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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Marcos 9.1-50 - UM PARALELO COM ÊXODO 24 - JESUS É DEUS!

Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na parte II, no capítulo 8.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG, em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II foi dividida em 17 subpartes, conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O ministério ao redor da Caldeia (1.35-45) – já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as autoridades (2.18 - 3.12) – já vimos; G. O chamado dos doze (3.13-19) – já vimos; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) – já vimos; I. As parábolas do reino (4.1-34) – já vimos; J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20) – já vimos; K. A continuidade do ministério na Galileia (5.21 - 6.6) – já vimos; L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30) – já vimos; M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44) – já vimos; N. A visita a Genesaré (6.45 - 7.23) – já vimos; O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9) – já vimos; P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32) – concluiremos agora; e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50) – veremos agora.
P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32) - continuação.
Como dissemos, após alimentá-los entra num barco e vai para a região de Dalmanuta. Dos versos 10 até o 32, do próximo capítulo, estarão eles na região de Casareis de Filipe.
Marcos registra que Jesus visitou a região de Cesareia de Filipe, onde Cristo realizou muitos milagres, enfrentou controvérsias e instruiu seus discípulos quanto ao que deveriam fazer e sobre a importância da sua morte e ressurreição.
Jesus se transfigura diante de Pedro, João e Tiago. Ele os leva a um alto monte e lá suas vestes se tornam brancas e alvejadas como ninguém poderia fazê-la aqui na terra. Realmente se as vestes de Jesus simbolizam a sua santidade e se ela é nosso exemplo, por aqui, pela terra, jamais alcançaremos o padrão de brancura e santidade exigidos por Deus.
Realmente, não atingiremos, mas seremos e estaremos como ele por causa da santidade dele. Junto a Jesus no monte aparecem Moisés e Elias. Eles não estavam mortos? Como lhes apareceu? Para mim, é simples. Deus não é, nem jamais foi Deus de mortos, mas de vivos, pois para Deus todos vivem.
A voz potente de Jeová é sentida e ele lhes declara ou lhes dá testemunho. O Pai dá aos homens, àqueles três escolhidos por Deus, o seu testemunho sobre Jesus, seu filho querido. Ali estavam então o Pai, o Filho, os vivos da terra e os vivos dos céus. Sim, todos vivos e nenhum morto. Vejamos em maiores detalhes, conforme a BEG:
Essa vinda do reino em poder anunciada no primeiro versículo parece estar associada com a ressurreição de Jesus. Seria testemunhada por alguns do "que aqui se encontram", e a ressurreição aconteceria pelo poder do Espírito Santo (Rm 1.4).
A transfiguração, que aconteceu logo após essa afirmação, foi um antegosto do cumprimento das palavras de Jesus e anteciparam a manifestação do poder da ressurreição e da glória divina (Mt 16.28; Lc 24).
Há vários paralelos entre a transfiguração de Jesus e os acontecimentos registrados em Êx 24.9-18.
ü  O Evangelho de Lucas usa a palavra "partida" (do grego êxodos, ou "êxodo") em seu relato paralelo (Lc 9.31).
ü  Seis dias foi o tempo requerido para preparar-se para receber a revelação e testemunhar a glória divina (Ex 24.16).
ü  Os três, Pedro, Tiago e João, representaram os doze, assim como os anciãos representavam o povo em Ex 24.9-18.
ü  Moisés e Elias viram Deus no alto de um monte - o monte Sinai em Ex 24 e o monte Horebe em 1 Rs 19. Moisés e os anciãos subiram o monte antes da revelação de Deus a Moisés em Êx 24.9-18.
ü  Ele foi transfigurado diante deles, literalmente, "mudou de forma". Esse mesmo verbo é usado por Paulo para descrever a atividade do Espírito nos cristãos (Rm 12.2; 2Co 3.18). Essa obra será completada quando esse mesmo Espírito glorificar o "corpo mortal" dos cristãos (Rm 8.11) do mesmo modo que o Espírito glorificou o corpo de Jesus durante a transfiguração e, mais tarde, glorificou o corpo de Jesus quando ele ressuscitou.
ü  A transfiguração uniu a antiga aliança com a nova. Moisés e Elias, profetas e representantes da lei do Antigo Testamento, estão unidos com Jesus e seus apóstolos, os mensageiros da revelação da nova aliança.
ü  Essa declaração - Este é o meu Filho amado, vs. 7 - vinda do céu foi o clímax da revelação divina sobre a identidade de Jesus.
ü  Assim como Deus revelou-se visivelmente no Sinai corno "SENHOR Deus compassivo, cl mente e longânimo" (Êx 34.6), também aqui ele se revelou como aquele que, por meio do seu Filho amado (Jo 1.17; 3.16; Hb 1.2), torna esse amor conhecido para nós.
ü  Essa frase “a ele ouvi”, do Pai, com certeza foi tanto uma repreensão a Pedro como uma declaração sobre a autoridade do Filho como Senhor da nova aliança. Essas palavras reproduzem Dt 18.15 e identificam Jesus como o grande profeta semelhante a Moisés.
