Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi
escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente
gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos
notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na última parte,
a III, no capítulo 12.
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos
considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o
ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor.
Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele
havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os
ensinos durante a jornada (10.1-45) – já
vista; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – já vimos; D. A purificação do templo
(11.12-26) – já vimos; E.
Controvérsias no templo (11.27 - 12.44) –
concluiremos agora; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção
em Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono,
julgamento e morte (14.32 15.47); e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
Um breve resumo do capítulo 12.
Marcos revelou a autoridade de Jesus para
desafiar os líderes religiosos corruptos e as instituições de Jerusalém. Assim,
Marcos estabeleceu Jesus como o único fundamento da fé e salvação para judeus e
gentios em todo o mundo.
Jesus lhes fala por essa parábola da vinha,
dos lavradores e da colheita. Contra os fariseus e herodianos é que ele fala.
Ele estava anunciando a sua morte que em breve ocorreria. Indignados por que
perceberam que era contra eles que ele falava, ficaram enraivecidos e loucos
para apanharem ele nalguma falta.
Primeiro, armaram um laço fenomenal e logo,
antecipadamente, comemoravam a vitória por que não havia saída para o laço. No
entanto, no laço que armaram, Jesus, o Mestre e Senhor, o desfez com tanta
elegância que se admiraram.
Ainda tentaram mais uma vez, dessa vez o
ardil veio dos saduceus, mas Jesus saiu do laço com maestria; por fim, um
escriba, alguém muito sábio, mas com o coração pronto para por a prova o Senhor
dos céus e da terra. Sua indagação é cirúrgica e profunda, mas a resposta de
Jesus vai mais além e penetra em sua alma.
Ele reconhece a sabedoria de Jesus e fala
coisas profundas que tiram do Senhor a exclamação de que ele não estava longe
do reino de Deus. Impressionante! Como ainda não cremos?
Vejamos com maiores detalhes este
maravilhoso capítulo, com a valorosa ajuda da BEG:
E. Controvérsias no templo (11.27--12.44) - continuação.
Veremos doravante até o verso 44 as
controvérsias no templo.
Aqui está Jesus a lhes falar mais uma
parábola. Não há dúvida de que o pronome pessoal refere-se aos principais
sacerdotes e escribas, pois está ligado ao sujeito na terceira pessoa do plural
do vs. 12 (aqueles que procuravam um meio de prendê-lo).
Esse é outro exemplo de provocação (veja
11.18). Essa parábola é baseada na canção da vinha (Is 5.1-5), que retrata a
infidelidade de Israel.
Quando chegou no tempo daquela vinha dar
resultados, o senhor da vinha mandou seu servo - um termo usado geralmente para
os profetas (Êx 14.31; 2Cr 1.3; Is 20.3; Am 3.7) que Deus havia enviado para
chamar Israel ao arrependimento, mas que, em muitos casos, sofreram a morte
como resultado direito de suas afirmações incriminatórias (Mt 23.37).
Aquele servo fora enviado aos lavradores -
aqueles com autoridade "oficial" sobre o povo de Deus – para receber,
dos lavradores, os resultados da vinha. A parábola foi contada para o benefício
deles.
No entanto, apoderaram-se dele, o feriram e
o mandaram embora vazio. E o senhor da vinha mandou outro servo que igualmente
foi maltratado ainda pior que o primeiro, pois foi apedrejado, ferido na cabeça
e mandado embora. Ainda mais uma vez outro servo, mas a este último o mataram.
O senhor da vinha então resolve mandar seu próprio filho - raramente aparece
nos sinóticos o tema de Jesus como Filho amado de Deus (1.11; 9.7; cf. Mt 16.16),
mas nessa passagem está claramente presente. - na esperança de que ele fosse
ouvido em respeito ao senhor.
O comportamento deles em relação ao filho
foi ainda mais maligno, pois resolveram matá-lo para ficarem com a herança. Assim
o pegaram, mataram e o lançaram fora da vinha.
O que fará então o senhor da vinha com
esses lavradores? O Evangelho de Mateus declara que "vos será tirado e
será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43),
sugerindo a comunidade dos discípulos formada ao redor de Jesus (Lc 22.29-30) e
a participação dos gentios (Mt 8.11-12; Rm 9.22-26).
A pedra que os construtores rejeitaram
seria ele, o Filho. Após a purificação do templo, Jesus citou Sl 118.22-23, que
celebra a vitória do rei dada por Deus.
Jesus demonstrou que confiava no Pai e na
palavra de Deus, as Escrituras do Antigo Testamento. Ele havia acabado de
profetizar a sua própria morte "E, agarrando-o, mataram-no" (vs. 8) e
ora, na presença de seus assassinos, celebrava a vitória prometida.
