Estamos
vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao
serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão
esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da
redenção de Deus. Entramos hoje na parte V, no capítulo 14.
Os
milagres de Jesus demonstraram a sua autoridade como Messias. Muitos
testemunharam a sua supremacia quando o viram fazendo grandes obras. Jesus
insistiu que a vida sob o seu reinado é diferente da vida sob outros reinados.
A
maior preocupação dos caps. 14-18 é a autoridade no reino. Eles são divididos
em duas seções: narrativa (14.1-17.27) e sermão (18.1-35) que formarão nossa
divisão proposta, seguindo a BEG: A. Narrativa: o caráter e a autoridade de
Jesus (14.1-17.27) – começaremos a ver
agora e B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja (18.1-35).
A. Narrativa: o caráter e
a autoridade de Jesus (14. 1-17.27).
Na
narrativa que vai até o capítulo 17, veremos o caráter e a autoridade de Jesus.
Os caps. 14-17 mostram a estarrecedora autoridade que Jesus teve como Rei ao
relembrar os milagres que ele realizou, bem como as reações daqueles que tinham
contato com ele.
A
linhagem de Herodes, o Grande, é confusa por causa de seus vários casamentos e
seus muitos filhos, assim como os frequentes casamentos entre si de seus
descendentes e suas tendências a usar os mesmos nomes repetidamente.
Há,
também, alguma incerteza com relação à identidade de Filipe com quem Herodias
havia sido casada. Provavelmente não era Filipe o tetrarca de ltureia e
Traconites (Lc 3.1).
Herodias
era filha de Aristóbulo, um dos filhos que Herodes, o Grande, matou, e era
também neta de Herodes, o Grande. Ela se casou com seu meio-tio Filipe, mas,
depois, abandonou-o por um outro meio-tio, Herodes Antipas, o meio-irmão de
Felipe. Casar-se com a ex-esposa de um irmão vivo é proibido em Lv 18.16.
Assim,
o capítulo 14 começa com João Batista sendo decapitado e tendo a sua cabeça
exposta numa festa para Herodes e Herodias a sua mulher, por mão da dançarina
jovem, a sua filha que o agradou tanto ao dançar para ele que jurou dar a ela o
que ela pedisse.
É
a sua mãe que sugere o pedido e ela pede: A CABEÇA DE JOÃO BATISTA NUM PRATO!
Está ali o maior homem dos nascidos de mulher depois de Jesus, é claro. Está
ali aquele que testemunhou de Cristo dizendo ao avistá-lo que ele era o
Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo! Estava ali o último dos
representantes do AT dando testemunho de Cristo em uma bandeja numa festa
mundana.
E
será que somos melhores do que João Batista? Será que por sermos filhos do Rei
nós não devemos passar por tão grande humilhação e afronta?
A
notícia chegou até Jesus e ouvindo ele isso, retirou-se do barco em particular
para um lugar deserto. Essa sua retirada pode se referir à morte de João, o que
torna a retirada de Jesus uma resposta às notícias da morte de João.
Porém,
João havia sido, na realidade, executado algum tempo antes (os vs. 3-12 são uma
digressão), de modo que a retirada de Jesus era mais como uma resposta aos
rumores de que ele seria o João ressuscitado (vs. 2). Jesus procurou fugir
dessa falsa proeminência, mas a sua própria compaixão motivou-o a continuar
envolvido com as pessoas.
Em
seguida, Jesus multiplica os pães e os peixes e mais de 5000 homens são
alimentados, fartos e ainda sobram 12 cestos cheios! Quem nos alimenta é Deus!
Que bom seria se os homens tirassem os olhos das provisões e os colocassem
apenas no Provedor!
Do
mesmo modo que Deus havia miraculosamente providenciado maná para Israel no
deserto, assim também Jesus providenciou pão para aquelas pessoas num lugar
afastado.
Essa
alimentação teve a intenção de lembrar o maná e isso é indicado pela menção explícita
das “doze cestas" (vs. 20) de pedaços de pão - uma para cada tribo e
discípulo (cf. 19.28).
Também
deve haver aqui uma insinuação do banquete messiânico (cf. 8.11; Is 25.6).
Jesus desafiou os discípulos a proverem alimento para a multidão e então os
tornou ministros de sua própria provisão (vs. 16,19).
O
fato é que todos comeram e ficaram satisfeitos e havia ali cerca de 5000
homens, sem contar mulheres e crianças – vs. 21. Como se isso não bastasse,
ainda sobrou 12 cestos cheios dos pedaços que sobraram.
Agora,
Jesus queria ficar só e queria orar. Ele então força os discípulos a entrarem
em um barco e irem embora para o outro lado. Quase 10 horas depois, na quarta
vigília da noite (a vigília das três até às seis horas da manhã) ele vai ao
encontro deles andando por sobre as águas. Por que Jesus andou por sobre as
águas, numa tempestade, de madrugada para ir até eles? A resposta é clara!
Prestar
atenção ao perigo e às dificuldades da vida em vez de focar em Jesus pode nos
fazer afundar. Mas mesmo assim, quando clamamos por Jesus, ele nos segura pela
mão. De maneira inconsciente, Pedro estava vivendo Sl 69.1-3.
Todos
os que estavam no barco reconheceram a divindade de Jesus e falaram que ele era
verdadeiramente o Filho de Deus! (vs. 33). Eles reconhecem a messianidade de
Jesus e sua demonstração única de poder divino.
Na
verdade estamos nós, todos os que fomos alcançados pela pregação, em uma viagem
que o nosso Senhor mandou irmos e prometeu que estaria conosco todos os dias:
·Marcos 16:15 E disse-lhes: Ide por todo
o mundo e pregai o evangelho a toda criatura
·Mateus 28:20 ensinando-os a guardar
todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias
até à consumação do século.
Assim,
em obediência ao Senhor, iremos e saberemos que enfrentaremos nessa viagem
ventos contrários, mas:
Foi Jesus quem nos enviou.
É Jesus, o Sumo-Sacerdote, quem
intercede por nós.
Mateus
14:22 Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante
dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.
A
palavra é clara dizendo que Jesus os compeliu a irem, a entrarem no barco e a
seguirem viagem. Os discípulos parecia que queriam ficar ali com ele e com a
multidão. Eles não estavam entendendo e Jesus teve que os compelir, os
obrigarem a seguirem a viagem para o outro lado.
Porque
fomos salvos?
Para
o que fomos salvos?
Já
que estamos salvos, não seria mais lógico que fôssemos embora? Porque ainda
permanecemos aqui nesta terra? Seria para ajuntarmos tesouros? Sim, mas não
tesouros para esta vida, mas para vida futura a qual nos prometeu o Filho,
mediante a sua promessa de vida eterna.
Por
analogia eu posso dizer que também estamos viajando para passarmos para o outro
lado. Desde o dia em que aceitamos a Jesus, nós entramos num barco e estamos
viajando. Reparem que não estamos sozinhos neste barco que é a igreja e os
discípulos que são os irmãos. Já pensaram se cada um fosse remando para uma
direção? Se não seguíssemos viagem e ficássemos parados?
Imediatamente
depois de enviarem os discípulos, Jesus subiu a um monte.
