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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Mateus 24 1-51 - JESUS ESTÁ VOLTANDO, MAS CUIDADO PARA NÃO SER ENGANADO.

Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos ainda na parte VI, veremos o capítulo 24.
VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em duas seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) – já vimos e B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46) – começaremos a ver agora.
B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46).
Mateus 24 começa com os discípulos de Jesus querendo lhes mostrar o templo e sua grandeza e beleza, mas Jesus lhes diz que nada daquilo ficaria de pé. Ele estava no templo, sendo ele o templo do Deus vivo. Não poderia haver dois templos, assim ele profetiza que seria destruído em breve.
Tanto ele mesmo morreria e em três dias ressurgiria, como também o templo físico seria destruído, mas não seria reerguido. Hoje não temos um templo físico, mas temos um templo vivo: Jesus Cristo, nosso Deus!
A resposta provocou curiosidade neles e perguntaram a Jesus quando aquilo se daria e que sinais haveria de sua vinda. No monte das Oliveiras, então, assentado, como era de seu costume e com tempo para um bom bate-papo, lá estava o Mestre e Senhor, pacientemente explicando as suas ovelhas todas as coisas.
Foram duas as perguntas dos discípulos: quando ocorreriam essas coisas e que sinais haveria de dois eventos: a volta de Jesus e a consumação dos séculos.
Amados, estamos esperando A VOLTA DE JESUS!
Os caps. 24-25 compreendem o último dos cinco grandes sermões de Jesus em Mateus e focaliza julgamento do reino.
Essa seção é geralmente chamada de "sermão profético" por causa do seu conteúdo. A maior parte dela é também relatada em Mc 13.
O capítulo é difícil de interpretar porque a linguagem é simbólica e porque está relacionado com um com um conjunto de acontecimentos, não somente um único incidente.
Há três abordagens interpretativas básicas, conforme a BEG:
(1)     Todo o cap. 24 ou a sua maior parte (pelo menos até o vs.. 35) fala exclusivamente da destruição de Jerusalém, e a “vinda” e a exaltação de Jesus no céu.
(2)     Todo esse sermão se relaciona com a vinda final em julgamento.
(3)     Esse sermão contém uma mistura de acontecimentos de um futuro próximo e de um futuro distante ou lida com Jerusalém como simbólica do julgamento do mundo de tal maneira que é difícil separá-los com nitidez.
Essa terceira interpretação pode explicar melhor a presença de linguagem que focaliza acontecimentos próximos e distantes.
Jesus estava se retirando do templo quando os seus discípulos chamaram a atenção dele para a grandeza daquela obra, pela qual estavam admirados, mas Jesus profetiza ali dizendo que não ficaria ali pedra sobre pedra. De fato, o templo foi destruído em 70 d.C. Nenhuma pedra foi deixada sobre outra.
Eles estavam indo para o monte das Oliveiras e Jesus se achava assentado ali quando, curiosos, os seus discípulos lhe perguntaram duas coisas, como já dissemos:
(1)     Quando sucederiam essas coisas.
(2)     Que sinal haveria de sua vinda e da consumação do século.
Os discípulos estavam certos ao entenderem de que a destruição de Jerusalém e a vinda de Jesus em julgamento estão intimamente ligadas, mas assumiram incorretamente que os dois acontecimentos ocorreriam ao mesmo tempo. Não deveríamos supor que todos os acontecimentos nesse sermão sejam cronologicamente simultâneos ou necessariamente sequenciais.
A primeira advertência de Jesus sobre o assunto foi para que eles estivessem atentos, pois poderiam ser enganados por causa de que muitos iriam vir em seu nome, dizendo ser o Cristo e eles enganariam a muitos.
Conforme a BEG, guerras, terremotos, perseguições e falsos mestres são todos "princípios das dores" messiânicos (vs. 8) ou sinais da volta de Jesus, mas eles são somente indicações de que Jesus está vindo em julgamento, não indicações de quando ele vem.
Observe que essas coisas devem acontecer, mas que "ainda não é o fim” (vs. 6) e que essas coisas são o "princípio das dores" (vs. 8). Esses sinais caracterizam todo o período entre a ressurreição de Jesus e a sua vinda em julgamento.
A BEG afirma que saber quando o seu Senhor retornaria faria com que os discípulos ficassem preguiçosos e se tomassem negligentes quanto a vigiar. O único “quando” que Jesus dá é orientado em relação à tarefa deles: depois que o evangelho tiver sido pregado a todo o mundo.
O trecho dos versos de 15 ao 21, embora alguns intérpretes considerem essa passagem, juntamente com o restante do sermão, como se referindo exclusivamente à Segunda vinda em julgamento, alguns elementos contêm referências indiscutíveis com relação à destruição de Jerusalém em 70 d.C.
