sexta-feira, 28 de agosto de 2015
sexta-feira, agosto 28, 2015
Jamais Desista
Mateus 24 1-51 - JESUS ESTÁ VOLTANDO, MAS CUIDADO PARA NÃO SER ENGANADO.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos ainda
na parte VI, veremos o capítulo 24.
VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e
respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na
crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes
religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao
julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças
ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em
duas seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais"
(19.1-23.39) – já vimos e B. Sermão:
o julgamento do reino (24.1-25.46) – começaremos
a ver agora.
B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46).
Mateus 24 começa com os discípulos de Jesus
querendo lhes mostrar o templo e sua grandeza e beleza, mas Jesus lhes diz que
nada daquilo ficaria de pé. Ele estava no templo, sendo ele o templo do Deus
vivo. Não poderia haver dois templos, assim ele profetiza que seria destruído
em breve.
Tanto ele mesmo morreria e em três dias
ressurgiria, como também o templo físico seria destruído, mas não seria
reerguido. Hoje não temos um templo físico, mas temos um templo vivo: Jesus
Cristo, nosso Deus!
A resposta provocou curiosidade neles e
perguntaram a Jesus quando aquilo se daria e que sinais haveria de sua vinda.
No monte das Oliveiras, então, assentado, como era de seu costume e com tempo
para um bom bate-papo, lá estava o Mestre e Senhor, pacientemente explicando as
suas ovelhas todas as coisas.
Foram duas as perguntas dos discípulos:
quando ocorreriam essas coisas e que sinais haveria de dois eventos: a volta de
Jesus e a consumação dos séculos.
Amados, estamos esperando A VOLTA DE JESUS!
Os caps. 24-25 compreendem o último dos
cinco grandes sermões de Jesus em Mateus e focaliza julgamento do reino.
Essa seção é geralmente chamada de
"sermão profético" por causa do seu conteúdo. A maior parte dela é
também relatada em Mc 13.
O capítulo é difícil de interpretar porque
a linguagem é simbólica e porque está relacionado com um com um conjunto de
acontecimentos, não somente um único incidente.
Há três abordagens interpretativas básicas,
conforme a BEG:
(1)
Todo
o cap. 24 ou a sua maior parte (pelo menos até o vs.. 35) fala exclusivamente
da destruição de Jerusalém, e a “vinda” e a exaltação de Jesus no céu.
(2)
Todo
esse sermão se relaciona com a vinda final em julgamento.
(3)
Esse
sermão contém uma mistura de acontecimentos de um futuro próximo e de um futuro
distante ou lida com Jerusalém como simbólica do julgamento do mundo de tal
maneira que é difícil separá-los com nitidez.
Essa
terceira interpretação pode explicar melhor a presença de linguagem que
focaliza acontecimentos próximos e distantes.
Jesus estava se retirando do templo quando
os seus discípulos chamaram a atenção dele para a grandeza daquela obra, pela
qual estavam admirados, mas Jesus profetiza ali dizendo que não ficaria ali
pedra sobre pedra. De fato, o templo foi destruído em 70 d.C. Nenhuma pedra foi
deixada sobre outra.
Eles estavam indo para o monte das
Oliveiras e Jesus se achava assentado ali quando, curiosos, os seus discípulos
lhe perguntaram duas coisas, como já dissemos:
(1) Quando sucederiam essas coisas.
(2) Que sinal haveria de sua vinda e
da consumação do século.
Os discípulos estavam certos ao entenderem
de que a destruição de Jerusalém e a vinda de Jesus em julgamento estão
intimamente ligadas, mas assumiram incorretamente que os dois acontecimentos
ocorreriam ao mesmo tempo. Não deveríamos supor que todos os acontecimentos
nesse sermão sejam cronologicamente simultâneos ou necessariamente sequenciais.
A primeira advertência de Jesus sobre o
assunto foi para que eles estivessem atentos, pois poderiam ser enganados por
causa de que muitos iriam vir em seu nome, dizendo ser o Cristo e eles enganariam
a muitos.
Conforme a BEG, guerras, terremotos,
perseguições e falsos mestres são todos "princípios das dores"
messiânicos (vs. 8) ou sinais da volta de Jesus, mas eles são somente
indicações de que Jesus está vindo em julgamento, não indicações de quando ele
vem.
Observe que essas coisas devem acontecer,
mas que "ainda não é o fim” (vs. 6) e que essas coisas são o
"princípio das dores" (vs. 8). Esses sinais caracterizam todo o
período entre a ressurreição de Jesus e a sua vinda em julgamento.
A BEG afirma que saber quando o seu Senhor
retornaria faria com que os discípulos ficassem preguiçosos e se tomassem
negligentes quanto a vigiar. O único “quando” que Jesus dá é orientado em relação
à tarefa deles: depois que o evangelho tiver sido pregado a todo o mundo.
O trecho dos versos de 15 ao 21, embora
alguns intérpretes considerem essa passagem, juntamente com o restante do
sermão, como se referindo exclusivamente à Segunda vinda em julgamento, alguns
elementos contêm referências indiscutíveis com relação à destruição de
Jerusalém em 70 d.C.
