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sábado, 11 de julho de 2015

Habacuque 2 1-20 - O MEU JUSTO VIVERÁ POR SUA FÉ!

Estamos meditando no livro do profeta que por duas vezes questionou a Deus querendo entender a justiça divina e Deus, pacientemente, lhe respondeu. Veremos agora o segundo capítulo desse livro. Estamos na terceira parte.
III. A SEGUNDA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.12-2.20) - continuação.
Nós já falamos que Habacuque queixou-se de que os babilônios eram ainda mais perversos que os judaítas. Deus prometeu que no final os babilónios seriam destruídos.
Essa parte foi dividia, conforme a BEG, em duas seções: A. A queixa de Habacuque a respeito dos babilônios (1.12-2.1) – já vista; e B. A resposta divina a respeito do julgamento dos perversos (2.2-20) – veremos agora.
A. A queixa de Habacuque a respeito dos babilônios (1.12-2.1) - continuação.
Como já dissemos, do verso 12, até o primeiro versículo do próximo capítulo, estamos vendo a queixa de Habacuque a respeito dos babilônios. O profeta se perguntava por que Deus usaria os ímpios babilônios para castigar o seu próprio povo.
A sua queixa se encerra com ele se pondo de sentinela, aguardando de uma torre de vigia, o que o Senhor haveria de fazer e como iria responder a ele. Também se preparava para o caso de ser arguido pelo Senhor.
B. A resposta divina a respeito do julgamento dos perversos (2.2-20).
Dos versos 2 ao 20, veremos a resposta divina a respeito do julgamento dos ímpios. Deus respondeu a Habacuque afirmando que haveria vida para os justos e aflição para os ímpios.
Deus mostrará que ele é justo para com aqueles que têm fé nele. O resultado final da História será a adoração do santo e justo Rei (vs. 20). O destino dos povos ou dos indivíduos será determinado pela atitude de cada um em relação ao Rei.
Esse material se divide em duas partes: a revelação de Deus de uma distinção crucial (2.2-5) e a mudança da aflição para a adoração (2.6-20) que formarão nossa divisão proposta: 1. Uma distinção crucial (2.2-5); e, 2. Ais sobre os perversos (2.6-20).
1. Uma distinção crucial (2.2-5).
Em resposta à queixa do profeta a respeito dos babilônios, o Senhor revelou uma distinção crucial entre os justos e os pecadores.
O questionamento angustiado de Habacuque levou-o de volta à origem de toda a sabedoria para esperar por uma resposta. Suas palavras indicam a determinação e perseverança para esperar por uma resposta.
A revelação nunca pode ser forçada e na torre de vigia se colocaria à espera da resposta do Senhor. Isso retrata as circunstâncias da espera de Habacuque e não necessariamente fazem referência a algum lugar no templo.
O Senhor o respondeu e pediu para ele escrever a visão e torná-la bem legível sobre tábuas para caso alguém passasse correndo, pudesse ler facilmente.
A preservação e a propagação da resposta de Deus requeriam que ela fosse escrita. Esse princípio está na base da doutrina da Escritura como a revelação fiel de Deus.
A visão que deveria registrar consistia de palavras e ações as quais deveriam ser escritas em tábuas - o plural pode indicar uma tábua grande - para que qualquer pessoa que fosse ler o que estava claramente escrito o fizesse rapidamente, ou seja, com facilidade e compreensão imediatas.
A visão tinha tempo certo e determinado, isto é, um determinado período de tempo deveria se passar antes que a revelação fosse cumprida. Essa demora não deveria ser vista como fracasso ou fraude. Antes, era um tempo para experimentar a garantia do Senhor de que o cumprimento se aproximava.
Muito tempo depois da visão de Habacuque, o julgamento dos babilônios foi executado por meio de Ciro, em 29 de outubro de 539 a.C.
Depois de dizer para Habacuque registrar a revelação que ele havia recebido e para aguardar o seu cumprimento (vs. 2-3), o Senhor revelou a distinção essencial entre os ímpios (aqui, os babilônios) e os justos (aqui, os remanescentes de Judá):
·           Pelos seus desejos e ações malignos, os ímpios seguirão um caminho que os levará para a morte e a derrota.
