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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Lucas 14.-35- SE ALGO TE DOMINA, ESTE É TEU SENHOR E VOCÊ SEU ESCRAVO!

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 14, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – concluiremos agora; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) - veremos agora; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32); I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 14.
Jesus, provocando mesmo os intérpretes da lei e os fariseus, faz questão de realizar curas extraordinárias no dia de sábado, mas aqui na cura deste homem hipódrico ninguém ousou se quer falar qualquer coisa. Jesus é o Senhor do sábado.
E quando formos dar uma festa, quem devemos convidar? Geralmente, convidamos nossos parentes e amigos que, certamente, irão retribuir em algum dia, mas Jesus nos orienta a termos um coração generoso e desprendido das coisas.
Ser um seguidor de Jesus não é uma mera opção interessante, antes é a nossa vida! Quem não seguir a Jesus, estará seguindo e sendo escravo do pecado. Em Cristo, agora iremos escolher a quem obedecer.
Veja o que está dito em Romanos 6:16: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?”.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
F. O reino de Deus (13.18-14.24) - continuação.
Doravante, a partir dos vs. 18 até o próximo capítulo, vs. 24, veremos o Reino de Deus. Lucas registra uma série de ilustrações que Jesus usou para explicar o modo inesperado pelo qual o reino de Deus estava chegando. Ele deixou claro que o reino estava vindo gradualmente, e que os gentios tomariam o lugar de muitos judeus no reino.
Parece que o jantar de sábado era uma refeição importante (toda a comida era preparada no dia anterior). Os fariseus estavam ali observando, evidentemente, com o objetivo de pegá-lo violando alguma observância do sábado.
Também ali estava um homem hidrópico. Uma doença que causa acúmulo de fluídos nas cavidades do corpo (em todo o Novo Testamento, só é mencionada aqui).
Jesus, não suportando a hipocrisia reinante, logo os provoca: é ou não é lícito curar no sábado? No entanto, os covardes se calaram, mas Jesus curou o homem e o despediu.
Agir dessa maneira em casos de emergência testemunhava a favor da verdade, isto é, de que é lícito realizar atos de misericórdia no sábado. Foi exatamente o que Jesus fez.
Os judeus certamente retirariam uma criança de um poço, e até mesmo um boi, num dia de sábado, ainda que isso fosse tecnicamente considerado como trabalho.
Curar no dia de sábado não era contra a lei de Moisés, embora fosse proibido pelas regulamentações dos escribas (a menos que houvesse risco de morte).
Diante de tanta luz, quem pode replicá-lo ou se opô-lo?
Pacientemente, querendo ensinar para que houvesse o arrependimento, Jesus lhes conta uma breve história com um fundo moral apropriado ao momento ao observar como escolhiam os convidados os primeiros lugares. Conseguir um lugar perto do convidado de honra era algo que todos buscavam com avidez.
Jesus não estava dando um conselho mundano, mas defendendo a humildade genuína, como mostra o vs. 11 (cf. 18.14; Mt 23.12).
Não se deve esperar recompensa por ser hospitaleiro. A genuína hospitalidade é demonstrada quando se convida pessoas que não têm recursos ou condições de retribuir.
Um dos presentes, dos que estavam sentados à mesa, vendo e ouvindo o que Jesus falara disse que bem-aventurado seria aquele que viesse a comer pão no reino de Deus. Uma expressão piedosa convencional, pronunciada talvez com o objetivo de mudar de assunto.
E mais uma vez outra parábola contada por Jesus – a parábola da grande ceia - no gancho desse homem, aproveitando a sua fala. Evidentemente, os convidados aceitaram o convite, pois a passagem não menciona que alguém o tivesse recusado.
No entanto, um segundo convite era enviado quando o banquete estivesse pronto (pois prepará-lo levava bastante tempo), o que era comum e muito útil, pois naquela época as pessoas não tinham calendários ou relógios (cf. Et 5.8; 6.14).
As desculpas de todos os convidados à festa para não irem a mesma foram claramente desonestas, pois ninguém comprava um campo ou um boi sem antes inspecioná-lo; e mesmo que tivesse comprado, então não haveria pressa para inspecioná-lo.
