Estamos estudando, com a ajuda preciosa da
BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo
que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos
em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num
futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no
quarto capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro
versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues
aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de
reconstruir o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco
seções: A. Título (1.1) – já vimos;
B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos;
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos
vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15); e, E. A transformação de Jerusalém
(7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões
noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às
dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8
também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel
de medir (2.1-13) – já vimos; 4. As
vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10) – já vimos; 5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14) – veremos agora; 6. O rolo voante
(5.1-4); 7. A mulher dentro do efa (5.5-11); 8. Os quatro carros e o sumo
sacerdote (6.1-8).
5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14).
Essa é a sua quinta visão a do candelabro
de ouro e as duas oliveiras. Essa visão trata de como a reconstrução do templo
seria completada.
Josué e Zorobabel eram seres humanos com
limitações; a capacitação para completar a tarefa teria de vir de Deus.
A BEG esclarece que o templo que foi
construído nessa época foi apenas uma prefiguração da grande presença de Deus
que viria quando Jesus viesse à terra como o templo final de Deus (Jo 1.14; 2.21)
e estabelecesse a igreja como o templo do Espírito (1Co 6.19).
As visões de Deus costumam provocar cansaço
em quem as tem (Daniel, Paulo, João). Aqui, Zacarias estava já cochilando e foi
necessário ser despertado como alguém que é despertado de um grande sono e o
anjo que o despertou, perguntou a ele o que estava vendo.
Zacarias é preciso e dá as características
do que via, um candelabro todo de ouro. A imagem do candelabro provavelmente
foi usada para lembrar o povo do candelabro do tabernáculo/templo (Ex 25.11;
1Cr 2.8.15; 2Cr 13.11), embora a sua forma fosse diferente.
Nele havia na parte superior um recipiente
para azeite e sete lâmpadas e sete canos para as lâmpadas. O significado dos
números, nesse versículo, não está totalmente claro, mas, provavelmente,
significa que havia sete lâmpadas na ponta de cada vaso e que um tubo saía de
cada lâmpada em direção às oliveiras (v. 12).
Ele também narra que via duas oliveiras,
sendo uma à direita e outra à esquerda e ele perguntou ao anjo o que
significava aquilo, pelo que o anjo espantou-se de que ele não soubera.
A atenção de Zacarias estava nas oliveiras,
e não nos candelabros. Aqui, a sua pergunta não teve uma resposta imediata. Ela
foi respondida, todavia, ao final da visão (vs. 14).
Havia uma palavra de Deus para Zorobabel. Apesar
de a visão incluir Josué como uma das duas oliveiras, a figura principal é
Zorobabel, como fica evidente pela repetição do seu nome nos vs. 6-7, 9-10.
Não haveria de ser por força. O povo de
Deus foi repetidamente advertido a não depender do poder militar e de alianças
externas para cumprir o seu chamado (SI 20.7-9; Is 31.1-3).
Nem tão pouco haveria de ser por poder. Uma
palavra geral usada para força ou poder. Ninguém, a não ser Deus, poderia cumprir
a tarefa antes de Zorobabel.
Antes, haveria de ser pelo Espirito de Deus.
Esperava-se que o período de restauração pós-exílio fosse um momento em que o
Espírito de Deus seria mais ativo e efetivo do que nunca (Nm 11.29; Jl
2.28-32).
O Espirito de Deus capacitou Zorobabel e Josué
a vencer os obstáculos que enfrentaram. Isaías falou em termos semelhantes
sobre a vinda do Servo de Deus, o Messias (Is 11.2: 42.1; 61.1).
Ainda que houvesse um monte obstaculizando
Zorobabel e Josué, eles haveriam de superá-lo e torná-lo como uma planície. Uma
figura para cada obstáculo que Zorobabel e Josué enfrentaram enquanto conduziam
os que retornaram do exílio na obediência a Deus.
A pedra de obstáculo seria vencida e a
pedra de remate seria por eles posta em seu local preciso. A última e mais
importante pedra; presume-se que ela seria colocada cerimonialmente no templo
concluído aos gritos de todos como “Haja graça e graça para ela!” (Na NVI é
traduzida por “Deus abençoe! Deus abençoe”).
A palavra hebraica poderia indicar uma
apreciação de sua beleza externa e da graça de Deus por realizar a conclusão (veja
vs. 9, onde está explícito que Zorobabel completam o templo). A frase é
repetida para dar ênfase (Is 40.1).
O Senhor explica – vs. 8 e 9 - dizendo que as
mãos de Zorobabel que colocaram os fundamentos deste templo; suas próprias mãos
também o terminariam e assim, saberão todos que o Senhor dos Exércitos tinha
enviado o seu profeta a todos eles com essas palavras de Deus.
Teria sido fácil sentir-se desencorajado
diante dos resultados e progresso insatisfatórios. O povo de Judá estava desanimado
quanto à colocação do fundamento do segundo templo (Ed 3.10-12) e a sua
reconstrução nos dias de Ageu (520 a.C.; Ag 2.3).
