sexta-feira, 21 de agosto de 2015
sexta-feira, agosto 21, 2015
Jamais Desista
Mateus 17.1-27 - O PODER DA FÉ DO TAMANHO DA MOSTARDA.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Entramos hoje
na parte V, no capítulo 17.
V. A AUTORIDADE DO REINO (14.1-18.35) - continuação.
Como já dissemos, os milagres de Jesus
demonstraram a sua autoridade como Messias. Muitos testemunharam a sua
supremacia quando o viram fazendo grandes obras. Jesus insistiu que a vida sob
o seu reinado é diferente da vida sob outros reinados.
A maior preocupação dos caps. 14-18 é a
autoridade no reino. Eles foram divididos em duas seções: A. Narrativa: o
caráter e a autoridade de Jesus (14.1-17.27) – Estamos vendo e B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja
(18.1-35).
A. Narrativa: o caráter e a autoridade de Jesus (14. 1-17.27) - continuação.
Na narrativa que vai até o capítulo 17,
estamos vendo o caráter e a autoridade de Jesus como Rei ao relembrar os
milagres que ele realizou, bem como as reações daqueles que tinham contato com
ele.
Foram seis dias depois que Jesus tomou
consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um
alto monte. Essa indicação direta do tempo é rara nos Evangelhos; ela deve ter
sido incluída para tornar clara a ligação entre a confissão de Filipe de
Cesareia e a transfiguração.
Uma vez que os discípulos haviam começado a
reconhecer quem Jesus era, ele estava pronto para apontar para a culminação
climática dos acontecimentos em Jerusalém. A transfiguração foi parte da
preparação de Jesus para a crise.
Jesus transfigurou-se diante deles e como
se não bastasse ainda falam com ele, naquele monte, Moisés e Elias, ambos
representantes e expoentes do Velho Testamento. Moisés representando à Lei e
Elias, os Profetas. Moisés tinha passado pela morte e Elias, não, fora
arrebatado.
A lei e os profetas testificam de Jesus.
Moisés, o doador da lei, e Elias, o maior profeta do período monárquico, têm
aqui o privilégio de falarem com Jesus. De acordo com Lc 9.31, eles discutiram
sobre a iminente morte redentora de Jesus.
O fato é que estavam ali com eles: Pedro,
Tiago e João. Eles ficam confusos e logo querem fazer algo, como construir uma
tenda para abrigar todos. Na verdade nem sabiam o que falavam. A voz potente de
Jeová é ouvida e as instruções são claras:
-
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo, a ele ouvi!
A voz veio direta de uma nuvem que os
envolveu, ali naquele lugar. Depois da fala do Pai, nada mais viram se não a
Jesus. Isto significa que é a Jesus que devemos ouvir de agora em diante.
Essas palavras vindas dos céus mostraram
aos discípulos o quanto era tola a sugestão de Pedro (vs. 4), e os discípulos
começaram a perceber com quem eles estavam viajando. Essa designação “meu filho amado” anteriormente dada no
batismo de Jesus (3.17), significa "filho único”, aquele que deveria ser,
doravante, ouvido. A Palavra de Deus, falada por intermédio de Moisés e os
profetas, apontava para Jesus. Agora a palavra final estava sendo falada pelo
filho de Deus.
Esta reunião fantástica, em cima de um alto
monte envolveu a Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo; os mortos que de
mortos não tinham nada, pois estão vivos com Deus; os homens: Pedro, Tiago e
João; e, a Palavra de Deus e seu poder. Os anjos não são mencionados, mas com
certeza devia haver deles ali, ou por perto.
Eles ainda estavam confusos e depois da
repreensão do Pai com a voz vindo das nuvens, eles ficaram amedrontados e não
viram mais nada. Enquanto desciam do monte, começaram as discussões sobre Elias.
Compare com a nota sobre Jo 1.21. Os escribas estavam certos, mas eles falharam
em reconhecer tanto Elias quanto o Messias quanto eles vieram (vs. 12).
Jesus afirma para eles que esse Elias já
tinha vindo, que eles não o reconheceram, e que ainda fizeram com ele o que
haveriam de fazer com Jesus. Nesse momento, entenderam que Jesus estava falando
de João Batista e como ele tinha sido maltratado, assim irão maltratar a Jesus.
É interessante comparar o vs. 17 com Dt 32.20. Tanto Jesus, como Moisés, desceu
do monte de glória para encontrar a descrença.
Chegando ao pé do monte, encontram uma
multidão e uma pequena confusão porque os seus discípulos não estavam
conseguindo curar um filho de um homem que buscava cura.
Jesus não gostou do que viu e repreendeu
aquela geração a chamando de incrédula e perversa. Assim, Jesus cura esse
lunático, a pedido desse pai desesperado. Ele curou o menino e seus discípulos
ficaram intrigados porque não tinham conseguido curá-lo.
Jesus lhes responde que era por causa da pequenez
da fé deles. A fé dos discípulos não era pequena porque lhes faltava confiança
ou não esperassem sucesso - eles estavam aparentemente surpresos pelas suas
falhas - mas porque a expectativa deles não era apropriadamente baseada no relacionamento
com Deus.