Que isso está em pauta é claro a partir do
relato paralelo em Lc 21.20.24. Essa seção lida com a primeira pergunta feita
pelos discípulos (vs. 3).
A destruição de Jerusalém, entretanto, foi
uma amostra típica do julgamento final e, então, serve como um sinal da ira
vindoura. Isso permanece como uma declaração única da aniquilação dos tempos
antigos e é também um específico e unicamente importante "princípio das dores"
(vs. 8).
Quanto ao abominável da desolação, literalmente,
"a abominação da desolação". A expressão poderia ser interpretada
como a abominação que resulta da desolação.
Se for assim, ela talvez pudesse ser lida
sob a luz de 23.38. O abominável cerco de Jerusalém que resultou no fato de
essa cidade ter sido deixada desolada aconteceu por causa da recusa obstinada e
sem arrependimento das pessoas de se submeterem a Deus (cf. Jr 12.7; 22.5).
Essa interpretação concorda de modo apropriado
com Lucas que substitui "o abominável da desolação" pela advertência
"Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos" (Lc 21.20).
Também corresponderia a Dn 8.13, em que a rebelião do povo de Deus resultou na
desolação do templo.
Por outro lado, embora o "lugar
santo" aqui possa significar a cidade, seria mais natural que significasse
a área do templo, e pelo tempo que os romanos permaneceram no templo, já era tarde
demais para fugir.
Então, a maioria entende
"abominável" como se referindo a algum catalisador que ocasionou o
derramamento do julgamento temporal de Deus sobre Jerusalém, não o julgamento
em si.
Talvez a apropriação (e também profanação)
dos arredores do templo pelos zelotes durante a guerra seja a abominação em
vista.
O termo aponta para a expressão
"abominação desoladora" em Dn 11.31 (e termos semelhantes em Dn 8.13;
9.27; 12.11). Dn 9.27 acontece no clímax da visão das setenta semanas; essa
interpretação é controversa.
Dn 11.31 faz referência à abominação pelo
anticristo arquetípico, geralmente considerado como tendo sido Antíoco Epífanes,
que profanou o templo ao oferecer sacrifícios a Zeus no seu interior em 168 a.C.
Dn 12.11 pode se referir à destruição de Jerusalém,
aos atos cruéis do último anticristo ou talvez a ambos.
Provavelmente esse trecho assinalado de “quem
lê entenda” é um comentário feito não por Mateus, mas por Jesus. Qualquer que
seja o caso, o significado não é "que o leitor deste evangelho entenda”,
mas "que o leitor de Daniel entenda sobre o que o profeta estava, em
última análise, falando".
O fato era que quando vissem isso deveriam
fugir, sair de perto daquilo, fugir para os montes. De acordo com o historiador
da igreja primitiva Eusébio, os cristãos fugiram de Jerusalém durante a guerra
dos judeus "em obediência a uma profecia" (História Eclesiástica 3.5).
Aqui fica a ideia de uma perseguição cruel,
rápida e precisa, por isso que Jesus fala do abreviamento desses dias, caso
contrário, ninguém conseguiria escapar. Embora isso seja normalmente tomado
juntamente com os vs. 15.21, é também possível que seja entendido como revertendo
ao "princípio das dores" geral dos vs. 4-14.
Embora o engano dos próprios eleitos seja
intenção dos falsos mestres, trata-se apenas da intenção deles e não uma
possibilidade real. Entretanto, a advertência é ainda real porque as pessoas podem
pensar que são eleitas sem que realmente o sejam.
Se não fosse pelos eleitos, aqueles dias
não seriam abreviados, mas mesmo os eleitos estavam em perigo por causa dos
falsos mestres e dos próprios enganadores.
Não era para acreditar quando dissessem que
o Cristo retornou, pois sua volta seria tão notória como um relâmpago e onde
houvesse um cadáver, ali se ajuntariam os abutres.
A vinda de Cristo será evidente, sem
ambiguidade e clara para todos. Se, portanto, restaram dúvidas, não creia nela.
Onde estiver o cadáver do vs. 28, compare com
Jó 39.30. Assim como o cadáver inevitavelmente resulta no ajuntamento de
pássaros, do mesmo modo a impiedade das pessoas certamente resultará no
julgamento delas. Ou talvez o provérbio simplesmente signifique que o sinal de sua
vinda será tão claro como o fato de que há carne putrefata no local em que
urubus se ajuntam. Compare o paralelo em Lc 17.37.
Conforme a BEG, alguns entenderam que esses
versículos – vs. 29 a 31 - representam a derrota dos seguidores de Satanás, a
vingança do Filho do Homem e a expansão do evangelho a todo o mundo, o que
ocorreu simbolicamente na destruição de Jerusalém.
Mas a linguagem do vs. 31 é paralela a
outras passagens (13.41; 16,27; 25.31: 1Co 15.52; 1Tm 4.14-17). Portanto, é
difícil não interpretar essa passagem como uma referência à vinda final de
Jesus em julgamento.