Quando o Pai testifica do Filho, tudo desaparece e somente ficam Jesus e seus discípulos, ou seja, doravante, será Cristo a quem deveremos ouvir.
Ao descerem do monte, Jesus os adverte ordenando-lhes que não divulgassem a ninguém até que se cumprisse a sua ressurreição. O testemunho público da glória de Jesus deveria aguardar até depois de completada a obra da redenção. Eles, no entanto, ainda não haviam assimilado o que seria mesmo ressuscitar dos mortos.
Os judeus criam numa ressurreição geral no final da História, mas a referência de Jesus quanto à sua própria ressurreição (vs. 9) desafiava a compreensão dos discípulos. Num futuro próximo, ao refletirmos sobre Lc 24, veremos o excelente artigo da BEG "A ressurreição de Jesus".
Também eles perguntaram ao Senhor o que os escribas queriam dizer com isso de que Elias estaria vindo primeiro. Não há razão para interpretar essa afirmação de modo estrito. João Batista não era Elias ressuscitado dos mortos (6.14-16; cf. Jo 1.21). Em vez disso, Jesus ensinou que Elias prefigurava o ministério de João Batista.
Jesus explica melhor essa questão e afirma que ele já veio e fizeram com ele tudo o que quiseram – vs. 13. Do mesmo modo que Elias sofreu nas mãos de Acabe e Jezabel (1 Rs 19.1-10), João Batista também sofreu nas mãos de Herodes e Herodias (veja as notas sobre 6.14-29).
João restaurou todas as coisas no sentido de que colocou em pauta o assunto já bastante esquecido e obscurecido do arrependimento e da santidade. Se João foi morto por isso, não deveria surpreender que o Filho do Homem sofresse o mesmo destino (vs. 12).
Após isso, se encontra Jesus cercado de uma grande multidão novamente e tudo por causa de um filho de um homem que estava possesso e os discípulos não conseguiram expulsá-lo.
A possessão demoníaca é claramente distinta de simples doença (veja 7.31-37), embora em casos como esse e também em 7.31-37, ambos os envolvidos não conseguissem falar – (1.24-25; 5.2,3,7,9,10,13,15).
Jesus começou a ficar impaciente com a falta de fé dos seus discípulos, bem como da situação de incredulidade geral ao retornar do monte da transfiguração. Esse acontecimento é semelhante à descida de Moisés do monte Sinai e encontrando descrença e infidelidade no acampamento israelita (Ex 32).
Jesus chamou aquela geração de incrédula e como um incrédulo que está pedindo ajuda, um pai desesperado invoca a Deus para curar seu filho, endemoninhado.
Os discípulos haviam tentado expulsar os demônios, mas não havia conseguido. A situação era ainda transitória. O entusiasmo das multidões colocava Jesus no constante dilema de querer ministrar ao povo enquanto este o compelia a conter-se para não pôr em risco o plano da redenção.
Jesus demonstrou autoridade total sobre o demônio e com sua potente palavra, ele expulsa o demônio. Jesus prioriza novamente o treinamento dos doze. Para enfatizar e também porque a lição ainda não havia sido compreendida, Jesus repetiu o que havia ensinado em 8.31ss.
A resposta à pergunta dos discípulos: Por que o não pudemos nós expulsar? Foi esta: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum – vs. 28,29.
Sabem por que aquele jovem Adam Lanza (2012) inteligente e antissocial saiu matando a vida, primeiro de sua mãe, depois de tantas crianças? Por que ele estava em guerra. Em guerra consigo mesmo pela ausência da paz que somente Cristo pode nos dar.
Saindo dali, foram para a Galileia e não queriam que ninguém o soubesse por causa do que estaria prestes a acontecer com ele envolvendo sua traição, prisão, rejeição, sofrimento, morte e ressurreição, no entanto, não entendiam, nem tinham a coragem de perguntar a ele sobre essas coisas.
Então eles retornaram a Cafarnaum. Marcos encerra o relato do ministério de Jesus na região da Galileia ao voltar a atenção para dois acontecimentos em Cafarnaum que revelaram tanto o desejo dos discípulos por recompensas como a extensão em que era requerida a fidelidade deles para com Jesus. Desse modo, Jesus estabeleceu duas prioridades importantes para os doze.
Ao invés de se esforçarem por entender as coisas, começaram a disputar sobre quem seria o maior – vs. 34. Na hierarquia cultural dessa época, a posição social desempenhava um papel muito importante (10.35-45). Mesmo assim, os discípulos estavam envergonhados pelos seus desejos de honra e poder.
Jesus enfatizou a humildade e o serviço em seu reino, sem destruir a noção da autoridade hierárquica. Assim, Pedro representou os doze (8.27ss.; veja também At 16.16ss.); Pedro, Tiago e João formavam o círculo mais íntimo com Jesus (5.37; 9.2; cf. Jo 1123), e os doze tinham um lugar especial em relação aos muitos outros discípulos (vs. 35).
Jesus então chamou os doze – vs. 35. Novamente, os doze foram separados (veja 3.14) e sua posição de liderança foi reconhecida explicitamente.