·           Pela fé, os justos tomarão um caminho que os conduzirá para a vida e a vitória.
Ambos sofrem com seus corações contraditórios e cheios do engando do pecado, mas a verdadeira liberdade dos filhos de Deus não está em se deixarem se extravasar e obedecer ao pecado, antes, em se conterem.
Essa distinção foi uma palavra de conforto para Habacuque e marcou o momento decisivo na sua luta para conciliar a santidade de Deus com o uso dos ímpios babilônios como um instrumento de julgamento contra o seu povo.
O rei e o reino babilônio - a personificação da impiedade do mundo - eram soberbos. Compare com 1.7,10-11. As palavras descrevem a atitude orgulhosa e arrogante dos babilônios, o oposto da crença humilde no Deus vivo.
“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele” - eles não tinham a sua alma reta nele, antes obedeciam com avidez ao pecado. Toda a disposição interior dos babilônios rejeitava o que era certo e o que levava à vida. Parenteticamente, o Senhor contrastava o futuro dos justos com o dos pecadores.
Embora, no ímpio, fosse orgulhosa a sua alma, não sendo reta nele, no justo haveria de prevalecer a fé, por isso haveria de viver pela fé – “o meu justo viverá pela sua fé”. Aqui estava a palavra de conforto aguardada por Habacuque e pelos remanescentes.
Em meio à terra coberta de pecado (1.2-4) e sujeita à ira de Deus, o Senhor prometeu que haveria um remanescente justo de Judá que tomaria um caminho que levaria à vida por confiar daquele que, mesmo em sua ira, ainda se lembra da misericórdia (3.2).
A oração recorda as palavras de Gn 15.6 e as aplica à situação de Habacuque.
·           Em Gn 15.1-6, o Senhor prometeu dar vida ao corpo amortecido de Abraão para que ele tivesse filhos (Rm 4.18-21: Hb 11.1 I -12).
·           Em Habacuque, o Senhor prometeu vida (e vitória) para os remanescentes justos de Judá, assim como ele havia dado vida (e vitória) à nação de Israel por meio do êxodo (3.12-19).
·           Assim como Abraão havia esperado pacientemente pela fé para que Deus fizesse o que havia prometido (Hb 6.13-15), também Habacuque e os remanescentes deveriam aguardar pacientemente para que Deus fizesse o mesmo por eles (vs. 3; 3.16).
·           Nos dias de Habacuque, a bênção da vida estava garantida pela fé no Deus que dá vida aos mortos.
·           Nos dias de Paulo, a mesma bênção estava garantida pela fé que focava explicitamente em Jesus, que havia se levantado de entre os mortos (Rm 4.24-25). O mesmo é verdadeiro em nossos dias.
No verso 5, o engano sedutor do vinho é comparado à insensatez da soberba. O orgulho é insaciável em sua impiedosa paixão pela auto exaltação. Essa surpreendente metáfora se soma à imagem da arrogância cega dos ímpios, simbolizada aqui pelos babilônios (veja o vs. 4). Como aqueles embriagados pelo vinho, eles, de maneira inflexível, seguiram em frente no seu caminho fatal.
2. Ais sobre os perversos (2.6-20).
Dos versos 6 ao 20, veremos os ais sobre os pecaminosos. Essa seção forma – conforme a BEG - uma unidade literária distinta que está relacionada pelo vs. 5 com a revelação que Habacuque recebeu. Os ímpios babilônios não conseguiriam escapar do julgamento divino.
Deus anunciou a condenação deles em ais proféticos (Na 3.1-19), apresentados aqui numa canção de escárnio (veja Is 1.3-14), uma forma poética que expressa a alegria dos perseguidos e sofredores com a morte do tirano.
Essa parte se divide em cinco ais separados: 2.6-8; 2.9-11; 2.12-14; 2.15-18; 2.19-20.
O primeiro ai – 2.6-8.
O primeiro ai condena os perversos pela cobiça inescrupulosa por poder e posses. Judá e todos os que sofreram sob o opressor babilônio.