Que isso está em pauta é claro a partir do relato paralelo em Lc 21.20.24. Essa seção lida com a primeira pergunta feita pelos discípulos (vs. 3).
A destruição de Jerusalém, entretanto, foi uma amostra típica do julgamento final e, então, serve como um sinal da ira vindoura. Isso permanece como uma declaração única da aniquilação dos tempos antigos e é também um específico e unicamente importante "princípio das dores" (vs. 8).
Quanto ao abominável da desolação, literalmente, "a abominação da desolação". A expressão poderia ser interpretada como a abominação que resulta da desolação.
Se for assim, ela talvez pudesse ser lida sob a luz de 23.38. O abominável cerco de Jerusalém que resultou no fato de essa cidade ter sido deixada desolada aconteceu por causa da recusa obstinada e sem arrependimento das pessoas de se submeterem a Deus (cf. Jr 12.7; 22.5).
Essa interpretação concorda de modo apropriado com Lucas que substitui "o abominável da desolação" pela advertência "Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos" (Lc 21.20). Também corresponderia a Dn 8.13, em que a rebelião do povo de Deus resultou na desolação do templo.
Por outro lado, embora o "lugar santo" aqui possa significar a cidade, seria mais natural que significasse a área do templo, e pelo tempo que os romanos permaneceram no templo, já era tarde demais para fugir.
Então, a maioria entende "abominável" como se referindo a algum catalisador que ocasionou o derramamento do julgamento temporal de Deus sobre Jerusalém, não o julgamento em si.
Talvez a apropriação (e também profanação) dos arredores do templo pelos zelotes durante a guerra seja a abominação em vista.
O termo aponta para a expressão "abominação desoladora" em Dn 11.31 (e termos semelhantes em Dn 8.13; 9.27; 12.11). Dn 9.27 acontece no clímax da visão das setenta semanas; essa interpretação é controversa.
Dn 11.31 faz referência à abominação pelo anticristo arquetípico, geralmente considerado como tendo sido Antíoco Epífanes, que profanou o templo ao oferecer sacrifícios a Zeus no seu interior em 168 a.C.
Dn 12.11 pode se referir à destruição de Jerusalém, aos atos cruéis do último anticristo ou talvez a ambos.
Provavelmente esse trecho assinalado de “quem lê entenda” é um comentário feito não por Mateus, mas por Jesus. Qualquer que seja o caso, o significado não é "que o leitor deste evangelho entenda”, mas "que o leitor de Daniel entenda sobre o que o profeta estava, em última análise, falando".
O fato era que quando vissem isso deveriam fugir, sair de perto daquilo, fugir para os montes. De acordo com o historiador da igreja primitiva Eusébio, os cristãos fugiram de Jerusalém durante a guerra dos judeus "em obediência a uma profecia" (História Eclesiástica 3.5).
Aqui fica a ideia de uma perseguição cruel, rápida e precisa, por isso que Jesus fala do abreviamento desses dias, caso contrário, ninguém conseguiria escapar. Embora isso seja normalmente tomado juntamente com os vs. 15.21, é também possível que seja entendido como revertendo ao "princípio das dores" geral dos vs. 4-14.
Embora o engano dos próprios eleitos seja intenção dos falsos mestres, trata-se apenas da intenção deles e não uma possibilidade real. Entretanto, a advertência é ainda real porque as pessoas podem pensar que são eleitas sem que realmente o sejam.  
Se não fosse pelos eleitos, aqueles dias não seriam abreviados, mas mesmo os eleitos estavam em perigo por causa dos falsos mestres e dos próprios enganadores.
Não era para acreditar quando dissessem que o Cristo retornou, pois sua volta seria tão notória como um relâmpago e onde houvesse um cadáver, ali se ajuntariam os abutres.
A vinda de Cristo será evidente, sem ambiguidade e clara para todos. Se, portanto, restaram dúvidas, não creia nela.
Onde estiver o cadáver do vs. 28, compare com Jó 39.30. Assim como o cadáver inevitavelmente resulta no ajuntamento de pássaros, do mesmo modo a impiedade das pessoas certamente resultará no julgamento delas. Ou talvez o provérbio simplesmente signifique que o sinal de sua vinda será tão claro como o fato de que há carne putrefata no local em que urubus se ajuntam. Compare o paralelo em Lc 17.37.  
Conforme a BEG, alguns entenderam que esses versículos – vs. 29 a 31 - representam a derrota dos seguidores de Satanás, a vingança do Filho do Homem e a expansão do evangelho a todo o mundo, o que ocorreu simbolicamente na destruição de Jerusalém.
Mas a linguagem do vs. 31 é paralela a outras passagens (13.41; 16,27; 25.31: 1Co 15.52; 1Tm 4.14-17). Portanto, é difícil não interpretar essa passagem como uma referência à vinda final de Jesus em julgamento.
