Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi
escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente
gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos
notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na parte II,
no capítulo 8.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos
vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG,
em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e
em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na
Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios
moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos
procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II foi dividida em 17 subpartes,
conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em
Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O
ministério ao redor da Caldeia (1.35-45)
– já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as
autoridades (2.18 - 3.12) – já vimos;
G. O chamado dos doze (3.13-19) – já
vimos; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) – já vimos; I. As parábolas do reino (4.1-34) – já vimos; J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20) – já vimos; K. A continuidade do
ministério na Galileia (5.21 - 6.6) – já
vimos; L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30) – já vimos; M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44) – já vimos; N. A visita a Genesaré (6.45 -
7.23) – já vimos; O. Tiro, Sidom e
Decápolis (7.24 - 8.9) – já vimos; P.
A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32) – concluiremos agora; e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50) – veremos agora.
P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32) - continuação.
Como dissemos, após alimentá-los entra num
barco e vai para a região de Dalmanuta. Dos versos 10 até o 32, do próximo
capítulo, estarão eles na região de Casareis de Filipe.
Marcos registra que Jesus visitou a região
de Cesareia de Filipe, onde Cristo realizou muitos milagres, enfrentou
controvérsias e instruiu seus discípulos quanto ao que deveriam fazer e sobre a
importância da sua morte e ressurreição.
Jesus se transfigura diante de Pedro, João
e Tiago. Ele os leva a um alto monte e lá suas vestes se tornam brancas e
alvejadas como ninguém poderia fazê-la aqui na terra. Realmente se as vestes de
Jesus simbolizam a sua santidade e se ela é nosso exemplo, por aqui, pela
terra, jamais alcançaremos o padrão de brancura e santidade exigidos por Deus.
Realmente, não atingiremos, mas seremos e
estaremos como ele por causa da santidade dele. Junto a Jesus no monte aparecem
Moisés e Elias. Eles não estavam mortos? Como lhes apareceu? Para mim, é
simples. Deus não é, nem jamais foi Deus de mortos, mas de vivos, pois para
Deus todos vivem.
A voz potente de Jeová é sentida e ele lhes
declara ou lhes dá testemunho. O Pai dá aos homens, àqueles três escolhidos por
Deus, o seu testemunho sobre Jesus, seu filho querido. Ali estavam então o Pai,
o Filho, os vivos da terra e os vivos dos céus. Sim, todos vivos e nenhum
morto. Vejamos em maiores detalhes, conforme a BEG:
Essa vinda do reino em poder anunciada no
primeiro versículo parece estar associada com a ressurreição de Jesus. Seria
testemunhada por alguns do "que aqui se encontram", e a ressurreição
aconteceria pelo poder do Espírito Santo (Rm 1.4).
A transfiguração, que aconteceu logo após
essa afirmação, foi um antegosto do cumprimento das palavras de Jesus e
anteciparam a manifestação do poder da ressurreição e da glória divina (Mt
16.28; Lc 24).
Há vários paralelos entre a transfiguração
de Jesus e os acontecimentos registrados em Êx 24.9-18.
üO
Evangelho de Lucas usa a palavra "partida" (do grego êxodos, ou
"êxodo") em seu relato paralelo (Lc 9.31).
üSeis
dias foi o tempo requerido para preparar-se para receber a revelação e
testemunhar a glória divina (Ex 24.16).
üOs
três, Pedro, Tiago e João, representaram os doze, assim como os anciãos
representavam o povo em Ex 24.9-18.
üMoisés
e Elias viram Deus no alto de um monte - o monte Sinai em Ex 24 e o monte
Horebe em 1 Rs 19. Moisés e os anciãos subiram o monte antes da revelação de
Deus a Moisés em Êx 24.9-18.
üEle
foi transfigurado diante deles, literalmente, "mudou de forma". Esse
mesmo verbo é usado por Paulo para descrever a atividade do Espírito nos
cristãos (Rm 12.2; 2Co 3.18). Essa obra será completada quando esse mesmo Espírito
glorificar o "corpo mortal" dos cristãos (Rm 8.11) do mesmo modo que
o Espírito glorificou o corpo de Jesus durante a transfiguração e, mais tarde,
glorificou o corpo de Jesus quando ele ressuscitou.
üA
transfiguração uniu a antiga aliança com a nova. Moisés e Elias, profetas e
representantes da lei do Antigo Testamento, estão unidos com Jesus e seus
apóstolos, os mensageiros da revelação da nova aliança.
üEssa
declaração - Este é o meu Filho amado, vs. 7 - vinda do céu foi o clímax da
revelação divina sobre a identidade de Jesus.
üAssim
como Deus revelou-se visivelmente no Sinai corno "SENHOR Deus compassivo,
cl mente e longânimo" (Êx 34.6), também aqui ele se revelou como aquele
que, por meio do seu Filho amado (Jo 1.17; 3.16; Hb 1.2), torna esse amor
conhecido para nós.
üEssa
frase “a ele ouvi”, do Pai, com certeza foi tanto uma repreensão a Pedro como
uma declaração sobre a autoridade do Filho como Senhor da nova aliança. Essas
palavras reproduzem Dt 18.15 e identificam Jesus como o grande profeta
semelhante a Moisés.
Quando o Pai testifica do Filho, tudo
desaparece e somente ficam Jesus e seus discípulos, ou seja, doravante, será Cristo
a quem deveremos ouvir.