Jesus não era contra a liderança, mas indicou a maneira na qual ela deve ser exercida. Será o último e servo de todos aquele que desejar ser o primeiro.
Esse principio é exemplificado pelo próprio Jesus quando disse que ele "não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (10.45).
A maneira desinteressada na qual Jesus cumpriu o seu papel messiânico é o modelo para os seus discípulos para qualquer cargo de liderança subordinado que eles venham a exercer no reino de Deus.
Ali, naquele momento, Jesus se valeu de uma criança, literalmente, "uma criancinha", com poucos anos de idade. A dignidade de cada ser humano criado à semelhança de Deus é exemplificada na criança. Essa criatura frágil, mas também a mais importante dentre os seres humanos, deve ser respeitada e cuidada (vs. 35).
Disso ficou uma grande lição para todos nós, inclusive nos dias de hoje: Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou. (vs. 37).
Após isso, vem João, o amado discípulo e leva um fato a Jesus de alguém que faia o que eles faziam, mas que não andavam com eles. Esse fato provavelmente não significa que o homem não era um seguidor de Cristo, pois ele exorcizou demônios em nome de Jesus e falou bem dele (vs. 39).
Isso apenas indicava que ele não era um dos doze e não havia recebido autorização oficial (6.7). Talvez percebendo orgulho entre os doze ( vs. 35; veja também 10.35-45), Jesus não rejeitou a iniciativa desse homem.
Pelo contrário, afirmou o princípio de que todos aqueles que se envolvem com a sua causa devem ser graciosamente reconhecidos.
Todos os atos de misericórdia, cuidado e cura que são feitos sob a autoridade de Jesus e têm por objetivo a sua glória serão reconhecidos eternamente como evidências de um verdadeiro discipulado. Assim, todos os que não eram contra eles, eram a seu favor – vs. 40.
Dos versos de 41 a 48, vemos Jesus reforçando sua ideia e pregação com relação aos seus seguidores. Ai dos que se opuserem a eles, bem como porem tropeço em seus caminhos. Até mesmo a mão ou o pé, olho ou qualquer outra parte do corpo que não estiver adequada, deve mesmo ser extirpada, pois seria melhor entrar nos céus sem eles, do que tendo eles, ir para o inferno onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga.
Essa passagem – salgado com fogo, vs. 49 - é mais bem ligada com o que vem a seguir. Significa que todos os crentes receberão favor. Seu caráter piedoso se tornará mais evidente, seja pela provação mediante uma perseguição ardente ou talvez pelo tormento momentâneo de renunciar a um comportamento pecaminoso visando ser purificado pela graça (vs. 43-47).
A imagem de Jesus tem origem nos sacrifícios do Antigo Testamento, que eram consumidos pelo fogo e acompanhados de sal (Lv 213; Ez 43.24).
E por falarmos em sal, ele Jesus afirma que tínhamos sal em nós mesmos – vs. 50. Novamente a imagem do sal é usada para descrever o verdadeiro discipulado. Aqui, Jesus pede a seus discípulos para serem "salgados", isto é, sejam separados do mundo e apliquem seus princípios de serviço e liderança, que são muito diferentes dos empregados pelo mundo (veja MT 5.13).
Mc 9:1 Disse-lhes mais:
Em verdade vos digo que, dos que aqui estão,
alguns há que de modo nenhum provarão a morte
até que vejam o reino de Deus já chegando com poder.
Mc 9:2 Seis dias depois
tomou Jesus consigo
a Pedro, a Tiago, e a João,
e os levou à parte sós,
a um alto monte;
e foi transfigurado diante deles;
Mc 9:3 as suas vestes tornaram-se resplandecentes,
extremamente brancas, tais como nenhum lavandeiro
sobre a terra as poderia branquear.
Mc 9:4 E apareceu-lhes
Elias com Moisés,
e falavam com Jesus.
Mc 9:5 Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus:
Mestre, bom é estarmos aqui;
faça-mos, pois, três cabanas,
uma para ti,
outra para Moisés,
e outra para Elias.
Mc 9:6 Pois não sabia o que havia de dizer,
porque ficaram atemorizados.
Mc 9:7 Nisto veio uma nuvem
que os cobriu,
e dela
saiu uma voz que dizia:
Este é o meu Filho amado;
a ele ouvi.
Mc 9:8 De repente,
tendo olhado em redor,
não viram mais a ninguém consigo,
senão só a Jesus.
Mc 9:9 Enquanto desciam do monte,
ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto,
até que o Filho do homem ressurgisse dentre os mortos.
Mc 9:10 E eles guardaram o caso em segredo,
indagando entre si
o que seria o ressurgir dentre os mortos.
Mc 9:11 Então lhe perguntaram:
Por que dizem os escribas
que é necessário que Elias venha primeiro?
Mc 9:12 Respondeu-lhes Jesus:
Na verdade Elias havia de vir primeiro,
a restaurar todas as coisas;
e como é que está escrito
acerca do Filho do homem
que ele deva padecer muito a ser aviltado?
Mc 9:13 Digo-vos, porém,
que Elias já veio,
e fizeram-lhe tudo quanto quiseram,
como dele está escrito.