Os oráculos do ai são descritos em tons tão gerais e proverbiais que adquirem uma perspectiva futura e uma aplicabilidade universal para a luta do perseguido contra o perseguidor.
Esse clamor de angústia do “Ai” é derivado do lamento fúnebre e detecta o odor da morte nas ações desavergonhadas do tirano.
Ele estava direcionado para aquele que multiplicava o que não era seu de forma ilícita e daquele que se carregava de penhores, literalmente, "bens conseguidos em penhor".
Os babilônios forçavam os povos conquistados a pagar tributos severos, bem como se apoderavam de objetos de valor e indispensáveis, e até mesmo tomavam pessoas como reféns, como garantia para certos privilégios.
Nos versos 7 e 8, uma descrição surpreendente da inversão da sorte quando os ímpios colhem o que plantaram e a punição corresponde aos seus crimes:
·           Os seus credores se levantariam contra eles.
·           Os que os farão temer e tremer se levantarão de repente.
·           Agora eles é que seriam os despojos – antes eles é que despojaram a muitas nações.
·           Derramaram muito sangue e fizeram muita violência à terra, agora era a vez deles.
O segundo ai – 2.9-11.
O segundo ai denuncia a tentativa de criar uma segurança nacional inviolável à custa dos outros.
As aves de rapina geralmente fazem os seus ninhos em lugares altos e inacessíveis. Do mesmo modo, os babilônios consideravam que a sua posição na história do mundo era da mesma maneira inviolável (Is 14.13-14; 47.7).
A segurança deles era à custa dos outros e isso trazia vergonha, não glória; ruína, não proteção.
Uma personificação surpreendente o fato de a pedra clamar da parede e a trave, ou pedaço de pau, responder do madeiramento. O protesto contra a injustiça flagrante emergiria dos materiais de construção tomados ilegalmente de seus donos por direito.
O terceiro ai – 2.12-14.
O terceiro ai anuncia o julgamento dos babilônios pela sua implacável, porém fútil, tirania.
A cidade deles era edificada com sangue, às custas de muitas vidas e muitas injustiças. Registros babilônios confirmam as grandes recompensas pelas atividades de construção.
Nabucodonosor tinha um orgulho especial pela construção da Babilônia (Dn 4.30) e citou o grande número de povos conquistados que ele utilizou como trabalho forçado na construção da torre da Babilônia.
Projetos como esse envolviam perda de vidas e eram pagos com as pilhagens da guerra; ou seja, derramamento de sangue.
Eles poderiam desejar construir aquela construção que se perpetuaria por toda a vida, mas isso jamais passou despercebido pelo Senhor. O profeta fala que vinha do Senhor que os povos trabalhavam em vão.
A História testemunha a futilidade e o fracasso dos esforços mais orgulhosos da humanidade para perpetuar a glória momentânea.
No entanto, a glória do SENHOR não é vã. A referência é à incomparabilidade divina e santidade revelada de Deus.
O quarto ai – 2. 15-17.
O quarto ai anuncia o julgamento dos babilônios por causa do modo sádico e humilhante com que tratavam os outros e a criação.
Eles não tinham escrúpulo algum e tratavam o seu semelhante como uma coisa qualquer. Eles eram totalmente insensíveis e aproveitadores. Até os que eram seus companheiros eram vítimas de suas ações malignas.
Por essa razão, haveriam de beber do cálice da embriaguez do Senhor. Essa bem conhecida figura de linguagem indica o julgamento punitivo por parte de Deus (p. ex., Is 51.17-23). O que os babilônios fizeram para os outros seria feito para eles.
Nas suas guerras e aventuras e desventuras, eles faziam muitos danos à natureza. Campanhas militares geralmente envolviam grandes danos à flora e à fauna. As árvores forneciam material de construção e lenha, enquanto animais selvagens e domésticos eram um complemento bem-vindo à dieta regular de um soldado (Dt 20.19-20). A preocupação divina com as dimensões físicas de sua criação deveria ser percebida.
O quinto ai – 2. 18-20.
O quinto ai denuncia os babilônios pela sua idolatria fútil e tola (Is 44.9-20; 57.12-13).