O homem que se casou pode ter citado Dt 24.5 como desculpa para o seu não comparecimento, mas a lei dispensava o homem recém-casado apenas do serviço militar, e não do contato social.
Essa parábola é uma profecia da extensão do evangelho àqueles que eram considerados indignos pelos fariseus. O "pobres, os aleijados, os cegos e os coxos" (vs. 21) representavam o "povo da terra" (judeus desprezados, incapazes de cumprir os rituais tradicionais de purificação), e aqueles que viviam à margem da sociedade, pelos "caminhos e atalhos" (vs. 23), representavam os gentios. A parábola finaliza com uma advertência à elite de Israel, que rejeita o Messias: não haverá uma segunda oportunidade – vs. 24.
G. Ensino sobre discipulado (14.25-35).
Do vs. 25 ao 35, veremos o ensino sobre o discipulado. Lucas relata a maneira em que Jesus enfatizou o custo de segui-lo. O risco é grande e Jesus queria que os seus seguidores refletissem sobre o assunto com muita atenção.
Se alguém fosse a Cristo e não aborrecesse algo (pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs, ou a sua própria vida) não seria digno do Senhor.
Aborrecer aqui significa "amar menos" (veja Gn 29.31,33; Dt 21.15, onde o mesmo verbo é traduzido como "desprezada", "preterida" e "aborrecida"). Discipulado significa amar a Jesus de modo que, em comparação, qualquer outro amor se pareça com ódio.
Para seguir a Jesus, mister seria tomar a sua cruz e ir após ele. (9.23-25). Não apenas uma delas, mas ambas: a cruz e o ir.
Percebemos em nossa vida diária que é importante avaliar o custo antes de nos comprometermos com um projeto.  
Daí porque ele conta duas parábolas envolvendo objetivos e recursos para se alcançá-las.
A primeira fala da construção de uma torre de vigia ou uma construção rural. Seria importante se assentar primeiro - indica um processo calmo e cuidadoso – se os construtores têm os recursos necessários antes de começar para não ser o caso de ter começado e visto depois que não daria nem para ter começado.
A segunda fala de um preparativo numa guerra. Nenhum rei entraria numa guerra se tivesse certeza que iria perder; portanto, ele avalia os custos antes de começar.
A primeira parábola pede francamente aos ouvintes para que avaliem com cuidado se têm condições de seguir a Cristo. A segunda possivelmente questiona no sentido contrário, isto é, se os ouvintes têm condições de recusar as exigências de Cristo.
Em ambas são exigidas renúncias sérias as coisas desta vida para poderem seguir a Cristo.
Jesus então faz uma boa análise do sal e afirma que o mesmo é bom, mas poderia se estragar. Jesus não especifica as qualidades que fazem com que o sal seja bom, mas era óbvio que tinha a propriedade de dar sabor e conservar os alimentos.
O sal que era usado nesse tempo tinha um grau de pureza muito baixo, e era possível extrair o cloreto de sódio do sal por meio de lixiviação, deixando um resíduo inútil.
Assim, os discípulos são o sal da terra que deve zelar por não se degenerar para assim estar sempre útil ao Senhor.
Lc 14:1 Aconteceu que,
ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais fariseus
para comer pão,
eis que o estavam observando.
Lc 14:2 Ora,
diante dele se achava um homem hidrópico.
Lc 14:3 Então, Jesus,
dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos fariseus,
perguntou-lhes:
É ou não é lícito curar no sábado?
Lc 14:4 Eles, porém, nada disseram.
E,
tomando-o,
o curou
e o despediu.
Lc 14:5 A seguir, lhes perguntou:
Qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço,
não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?
Lc 14:6 A isto nada puderam responder.
Lc 14:7 Reparando como os convidados
escolhiam os primeiros lugares,
propôs-lhes uma parábola:
Lc 14:8 Quando por alguém fores convidado para um casamento,
não procures o primeiro lugar; para não suceder que,
havendo um convidado mais digno do que tu,
Lc 14:9 vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga:
Dá o lugar a este.
Então, irás, envergonhado, ocupar o último lugar.