Uma pequena porção (como uma semente de mostarda)
de verdadeira fé, da fé enraizada na submissão a Deus, é eficaz. Mc 9.29 torna
isso claro quando fala da oração como a chave.
Jesus lhes assegura que não tinham
conseguido curar o menino por causa da pequenez da fé deles, mas afirmava que,
mesmo uma fé pequena, como um grão de mostarda, seria suficiente para realizar
coisas impossíveis como transportar montes e ainda lhes disse que nada seria a
eles impossível. No entanto, aquela espécie de libertação não se daria sem
oração e jejum.
Dos versos de 22 a 23, vemos a segunda
predição da paixão e da ressurreição de Jesus em Mateus (cf. 16.21-24). A
figura escatológica do “Filho do Homem" (8.20) é aqui identificada com o
servo sofredor do Senhor, apresentado em Is 53.
Pelo que sabemos, ninguém antes de Jesus já
havia identificado o Messias do Antigo Testamento, o Filho do Homem do Antigo
Testamento e o servo sofredor do Antigo Testamento como o mesmo Redentor-Rei.
Os discípulos estavam tão esmagados pelas
suas dificuldades em aceitar o sofrimento do Messias que aparentemente não
conseguiram nem mesmo ouvir a promessa da ressurreição. No mínimo, eles não
acreditaram realmente nisso.
Em seguida, Jesus e seus discípulos
chegaram a Cafarnaum onde foram cobrados para pagarem o imposto do templo.
A taxa do templo de duas dracmas ou meio
sitio foi instituído por Deus em Ex 30.13. A questão de Jesus aqui não é que nós
deveríamos pagar impostos à autoridade civil (embora isso seja verdade; cf. 22.21),
mas que Cristo e o templo que ele está construindo (sua igreja) são maiores do
que o templo físico, o qual era apenas um tipo.
No entanto, Jesus estava disposto a se
ajustar aos requerimentos anteriores a fim de evitar ofensas. O conselho (Rm
14.13-21) e a prática de Paulo (At 16.3; 21.26) eram semelhantes.
tomou Jesus
consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João
e
os levou,
em
particular,
a
um alto monte.
Mt 17:2 E foi
transfigurado diante deles;
o
seu rosto resplandecia como o sol,
e
as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
Mt 17:3 E eis
que lhes apareceram
Moisés
e Elias,
falando
com ele.
Mt 17:4
Então, disse Pedro a Jesus:
Senhor,
bom é estarmos aqui;
se
queres, farei aqui três tendas;
uma
será tua,
outra
para Moisés,
outra
para Elias.
Mt 17:5
Falava ele ainda,
quando
uma nuvem luminosa os envolveu;
e
eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia:
Este
é o meu Filho amado,
em
quem me comprazo;
a
ele ouvi.
Mt 17:6
Ouvindo-a os discípulos,
caíram
de bruços,
tomados
de grande medo.
Mt 17:7
Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo:
Erguei-vos
e não temais!
Mt 17:8
Então, eles, levantando os olhos,
a
ninguém viram,
senão
Jesus.
Mt 17:9 E,
descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus:
A
ninguém conteis a visão,
até
que o Filho do Homem
ressuscite
dentre os mortos.
Mt 17:10 Mas
os discípulos o interrogaram:
Por
que dizem, pois, os escribas
ser
necessário que Elias venha primeiro?
Mt 17:11
Então, Jesus respondeu:
De
fato, Elias virá e restaurará todas as coisas.
Mt 17:12 Eu,
porém, vos declaro que Elias já veio,
e
não o reconheceram;
antes,
fizeram com ele tudo quanto quiseram.
Assim
também o Filho do Homem
há
de padecer nas mãos deles.
Mt 17:13
Então, os discípulos entenderam que lhes falara
a
respeito de João Batista.
Mt 17:14 E, quando chegaram para junto
da multidão,
aproximou-se
dele um homem,
que
se ajoelhou e disse:
Mt
17:15 Senhor, compadece-te de meu filho,
porque
é lunático
e
sofre muito;
pois
muitas vezes cai no fogo
e
outras muitas, na água.
Mt
17:16 Apresentei-o a teus discípulos,
mas
eles não puderam curá-lo.
Mt
17:17 Jesus exclamou:
Ó
geração incrédula e perversa!
Até
quando estarei convosco?
Até
quando vos sofrerei?
Trazei-me
aqui o menino.
Mt
17:18 E Jesus repreendeu o demônio,
e
este saiu do menino;
e,
desde aquela hora,
ficou
o menino curado.
Mt
17:19 Então, os discípulos,
aproximando-se
de Jesus,
perguntaram
em particular:
Por
que motivo não pudemos nós expulsá-lo?
Mt
17:20 E ele lhes respondeu:
Por
causa da pequenez
da
vossa fé.
Pois em
verdade vos digo
que, se
tiverdes fé como um grão de mostarda,
direis
a este monte:
Passa
daqui para acolá,
e
ele passará.
Nada
vos será impossível.
Mt
17:21 [Mas esta casta não se expele
senão
por meio de oração e jejum.]