Mateus
14:23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em
caindo a tarde, lá estava ele, só.
Ele
subiu a um monte com o objetivo de orar e orar sozinho. Caiu a tarde e lá
estava ele sozinho, mas na presença de seu Pai, intercedendo pelos seus
discípulos, pela multidão e pela obra que tinha de realizar em nome de seu Pai.
A
Bíblia chama a Jesus de sumo-sacerdote! A tarefa sacerdotal era realizada por
um homem.
Capítulo 5 de Hebreus: Entre os homens! Sim, é entre os
homens a escolha de Deus! O próprio homem foi constituído por Deus a favor dos
homens para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados porque ele
somente é capaz de condoer-se dos ignorantes, dos que erram, pois que também
ele está rodeado dessas coisas.
E
dentre os homens, a escolha do sacerdote é de Deus porque ninguém toma essa
honra para si de si mesmo. O chamado é de Deus! Ano após ano ia o sacerdote
chamado e escolhido oferecer os sacrifícios necessários. No entanto, este era
pecador e o procedimento tinha de ser repetido e era cheio de rituais.
A
escolha era assim. Uma vez por ano e uma vez por toda a vida era que o
sumo-sacerdote poderia entrar no Santo dos Santos.
Essa
era uma forma que o Espírito Santo apontava para os homens que haveria de vir
um homem especial, o messias, aquele que iria ser o sumo sacerdote escolhido e
chamado para salvar os homens de seus pecados.
O autor de Hebreus introduz um homem,
Cristo, como o sumo sacerdote escolhido, chamado, nomeado por Deus segundo a
ordem de Melquisedeque. Ele ainda diz que nos dia de sua carne:
·Ofereceu
com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas.
·Foi
ouvido por causa da sua piedade.
·Embora
sendo Filho, aprendeu a obediência.
·Foi
desse modo aperfeiçoado.
·Tornou-se
o Autor da salvação eterna.
Capítulo 7 de Hebreus: Uma coisa é certa o sacerdócio é
eterno e temos um sumo-sacerdote, eterno, diante de Deus que não oferece
sacrifícios, primeiro, pelo seu próprio pecado, porque simplesmente não os tem
(apesar de ser homem!), e, depois, continuamente, pelos do povo, porque ele
próprio foi o sacrifício feito, eterno e aprovado.
Pare e pense! Temos um sumo-sacerdote
eterno diante de Deus: Jesus Cristo, nosso Senhor!
Capítulo
8 de Hebreus: Nós
temos um sumo sacerdote! Ele está assentado à destra do trono da majestade nos
céus como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo erigido não pelos
homens ou por homem algum, mas por Deus, pelo próprio Senhor!
Nós temos um sumo sacerdote! Ele,
Jesus, está a interceder por nós. Eu agora sou filho de Deus por meio de Jesus,
o sumo sacerdote eterno e estou agora diante do trono da graça!
Nós temos um sumo sacerdote! Ah se
caísse a ficha e se despertássemos para a realidade que agora temos este sumo
sacerdote e que não fazemos outra coisa se não pregarmos a sua palavra de
vitória, de libertação, de cura e de salvação.
Nós temos um sumo sacerdote! Pregador!
Desperta! Anuncie a palavra do Senhor, em nome do Senhor, crendo no Senhor como
aquele que fará, inclusive, o maior dos milagres, sinais e prodígios, a
salvação do homem perdido!
Nós temos um sumo sacerdote! Acesso
completo ao Trono da Graça, mediante o Mediador... Meu Senhor não me deixes
passar desta vida sem que a sua palavra em mim seja um martelo que esmiúça a
penha.
Eu não posso morrer com um tesouro nas
mãos capaz de salvar a vida de homens! “Senhor, dá-me almas, se não eu morro!”
- John Hyde, “o homem que orava”, missionário na Índia.
Capítulo 10 de Hebreus: Aqui no capítulo 10, estamos diante
de uma frase ou citação que eu sou apaixonado, trata-se do verso 19: tendo pois
irmãos intrepidez, ousadia, entremos com confiança no Santo dos Santos...
No
Santos dos Santos, somente poderia entrar o sumo-sacerdote e uma única vez por
ano e uma única vez em toda a sua vida! Por causa do Mediador, Jesus Cristo,
Nosso Senhor, temos acesso a qualquer momento! Você fecha os seus olhos em
oração e pronto está diante do Pai!
Jesus
está vindo como prometeu! E sabemos que será em breve por causa do Espírito
Santo que em nós testifica isso. Então, o escritor de Hebreus adverte cada um
para não retroceder e se retroceder, então não está nele o seu prazer. Como
devemos viver este momento de transição em que aguardamos a vinda do Senhor:
pela fé!
Reparem
bem, quem está intercedendo por nós! Você entendeu o que acabei de dizer?
Eles
foram em obediência, mas enfrentaram uma situação complicada....
Mateus
14:24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado
pelas ondas; porque o vento era contrário.
O
que era que fazia com que o barco ficasse correndo perigo? Ele estava sendo
açoitado pelas ondas por causa do vento que era contrário. Não existe cena pior
para se viver do que estar em mar aberto em meio a fortes ventos que fazem com
que ondas gigantes venham desestruturar a estabilidade dos barcos.
Assim,
aqueles discípulos estavam assustados e apavorados.
Em
nossa vida, quantos não são os momentos que enfrentamos que fazem a gente
perder a estabilidade por causa da grande provação?
Jesus
disse que o sábio construtor é aquele que edifica a sua casa sobre a rocha
porque haverá sobre ela fortes chuvas, que encherão os rios e que trarão fortes
ventos que darão contra a casa. Ai dos que a constroem sobre a areia porque não
suportarão as adversidades e a sua casa será derribada.
Meus
queridos, quer queiramos, quer não queiramos, enfrentaremos os fortes ventos
que vêm sobre a nossa casa para tirar a sua estabilidade. Se conseguisse,
ficaria fácil de derrubá-la.
Quem
de nós pode escolher os problemas a enfrentar?
O
meu problema é maior ou menor do que o seu?
Nós
não escolhemos os problemas que enfrentaremos, nem a força dos ventos
contrários, mas podem ter certeza de que sofreremos com eles.
Não
teremos a paz, jamais, pela ausência de problemas. Isso é ilusão! Quando eu
tiver paz, então eu... Isso não existe!
Então,
não escolhemos os problemas, nem teremos a paz pela ausência deles, mas nós
podemos:
Neles,
nos problemas, escolhermos como iremos glorificar a Deus ou não.
Escolheremos se daremos lugar à carne ou não. Isso é sério! Cuidado!
Não
teremos a paz pela ausência de problemas, mas teremos a paz de Deus,
SEMPRE, nos problemas. Deus sempre estará conosco e nos ajudará a
enfrentarmos o que for.
Querer
viver como se fôssemos intocáveis ou invulneráveis é mentira do diabo! Estamos
sujeitos a tantas coisas...
Uma
vez Deus me fez passar por algo muito forte e eu sofri muito e chorei ao ponto
do desespero. Ele então ministrou ao meu coração.
–
filho, eu estou te provando!