Como em todas as culturas, a religião dos babilônios influenciava profundamente o comportamento deles. Os reis atribuíam seus feitos militares e suas construções aos seus deuses e regularmente - às vezes de maneira exagerada - davam crédito a eles nesses assuntos.
A insensatez do idólatra o torna duas vezes mais cego, pois que davam crédito ao engano e à mentira. A orientação dada por deuses de pedra e madeira é indigna de confiança.
Ídolos mudos, imagens de fundição, obra do engano; eles não paravam para refletir que um artífice e não um deus é que a formou e a desenhou. Embora os ídolos pudessem ser gloriosos por fora, eles tristemente não tinham o poder interior da verdadeira vida.
Perceba o profundo contraste entre os ídolos sem vida e o Deus vivo. Deus está em seu templo, literalmente, "palácio". A palavra pode se referir ao santuário celestial ou terreno.
O templo terreno representava o lugar onde o escabelo real de Deus tocou a terra, o centro do seu reino em expansão na terra (1Cr 29.2). Diante dele, todos são intimados a se calarem. Os ais de julgamento sobre os orgulhosos e pecadores culminaram no silêncio universal de adoração (vs. 14) na presença gloriosa desse Deus incomparável (SI 46.10; Is 45.22-23).
»HABACUQUE [2]
Hb 2:1 Sobre a minha torre de vigia me colocarei
e sobre a fortaleza me apresentarei
e vigiarei, para ver o que me dirá,
e o que eu responderei no tocante,
a minha queixa.
Hb 2:2 Então o Senhor me respondeu , e disse:
Escreve a visão e torna-se bem legível sobre tábuas,
para que a possa ler quem passa correndo.
Hb 2:3 Pois a visão é ainda para o tempo determinado,
e até o fim falará, e não mentirá.
Ainda que se demore, espera-o;
porque certamente virá, não tardará.
Hb 2:4 Eis o soberbo!
A sua alma não é reta nele;
mas o justo pela sua fé viverá.
Hb 2:5 Além disso, o vinho é traidor;
o homem soberbo não permanece.
Ele alarga como o Seol o seu desejo;
como a morte, nunca se pode fartar,
mas ajunta a si todas as nações,
e congrega a si todos os povos.
Hb 2:6 Não levantarão, pois, todos estes contra ele
um provérbio e um dito zombador?
E dirão:
Ai daquele que acumula o que não é seu! (até quando?)
e daquele que se carrega a si mesmo de penhores!
Hb 2:7 Não se levantarão de repente os teus credores?
e não despertarão os que te farão tremer?
Então lhes servirás tu de despojo.
Hb 2:8 Visto como despojaste muitas nações,
os demais povos te despojarão a ti,
por causa do sangue dos homens,
e da violência para com á terra, a cidade,
e todos os que nela habitam.
Hb 2:9 Ai daquele que adquire para a sua casa lucros criminosos,
para pôr o seu ninho no alto,
a fim de se livrar das garras da calamidade!
Hb 2:10 Vergonha maquinaste para a tua casa;
destruindo tu a muitos povos, pecaste contra a tua alma.
Hb 2:11 pois a pedra clamará da parede,
e a trave lhe responderá do madeiramento.
Hb 2:l2 Ai daquele que edifica a cidade com sangue,
e que funda a cidade com iniqüidade!
Hb 2:13 Acaso não procede do Senhor dos exércitos
que os povos trabalhem para o fogo
e as nações se cansem em vão?
Hb 2:14 Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor,
como as águas cobrem o mar.
Hb 2:15 Ai daquele que da de beber ao seu próximo,
adicionando à bebida o seu furor,
e que o embebeda para ver a sua nudez!
Hb 2:16 Serás farto de ignomínia em lugar de honra;
bebe tu também, e sê como um incurcunciso;
o cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti,
e ignomínia cairá sobre a tua glória.
Hb 2:17 Pois a violência cometida contra o Líbano te cobrirá,
e bem assim a destruição das feras te amedrontará
por causa do sangue dos homens,
e da violência para com a terra,
a cidade e todos os que nele habitam.