Mc 9:14 Quando chegaram aonde estavam os discípulos,
viram ao redor deles uma grande multidão,
e alguns escribas a discutirem com eles.
Mc 9:15 E logo toda a multidão,
vendo a Jesus,
ficou grandemente surpreendida;
e correndo todos para ele,
o saudavam.
Mc 9:16 Perguntou ele aos escribas:
Que é que discutis com eles?
Mc 9:17 Respondeu-lhe um dentre a multidão:
Mestre, eu te trouxe meu filho,
que tem um espírito mudo;
Mc 9:18 e este, onde quer que o apanha,
convulsiona-o, de modo que
ele espuma, range os dentes, e vai definhando;
e eu pedi aos teus discípulos que o expulsassem,
e não puderam.
Mc 9:19 Ao que Jesus lhes respondeu:
ó geração incrédula!
até quando estarei convosco?
até quando vos hei de suportar?
Trazei-mo.
Mc 9:20 Então lho trouxeram;
e quando ele viu a Jesus,
o espírito imediatamente o convulsionou;
e o endemoninhado,
caindo por terra,
revolvia-se espumando.
Mc 9:21 E perguntou Jesus ao pai dele:
Há quanto tempo sucede-lhe isto?
Respondeu ele:
Desde a infância;
Mc 9:22 e muitas vezes o tem lançado
no fogo, e na água, para o destruir;
mas se podes fazer alguma coisa,
tem compaixão de nós
e ajuda-nos.
Mc 9:23 Ao que lhe disse Jesus:
Se podes!
-tudo é possível ao que crê.
Mc 9:24 Imediatamente
o pai do menino, clamando, [com lágrimas] disse:
Creio!
Ajuda a minha incredulidade.
Mc 9:25 E Jesus,
vendo que a multidão, correndo, se aglomerava,
repreendeu o espírito imundo, dizendo:
Espírito mudo e surdo, eu te ordeno:
Sai dele,
e nunca mais entres nele.
Mc 9:26 E ele, gritando,
e agitando-o muito,
saiu;
e ficou o menino como morto,
de modo que a maior parte dizia:
Morreu.
Mc 9:27 Mas Jesus,
tomando-o pela mão, o ergueu;
e ele ficou em pé.
Mc 9:28 E quando entrou em casa,
seus discípulos lhe perguntaram à parte:
Por que não pudemos nós expulsá-lo?
Mc 9:29 Respondeu-lhes:
Esta casta não sai de modo algum,
salvo à força de oração [e jejum.]
Mc 9:30 Depois,
tendo partido dali,
passavam pela Galiléia,
e ele não queria que ninguém o soubesse;
Mc 9:31 porque ensinava a seus discípulos,
e lhes dizia:
O Filho do homem
será entregue nas mãos dos homens,
que o matarão;
e morto ele,
depois de três dias ressurgirá.
Mc 9:32 Mas eles não entendiam esta palavra,
e temiam interrogá-lo.
Mc 9:33 Chegaram a Cafarnaum.
E estando ele em casa, perguntou-lhes:
Que estáveis discutindo pelo caminho?
Mc 9:34 Mas eles se calaram,
porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles era o maior.
Mc 9:35 E ele, sentando-se,
chamou os doze e lhes disse:
se alguém quiser ser o primeiro,
será o derradeiro de todos
e o servo de todos.
Mc 9:36 Então tomou uma criança,
pô-la no meio deles
e, abraçando-a, disse-lhes:
Mc 9:37 Qualquer que em meu nome
receber uma destas crianças,
a mim me recebe;
e qualquer que me recebe a mim,
recebe não a mim
mas àquele que me enviou.
Mc 9:38 Disse-lhe João:
Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios,
e nós lho proibimos,
porque não nos seguia.
Mc 9:39 Jesus, porém, respondeu:
Não lho proibais;
porque ninguém há que faça milagre em meu nome
e possa logo depois falar mal de mim;
Mc 9:40 pois quem não é contra nós,
é por nós.
Mc 9:41 Porquanto
qualquer que vos der a beber um copo de água
em meu nome, porque sois de Cristo,
em verdade vos digo que de modo algum
perderá a sua recompensa.
Mc 9:42 Mas
qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos
que crêem em mim,
melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma pedra de moinho,
e que fosse lançado no mar.
Mc 9:43 E
se a tua mão te fizer tropeçar,
corta-a;
melhor
é entrares na vida aleijado,
do que, tendo duas mãos,
ires para o inferno,
para o fogo que nunca se apaga.
 Mc 9:44 [onde o seu verme não morre,
e o fogo não se apaga.]
Mc 9:45 Ou,
se o teu pé te fizer tropeçar,
corta-o;
melhor
é entrares coxo na vida,
do que, tendo dois pés,
seres lançado no inferno.
Mc 9:46 [onde o seu verme não morre,
e o fogo não se apaga.]
Mc 9:47 Ou,
se o teu olho te fizer tropeçar,
lança-o fora;
melhor é entrares no reino de Deus com um só olho,
do que, tendo dois olhos,
seres lançado no inferno.