A vinda do Senhor Jesus Cristo, conforme anunciado por ele mesmo, em detalhes aqui e em outros trechos dos evangelhos e em toda a Bíblia confirmando sua volta, é mais do que certíssima, mas não sabemos, ou melhor, temos problemas com alguns textos, pois cada interpretação tem suas dificuldades, no entanto, é melhor focalizarmos na mensagem principal de Jesus nesse capítulo: esteja sempre alerta contra Satanás que tentará enganá-lo e pronto para o julgamento.
A sua volta, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem – vs. 30. É a bandeira do exército de Cristo vindo para conquistar e julgar. O lamento das tribos da terra é uma alusão a Zc 12.10-12, e a vinda nas nuvens se refere à admissão da soberania de Cristo profetizado em Dn 7.13-14.  
Em seguida, a fim de deixar seus discípulos mais preparados ele lhes fala de uma nova parábola, da figueira. Nisso ele afirma que não passaria essa geração sem que tudo isso ocorresse. A BEG diz se referindo a “esta geração” – vs. 34 – que geralmente isso é entendido como significando “esta raça" ou "este tipo de pessoas" (p. ex., pessoas cruéis e adúlteras; cf 12.39), mas, de modo mais natural, a expressão significa as pessoas que estavam vivas quando Jesus disse isso.
E o “tudo isto” – vs. 34 - refere-se a "todas estas coisas" do v 33, que devem ser distinguidas da consumação propriamente dita. Elas são o princípio das dores e os sinas que levam e apontam para o retomo final de Cristo, incluindo a grande tribulação, o domínio e a queda de Jerusalém. Todos as elementos dessa profecia, salvo somente a consumação propriamente dita, ocorreram de alguma maneira antes da morte dos discípulos – (veja a nota sobre Lc 21.32).
Conforme a BEG, todas as tentativas de prever o tempo do retorno de Cristo são aqui condenadas. Se fosse possível deduzir o tempo a partir das Escrituras, não era Jesus um bom estudioso delas para apurar isso?
Como Jesus era totalmente humano assim como inteiramente divino, sem nenhuma mistura entre as duas naturezas, não é de admirar que a sua mente humana tenha permanecido ignorante a respeito de algumas questões.
Esse versículo é difícil para aqueles que negavam que Jesus considerava-se como o "Filho", uma vez que é extremamente improvável de que a igreja primitiva tivesse inventado um dito que parecesse limitar o conhecimento de Jesus.
Como começou, ele termina dando seu alerta máximo de vigilância extrema. Esse é o resumo dos versos de 42 a 51 vigiai e orai. Mordomia ativa, não uma espera preguiçosa.
Mt 24:1 Tendo Jesus saído do templo,
ia-se retirando,
quando se aproximaram dele os seus discípulos
para lhe mostrar as construções do templo.
Mt 24:2 Ele, porém, lhes disse:
Não vedes tudo isto?
Em verdade vos digo
que não ficará aqui pedra sobre pedra
que não seja derribada.
Mt 24:3 No monte das Oliveiras,
achava-se Jesus assentado,
quando se aproximaram dele os discípulos,
em particular,
e lhe pediram:
Dize-nos
quando sucederão estas coisas
e que sinal haverá
da tua vinda
e da consumação do século.
Mt 24:4 E ele lhes respondeu:
Vede que ninguém vos engane.
Mt 24:5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo:
Eu sou o Cristo,
e enganarão a muitos.
Mt 24:6 E, certamente,
ouvireis falar de guerras e rumores de guerras;
vede, não vos assusteis,
porque é necessário assim acontecer,
mas ainda não é o fim.
Mt 24:7 Porquanto se levantará
nação contra nação,
reino contra reino,
e haverá fomes e terremotos em vários lugares;
Mt 24:8 porém tudo isto
é o princípio das dores.
Mt 24:9 Então,
sereis atribulados,
e vos matarão.
Sereis odiados de todas as nações,
por causa do meu nome.
Mt 24:10 Nesse tempo, muitos
hão de se escandalizar,
trair
e odiar uns aos outros;
Mt 24:11 levantar-se-ão muitos falsos profetas
e enganarão a muitos.
Mt 24:12 E, por se multiplicar a iniqüidade,
o amor se esfriará de quase todos.
Mt 24:13 Aquele, porém,
que perseverar até o fim,
esse será salvo.
Mt 24:14 E será pregado
este evangelho do reino
por todo o mundo,
para testemunho
a todas as nações.
Então,
virá o fim.