–
mas, Senhor, respondi-lhe, está doendo muito e não sei se suportarei. Por que
Senhor me provas?
–
eu te provo, meu filho, não para eu saber o que está em seu coração, porque já
sei e já o conheço, mas te provo, e sei que dói, para que você conheça, você
mesmo, o seu próprio coração e conhecendo-o, entregue para mim para que eu
possa te curar.
Eu
entendi, queridos, que passando por aquilo, eu tinha pecado tanto. Tinha já
amaldiçoado meu irmão, tinha murmurado, tinha pecado, tinha odiado a ponto de
desejar a sua morte e fiquei tão envergonhado com tantas coisas ruins que
estavam em mim que confessei: - basta, Senhor, não sou melhor do que meus
pais... Eu quero morrer!
Foi
somente quando entreguei tudo para o Senhor que pude ser curado e restaurado
para novamente ser instrumento útil ao Senhor.
Já
passava muito tempo que o Senhor tinha mandado eles irem e eles se sentiam
sozinhos, mas Jesus estava tão perto!
Mateus
14:25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o
mar.
Vamos
entender a quarta vigília. Quando eles começaram a viagem ainda era dia. É como
no início de nossa caminhada onde tudo são flores e vencemos obstáculos pela fé
como se fôssemos campeões. É a fase do primeiro amor.
A
noite era dividida em quatro vigílias de aproximadamente 3 horas cada:
1.Primeira vigilia: do por do sol até as
9 horas.
2.Segunda vigilia: das 9 horas à
meia-noite
3.Terceira vigilia: de zero hora às 3
horas.
4.Quarta vigília: das 3 horas até a
aurora. (fonte: wikipedia)
“Ele
veio na quarta vigília da noite. Por quê? Porque é na quarta vigília que a
noite se faz mais escura, as ondas mais revoltas e os ventos mais rijos em
razão da proximidade do nascer do sol (o texto atesta esse fenômeno quando diz
que neste período eles remavam com dificuldade “porque o vento lhes era
totalmente contrário”). Como sempre, o relógio de Jesus estava rigorosamente
pontual. Veio quando a escuridão era mais densa, as ondas mais encapeladas e os
ventos totalmente adversos.” (fonte: http://salmo37.wordpress.com/2010/04/07/na-quarta-virgilia-da-noite/)
Quando
é que Jesus virá ao nosso encontro nos salvar?
Na
hora exata que ele quiser nos salvar, conforme seus propósitos eternos e
sábios. Ele jamais atrasa, nem tarda.
Mesmo
vindo ao nosso encontro para nos salvar, ainda assim, muitas das vezes o medo é
tanto e a situação tão complicada que não enxergamos bem e vemos fantasmas e
ficamos aterrados...
Mateus
14:26 E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e
exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram.
Ali
estavam os dois lados a lado. 1. O problema que enfrentavam. 2. O Senhor dos
céus e da terra. Para quem olharemos e o que veremos?
O
Senhor estava ali, lado a lado, para mostrar-lhes, pelo Espirito Santo de Deus,
que não há situação que o Senhor esteja ausente e distante ou alheio. Se no
problema vermos o fantasma ou pior nem ainda o vermos, então precisamos de cura
de nossos corações e a situação adversa está servindo para demonstrar isso.
O
Senhor está SEMPRE no controle de tudo e de todas as coisas. Isso é o que
aprendo disso! A dor que você está enfrentando, a situação constrangedora
porque está passando, o aperto que está sofrendo, a luta que parece não ter
fim, o próprio fim que parece estar chegando cada vez mais perto, está vindo
sim, mas veja ao lado disso quem está ali! É o Senhor dos céus e da terra!
Abra
teus olhos e veja. Abra os teus ouvidos e ouça! O Senhor está no meio da
tempestade! E agora, você irá glorificar a ele ou ignorar-lhe?
Mateus
14:27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!
O
que Jesus diz em primeiro lugar ao encontrar aqueles discípulos com medo,
aterrados e desesperados?
É
sempre assim. Jesus não veio para nos destruir, mas para nos salvar e nos
levantar. Isto me faz lembrar quando ele apareceu, estando as portas abertas,
no oitavo dia de sua ressurreição para ali curar e exortar a Tomé, por causa de
sua incredulidade:
Quando Jesus chega no ambiente a paz
lhe acompanha e o que ele diz antes de tudo? PAZ SEJA CONVOSCO! Esta não é
qualquer paz, mas a paz do Senhor, é o Shalom.
"Shalom (em hebraico שָׁלוֹם,
geralmente traduzido como paz) significa paz entre duas entidades (geralmente
duas nações) ou a paz interior de um indíviduo. Também é utilizada como
cumprimento dentro da comunidade judaica à semelhança do salaam árabe. A
palavra shalom deriva da raiz shin-lamedh-mem (ש.ל.ם),
que nas línguas semíticas aparece com o sentido de ser completo, ser cheio ou
ser pleno, aparecendo em diversos textos com o sentido de paz, salvação e
prosperidade de indivíduos e nações. É também toda sorte de bens materiais,
espirituais e psíquicos que o Messias trará, ou seja, a salvação que Jesus nos
trouxe. Dentro da língua hebraica, a palavra Shalom é utilizada em diversas
expressões: Shalom aleikhem (שָׁלוֹם עֲלֵיכֶם; literalmente "a paz
sobre vós"), é a expressão completa do uso de Shalom quando cumprimento, e
é cognato ao árabe Assalamu Aleikum. A resposta à esta expressão é Aleikhem
Shalom. Shabbat shalom (שַׁבָּת שָׁלוֹם) cumprimento comum usado
no Shabat, sendo muito utilizado em comunidades Mizrahi, Sefaradi e em Israel.
Algumas comunidades asquenazi usam o termo iídiche Gut shabbes. Alav hashalom (עַלָיו
הַשָּׁלוֹם; literalmente "sobre ele a paz ") é uma
expressão usada em algumas comunidades judaicas após mencionar o nome de uma
pessoa respeitável, equivalente ao árabe alayhi is-salaam)." Fonte: wikipedia.
Esta saudação inicial de Jesus deve ter
abalado toda aquela casa tirando aquela ansiedade e medo que os dominavam para
lhes darem a paz do Senhor, esta gostosa paz que somente Deus pode nos dar.
Esta paz que todos desejam e se pudessem ou compreendessem seu profundo sentido
e significado jamais a trocariam por qualquer oferta deste mundo. (do sermão –
Bem aventurados os que não veem, mas creem – Jo 20:19-31)
Com
a chegada e a palavra de Jesus, todo mal tem de sair e a sua paz entrar e
dominar o ambiente. Foi assim com aqueles discípulos atemorizados.
Mateus
14:28 Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo,
por sobre as águas.
Mateus
14:29 E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e
foi ter com Jesus.
Mateus
14:30 Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir,
gritou: Salva-me, Senhor!
Mateus
14:31 E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de
pequena fé, por que duvidaste?
Uma
vez curada a ansiedade e chegada a paz, quem se anima a ousar na fé, em
primeiro lugar e Jesus gostou disso (e continua gostando) é Pedro. Onde estava
o medo, a ansiedade, o temor, o desespero pela vida? Nada disso, aliás, muita
ousadia e Pedro invoca ao Senhor o desafiando. O Senhor aceita seu desafio e
lhe lança uma palavra de poder e Pedro a segue.