O trabalho de Zorobabel e Josué constituía
o mero inicio do reino de Deus, trabalho considerado infinitamente pequeno em
comparação com a plenitude do reino que o Messias traria.
Depois disso tudo o anjo, finalmente
explica a visão dos candelabros a Ezequiel dizendo tratarem-se as lâmpadas dos
olhos do Senhor que sonda toda a terra.
»ZACARIAS [4]
Zc 4:1 Ora o
anjo que falava comigo voltou,
e me despertou,
como a um homem que é despertado do seu sono;
Zc 4:2 e me perguntou:
Que vês?
Respondi:
Olho,
e eis um castiçal todo de ouro,
e um vaso de
azeite em cima, com sete lâmpadas,
e há sete canudos que se unem às lâmpadas
que estão em cima dele;
Zc 4:3 e junto a ele há duas oliveiras,
uma à direita do vaso de azeite,
e outra à sua esquerda.
Zc 4:4 Então perguntei ao anjo que falava comigo:
Meu senhor, que é isso?
Zc 4:5 Respondeu-me o anjo que falava comigo, e me
disse:
Não sabes tu o que isso é?
E eu disse:
Não, meu senhor.
Zc 4:6 Ele me respondeu, dizendo:
Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo:
Não por força nem por poder,
mas pelo meu Espírito,
diz o Senhor dos exércitos.
Zc 4:7 Quem és tu, ó monte grande?
Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina;
e ele trará a pedra angular com aclamações:
Graça, graça a ela.
Zc 4:8 Ainda
me veio a palavra do Senhor, dizendo:
Zc 4:9 As mãos de Zorobabel têm lançado os alicerces
desta casa;
também as suas mãos a acabarão;
e saberás que o Senhor dos exércitos
me enviou a vos.
Zc 4:10 Ora, quem despreza o dia das coisas pequenas?
pois estes sete se alegrarão,
vendo o prumo na mão de Zorobabel.
São estes os sete olhos do Senhor,
que discorrem por toda a terra.
Zc 4:11 Falei mais, e lhe perguntei:
Que são estas duas oliveiras
à direita e à esquerda do castiçal?
Zc 4:12 Segunda vez falei-lhe, perguntando:
Que são aqueles dois ramos de oliveira,
que estão junto aos dois tubos de ouro,
e que vertem de si azeite dourado?
Zc 4:13 Ele me
respondeu, dizendo:
Não sabes o que é isso?
E eu disse:
Não, meu senhor.
Zc 4:14 Então ele disse:
Estes são os dois ungidos,
que assistem junto ao Senhor de toda a terra.
Aproveitando a fala e explicações do anjo é
que ele se aventura a perguntar sobre os dois ramos de oliveiras que estavam
cada uma à direita e à esquerda ao lado dos dois tubos de ouro que derramavam
azeite dourado.
Novamente o anjo se admira que não soubesse
e então lhe explica dizendo que eram os dois homens que foram ungidos para
servir ao Soberano de toda a terra. Ungidos aqui, literalmente, "filhos do
óleo novo”.
Conforme a BEG, a referência é a Zorobabel
e a Josué que como líderes escolhidos de Deus, eles seriam supridos pelo
Espírito Santo com a força necessária para concluir o templo. Juntos, eles
prefiguravam o Messias, o grande Ungido, que uniria as funções de sacerdote e rei
numa única pessoa.
Nossa reflexão de hoje sobre a unidade,
sobre o estar juntos nos levará dentro ainda do livro de II Reis 2.6 num
interessante episódio entre Elias e Eliseu.
6 E Elias lhe disse: Fica-te aqui, porque o
senhor me envia ao Jordão. Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que
não te deixarei. E assim ambos foram juntos.
Aqui
neste capítulo veremos a forma excepcional da partida de Elias, o tesbita, para
a glória do Senhor, sem passar pela morte tão comum em todos os mortais.
Dizem
que somente duas pessoas escaparam da morte em todo período bíblico e uma delas
foi Enoque, durante a segunda fase da humanidade quando viviam antes do dilúvio
e depois da queda do homem.
Enoque
foi o sétimo depois de Adão que gerou Matusalém o qual foi o avô de Noé. Dizem
as Escrituras que ele foi tomado para Deus e jamais foi visto novamente porque
dera testemunho de que agradara a Deus – Gn 5:24 e Hb 11:5.
E
o outro, estamos vendo sua história aqui, neste momento em que ocorre a sua
partida desta vida sem passar pela morte. Elias ainda voltaria à terra tempos
depois no ministério terreno do Filho de Deus, Jesus Cristo, no Monte da
Transfiguração, juntamente com Moisés – Lc 9:33.
E
há quem diga que ele voltaria novamente à terra na época da grande tribulação,
sendo ele uma das duas testemunhas de Apocalipse, conforme se vê em Apocalipse
11. Eu sinceramente não creio dessa forma.
O
fato é que Elias estava para ser tomado por Deus e todo mundo parece que sabia
disso e o que mais parecia saber era Eliseu que estava muito atento para este
grande momento.