Mt 17:22 Reunidos eles na Galiléia,
disse-lhes Jesus:
O Filho do
Homem está para ser entregue nas mãos dos homens;
Mt 17:23 e
estes o matarão;
mas,
ao terceiro dia,
ressuscitará.
Então,
os discípulos se entristeceram grandemente.
Mt 17:24 Tendo eles chegado a Cafarnaum,
dirigiram-se
a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas
e
perguntaram:
Não
paga o vosso Mestre as duas dracmas?
Mt 17:25 Sim,
respondeu ele.
Ao
entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo:
Simão,
que te parece?
De quem
cobram os reis da terra impostos ou tributo:
dos
seus filhos ou dos estranhos?
Mt 17:26
Respondendo Pedro:
Dos
estranhos,
Jesus lhe disse:
Logo,
estão isentos os filhos.
Mt 17:27 Mas,
para que não os escandalizemos,
vai
ao mar,
lança
o anzol,
e
o primeiro peixe que fisgar,
tira-o;
e,
abrindo-lhe a boca,
acharás
um estáter.
Toma-o
e
entrega-lhes
por
mim
e
por ti.
Jesus pagou os tributos devidos para não
escandalizar ninguém e também como exemplo para nós que estamos debaixo de
algum governo por ele instituído para o nosso próprio bem. Quem age contra as
autoridades de Deus, quando imbuídas no cumprimento de seu dever, desde que não
contrário às leis de Deus, está agindo contra Deus.
...
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quinta-feira, 20 de agosto de 2015
quinta-feira, agosto 20, 2015
Jamais Desista
Mateus 16 1-28 - UMA GERAÇÃO MALIGNA PEDIA SINAIS
V. A AUTORIDADE DO REINO (14.1-18.35) - continuação.
Como já dissemos, os milagres de Jesus
demonstraram a sua autoridade como Messias. Muitos testemunharam a sua
supremacia quando o viram fazendo grandes obras. Jesus insistiu que a vida sob
o seu reinado é diferente da vida sob outros reinados.
A maior preocupação dos caps. 14-18 é a
autoridade no reino. Eles foram divididos em duas seções: A. Narrativa: o
caráter e a autoridade de Jesus (14.1-17.27) – Estamos vendo e B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja
(18.1-35).
A. Narrativa: o caráter e a autoridade de Jesus (14. 1-17.27) - continuação.
Na narrativa que vai até o capítulo 17,
estamos vendo o caráter e a autoridade de Jesus como Rei ao relembrar os
milagres que ele realizou, bem como as reações daqueles que tinham contato com
ele.
A nossa maldita mania de ficar pedindo
sinal para Deus! Ali estavam os fariseus e saduceus vendo sinais e milagres
todos os dias sendo executados pelas mãos de Deus, publicamente, e eles pedindo
um sinal.
Jesus indicou aos fariseus um sinal literal
do céu, o próprio céu. A analogia que ele fez com o modo como eles
interpretavam o tempo, mostra que o problema não era a falta de evidências, mas
uma má vontade em aceitar o seu significado. Jesus já havia fornecido muitos
sinais. A evidência, sendo milagre ou não, será mal interpretada ou distorcida
pela mente descrente. Jesus não jogava pérolas aos porcos (veja 7.6).
Que sinal seria dado aos incrédulos? Quando
o coração está endurecido não adiantam sinais pois o efeito deles será o
contrário do esperado. O sol que brilha forte derrete a cera, mas ao mesmo
tempo endurece o barro.
Se o coração deles era de barro, como
seriam amolecidos com sinais? A verdade era que eles não criam nele e nada
haveria Jesus de falar ou mostrar que os demovesse daquilo. Um coração
incrédulo é um coração que está cego pelo enganador e pelo engano do pecado.
Jesus chamou aquela geração de perversa e
adúltera que pedia sinais e ele disse que daria um sinal, o sinal de Jonas e em
seguida os deixou e retirou-se dali.
Ainda mesmo os discípulos eram tardios em
crerem e assim ficaram cogitando o fato de não terem pães e Jesus lhes lembra o
que aconteceu por duas vezes com as multidões de 5000 e de 4000 que foram
alimentados sobrenaturalmente pelo poder de Deus.
Jesus frequentemente falou por meio de
parábolas, mas era mal interpretado como se estivesse falando literalmente. A
menção que ele fez à alimentação dos milhares mostra que ele esperava que os
discípulos compreendessem o simbolismo dos milagres.
A BEG nos adverte que como fermento na
massa, os falsos ensinos podem rapidamente permear a igreja e corromper a sua santidade.
Jesus não considerou as doutrinas como não sendo importantes.
Agora Jesus e seus discípulos chegaram à
região de Cesareia de Filipe. Era uma pequena cidade no pé do monte Hermom,
cerca de 37 km ao norte da Galileia e o ponto mais ao norte do itinerário de
Jesus registrado nos evangelhos.
Em lá chegando, ele resolve fazer uma
pergunta importante para seus discípulos: quem dizeis que eu sou? – vs. 15, 16.
Jesus fez a pergunta para todos os discípulos, mas Pedro respondeu em nome dos
Doze.
Sua declaração foi de que - Jesus é "o
Cristo” (vs. 16) reflete a percepção de que Jesus era o esperado rei escatológico
profetizado no Antigo Testamento. Não somente o Cristo, mas também o filho do
Deus vivo.