Mc 9:48 onde o seu verme não morre,
e o fogo não se apaga.
Mc 9:49 Porque cada um será salgado
com fogo.
Mc 9:50 Bom é o sal;
mas, se o sal se tornar insípido,
com que o haveis de temperar?
Tende sal em vós mesmos,
e guardai a paz uns com os outros.
Não somente temos o sal em nós mesmos e devemos salgar tirando assim a insipidez, como devemos guardar a paz. Não foi pela ausência de paz que o jovem de 20 anos, estando em guerra – pelo menos em sua mente – saiu matando inocentes?
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Marcos 8.1-38 - UM CONVITE IRRECUSÁVEL: QUER VIR APÓS JESUS?

Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na parte II, no capítulo 8.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG, em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II foi dividida em 17 subpartes, conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O ministério ao redor da Caldeia (1.35-45) – já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as autoridades (2.18 - 3.12) – já vimos; G. O chamado dos doze (3.13-19) – já vimos; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) – já vimos; I. As parábolas do reino (4.1-34) – já vimos; J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20) – já vimos; K. A continuidade do ministério na Galileia (5.21 - 6.6) – já vimos; L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30) – já vimos; M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44) – já vimos; N. A visita a Genesaré (6.45 - 7.23) – já vimos; O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9) – concluiremos agora; P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32) – começaremos a ver agora; e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50).
O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9) - continuação.
Como já falamos, Jesus retornou ao território gentio visando estender o seu ministério para muito além da fronteira com Israel.
Jesus Cristo está a multiplicar os pães e peixes para uma grande multidão. Não havia pães, nem peixes para se quer duas pessoas, mas havia alguma coisa com eles e Deus iria usar aquilo que eles tinham para abençoá-los naquilo que não tinham.
Poderia o Senhor criar do nada e abençoá-los, poderia sim, mas ele preferiu abençoá-los naquilo que tinham. Foi aquilo que tinham, ainda que muito pouco, que Deus usou para abençoá-los tão maravilhosamente.
Nunca somos tão miseráveis e tão sofredores que não venhamos a possuir algo que Deus nos deu que não possa servir para nossa virada. Eu não imagino que haja “coitados”, nem “tadinhos” por que a graça de Deus tem alcançado a todos nós.
Depois dessa multiplicação maravilhosa, os fariseus pedem a Jesus um sinal, mas este, indignado com tal pedido atrevido, descabido e maligno, lhes responde duramente que nenhum sinal seria dado. A incredulidade é algo muito sério diante de Deus. Cuidado com ela!
Depois, Jesus cura o cego de Betsaida e interroga os discípulos sobre o que dizem acerca dele, de quem ele era. Pedro inspirado confessa que ele é o Cristo, mas, ato contínuo – acho que se ensoberbeceu – quer dar conselhos a Jesus e recebe uma cruel advertência e repreensão. Vejamos com maiores detalhes com a ajuda preciosa da BEG:
Dos versos 1 ao 10, o relato da segunda alimentação milagrosa. Posteriormente, Jesus falou sobre o significado teológico desses dois milagres (vs. 18-21).
Uma vez que esse milagre aconteceu provavelmente em Decápolis (7.31), é evidente que Jesus estendeu a sua compaixão para além das ovelhas perdidas de Israel (6.34) em direção aos gentios, como sugere a cura da filha da mulher sírio-fenícia (7.24-30) e do seu ministério em território gentio (7.31-37).
Marcos demonstra a missão mundial da igreja ao registrar esses fatos.
Considerando o que Jesus havia feito anteriormente em circunstâncias semelhantes, era justificada a repreensão que fez aos seus discípulos por causa dessa pergunta dos discípulos de que estavam no deserto e como haveriam de arrumar comida para tão grande multidão (vs. 17-18). Outra tradução possível do termo grego para deserto é "lugar solitário" (1.35; 6.32).
Dos sete pães que conseguiram e de alguns peixinhos, Jesus multiplicou os alimentos, saciou a fome de todos e ainda colheram, do que sobrou, sete cestos cheios dos pedaços que sobraram, sendo que se alimentaram 4000 homens. Não era justamente sete o total de pães que tinham? Agora esse total era de sete cestos cheios de pedaços que sobraram.
P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32).
Após alimentá-los entra num barco e vai para a região de Dalmanuta. Dos versos 10 até o 32, do próximo capítulo, estarão eles na região de Casareis de Filipe.
Marcos registra que Jesus visitou a região de Cesareia de Filipe, onde Cristo realizou muitos milagres, enfrentou controvérsias e instruiu seus discípulos quanto ao que deveriam fazer e sobre a importância da sua morte e ressurreição.
Daimanuta – vs. 10 - era certamente uma vila na margem oeste do mar da Galileia, embora a sua localização exata seja desconhecida.
Quem surge e com que finalidade diante de Jesus? Os fariseus que queriam e exigiam um sinal do céu. Jesus não fazia milagres a pedido, especialmente para os céticos que procuravam testá-lo. O mesmo verbo é usado no episódio da tentação de Satanás (Mt 4.1).