Assim,
creio deve ser nossa vida. Em ousadia e coragem para completarmos aquilo que
Deus quer que façamos. Enquanto os olhos de Pedro estavam fixos no Senhor, ele
também experimentou algo diferente e andou por sobre as águas. Seu corpo
flutuava em meio ao ar, por cima das águas.
No
entanto, seus olhos saíram dos olhos do mestre e se fixaram na água e a
realidade engoliu a sua fé e ele começou a afundar. Foi engraçado que ele não
afundou, mas começou a afundar! Não é estranho?
Pedro
deveria afundar e não começar a afundar. Era como se a sua fé tivesse um botão
de controle da gravidade que fosse lentamente sendo desligado, como uma música
que vamos abaixando o volume bem lentamente. Começando a afundar, gritou: -
salva-me, Senhor! Ora, não estava ali o Senhor? Por que gritou? Por que
duvidou? Por que teve medo?
Então,
o Senhor lhe estende as mãos e o salva.
Também
nós andaremos nas águas da vida e em determinados momentos parece que elas irão
nos engolir. Vamos nos lembrar de Pedro e também invocarmos o Senhor Jesus que
estará tão pertinho de nós que ao estender as suas mãos nos salvará.
Mateus
14:32 Subindo ambos para o barco, cessou o vento.
Quando
Jesus sobe ao barco, cessa o vento! Ventos contrários não destruirão nossas
vidas se nosso Senhor entrar em nossos barcos.
Também
isso é uma parábola para nós mostrando que o discípulo não anda sozinho, mas
Jesus está com ele. Repare que a palavra diz que quando ambos entraram no barco
é que houve o fim dos ventos.
Mateus
14:33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho
de Deus!
Mateus
14:34 Então, estando já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré.
Aqui
aconteceu algo maravilhoso que muitos leem e não percebem por causa do
desconhecimento das línguas originais em que foram escritas as Escrituras. Aqui
há um mistério interessante.
Mas
antes deste mistério, quero falar da adoração.
Os
que estavam no barco o adoraram! Deus nos fez para o adorarmos e o fato de o
reconhecermos em nossas crises, por pior que sejam, é um ato de adoração.
Aqueles discípulos entendiam isso e exclamavam sobre ele, reconhecendo-o como
Deus: - Verdadeiramente és Filho de Deus!
É
quando o adoramos, é quando o louvamos, é quando o reconhecemos, é quando o
invocamos que os milagres de Deus acontecem.
Vocês
se lembram de Silas e de Paulo na prisão e o que faziam à meia-noite, estando
os seus corpos feridos e presos em cadeias que eram instrumentos de tortura dos
presos?
Eles
adoravam ao Senhor, cantando louvores a ele e não amaldiçoando o inimigo, nem o
carcereiro, nem seus algozes, mas louvavam e adoravam ao Senhor e o que fez o
Senhor? Os libertou milagrosamente e ainda lhes deu a vida do carcereiro e dos
demais prisioneiros.
O
mistério que aqui aconteceu é que IMEDIATAMENTE chegaram ao seu destino! A
viagem foi feita de tele-transporte!
É
Jesus, amados, a escolha do Pai para nós. Ele é o fundamento e a escolha
absoluta de Deus Pai que nele colou toda a plenitude da divindade. “Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus
Cristo” (1 Coríntios 3:10).
Veja
que o Pai, o Espírito Santo, os anjos, o VT, principalmente com João Batista, o
próprio Filho, o NT, em especial o apóstolo Paulo, a história – tanto AC como
DC -, a nossa própria história em AC e DC, a natureza criada, todos apontam
para Jesus Cristo! [foram incluídas poucas citações bíblicas, mas há muitas].
üO Pai: Mateus 17:5 Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa
os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.
üOEspírito Santo:
Mateus 3:16 Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os
céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. Lucas 1:15
Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será
cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.
üO próprio Filho: João 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou
o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
üOs anjos: Mateus 1:20 Enquanto ponderava nestas
coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho
de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do
Espírito Santo.
üO VT, principalmente com João Batista: João 1:29 No dia seguinte, viu João a
Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo!
üO NT, em especial o apóstolo Paulo: Colossenses 1:15 Este é a imagem do
Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Colossenses 1:16 pois, nele,
foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades.
Tudo foi criado por meio dele e para ele. Colossenses 1:17 Ele é antes de todas
as coisas. Nele, tudo subsiste. Colossenses 1:18 Ele é a cabeça do corpo, da
igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as
coisas ter a primazia, Colossenses 1:19 porque aprouve a Deus que, nele,
residisse toda a plenitude.
üA história – tanto AC como DC: ela foi dividida em duas partes,
sendo uma antes dele e outra depois dele.
üA nossa própria história em AC e DC: a nossa história também igualmente,
pois há um Daniel Deusdete AC – nem queriam saber quem foi – e um depois, este
que vos fala!
üA natureza criada: ela testemunhou na morte e na
ressurreição de Cristo com fenômenos; ela está aguardando ansiosamente a
manifestação dos filhos de Deus! [da pregação Relacionamentos (im)Perfeitos, do
mesmo autor].
Mt 14:1
Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus
Mt 14:2 e disse aos que o serviam:
Este é João Batista;
ele ressuscitou dos mortos,
e, por isso, nele operam forças miraculosas.
Mt 14:3 Porque Herodes,
havendo prendido e atado a João,
o metera no cárcere,
por causa de Herodias, mulher de Filipe,
seu irmão;
Mt 14:4 pois João lhe dizia:
Não te é lícito possuí-la.
Mt 14:5 E, querendo matá-lo,
temia o povo,
porque o tinham como profeta.
Mt 14:6 Ora, tendo chegado o dia natalício de
Herodes,
dançou a filha de Herodias diante de todos
e agradou a Herodes.
Mt 14:7 Pelo que prometeu,
com juramento, dar-lhe o que pedisse.
Mt 14:8 Então, ela, instigada por sua mãe, disse:
Dá-me, aqui, num prato,
a cabeça de João Batista.
Mt 14:9 Entristeceu-se o rei,
mas, por causa do juramento
e dos que estavam com ele à mesa,
determinou que lha dessem;
Mt 14:10 e deu ordens
e decapitou a João no cárcere.
Mt 14:11 Foi trazida a cabeça num prato
e dada à jovem,
que a levou a sua mãe.
Mt 14:12 Então, vieram os seus discípulos,
levaram o corpo
e o sepultaram; depois,
foram e o anunciaram a Jesus.
Mt 14:13
Jesus, ouvindo isto,
retirou-se dali num barco,
para um lugar deserto, à parte;
sabendo-o as multidões,
vieram das cidades seguindo-o
por terra.
Mt 14:14
Desembarcando,
viu Jesus uma grande multidão,
compadeceu-se dela
e curou os seus enfermos.
Mt 14:15 Ao cair da tarde,
vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram:
O lugar é deserto,
e vai adiantada a hora;
despede, pois, as multidões para que,
indo pelas aldeias, comprem para si o que
comer.