Lc 14:10 Pelo contrário, quando fores convidado,
vai tomar o último lugar;
para que, quando vier o que te convidou, te diga:
Amigo, senta-te mais para cima.
Ser-te-á isto uma honra
diante de todos os mais convivas.
Lc 14:11 Pois todo o que se exalta
será humilhado;
e o que se humilha
será exaltado.
Lc 14:12 Disse também ao que o havia convidado:
Quando deres um jantar ou uma ceia,
não convides os teus amigos,
nem teus irmãos,
nem teus parentes,
nem vizinhos ricos;
para não suceder que eles, por sua vez,
te convidem
e sejas recompensado.
Lc 14:13 Antes, ao dares um banquete, convida
os pobres,
os aleijados,
os coxos
e os cegos;
Lc 14:14 e serás bem-aventurado,
pelo fato de não terem eles com que recompensar-te;
a tua recompensa, porém,
tu a receberás
na ressurreição dos justos.
Lc 14:15 Ora, ouvindo tais palavras,
um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe:
Bem-aventurado aquele que comer pão
no reino de Deus.
Lc 14:16 Ele, porém, respondeu:
Certo homem deu uma grande ceia
e convidou muitos.
Lc 14:17 À hora da ceia,
enviou o seu servo para avisar
aos convidados:
Vinde, porque tudo já está preparado.
Lc 14:18 Não obstante, todos, à uma,
começaram a escusar-se. Disse o primeiro:
Comprei um campo e preciso ir vê-lo;
rogo-te que me tenhas por escusado.
Lc 14:19 Outro disse:
Comprei cinco juntas de bois
e vou experimentá-las;
rogo-te que me tenhas por escusado.
Lc 14:20 E outro disse:
Casei-me e, por isso, não posso ir.
Lc 14:21 Voltando o servo,
tudo contou ao seu senhor.
Então, irado,
o dono da casa disse ao seu servo:
Sai depressa para as ruas e becos da cidade
e traze para aqui
os pobres,
os aleijados,
os cegos
e os coxos.
Lc 14:22 Depois, lhe disse o servo:
Senhor, feito está como mandaste,
e ainda há lugar.
Lc 14:23 Respondeu-lhe o senhor:
Sai pelos caminhos e atalhos
e obriga a todos a entrar,
para que fique cheia a minha casa.
Lc 14:24 Porque vos declaro
que nenhum daqueles homens
que foram convidados
provará a minha ceia.
Lc 14:25 Grandes multidões o acompanhavam,
e ele, voltando-se, lhes disse:
Lc 14:26 Se alguém vem a mim
e não aborrece a seu pai,
e mãe, e mulher,
e filhos, e irmãos,
e irmãs
e ainda a sua própria vida,
não pode ser meu discípulo.
Lc 14:27 E qualquer
que não tomar a sua cruz
e vier após mim
não pode ser meu discípulo.
Lc 14:28 Pois qual de vós,
pretendendo construir uma torre,
não se assenta primeiro
para calcular a despesa
e verificar se tem os meios para a concluir?
Lc 14:29 Para não suceder que,
tendo lançado os alicerces
e não a podendo acabar,
todos os que a virem zombem dele,
Lc 14:30 dizendo:
Este homem começou a construir
e não pôde acabar.
Lc 14:31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei,
não se assenta primeiro para calcular
se com dez mil homens
poderá enfrentar o que vem contra ele
com vinte mil?
Lc 14:32 Caso contrário,
estando o outro ainda longe,
envia-lhe uma embaixada,
pedindo condições de paz.
Lc 14:33 Assim, pois,
todo aquele que dentre vós
não renuncia a tudo quanto tem
não pode ser meu discípulo.
Lc 14:34 O sal é certamente bom;
caso, porém, se torne insípido,
como restaurar-lhe o sabor?
Lc 14:35 Nem presta para a terra,
nem mesmo para o monturo;
lançam-no fora.
Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça.
Por conta disso tudo, falando Jesus de que devemos planejar se podemos construir uma torre ou vencer uma guerra, se não renunciarmos a tudo quanto não poderemos nos tornar discípulos de Jesus. O discípulo de Jesus é como o sal que dá o sabor e conserva o alimento.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

NÃO EXPERIMENTE, VOCÊ PODERÁ SE VICIAR...