A vinda do Senhor Jesus Cristo, conforme
anunciado por ele mesmo, em detalhes aqui e em outros trechos dos evangelhos e
em toda a Bíblia confirmando sua volta, é mais do que certíssima, mas não
sabemos, ou melhor, temos problemas com alguns textos, pois cada interpretação
tem suas dificuldades, no entanto, é melhor focalizarmos na mensagem principal
de Jesus nesse capítulo: esteja sempre alerta contra Satanás que tentará enganá-lo
e pronto para o julgamento.
A sua volta, aparecerá no céu o sinal do
Filho do Homem – vs. 30. É a bandeira do exército de Cristo vindo para
conquistar e julgar. O lamento das tribos da terra é uma alusão a Zc 12.10-12,
e a vinda nas nuvens se refere à admissão da soberania de Cristo profetizado em
Dn 7.13-14.
Em seguida, a fim de deixar seus discípulos
mais preparados ele lhes fala de uma nova parábola, da figueira. Nisso ele
afirma que não passaria essa geração sem que tudo isso ocorresse. A BEG diz se
referindo a “esta geração” – vs. 34 – que geralmente isso é entendido como
significando “esta raça" ou "este tipo de pessoas" (p. ex.,
pessoas cruéis e adúlteras; cf 12.39), mas, de modo mais natural, a expressão
significa as pessoas que estavam vivas quando Jesus disse isso.
E o “tudo isto” – vs. 34 - refere-se a
"todas estas coisas" do v 33, que devem ser distinguidas da
consumação propriamente dita. Elas são o princípio das dores e os sinas que levam
e apontam para o retomo final de Cristo, incluindo a grande tribulação, o
domínio e a queda de Jerusalém. Todos as elementos dessa profecia, salvo
somente a consumação propriamente dita, ocorreram de alguma maneira antes da
morte dos discípulos – (veja a nota sobre Lc 21.32).
Conforme a BEG, todas as tentativas de
prever o tempo do retorno de Cristo são aqui condenadas. Se fosse possível
deduzir o tempo a partir das Escrituras, não era Jesus um bom estudioso delas
para apurar isso?
Como Jesus era totalmente humano assim como
inteiramente divino, sem nenhuma mistura entre as duas naturezas, não é de
admirar que a sua mente humana tenha permanecido ignorante a respeito de
algumas questões.
Esse versículo é difícil para aqueles que
negavam que Jesus considerava-se como o "Filho", uma vez que é
extremamente improvável de que a igreja primitiva tivesse inventado um dito que
parecesse limitar o conhecimento de Jesus.
Como começou, ele termina dando seu alerta
máximo de vigilância extrema. Esse é o resumo dos versos de 42 a 51 vigiai e
orai. Mordomia ativa, não uma espera preguiçosa.
ia-se
retirando,
quando
se aproximaram dele os seus discípulos
para
lhe mostrar as construções do templo.
Mt 24:2 Ele, porém, lhes disse:
Não vedes
tudo isto?
Em
verdade vos digo
que
não ficará aqui pedra sobre pedra
que
não seja derribada.
Mt 24:3 No monte das Oliveiras,
achava-se
Jesus assentado,
quando
se aproximaram dele os discípulos,
em
particular,
e
lhe pediram:
Dize-nos
quando
sucederão estas coisas
e
que sinal haverá
da
tua vinda
e
da consumação do século.
Mt 24:4 E ele
lhes respondeu:
Vede
que ninguém vos engane.
Mt
24:5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo:
Eu
sou o Cristo,
e
enganarão a muitos.
Mt
24:6 E, certamente,
ouvireis
falar de guerras e rumores de guerras;
vede,
não vos assusteis,
porque é
necessário assim acontecer,
mas
ainda não é o fim.
Mt
24:7 Porquanto se levantará
nação
contra nação,
reino
contra reino,
e
haverá fomes e terremotos em vários lugares;
Mt
24:8 porém tudo isto
é
o princípio das dores.
Mt
24:9 Então,
sereis
atribulados,
e
vos matarão.
Sereis
odiados de todas as nações,
por
causa do meu nome.
Mt
24:10 Nesse tempo, muitos
hão
de se escandalizar,
trair
e
odiar uns aos outros;
Mt
24:11 levantar-se-ão muitos falsos profetas
e
enganarão a muitos.
Mt
24:12 E, por se multiplicar a iniqüidade,
o
amor se esfriará de quase todos.
Mt 24:13
Aquele, porém,
que
perseverar até o fim,
esse
será salvo.
Mt
24:14 E será pregado
este
evangelho do reino
por
todo o mundo,
para
testemunho
a
todas as nações.
Então,
virá
o fim.
Mt 24:15
Quando, pois, virdes
o
abominável da desolação
de
que falou o profeta Daniel,
no
lugar santo (quem lê entenda),
Mt 24:16
então,
os
que estiverem na Judéia
fujam
para os montes;
Mt
24:17 quem estiver sobre o eirado
não desça a
tirar de casa alguma coisa;
Mt
24:18 e quem estiver no campo
não volte
atrás para buscar a sua capa.