Ao descerem do monte, Jesus os adverte
ordenando-lhes que não divulgassem a ninguém até que se cumprisse a sua
ressurreição. O testemunho público da glória de Jesus deveria aguardar até
depois de completada a obra da redenção. Eles, no entanto, ainda não haviam
assimilado o que seria mesmo ressuscitar dos mortos.
Os judeus criam numa ressurreição geral no
final da História, mas a referência de Jesus quanto à sua própria ressurreição
(vs. 9) desafiava a compreensão dos discípulos. Num futuro próximo, ao
refletirmos sobre Lc 24, veremos o excelente artigo da BEG "A ressurreição
de Jesus".
Também eles perguntaram ao Senhor o que os
escribas queriam dizer com isso de que Elias estaria vindo primeiro. Não há
razão para interpretar essa afirmação de modo estrito. João Batista não era
Elias ressuscitado dos mortos (6.14-16; cf. Jo 1.21). Em vez disso, Jesus
ensinou que Elias prefigurava o ministério de João Batista.
Jesus explica melhor essa questão e afirma
que ele já veio e fizeram com ele tudo o que quiseram – vs. 13. Do mesmo modo
que Elias sofreu nas mãos de Acabe e Jezabel (1 Rs 19.1-10), João Batista
também sofreu nas mãos de Herodes e Herodias (veja as notas sobre 6.14-29).
João restaurou todas as coisas no sentido
de que colocou em pauta o assunto já bastante esquecido e obscurecido do
arrependimento e da santidade. Se João foi morto por isso, não deveria
surpreender que o Filho do Homem sofresse o mesmo destino (vs. 12).
Após isso, se encontra Jesus cercado de uma
grande multidão novamente e tudo por causa de um filho de um homem que estava
possesso e os discípulos não conseguiram expulsá-lo.
A possessão demoníaca é claramente distinta
de simples doença (veja 7.31-37), embora em casos como esse e também em
7.31-37, ambos os envolvidos não conseguissem falar – (1.24-25;
5.2,3,7,9,10,13,15).
Jesus começou a ficar impaciente com a
falta de fé dos seus discípulos, bem como da situação de incredulidade geral ao
retornar do monte da transfiguração. Esse acontecimento é semelhante à descida
de Moisés do monte Sinai e encontrando descrença e infidelidade no acampamento
israelita (Ex 32).
Jesus chamou aquela geração de incrédula e
como um incrédulo que está pedindo ajuda, um pai desesperado invoca a Deus para
curar seu filho, endemoninhado.
Os discípulos haviam tentado expulsar os
demônios, mas não havia conseguido. A situação era ainda transitória. O
entusiasmo das multidões colocava Jesus no constante dilema de querer ministrar
ao povo enquanto este o compelia a conter-se para não pôr em risco o plano da
redenção.
Jesus demonstrou autoridade total sobre o
demônio e com sua potente palavra, ele expulsa o demônio. Jesus prioriza
novamente o treinamento dos doze. Para enfatizar e também porque a lição ainda
não havia sido compreendida, Jesus repetiu o que havia ensinado em 8.31ss.
A resposta à pergunta dos discípulos: Por
que o não pudemos nós expulsar? Foi esta: Esta casta não pode sair com coisa
alguma, a não ser com oração e jejum – vs. 28,29.
Sabem por que aquele jovem Adam Lanza
(2012) inteligente e antissocial saiu matando a vida, primeiro de sua mãe,
depois de tantas crianças? Por que ele estava em guerra. Em guerra consigo
mesmo pela ausência da paz que somente Cristo pode nos dar.
Saindo dali, foram para a Galileia e não
queriam que ninguém o soubesse por causa do que estaria prestes a acontecer com
ele envolvendo sua traição, prisão, rejeição, sofrimento, morte e ressurreição,
no entanto, não entendiam, nem tinham a coragem de perguntar a ele sobre essas
coisas.
Então eles retornaram a Cafarnaum. Marcos
encerra o relato do ministério de Jesus na região da Galileia ao voltar a
atenção para dois acontecimentos em Cafarnaum que revelaram tanto o desejo dos
discípulos por recompensas como a extensão em que era requerida a fidelidade
deles para com Jesus. Desse modo, Jesus estabeleceu duas prioridades importantes
para os doze.
Ao invés de se esforçarem por entender as coisas,
começaram a disputar sobre quem seria o maior – vs. 34. Na hierarquia cultural
dessa época, a posição social desempenhava um papel muito importante
(10.35-45). Mesmo assim, os discípulos estavam envergonhados pelos seus desejos
de honra e poder.
Jesus enfatizou a humildade e o serviço em
seu reino, sem destruir a noção da autoridade hierárquica. Assim, Pedro
representou os doze (8.27ss.; veja também At 16.16ss.); Pedro, Tiago e João
formavam o círculo mais íntimo com Jesus (5.37; 9.2; cf. Jo 1123), e os doze
tinham um lugar especial em relação aos muitos outros discípulos (vs. 35).
Jesus então chamou os doze – vs. 35.
Novamente, os doze foram separados (veja 3.14) e sua posição de liderança foi
reconhecida explicitamente.
Jesus não era contra a liderança, mas
indicou a maneira na qual ela deve ser exercida. Será o último e servo de todos
aquele que desejar ser o primeiro.