Mt 14:16 Jesus, porém, lhes disse:
Não precisam retirar-se;
dai-lhes, vós mesmos, de comer.
Mt 14:17 Mas eles responderam:
Não temos aqui
senão cinco pães
e dois peixes.
Mt 14:18 Então, ele disse:
Trazei-mos.
Mt 14:19 E, tendo mandado que a multidão
se assentasse sobre a relva,
tomando os cinco pães e os dois peixes,
erguendo os olhos ao céu,
os abençoou.
Depois, tendo partido os pães,
deu-os aos discípulos,
e estes, às multidões.
Mt 14:20 Todos comeram
e se fartaram;
e dos pedaços que sobejaram
recolheram ainda doze cestos cheios.
Mt 14:21 E os que comeram
foram cerca de cinco mil homens,
além de mulheres e crianças.
Mt 14:22
Logo a seguir,
compeliu Jesus os discípulos a embarcar
e passar adiante dele para o outro lado,
enquanto ele despedia as multidões.
Mt 14:23 E, despedidas as multidões,
subiu ao monte,
a fim de orar sozinho.
Em caindo a tarde, lá estava ele, só.
Mt 14:24
Entretanto,
o barco já estava longe, a muitos estádios da terra,
açoitado pelas ondas;
porque o vento era contrário.
Mt 14:25
Na quarta vigília da noite,
foi Jesus ter com eles,
andando por sobre o mar.
Mt 14:26
E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas,
ficaram aterrados e exclamaram:
É um fantasma!
E, tomados de medo, gritaram.
Mt 14:27
Mas Jesus imediatamente lhes disse:
Tende bom ânimo!
Sou eu.
Não temais!
Mt 14:28
Respondendo-lhe Pedro, disse:
Se és tu, Senhor,
manda-me ir ter contigo,
por sobre as águas.
Mt 14:29
E ele disse:
Vem!
E Pedro,
descendo do barco,
andou por sobre as águas
e foi ter com Jesus.
Mt 14:30 Reparando, porém, na força do vento,
teve medo;
e, começando a submergir, gritou:
Salva-me, Senhor!
Mt 14:31
E, prontamente,
Jesus, estendendo a mão,
tomou-o e lhe disse:
Homem de pequena fé,
por que duvidaste?
Mt 14:32
Subindo ambos para o barco,
cessou o vento.
Mt 14:33
E os que estavam no barco
o adoraram, dizendo:
Verdadeiramente és Filho de Deus!
Mt 14:34
Então, estando já no outro lado,
chegaram a terra, em Genesaré.
Mt 14:35
Reconhecendo-o os homens daquela terra,
mandaram avisar a toda a circunvizinhança
e trouxeram-lhe todos os enfermos;
Mt 14:36 e lhe rogavam que ao menos
pudessem tocar na orla da sua veste.
E todos os que tocaram
ficaram sãos.
Um
dia desses, nós tivemos um péssimo final de semana. Não conseguimos dormir de
sábado para domingo porque nosso vizinho resolveu fazer uma festa barulhenta
que durou até 7h30 da manhã. Quem dera tivéssemos aceitado o convite dos irmãos
da Igreja Cristã Nova Esperança para estarmos em vigília a noite toda.
O
resultado foi que não oramos, não dormimos e ainda entramos na carne...
Misericórdias! Senhor, te pedimos perdão e confessamos nossas fraquezas. O
Senhor nos provou não para que fôssemos reprovados, mas para que conhecêssemos
nossos corações, confessássemos nossos pecados e por ele fôssemos sarados.
Deus
ministrou ao meu coração, pela manhã quando falou comigo sobre cantar louvores
e adorá-lo e orar a ele no meio das tribulações (os ventos contrários):
-Filho,
você deve me reconhecer no meio das tempestades, como eu andava por cima das
águas e por elas não era afetado. Eu continuo no controle de todas as forças:
dos ventos contrários, da tempestade, das águas, do mar revolto, das ondas...
Por que não me louvas e me adoras e não me reconheces?
Entendi,
então, que devemos adorar ao Senhor não para que por meio de nossa adoração a
situação mudar, mas por reconhecermos o controle do Senhor que querendo, mudará
o quadro atual, ou não.
Estamos
assim aqui para falarmos a palavra de Deus ao povo de Deus sendo nós
instrumento de Deus. É tudo de Deus, é tudo por Deus e tudo para Deus. A Deus
seja toda a glória. Amém.
Eles
chegaram do outro lado, na terra de Genesaré e Jesus foi reconhecido pelos
homens daquela terra que traziam os seus enfermos e até os que tocavam em sua
orla eram curados. Por onde Jesus andava dele saia virtude para cura.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Entramos hoje na
parte IV, no capítulo 13.
IV. A NATUREZA DO REINO (11.1-13.58) - continuação.
Como já dissemos, Jesus fez uso de inúmeras
parábolas para explicar que o reino já havia chegado e que todos deveriam se
arrepender e permanecer fiel a ele para que pudessem entrar nesse reino.
Os caps. 11 a 13 revelam a natureza do
reino. Onde ele está? O que é ele? Como ele vem? Esse registro de Mateus foi
dividido em duas partes: A. Narrativa: quem era João? Quem é Jesus? (11.1 -
12.50) – já vimos e B. Sermão:
parábolas do reino (13.1-58) – veremos
agora.
B. Sermão: parábolas do reino (13.1-58).
Mateus 13 é o capítulo das parábolas. Jesus
os ensinava por parábolas e nada dizia sem usá-las. A sua temática preferida
era o reino de Deus. Ele não ficava em pé gritando e falando desesperadamente,
mas sentava e da multidão conseguia obter aquele silêncio que acho que daria
para escutar as batidas dos corações de todos.
O que ele falava, homem algum poderia
falar. A sua fala tinha um misto de autoridade, de sabedoria e inteligência e
grande profundidade. Ele alcançava os nossos corações e assim prendia o ouvinte
em seu enredo.
O cap. 13 é o terceiro grande sermão em
Mateus (os cinco sermões de Mateus: ético, discipulado e missão, o reino do
céu, a igreja e a escatologia). Ele descreve a natureza do reino dos céus por
meio do uso de parábolas. A ordem que Mateus dá às parábolas, às citações das
Escrituras e às duas interpretações pode não ser, a princípio, evidente.
Conforme a BEG, um elemento notável na
sequência é a alternância de materiais positivos e negativos. Muitas vezes o
material positivo está intimamente relacionado ao material positivo a seguir,
mas não à seção negativa interveniente, e vice-versa.
Desse modo, os vs. 3-9,18-23,31-35,44-46
formam um conjunto, assim corno os vs. 10-17,24-30,36-43,47-50. As primeiras
três dessas parábolas estão relacionadas pela palavra "semente", que
representa a mensagem do reino ou os seus resultados (aqueles que creem).
"Parábola" é o equivalente do
hebraico mashal (cf. o vs. 35, que
cita o SI 78.2). Literalmente, significa uma "comparação" (ou seja,
uma figura, analogia ou dito que instrui ou comunica sabedoria ou
entendimento).