Mt
24:19 Ai
das
que estiverem grávidas
e
das que amamentarem naqueles dias!
Mt 24:20 Orai
para
que a vossa fuga
não
se dê no inverno,
nem
no sábado;
Mt
24:21 porque nesse tempo
haverá
grande tribulação,
como
desde o princípio do mundo
até
agora não tem havido
e
nem haverá jamais.
Mt
24:22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados,
ninguém
seria salvo;
mas,
por causa dos escolhidos,
tais
dias serão abreviados.
Mt
24:23 Então, se alguém vos disser:
Eis
aqui o Cristo!
Ou:
Ei-lo
ali!
Não
acrediteis;
Mt
24:24 porque surgirão
falsos
cristos
e
falsos profetas
operando
grandes sinais
e
prodígios para enganar,
se
possível,
os próprios
eleitos.
Mt
24:25 Vede
que
vo-lo tenho predito.
Mt 24:26
Portanto, se vos disserem:
Eis
que ele está no deserto!,
não
saiais.
Ou:
Ei-lo
no interior da casa!,
não
acrediteis.
Mt
24:27 Porque,
assim
como o relâmpago sai do oriente
e
se mostra até no ocidente,
assim
há de ser
a
vinda do Filho do Homem.
Mt
24:28 Onde estiver o cadáver,
aí
se ajuntarão os abutres.
Mt 24:29 Logo
em seguida à tribulação daqueles dias,
o
sol escurecerá,
a
lua não dará a sua claridade,
as
estrelas cairão do firmamento,
e
os poderes dos céus serão abalados.
Mt
24:30 Então, aparecerá no céu
o
sinal do Filho do Homem;
todos
os povos da terra se lamentarão
e
verão o Filho do Homem
vindo
sobre as nuvens do céu,
com
poder
e
muita glória.
Mt
24:31 E ele enviará os seus anjos,
com
grande clangor de trombeta, os quais reunirão
os
seus escolhidos, dos quatro ventos,
de uma a
outra extremidade dos céus.
Mt
24:32 Aprendei, pois, a parábola da figueira:
quando
já os seus ramos
se
renovam
e
as folhas brotam,
sabeis
que está próximo o verão.
Mt
24:33 Assim também vós:
quando
virdes todas estas coisas,
sabei
que está próximo, às portas.
Mt
24:34 Em verdade vos digo
que
não passará esta geração
sem
que tudo isto aconteça.
Mt
24:35 Passará
o
céu e a terra,
porém
as minhas palavras
não
passarão.
Mt
24:36 Mas a respeito
daquele
dia e hora ninguém sabe,
nem
os anjos dos céus,
nem
o Filho,
senão
o Pai.
Mt
24:37 Pois assim
como
foi nos dias de Noé,
também
será a vinda do Filho do Homem.
Mt 24:38
Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio
comiam
e bebiam,
casavam
e davam-se em casamento,
até
ao dia em que Noé entrou na arca,
Mt
24:39 e não o perceberam,
senão
quando veio o dilúvio
e
os levou a todos,
assim será
também
a vinda do
Filho do Homem.
Mt
24:40 Então,
dois
estarão no campo,
um
será tomado,
e
deixado o outro;
Mt 24:41 duas
estarão trabalhando num moinho,
uma
será tomada,
e
deixada a outra.
Mt 24:42
Portanto,
vigiai,
porque
não sabeis
em que dia
vem o vosso Senhor.
Mt
24:43 Mas considerai isto:
se
o pai de família soubesse
a
que hora viria o ladrão,
vigiaria
e não deixaria
que fosse
arrombada a sua casa.
Mt
24:44 Por isso,
ficai
também vós apercebidos;
porque,
à hora em que não cuidais,
o
Filho do Homem virá.
Mt
24:45 Quem é, pois,
o
servo fiel e prudente,
a
quem o senhor confiou os seus conservos
para dar-lhes
o sustento a seu tempo?
Mt
24:46 Bem-aventurado
aquele
servo a quem seu senhor,
quando
vier,
achar
fazendo assim.
Mt
24:47 Em verdade vos digo
que
lhe confiará todos os seus bens.
Mt 24:48 Mas,
se aquele servo,
sendo
mau, disser consigo mesmo:
Meu
senhor demora-se,
Mt
24:49 e passar
a espancar os
seus companheiros
e a comer e
beber com ébrios,
Mt
24:50 virá o senhor daquele servo
em
dia em que não o espera
e
em hora que não sabe
Mt
24:51 e castigá-lo-á,
lançando-lhe
a sorte com os hipócritas;
ali
haverá
choro
e
ranger de dentes.
A hora em que não cuidarmos, virá o Filho
do Homem! Por isso que ele nos manda estarmos apercebidos. Ora se estivermos
apercebidos e atentos, não seremos surpreendidos porque entenderemos os sinais
da sua vinda como podemos entender e esperar a tempestade que está vindo.
É comparado a servo mau aquele que
negligencia as palavras do Senhor e a desprezam.