Esse principio é exemplificado pelo próprio
Jesus quando disse que ele "não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate por muitos" (10.45).
A maneira desinteressada na qual Jesus
cumpriu o seu papel messiânico é o modelo para os seus discípulos para qualquer
cargo de liderança subordinado que eles venham a exercer no reino de Deus.
Ali, naquele momento, Jesus se valeu de uma
criança, literalmente, "uma criancinha", com poucos anos de idade. A
dignidade de cada ser humano criado à semelhança de Deus é exemplificada na
criança. Essa criatura frágil, mas também a mais importante dentre os seres
humanos, deve ser respeitada e cuidada (vs. 35).
Disso ficou uma grande lição para todos
nós, inclusive nos dias de hoje: Qualquer
que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a
mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou. (vs. 37).
Após isso, vem João, o amado discípulo e
leva um fato a Jesus de alguém que faia o que eles faziam, mas que não andavam
com eles. Esse fato provavelmente não significa que o homem não era um seguidor
de Cristo, pois ele exorcizou demônios em nome de Jesus e falou bem dele (vs.
39).
Isso apenas indicava que ele não era um dos
doze e não havia recebido autorização oficial (6.7). Talvez percebendo orgulho
entre os doze ( vs. 35; veja também 10.35-45), Jesus não rejeitou a iniciativa
desse homem.
Pelo contrário, afirmou o princípio de que
todos aqueles que se envolvem com a sua causa devem ser graciosamente
reconhecidos.
Todos os atos de misericórdia, cuidado e cura
que são feitos sob a autoridade de Jesus e têm por objetivo a sua glória serão
reconhecidos eternamente como evidências de um verdadeiro discipulado. Assim,
todos os que não eram contra eles, eram a seu favor – vs. 40.
Dos versos de 41 a 48, vemos Jesus
reforçando sua ideia e pregação com relação aos seus seguidores. Ai dos que se
opuserem a eles, bem como porem tropeço em seus caminhos. Até mesmo a mão ou o
pé, olho ou qualquer outra parte do corpo que não estiver adequada, deve mesmo
ser extirpada, pois seria melhor entrar nos céus sem eles, do que tendo eles,
ir para o inferno onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga.
Essa passagem – salgado com fogo, vs. 49 - é
mais bem ligada com o que vem a seguir. Significa que todos os crentes
receberão favor. Seu caráter piedoso se tornará mais evidente, seja pela
provação mediante uma perseguição ardente ou talvez pelo tormento momentâneo de
renunciar a um comportamento pecaminoso visando ser purificado pela graça (vs.
43-47).
A imagem de Jesus tem origem nos
sacrifícios do Antigo Testamento, que eram consumidos pelo fogo e acompanhados
de sal (Lv 213; Ez 43.24).
E por falarmos em sal, ele Jesus afirma que
tínhamos sal em nós mesmos – vs. 50. Novamente a imagem do sal é usada para
descrever o verdadeiro discipulado. Aqui, Jesus pede a seus discípulos para
serem "salgados", isto é, sejam separados do mundo e apliquem seus
princípios de serviço e liderança, que são muito diferentes dos empregados pelo
mundo (veja MT 5.13).
Mc 9:1 Disse-lhes mais:
Em verdade
vos digo que, dos que aqui estão,
alguns
há que de modo nenhum provarão a morte
até que vejam
o reino de Deus já chegando com poder.
Mc 9:2 Seis dias depois
tomou Jesus
consigo
a
Pedro, a Tiago, e a João,
e
os levou à parte sós,
a
um alto monte;
e
foi transfigurado diante deles;
Mc
9:3 as suas vestes tornaram-se resplandecentes,
extremamente
brancas, tais como nenhum lavandeiro
sobre
a terra as poderia branquear.
Mc
9:4 E apareceu-lhes
Elias
com Moisés,
e
falavam com Jesus.
Mc
9:5 Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus:
Mestre,
bom é estarmos aqui;
faça-mos,
pois, três cabanas,
uma para ti,
outra para
Moisés,
e
outra para Elias.
Mc
9:6 Pois não sabia o que havia de dizer,
porque
ficaram atemorizados.
Mc 9:7 Nisto
veio uma nuvem
que
os cobriu,
e dela
saiu
uma voz que dizia:
Este
é o meu Filho amado;
a
ele ouvi.
Mc 9:8 De
repente,
tendo
olhado em redor,
não
viram mais a ninguém consigo,
senão
só a Jesus.
Mc 9:9
Enquanto desciam do monte,
ordenou-lhes
que a ninguém contassem o que tinham visto,
até que o
Filho do homem ressurgisse dentre os mortos.
Mc 9:10 E
eles guardaram o caso em segredo,
indagando
entre si
o
que seria o ressurgir dentre os mortos.
Mc 9:11 Então
lhe perguntaram:
Por
que dizem os escribas
que
é necessário que Elias venha primeiro?
Mc 9:12
Respondeu-lhes Jesus:
Na
verdade Elias havia de vir primeiro,
a
restaurar todas as coisas;
e como é que
está escrito
acerca
do Filho do homem
que
ele deva padecer muito a ser aviltado?
Mc 9:13
Digo-vos, porém,
que
Elias já veio,
e
fizeram-lhe tudo quanto quiseram,
como
dele está escrito.