Mt 24:15 Quando, pois, virdes
o abominável da desolação
de que falou o profeta Daniel,
no lugar santo (quem lê entenda),
Mt 24:16 então,
os que estiverem na Judéia
fujam para os montes;
Mt 24:17 quem estiver sobre o eirado
não desça a tirar de casa alguma coisa;
Mt 24:18 e quem estiver no campo
não volte atrás para buscar a sua capa.
Mt 24:19 Ai
das que estiverem grávidas
e das que amamentarem naqueles dias!
Mt 24:20 Orai
para que a vossa fuga
não se dê no inverno,
nem no sábado;
Mt 24:21 porque nesse tempo
haverá grande tribulação,
como desde o princípio do mundo
até agora não tem havido
e nem haverá jamais.
Mt 24:22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados,
ninguém seria salvo;
mas, por causa dos escolhidos,
tais dias serão abreviados.
Mt 24:23 Então, se alguém vos disser:
Eis aqui o Cristo!
Ou:
Ei-lo ali!
Não acrediteis;
Mt 24:24 porque surgirão
falsos cristos
e falsos profetas
operando grandes sinais
e prodígios para enganar,
se possível,
os próprios eleitos.
Mt 24:25 Vede
que vo-lo tenho predito.
Mt 24:26 Portanto, se vos disserem:
Eis que ele está no deserto!,
não saiais.
Ou:
Ei-lo no interior da casa!,
não acrediteis.
Mt 24:27 Porque,
assim como o relâmpago sai do oriente
e se mostra até no ocidente,
assim há de ser
a vinda do Filho do Homem.
Mt 24:28 Onde estiver o cadáver,
aí se ajuntarão os abutres.
Mt 24:29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias,
o sol escurecerá,
a lua não dará a sua claridade,
as estrelas cairão do firmamento,
e os poderes dos céus serão abalados.
Mt 24:30 Então, aparecerá no céu
o sinal do Filho do Homem;
todos os povos da terra se lamentarão
e verão o Filho do Homem
vindo sobre as nuvens do céu,
com poder
e muita glória.
Mt 24:31 E ele enviará os seus anjos,
com grande clangor de trombeta, os quais reunirão
os seus escolhidos, dos quatro ventos,
de uma a outra extremidade dos céus.
Mt 24:32 Aprendei, pois, a parábola da figueira:
quando já os seus ramos
se renovam
e as folhas brotam,
sabeis que está próximo o verão.
Mt 24:33 Assim também vós:
quando virdes todas estas coisas,
sabei que está próximo, às portas.
Mt 24:34 Em verdade vos digo
que não passará esta geração
sem que tudo isto aconteça.
Mt 24:35 Passará
o céu e a terra,
porém as minhas palavras
não passarão.
Mt 24:36 Mas a respeito
daquele dia e hora ninguém sabe,
nem os anjos dos céus,
nem o Filho,
senão o Pai.
Mt 24:37 Pois assim
como foi nos dias de Noé,
também será a vinda do Filho do Homem.
Mt 24:38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio
comiam e bebiam,
casavam e davam-se em casamento,
até ao dia em que Noé entrou na arca,
Mt 24:39 e não o perceberam,
senão quando veio o dilúvio
e os levou a todos,
assim será também
a vinda do Filho do Homem.
Mt 24:40 Então,
dois estarão no campo,
um será tomado,
e deixado o outro;
Mt 24:41 duas estarão trabalhando num moinho,
uma será tomada,
e deixada a outra.
Mt 24:42 Portanto,
vigiai,
porque não sabeis
em que dia vem o vosso Senhor.
Mt 24:43 Mas considerai isto:
se o pai de família soubesse
a que hora viria o ladrão,
vigiaria e não deixaria
que fosse arrombada a sua casa.
Mt 24:44 Por isso,
ficai também vós apercebidos;
porque, à hora em que não cuidais,
o Filho do Homem virá.
Mt 24:45 Quem é, pois,
o servo fiel e prudente,
a quem o senhor confiou os seus conservos
para dar-lhes o sustento a seu tempo?
Mt 24:46 Bem-aventurado
aquele servo a quem seu senhor,
quando vier,
achar fazendo assim.
Mt 24:47 Em verdade vos digo
que lhe confiará todos os seus bens.
Mt 24:48 Mas, se aquele servo,
sendo mau, disser consigo mesmo:
Meu senhor demora-se,
Mt 24:49 e passar
a espancar os seus companheiros
e a comer e beber com ébrios,
Mt 24:50 virá o senhor daquele servo
em dia em que não o espera
e em hora que não sabe
Mt 24:51 e castigá-lo-á,
lançando-lhe a sorte com os hipócritas;
ali haverá
choro
e ranger de dentes.
A hora em que não cuidarmos, virá o Filho do Homem! Por isso que ele nos manda estarmos apercebidos. Ora se estivermos apercebidos e atentos, não seremos surpreendidos porque entenderemos os sinais da sua vinda como podemos entender e esperar a tempestade que está vindo.