A
Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
...quinta-feira, 27 de agosto de 2015
quinta-feira, agosto 27, 2015
Jamais Desista
Mateus 23.1-39 - OS SETE "AIs" DE JESUS

VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e
respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na
crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes
religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao
julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças
ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em
duas seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais"
(19.1-23.39) – estamos vendo e B.
Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46).
A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) - continuação.
Como já dissemos, os caps. 19-23 registram
a última viagem de Jesus para a Galileia e a sua entrada em Jerusalém antes da
sua crucificação. Essa passagem enfatiza reações divergentes aos ensinos de
Jesus - tanto aceitação quanto rejeição.
Jesus está criticando aqueles que são
religiosos e atam fardos pesados aos fieis com obrigações e compromissos que o
Senhor não pediu. Ele afirma que eles são falsos porque não vivem o que pregam,
nem pregam o que vivem. Pelo teor dessas advertências, podemos reparar que
Jesus estava indignado com tanta hipocrisia. Cuidado pastores!
Alguns consideram esse capítulo como um
outro sermão (perfazendo o número total de seis em vez dos cinco que já falamos)
ou como parte do sermão escatológico nos caps. 24-25.
Entretanto, conforme a BEG, o cap. 23 não
termina com "Quando Jesus acabou de proferir estar palavras” - ou uma frase
semelhante - que conclui os outros sermões (veja 7.28; 11.1; 13.53; 19.1;
26.1). Além disso, diferente dos outros sermões, a última parte desse sermão é
dirigida aos inimigos de Jesus.
De preferência, o cap. 23 deveria ser visto
como parte de uma narrativa, demonstrando a atividade profética de Jesus fazer
advertências aos líderes infiéis de Israel (23.13). Ele está relacionado com o sermão
seguinte, o qual nos dá a razão para a queda de Jerusalém, que é anunciada na
linguagem de profecia de julgamento do Antigo Testamento.
Jesus está se dirigindo à multidão e também
aos seus discípulos dizendo que eles (escribas e fariseus) haviam se apropriado
da posição de autoridade de Moisés – vs. 2. No grego, "assentado no lugar
de Moisés".
No entanto, o discurso deles não era
condizente com a prática, pois diziam algo e faziam outra coisa. Eles eram hipócritas
e não deveriam ser imitados em suas ações odiosas, feitas com uma única
finalidade: impressionar o próximo, mas não andar reto diante de Deus.
Adoravam que as pessoas os chamassem de
mestres, de guias e, futuramente, de pai, mas Jesus os advertiu dizendo que a
ninguém sobre a terra deveriam chamar de vosso pai, obviamente não se referindo
ao seu progenitor.
Os judeus não chamavam seus mestres que
estavam vivos de "pai", mas se referiam aos mestres venerados de
gerações mais antigas como "pais". Nenhum mestre terreno de nenhuma
idade é o progenitor do verdadeiro entendimento espiritual; esse papel pertence
somente ao próprio Deus.
Jesus concluiu seu raciocínio com a máxima
de que quem quiser ser o maior, que seja, dentre eles, o menor, pois quem a si
mesmo se exaltar, será humilhado, mas o que se humilhar, será exaltado – vs. 11
e 12.
Em seguida, Jesus proclama uma série de “Ais”,
na verdade, aqui, sete deles. Lucas (Lc 11.37-54) registra uma proclamação anterior
de seis "ais".
Essa série de sete 'ais' era um
pronunciamento profético, pois envolvia a instauração de ação judicial por
parte de Deus (a rib) contra o seu
povo e o anúncio da realização iminente das maldições da aliança.
Compare com os 'ais' proclamados por Isaías
(Is 5.8-23); com os cinco proclamados por Habacuque (Hc 2.6.20); e outros por Isaías,
Jeremias, Ezequiel e outros profetas menores.
Esses oráculos não são vingativos, mas
originaram-se da preocupação de Deus pelo seu povo e do seu desejo de que eles
se arrependam (cf. vs. 37-39).
O primeiro “Ai”, como os demais, estava
direcionado aos hipócritas - escribas e fariseus -, que gostavam de se sentar
na cadeira de Moisés, mas que fechavam o reino a quem queria entrar,
principalmente, ao afastar as pessoas de Cristo e de sua justiça. Os discípulos
deveriam fazer o contrário, pelo uso das chaves do evangelho (veja 16.19).
O segundo “Ai” era porque eles devoram as
casas das viúvas e, para disfarçar, faziam longas orações. Por isso, seriam
castigados mais severamente.
O terceiro “Ai” era porque percorriam terra
e mar para fazer um convertido e, quando conseguiam, o tornavam duas vezes mais
filho do inferno do que eles. Os prosélitos ao farisaísmo (não somente
judaísmo) eram convertidos ao legalismo e, desse modo, impedidos de receber a
justiça que é pela fé.
O terceiro “Ai” era porque diziam ‘Se
alguém jurar pelo santuário, isto nada significa; mas se alguém jurar pelo ouro
do santuário, está obrigado por seu juramento’. Compare com 5.33-37. O casuísmo
do juramento se assemelha a crianças que juram enquanto cruzam seus dedos atrás
das costas. Esse truque não torna uma promessa ou um juramento menos
obrigatório aos olhos de Deus. Deus quer a verdade em todas as nossas palavras (5.37).