Ouvindo a parábola e sendo expostos seus
motivos vis, eles ficaram irados e queriam fazer algo, mas eram covardes e
temiam a multidão. Compare com 11.32. O contraste com Jesus é claro: essas autoridades
religiosas (11.27) eram políticos corruptos e covardes, aparentemente incapazes
de agir por princípios.
Foram então enviarem a ele, Jesus alguns
deles dos fariseus e dos herodianos para o apanharem em alguma afirmação. Reparem
que aqui, entre esses fariseus e herodianos, ressurge uma antiga (3.6) e estranha
aliança entre a elite religiosa (fariseus) e os políticos (herodianos).
Essa aliança foi possível porque ambos os
partidos aceitavam a ocupação romana; os primeiros porque a consideravam uma
punição divina, e os últimos porque buscavam vantagem política.
Nesse sentido, ambos se opunham aos
zelotes, que procuravam derrotar as forças romanas de ocupação.
Eles chegaram a ele com um pedaço da
verdade (por que não continuaram a crer? Vejam como a maldade fica exposta!), o
elogiaram dizendo que ele era verdadeiro e que não olha ou não se importa com as
aparências. O grego traduz isso como "não olhas para o rosto dos
homens".
Eles perguntam a ele se seria ou não lícito
pagar tributos a César. Além das inúmeras taxas alfandegárias, pedágios e
outras cobranças, cada província romana era obrigada a pagar o tributo
imperial. O mesmo valor era exigido de cada cidadão, fosse rico ou pobre. Os
zelotes consideravam essa taxa como mais um exemplo da humilhação nacional, e
por isso se recusavam a pagar.
Conhecendo Jesus a hipocrisia deles e
percebendo o ardil lhes expõe a verdadeira razão de estarem ali perguntando
algo. Eles estavam tentando a Jesus para o apanharem em alguma falha. Jesus exclama
– vs. 15 - por que me experimentais? Como havia opiniões diversas entre os
judeus a respeito dessa questão, Jesus sabia que uma resposta simples o
desacreditaria perante algum dos grupos.
Havia muitas moedas em circulação. Jesus
pediu pelo denário romano, que equivalia a um dia de salário. Numa das faces da
moeda estava gravada a efígie de César (Augusto ou seu filho adotivo, Tibério)
e na outra uma cena que glorificava o seu reino.
Ao examinar a moeda que Jesus pedira,
falhou-lhes para darem a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Apesar
das muitas injustiças da taxação romana e do governo em geral, Jesus confirmou
a legitimidade do poder político de Roma e em seu julgamento declarou que tal
autoridade procedia de Deus (Jo 19.11). A igreja primitiva seguiu esse
ensinamento de Jesus (Rm 13:1-7; Cl 1.16; 1Tm 2.1-6; Tt 3.1-2; 1Pe 2.13-17).
Não poderiam ter outra reação diante
daquilo e o elogiaram, mas continuaram endurecidos.
Então surgem os saduceus com uma pergunta
problemática – vs. 18. É a primeira menção explícita desse grupo no Evangelho
de Marcos. Eram membros da família dos sumo sacerdotes no tempo de Jesus, e
aceitavam como canônicos apenas os cinco livros de Moisés (o Pentateuco).
Também negavam a ressurreição com base no
fato de que ela não era ensinada no Pentateuco. O nome do grupo provavelmente
procedia de Zadoque, o sumo sacerdote de Davi (2Sm 8.17; 1Cr 15.11; cf. 1Cr
29.22), designado sobre a linhagem de Aarão (1Cr 27.17) e que tinha direitos exclusivos
ao ofício de sumo sacerdote (Ez 40.46; cf. Ez 43.19).
A história que contaram a Jesus (vs. 19-23)
era baseada na lei do levirato, ou do parente resgatador, em Dt 25.5-10, que
ordenava, no caso de morte prematura, que fossem tomadas providências para
perpetuar a linhagem familiar por meio do parente mais próximo (veja também Rt
3.4).
O fato era que todos os sete irmãos tiveram
a esposa como mulher deles e eles queriam saber, na ressurreição, de quem ela
seria mulher? Do primeiro marido, do último ou de algum outro? Pois todos a
tiveram legitimamente.
Jesus lhes diz que o erro deles provinha do
fato de não conhecerem as Escrituras. Como no cap. 7 (7.3), Jesus afirma conhecer
o sentido verdadeiro da Escritura e então refuta o falso entendimento dos
lideres judeus (cf. Jo 5.39-40).
Jesus provavelmente estava se referindo à
continuidade da obra de Deus, bem como às manifestações futuras do poder de
Deus (incluindo a ressurreição) por intermédio do seu Messias (Lc 22.69; Rm
1.16; 1 Co 1.18,24) — manifestações que os saduceus se recusavam a aceitar.
Na ressurreição final (quando da
transformação do universo físico [Rm 8.21; 1Co 15 52-53]), o mandato criacional
quanto ao casamento e reprodução (Gn 1.27-28; 2.24) não será mais apropriado.