O título "Filho do Deus" (nesse
versículo "Filho do Deus vivo") aparece em Mateus:
(1)
Em
reconhecimento por Satanás e seus demônios (4.3; 8.29).
(2)
Em
confissão pelos discípulos (14.33; 16.16).
(3)
Em
dúvida ou questão pelos descrentes judeus (26.63; 27.40,43).
(4)
Nos
lábios do centurião gentio (27.54).
Esse título está relacionado ao
"Cristo" em 16.16; 26.63. O próprio Deus também testificou que Jesus é
seu Filho (3.17; 17.5).
O conceito não é o de meia-divindade ou um
homem divino como encontrado na literatura pagã, mas vem dos antecedentes do
Antigo Testamento sobre o rei ungido como filho de Deus (cf. 2Sm 7.14; 51 2.7,
ambas consideradas corretamente pelos judeus como passagens messiânicas). A BEG
recomenda aqui que se veja seu excelente artigo teológico "Jesus Cristo,
Deus e homem", em Jo 1.
No Antigo Testamento, Israel como um todo
era filho de Deus (p. ex., Ex 4.22), e Jesus cumpriu essa posição de Israel (2.15).
No entanto, como aplicado a Jesus, o título reflete o seu próprio conhecimento
do Pai como o único Filho (11.27; cf. 21.38).
Jesus foi conhecido pelo Pai como sendo seu
filho amado (3.17) no sentido de Filho único (Gn 22.2). Conquanto o
entendimento de Pedro não fosse ainda tão esclarecido quanto se tornaria mais
tarde (1 Pe 3.15), ele lhe foi dado pelo Pai e ia além do que Pedro poderia ter
concluído por si mesmo (v.17).
Jesus então exclama diante de tão forte
declaração de Pedro – vs. 17 – que não foi carne e sangue que lhe revelaram. O
reconhecimento de quem Jesus é, deve vir de Deus.
Então Jesus diz a ele, Pedro, que ele era
Pedro e que sobre esta (não essa) pedra, ele, Jesus edificaria a sua igreja.
Conforme a BEG, a palavra grega é petra, de modo que há um trocadilho com
as letras e o nome "Pedro", mas o significado exato desse trocadilho
é questionado.
As opções mais prováveis são que
(1)
A
confissão de Pedro (de que Jesus é o Cristo) é a "pedra" sobre a qual
a igreja é construída.
(2)
Jesus
é a "pedra", como o próprio Pedro testifica em 1Pe 2.5-8.
(3)
Pedro,
como o apóstolo representante e confidente, é a base da igreja (cf. Ef 2.20).
(4)
Em
sua confissão, Pedro representa o tipo de material com o qual e no qual a
verdadeira igreja será construída.
A primeira e a segunda opções são
frequentemente defendidas ao se apontar para o fato de que o nome de Pedro é
petros, e a pedra fundamental é peta. Porém, o aramaico não teria feito tal
distinção - em ambos os casos seria kefa - e mesmo o grego fazia pequena
distinção entre os dois termos.
A segunda opção é também problemática
porque nessa passagem Jesus não é o fundador, mas o construtor da igreja. Não
fosse o abuso da passagem pela Igreja Católica Romana, é pouco provável que
alguma dúvida tivesse surgido de que a referência aqui é a Pedro. Porém, apesar
de sua confissão, a pedra fundamental não é Pedro, mas Pedro como um apóstolo
cuja confissão de Cristo foi revelada a ele pelo Pai.
Quando Pedro, mais tarde, insistiu que
Jesus não deveria sofrer na cruz, ele não foi chamado de "pedra"
fundamental, mas de "pedra de tropeço" (v. 23). E nem Pedro deve ser
separado dos Onze.
A autoridade dada a ele também foi dada aos
outros discípulos, e essa autoridade provê a base para o governo da igreja de
Cristo (18.18). Como o próprio Pedro declara (1 Pe 2.5-8), todos os crentes se
tornaram pedras vivas em virtude de sua associação com Cristo, mas os
apóstolos, representados aqui pelo porta-voz dos Doze, são o fundamento (cf. Ef
2.20-21; Ap 21.14).
É evidente que, mesmo se a pedra
fundamental é interpretada como a pessoa de Pedro, ainda não há nada que sugira
que Pedro teria “sucessores".
A igreja seria edificada no fundamento que
é Cristo e na doutrina dos apóstolos (Ef 2.19-20; At 2.42), por isso que as portas
do inferno não haveriam de prevalecer contra ela. Tanto no Antigo Testamento
(por ex., Jó l7.16; SI 9.13) como na literatura judaica intertestamental, “as
portas do inferno" e "as portas de Hades" são usadas para
representar a morte, o poder de Satanás. Jesus afirmou que a própria morte não
triunfará sobre o seu povo, esse é o sentido mais preciso.
Jesus afirma então que daria aos apóstolos
e não somente a Pedro as chaves do reino dos céus. A metáfora especifica o modo
em que os apóstolos são fundamentais para a igreja: a eles foram dados poderes
de unir e soltar, ou "chaves", que fecham e abrem portas.