Eliseu
marcava Elias todo tempo e não arredava o seu pé de diante dele um segundo se
quer. Elias, ainda tentou se desvencilhar dele por três vezes, alegando missões
em nome de Deus, mas Eliseu, atento, não o deixava só. O andar junto aqui era
uma questão vital para Eliseu, pois sabia que o seu ministério dependia do de
Elias, de estar junto com ele.
Até
os profetas da região sabiam o que estava prestes para acontecer e tentaram
alertar Eliseu que prontamente lhes respondeu que estava já atento e que era
para se calarem.
Eliseu
estava assim como aquele que esperava alguma coisa da parte de Elias. Deus
mesmo já tinha antecipado este momento avisando Elias para ungir Eliseu em seu
lugar e isso tinha sido feito.
Portanto
a escolha de Eliseu teve um precedente divino que seguindo o que está escrito
em Rm 8:29 e 30, o conheceu -προέγνω - antes e depois o predestinou – προώρισεν - e tendo
predestinado o chamou - ἐκάλεσεν - , e depois o justificou - ἐδικαίωσεν -
e finalmente o glorificou -
ἐδόξασεν.
Romanos
8:29 Porque
os que dantes conheceutambém os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Romanos
8:30 E aos
que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou;
e aos que justificou a estes também glorificou.
Conheceu,
isto é conheceu antes, previu – Proegno (προέγνω).
Predestinou
– Proorisen (προώρισεν).
Chamou
– Ekalesen (ἐκάλεσεν).
Justificou
– Edikaiosen (ἐδικαίωσεν).
Glorificou
– Edoxasen (ἐδόξασεν).
Eliseu
foi conhecido por Deus desde o ventre materno e sua escolha por ele já havia
sido decidida na mente de Deus. O que estava para se suceder na história, Deus
já tinha tudo preparado. Os filhos de Deus são conhecidos e predestinados como
fora Eliseu.
Eliseu
tinha certeza de seu chamado e estava esperando o momento do seu chamado que
estava prestes a se concretizar.
A
hora se aproximava veloz e percebendo sua partida iminente fala para Eliseu
para ele realizar um pedido: o que queres
que eu te faça antes de ser tomado de ti.
Lembro-me
nas Escrituras de Deus e de Jesus ter ofertado algo semelhante aos homens, um
deles foi para Salomão – I Re 3:5 - e outro para um cego de Jericó – Mc 10:51 -
que se achegou à presença do mestre.
Aqui,
um homem semelhante a nós – Tg 5:17 -, cheio do Espírito Santo, está a oferecer
a um escolhido de Deus algo que ele mesmo nem sabia o que Eliseu lhe pediria.
Eliseu lhe pede, sem pestanejar, sem vacilar, que queria porção dobrada do Espírito
que havia em Elias.
Elias
ainda o alerta de que dura coisa tinha pedido e que não saberia se lhe seria
concedido, mas que ficasse atento à sua partida, se ele o visse partir, sim,
estaria a ele concedido porção dobrado de seu espírito.
Se
Eliseu já tinha resolvido estar junto a Elias o tempo todo, depois dessa
palavra que ainda mais marcou sua presença, andando sempre junto ao profeta que
logo lhe abençoaria com a porção dobrada do Espírito que nele estava.
Chega
o grande momento de sua partida e uma carruagem de fogo, com cavalos de fogo,
os separa um do outro, mas Elias sobe num redemoinho. Ele vê tudo: as
carruagens de fogo, os cavalos de fogo, os cavaleiros celestiais e o redemoinho
levando Elias.
Ele
ficou muito feliz de ter visto e as roupas de Elias caíram onde ele estava e
imediatamente as rasgou em duas partes como que simbolizando que o seu poder
agora estaria duplicado. Também apanha da capa que caira sobre ele e nunca mais
o viu.
Não
seria daqui que se tira a ideia de que o arrebatamento dos crentes será
semelhante, com suas roupas ficando para trás, caindo por causa da
transformação do corpo?
Apanhando
a capa de Elias já enfrenta seu primeiro obstáculo que seria passar a outra
margem do rio Jordão e imitando Elias, clama ao Senhor dizendo onde está o Deus
de Elias? E o rio se abre em dois e ele passa o rio novamente a pés secos.
Eliseu
estava confirmado como profeta no lugar de Elias, nesse primeiro seu milagre
sobre as águas do Jordão. Assim se sucedeu também com Moisés que atravessou o
mar, com Josué que também atravessou o rio, com Elias e agora com Eliseu.
Jesus, inovou e andou por sobre as águas, como que dizendo eu sou o Senhor!
Tentaram
ainda os profetas localizarem o corpo de Elias ao qual Eliseu se mostrou
contra, mas como insistiram tanto, passaram três dias procurando para nada
encontrarem.
É
melhor não brincar com quem leva o nome do Senhor! Eliseu era um profeta e
aqueles 42 meninos souberam disso depois de perderem suas vidas por causa da
zombaria contra sua pessoa que o provoca com relação ao subir como Elias tinha
subido aos céus e por causa de sua calva que contrastava com Elias que era
cabeludo.
O
ministério de Eliseu será caracterizado pela sua compaixão para com os
arrependidos e severidade para com os indiferentes, obstinados e irreverentes.