É comparado a servo mau aquele que negligencia as palavras do Senhor e a desprezam.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete 
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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Mateus 23.1-39 - OS SETE "AIs" DE JESUS

Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos agora na parte VI, veremos o capítulo 23.
VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em duas seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) – estamos vendo e B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46).
A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) - continuação.
Como já dissemos, os caps. 19-23 registram a última viagem de Jesus para a Galileia e a sua entrada em Jerusalém antes da sua crucificação. Essa passagem enfatiza reações divergentes aos ensinos de Jesus - tanto aceitação quanto rejeição.
Jesus está criticando aqueles que são religiosos e atam fardos pesados aos fieis com obrigações e compromissos que o Senhor não pediu. Ele afirma que eles são falsos porque não vivem o que pregam, nem pregam o que vivem. Pelo teor dessas advertências, podemos reparar que Jesus estava indignado com tanta hipocrisia. Cuidado pastores!
Alguns consideram esse capítulo como um outro sermão (perfazendo o número total de seis em vez dos cinco que já falamos) ou como parte do sermão escatológico nos caps. 24-25.
Entretanto, conforme a BEG, o cap. 23 não termina com "Quando Jesus acabou de proferir estar palavras” - ou uma frase semelhante - que conclui os outros sermões (veja 7.28; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1). Além disso, diferente dos outros sermões, a última parte desse sermão é dirigida aos inimigos de Jesus.
De preferência, o cap. 23 deveria ser visto como parte de uma narrativa, demonstrando a atividade profética de Jesus fazer advertências aos líderes infiéis de Israel (23.13). Ele está relacionado com o sermão seguinte, o qual nos dá a razão para a queda de Jerusalém, que é anunciada na linguagem de profecia de julgamento do Antigo Testamento.
Jesus está se dirigindo à multidão e também aos seus discípulos dizendo que eles (escribas e fariseus) haviam se apropriado da posição de autoridade de Moisés – vs. 2. No grego, "assentado no lugar de Moisés".
No entanto, o discurso deles não era condizente com a prática, pois diziam algo e faziam outra coisa. Eles eram hipócritas e não deveriam ser imitados em suas ações odiosas, feitas com uma única finalidade: impressionar o próximo, mas não andar reto diante de Deus.
Adoravam que as pessoas os chamassem de mestres, de guias e, futuramente, de pai, mas Jesus os advertiu dizendo que a ninguém sobre a terra deveriam chamar de vosso pai, obviamente não se referindo ao seu progenitor.
Os judeus não chamavam seus mestres que estavam vivos de "pai", mas se referiam aos mestres venerados de gerações mais antigas como "pais". Nenhum mestre terreno de nenhuma idade é o progenitor do verdadeiro entendimento espiritual; esse papel pertence somente ao próprio Deus.
Jesus concluiu seu raciocínio com a máxima de que quem quiser ser o maior, que seja, dentre eles, o menor, pois quem a si mesmo se exaltar, será humilhado, mas o que se humilhar, será exaltado – vs. 11 e 12.
Em seguida, Jesus proclama uma série de “Ais”, na verdade, aqui, sete deles. Lucas (Lc 11.37-54) registra uma proclamação anterior de seis "ais".
Essa série de sete 'ais' era um pronunciamento profético, pois envolvia a instauração de ação judicial por parte de Deus (a rib) contra o seu povo e o anúncio da realização iminente das maldições da aliança.
Compare com os 'ais' proclamados por Isaías (Is 5.8-23); com os cinco proclamados por Habacuque (Hc 2.6.20); e outros por Isaías, Jeremias, Ezequiel e outros profetas menores.
Esses oráculos não são vingativos, mas originaram-se da preocupação de Deus pelo seu povo e do seu desejo de que eles se arrependam (cf. vs. 37-39).
O primeiro “Ai”, como os demais, estava direcionado aos hipócritas - escribas e fariseus -, que gostavam de se sentar na cadeira de Moisés, mas que fechavam o reino a quem queria entrar, principalmente, ao afastar as pessoas de Cristo e de sua justiça. Os discípulos deveriam fazer o contrário, pelo uso das chaves do evangelho (veja 16.19).
O segundo “Ai” era porque eles devoram as casas das viúvas e, para disfarçar, faziam longas orações. Por isso, seriam castigados mais severamente.
O terceiro “Ai” era porque percorriam terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguiam, o tornavam duas vezes mais filho do inferno do que eles. Os prosélitos ao farisaísmo (não somente judaísmo) eram convertidos ao legalismo e, desse modo, impedidos de receber a justiça que é pela fé.