Os saduceus novamente demonstram ignorância sobre o "poder de Deus"
(vs. 24) e o final da história do mundo.
Ao ressuscitarmos dos mortos não mais
casaremos, mas seremos como os anjos que estão nos céus.
Jesus os lembra, então, do episódio da
sarça ardente (Veja Êx 3.1-6), no Livro de Moisés (vs. 18). Para refutar o
argumento dos saduceus, Jesus citou uma passagem que eles consideravam
canônica.
O Deus que apareceu de maneira miraculosa
na sarça ardente fez referência a si mesmo não por memórias passadas
("Deus de mortos"), mas sim da parte de homens vivos e cheios de fé,
que estão vivendo com ele numa aliança eterna de graça. Isso nos faz refletir
de que não morremos para nós mesmos, mas que a morte, por causa de Cristo, é
uma passagem de um estágio a outro, até que todos ressuscitaremos.
O ensinamento da ressurreição não está
baseado unicamente em passagens explícitas da Escritura (p. ex., SI 16.9-11; Is
53.11; Dn 12.2; Os 6.2; cf. Jó 14.14; 19.25-27; SI 17.15; 73.24-26; Is 26.19;
Ez 37.1-14; Os 13.14), mas se apoia basicamente na pessoa do Deus vivo e doador
de vida. A BEG recomenda, neste ponto, a leitura de seu excelente artigo
teológico "A ressurreição de Jesus", em Lc 24.
A conclusão de Jesus era que eles estavam
laborando em grande erro. Também pode ser traduzido mais vigorosamente como
"Estais completamente errados" ou "Estais muito enganados".
Um escriba ali presente acompanhou todas as
respostas e estava admirado com Jesus e também o põe à prova com outra pergunta
sobre qual o primeiro de todos os mandamentos.
Ouve, ó Israel. Novamente o debate estava
ancorado na Escritura e nesse quesito Jesus demonstrou ser um mestre perfeito.
Ele citou Dt 6.4, mais conhecido como a Shema
("ouve", no hebraico), que já havia se tornado a grandiosa confissão
da fé monoteísta do judaísmo. Ele então disse – vs. 29b e 30: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o
primeiro mandamento.
E vai então para o segundo, semelhante ao
primeiro. Aqui, Jesus faz ligação de Lv 19.18, uma passagem que Tiago chama de
"lei régia" (Tg 2.8), com Dt 6.4-5 (Shema). E o segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro
mandamento maior do que estes.
O escriba aprovou a resposta de Jesus e
resolveu ele mesmo acrescentar uma passagem da Escritura — 1Sm 15.22 e Os 6.6. ao
que Jesus lhe correspondeu dizendo não estar ele longe do reino de Deus.
Compare esse escriba com o jovem rico
("Só uma coisa te falta..." 10.21) e com Nicodemos 3.1ss.). Em todos
esses casos, era evidente a necessidade de um novo nascimento (Jo 3).
Aqui, Jesus tinha em mente o reino já
totalmente consumado e que será desfrutado somente pelos remidos mediante a
morte e ressurreição do Filho do Homem (Jo 3.3,14-15). De acordo com At 6.7,
muitos escribas herdaram o reino após o Pentecostes.
Depois dessa sabatina e sua excelente
aprovação, ninguém mais ousava qeustioná-lo – vs. 34.
E estava Jesus ali ensinando no templo. Além
do átrio dos gentios havia também o átrio das mulheres (além do qual as
mulheres não tinham permissão para ir) e o átrio de Israel, reservado para os
homens judeus.
Era agora a vez de Jesus que lhes fazia uma
pergunta: como dizem os escribas que Cristo é filho de Davi? As palavras e a
interpretação de Jesus dependiam da autoria davídica desse salmo. Foi o próprio
Davi que falou pelo Espírito Santo. Jesus atribuiu total inspiração divina ao
escrito de Davi, como fariam seus apóstolos mais tarde (At 1.16; 4.25).
Como poderia se dar isso de o próprio Davi
lhe chamar de Senhor, como, então seria ele seu filho? O mesmo Davi chama-lhe
Senhor. Jesus argumentou que embora o Messias viesse da linhagem davídica, seu poder
e dignidade real superam o de Davi, pois este se dirige ao seu rei como
"meu senhor" (Sl 110.1), e o exercício de governo desse rei está
associado exclusivamente com o SENHOR (Javé, SI 110.2).
A interpretação lúcida e fiel que Jesus
fazia da Escritura produzia "deleite" entre seus ouvintes (cf. Lc
24.32). De fato, por um lado, Jesus era filho de Davi no sentido de ser de sua
linhagem, mas como tinha natureza dupla – o único assim – também era o próprio Senhor.
Jesus então passou a falar para todos se
guardarem dos escribas. Os adversários de Jesus possuíam uma aparência de
profundidade, mas estavam "em grande erro" (vs. 27). Uma advertência
semelhante é encontrada em 8.15.