Os apóstolos abriram o reino para aqueles
que compartilharam da confissão de Pedro e excluíram aqueles que não receberam
o seu testemunho sobre Cristo (10.14-15).
Por meio deles, Jesus revelou a sua própria
palavra de autoridade do reino. A base apostólica da igreja foi fundamentada no
Novo Testamento (Ef 2.20; 3.5). As chaves para a autoridade de Cristo na igreja
são a aplicação dessa autoridade apostólica (18.18).
Ato contínuo, ele lhes pede que façam
silêncio, por hora, em relação ao fato a eles revelado há pouco. Compare com
8.4. As concepções populares a respeito do Messias estavam longe daqueles que
reconheciam o seu ministério sofredor. Permitir que seus discípulos proclamassem
a sua messianidade abertamente teria sido instigar um movimento político que
teria acabado com a sua missão real (como quase aconteceu em Jo 6.15).
Foi a partir desse momento que Jesus
começou a mostrar para eles que era necessária a cruz, o sofrimento do Messias.
Isso marca uma nova fase do ministério de Jesus. A mesma frase ocorre em 4.17. (Compare
as redações de 4.17 com 16.21).
Aqui Mateus muda da pregação pública do
povo da Galileia sobre o reino para a instrução cuidadosa de Jesus a seus
discípulos com relação à sua morte e ressurreição, a natureza da sua
messianidade e do discipulado deles.
Até esse ponto, Jesus tinha dado somente
indicações a respeito da sua morte e sofrimento redentores. Agora ele começa a
"explicar" ou "mostrar" essas coisas para seus discípulos,
talvez por referências às Escrituras do Antigo Testamento (cf. Lc 24.44-47).
Pedro, novamente Pedro, sentiu-se tocado
pelas falas de Jesus e quis repreendê-lo quanto às questões do sofrimento do
Messias. Acho que os elogios do Senhor a ele, subiram em sua cabeça. Com seu
jeito especial de ser tentou persuadir ao Senhor de que não precisaria de
passar por aquilo.
Jesus o repreendeu severamente! Suas palavras
foram forte e contundentes: "Para
trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas
coisas de Deus, mas nas dos homens" – vs. 23.
Como pode, há pouco vaso de Deus que trouxe
uma revelação extraordinária de Deus, noutro momento, em seguida, vaso do
diabo, com argumentos totalmente malignos. Essa é também a nossa realidade até
que tudo se consuma.
Somos filhos de Deus, mas ainda estamos na
carne e, embora devamos viver no Espírito, poderemos andar na carne, fazendo a vontade
do diabo. Como administrar isso? Com vigilância e oração.
Jesus acrescentou, logo em seguida, o mandamento
de "negar-se" a si mesmo, justamente para evitar esse problema. Para
sermos discípulos, precisamos abandonar totalmente o nosso desejo natural de
procurar o próprio progresso, conforto, respeito e poder.
O que adiantaria a qualquer um de nós
ganharmos o mundo e perdermos nossa alma? Ou mesmo o que o homem poderia dar em
troca de sua alma? Jesus incentiva então seus discípulos a levarem a vida de
seguir a Jesus muito a sério.
Cada um de nós, quando Jesus voltar, será
recompensado de acordo com suas respectivas obras, com o que tiverem feito com
o uso do corpo, da alma e do espírito – vs. 26, 27.
Em seguida, Jesus passa a falar a eles a
respeito de sua transfiguração que aconteceria em menos de sete dias depois. Embora
isso - de maneira nenhuma passarão pela morte (vs. 28) - tenha sido tomado como
referência à transfiguração, a frase implica um período de pelo menos mais de
uma semana.
Uma outra opção é a destruição de Jerusalém
(10.23). Mas, diferente de 10.23, o contexto aqui não é especificamente
relacionado ao julgamento de Israel, mas à iminente morte e ressurreição de
Jesus.
A cisão mais convincente é que a
"vinda" mencionada aqui se relaciona com todo o conjunto de acontecimentos
envolvidos no recebimento de domínio do Filho do Homem, especialmente a sua
ressurreição, ascensão, envio do Espírito e julgamento contra Jerusalém.
Todos esses acontecimentos ocorreram
enquanto alguns dos discípulos ainda estavam vivos. A transfiguração também
poderia ser incluída nesse conjunto de acontecimentos.
tentando-o,
pediram-lhe
que lhes mostrasse um sinal vindo do céu.
Mt 16:2 Ele, porém, lhes respondeu:
Chegada a
tarde, dizeis:
Haverá
bom tempo, porque o céu está avermelhado;
Mt 16:3 e,
pela manhã:
Hoje,
haverá tempestade,
porque
o céu está de um vermelho sombrio.
Sabeis, na
verdade, discernir o aspecto do céu
e
não podeis discernir os sinais dos tempos?
Mt 16:4 Uma
geração má e adúltera pede um sinal;
e nenhum
sinal lhe será dado,
senão
o de Jonas.
E,
deixando-os, retirou-se.
Mt 16:5 Ora, tendo os discípulos passado
para o outro lado,
esqueceram-se
de levar pão.
Mt 16:6 E Jesus lhes disse:
Vede e
acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.