Eu já avisei antes: NÃO EXPERIMENTE!
Não faça isso querido! Se Deus não aprova, ou você sabe que não poderá manter a coisa: caia fora sem nunca experimentar. Quem experimenta, se torna para sempre escravo do que experimentou. Há uma memória nas células, principalmente se aquilo foi de alguma forma legal ou prazerosa.
E quanto àqueles que já experimentaram algo e esse algo os escravizou?
Sinto muito! Você já era! É escravo para sempre... melhor seria não ter experimentado.
Ai, você tenta de todas as maneiras parar e quanto mais luta, mais percebe que aquilo te domina. Você já perdeu as contas de quantas foram as promessas furadas e tentativas frustradas.
Você até aprendeu a conviver junto com o que reprova, como se fosse um parasita que se alimenta daquilo e você é o hospedeiro. Assiste culto, pratica a coisa e segue a vida como se aquilo fosse normal, mas não é! Está te destruindo e sugando você lentamente até não ter mais nada que tragar.
No entanto, não é ainda o teu fim, há uma esperança...

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Lucas 13.1-35- A PORTA IRÁ SE FECHAR, ENTRA LOGO!

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 13, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – concluiremos agora; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – veremos agora; F O reino de Deus (13.18-14.24) – começaremos a ver agora; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35); H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32); I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 13.
É óbvio que colhemos o que plantamos, mas isso não é matemática. Por exemplo, o que semeou o Senhor, haja vista que recebeu tantos descasos, traição, julgamento maligno, sofrimento e morte? E a vida de Paulo, que semeava a semente da palavra de Deus e foi o maior fundador de igrejas do mundo? E os mártires e àqueles que pregam onde ninguém ousa se quer visitar? E os heróis da fé de Hebreus 11, dos quais o mundo não era digno?
Por que há inocentes? Por que há vítimas? Não é por que há culpados e por que há aqueles que praticam o mal? A vítima é vítima por que é mais pecadora que as demais? Ou o inocente injustiçado é mais culpado que os outros por estar sendo prejudicado? Jesus disse que não, mas que igualmente iriam perecer se não se arrependessem.
Eu creio que Deus fará justiça por mim, mesmo que eu tenha sido injustiçado aqui nesta vida. Se creio na justiça de Deus, creio que haverá também o juízo de Deus sobre aqueles que viveram regaladamente por toda vida sem sofrerem qualquer dano ou sem terem colhido aquilo que semearam.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) - continuação.
Até 13.9, como já falamos, estaremos vendo a bênção e o julgamento. Lucas compilou uma série de relatos nos quais Jesus definiu contrastes entre aqueles que recebem as bênçãos de Deus e aqueles que recebem o julgamento de Deus.
Matar uma pessoa enquanto esta oferecia sacrifício era considerado algo particularmente horrível. Esse incidente, registrado apenas aqui, da morte dos galileus, cujo sangue Pilatos misturava com os seus sacrifícios, sem dúvida contribuiu para reforçar a reputação de Pilatos como um homem cruel.
Era crido que as desgraças eram resultado de pecados muito graves (Jo 9.1-2); porém, Jesus negou que esses galileus tivessem cometido qualquer ato que merecesse um fim tão trágico.
Todos nós somos pecadores. Jesus insistiu para as pessoas se arrependerem, do contrário morreriam. Por terem sido mortos subitamente, aqueles galileus não tiveram tempo de se arrepender.
Assim, Jesus advertiu às pessoas que se arrependam enquanto ainda há tempo, pois poderá não haver outra oportunidade de fazê-lo.
Jesus cita outro exemplo similar. Daqueles 18 sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os. Outro incidente registrado apenas aqui. Do mesmo modo Jesus diz que isso não se sucedeu porque eram mais culpados, literalmente, "mais devedores". As pessoas devem obediência a Deus.
Continua sendo necessário o arrependimento e este enquanto houver tempo, pois se não o fizermos, pereceremos do mesmo modo.