Mc 9:14 Quando chegaram aonde estavam os
discípulos,
viram ao
redor deles uma grande multidão,
e alguns
escribas a discutirem com eles.
Mc 9:15 E logo toda a multidão,
vendo a
Jesus,
ficou
grandemente surpreendida;
e
correndo todos para ele,
o
saudavam.
Mc 9:16 Perguntou ele aos escribas:
Que é que
discutis com eles?
Mc 9:17 Respondeu-lhe um dentre a
multidão:
Mestre, eu te
trouxe meu filho,
que
tem um espírito mudo;
Mc 9:18 e
este, onde quer que o apanha,
convulsiona-o,
de modo que
ele espuma,
range os dentes, e vai definhando;
e eu pedi aos
teus discípulos que o expulsassem,
e
não puderam.
Mc 9:19 Ao que Jesus lhes respondeu:
ó geração
incrédula!
até
quando estarei convosco?
até
quando vos hei de suportar?
Trazei-mo.
Mc 9:20 Então
lho trouxeram;
e quando ele
viu a Jesus,
o
espírito imediatamente o convulsionou;
e
o endemoninhado,
caindo
por terra,
revolvia-se
espumando.
Mc 9:21 E
perguntou Jesus ao pai dele:
Há
quanto tempo sucede-lhe isto?
Respondeu
ele:
Desde
a infância;
Mc
9:22 e muitas vezes o tem lançado
no
fogo, e na água, para o destruir;
mas
se podes fazer alguma coisa,
tem
compaixão de nós
e
ajuda-nos.
Mc 9:23 Ao
que lhe disse Jesus:
Se
podes!
-tudo
é possível ao que crê.
Mc 9:24
Imediatamente
o
pai do menino, clamando, [com lágrimas] disse:
Creio!
Ajuda
a minha incredulidade.
Mc 9:25 E
Jesus,
vendo
que a multidão, correndo, se aglomerava,
repreendeu
o espírito imundo, dizendo:
Espírito
mudo e surdo, eu te ordeno:
Sai
dele,
e
nunca mais entres nele.
Mc 9:26 E
ele, gritando,
e agitando-o
muito,
saiu;
e ficou o
menino como morto,
de
modo que a maior parte dizia:
Morreu.
Mc
9:27 Mas Jesus,
tomando-o
pela mão, o ergueu;
e
ele ficou em pé.
Mc 9:28 E
quando entrou em casa,
seus
discípulos lhe perguntaram à parte:
Por
que não pudemos nós expulsá-lo?
Mc 9:29
Respondeu-lhes:
Esta
casta não sai de modo algum,
salvo
à força de oração [e jejum.]
Mc 9:30 Depois,
tendo partido
dali,
passavam
pela Galiléia,
e ele não
queria que ninguém o soubesse;
Mc 9:31
porque ensinava a seus discípulos,
e
lhes dizia:
O
Filho do homem
será
entregue nas mãos dos homens,
que
o matarão;
e
morto ele,
depois
de três dias ressurgirá.
Mc 9:32 Mas
eles não entendiam esta palavra,
e temiam
interrogá-lo.
Mc 9:33 Chegaram a Cafarnaum.
E estando ele em casa, perguntou-lhes:
Que estáveis
discutindo pelo caminho?
Mc
9:34 Mas eles se calaram,
porque
pelo caminho haviam discutido entre si qual deles era o maior.
Mc 9:35 E
ele, sentando-se,
chamou
os doze e lhes disse:
se
alguém quiser ser o primeiro,
será
o derradeiro de todos
e
o servo de todos.
Mc 9:36 Então
tomou uma criança,
pô-la
no meio deles
e,
abraçando-a, disse-lhes:
Mc 9:37
Qualquer que em meu nome
receber uma
destas crianças,
a
mim me recebe;
e qualquer
que me recebe a mim,
recebe
não a mim
mas àquele
que me enviou.
Mc 9:38 Disse-lhe João:
Mestre, vimos
um homem que em teu nome expulsava demônios,
e nós lho
proibimos,
porque
não nos seguia.
Mc 9:39
Jesus, porém, respondeu:
Não
lho proibais;
porque
ninguém há que faça milagre em meu nome
e
possa logo depois falar mal de mim;
Mc
9:40 pois quem não é contra nós,
é
por nós.
Mc 9:41
Porquanto
qualquer
que vos der a beber um copo de água
em
meu nome, porque sois de Cristo,
em verdade
vos digo que de modo algum
perderá a sua
recompensa.
Mc 9:42 Mas
qualquer
que fizer tropeçar um destes pequeninos
que
crêem em mim,
melhor lhe
fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma
pedra de moinho,
e
que fosse lançado no mar.
Mc 9:43 E
se
a tua mão te fizer tropeçar,
corta-a;
melhor
é
entrares na vida aleijado,
do
que, tendo duas mãos,
ires
para o inferno,
para o fogo
que nunca se apaga.
Mc 9:44 [onde o seu verme não morre,
e
o fogo não se apaga.]
Mc 9:45 Ou,
se
o teu pé te fizer tropeçar,
corta-o;
melhor
é
entrares coxo na vida,
do
que, tendo dois pés,
seres
lançado no inferno.
Mc
9:46 [onde o seu verme não morre,
e
o fogo não se apaga.]
Mc 9:47 Ou,
se
o teu olho te fizer tropeçar,
lança-o
fora;
melhor é
entrares no reino de Deus com um só olho,
do
que, tendo dois olhos,
seres
lançado no inferno.
