam em longas orações para
se justificarem.
É óbvio que
sabiam o mal que praticavam por isso o comportamento seguinte estranho das
longas orações. Nós sabemos quando estamos andando com Deus e quando estamos
andando em trevas.
Não dá para
praticarmos o pecado na presença de Deus por isso nos enchemos de
justificativas esfarrapadas para usá-las como escudo diante do Sol da Justiça.
Pecamos e depois vem o peso, por isso o comportamento estranho dos
escribas com suas longas orações.
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