O terceiro “Ai” era porque diziam ‘Se alguém jurar pelo santuário, isto nada significa; mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, está obrigado por seu juramento’. Compare com 5.33-37. O casuísmo do juramento se assemelha a crianças que juram enquanto cruzam seus dedos atrás das costas. Esse truque não torna uma promessa ou um juramento menos obrigatório aos olhos de Deus. Deus quer a verdade em todas as nossas palavras (5.37).
O quarto “Ai” era porque eles davam o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas tinham negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Eles deveriam praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Jesus os comparou a guias cegos que coavam o mosquito, mas que engoliam o camelo.
O menor dos animais impuros era o mosquito. Já o camelo era maior dos animais impuros. No aramaico, isso também envolve um jogo de palavras: “Você filtra um mosquito (qanla’), mas engole um camelo (gamla’)”.
O quinto “Ai” era porque eles limpavam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estavam cheios de ganância e cobiça.
O sexto “Ai” era porque eles eram como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estavam cheios de ossos e de todo tipo de imundície, ou seja, pareciam justos ao povo, mas por dentro estavam cheios de hipocrisia e maldade.
Por fim, o sétimo “Ai” era porque eles edificavam os túmulos dos profetas e adornavam os monumentos dos justos e se achavam melhores do que seus pais, pois se tivessem vivido naquela época, seriam muito diferentes. No entanto, ao falarem dessa forma, condenavam-se a si mesmos.
Jesus conclui seus sete “Ais” aqui os chamando de serpentes, de raça de víboras. Como eles mesmos estavam enchendo a taça da ira de Deus com sua hipocrisia, mentira e engano, como poderiam escapar da condenação do inferno? – vs. 33.
Para provar o que Jesus disse, ele mesmo enviaria (compare com Lc 11.49, em que "Deus em sua sabedoria” (ou “a sabedoria de Deus”) envia. Jesus cumpre o papel dessa sabedoria), doravante, profetas, sábios e escribas e eles iriam fazer bem pior que os seus pais.
Ao perseguir os cristãos, os fariseus descrentes se identificariam com os seus antepassados assassinos. Observe que Jesus disse: "Zacarias,... a quem mataste” (ênfase acrescentada).
Jesus estava prevendo o que fariam e que isso os fariam participantes e sobre eles recairiam o sangue de todos os justos desde Abel até Zacarias.
Abel foi a primeira pessoa a ser morta por causa da justiça (Gn 4.8). A identificação de Zacarias é problemática, e todas as soluções sugeridas apresentam dificuldades.
As melhores possibilidades são, conforme a BEG:
(1)     O profeta Zacarias (Zc 1.1) que foi o 'filho de BarAquias", mas de cujo martírio não ternos conhecimento.
(2)     Zacarias filho de Baruque, que foi morto pelos zelotes e foi mencionado por Josefo (Guerras judaicas 4.334-44). Ele foi morto na área do templo, mas provavelmente não entre o santuário e o altar.
(3)     O filho de Joiada, o último mártir mencionado no Antigo Testamento de acordo com a organização da Bíblia dos hebreus (2Cr 24.20-22), que foi morto no pátio do templo por ordem de Joaz. Se não fosse pelas palavras "filho de BarAquias", essa última opção seria a mais provável, uma vez que a frase 'do justo Abel até... Zacarias se referiria ao primeiro e ao último mártires do cânon hebraico. É remotamente possível que as palavras “filho de Baraquias" seja uma inserção da parte dos copistas antigos (Lc 11.51 não as inclui) ou de que Joiada era, na verdade, o avô de Zacarias e que seu pai era um Baraquias não mencionado em Crónicas.
A punição que eles experimentaram foi provavelmente a destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C. (24.34).
Em seguida, por causa das palavras dos “Ais”, Jesus faz um lamento sobre Jerusalém. Compare com Dt 32.11; Sl 36.7: 91.4. Jesus se esforçou e quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas eles não quiseram. Portanto, doravante, as suas casas ficariam desertas – vs. 38.
Então ele declara que, desde aquele momento, não mais o veriam até que viessem a dizer ‘Bendito é o que vem em nome do Senhor’ – vs. 39. Ou seja, precisariam se arrepender e se voltar para Cristo para terem seus pecados perdoados e poderem ser aceitos como filhos de Deus, por meio do Cristo Jesus.
A BEG explica que isso está relacionado à segunda vinda (26.29,64). O Messias de Israel não será visto pela Israel não arrependida até que ele venha novamente em glória e toda língua o confesse como Senhor (Fp 2.10-11).
Mt 23:1 Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos:
Mt 23:2 Na cadeira de Moisés,
se assentaram os escribas e os fariseus.
Mt 23:3 Fazei e guardai, pois,
tudo quanto eles vos disserem,
porém não os imiteis nas suas obras;
porque dizem
e não fazem.