Mt 16:7 Eles, porém, discorriam entre
si, dizendo:
É porque não
trouxemos pão.
Mt 16:8 Percebendo-o Jesus, disse:
Por que
discorreis entre vós,
homens
de pequena fé,
sobre
o não terdes pão?
Mt 16:9 Não
compreendeis ainda,
nem vos
lembrais dos cinco pães para cinco mil homens
e
de quantos cestos tomastes?
Mt 16:10 Nem
dos sete pães para os quatro mil
e
de quantos cestos tomastes?
Mt 16:11 Como
não compreendeis
que
não vos falei a respeito de pães? E sim:
acautelai-vos
do fermento
dos
fariseus e dos saduceus.
Mt 16:12
Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem
do
fermento de pães,
mas
da doutrina dos fariseus e dos saduceus.
Mt 16:13 Indo Jesus para os lados de
Cesaréia de Filipe,
perguntou a
seus discípulos:
Quem
diz o povo ser o Filho do Homem?
Mt 16:14 E
eles responderam:
Uns
dizem: João Batista;
outros:
Elias; e outros: Jeremias
ou
algum dos profetas.
Mt 16:15 Mas
vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
Mt 16:16
Respondendo Simão Pedro, disse:
Tu
és o Cristo,
o
Filho do Deus vivo.
Mt 16:17
Então, Jesus lhe afirmou:
Bem-aventurado
és, Simão Barjonas,
porque
não foi carne e sangue que to revelaram,
mas
meu Pai, que está nos céus.
Mt
16:18 Também eu te digo que tu és Pedro,
e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja,
e
as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Mt
16:19 Dar-te-ei as chaves do reino dos céus;
o
que ligares na terra
terá
sido ligado nos céus;
e
o que desligares na terra
terá
sido desligado nos céus.
Mt 16:20
Então, advertiu os discípulos
de
que a ninguém dissessem ser ele o Cristo.
Mt 16:21
Desde esse tempo, começou Jesus Cristo
a
mostrar a seus discípulos
que
lhe era necessário seguir para Jerusalém
e
sofrer muitas coisas
dos
anciãos,
dos
principais sacerdotes
e
dos escribas,
ser
morto
e
ressuscitado no terceiro dia.
Mt
16:22 E Pedro, chamando-o à parte,
começou
a reprová-lo, dizendo:
Tem
compaixão de ti, Senhor;
isso
de modo algum te acontecerá.
Mt
16:23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro:
Arreda,
Satanás!
Tu
és para mim pedra de tropeço,
porque não
cogitas das coisas de Deus,
e
sim das dos homens.
Mt 16:24
Então, disse Jesus a seus discípulos:
Se
alguém quer vir após mim,
a
si mesmo se negue,
tome
a sua cruz
e
siga-me.
Mt 16:25
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida
perdê-la-á;
e quem perder
a vida por minha causa
achá-la-á.
Mt 16:26 Pois
que aproveitará o homem
se
ganhar o mundo inteiro
e
perder a sua alma?
Ou que dará o
homem em troca
da
sua alma?
Mt 16:27
Porque o Filho do Homem
há
de vir na glória de seu Pai,
com
os seus anjos,
e,
então, retribuirá a cada um
conforme
as suas obras.
Mt
16:28 Em verdade vos digo que alguns há,
dos
que aqui se encontram,
que de
maneira nenhuma passarão pela morte
até que vejam
vir
o
Filho do Homem no seu reino.
Uma curiosidade neste capítulo é o fato de
que Pedro, primeiramente, receber uma revelação espetacular do Espírito Santo
e, de ímpeto, declarar que Jesus é Filho de Deus. Pouquíssimo tempo depois, é
usado, pelo diabo para falar uma palavra digna de toda repreensão: Arreda
satanás!
E nós ganharemos o mundo e perderemos a
nossa alma ou perderemos a vida por causa dele e a acharemos? Que Deus nos
guarde da incredulidade!
...
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
quarta-feira, agosto 19, 2015
Jamais Desista
Mateus 15.1-39 - UMA MULHER, CANANEIA, NOS ENSINA O QUE É FÉ.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Entramos hoje
na parte V, no capítulo 15.
V. A AUTORIDADE DO REINO (14.1-18.35) - continuação.
Como já dissemos, os milagres de Jesus
demonstraram a sua autoridade como Messias. Muitos testemunharam a sua
supremacia quando o viram fazendo grandes obras. Jesus insistiu que a vida sob
o seu reinado é diferente da vida sob outros reinados.
A maior preocupação dos caps. 14-18 é a
autoridade no reino. Eles foram divididos em duas seções: A. Narrativa: o
caráter e a autoridade de Jesus (14.1-17.27) – Estamos vendo e B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja
(18.1-35).
A. Narrativa: o caráter e a autoridade de Jesus (14. 1-17.27) - continuação.
Na narrativa que vai até o capítulo 17, estamos
vendo o caráter e a autoridade de Jesus como Rei ao relembrar os milagres que
ele realizou, bem como as reações daqueles que tinham contato com ele.
O que de fato contamina o homem se não o
que sai de sua boca?