Jesus não aceita tal provocação e se dirige à outra margem do rio. Os discípulos tinham esquecido de levar pão – s. 14. Essa frase junta essa passagem com os dois milagres da multiplicação dos pães (vs. 15-21).
Jesus, então, os adverte sobre o fermento dos fariseus e do fermento de Herodes – vs. 15. Jesus fez uso simbólico de um ingrediente comum usado para fazer pão (veja também Mt 16.6; Lc 12.1).
O que parecia um pedido inocente e legítimo para realizar um milagre (Lc 23.8) era, na verdade, uma rejeição de todo o seu ministério e seus milagres anteriores.
Aqui, Jesus não estava apenas advertindo os seus discípulos quanto a uma concepção superficial do seu papel, mas também estava preparando-os para o ensino que em breve lhes daria quanto ao verdadeiro significado de sua vinda e sua cruz (vs. 27,31). Esse ensino permaneceria incompreensível para muitos judeus (1 Co 1.22-23).
No entanto, os discípulos parecia estarem “boiando”, pois estavam discutindo o fato da advertência de Jesus sobre os fermentos e o fato de eles não terem levado pães consigo – vs. 16, 17.
Os discípulos ainda estavam muito preocupados com a substância material, cegos quanto à verdadeira vocação de seu mestre e propensos à tentação do "fermento" dos fariseus (vs. 15).
Jesus se espanta e os censura – vs. 17 a 21. Não compreendeis ainda? Aqui, o papei de Jesus no ensino e treinamento dos doze se torna evidente (3.14).
A pergunta era uma repreensão: não por terem falhado em entender o simbolismo teológico das duas multiplicações de pães, mas por não terem percebido que o Senhor, que havia alimentado milagrosamente cinco mil homens e depois quatro mil (além de suas famílias), era capaz de cuidar das necessidades de doze homens (vs. 14,17). Jesus havia demonstrado ser merecedor da total confiança deles em tudo o que lhes revelaria.
Saindo dali, foram para Betsaida. Uma aldeia de pescadores localizada na margem norte do mar da Galileia e também lar de Filipe, André e Pedro.
Aqui, ele encontra um cego que algumas pessoas trouxeram para Jesus ao menos tocar nele. Jesus o cura, mas este via os homens como árvores, mas andando. Um homem cego pode conhecer as árvores por meio do contato físico e da descrição destas. O propósito de Marcos aqui era nos mostrar que a restauração da visão desse homem foi gradual.
Depois de totalmente curado, Jesus o envia para sua casa e lhe diz para não entrar na aldeia. Jesus o conduziu para fora da aldeia (vs. 23); então, é possível que esse milagre tenha sido planejado como parte de um ensinamento para os discípulos: eles precisavam perceber que Jesus estava curando gradualmente a cegueira espiritual deles e, embora "não [compreendessem] ainda" (vs. 21) quem era Jesus, em breve estariam aptos a ver "claramente" (vs. 25) o mistério de sua pessoa (vs. 27ss.), do mesmo modo que nesse momento aquele homem enxergava.
No verso 27, em Cesareia de Filipe, uma cidade localizada no sopé do monte Hermom e perto da nascente do rio Jordão - nessa cidade Herodes, o Grande, construiu um templo de mármore em honra a César Augusto. Filipe, filho de Herodes, o Grande, alterou o nome da cidade de Panias para Cesareia; e para distingui-la da outra Cesareia, uma conhecida cidade portuária do Mediterrâneo, chamou esta de Cesareia de Filipe – Jesus pergunta aos seus discípulos o que o povo dizia dele e depois o que eles criam dele.
As respostas foram várias. Diziam ser ele João Batista, Elias, um dos profetas até que Pedro pode exclamar que ele era o Cristo. Novamente Jesus demonstra que os doze discípulos eram muito importantes para o seu ministério (3.14; 8.21).
Jesus não deu importância ao que diziam os "homens" (vs. 27), mas confirmou a confissão dos doze. Ele era de fato o Cristo. Literalmente, "o Ungido", cujo termo em hebraico é mashiach, "o Messias".
Pedro falou em nome dos doze, usando o artigo definido para indicar que Jesus é o ungido de Deus por excelência, E a primeira vez na narrativa do Evangelho de Marcos que ocorre a palavra "Cristo" (embora ela esteja incluída no título do Evangelho - 1.11).
A confissão de Pedro, assim como o acontecimento da transfiguração (9.2-13), constituíram-se em pontos altos da revelação da pessoa de Jesus. A partir desse momento, o ensino de Jesus se concentrou na aproximação da sua morte, e logo ele daria início à sua jornada em direção ao sul, para Jerusalém.
Jesus aproveita para exortarem a não dizerem nada para ninguém ainda. Estranhamente, nesse ponto alto de autorrevelação, Jesus ordenou que eles não espalhassem essa informação.
Jesus não permitiria que pessoas com ideais sociopolíticos o vissem como um líder conquistador, revolucionário e comprometessem a sua verdadeira vocação de Messias sofredor.
De 8.31 a 10.52, temos uma seção que se constitui o divisor de águas do ministério terreno de Jesus (8.29). Consiste (tudo isso dirigido especialmente aos doze):
(1)    Em três predições da morte e ressurreição de Jesus (8.31; 9.31; 10.33-34).