Jesus, em seguida, lhes conta mais uma parábola. Uma figueira plantada na vinha está em solo fértil, e a frase "há três anos" indica uma árvore bem firme e que já deveria estar produzindo frutos.
Contudo, era improvável que viesse a produzir alguma coisa e estava apenas ocupando espaço que poderia ser mais bem utilizado para uma árvore frutífera.
No entanto, lhe foi dada mais uma oportunidade. O fato de Deus não punir os pecadores imediatamente não significa que ele aprove o pecado. Antes, demonstra que é misericordioso e que os pecadores precisam se arrepender enquanto há tempo.
A figueira representa especialmente Israel, que recebeu mais uma oportunidade de se arrepender.
E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17).
Jesus agora estava ensinando num sábado. Veremos aqui até o verso 17, a cura de uma mulher no sábado. Lucas relata uma ocasião quando Jesus curou uma mulher aleijada no sábado.
Lucas demonstrou não apenas a preocupação de Jesus com relação às mulheres e aos fracos, como também o entendimento que Jesus tinha sobre o caráter justo de demonstrar misericórdia e justiça no sábado.
A observância correta do dia de sábado era um assunto de constante controvérsia entre Jesus e seus inimigos. Essa foi a última vez que é dito que Jesus compareceu a uma sinagoga.
Reparem no texto que a mulher não pediu para ser curada, foi Jesus quem tomou a iniciativa. Aquela mulher tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se.
Era uma mulher que atraia a atenção de todos pelo fato de sua doença ser bem visível. Jesus a expões mais ainda e todos reparam que ela era visivelmente enferma.
O que faz Jesus, então? Diante de todos a restabelece maravilhosamente, tanto que a própria mulher glorificava a Deus por tão grande feito.
O príncipe da sinagoga e todos ali viram a maravilha feita por Jesus e ao invés de também glorificarem a Deus, tenta passar um sermão em Jesus dizendo para ele não fazer aquilo no sábado, pois havia seis dias para trabalhar.
Jesus não teve outra palavra para descrevê-los e os chamou de hipócritas. Isso atingiu o chefe da sinagoga e todos aqueles que concordavam com ele, pois os judeus cuidavam de seus animais no sábado tanto quanto o faziam em outros dias. O fato de Satanás manter essa mulher "presa" (vs. 16) não significa que ela era mais pecadora do que os outros; era a sua doença que tinha origem maligna.
F. O reino de Deus (13.18-14.24).
Doravante, a partir dos vs. 18 até o próximo capítulo, vs. 24, veremos o Reino de Deus. Lucas registra uma série de ilustrações que Jesus usou para explicar o modo inesperado pelo qual o reino de Deus estava chegando.
Ele deixou claro que o reino estava vindo gradualmente, e que os gentios tomariam o lugar de muitos judeus no reino.
Dos vs. 18 ao 21, ele cita duas parábolas sobre o reino de Deus. Essas duas parábolas curtas começam ilustrando o início pequeno do reino e indicam:
(1)     A sua expansão pelo mundo (os discípulos de Jesus eram poucos em número, porém a mensagem deles iria se espalhar pelo mundo).
(2)     O seu poder de transformação (o fermento trabalha de um modo invisível, mas poderoso).
Lucas registra – vs. 22 - que Jesus caminha sem pressa em direção à Jerusalém, onde aconteceria o ponto culminante de sua vida e missão. Enquanto viajava, Jesus atendia as pessoas que encontrava pelo caminho.
Um deles que caminhavam com Jesus lhe perguntou se seriam poucos os que se salvariam. Entre os judeus, havia discussões sobre o número de pessoas que seriam salvas, e era ponto aceito que Israel (exceto algumas pessoas muito pecadoras) estaria incluída nesse número. Jesus fez advertências contra essa presunção. A salvação deve ser buscada com seriedade e todos os esforços devem ser empregados para perseverar na fé (Fp 2.12; 2Pe 1.10). A dádiva da salvação tem um tempo determinado, e deve ser aceita durante o período em que é apresentada.
Haverá um tempo, controlado pelo Pai da família, em que ele se levantará e fechará a porta. Muitos ficarão do lado de fora querendo entrar, mas ele responderá que não sabe donde eles eram. Veja Mt 7.23; 25.12.