Primeiramente, os fariseus e escribas,
invejosos e de corações empedernidos, ficaram aborrecidos porque os discípulos
de Jesus não eram como eles, nem seguiam suas tradições.
A tradição dos anciãos do vs. 2 se refere à
lei oral, que era considerada entre os fariseus como tendo o mesmo peso que a
lei escrita. No século 2 ela foi codificada e escrita. Ela é chamada
"Mishnah", agora parte do Talmude.
Há todo um tratado que fala sobre os
detalhes da limpeza das mãos, tal como a quantidade de água a ser usada,
quantas vezes é necessário enxaguá-las, etc. (A BEG recomenda ver seu quadro
"Partidos religiosos e políticos no Novo Testamento", em Mt 23).
Foram então ter com Jesus para provocá-lo e
ter o que acusar, mas não podiam com ele.
Jesus ainda lhes lança em rosto que suas
tradições são tradições de homens e que por elas ainda desprezam os verdadeiros
ensinos da lei como no caso do mandamento claro de honrar pai e mãe.
A resposta de Jesus está em seguida, nos
vs. 3 a 6 onde Jesus fez uma clara distinção entre as tradições humanas e os
mandamentos divinos das Escrituras. Os fariseus permitiram que suas tradições
se tornassem para eles como a palavra de Deus, ou talvez mais importante.
Jamais devemos permitir que os nossos mais
tradicionais e queridos entendimentos suplantem ou obscureçam a própria Bíblia,
ou elevem os nossos costumes até o nível da lei.
A interpretação que Jesus fazia deles era
que o coração daquele povo não estava em Deus, na justiça e na verdade, antes
na vaidade e no engano das coisas do homem – vs. 7 a 9.
Isaías falou não somente sobre a
exterioridade hipócrita de seus próprios dias, mas condenou todos os tipos de
devoção da boca para fora.
Realmente, nos conhecemos ou somos
conhecidos por aquilo que produzimos ou pelo que sai da nossa boca e mente. Novamente
vemos a importância das palavras na vida moral de uma pessoa. O que uma pessoa
diz é um reflexo ou produto do que ela tem no seu interior. Vamos
cuidadosamente investigar no que estamos pensando e falando e ai veremos o quão
sujo está ou não sendo o nosso coração.
Depois disso, saiu ele daquele lugar e
retirou-se para a região de Tiro e de Sidom onde curou uma mulher a qual ele
elogiou a sua fé: MULHER, GRANDE É A TUA FÉ, FAÇA-SE CONTIGO CONFORME QUERES.
Aquela mulher tinha sido humilhada e
rejeitada pelo Senhor, mas ao invés de ficar ali sofrendo e curtindo a sua dor,
foi à luta e insistiu com o seu Senhor.
Jesus, em sua primeira resposta, tinha dito
a ela que tinha sido enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Antes da ressurreição, "a parede da separação" (Ef 2.14) entre judeus
e gentios ainda permanecia, e nesse momento a missão de Jesus era para
"Israel", como definida pelas ordenanças do Antigo Testamento.
Jesus havia anteriormente respondido aos
gentios que estavam no território judeu, mas responder aos gentios em
território gentio poderia ter resultado num grande desvio do seu propósito
principal.
Jesus respondeu ao pedido da mulher somente
após clara evidência de que ela não tinha nenhuma intenção de reivindicar as
misericórdias da aliança; em vez disso, ela esperava se beneficiar da
superabundância de bênçãos prometidas a Israel.
Ele fez, então, um grande contraste entre a
fé da mulher cananeia e a resposta dos fariseus.
Novamente, Jesus retirou-se de onde se
encontrava e se dirigiu para a beira do mar da Galileia. Depois subiu a um
monte e se assentou.
Ainda curou vários outros enfermos que
foram colocados aos seus pés e, finalmente, multiplica, pela segunda vez, pães
para uma grande multidão, que somente de homens registrava-se uns 4000.
Mc 7.31 indica que esse trecho de 29 a 39 aconteceu
no "território de Decápolis", de modo que a multidão era
provavelmente composta por gentios ou pelo menos uma mistura de gentios e
judeus. Como isso aconteceu logo depois da história da fé da mulher cananeia,
pode representar uma consequência dos cestos que transbordavam de pedaços de
pão.
Na alimentação dos cinco mil judeus, haviam
doze cestos cheios de pedaços de pão, representando abundância para as doze
tribos. Aqui são apresentados sete cestos cheios, talvez representando
abundância para a totalidade do povo de Deus, incluindo os gentios.
vieram de
Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas
e
perguntaram:
Mt 15:2 Por
que transgridem os teus discípulos
a
tradição dos anciãos?
Pois
não lavam as mãos, quando comem.
Mt 15:3 Ele,
porém, lhes respondeu:
Por
que transgredis vós também o mandamento de Deus,
por
causa da vossa tradição?
Mt 15:4
Porque Deus ordenou:
Honra
a teu pai e a tua mãe;
e:
Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe
seja
punido de morte.
Mt
15:5 Mas vós dizeis:
Se alguém disser
a seu pai ou a sua mãe:
É
oferta ao Senhor aquilo que poderias
aproveitar
de mim;
Mt
15:6 esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe.
E,
assim, invalidastes a palavra de Deus,
por
causa da vossa tradição.