(2)    Do início da sua jornada para Jerusalém e à cruz.
(3)    Do claro e constante (8.32) ensino sobre a verdadeira messianidade e discipulado.
No verso 31, Jesus indicou que o seu papel de Messias sofredor era exigido pela profecia da Escritura e pelo decreto soberano de Deus (9.31; veja também Lc 22.37; 24.7,26,44).
A profecia de Jesus quanto à sua morte e ressurreição procedia em grande parte da sua compreensão das Escrituras do Antigo Testamento.
A ideia de um Messias sofredor procede particularmente de Is 52.13-53.12 (veja também Zc 9.9; 12.10; 13.7), mas também do ensino difundido no Antigo Testamento sobre o sofrimento dos justos (p. ex., SI 22; 34.15ss.).
Era necessário, pois, que o Filho do Homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos anciãos - membros leigos do Sinédrio. Esse conselho de setenta e um membros que governava os assuntos da comunidade judaica era composto de anciãos, principais sacerdotes e mestres da lei – pelos principais sacerdotes - é a primeira menção deles no Evangelho de Marcos (exceto pela referência histórica em 2.26). Aqui, Jesus prediz que as famílias ricas dos principais sacerdotes, procedentes dos saduceus, também estariam envolvidas em sua morte – e pelos escribas.
Jesus dia que depois de três dias ressuscitaria. Uma expressão semítica típica para dizer "em pouco tempo" (veja Os 6.2; veja também Is 52.13; 53.10 e compare com SI 110.1; Dn 7.13-14).
Normalmente Jesus falava ao público por meio de parábolas (4.10-11), mas os doze receberam instruções claras (cf. Jo 16.25,29).
A comunicação particular direta com seus discípulos se tornaria a base para o discurso público que estes fariam após a ressurreição (At 2.29; 4.13,29,31; 28.31).
Como Jesus expunha isso claramente e Pedro se achando, resolveu advertir de Jesus, mas foi repreendido severamente. Até mesmo Pedro, o líder entre os doze, não podia acreditar que o Messias tinha de sofrer. Isso é um indício de que Jesus mantinha o assunto a respeito da sua incumbência messiânica com muita discrição e sigilo.
A repreensão foi forte: Arreda, Satanás! Satanás influenciou até Pedro, cuja intervenção bem-intencionada, porém totalmente imprudente, poderia ter anulado o plano da redenção e com isso realizado o objetivo de Satanás.
Foi em seguida que ele advertiu que os seus seguidores deveriam tomar a sua cruz e segui-lo. Um prisioneiro condenado geralmente deveria carregar a trave vertical de sua cruz até o lugar de execução (cf. 15.21). Essa imagem sugere uma disposição ativa para sofrer por e com Cristo.
Quem não fizesse isso, poderia estar perdendo a sua vida, mas o que perdesse a sua vida por causa de cristo e do evangelho, esse a salvaria.
Que proveito teria alguém que ganhasse o mundo inteiro e perdesse sua alma? Ou o que daria o homem pelo resgate de sua alma? O mesmo termo em grego no vs. 35, "vida", é traduzido aqui corno "alma" A ideia por trás dessa palavra é a de um ser vivente criado (veja 1 Co 15.45, que usa a mesma palavra). Nenhum valor monetário ou material pode comprar a "alma" (Sl 49.7-9).
Ai daqueles que se envergonhassem dele e das suas palavras. Veja 13.9-13. É na fidelidade ou infidelidade durante a perseguição que se conhece o caráter do verdadeiro seguidor de Jesus.
Quem se envergonhasse, na glória de seu Pai, quando ele voltar, também o Filho se envergonharia dele. Embora em sua jornada terrena de humilhação o Filho do Homem não tivesse lugar para reclinar a cabeça (Mt 8.20), um dia ele se revelará em esplendor divino e será reconhecido como o honrado Filho de Deus (12.6-11; 14.62; cf. Dn 7.13).
Mc 8:1 Naqueles dias,
quando outra vez se reuniu grande multidão,
e não tendo eles o que comer,
chamou Jesus os discípulos e lhes disse:
Mc 8:2 Tenho compaixão desta gente,
porque há três dias que permanecem comigo
e não têm o que comer.
Mc 8:3 Se eu os despedir para suas casas,
em jejum,
desfalecerão pelo caminho;
e alguns deles vieram de longe.
Mc 8:4 Mas os seus discípulos lhe responderam:
Donde poderá alguém fartá-los de pão neste deserto?
Mc 8:5 E Jesus lhes perguntou:
Quantos pães tendes?
Responderam eles:
Sete.
Mc 8:6 Ordenou ao povo
que se assentasse no chão.
E, tomando os sete pães,
partiu-os,
após ter dado graças,
e os deu a seus discípulos,
para que estes os distribuíssem,
repartindo entre o povo.
Mc 8:7 Tinham também alguns peixinhos;
e, abençoando-os,
mandou que estes igualmente fossem distribuídos.