Mt 23:4 Atam fardos pesados
[e difíceis de carregar]
e os põem sobre os ombros dos homens;
entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
Mt 23:5 Praticam, porém, todas as suas obras
com o fim de serem vistos dos homens;
pois alargam os seus filactérios
e alongam as suas franjas.
Mt 23:6 Amam o primeiro lugar nos banquetes
e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
Mt 23:7 as saudações nas praças
e o serem chamados mestres pelos homens.
Mt 23:8 Vós, porém, não sereis chamados mestres,
porque um só é vosso Mestre,
e vós todos sois irmãos.
Mt 23:9 A ninguém sobre a terra chameis vosso pai;
porque só um é vosso Pai,
aquele que está nos céus.
Mt 23:10 Nem sereis chamados guias,
porque um só é vosso Guia, o Cristo.
Mt 23:11 Mas o maior dentre vós
será vosso servo.
Mt 23:12 Quem a si mesmo se exaltar
será humilhado;
e quem a si mesmo se humilhar
será exaltado.
Mt 23:13 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas,
porque fechais o reino dos céus diante dos homens;
pois vós não entrais,
nem deixais entrar os que estão entrando!
Mt 23:14 [Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas,
porque devorais as casas das viúvas
e, para o justificar,
fazeis longas orações;
por isso, sofrereis juízo muito mais severo!]
Mt 23:15 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas,
porque rodeais o mar e a terra
para fazer um prosélito;
e, uma vez feito,
o tornais filho do inferno
duas vezes mais do que vós!
Mt 23:16 Ai de vós,
guias cegos, que dizeis:
Quem jurar pelo santuário,
isso é nada;
mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário,
fica obrigado pelo que jurou!
Mt 23:17 Insensatos e cegos!
Pois qual é maior:
o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
Mt 23:18 E dizeis:
Quem jurar pelo altar,
isso é nada;
quem, porém, jurar pela oferta que está sobre o altar
fica obrigado pelo que jurou.
Mt 23:19 Cegos! Pois qual é maior:
a oferta ou o altar que santifica a oferta?
Mt 23:20 Portanto,
quem jurar pelo altar jura por ele
e por tudo o que sobre ele está.
Mt 23:21 Quem jurar pelo santuário jura por ele
e por aquele que nele habita;
Mt 23:22 e quem jurar pelo céu jura
pelo trono de Deus
e por aquele que no trono está sentado.
Mt 23:23 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas,
porque dais o dízimo
da hortelã, do endro e do cominho
e tendes negligenciado os preceitos
mais importantes da Lei:
a justiça,
a misericórdia
e a fé;
devíeis, porém, fazer estas coisas,
sem omitir aquelas!
Mt 23:24 Guias cegos,
que coais o mosquito
e engolis o camelo!
Mt 23:25 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas,
porque limpais o exterior do copo e do prato,
mas estes, por dentro,
estão cheios de rapina
e intemperança!
Mt 23:26 Fariseu cego,
limpa primeiro o interior do copo,
para que também o seu exterior fique limpo!
Mt 23:27 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas,
porque sois semelhantes aos sepulcros caiados,
que, por fora, se mostram belos,
mas interiormente estão cheios de ossos de mortos
e de toda imundícia!
Mt 23:28 Assim também vós exteriormente
pareceis justos aos homens,
mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia
e de iniqüidade.
Mt 23:29 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas,
porque edificais os sepulcros dos profetas,
adornais os túmulos dos justos
Mt 23:30 e dizeis:
Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais,
não teríamos sido seus cúmplices
no sangue dos profetas!
Mt 23:31 Assim, contra vós mesmos,
testificais que sois filhos
dos que mataram os profetas.
Mt 23:32 Enchei vós, pois,
a medida de vossos pais.
Mt 23:33 Serpentes,
raça de víboras!
Como escapareis da condenação do inferno?
Mt 23:34 Por isso, eis que eu vos envio
profetas, sábios e escribas.
A uns matareis e crucificareis;
a outros açoitareis nas vossas sinagogas
e perseguireis de cidade em cidade;
Mt 23:35 para que sobre vós recaia
todo o sangue justo derramado sobre a terra,
desde o sangue do justo Abel
até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias,
a quem matastes entre o santuário e o altar.
Mt 23:36 Em verdade vos digo
que todas estas coisas hão de vir sobre a presente geração.
Mt 23:37 Jerusalém, Jerusalém,
que matas os profetas
e apedrejas os que te foram enviados!
Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos,
como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas,
e vós não o quisestes!
Mt 23:38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta.
Mt 23:39 Declaro-vos, pois, que,
desde agora,
já não me vereis,
até que venhais a dizer:
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Deus querendo salvar e enviar a salvação, mas o povo alheio a Deus fazendo coisas inconvenientes e se deixando levar por outras coisas. Misericórdias!