O quarto “Ai” era porque eles davam o
dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas tinham negligenciado os preceitos
mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Eles deveriam
praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Jesus os comparou a guias cegos que coavam
o mosquito, mas que engoliam o camelo.
O menor dos animais impuros era o mosquito.
Já o camelo era maior dos animais impuros. No aramaico, isso também envolve um
jogo de palavras: “Você filtra um mosquito (qanla’), mas engole um camelo (gamla’)”.
O quinto “Ai” era porque eles limpavam o
exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estavam cheios de ganância e
cobiça.
O sexto “Ai” era porque eles eram como
sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estavam cheios de ossos e
de todo tipo de imundície, ou seja, pareciam justos ao povo, mas por dentro estavam
cheios de hipocrisia e maldade.
Por fim, o sétimo “Ai” era porque eles
edificavam os túmulos dos profetas e adornavam os monumentos dos justos e se
achavam melhores do que seus pais, pois se tivessem vivido naquela época,
seriam muito diferentes. No entanto, ao falarem dessa forma, condenavam-se a si
mesmos.
Jesus conclui seus sete “Ais” aqui os
chamando de serpentes, de raça de víboras. Como eles mesmos estavam enchendo a
taça da ira de Deus com sua hipocrisia, mentira e engano, como poderiam escapar
da condenação do inferno? – vs. 33.
Para provar o que Jesus disse, ele mesmo
enviaria (compare com Lc 11.49, em que "Deus em sua sabedoria” (ou “a
sabedoria de Deus”) envia. Jesus cumpre o papel dessa sabedoria), doravante,
profetas, sábios e escribas e eles iriam fazer bem pior que os seus pais.
Ao perseguir os cristãos, os fariseus
descrentes se identificariam com os seus antepassados assassinos. Observe que
Jesus disse: "Zacarias,... a quem mataste” (ênfase acrescentada).
Jesus estava prevendo o que fariam e que
isso os fariam participantes e sobre eles recairiam o sangue de todos os justos
desde Abel até Zacarias.
Abel foi a primeira pessoa a ser morta por
causa da justiça (Gn 4.8). A identificação de Zacarias é problemática, e todas
as soluções sugeridas apresentam dificuldades.
As melhores possibilidades são, conforme a
BEG:
(1)
O
profeta Zacarias (Zc 1.1) que foi o 'filho de BarAquias", mas de cujo
martírio não ternos conhecimento.
(2)
Zacarias
filho de Baruque, que foi morto pelos zelotes e foi mencionado por Josefo
(Guerras judaicas 4.334-44). Ele foi morto na área do templo, mas provavelmente
não entre o santuário e o altar.
(3)
O
filho de Joiada, o último mártir mencionado no Antigo Testamento de acordo com
a organização da Bíblia dos hebreus (2Cr 24.20-22), que foi morto no pátio do
templo por ordem de Joaz. Se não fosse pelas palavras "filho de BarAquias",
essa última opção seria a mais provável, uma vez que a frase 'do justo Abel
até... Zacarias se referiria ao primeiro e ao último mártires do cânon
hebraico. É remotamente possível que as palavras “filho de Baraquias" seja
uma inserção da parte dos copistas antigos (Lc 11.51 não as inclui) ou de que Joiada
era, na verdade, o avô de Zacarias e que seu pai era um Baraquias não
mencionado em Crónicas.
A punição que eles experimentaram foi provavelmente
a destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C. (24.34).
Em seguida, por causa das palavras dos “Ais”,
Jesus faz um lamento sobre Jerusalém. Compare com Dt 32.11; Sl 36.7: 91.4. Jesus
se esforçou e quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus
pintinhos debaixo das suas asas, mas eles não quiseram. Portanto, doravante, as
suas casas ficariam desertas – vs. 38.
Então ele declara que, desde aquele momento,
não mais o veriam até que viessem a dizer ‘Bendito é o que vem em nome do Senhor’
– vs. 39. Ou seja, precisariam se arrepender e se voltar para Cristo para terem
seus pecados perdoados e poderem ser aceitos como filhos de Deus, por meio do
Cristo Jesus.
A BEG explica que isso está relacionado à
segunda vinda (26.29,64). O Messias de Israel não será visto pela Israel não
arrependida até que ele venha novamente em glória e toda língua o confesse como
Senhor (Fp 2.10-11).
Mt 23:2 Na
cadeira de Moisés,
se
assentaram os escribas e os fariseus.
Mt 23:3 Fazei
e guardai, pois,
tudo
quanto eles vos disserem,
porém
não os imiteis nas suas obras;
porque
dizem
e
não fazem.
Mt 23:4 Atam
fardos pesados
[e difíceis
de carregar]
e os põem
sobre os ombros dos homens;
entretanto,
eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
Mt 23:5
Praticam, porém, todas as suas obras
com
o fim de serem vistos dos homens;
pois
alargam os seus filactérios
e
alongam as suas franjas.