Mc 8:8 Comeram
e se fartaram;
e dos pedaços restantes
recolheram sete cestos.
Mc 8:9 Eram cerca de quatro mil homens.
Então, Jesus os despediu.
Mc 8:10 Logo a seguir,
tendo embarcado juntamente com seus discípulos,
partiu para as regiões de Dalmanuta.
Mc 8:11 E, saindo os fariseus,
puseram-se a discutir com ele;
e,
tentando-o,
pediram-lhe um sinal do céu.
Mc 8:12 Jesus, porém,
arrancou do íntimo do seu espírito um gemido e disse:
Por que pede esta geração um sinal?
Em verdade vos digo
que a esta geração não se lhe dará sinal algum.
Mc 8:13 E, deixando-os,
tornou a embarcar
e foi para o outro lado.
Mc 8:14 Ora,
aconteceu que eles se esqueceram de levar pães
e, no barco, não tinham consigo senão um só.
Mc 8:15 Preveniu-os Jesus, dizendo:
Vede,
guardai-vos
do fermento dos fariseus
e do fermento de Herodes.
Mc 8:16 E eles discorriam entre si:
É que não temos pão.
Mc 8:17 Jesus,
percebendo-o,
lhes perguntou:
Por que discorreis sobre o não terdes pão?
Ainda não considerastes, nem compreendestes?
Tendes o coração endurecido?
Mc 8:18 Tendo olhos, não vedes?
E, tendo ouvidos, não ouvis?
Não vos lembrais
Mc 8:19 de quando parti os cinco pães
para os cinco mil,
quantos cestos cheios de pedaços recolhestes?
Responderam eles:
Doze!
Mc 8:20 E de quando parti
os sete pães para os quatro mil,
quantos cestos cheios de pedaços recolhestes?
Responderam:
Sete!
Mc 8:21 Ao que lhes disse Jesus:
Não compreendeis ainda?
Mc 8:22 Então,
chegaram a Betsaida;
e lhe trouxeram um cego,
rogando-lhe que o tocasse.
Mc 8:23 Jesus,
tomando o cego pela mão,
levou-o para fora da aldeia
e, aplicando-lhe saliva aos olhos
e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe:
Vês alguma coisa?
Mc 8:24 Este, recobrando a vista, respondeu:
Vejo os homens,
porque como árvores
os vejo, andando.
Mc 8:25 Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos,
e ele, passando a ver claramente,
ficou restabelecido;
e tudo distinguia de modo perfeito.
Mc 8:26 E mandou-o Jesus
embora para casa, recomendando-lhe:
Não entres na aldeia.
Mc 8:27 Então,
Jesus e os seus discípulos
partiram para as aldeias de Cesaréia de Filipe;
e, no caminho, perguntou-lhes:
Quem dizem os homens que sou eu?
Mc 8:28 E responderam:
João Batista;
outros:
Elias;
mas outros:
Algum dos profetas.
Mc 8:29 Então, lhes perguntou:
Mas vós, quem dizeis que eu sou?
Respondendo,
Pedro lhe disse:
Tu és o Cristo.
Mc 8:30 Advertiu-os Jesus
de que a ninguém dissessem tal coisa a seu respeito.
Mc 8:31 Então,
começou ele a ensinar-lhes
que era necessário que o Filho do Homem
sofresse muitas coisas,
fosse rejeitado pelos anciãos,
pelos principais sacerdotes
e pelos escribas,
fosse morto
e que, depois de três dias,
ressuscitasse.
Mc 8:32 E isto ele expunha claramente.
Mas Pedro,
chamando-o à parte,
começou a reprová-lo.
Mc 8:33 Jesus, porém,
voltou-se
e, fitando os seus discípulos,
repreendeu a Pedro e disse:
Arreda, Satanás!
Porque não cogitas das coisas de Deus,
e sim das dos homens.
Mc 8:34 Então,
convocando a multidão
e juntamente os seus discípulos, disse-lhes:
Se alguém quer vir após mim,
a si mesmo se negue,
tome a sua cruz
e siga-me.
Mc 8:35 Quem quiser, pois,
salvar a sua vida
perdê-la-á;
e quem
perder a vida
por causa de mim
e do evangelho
salvá-la-á.
Mc 8:36 Que aproveita ao homem
ganhar o mundo inteiro
e perder a sua alma?
Mc 8:37 Que daria um homem
em troca de sua alma?
Mc 8:38 Porque
qualquer que, nesta geração
adúltera
e pecadora,
se envergonhar
de mim
e das minhas palavras,
também o Filho do Homem
se envergonhará dele,
quando vier
na glória de seu Pai
com os santos anjos.
A partir do vs 34, faz um convite que ecoa até ao dia de hoje onde eu aqui, em Taguatinga norte, mais de 2000 anos depois, escutando: queres vir após mim, Daniel Deusdete? Se sim, tome a sua cruz e siga-me. Filho, se quiseres salvar tua vida, perdê-la-á; mas, se perdê-la por minha causa e por causa do meu evangelho, você a encontrará, salvá-la-á! Daniel Deusdete, largando tudo, logo o seguiu! Glórias a Deus!!!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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