Mc
9:48 onde o seu verme não morre,
e
o fogo não se apaga.
Mc 9:49
Porque cada um será salgado
com
fogo.
Mc 9:50 Bom é
o sal;
mas,
se o sal se tornar insípido,
com
que o haveis de temperar?
Tende sal em
vós mesmos,
e guardai a
paz uns com os outros.
Não somente temos o sal em nós mesmos e
devemos salgar tirando assim a insipidez, como devemos guardar a paz. Não foi
pela ausência de paz que o jovem de 20 anos, estando em guerra – pelo menos em
sua mente – saiu matando inocentes?
Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi
escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente
gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos
notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na parte II,
no capítulo 8.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos
vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG,
em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e
em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na
Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios
moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos
procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II foi dividida em 17 subpartes,
conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em
Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O
ministério ao redor da Caldeia (1.35-45)
– já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as
autoridades (2.18 - 3.12) – já vimos;
G. O chamado dos doze (3.13-19) – já
vimos; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) – já vimos; I. As parábolas do reino (4.1-34) – já vimos; J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20) – já vimos; K. A continuidade do
ministério na Galileia (5.21 - 6.6) – já
vimos; L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30) – já vimos; M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44) – já vimos; N. A visita a Genesaré (6.45 -
7.23) – já vimos; O. Tiro, Sidom e
Decápolis (7.24 - 8.9) – concluiremos agora; P. A região de Cesareia de Filipe
(8.10 - 9.32) – começaremos a ver agora;
e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50).
O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9) - continuação.
Como já falamos, Jesus retornou ao
território gentio visando estender o seu ministério para muito além da
fronteira com Israel.
Jesus Cristo está a multiplicar os pães e
peixes para uma grande multidão. Não havia pães, nem peixes para se quer duas
pessoas, mas havia alguma coisa com eles e Deus iria usar aquilo que eles
tinham para abençoá-los naquilo que não tinham.
Poderia o Senhor criar do nada e
abençoá-los, poderia sim, mas ele preferiu abençoá-los naquilo que tinham. Foi
aquilo que tinham, ainda que muito pouco, que Deus usou para abençoá-los tão
maravilhosamente.
Nunca somos tão miseráveis e tão sofredores
que não venhamos a possuir algo que Deus nos deu que não possa servir para
nossa virada. Eu não imagino que haja “coitados”, nem “tadinhos” por que a graça
de Deus tem alcançado a todos nós.
Depois dessa multiplicação maravilhosa, os
fariseus pedem a Jesus um sinal, mas este, indignado com tal pedido atrevido, descabido
e maligno, lhes responde duramente que nenhum sinal seria dado. A incredulidade
é algo muito sério diante de Deus. Cuidado com ela!
Depois, Jesus cura o cego de Betsaida e
interroga os discípulos sobre o que dizem acerca dele, de quem ele era. Pedro
inspirado confessa que ele é o Cristo, mas, ato contínuo – acho que se
ensoberbeceu – quer dar conselhos a Jesus e recebe uma cruel advertência e
repreensão. Vejamos com maiores detalhes com a ajuda preciosa da BEG:
Dos versos 1 ao 10, o relato da segunda
alimentação milagrosa. Posteriormente, Jesus falou sobre o significado
teológico desses dois milagres (vs. 18-21).
Uma vez que esse milagre aconteceu
provavelmente em Decápolis (7.31), é evidente que Jesus estendeu a sua
compaixão para além das ovelhas perdidas de Israel (6.34) em direção aos
gentios, como sugere a cura da filha da mulher sírio-fenícia (7.24-30) e do seu
ministério em território gentio (7.31-37).
Marcos demonstra a missão mundial da igreja
ao registrar esses fatos.
Considerando o que Jesus havia feito
anteriormente em circunstâncias semelhantes, era justificada a repreensão que fez
aos seus discípulos por causa dessa pergunta dos discípulos de que estavam no
deserto e como haveriam de arrumar comida para tão grande multidão (vs. 17-18).
Outra tradução possível do termo grego para deserto é "lugar
solitário" (1.35; 6.32).
Dos sete pães que conseguiram e de alguns
peixinhos, Jesus multiplicou os alimentos, saciou a fome de todos e ainda
colheram, do que sobrou, sete cestos cheios dos pedaços que sobraram, sendo que
se alimentaram 4000 homens. Não era justamente sete o total de pães que tinham?
Agora esse total era de sete cestos cheios de pedaços que sobraram.
P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32).
Após alimentá-los entra num barco e vai para
a região de Dalmanuta. Dos versos 10 até o 32, do próximo capítulo, estarão
eles na região de Casareis de Filipe.
Marcos registra que Jesus visitou a região
de Cesareia de Filipe, onde Cristo realizou muitos milagres, enfrentou
controvérsias e instruiu seus discípulos quanto ao que deveriam fazer e sobre a
importância da sua morte e ressurreição.
Daimanuta – vs. 10 - era certamente uma
vila na margem oeste do mar da Galileia, embora a sua localização exata seja
desconhecida.
Quem surge e com que finalidade diante de Jesus?
Os fariseus que queriam e exigiam um sinal do céu. Jesus não fazia milagres a
pedido, especialmente para os céticos que procuravam testá-lo. O mesmo verbo é
usado no episódio da tentação de Satanás (Mt 4.1).