A morte dos rapazes de Betel foi outra manifestação pública do poder de Deus
presente em Eliseu.
A
bênção de Eliseu foi alcançada porque não quis arredar o seu pé da caminhada
sempre junto de seu mestre. Que tal andarmos juntos?
Estamos estudando, com a ajuda preciosa da Bíblia de Estudo de Genebra - BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo
que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos
em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num
futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no terceiro
capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro
versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues
aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de
reconstruir o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco
seções: A. Título (1.1) – já vimos;
B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos;
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos
vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15); e, E. A transformação de Jerusalém
(7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões
noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às
dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8
também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel
de medir (2.1-13) – já vimos; 4. As
vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10) – veremos agora; 5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras
(4.1-14); 6. O rolo voante (5.1-4); 7. A mulher dentro do efa (5.5-11); 8. Os
quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8).
4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10).
Essa é a sua quarta visão, a das vestes
limpas para o sumo sacerdote. A quarta visão diz respeito a Josué, o sumo
sacerdote. A visão trata particularmente do problema da impureza do sacerdócio.
Ela começa mostrando como Deus lidaria com
o problema (vs. 4-5) e termina descrevendo como Deus purificaria o seu povo do
pecado (vs. 8-9). Cristo é o que 'me cobriu de vestes de salvação e me envolveu
como manto de justiça' (Is 61.10; Rm 5.1).
Temos aqui uma cena de tribunal semelhante
à de Jó (Jó 1.6-12). Satanás veio para acusar Josué de ser indigno para o
sacerdócio. “Satanás" significa 'o acusador’" e aqui, pode não ter
sido usado como um nome próprio. A acusação é o estratagema favorito de Satanás
contra os crentes.
Ela difere da convicção trazida pelo
Espirito Santo, que é quem nos convence do pecado a fim de nos levar ao
arrependimento e ao perdão. As acusações de Satanás nem sempre são falsas, mas
o seu objetivo é a destruição, não a redenção.
O anjo do Senhor em Judas, verso 9, quando
contendia com o diabo acerca do corpo de Moisés não se atreveu a proferir juízo
infamatório contra ele, pelo contrário, disse o mesmo que disse esse anjo do
Senhor, em Zacarias: “o Senhor te repreenda” e aqui, ele continua dizendo “O
Senhor que escolheu Jerusalém o repreenda”.
Em seguida, pergunta se não era ele um tição
tirado do fogo? O fogo é uma metáfora para o exílio de onde o povo de Deus
havia sido tirado. A passagem de Am 4.11 usa a mesma expressão para falar do
perigo do qual o Senhor havia redimido o seu povo.
Satanás estava ali para se lhe opor e
estava baseado nas suas vestes sujas, impuras. Aqui temos que a base para as
acusações de Satanás de que Josué era indigno. Se o sumo sacerdote estava
imundo, quem faria a expiação pelo pecado? Se ele não podia fazer a expiação,
como o povo seria perdoado? Conforme a BEG, Deus respondeu de duas maneiras nos
versículos a seguir.
·Primeiro,
ordenou que se lhe tirassem as vestes sujas.
Deus
tornou Josué apto para o sacerdócio ao lhe dar novas vestes. Para ser exato, a
purificação do sacerdócio aconteceu até certo ponto no início do período
pós-exílio.
No
entanto, o que aconteceu a Josué também apontou para a necessidade da pureza
total e permanente do sacerdócio de Israel, que viria a ocorrer somente em
Cristo.
·Segundo,
que se lhe colocassem vestes nobres sobre ele e ainda que pusessem sobre a sua
cabeça um turbante limpo.
O
anjo disse a Josué que agora ele estava sem pecado e com vestes nobres.
O turbante fazia parte do
vestuário do sumo sacerdote. Um turbante novo e limpo completou o catálogo das
vestes restauradas, indicando que Deus havia afastado a repreensão do
sacerdócio (Ex 28.36; 39.30).
O passo seguinte na preparação de Josué foi
a exortação a ele pelo anjo do Senhor, falando em nome do Senhor dos Exércitos
que deveria, doravante, andar nos caminhos do Senhor e obedecer aos seus
preceitos para poder governar sobre a casa de Deus e também estar encarregado
das suas cortes. Em assim fazendo, Deus lhe promete, em contrapartida, lhe dar
lugar perante aqueles que ali estavam.
Deus chama a atenção de Josué e de todos
ali, especialmente dos homens de presságio ou daqueles que prefiguravam coisas
que viram que ele iria trazer o seu servo.
No hebraico, esses homens de presságio significavam literalmente “homens de um sinal”. Tanto quanto Josué e seus colegas na vida de
Israel daquele tempo, esses homens não eram os servos definitivos do templo.
Eles prefiguraram a vinda do Servo (o Messias), que cumpriria perfeitamente o
seu serviço.
Já o servo que Deus iria trazer era um título
de honra usado para Moisés (Nm 12.6-8). O termo se tornou um título em Isaías,
sendo usado algumas vezes para Israel (Is 41.8; 44.1,2) e outras para o Servo
real (o Messias), que ministraria a Israel (Is 42.1-7; 52.13).