Os escribas não recebiam um salário fixo;
então, buscavam apoio no povo, sem dúvida entre as viúvas, as vítimas mais
fáceis. Veja Mt 6.5-6 para um julgamento semelhante de ostentação e hipocrisia
espiritual.
O presente capítulo se encerra com Jesus
observando a entrega de ofertas no gazofilácio. Convenientemente, as caixas de
ofertas se localizavam no átrio das mulheres, sendo, desse modo, acessíveis a
todos.
Ele observa uma viúva ofertando uma simples
oferta, mas que relativamente, conforme o seu coração, era, das ofertas, a
maior de todas, embora em valor monetário, a menor de todas.
Essa moeda, chamada de lepton, era a de menor valor em circulação e valiam meio centavo. Já
um quadrante era uma moeda romana que equivalia a 1/64 de um denário (um
denário equivalia ao salário de um dia de trabalho). Mais uma vez, Marcos faz a
tradução para seus leitores gentios (7.34).
Mc 12:1 Depois,
entrou Jesus
a falar-lhes por parábola:
Um
homem plantou uma vinha,
cercou-a
de uma sebe,
construiu
um lagar,
edificou
uma torre,
arrendou-a
a uns lavradores
e
ausentou-se do país.
Mc 12:2 No
tempo da colheita,
enviou
um servo aos lavradores
para
que recebesse deles dos frutos da vinha;
Mc 12:3 eles,
porém,
o
agarraram,
espancaram
e
o despacharam vazio.
Mc 12:4 De
novo, lhes enviou outro servo,
e
eles o esbordoaram na cabeça
e
o insultaram.
Mc 12:5 Ainda
outro lhes mandou,
e
a este mataram.
Muitos outros
lhes enviou,
dos
quais espancaram uns
e
mataram outros.
Mc 12:6
Restava-lhe ainda um,
seu
filho amado;
a
este lhes enviou, por fim, dizendo:
Respeitarão
a meu filho.
Mc
12:7 Mas os tais lavradores disseram entre si:
Este é o
herdeiro; ora,
vamos,
matemo-lo,
e
a herança será nossa.
Mc
12:8 E,
agarrando-o,
mataram-no
e
o atiraram para fora da vinha.
Mc
12:9 Que fará, pois, o dono da vinha?
Virá,
exterminará
aqueles lavradores
e
passará a vinha a outros.
Mc 12:10
Ainda não lestes esta Escritura:
A
pedra que os construtores rejeitaram,
essa
veio a ser a principal pedra,
angular;
Mc 12:11 isto
procede do Senhor,
e é
maravilhoso aos nossos olhos?
Mc
12:12 E procuravam prendê-lo,
mas
temiam o povo;
porque
compreenderam que contra eles
proferira
esta parábola.
Então,
desistindo,
retiraram-se.
Mc 12:13 E
enviaram-lhe
alguns dos fariseus e dos herodianos,
para
que o apanhassem em alguma palavra.
Mc 12:14
Chegando, disseram-lhe:
Mestre,
sabemos que és verdadeiro
e
não te importas com quem quer que seja,
porque
não olhas a aparência dos homens;
antes,
segundo
a verdade,
ensinas
o caminho de Deus;
é
lícito pagar tributo a César ou não?
Devemos ou
não devemos pagar?
Mc
12:15 Mas Jesus,
percebendo-lhes
a hipocrisia, respondeu:
Por
que me experimentais?
Trazei-me um
denário
para
que eu o veja.
Mc 12:16 E
eles lho trouxeram.
Perguntou-lhes:
De
quem é esta efígie e inscrição?
Responderam:
De
César.
Mc 12:17
Disse-lhes, então, Jesus:
Dai
a César o que é de César
e
a Deus o que é de Deus.
E muito se
admiraram dele.
Mc 12:18 Então,
os saduceus,
que dizem não haver ressurreição,
aproximaram-se
dele e lhe perguntaram, dizendo:
Mc
12:19 Mestre, Moisés nos deixou escrito que,
se
morrer o irmão de alguém e deixar mulher sem filhos,
seu
irmão a tome como esposa
e
suscite descendência a seu irmão.
Mc
12:20 Ora, havia sete irmãos;
o primeiro
casou e morreu sem deixar descendência;
Mc
12:21 o segundo desposou a viúva e morreu,
também
sem deixar descendência;
e
o terceiro, da mesma forma.
Mc
12:22 E, assim,
os
sete não deixaram descendência.
Por
fim, depois de todos,
morreu
também a mulher.
Mc
12:23 Na ressurreição,
quando
eles ressuscitarem,
de
qual deles será ela a esposa?
Porque
os sete a desposaram.
Mc
12:24 Respondeu-lhes Jesus:
Não
provém o vosso erro de não conhecerdes
as
Escrituras, nem o poder de Deus?