Mt
23:6 Amam o primeiro lugar nos banquetes
e
as primeiras cadeiras nas sinagogas,
Mt
23:7 as saudações nas praças
e
o serem chamados mestres pelos homens.
Mt 23:8 Vós,
porém, não sereis chamados mestres,
porque
um só é vosso Mestre,
e
vós todos sois irmãos.
Mt 23:9 A
ninguém sobre a terra chameis vosso pai;
porque
só um é vosso Pai,
aquele
que está nos céus.
Mt 23:10 Nem
sereis chamados guias,
porque
um só é vosso Guia, o Cristo.
Mt 23:11 Mas
o maior dentre vós
será
vosso servo.
Mt 23:12 Quem
a si mesmo se exaltar
será
humilhado;
e quem a si
mesmo se humilhar
será
exaltado.
Mt 23:13 Ai
de vós,
escribas
e fariseus, hipócritas,
porque
fechais o reino dos céus diante dos homens;
pois
vós não entrais,
nem
deixais entrar os que estão entrando!
Mt 23:14 [Ai
de vós,
escribas
e fariseus, hipócritas,
porque
devorais as casas das viúvas
e,
para o justificar,
fazeis
longas orações;
por isso,
sofrereis juízo muito mais severo!]
Mt 23:15 Ai
de vós,
escribas
e fariseus, hipócritas,
porque
rodeais o mar e a terra
para
fazer um prosélito;
e,
uma vez feito,
o
tornais filho do inferno
duas
vezes mais do que vós!
Mt 23:16 Ai
de vós,
guias
cegos, que dizeis:
Quem
jurar pelo santuário,
isso
é nada;
mas, se
alguém jurar pelo ouro do santuário,
fica
obrigado pelo que jurou!
Mt
23:17 Insensatos e cegos!
Pois
qual é maior:
o
ouro ou o santuário que santifica o ouro?
Mt
23:18 E dizeis:
Quem
jurar pelo altar,
isso
é nada;
quem, porém,
jurar pela oferta que está sobre o altar
fica
obrigado pelo que jurou.
Mt
23:19 Cegos! Pois qual é maior:
a
oferta ou o altar que santifica a oferta?
Mt 23:20
Portanto,
quem
jurar pelo altar jura por ele
e
por tudo o que sobre ele está.
Mt
23:21 Quem jurar pelo santuário jura por ele
e
por aquele que nele habita;
Mt 23:22 e
quem jurar pelo céu jura
pelo
trono de Deus
e
por aquele que no trono está sentado.
Mt 23:23 Ai
de vós,
escribas
e fariseus, hipócritas,
porque
dais o dízimo
da
hortelã, do endro e do cominho
e tendes
negligenciado os preceitos
mais
importantes da Lei:
a
justiça,
a
misericórdia
e
a fé;
devíeis,
porém, fazer estas coisas,
sem
omitir aquelas!
Mt 23:24
Guias cegos,
que
coais o mosquito
e
engolis o camelo!
Mt 23:25 Ai
de vós,
escribas
e fariseus, hipócritas,
porque
limpais o exterior do copo e do prato,
mas
estes, por dentro,
estão
cheios de rapina
e
intemperança!
Mt
23:26 Fariseu cego,
limpa
primeiro o interior do copo,
para
que também o seu exterior fique limpo!
Mt 23:27 Ai
de vós,
escribas
e fariseus, hipócritas,
porque
sois semelhantes aos sepulcros caiados,
que,
por fora, se mostram belos,
mas
interiormente estão cheios de ossos de mortos
e
de toda imundícia!
Mt
23:28 Assim também vós exteriormente
pareceis
justos aos homens,
mas,
por dentro, estais cheios de hipocrisia
e
de iniqüidade.
Mt 23:29 Ai
de vós,
escribas
e fariseus, hipócritas,
porque
edificais os sepulcros dos profetas,
adornais
os túmulos dos justos
Mt
23:30 e dizeis:
Se
tivéssemos vivido nos dias de nossos pais,
não teríamos
sido seus cúmplices
no
sangue dos profetas!
Mt
23:31 Assim, contra vós mesmos,
testificais
que sois filhos
dos
que mataram os profetas.
Mt 23:32
Enchei vós, pois,
a
medida de vossos pais.
Mt 23:33
Serpentes,
raça
de víboras!
Como
escapareis da condenação do inferno?
Mt 23:34 Por
isso, eis que eu vos envio
profetas,
sábios e escribas.
A
uns matareis e crucificareis;
a
outros açoitareis nas vossas sinagogas
e
perseguireis de cidade em cidade;
Mt
23:35 para que sobre vós recaia
todo
o sangue justo derramado sobre a terra,
desde
o sangue do justo Abel
até
ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias,
a
quem matastes entre o santuário e o altar.
Mt 23:36 Em verdade vos digo
que todas
estas coisas hão de vir sobre a presente geração.
Mt 23:37 Jerusalém, Jerusalém,
que matas os
profetas
e
apedrejas os que te foram enviados!
Quantas vezes
quis eu reunir os teus filhos,
como
a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas,
e
vós não o quisestes!