O seu servo que Deus iria trazer, era o
Renovo, que também era um título para o grande filho de Davi que foi
apresentado nesse livro. Ele, sim, combina as funções de sacerdote e de rei (6.12:
Is 4.2).
Deus colocou uma pedra na frente de Josué e
pediu que a vissem. A pedra, possivelmente, era uma referência ao Messias ou ao
reino messiânico (Dn 2.34-35,45).
Conforme a BEG, muitas passagens do Antigo
Testamento que falam da pedra (Sl 118.22; Is 8.14; 28.16) foram interpretadas. No
Novo Testamento, estão em conexão com o Messias e seu reino (Mt 21.42: 1Pe 2.6-8).
A pedra tinha sete olhos. A combinação de
figuras é difícil de ser interpretada, mas esses olhos parecem ser símbolos da onisciência
e do vigilante cuidado de Deus. A pedra tinha gravada nela uma inscrição que
declarava que o Senhor dos Exércitos tiraria o pecado da terra num único dia!
Deus afastaria o pecado do seu povo num
único dia (Dn 9.24). O sistema sacerdotal no Antigo Testamento não tinha a
intenção, na verdade, de cobrir o pecado, mas de deter temporariamente a ira
divina e apontar para a necessidade de um sacrifício final que trataria do
pecado de uma vez por todas (Hb 10.11-13).
Zc 3:1 Ele me
mostrou o sumo sacerdote Josué,
o qual estava diante do anjo do Senhor,
e Satanás estava à sua mão direita,
para se lhe opor.
Zc 3:2 Mas o anjo do Senhor disse a Satanás:
Que o Senhor te repreenda, ó Satanás;
sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda!
Não é este um tição tirado do fogo?
Zc 3:3 Ora Josué, vestido de trajes sujos,
estava em pé diante do anjo.
Zc 3:4 Então falando este,
ordenou aos que estavam diante dele, dizendo:
Tirai-lhe estes trajes sujos.
E a Josué disse:
Eis que tenho feito com que passe de ti
a tua iniqüidade,
e te vestirei de trajes festivos.
Zc 3:5 Também disse eu:
Ponham-lhe sobre a cabeça uma mitra limpa.
Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça uma mitra limpa,
e vestiram-no;
e o anjo do Senhor estava ali de pe.
Zc 3:6 E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo:
Zc 3:7 Assim diz o Senhor dos exércitos:
Se andares nos meus caminhos,
e se observares as minhas ordenanças,
também tu julgarás a minha casa,
e também guardarás os meus átrios,
e te darei lugar entre os que estão aqui.
Zc 3:8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote,
tu e os teus companheiros que se assentam diante de
ti,
porque são homens portentosos;
eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo.
Zc 3:9 Pois eis aqui a pedra que pus diante de Josué;
sobre esta pedra única estão sete olhos.
Eis que eu esculpirei a sua escultura,
diz o Senhor dos exércitos,
e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.
Zc 3:10 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos,
cada um de vós convidará o seu vizinho
para debaixo da videira
e para debaixo da figueira.
Seria num só dia que isso ocorreria. O Dia
da Expiação (Lv 16.30; 23.28) era uma celebração que anualmente lembrava o povo
de seus pecados (Hb 9.7-10), mas Cristo, num dia (ou seja, na Sexta-feira da
Paixão), pagou de uma vez por todas os pecados de todos os fiéis (Hb 9.11-14).
Assim, naquele dia, o Senhor estava
declarando que cada um haveria de convidar o seu próximo para se assentar
debaixo da sua videira e para debaixo da sua figueira. Conforme a BEG, como 1
Rs 4.25 e Mq 4.4 mostram, essa expressão é uma imagem de paz e prosperidade.
Ele está falando do reino de Deus no seu auge. No mesmo dia em que o pecado da
terra fosse eliminado (vs. 9), a paz e o contentamento prevaleceriam.
Nossa reflexão de hoje sobre a unidade,
sobre o estar juntos nos levará dentro ainda do livro de Gênesis num
interessante episódio entre pai e filho, que caminharam juntos para adorarem ao
Senhor.
5 E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos
aqui com o jumento, e eu e o mancebo iremos até lá; depois de adorarmos,
voltaremos a vós. 6 Tomou, pois, Abraão a lenha do holocausto e a pôs sobre
Isaque, seu filho; tomou também na mão o fogo e o cutelo, e foram caminhando
juntos. 7 Então disse Isaque a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão:
Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde
está o cordeiro para o holocausto?8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si o
cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos.(Gn 22.5-8).
Deus prova para nos aprovar! (A+prova+R).
Deus não nos tenta, mas nos prova, são diferentes as ações. Ninguém ao ser
tentado pode dizer que Deus o tentou, mas cada um é tentado pela sua própria
cobiça quando esta o atrai e o seduz.
Já dizia John Owen que quem se sente
atraído pelo pecado próximo, é porque já entrou em tentação. Agora deve
procurar escapar dela e não cair em tentação. Na oração do Pai Nosso, nosso
Senhor nos ensinou a orar: - e não nos deixe CAIR em tentação, mas livrai-nos
do mal.