A recomendação de Jesus no vs. 24 é forte: Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.
Esses que ficarem do lado de fora irão argumentar que comiam e bebiam na sua presença e ele ensinava nas suas ruas – vs. 26-27. Não é suficiente ter um relacionamento social com Jesus e ouvir os seus ensinamentos.
As pessoas tinham apenas uma atitude superficial e não aceitaram o senhorio de Cristo. Não é mencionado um pecado específico aqui, mas apenas a condenação geral dos que praticam a iniquidade (vs. 27).
Haverá choro (de tristeza) e ranger de dentes (de raiva) ao verem os grandes homens (com os quais eles sempre se associaram) felizes, enquanto eles mesmos ficarão de fora (o que demonstra a oposição ativa de Deus contra tudo o que é mal).
Os salvos são pessoas vindas de todas as partes do mundo, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, incluindo os gentios. Eles tomarão lugares à mesa. Significa um banquete, uma imagem da festa messiânica que acontecerá quando Cristo retornar. Essa imagem retrata a alegria que existirá no reino naquele momento (14.15; Ap 19.9).
Haverá uma inversão total de muitas ideias erradas mantidas pela humanidade.
Ainda era aquele mesmo dia quando os fariseus correram até Jesus para adverti-lo a prosseguir viagem, pois estava correndo sérios riscos ficando ali. Parece que Jesus estava na Pereia, governada por Herodes. Os fariseus preferiam que ele estivesse na Judeia, onde tinham maior influência.
Jesus chamou a Herodes de raposa. Um homem desprezível e malicioso. Jesus não se abateu com a ameaça e disse que continuaria com o seu ministério. Havia um limite quanto ao tempo que tinha à sua disposição, como indica a referência ao "terceiro dia".
Jesus estava se referindo à sua morte (observe a referência a Jerusalém – vs. 33). Havia uma necessidade divina que impelia Jesus em sua obra. Observe aqui outra referência ao "terceiro dia" e à certeza de que Jerusalém seria o lugar de sua morte.
Em função disso Jesus faz um lamento sobre Jerusalém – vs. 34-35. Esse lamento pela cidade foi proferido provavelmente quando Jesus chegou (Mt 23.37-38), mas pode ter sido incluído aqui por causa da relação disso com o que Jesus havia acabado de dizer.
Também é possível que Jesus tenha pronunciado duas vezes as mesmas palavras. O fato é que Jesus pode ter estado em Jerusalém com mais frequência do que registram os sinóticos.
Muitas vezes quis Jesus ajuntá-los como a galinha com seus pintinhos sob as suas asas, mas eles, simplesmente, não queriam. Portanto, não haveria jeito, a casa deles - pode ser o templo ou a cidade - como um todo iria ficar deserta - o resultado inevitável da incredulidade. Isso deveria se suceder até que venhais a dizer: Bendito aquele que vem em nome do Senhor – vs. 35.
Lc 13:1 Naquela mesma ocasião, chegando alguns,
falavam a Jesus a respeito dos galileus
cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios
que os mesmos realizavam.
Lc 13:2 Ele, porém, lhes disse:
Pensais que esses galileus
eram mais pecadores do que todos
os outros galileus,
por terem padecido estas coisas?
Lc 13:3 Não eram, eu vo-lo afirmo;
se, porém, não vos arrependerdes,
todos igualmente perecereis.
Lc 13:4 Ou cuidais que aqueles dezoito
sobre os quais desabou a torre de Siloé
e os matou eram mais culpados
que todos os outros
habitantes de Jerusalém?
Lc 13:5 Não eram, eu vo-lo afirmo;
mas, se não vos arrependerdes,
todos igualmente perecereis.
Lc 13:6 Então, Jesus proferiu a seguinte parábola:
Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha
e, vindo procurar fruto nela, não achou.
Lc 13:7 Pelo que disse ao viticultor:
Há três anos venho procurar fruto nesta figueira
e não acho;
podes cortá-la;
para que está ela ainda ocupando
inutilmente a terra?
Lc 13:8 Ele, porém, respondeu:
Senhor, deixa-a ainda este ano,
até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume.