Mc 12:25
Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos,
nem
casarão,
nem
se darão em casamento;
porém,
são como os anjos nos céus.
Mc
12:26 Quanto à ressurreição dos mortos,
não
tendes lido no Livro de Moisés,
no
trecho referente à sarça, como Deus lhe falou:
Eu sou
o
Deus de Abraão,
o
Deus de Isaque
e
o Deus de Jacó?
Mc
12:27 Ora,
ele
não é Deus de mortos,
e
sim de vivos.
Laborais
em grande erro.
Mc 12:28 Chegando um dos escribas,
tendo ouvido
a discussão entre eles,
vendo
como Jesus lhes houvera respondido bem,
perguntou-lhe:
Qual
é o principal de todos os mandamentos?
Mc 12:29
Respondeu Jesus:
O
principal é:
Ouve,
ó Israel,
o
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!
Mc
12:30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus,
de
todo o teu coração,
de
toda a tua alma,
de todo o teu
entendimento
e
de toda a tua força.
Mc
12:31 O segundo é:
Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.
Não
há outro mandamento
maior
do que estes.
Mc
12:32 Disse-lhe o escriba:
Muito
bem, Mestre,
e
com verdade disseste que ele é o único,
e
não há outro senão ele,
Mc
12:33 e que amar a Deus
de
todo o coração
e
de todo o entendimento
e
de toda a força,
e amar ao
próximo
como
a si mesmo excede a todos
os
holocaustos e sacrifícios.
Mc 12:34
Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe:
Não
estás longe do reino de Deus.
E já ninguém
mais ousava
interrogá-lo.
Mc 12:35 Jesus,
ensinando no
templo, perguntou:
Como
dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi?
Mc 12:36 O
próprio Davi falou,
pelo
Espírito Santo:
Disse
o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te
à minha direita,
até
que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.
Mc
12:37 O mesmo Davi chama-lhe Senhor;
como,
pois, é ele seu filho?
E a grande multidão
o ouvia com
prazer.
Mc 12:38 E,
ao ensinar,
dizia ele:
Guardai-vos
dos escribas,
que
gostam de andar com vestes talares
e
das saudações nas praças;
Mc
12:39 e das primeiras cadeiras nas sinagogas
e
dos primeiros lugares nos banquetes;
Mc 12:40 os
quais devoram as casas das viúvas
e,
para o justificar, fazem longas orações;
estes
sofrerão juízo muito mais severo.
Mc 12:41 Assentado diante do
gazofilácio,
observava
Jesus como o povo lançava ali o dinheiro.
Ora,
muitos ricos
depositavam grandes quantias.
Mc 12:42 Vindo, porém,
uma viúva
pobre,
depositou
duas pequenas moedas
correspondentes
a um quadrante.
Mc 12:43 E,
chamando os
seus discípulos, disse-lhes:
Em
verdade vos digo que esta viúva pobre
depositou
no gazofilácio
mais
do que o fizeram todos os ofertantes.
Mc 12:44
Porque todos eles
ofertaram
do que lhes sobrava;
ela,
porém,
da
sua pobreza
deu
tudo quanto possuía,
todo
o seu sustento.
A oferta da
viúva pobre nos ensina que as aparências não servem diante de Deus, mas sim as
coisas que estão no mais profundo do nosso coração. Como enganaremos ao Senhor
de nossas almas? Somos tolos demais da conta...
Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi
escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente
gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos
notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na última parte,
a III, no capítulo 11.
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos
considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o
ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor.
Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele
havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os
ensinos durante a jornada (10.1-45) – já
vista; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – veremos agora; D. A purificação do
templo (11.12-26) – veremos agora; E.
Controvérsias no templo (11.27--12.44) – começaremos
a ver agora; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção em
Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono,
julgamento e morte (14.32 15.47); e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
Um breve resumo do capítulo 11.
Não poderia ter sido mais simples a tarefa
de encontrar um jumentinho? Eu creio piamente que Jesus nada tinha consultado
nem combinado com “alguém” alguma coisa. No entanto, foi perfeito. Assim como
ele disse, assim os discípulos seguiram suas instruções e tudo deu certinho.
Quem dera assim fizéssemos com tudo o que
Jesus nos disse para fazermos. No entanto, queremos ficar inventando as coisas
e nada dá certo. Jesus entrou triunfante em Jerusalém montado em um jumentinho
para que se cumprissem as Escrituras. E tudo foi cumprido!
Depois, o episódio da figueira com folhas e
sem frutos. Estes são os crentes e religiosos que somente tem aparência. O
Senhor espera o fruto devido daquele que está ligado à Videira e quando o
procura, nada encontra. O fim daquela figueira foi cruel e logo secou.
Também Jesus ensinou sobre a fé e a oração!
Que lição incrível, principalmente relacionado ao perdão sendo a máxima o
perdoar. O segredo para ser perdoado sempre é perdoar sempre!