Então são também diferentes o entrar em
tentação e o cair em tentação. A vigilância, a oração e uma vida cheia do
Espírito Santo poderá nos garantir uma vida saudável diante de Deus, em sua
presença, cada vez mais.
Logo, logo o tempo de nossa peregrinação
cessará e não mais estaremos sob o peso do pecado. É como Paulo falou em suas
epístolas e comparou o atual momento, mesmo o mais pesado deles, como uma pena
quando posto lado a lado com a glória que há de vir que ele chamou de eterno
peso. Pena x eterno peso. Tribulação presente x glória vindoura.
É de se admirar a dedicação, entendimento,
fé, e obediência do “pai da fé”, o amigo de Deus! Deus lhe pede o seu filho, o
seu único filho, aquele em quem irá se cumprir toda a promessa de Deus que ele
esperava e esperou ao longo de 100 anos e agora o Senhor lhe pede em
holocausto.
Diz as Escrituras que Abraão agiu com tanta
fé que foi capaz de ao entregar o seu filho, ainda crer que Deus cumpriria suas
promessas ressuscitando o menino que ele pediu para sacrificar. Que tamanha fé
e obediência estiveram presentes em Abraão.
Ele vai e tudo prepara, menos o sacrifício
e o menino lhe pergunta sobre o sacrifício e ele responde com uma palavra
fantástica e poderosa: - Deus para si cordeiro proverá! Estou encafifado e
estupefato diante disso.
Ele então segue para o local determinado e
certo de fazer o sacrifício e creio que aquela caminhada (juntos) deve ter sido
muito estranha e cheia de acontecimentos no caminho que lhe mostrariam coisas
que não podemos falar em palavras, mas que demonstrariam a ele o cuidado e o
amor de Deus em tudo.
Eles chegam ao lugar certo e ali Abraão
pega o seu cutelo pronto para transpassar seu único filho em holocausto ao
Senhor, mas dos céus uma voz brada e diz e chama Abraão por seu nome e ele
responde: - eis-me aqui!
Pronto! Abraão passou pela prova e foi
vencedor. Deus poupou o sacrifício do menino e já providenciará um substituto.
Era isso uma alusão ao que haveria de vir quando a semente nascesse. Por que o
Cristo seria este Cordeiro do sacrifício que tomaria o lugar dos pecadores.
Abraão sacrificou então o cordeiro que Deus
tinha providenciado, aquele que Abraão, pela fé, tinha dito que Deus haveria de
providenciar. Ali estava o pai Abraão ensinando a fé ao filho Isaque. Que
lições maravilhosas e boas. O nome daquele lugar passou a ser esse, O SENHOR
PROVERÁ!
Deus ali renova a sua aliança com ele e
enfatiza a sua promessa falando de sua descendência que seria deveras numerosa.
A promessa de Deus ali estava selada tanto pela promessa de Deus quanto pela
obediência do pai da fé, Abraão.
Uma vez Adauto Lourenço, cientista e
mantenedor do site http://www.universocriacionista.com.br/
falou que maior é o número de estrelas no universo do que os grãos de areia de
toda a terra. Incrível! Deus ali falava para Abraão que assim seria a sua
descendência de tão numerosa que seria.
Foram dois os momentos de caminhada em que
juntos foram adorar ao Senhor: a ida e a volta! Abraão falou que voltaria que
apenas iria ali adorar ao Senhor – vs. 5 – ele falou no plural “iremos” e “voltaremos”.
A ida foi um momento especial de
aprendizado e ensinamento das coisas de Deus, especialmente a fé; a volta fora
outro grande momento, em que Abraão pode fazer a aplicação de seu ensino ao seu
filho que com ele caminhara junto para adorar ao Senhor.
Que bênção pai e filho, juntos, adorando ao
Senhor!
Depois disso, foi Abraão morar em Berseba
que significa “poço do juramento”!
Estamos estudando, com a ajuda preciosa da
BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo
que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos
em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num
futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no
segundo capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro
versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues
aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de
reconstruir o templo.
Assim, dividimos essa parte em cinco
seções: A. Título (1.1) – já vimos;
B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos;
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos
vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15); e, E. A transformação de Jerusalém
(7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões
noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às
dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8
também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel
de medir (2.1-13) – veremos agora; 4.
As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10); 5. O candelabro de ouro e as
duas oliveiras (4.1-14); 6. O rolo voante (5.1-4); 7. A mulher dentro do efa
(5.5-11); 8. Os quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8).
3. Um homem com um cordel de medir (2.1-13).
Essa é a sua terceira visão a de um homem
com um cordel de medir. Esse capítulo trata do bem-estar e do futuro de
Jerusalém, e se divide em duas seções: a visão em si (vs. 1-5) e um apelo aos
que retornaram do exílio (vs. 6-13).
A visão.
A terceira visão de Zacarias descreve um
homem com um cordel de medir. Ela reforça que Deus protegeria o seu povo com a
sua própria presença pessoal (vs. 5).