Jesus não aceita tal provocação e se dirige
à outra margem do rio. Os discípulos tinham esquecido de levar pão – s. 14.
Essa frase junta essa passagem com os dois milagres da multiplicação dos pães
(vs. 15-21).
Jesus, então, os adverte sobre o fermento
dos fariseus e do fermento de Herodes – vs. 15. Jesus fez uso simbólico de um
ingrediente comum usado para fazer pão (veja também Mt 16.6; Lc 12.1).
O que parecia um pedido inocente e legítimo
para realizar um milagre (Lc 23.8) era, na verdade, uma rejeição de todo o seu
ministério e seus milagres anteriores.
Aqui, Jesus não estava apenas advertindo os
seus discípulos quanto a uma concepção superficial do seu papel, mas também
estava preparando-os para o ensino que em breve lhes daria quanto ao verdadeiro
significado de sua vinda e sua cruz (vs. 27,31). Esse ensino permaneceria
incompreensível para muitos judeus (1 Co 1.22-23).
No entanto, os discípulos parecia estarem “boiando”,
pois estavam discutindo o fato da advertência de Jesus sobre os fermentos e o
fato de eles não terem levado pães consigo – vs. 16, 17.
Os discípulos ainda estavam muito
preocupados com a substância material, cegos quanto à verdadeira vocação de seu
mestre e propensos à tentação do "fermento" dos fariseus (vs. 15).
Jesus se espanta e os censura – vs. 17 a 21.
Não compreendeis ainda? Aqui, o papei de Jesus no ensino e treinamento dos doze
se torna evidente (3.14).
A pergunta era uma repreensão: não por
terem falhado em entender o simbolismo teológico das duas multiplicações de
pães, mas por não terem percebido que o Senhor, que havia alimentado
milagrosamente cinco mil homens e depois quatro mil (além de suas famílias),
era capaz de cuidar das necessidades de doze homens (vs. 14,17). Jesus havia
demonstrado ser merecedor da total confiança deles em tudo o que lhes
revelaria.
Saindo dali, foram para Betsaida. Uma
aldeia de pescadores localizada na margem norte do mar da Galileia e também lar
de Filipe, André e Pedro.
Aqui, ele encontra um cego que algumas
pessoas trouxeram para Jesus ao menos tocar nele. Jesus o cura, mas este via os
homens como árvores, mas andando. Um homem cego pode conhecer as árvores por
meio do contato físico e da descrição destas. O propósito de Marcos aqui era
nos mostrar que a restauração da visão desse homem foi gradual.
Depois de totalmente curado, Jesus o envia
para sua casa e lhe diz para não entrar na aldeia. Jesus o conduziu para fora
da aldeia (vs. 23); então, é possível que esse milagre tenha sido planejado
como parte de um ensinamento para os discípulos: eles precisavam perceber que
Jesus estava curando gradualmente a cegueira espiritual deles e, embora
"não [compreendessem] ainda" (vs. 21) quem era Jesus, em breve
estariam aptos a ver "claramente" (vs. 25) o mistério de sua pessoa
(vs. 27ss.), do mesmo modo que nesse momento aquele homem enxergava.
No verso 27, em Cesareia de Filipe, uma
cidade localizada no sopé do monte Hermom e perto da nascente do rio Jordão - nessa
cidade Herodes, o Grande, construiu um templo de mármore em honra a César
Augusto. Filipe, filho de Herodes, o Grande, alterou o nome da cidade de Panias
para Cesareia; e para distingui-la da outra Cesareia, uma conhecida cidade
portuária do Mediterrâneo, chamou esta de Cesareia de Filipe – Jesus pergunta
aos seus discípulos o que o povo dizia dele e depois o que eles criam dele.
As respostas foram várias. Diziam ser ele
João Batista, Elias, um dos profetas até que Pedro pode exclamar que ele era o
Cristo. Novamente Jesus demonstra que os doze discípulos eram muito importantes
para o seu ministério (3.14; 8.21).
Jesus não deu importância ao que diziam os
"homens" (vs. 27), mas confirmou a confissão dos doze. Ele era de
fato o Cristo. Literalmente, "o Ungido", cujo termo em hebraico é mashiach, "o Messias".
Pedro falou em nome dos doze, usando o
artigo definido para indicar que Jesus é o ungido de Deus por excelência, E a
primeira vez na narrativa do Evangelho de Marcos que ocorre a palavra
"Cristo" (embora ela esteja incluída no título do Evangelho - 1.11).
A confissão de Pedro, assim como o
acontecimento da transfiguração (9.2-13), constituíram-se em pontos altos da
revelação da pessoa de Jesus. A partir desse momento, o ensino de Jesus se
concentrou na aproximação da sua morte, e logo ele daria início à sua jornada
em direção ao sul, para Jerusalém.
Jesus aproveita para exortarem a não dizerem
nada para ninguém ainda. Estranhamente, nesse ponto alto de autorrevelação,
Jesus ordenou que eles não espalhassem essa informação.
Jesus não permitiria que pessoas com ideais
sociopolíticos o vissem como um líder conquistador, revolucionário e
comprometessem a sua verdadeira vocação de Messias sofredor.