Vejamos com maiores detalhes este
maravilhoso capítulo, com a valorosa ajuda da BEG:
C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11).
Marcos registra agora o estágio final do
ministério terreno de Jesus, a semana da Paixão em Jerusalém, e já começa
descrevendo a entrada triunfal de Jesus na cidade. É nesse momento que a
essência da mensagem do evangelho cristão começa a entrar sob o foco.
A viagem que começou em 10.1 atinge o
clímax aqui. A decisão de Jesus de ir a Jerusalém foi determinada pelo seu
entendimento do Antigo Testamento e estava em conformidade com as suas próprias
profecias (8.31).
Eles se aproximaram de Betfagé - atual
Kefr-et-Tur, uma vila pequena a leste de Jerusalém e de Betânia - hoje
identificada como a atual El-Azariet, distante cerca de 4 km a leste de
Jerusalém – ambas próximas ao monte das Oliveiras - situado a leste de
Jerusalém, com aproximadamente 810 m de altura, esse monte apresenta uma vista
espetacular da cidade, e nos dias de Jesus avistava-se também especialmente o
templo. Naquela época o monte estava coberto de oliveiras.
Jesus pode ter recebido essa informação pela
qual ele instruiu os seus discípulos por meios sobrenaturais (cf. Jo 1.48-50),
mas também estava familiarizado com a região e já havia estado ali
anteriormente.
Eles iriam encontrar um jumentinho (Veja Mt
21.2; Jo 12.15). Novamente o Antigo Testamento prediz as ações de Jesus (Zc
9.9) — que nesse caso era com certeza messiânica — pois Zacarias profetizou a
vinda de um rei justo e humilde que traria salvação.
O fato é que tudo se sucedeu como Jesus os instruíra
e eles trouxeram a ele o jumentinho e ele montou nele. Um reconhecimento da
dignidade e realeza de Jesus.
Muitos estendiam suas vestes pelo caminho e
outros cortavam ramos das árvores e iam espalhando pelo caminho (Veja o SI
118.27). Esse salmo messiânico celebra a procissão do Messias, "A pedra
que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra,
angular" (SI 118.22) — uma passagem que Jesus citou pouco depois da
purificação do templo (12.10). Jesus caminhou em direção ao templo ouvindo
exclamações de "Hosana” (vs. 9; veja o SI 118.19-21).
Hosana é um termo grego transliterado do
hebraico hoshi'a na, que significa "Oh! Salva-nos, SENHOR" (veja o SI
118.25). A multidão clamava frases de SI 118.
E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e,
tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze. De
acordo com Mt 21.12-22, ao chegar ao templo Jesus o purificou, e no dia
seguinte amaldiçoou a figueira.
De acordo com Marcos, Jesus retornou para
Betânia para passar a noite, e pela manhã, a caminho do templo uma segunda vez,
primeiro amaldiçoou a figueira e então purificou o templo.
Mateus provavelmente organizou o material
em tópicos (não há uma referência temporal específica a respeito da
purificação; Mt 21.12) enquanto Marcos (que gostava de colocar histórias dentro
de histórias; veja também 5.21-43; 6.7-30) organizou-o cronologicamente.
Mais uma vez Marcos salienta que esses
acontecimentos messiânicos foram presenciados em primeiro lugar e
principalmente pelos doze.
D. A purificação do templo (11.12-26).
Marcos relata a maldição da figueira e a
purificação do templo como as primeiras ações de Jesus em Jerusalém. Seu relato
revela como Jesus desafiou abertamente a hipocrisia e o fracasso da mais
importante instituição religiosa em Jerusalém.
Esse registro é um prelúdio adequado para a
morte e a ressurreição de Jesus, acontecimentos que acabariam por eliminar
completamente a corrupção terrena do templo.
O dia seguinte do vs. 12 quando saíram para
Betânia e teve fome era a segunda-feira da semana da Paixão.
Ele tinha avistado uma figueira que tinha
folhas. A temporada de figos começa em junho, e a Páscoa acontece ao final de
março. Algumas figueiras dão fruto fora da temporada, e o sinal disso é a
presença de folhas.
Essa figueira lembrou Jesus da hipocrisia,
pois tinha os sinais de haver frutos (folhas haviam aparecido), porém não tinha
fruto algum.
Por não ter encontrado os frutos nela, ele
a amaldiçoou dizendo que nunca jamais coma alguém fruto dela! Esse relato,
vindo imediatamente antes da purificação do templo, teve um sentido simbólico.
Jesus amaldiçoou a árvore pela falsa
aparência, do mesmo modo que julgaria o templo (11.15-17) e profetizaria a sua
destruição (13.2). Com isso ele quis dizer que a restauração do templo em
Jerusalém não seria mais o objetivo da história da redenção.
Em seguida vieram a Jerusalém e entraram no
templo – vs. 15. No átrio dos gentios, a única área onde os gentios eram
permitidos. Esses acontecimentos seriam particularmente interessantes para os
leitores gentios de Marcos.