Os muros de Jerusalém provavelmente ainda
não haviam sido reconstruídos, e a cidade estava sujeita ao ataque de bandos nômades.
Assim, essa afirmação da proteção de Deus chegou como uma noticia bem-vinda.
Essas profecias se cumpririam em parte com
Zorobabel e com o povo arrependido, sentindo fielmente ao Senhor, mas elas se
cumpririam plenamente apenas em Jesus, o grande filho de Davi.
O cordel de medir era um instrumento (vs.
2) que simbolizava a reconstrução da cidade no retrato feito por Jeremias de
uma Jerusalém restaurada (Jr 31.39).
Em sua visão, Zacarias tinha visto o homem
segurando uma corda de medir e lhe perguntou aonde iria e o anjo lhe respondeu
que iria medir Jerusalém em seu comprimento e em sua largura e se retirou de
sua presença, mas um outro anjo foi ao encontro do anjo que tinha falado aquilo
e mandou voltar e corrigir a informação.
Era para ele dizer que Jerusalém seria
habitada como uma cidade sem muros por causa da multidão de seus habitantes e rebanhos.
Zacarias e outros profetas do Antigo Testamento previram a restauração
pós-exibo como um período em que Jerusalém seria o centro da adoração para as
nações (vs. 11; 8.20-23; Is 2.1.5), e assim a cidade transbordaria de pessoas
com as multidões de homens e animais.
Ao invés de muro físico, o Senhor é que
seria o muro de fogo ao seu redor, ou seja, a proteção da cidade (Sl 127). O
dia da restauração foi retratado por Zacarias e Isaías como um segundo êxodo
com a figura do pilar de fogo (Is 4.5-6).
Da mesma maneira que Deus já havia
protegido Israel dos seus inimigos, ele novamente guardaria a nação contra os
seus opressores.
O apelo aos que retornaram do exílio.
As bênçãos da visão anterior de Zacarias
foram oferecidas ao seu público original. Nessa seção do capítulo, o profeta
dirigiu-se tanto aos judeus que estavam na Babilônia (vs. 6-9) como aos que
estavam em Jerusalém (vs. 10.13).
Aos que estavam na babilônia.
Começa o versículo com “Eh! Eh!" (na
NVI, traduzida como “atenção”) que seria uma espécie de chamado ao povo. A
essência do chamado de Zacarias era de que o povo voltasse e começasse a cumprir
o que Deus havia prometido. Fora o Senhor mesmo que os espalhara, por isso o
texto faz referência à decisão divina de mandar Judá para o exílio (Dt
28.36,49-50). O tempo do julgamento havia acabado; o tempo da restauração havia
chegado.
A palavra era destinada aos que estavam na
Babilônia e era para que eles escapassem porque Deus tinha enviado o seu
profeta para buscar a sua glória entre as nações que os tinham saqueado.
Quem tocou neles era como ter tocado na
menina do olho do Senhor. Essa expressão poética é usada somente aqui e em Dt
32.10. Nas duas referencias, ela expressa o profundo cuidado e amor de Deus pelo
seu povo. Nós, como seu povo, somos sua 'propriedade peculiar' (Ex 19.5; Dt
7.6). Pedro falou de um 'povo de propriedade exclusiva de Deus' (I Pe 2.9).
Aos que estavam em Jerusalém.
O profeta conclama a cidade de Sião para
cantar e se alegrar porque o Senhor Deus estava fazendo dela a sua morada, ele habitaria
no meio dela- vs. 10.
Essa promessa presumia a santificação do
povo e da terra por meio do sangue da aliança (3.9; 8.8).
Também muitas nações iriam se unir ao Senhor
naquele dia e se tornariam igualmente o seu povo peculiar. A visão descreve um
tempo em que a salvação não estaria limitada somente à nação judaica, mas que
seria estendida ao mundo.
Zorobabel e seus contemporâneos não viram o
cumprimento dessa visão por causa de sua desobediência. Em vez disso, aquele
dia começou com a inauguração do reino de Deus por Cristo.
Nesse tempo, o povo de Deus seria a sua
habitação e reconheceriam que o Senhor dos Exércitos tinha enviado o Santo na
terra santa.
O Senhor herdaria Judá como a sua propriedade
na terra santa, expressão essa que aparece somente nessa passagem das
Escrituras.
Judá se tomaria santa porque Deus habitaria
ali. Observe que o vs. 11 sugere que naquele dia a terra acolherá o povo de
Deus grandemente multiplicado, incluindo os judeus e os gentios.
»ZACARIAS [2]
Zc 2:1 Tornei
a levantar os meus olhos, e olhei,
e eis um homem que tinha na mão um cordel de medir.
Zc 2:2 Então
perguntei:
Para onde vais tu?
Respondeu-me
ele:
Para medir Jerusalém, a fim de ver
qual é a sua largura e qual o seu comprimento.
Zc 2:3 E eis que saiu o anjo que falava comigo,
e outro anjo lhe saiu ao encontro,
Zc 2:4 e lhe disse:
Corre, fala a este mancebo, dizendo:
Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros,
por causa da multidão, nela,
dos homens e dos animais.