Mt 23:38 Eis
que a vossa casa vos ficará deserta.
Mt 23:39 Declaro-vos, pois, que,
desde agora,
já
não me vereis,
até
que venhais a dizer:
Bendito
o que vem em nome do Senhor!
Deus querendo salvar e enviar a salvação,
mas o povo alheio a Deus fazendo coisas inconvenientes e se deixando levar por
outras coisas. Misericórdias!
A seguir, medite no excelente e didático quadro
temático da BEG sobre os partidos religiosos e políticos no ambiente do NT:
PARTIDOS RELIGIOSOS E POLÍTICOS
NO NOVO TESTAMENTO[1]
FARISEUS:
Um
dos principais grupos religiosos dos judeus eram os representantes mais
rigorosos da espiritualidade judaica.
Com a
sua insistência na observância estrita da Lei Mosaica e no respeito às
tradições dos ''pais" (isto é, os antepassados), exerciam forte influência
sobre o povo (Mt 9.11,14; 12.1-2; 15.1-2; 19.3; Lc 18.11.12; At 15.5).
Eles
eram contra Jesus (Mt 9.34; 12.14; 16.1-12; Jo 9.17; 11.47-48,57), mas alguns
deles o trataram com respeito e cordialidade (Lc 7.36-50; 11.37; Jo 3.1;
7.50-51; 19.39-40).
Jesus
reprovava o seu exagerado zelo ritual e o afã de satisfazer os mais
insignificantes aspectos da letra da lei, que muitas vezes fazia com que eles
esquecessem os valores do espírito que a anima (Mc 7.3-4,8-13).
O
apóstolo Paulo foi criado como fariseu (At 23.6; 26.5; Fp 3.5-6) e foi aluno do
renomado mestre fariseu Gamaliel, de Jerusalém (At 22.3).
SADUCEUS
Um
pequeno, mas poderoso grupo religioso dos judeus. Faziam parte desse partido os
sacerdotes e as pessoas ricas e de influência de Jerusalém (At 5.17) e
representavam, de certo modo, a aristocracia de Israel.
Eles
baseavam seus, ensinamentos principalmente nos primeiros cinco livros do Antigo
Testamento. Não acreditavam na ressurreição, no juízo final ou na existência de
anjos (Mt 22.23-33). Os saduceus não se davam bem com os fariseus (Mt 22.23-32;
At 23.6-9), mas algumas vezes se juntaram a eles contra Jesus (Mt 16.1-4).
ESSÉNIOS
Grupo
separatista nascido na época helenística, provavelmente originários dos
fariseus. Eram rigorosos observadores da Lei; consideravam que o sacerdócio era
corrupto e rechaçavam muitas práticas religiosas e o sistema sacrifical
judaico.
Alguns
moravam em cidades, mas a maioria vivia em comunidades, no deserto de En-Gedi.
Os essênios não são mencionados na Bíblia.
ZELOTES
O
nome significa “zeloso", "fanático". Tradicionalmente, tem sido
considerado que os zelotes constituíam um grupo judaico nacionalista que se
rebelou contra Roma. Eram conhecidos também como “cananeus" ou
"nacionalistas".
Simão,
um dos doze discípulos de Jesus, era chamado de “Zelote" (Lc 6.15). Os
zelotes desempenharam um papel muito ativo na rebelião dos anos 66 a 70.
HERODIANOS
Judeus
que preferiam ser governados por um descendente do rei Herodes, o Grande, em
vez de um governador romano, como Pôncio Pilatos (Mt 22.16; Mc 3.6; 12.13).
O
nome também podia se referir à pessoa que estavam a serviço de Herodes.
NICOLAÍTAS
Seguidores
de uma seita herética que perturbavam as igrejas de Éfeso e de Pérgamo. Comiam alimentos
sacrificados a idolos e entregavam-se aos prazeres carnais (Ap 2.6-15).
SAMARITANOS
Pessoas
nascidas em Sarnaria, região que ficava entre a Judeia e a Galileia. Os
samaritanos não reconheciam outra autoridade doutrinal além dos livros da Lei
(o Pentateuco).
Por
causa de tudo isso, os judeus não aceitaram como legitimo o culto dos
samaritanos, que, para eles, eram praticamente pagãos.
Eles
se negavam, portanto, a ter com os samaritanos qualquer tipo de relacionamento
ou trato (Mt 10.5; Lc 9.52-53; 17.15-18; Jo 4.7-9,20; 8.48).
ESCRIBAS OU MESTRES DA LEI
Os
escribas, mestres da Lei ou rabinos, formavam um grupo profissional e não um
partido.
Não
pertenciam, em geral, à classe sacerdotal, mas eram influentes e chegaram a
gozar de elevada consideração como intérpretes das Escrituras e dirigentes do
povo.
Esses
homens esclareciam dúvidas sobre o que as Escrituras hebraicas querem dizer,
citando opiniões dos famosos mestres judeus do passado (Mt 2.14; 5.20; 7.29;
15.1-2; 22.25; Mc 1.22; Lc 7.30: 10.25: 11.45-46,52; At 5.34).
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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