O Evangelho de João traz uma descrição da
purificação que Jesus fez no templo no começo do seu ministério (Jo 2.12-22),
embora todos os três sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) situem esse
acontecimento ao final do seu ministério (como aqui).
Conforme a BEG, é possível que Jesus tenha
purificado o templo duas vezes, visto que:
(1)O
relato de João traz uma data específica (Jo 2.20; Mc 1.9).
(2)Os
relatos não são idênticos e as citações das Escrituras do Antigo Testamento são
diferentes — em João, são citados SI 69.9 e Zc 14.21; nos sinóticos, Is 56.7 e
Jr 7.11.
(3)Em
João, Jesus entrou sozinho, enquanto nos sinóticos fez uma entrada triunfal em
sua glória messiânica.
(4)Jesus,
que na última purificação citou Jeremias, sem dúvida estava ciente de que o
profeta Jeremias havia amaldiçoado o templo duas vezes (Jr 7.1-14; 26.2-6),
sendo que na segunda usou o figo simbolicamente (Jr 24.1-10; veja Mc 11.12-14).
Trocar dinheiro era um serviço necessário,
pois as taxas e as ofertas do templo tinham de ser pagas em moeda local. A
prática desonesta levou Jesus a descrever o lugar como "covil de
salteadores" (11.17).
Jesus julgou as famílias dos sumos
sacerdotes saduceus que se beneficiavam desse abuso e que haviam perdido todo o
senso de santidade do templo (12.18-27).
Ele então começou a expulsar os que vendiam
e compravam no templo. Ele derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos
que vendiam pombas. Ele não consentia que alguém levasse algum vaso pelo
templo. Ele os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada,
por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
O átrio dos gentios havia se tornado um
mercado agitado. Marcos enxergou no gesto de Jesus uma defesa dos direitos dos
gentios e talvez uma indicação da reunião futura com estes.
Essa ação de Jesus provocou aqueles que
iriam matá-lo (8.31). Esses escribas e fariseus procuravam uma boa oportunidade
para mesmo matarem este profeta ousado, mas temiam o povo que se maravilhava da
sua doutrina.
Saindo dali, já tarde foram para fora da
cidade e, pela manhã, viram que a figueira que Jesus amaldiçoou estava seca até
as raízes. Era esta a manhã da terça-feira da semana da Paixão. Essa frase
indica a total destruição da árvore (vs. 14).
Pedro é que chama a atenção de Jesus para a
figueira e Jesus aproveita para ensinar a eles que deveriam, igualmente, terem
fé em Deus e diz, provocando-os, que qualquer que disser a um monte para ele
erguer-se e lançar-se no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se
fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Ele conclui seu ensino
da fé aliando isso à oração, ou seja, todas as coisas que pedirmos, orando, é
para crer que receberemos, e isso será feito. (Marcos 11:23, 24).
E. Controvérsias no templo (11.27--12.44).
Veremos doravante até o próximo capítulo,
verso 44 as controvérsias no templo.
Marcos revelou a autoridade de Jesus para
desafiar os líderes religiosos corruptos e as instituições de Jerusalém. Assim,
Marcos estabeleceu Jesus como o único fundamento da fé e salvação para judeus e
gentios em todo o mundo.
Vendo a ousadia, os feitos e a autoridade
de Jesus, foram questioná-lo. As autoridades de Jerusalém queriam mostrar que
Jesus era apenas uma pessoa arrogante e não possuía nenhum cargo oficial para
que pudesse agir dentro do templo.
Aproveitando a deixa, Jesus também os
desafia com uma pergunta intrigante sobre o batismo de João se era do céu ou
dos homens?
A resposta brilhante de Jesus silenciou as
autoridades e os teólogos profissionais, pois demonstrou que todas as
autoridades "oficiais" humanas devem se curvar à autoridade que Deus
delega a seus profetas.
Significa que a autoridade profética, a
qual Jesus afirmava (implicitamente) que possuía, não podia, por definição, ter
origem humana (cf. Cl 1.11-12).
A autoridade profética não é outorgada por
mediação humana, mas é reconhecida corno definitiva e auto certificada,
exigindo submissão.
Assim, Jesus deixou aos seus ouvintes (e
Marcos, aos seus leitores) uma pergunta subentendida: "Vocês reconhecem e
se submetem à minha autoridade?".
Mc 11:1 Quando se aproximavam de
Jerusalém,
de Betfagé e
Betânia,
junto
ao monte das Oliveiras,
enviou
Jesus dois dos seus discípulos
Mc
11:2 e disse-lhes:
Ide
à aldeia que aí está diante de vós
e,
logo ao entrar,
achareis
preso um jumentinho,
o
qual ainda ninguém montou;
desprendei-o
e trazei-o.
Mc 11:3 Se
alguém vos perguntar:
Por
que fazeis isso?