A maioria das parábolas de Jesus é
ilustrativa, mas elas também contêm uma ambiguidade intrínseca, de modo que somente
um relacionamento verdadeiro com Jesus pode fornecer a chave para
interpretações corretas.
Foi apenas para os discípulos que Jesus deu
a interpretação da parábola do semeador (ss. 18-23), a qual ele havia contado
anteriormente para toda a multidão (vs. 3-9). Do mesmo modo, a parábola do joio
(vs. 24-30) foi explicada somente para os discípulos (vs. 36-43; cf. v. 11;
13.34-35).
Dos versos 11 ao 17, conforme ele mesmo
explica, é difícil fugir da implicação de eleição divina. A habilidade para
entendermos a mensagem de Deus, sem falar em responder a ela, relaciona-se à
soberania de Deus. Os que têm “ouvidos para ouvir" (Dt 29.4) são
abençoados por Deus.
As palavras de Jesus foram uma resposta à
pergunta "Por que lhes falas por parábolas?" (v. 10). Os “segredos"
do reino são aquelas verdades que foram referidas de uma maneira velada no
antigo Testamento, mas que agora se tornam claras aos discípulos com a vinda
verdadeira do reino.
Para aqueles que desfrutam de um
relacionamento com Jesus as parábolas ressaltam entendimento e promovem uma
relação mais íntima. Mas para aqueles que não têm esse tipo de relacionamento,
as parábolas somente aumentam a confusão e a ignorância.
Assim, a função das parábolas é tanto
esclarecer quanto velar. Esse é mais um modo no qual uma presumida “neutralidade"
é quebrada. Ninguém pode ouvir a pregação do reino e não ser afetado; ninguém é
capaz de ouvir o evangelho e continuar neutro com relação a Jesus.
Marcos descreve isso de modo ainda mais
forte, indicando que Jesus falou em parábolas para que eles nunca pudessem ver
(Mc 4.11-12). Mas o que é explícito em Marcos é implícito aqui: Jesus falou por
meio de parábolas para cumprir Is 6.9.
Mateus prossegue com as seguintes palavras:
"Para não suceder que vejam com os olhos... se convertam e sejam por mim
curados" (v. 15).
Jesus utilizou parábolas para impedir a
salvação dos réprobos, daqueles que Deus não escolheu para a salvação. Assim
como no contexto de Isaías, a soberania de Deus em endurecer seus corações não
nega que tais pessoas são, ao mesmo tempo, diretamente responsáveis pela sua
dureza de coração - exatamente o contrário - mas indica que o endurecimento
intencional dos corações também faz parte do propósito de Deus.
Observe que em Is 6.10, que Mateus cita, a
ênfase não está no endurecimento dos corações pelas próprias pessoas, mas no
endurecimento do coração dos servos de Deus pela sua pregação: "Toma
insensível o coração deste povo" (ênfase acrescentada).
Repito o que antes já falei do efeito duplo
na pregação. Para os que creem, salvação; para os que não creem, juízo e
condenação.
É mesmo, como dizia, que tínhamos olhos
para ver, mas não víamos e ouvidos para ouvir, mas não ouvíamos; ou, vendo, não
veem e ouvindo, não ouvem. A parábola parecia ter esse efeito de alcançar nosso
subconsciente de forma que víamos e ouvíamos, mas ...
Sabem por quê? O coração do povo estava em
outro lugar e de mau grado ouviam. O problema ainda era a incredulidade, pois
além de falar, este também fazia coisas espetaculares.
Podemos, pelo exposto pela BEG e comentado
por nós, dizer que Deus é injusto e que criou seres apenas para destiná-los à
perdição eterna, uma vez que não serão salvos? Eu vou mais longe: podemos
acusar a justiça de injustiça? Ridículo! O fato é que eu não entendo ainda
certas coisas e querer explicá-las torna tudo ainda mais confuso.
Para mim, Deus fará justiça, de forma que os
que forem lançados no lago de fogo e enxofre juntamente com o diabo e seus
anjos são porque tanto escolheram, como foram endurecidos. Já os que, ao final,
morarão eternamente com o Senhor, tanto escolheram esse caminho e aceitaram a
mensagem de salvação, como Deus os escolhera desde antes da fundação do mundo.
A justiça fará justiça e não injustiças.
Como? Não sei, Deus, o Justo, o sabe.
A primeira parábola desse capítulo é a
parábola do semeador que saiu a semear e que enquanto semeava partes das
sementes iam caindo em quatro tipos de terrenos, dos quais apenas em um deles
ela vingou e produziu fruto a contento.
Essa parábola interessante foi falada a
todos, mas somente aos seus discípulos Jesus deu entendimento e explicou em
detalhes. Os seus discípulos tinham ficado intrigados com o fato de o Senhor
lhes falar somente por parábolas e Jesus explicou a eles o porquê, conforme já
vimos acima.
Nessa parábola podemos notar onde as sementes caíram e
o que aconteceu com elas:
A que foi semeada (caiu) à beira do caminho
são aqueles que ouvem a palavra do reino, mas não a compreendem. Nisso vem o
maligno para justamente evitar que ela possa nascer de alguma forma.
A que foi semeada (caiu também) em solo
rochoso, nas pedras, é o que ouve, a recebe com alegria, mas não tem raiz em si
mesmo e quando chega a perseguição e a angústia por causa da palavra, logo se
escandaliza.
A que foi semeada (caiu também) entre os
espinhos representa aquele que ouve a palavra, mas a preocupação desta vida e o
engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera. A riqueza parece ser, e
realmente é, uma bênção de Deus. Porém, trata-se de uma bênção perigosa se ela
cativar o nosso coração. Eu costumo dizer que ela pode entrar em meus bolsos
para eu administrá-las, porém não em meu coração.
A que foi semeada (de fato e de verdade
semeada) em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a compreende. Somente
ouvir e compreender a palavra (a obediência estando implícita) resulta no
fruto. Observe que há vários tipos de hipócritas - pessoas que pensam que
recebem a palavra, mas a abandonam para evitar serem desprezadas pelo mundo, ou
que perdem o seu comprometimento ao procurarem pelas riquezas terrenas.
Do mesmo modo, existem diferentes níveis
quanto a dar frutos. Mas há somente dois tipos de solo: aquele que recebe a
palavra para dar frutos e aquele que não faz isso.
Depois da parábola do semeador e a sua
explicação do porque somente falava em parábolas, ele, nos versos de 24-30, lhes
conta da parábola do joio e do trigo e novamente, Jesus forneceu a
interpretação dessa parábola nos vs. de 36-43.
O campo é o mundo inteiro, não somente
Israel ou a igreja, e Deus não permite o julgamento imediato em consideração
aos seus eleitos que estão no mundo. Os justos têm vivido no meio dos injustos
desde o início.
Um exemplo forte disso foi Judas que viveu
junto com Jesus e os discípulos por três anos e meio.
Ele falava a linguagem deles, conhecia cada
um, andava com a bolsa do dinheiro, roubava, enganava, traia, comia e ceiava
com eles, beijava, abraçava, mas no fim, somente no fim, foi separado deles.