De 8.31 a 10.52, temos uma seção que se constitui
o divisor de águas do ministério terreno de Jesus (8.29). Consiste (tudo isso dirigido
especialmente aos doze):
(1)Em
três predições da morte e ressurreição de Jesus (8.31; 9.31; 10.33-34).
(2)Do
início da sua jornada para Jerusalém e à cruz.
(3)Do
claro e constante (8.32) ensino sobre a verdadeira messianidade e discipulado.
No verso 31, Jesus indicou que o seu papel
de Messias sofredor era exigido pela profecia da Escritura e pelo decreto
soberano de Deus (9.31; veja também Lc 22.37; 24.7,26,44).
A profecia de Jesus quanto à sua morte e
ressurreição procedia em grande parte da sua compreensão das Escrituras do
Antigo Testamento.
A ideia de um Messias sofredor procede
particularmente de Is 52.13-53.12 (veja também Zc 9.9; 12.10; 13.7), mas também
do ensino difundido no Antigo Testamento sobre o sofrimento dos justos (p. ex.,
SI 22; 34.15ss.).
Era necessário, pois, que o Filho do Homem
sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos anciãos - membros leigos do
Sinédrio. Esse conselho de setenta e um membros que governava os assuntos da comunidade
judaica era composto de anciãos, principais sacerdotes e mestres da lei – pelos
principais sacerdotes - é a primeira menção deles no Evangelho de Marcos (exceto
pela referência histórica em 2.26). Aqui, Jesus prediz que as famílias ricas
dos principais sacerdotes, procedentes dos saduceus, também estariam envolvidas
em sua morte – e pelos escribas.
Jesus dia que depois de três dias
ressuscitaria. Uma expressão semítica típica para dizer "em pouco
tempo" (veja Os 6.2; veja também Is 52.13; 53.10 e compare com SI 110.1;
Dn 7.13-14).
Normalmente Jesus falava ao público por
meio de parábolas (4.10-11), mas os doze receberam instruções claras (cf. Jo
16.25,29).
A comunicação particular direta com seus
discípulos se tornaria a base para o discurso público que estes fariam após a
ressurreição (At 2.29; 4.13,29,31; 28.31).
Como Jesus expunha isso claramente e Pedro
se achando, resolveu advertir de Jesus, mas foi repreendido severamente. Até
mesmo Pedro, o líder entre os doze, não podia acreditar que o Messias tinha de
sofrer. Isso é um indício de que Jesus mantinha o assunto a respeito da sua
incumbência messiânica com muita discrição e sigilo.
A repreensão foi forte: Arreda, Satanás!
Satanás influenciou até Pedro, cuja intervenção bem-intencionada, porém
totalmente imprudente, poderia ter anulado o plano da redenção e com isso
realizado o objetivo de Satanás.
Foi em seguida que ele advertiu que os seus
seguidores deveriam tomar a sua cruz e segui-lo. Um prisioneiro condenado
geralmente deveria carregar a trave vertical de sua cruz até o lugar de
execução (cf. 15.21). Essa imagem sugere uma disposição ativa para sofrer por e
com Cristo.
Quem não fizesse isso, poderia estar
perdendo a sua vida, mas o que perdesse a sua vida por causa de cristo e do
evangelho, esse a salvaria.
Que proveito teria alguém que ganhasse o
mundo inteiro e perdesse sua alma? Ou o que daria o homem pelo resgate de sua
alma? O mesmo termo em grego no vs. 35, "vida", é traduzido aqui
corno "alma" A ideia por trás dessa palavra é a de um ser vivente
criado (veja 1 Co 15.45, que usa a mesma palavra). Nenhum valor monetário ou
material pode comprar a "alma" (Sl 49.7-9).
Ai daqueles que se envergonhassem dele e
das suas palavras. Veja 13.9-13. É na fidelidade ou infidelidade durante a
perseguição que se conhece o caráter do verdadeiro seguidor de Jesus.
Quem se envergonhasse, na glória de seu Pai,
quando ele voltar, também o Filho se envergonharia dele. Embora em sua jornada
terrena de humilhação o Filho do Homem não tivesse lugar para reclinar a cabeça
(Mt 8.20), um dia ele se revelará em esplendor divino e será reconhecido como o
honrado Filho de Deus (12.6-11; 14.62; cf. Dn 7.13).
Mc 8:1 Naqueles dias,
quando outra
vez se reuniu grande multidão,
e não tendo
eles o que comer,
chamou
Jesus os discípulos e lhes disse:
Mc
8:2 Tenho compaixão desta gente,
porque há
três dias que permanecem comigo
e
não têm o que comer.
Mc 8:3 Se eu
os despedir para suas casas,
em
jejum,
desfalecerão
pelo caminho;
e
alguns deles vieram de longe.
Mc 8:4 Mas os
seus discípulos lhe responderam:
Donde poderá
alguém fartá-los de pão neste deserto?
Mc 8:5 E
Jesus lhes perguntou:
Quantos
pães tendes?
Responderam
eles:
Sete.
Mc 8:6
Ordenou ao povo
que
se assentasse no chão.
E, tomando os
sete pães,
partiu-os,
após
ter dado graças,
e os deu a
seus discípulos,
para
que estes os distribuíssem,
repartindo
entre o povo.
Mc
8:7 Tinham também alguns peixinhos;
e,
abençoando-os,
mandou
que estes igualmente fossem distribuídos.
Mc 8:8
Comeram
e se
fartaram;
e
dos pedaços restantes
recolheram
sete cestos.