Respondei:
O Senhor precisa dele
e
logo o mandará de volta para aqui.
Mc
11:4 Então,
foram e
acharam o jumentinho preso,
junto
ao portão,
do
lado de fora,
na
rua,
e
o desprenderam.
Mc
11:5 Alguns dos que ali estavam reclamaram:
Que
fazeis, soltando o jumentinho?
Mc 11:6 Eles,
porém, responderam conforme as instruções de Jesus;
então,
os deixaram ir.
Mc
11:7 Levaram o jumentinho,
sobre o qual
puseram as suas vestes,
e
Jesus o montou.
Mc
11:8 E muitos estendiam as suas vestes no caminho,
e
outros, ramos que haviam cortado dos campos.
Mc
11:9 Tanto os que iam adiante dele
como
os que vinham depois clamavam:
Hosana!
Bendito
o que vem em nome do Senhor!
Mc
11:10 Bendito
o
reino que vem,
o
reino de Davi, nosso pai!
Hosana,
nas maiores alturas!
Mc 11:11 E,
quando entrou em Jerusalém,
no templo,
tendo
observado tudo,
como
fosse já tarde,
saiu
para Betânia com os doze.
Mc 11:12 No dia seguinte,
quando saíram
de Betânia,
teve
fome.
Mc 11:13 E,
vendo de
longe uma figueira com folhas,
foi
ver se nela,
porventura,
acharia alguma coisa.
Aproximando-se
dela,
nada
achou,
senão
folhas;
porque
não era tempo de figos.
Mc 11:14
Então, lhe disse Jesus:
Nunca
jamais coma alguém fruto de ti!
E
seus discípulos ouviram isto.
Mc 11:15 E
foram para Jerusalém.
Entrando
ele no templo,
passou
a expulsar os que ali vendiam e compravam;
derribou
as mesas dos cambistas
e
as cadeiras dos que vendiam pombas.
Mc 11:16 Não
permitia que alguém conduzisse
qualquer
utensílio pelo templo;
Mc 11:17
também os ensinava e dizia:
Não
está escrito:
A minha casa
será chamada casa de oração
para
todas as nações?
Vós,
porém, a tendes transformado
em
covil de salteadores.
Mc
11:18 E os principais sacerdotes e escribas
ouviam
estas coisas
e
procuravam um modo de lhe tirar a vida;
pois
o temiam,
porque toda a
multidão
se
maravilhava de sua doutrina.
Mc
11:19 Em vindo a tarde,
saíram
da cidade.
Mc 11:20 E,
passando eles pela manhã,
viram
que a figueira secara desde a raiz.
Mc 11:21
Então, Pedro,
lembrando-se,
falou:
Mestre,
eis que a figueira que amaldiçoaste secou.
Mc
11:22 Ao que Jesus lhes disse:
Tende
fé em Deus;
Mc
11:23 porque em verdade vos afirmo
que,
se alguém disser a este monte:
Ergue-te
e
lança-te no mar,
e não duvidar
no seu coração,
mas
crer que se fará o que diz,
assim
será com ele.
Mc
11:24 Por isso,
vos
digo que tudo quanto em oração pedirdes,
crede
que recebestes,
e
será assim convosco.
Mc
11:25 E, quando estiverdes orando,
se
tendes alguma coisa contra alguém,
perdoai,
para que
vosso Pai celestial
vos
perdoe as vossas ofensas.
Mc 11:26
[Mas, se não perdoardes,
também
vosso Pai celestial
não
vos perdoará as vossas ofensas.]
Mc 11:27 Então,
regressaram
para Jerusalém.
E,
andando ele
pelo templo,
vieram
ao seu encontro
os
principais sacerdotes, os escribas e os anciãos
Mc
11:28 e lhe perguntaram:
Com que
autoridade fazes estas coisas?
Ou quem te
deu tal autoridade
para
as fazeres?
Mc
11:29 Jesus lhes respondeu:
Eu
vos farei uma pergunta;
respondei-me,
e eu vos
direi com que autoridade faço estas coisas.
Mc
11:30 O batismo de João
era
do céu ou dos homens? Respondei!
Mc
11:31 E eles discorriam entre si:
Se
dissermos:
Do
céu, dirá:
Então, por
que não acreditastes nele?
Mc
11:32 Se, porém, dissermos:
dos
homens,
é
de temer o povo.
Porque
todos consideravam a João
como
profeta.
Mc
11:33 Então, responderam a Jesus:
Não
sabemos.
E
Jesus, por sua vez, lhes disse:
Nem
eu tampouco vos digo
com que
autoridade faço estas coisas.
Ainda tentaram
achar defeitos em Jesus e o provocaram com uma pergunta complexa cuja resposta
iria colocar Jesus numa situação muito difícil, mas como prender o Mestre e
Senhor? No laço que armaram, os armadores foram laçados.
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