Essa parábola do joio e do trigo nos faz
pensar nos públicos existentes no mundo. Somente há dois tipos de pessoas, as
que estão com Deus e as que estão com o diabo. As que estão com Deus, são trigo
e serão colhidas para o seu celeiro. As que estão com o diabo, são o joio e
habitarão no lago de fogo e enxofre com o diabo e seus anjos.
A pregação gera a fé, mas não no joio, mas
sim no trigo. A mesma pregação que gera a fé, leva o juízo, mas não para o
trigo e sim para o joio.
E assim continuou o Senhor a falar por
parábolas e nada falava a não ser por elas.
Agora o reino dos céus era comparado a um
grão de mostarda. As coisas de Deus podem parecer pequenas no mundo, mas
produzem grandes resultados.
Certamente o reino do céu nesse momento
parecia insignificante em comparação com a poderosa Roma, mas ele foi e é
inerentemente muito maior do que Roma sempre foi.
Na Galileia, a planta da mostarda pode crescer
a uma altura de 3m. A imagem de uma árvore com ninhos de passarinhos nos seus
galhos relembra Ez 17.23; 31.6, passagens nas quais os pássaros representam as
nações dos gentios encontrando refúgio no Messias e alegrando-se com as bênçãos
da aliança.
Também o reino dos céus foi comparado ao
fermento. Embora o fermento ou o levedo seja muitas vezes um símbolo do mal
(cf. 16.11), a questão aqui é que o reino permeia o mundo.
Nessas duas imagens, assim como na parábola
anterior do trigo e do joio, nós vemos a preocupação de Jesus se estendendo
além de Israel para o mundo todo. Essas imagens também encorajam os discípulos
a não desprezarem "o dia dos humildes" (Zc 4.10).
As parábolas – vs. 34, 35 - tanto revelam
como escondem. A citação no vs. 35 é de Sl 78.2, no qual as
"parábolas" ou "coisas escondidas" são um recital da
historia da redenção de Deus do seu povo que alcança o seu clímax na nomeação
de Davi como seu pastor.
Os acontecimentos redentores estavam
"escondidos", mas o significado deles não era óbvio. O salmista
esclareceu o seu significado, especialmente ao focalizar a misericórdia
continua de Deus apesar da rebelião de Israel.
A História também aponta para alguma coisa
que ainda estava encoberta: a esperança por um outro "Davi". Assim
como o salmista revelou o significado dos atos redentores de Deus por meio de
comparações, assim também fez Jesus.
Jesus cumpriu SI 78 da mesma maneira que
ele cumpriu Os 11.1 (2.15). A história de Israel obtém o seu significado último
da história de Jesus.
Depois de pregar por parábolas, Jesus foi
para casa e lá foi indagado pelos seus acerca da parábola do joio. Jesus
admirou-se que não tinham entendido, mesmo assim, pacientemente, a explicou em
detalhes.
O julgamento final não será somente uma
separação dos justos e dos injustos, mas também uma separação da impiedade dos
piedosos. Observe que o Filho do Homem enviará seus anjos - Jesus, de modo
inequívoco, assume a prerrogativa divina.
No final, os justos resplandecerão como o
sol. Uma alusão a Dn 12.3, uma grandiosa promessa acerca da futura
ressurreição.
Jesus revelou as coisas encobertas do reino
por meio de parábolas (vs. 35), mas a maioria das pessoas não via essas coisas
como preciosas, de modo que não conseguiram entender o que tinha sido revelado.
Como o homem que encontra um tesouro ou a pérola mais preciosa, aqueles que
compreenderem o valor do reino, sacrificarão tudo para obtê-lo (cf. Fp 3.8).
Na sequência, ainda lhes falou, depois, das
parábolas do tesouro escondido, da pérola, da rede e finalmente, das coisas
novas e velhas. Aqueles que fossem bem instruídos quanto ao Reino dos Céus
seriam como o dono de uma casa que tiraria do seu tesouro coisas novas e
velhas. Ou como um homem versado no reino dos céus. Uma tradução melhor talvez
fosse, "tomou-se um discípulo no reino do céu". Uma vez que essa
afirmação segue imediatamente a pergunta de Jesus aos discípulos,
"Entendestes todas estas coisas?" (v. 51), a implicação é que os
discípulos se tornariam mestres e, como anfitriões hospitaleiros,
compartilhariam com outros o "tesouro" que eles haviam encontrado.
Eles haviam entendido tanto a antiga história redentora como os novos atos
redentores que marcavam a presença do reino.
Concluindo Jesus as suas parábolas, saiu
dali – vs. 53. Com frequência Jesus repreendia os escribas (cf. 23.13ss.), não
por causa do trabalho deles de ensinar a verdade sobre Deus, mas por causa da
hipocrisia deles.
Eles se admiraram da sabedoria e da forma
como falava Jesus e perguntavam entre si se não era ele aquele o filho do
marceneiro ou carpinteiro. A palavra traduzida "carpinteiro" é, na
verdade, o termo mais comum "construtor". José pode ter sido um
pedreiro. Também falavam de Maria, sua mãe e de seus irmãos, Tiago, José, Simão
e Judas.
É muito estranho que ali, em sua terra
natal, ali mesmo se escandalizaram dele. Razão essa que fez com que ali Jesus
não realizasse muitos milagres.
Jesus fez poucos milagres em Nazaré, não
porque ele precisava da fé das pessoas para dar a ele o poder, mas porque
milagres sem fé são contraproducentes. Jesus não fazia milagres para fazer com
que as pessoas tivessem fé, mas para direcioná-las e confirmá-las.
Mt 13:1 Naquele mesmo dia,
saindo Jesus
de casa,
assentou-se
à beira-mar;
Mt
13:2 e grandes multidões se reuniram perto dele,
de
modo que entrou num barco
e
se assentou;
e
toda a multidão estava em pé na praia.
Mt 13:3 E de muitas coisas lhes falou
por parábolas e dizia:
Eis que o
semeador saiu a semear.
Mt 13:4 E, ao
semear,
uma
parte caiu à beira do caminho,
e,
vindo as aves, a comeram.
Mt
13:5 Outra parte caiu em solo rochoso,
onde
a terra era pouca,
e
logo nasceu, visto não ser profunda a terra.
Mt
13:6 Saindo, porém, o sol, a queimou;
e, porque não
tinha raiz, secou-se.
Mt
13:7 Outra caiu entre os espinhos,
e
os espinhos cresceram
e
a sufocaram.
Mt 13:8
Outra, enfim, caiu em boa terra
e
deu fruto:
a
cem, a sessenta e a trinta por um.
Mt 13:9 Quem
tem ouvidos [para ouvir], ouça.
Mt 13:10 Então, se aproximaram os
discípulos e lhe perguntaram:
Por que lhes
falas por parábolas?
Mt 13:11 Ao que respondeu:
Porque a vós
outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus,
mas
àqueles não lhes é isso concedido.
Mt 13:12 Pois
ao que tem se lhe dará,
e terá em
abundância;
mas,
ao que não tem,
até
o que tem lhe será tirado.
Mt 13:13 Por
isso, lhes falo por parábolas;
porque,
vendo,
não
vêem;
e, ouvindo,
não
ouvem,
nem
entendem.
Mt 13:14 De
sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías:
Ouvireis
com os ouvidos
e
de nenhum modo entendereis;
vereis com os
olhos
e
de nenhum modo percebereis.