Mt 15:7
Hipócritas!
Bem
profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:
Mt
15:8 Este povo honra-me com os lábios,
mas
o seu coração está longe de mim.
Mt
15:9 E em vão me adoram,
ensinando
doutrinas que são preceitos de homens.
Mt 15:10 E,
tendo convocado a multidão, lhes disse:
Ouvi
e entendei:
Mt
15:11 não é o que entra pela boca
o
que contamina o homem,
mas
o que sai da boca,
isto, sim,
contamina o homem.
Mt 15:12
Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram:
Sabes
que os fariseus,
ouvindo
a tua palavra,
se
escandalizaram?
Mt 15:13 Ele,
porém, respondeu:
Toda
planta que meu Pai celestial
não
plantou será arrancada.
Mt
15:14 Deixai-os;
são
cegos,
guias
de cegos.
Ora, se um
cego guiar outro cego,
cairão
ambos no barranco.
Mt 15:15
Então, lhe disse Pedro:
Explica-nos
a parábola.
Mt 15:16
Jesus, porém, disse:
Também
vós não entendeis ainda?
Mt 15:17 Não
compreendeis que tudo o que entra pela boca
desce para o
ventre e, depois,
é
lançado em lugar escuso?
Mt 15:18 Mas
o que sai da boca vem do coração,
e
é isso que contamina o homem.
Mt 15:19
Porque do coração procedem
maus
desígnios,
homicídios,
adultérios,
prostituição,
furtos,
falsos
testemunhos,
blasfêmias.
Mt
15:20 São estas as coisas que contaminam o homem;
mas
o comer sem lavar as mãos não o contamina.
Mt 15:21 Partindo Jesus dali,
retirou-se
para os lados de Tiro e Sidom.
Mt 15:22 E eis que uma mulher cananéia,
que viera
daquelas regiões, clamava:
Senhor,
Filho de Davi, tem compaixão de mim!
Minha
filha está horrivelmente endemoninhada.
Mt 15:23 Ele,
porém, não lhe respondeu palavra.
E os seus discípulos, aproximando-se,
rogaram-lhe:
Despede-a,
pois
vem clamando atrás de nós.
Mt 15:24 Mas Jesus respondeu:
Não fui
enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Mt 15:25 Ela, porém, veio e o adorou,
dizendo:
Senhor,
socorre-me!
Mt 15:26 Então, ele, respondendo, disse:
Não é bom
tomar o pão dos filhos
e lançá-lo
aos cachorrinhos.
Mt 15:27 Ela, contudo, replicou:
Sim, Senhor,
porém
os cachorrinhos comem das migalhas
que
caem da mesa dos seus donos.
Mt 15:28 Então, lhe disse Jesus:
Ó mulher,
grande
é a tua fé!
Faça-se
contigo como queres.
E,
desde aquele momento,
sua
filha ficou sã.
Mt 15:29 Partindo Jesus dali,
foi para
junto do mar da Galiléia;
e, subindo ao
monte,
assentou-se
ali.
Mt 15:30 E vieram a ele muitas multidões
trazendo
consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos
e
os largaram junto aos pés de Jesus;
e
ele os curou.
Mt 15:31 De modo que o povo se
maravilhou
ao ver que os
mudos falavam,
os aleijados
recobravam saúde,
os coxos
andavam
e os cegos
viam.
Então,
glorificavam ao Deus de Israel.
Mt 15:32 E, chamando Jesus os seus
discípulos, disse:
Tenho
compaixão desta gente,
porque
há três dias que permanece comigo
e
não tem o que comer;
e não quero
despedi-la em jejum,
para
que não desfaleça pelo caminho.
Mt 15:33 Mas os discípulos lhe disseram:
Onde haverá
neste deserto
tantos
pães para fartar tão grande multidão?
Mt 15:34 Perguntou-lhes Jesus:
Quantos pães
tendes?
Responderam:
Sete e alguns peixinhos.
Mt 15:35 Então, tendo mandado o povo
assentar-se no chão,
Mt 15:36
tomou os sete pães e os peixes,
e, dando
graças,
partiu,
e deu aos discípulos,
e
estes, ao povo.
Mt
15:37 Todos comeram
e
se fartaram;
e,
do que sobejou,
recolheram
sete cestos cheios.
Mt 15:38 Ora,
os que comeram eram quatro mil homens,
além
de mulheres e crianças.
Mt 15:39 E, tendo despedido as
multidões,
entrou Jesus
no barco
e foi para o
território de Magadã.
Fico pensando naquela fila de doentes e
enfermos colocados aos pés de Jesus por aquela gente que vivia ali nas margens
da Galiléia. Será que Jesus deu um comando geral e todos ficaram curados ou foi
ministrando a cada um?
Jesus ali não ficou investigando os motivos
porque cada um tinha sua enfermidade, nem se nasceram ou não, com enfermidades,
mas somente fazia uma coisa: ia curando todos. Será que havia alguns que ali
não foram e que estavam doentes igualmente? E eles foram curados?
E quanto àquela mulher cananeia e seu
grande exemplo de fé, elogiado pelo Senhor da fé? Temos que aprender a ser
crente como ela!
...