Lc 13:9 Se vier a dar fruto,
bem está;
se não,
mandarás cortá-la.
Lc 13:10 Ora, ensinava Jesus no sábado numa das sinagogas.
Lc 13:11 E veio ali uma mulher possessa
de um espírito de enfermidade,
havia já dezoito anos;
andava ela encurvada,
sem de modo algum poder endireitar-se.
Lc 13:12 Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe:
Mulher, estás livre da tua enfermidade;
Lc 13:13 e, impondo-lhe as mãos,
ela imediatamente se endireitou
e dava glória a Deus.
Lc 13:14 O chefe da sinagoga,
indignado de ver que Jesus curava no sábado,
disse à multidão:
Seis dias há em que se deve trabalhar;
vinde, pois, nesses dias para serdes curados
e não no sábado.
Lc 13:15 Disse-lhe, porém, o Senhor:
Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura,
no sábado,
o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber?
Lc 13:16 Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro,
em dia de sábado,
esta filha de Abraão,
a quem Satanás trazia presa
há dezoito anos?
Lc 13:17 Tendo ele dito estas palavras,
todos os seus adversários se envergonharam.
Entretanto, o povo se alegrava
por todos os gloriosos feitos que Jesus realizava.
Lc 13:18 E dizia:
A que é semelhante o reino de Deus,
e a que o compararei?
Lc 13:19 É semelhante a um grão de mostarda
que um homem plantou na sua horta;
e cresceu
e fez-se árvore;
e as aves do céu aninharam-se nos seus ramos.
Lc 13:20 Disse mais:
A que compararei o reino de Deus?
Lc 13:21 É semelhante ao fermento
que uma mulher tomou
e escondeu em três medidas de farinha,
até ficar tudo levedado.
Lc 13:22 Passava Jesus
por cidades e aldeias,
ensinando
e caminhando para Jerusalém.
Lc 13:23 E alguém lhe perguntou:
Senhor, são poucos os que são salvos?
Lc 13:24 Respondeu-lhes:
Esforçai-vos por entrar pela porta estreita,
pois eu vos digo que muitos procurarão entrar
e não poderão.
Lc 13:25 Quando o dono da casa se tiver levantado
e fechado a porta,
e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo:
Senhor, abre-nos a porta,
ele vos responderá:
Não sei donde sois.
Lc 13:26 Então, direis:
Comíamos e bebíamos na tua presença,
e ensinavas em nossas ruas.
Lc 13:27 Mas ele vos dirá:
Não sei donde vós sois;
apartai-vos de mim,
vós todos os que praticais iniqüidades.
Lc 13:28 Ali haverá choro e ranger de dentes,
quando virdes, no reino de Deus,
Abraão,
Isaque,
Jacó
e todos os profetas,
mas vós, lançados fora.
Lc 13:29 Muitos virão
do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul
e tomarão lugares à mesa no reino de Deus.
Lc 13:30 Contudo,
há últimos que virão a ser primeiros,
e primeiros que serão últimos.
Lc 13:31 Naquela mesma hora, alguns fariseus vieram para dizer-lhe:
Retira-te e vai-te daqui,
porque Herodes quer matar-te.
Lc 13:32 Ele, porém, lhes respondeu:
Ide dizer a essa raposa
que, hoje e amanhã,
expulso demônios
e curo enfermos
e, no terceiro dia,
terminarei.
Lc 13:33 Importa, contudo,
caminhar hoje, amanhã e depois,
porque não se espera que um profeta morra
fora de Jerusalém.
Lc 13:34 Jerusalém, Jerusalém,
que matas os profetas
e apedrejas os que te foram enviados!
Quantas vezes quis eu reunir teus filhos
como a galinha ajunta os do seu próprio ninho
debaixo das asas,
e vós não o quisestes!
Lc 13:35 Eis que a vossa casa
vos ficará deserta.
E em verdade vos digo
que não mais me vereis até que venhais a dizer:
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Jerusalém rejeitou o Senhor e não conheceu o tempo de sua visitação. Pior, crucificou seu salvador e ainda pediu que sobre eles e seus filhos caíssem toda vingança.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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