Mt 13:15
Porque o coração deste povo está endurecido,
de
mau grado ouviram com os ouvidos
e
fecharam os olhos;
para
não suceder
que
vejam com os olhos,
ouçam
com os ouvidos,
entendam
com o coração,
se
convertam
e
sejam por mim curados.
Mt 13:16
Bem-aventurados,
porém,
os vossos olhos,
porque
vêem;
e os vossos
ouvidos,
porque
ouvem.
Mt 13:17 Pois
em verdade vos digo
que
muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes
e
não viram;
e ouvir o que
ouvis
e
não ouviram.
Mt 13:18
Atendei vós, pois, à parábola do semeador.
Mt
13:19 A todos os que ouvem a palavra do reino
e
não a compreendem,
vem
o maligno e arrebata
o
que lhes foi semeado no coração.
Este é o que
foi semeado à beira do caminho.
Mt
13:20 O que foi semeado em solo rochoso,
esse
é o que ouve a palavra
e
a recebe logo, com alegria;
Mt
13:21 mas não tem raiz em si mesmo,
sendo,
antes, de pouca duração;
em lhe
chegando a angústia
ou a
perseguição por causa da palavra,
logo
se escandaliza.
Mt
13:22 O que foi semeado entre os espinhos
é
o que ouve a palavra,
porém
os cuidados do mundo
e
a fascinação das riquezas
sufocam
a palavra,
e
fica infrutífera.
Mt
13:23 Mas o que foi semeado em boa terra
é
o que ouve a palavra
e
a compreende;
este
frutifica e produz
a
cem,
a
sessenta
e
a trinta por um.
Mt 13:24 Outra parábola lhes propôs,
dizendo:
O reino dos
céus é semelhante a um homem
que
semeou boa semente no seu campo;
Mt
13:25 mas, enquanto os homens dormiam,
veio
o inimigo dele,
semeou
o joio no meio do trigo
e
retirou-se.
Mt 13:26 E,
quando a erva cresceu
e
produziu fruto,
apareceu
também o joio.
Mt 13:27
Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram:
Senhor,
não semeaste boa semente no teu campo?
Donde
vem, pois, o joio?
Mt 13:28 Ele,
porém, lhes respondeu:
Um
inimigo fez isso.
Mas os servos
lhe perguntaram:
Queres
que vamos e arranquemos o joio?
Mt 13:29 Não!
Replicou
ele,
para
que, ao separar o joio,
não
arranqueis também com ele o trigo.
Mt 13:30
Deixai-os crescer juntos até à colheita,
e, no tempo
da colheita,
direi
aos ceifeiros:
ajuntai
primeiro o joio,
atai-o
em feixes para ser queimado;
mas o trigo,
recolhei-o
no meu celeiro.
Mt 13:31 Outra parábola lhes propôs,
dizendo:
O reino dos
céus é semelhante a um grão de mostarda,
que
um homem tomou e plantou no seu campo;
Mt
13:32 o qual é, na verdade,
a
menor de todas as sementes,
e,
crescida,
é
maior do que as hortaliças,
e
se faz árvore,
de
modo que as aves do céu
vêm
aninhar-se nos seus ramos.
Mt 13:33 Disse-lhes outra parábola:
O reino dos
céus é semelhante ao fermento
que
uma mulher tomou
e
escondeu em três medidas de farinha,
até
ficar tudo levedado.
Mt 13:34 Todas estas coisas disse Jesus
às multidões
por parábolas
e sem
parábolas nada lhes dizia;
Mt
13:35 para que se cumprisse
o
que foi dito por intermédio do profeta:
Abrirei
em parábolas a minha boca;
publicarei
coisas ocultas
desde
a criação [do mundo].
Mt 13:36 Então, despedindo as multidões,
foi Jesus
para casa.
E,
chegando-se a ele os seus discípulos, disseram:
Explica-nos
a parábola do joio do campo.
Mt 13:37 E ele respondeu:
O que semeia
a boa semente é o Filho do Homem;
Mt 13:38 o
campo é o mundo;
a boa semente
são os filhos do reino;
o joio são os
filhos do maligno;
Mt 13:39 o
inimigo que o semeou é o diabo;
a ceifa é a
consumação do século,
e os
ceifeiros são os anjos.
Mt
13:40 Pois, assim como o joio
é
colhido e lançado ao fogo,
assim
será na consumação do século.
Mt
13:41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos,
que
ajuntarão do seu reino
todos
os escândalos
e
os que praticam a iniqüidade
Mt
13:42 e os lançarão na fornalha acesa;
ali haverá
choro e ranger de dentes.
Mt
13:43 Então, os justos
resplandecerão
como o sol,
no
reino de seu Pai.
Quem tem
ouvidos [para ouvir], ouça.
Mt 13:44 O reino dos céus
é semelhante
a um tesouro oculto no campo,
o
qual certo homem,
tendo-o
achado,
escondeu.
E,
transbordante de alegria,
vai,
vende
tudo o que tem
e
compra aquele campo.
Mt 13:45 O reino dos céus
é também
semelhante
a
um que negocia
e
procura boas pérolas;
Mt
13:46 e, tendo achado uma pérola de grande valor,
vende
tudo o que possui
e
a compra.
Mt 13:47 O reino dos céus
é ainda
semelhante a uma rede
que,
lançada ao mar,
recolhe
peixes de toda espécie.
Mt 13:48 E,
quando já está cheia,
os
pescadores arrastam-na para a praia
e,
assentados,
escolhem
os bons para os cestos
e
os ruins deitam fora.
Mt
13:49 Assim será na consumação do século:
sairão
os anjos,
e
separarão os maus dentre os justos,
Mt
13:50 e os lançarão na fornalha acesa;
ali
haverá choro e ranger de dentes.
Mt 13:51 Entendestes todas estas coisas?
Responderam-lhe:
Sim!
Mt 13:52 Então, lhes disse:
Por isso,
todo escriba versado no reino dos céus
é
semelhante a um pai de família
que
tira do seu depósito
coisas
novas
e
coisas velhas.
Mt 13:53 Tendo Jesus proferido estas
parábolas,
retirou-se
dali.
Mt 13:54 E, chegando à sua terra,
ensinava-os
na sinagoga,
de
tal sorte que se maravilhavam e diziam:
Donde
lhe vêm esta sabedoria
e
estes poderes miraculosos?
Mt 13:55 Não
é este o filho do carpinteiro?
Não se chama
sua mãe Maria,
e seus
irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?
Mt 13:56 Não
vivem entre nós todas as suas irmãs?
Donde
lhe vem, pois, tudo isto?
Mt
13:57 E escandalizavam-se nele.
Jesus, porém, lhes disse:
Não há
profeta sem honra,
senão
na sua terra
e
na sua casa.
Mt
13:58 E não fez ali muitos milagres,
por
causa da incredulidade deles.
Maldita incredulidade! Oh, amados, cuidemos
para que nossos corações não entrem por este caminho de trevas e de enganos e
de dúvidas. Sabemos que ela está à porta quando quer nos assaltar, mas, em nome
de Jesus, expulsemo-la.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...