Zc 2:5 Pois eu, diz o Senhor,
lhe serei um muro de fogo em redor, e eu, no meio
dela,
lhe serei a glória.
Zc 2:6 Ah, ah! fugi agora da terra do norte, diz o
Senhor,
porque vos espalhei como os quatro ventos do céu,
diz o Senhor.
Zc 2:7 Ah! Escapai para Sião,
vós que habitais com a filha de Babilônia.
Zc 2:8 Pois
assim diz o Senhor dos exércitos:
Para obter a glória ele me enviou às nações que vos
despojaram;
porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu
olho.
Zc 2:9 Porque eis aí levantarei a minha mão contra
eles,
e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram;
assim sabereis vós que o Senhor dos exércitos me
enviou.
Zc 2:10 Exulta, e alegra-te, ó filha de Sião;
pois eis que venho,
e habitarei no meio de ti, diz o Senhor.
Zc 2:11 E naquele dia muitas nações se ajuntarão ao
Senhor,
e serão o meu povo;
e habitarei no meio de ti,
e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti.
Zc 2:12 Então o Senhor possuirá a Judá
como sua porção na terra santa,
e ainda escolherá a Jerusalém.
Zc 2:13 Cale-se, toda a carne, diante do Senhor;
porque ele se levantou da sua santa morada.
Zacarias previu o cumprimento da promessa
que Deus fez a Abraão (Gn 15.5), que seria plenamente cumprida somente em
Cristo.
Em virtude disso, todas as nações deveriam
reverenciar a Deus por causa da grande salvação anunciada nesse capitulo (Hc
2.20). O fato de Deus se levantar significa que ele se colocaria de pé com o
propósito de julgamento.
Nesse contexto, Deus não apenas julgaria as
nações que haviam oprimido o seu povo, mas, também, garantiria um lar seguro
para seus filhos.
Nossa reflexão de hoje sobre a unidade,
sobre o estar juntos nos levará ao livro de Gênesis.
“Ora, a terra não podia sustentá-los, para
eles habitarem juntos; porque os seus bens eram muitos; de modo que não podiam
habitar juntos.” – Gn 13.6.
Que bonito e saudável o relacionamento do
Senhor com Abraão, o pai da fé, o amigo de Deus. O que chama a atenção no
texto, entre tantas coisas e informações úteis para aprendizagem, é o fato de
Abraão viver construindo altares ao Senhor por onde quer que ia.
Não é qualquer pessoa que constrói altares,
mas aquele que sente o chamado de Deus e depende dele totalmente. Abraão era
este homem que estava em terra estranha, mas que a mão de Deus estava com ele e
ele sabia disso, principalmente porque era muito abençoado em tudo o que fazia.
Havia prosperidade em suas mãos e negócios,
por isso que ele não colocava os seus olhos nas coisas, mas no Senhor provedor.
Eu fiquei pasmo de ver o comportamento de Abrão diante da terra que seria agora
partilhada entre ele e seu sobrinho Ló.
Os dois haviam crescido tanto que já não
podiam compartilhar da mesma terra juntos – vs. 13 - e tiveram que se separar.
Estava havendo constantes brigas entre os seus servos e eles não queriam brigar
entre si, por isso que tomaram a iniciativa de se apartarem um do outro.
A iniciativa é de Abraão que chama seu
sobrinho e diz para ele escolher a terra que ele quer ir. O sobrinho ao invés
de retornar a gentileza de seu tio, não, aceita a oferta e escolhe o que seus
olhos o fizeram escolher. Abraão, não. Fez tudo pela fé, numa certeza
sobrenatural de que Deus era com ele. Achei isso fantástico. Eu quero a mesma
fé de Abraão!
Não é à toa que Abraão é chamado de “pai da
fé”. Ele sabia que não estava só. Ele sabia que fazia parte de um plano maior
que pertencia a Deus. Ele sabia que Deus iria realizar seu plano. Ele confiava
plenamente em Deus a ponto de obedecer-lhe cegamente, se necessário. Ele sabia
que era amigo de Deus ou antes que Deus o havia escolhido.
A partir do verso 14, novamente está Deus a
falar com Abraão e a lhe mostrar a sua terra e a sua descendência que será tão
numerosa que se fosse possível contar os grãos de areia da terra, seria
possível contar os seus descendentes. Forte!
O último verso deste capítulo 13 de Gênesis
aponta para mais um altar erigido por Abraão ao se Deus forte que era com ele.
E o nosso altar, já está erigido? Eu fiz um que é o Jamais Desista, onde todos
os dias ali compareço, em horário certo, para ler a palavra de Deus, meditar,
orar, buscar ao Senhor e depois entregar um recado por escrito ao povo de Deus
que Deus escolher para ler, ser abençoado e abençoar.
Aonde estamos indo, cada um em nossos
caminhos atuais, está sendo um lugar de construção de altares? Nossos olhares
estão fixos no Senhor, como foram os de Abraão ou estamos de olhos nas campinas
como foi o caso de Ló? De Ló, saíram dois povos inimigos de Israel, os amonitas
e os moabitas.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...