A seguir, medite no excelente e didático quadro temático da BEG sobre os partidos religiosos e políticos no ambiente do NT:
PARTIDOS RELIGIOSOS E POLÍTICOS NO NOVO TESTAMENTO[1]
FARISEUS:
Um dos principais grupos religiosos dos judeus eram os representantes mais rigorosos da espiritualidade judaica.
Com a sua insistência na observância estrita da Lei Mosaica e no respeito às tradições dos ''pais" (isto é, os antepassados), exerciam forte influência sobre o povo (Mt 9.11,14; 12.1-2; 15.1-2; 19.3; Lc 18.11.12; At 15.5).
Eles eram contra Jesus (Mt 9.34; 12.14; 16.1-12; Jo 9.17; 11.47-48,57), mas alguns deles o trataram com respeito e cordialidade (Lc 7.36-50; 11.37; Jo 3.1; 7.50-51; 19.39-40).
Jesus reprovava o seu exagerado zelo ritual e o afã de satisfazer os mais insignificantes aspectos da letra da lei, que muitas vezes fazia com que eles esquecessem os valores do espírito que a anima (Mc 7.3-4,8-13).
O apóstolo Paulo foi criado como fariseu (At 23.6; 26.5; Fp 3.5-6) e foi aluno do renomado mestre fariseu Gamaliel, de Jerusalém (At 22.3).
SADUCEUS
Um pequeno, mas poderoso grupo religioso dos judeus. Faziam parte desse partido os sacerdotes e as pessoas ricas e de influência de Jerusalém (At 5.17) e representavam, de certo modo, a aristocracia de Israel.
Eles baseavam seus, ensinamentos principalmente nos primeiros cinco livros do Antigo Testamento. Não acreditavam na ressurreição, no juízo final ou na existência de anjos (Mt 22.23-33). Os saduceus não se davam bem com os fariseus (Mt 22.23-32; At 23.6-9), mas algumas vezes se juntaram a eles contra Jesus (Mt 16.1-4).
ESSÉNIOS
Grupo separatista nascido na época helenística, provavelmente originários dos fariseus. Eram rigorosos observadores da Lei; consideravam que o sacerdócio era corrupto e rechaçavam muitas práticas religiosas e o sistema sacrifical judaico.
Alguns moravam em cidades, mas a maioria vivia em comunidades, no deserto de En-Gedi. Os essênios não são mencionados na Bíblia.
ZELOTES
O nome significa “zeloso", "fanático". Tradicionalmente, tem sido considerado que os zelotes constituíam um grupo judaico nacionalista que se rebelou contra Roma. Eram conhecidos também como “cananeus" ou "nacionalistas".
Simão, um dos doze discípulos de Jesus, era chamado de “Zelote" (Lc 6.15). Os zelotes desempenharam um papel muito ativo na rebelião dos anos 66 a 70.
HERODIANOS
Judeus que preferiam ser governados por um descendente do rei Herodes, o Grande, em vez de um governador romano, como Pôncio Pilatos (Mt 22.16; Mc 3.6; 12.13).
O nome também podia se referir à pessoa que estavam a serviço de Herodes.
NICOLAÍTAS
Seguidores de uma seita herética que perturbavam as igrejas de Éfeso e de Pérgamo. Comiam alimentos sacrificados a idolos e entregavam-se aos prazeres carnais (Ap 2.6-15).
SAMARITANOS
Pessoas nascidas em Sarnaria, região que ficava entre a Judeia e a Galileia. Os samaritanos não reconheciam outra autoridade doutrinal além dos livros da Lei (o Pentateuco).
Por causa de tudo isso, os judeus não aceitaram como legitimo o culto dos samaritanos, que, para eles, eram praticamente pagãos.
Eles se negavam, portanto, a ter com os samaritanos qualquer tipo de relacionamento ou trato (Mt 10.5; Lc 9.52-53; 17.15-18; Jo 4.7-9,20; 8.48).
ESCRIBAS OU MESTRES DA LEI
Os escribas, mestres da Lei ou rabinos, formavam um grupo profissional e não um partido.
Não pertenciam, em geral, à classe sacerdotal, mas eram influentes e chegaram a gozar de elevada consideração como intérpretes das Escrituras e dirigentes do povo.
Esses homens esclareciam dúvidas sobre o que as Escrituras hebraicas querem dizer, citando opiniões dos famosos mestres judeus do passado (Mt 2.14; 5.20; 7.29; 15.1-2; 22.25; Mc 1.22; Lc 7.30: 10.25: 11.45-46,52; At 5.34).
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


[1] Quadro Temático da BEG - Partidos religiosos e políticos no Novo Testamento – ref.: Mt 23.
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