Mc 8:9 Eram
cerca de quatro mil homens.
Então,
Jesus os despediu.
Mc 8:10 Logo a seguir,
tendo
embarcado juntamente com seus discípulos,
partiu
para as regiões de Dalmanuta.
Mc 8:11 E,
saindo os fariseus,
puseram-se
a discutir com ele;
e,
tentando-o,
pediram-lhe
um sinal do céu.
Mc 8:12
Jesus, porém,
arrancou
do íntimo do seu espírito um gemido e disse:
Por
que pede esta geração um sinal?
Em
verdade vos digo
que a esta
geração não se lhe dará sinal algum.
Mc 8:13 E,
deixando-os,
tornou
a embarcar
e
foi para o outro lado.
Mc 8:14 Ora,
aconteceu que
eles se esqueceram de levar pães
e, no barco,
não tinham consigo senão um só.
Mc 8:15 Preveniu-os Jesus, dizendo:
Vede,
guardai-vos
do
fermento dos fariseus
e
do fermento de Herodes.
Mc 8:16 E eles discorriam entre si:
É que não
temos pão.
Mc 8:17 Jesus,
percebendo-o,
lhes
perguntou:
Por
que discorreis sobre o não terdes pão?
Ainda
não considerastes, nem compreendestes?
Tendes
o coração endurecido?
Mc
8:18 Tendo olhos, não vedes?
E,
tendo ouvidos, não ouvis?
Não
vos lembrais
Mc
8:19 de quando parti os cinco pães
para
os cinco mil,
quantos
cestos cheios de pedaços recolhestes?
Responderam
eles:
Doze!
Mc 8:20 E de
quando parti
os
sete pães para os quatro mil,
quantos
cestos cheios de pedaços recolhestes?
Responderam:
Sete!
Mc 8:21 Ao
que lhes disse Jesus:
Não
compreendeis ainda?
Mc 8:22 Então,
chegaram a
Betsaida;
e lhe
trouxeram um cego,
rogando-lhe
que o tocasse.
Mc 8:23
Jesus,
tomando
o cego pela mão,
levou-o
para fora da aldeia
e,
aplicando-lhe saliva aos olhos
e
impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe:
Vês
alguma coisa?
Mc
8:24 Este, recobrando a vista, respondeu:
Vejo
os homens,
porque
como árvores
os
vejo, andando.
Mc
8:25 Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos,
e
ele, passando a ver claramente,
ficou
restabelecido;
e
tudo distinguia de modo perfeito.
Mc 8:26 E
mandou-o Jesus
embora para
casa, recomendando-lhe:
Não
entres na aldeia.
Mc 8:27 Então,
Jesus e os
seus discípulos
partiram
para as aldeias de Cesaréia de Filipe;
e,
no caminho, perguntou-lhes:
Quem
dizem os homens que sou eu?
Mc 8:28 E
responderam:
João
Batista;
outros:
Elias;
mas outros:
Algum
dos profetas.
Mc 8:29
Então, lhes perguntou:
Mas
vós, quem dizeis que eu sou?
Respondendo,
Pedro
lhe disse:
Tu
és o Cristo.
Mc
8:30 Advertiu-os Jesus
de
que a ninguém dissessem tal coisa a seu respeito.
Mc 8:31 Então,
começou ele a
ensinar-lhes
que
era necessário que o Filho do Homem
sofresse
muitas coisas,
fosse
rejeitado pelos anciãos,
pelos
principais sacerdotes
e
pelos escribas,
fosse morto
e que, depois
de três dias,
ressuscitasse.
Mc 8:32 E
isto ele expunha claramente.
Mas
Pedro,
chamando-o
à parte,
começou
a reprová-lo.
Mc 8:33
Jesus, porém,
voltou-se
e,
fitando os seus discípulos,
repreendeu
a Pedro e disse:
Arreda,
Satanás!
Porque não
cogitas das coisas de Deus,
e
sim das dos homens.
Mc 8:34 Então,
convocando a
multidão
e juntamente
os seus discípulos, disse-lhes:
Se
alguém quer vir após mim,
a
si mesmo se negue,
tome
a sua cruz
e
siga-me.
Mc 8:35 Quem
quiser, pois,
salvar
a sua vida
perdê-la-á;
e
quem
perder
a vida
por
causa de mim
e
do evangelho
salvá-la-á.
Mc
8:36 Que aproveita ao homem
ganhar
o mundo inteiro
e
perder a sua alma?
Mc 8:37 Que
daria um homem
em
troca de sua alma?
Mc 8:38
Porque
qualquer
que, nesta geração
adúltera
e
pecadora,
se
envergonhar
de
mim
e
das minhas palavras,
também
o Filho do Homem
se
envergonhará dele,
quando
vier
na glória de
seu Pai
com
os santos anjos.
A partir do vs
34, faz um convite que ecoa até ao dia de hoje onde eu aqui, em Taguatinga
norte, mais de 2000 anos depois, escutando: queres vir após mim, Daniel
Deusdete? Se sim, tome a sua cruz e siga-me. Filho, se quiseres salvar tua
vida, perdê-la-á; mas, se perdê-la por minha causa e por causa do meu
evangelho, você a encontrará, salvá-la-á! Daniel Deusdete, largando tudo, logo
o seguiu! Glórias a Deus!!!
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
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admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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