Hb 2:l8 Que aproveita a imagem esculpida,
tendo-a esculpido o seu artífice?
a imagem de fundição, que ensina a mentira?
Pois o artífice confia na sua própria obra,
quando forma ídolos mudos.
Hb 2:19 Ai daquele que diz ao pau:
Acorda;
e à pedra muda:
Desperta!
Pode isso ensinar?
Eis que está coberto de ouro e de prata,
e dentro dele não há espírito algum.
Hb 2:20 Mas o Senhor está no seu santo templo;
cale-se diante dele toda a terra;
cale-se diante dele toda a terra.
Habacuque recebeu a resposta do Senhor e a síntese dela é que Deus não estava inerte ou totalmente transcendente não se importando com suas criaturas, pelo contrário, as nações ímpias receberiam aquilo que tinham semeado.
Ninguém escapará das consequências de suas ações. Quanto ao justo, a palavra de ordem dele era para viver pela sua fé no Senhor, pois a seu tempo, ele também colherá a sua recompensa.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dia 5 – EM UNIDADE!


 “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas, também por aqueles  que vierem a crer em mim por intermédio da sua palavra ; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó pai em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido  a glória que me tens dado, para que sejam um como nos o somos; eu neles e tu em mim. A fim de que sejam aperfeiçoados na unidade , para que o mundo conheça que tu me enviaste, e o amaste como tu também amaste a mim.” (Jo 17. 19-23)

O Pai, Jesus e nós, somos todos nós, ou devemos ser, todos nós, unos, uma unidade. Jesus e o Pai eram um só, dizia Jesus. Também dizia, quem me ve a mim, ve o Pai. Na verdade, a unidade está na Trindade: no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Não há disputa entre eles, não há discordância, mas união e amor.
A oração de Jesus era para que com ele, com o Pai e, consequentemente, com o Espírito Santo, todos nós fôssemos um, tanto individualmente como em grupo. Falo da igreja. Eu sou igreja de Jesus Cristo, como é a igreja o conjunto de todos os que creem no Senhor. A igreja do Senhor não pode ter objetivos isolados e não de acordo com o que o Filho nos ensina.
A encarnação de Jesus possibilitou ao homem conhecer o modelo em tudo. Jesus buscou andar com Deus e obedecê-lo em tudo para que também nós seguíssemos seu exemplo. Jesus é homem e escolheu homens para segui-lo e levar adiante a mensagem de Deus, ou seja, a sua mensagem, de que ele como Deus estava reconciliando consigo mesmo o inteiro cosmo para que ao final todos nós sejamos um com ele.
A unidade nossa com o Senhor não é uma unidade que retira a nossa identidade, antes a aperfeiçoa. Eu não deixarei de ser Daniel Deusdete, mas com ele serei um só. Há doutrinas que ensinam que o destino do homem é se misturar com a sua divindade formando com ele uma unidade que desintegra a identidade. Essa doutrina não é bíblica.
A unidade tem um objetivo. É somente voltarmos a ler o versículo base da referência. O objetivo que se sobressai é fazer com que o mundo creia que Jesus foi enviado pelo Pai. O Pai amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho único para que todo aquele que nele creia, não pereça mas permaneça para sempre – Jo 3:16.
O Pai é o governador do mundo que o rege com sua forte mão e nada lhe escapa ao seu controle soberano e absoluto. O mundo parece apavorado com os últimos acontecimentos, mas quando tudo parecer fora de controle, nada está sem o controledo Deus soberano.
Jesus Cristo é a saída desse mundo. Ele e somente ele é a Arca de Noé dos dias atuais. Ele e somente ele é a solução d e todos os problemas do mundo. Ele é a saída contra os terremotos, contra os maremotos, contra as tsunâmis...
Eu oro, eu peço, eu repreendo, mas o fazer ou o não fazer não me compete a mim, mas ao administrador que tem tudo sob o seu controle.
O mundo está precisando se unir. A união em torno de Cristo dará aos nossos dias um grande avivamento que fará coisas sobrenaturais ocorrerem de forma jamais vista e testemunhada por qualquer humano desde os dias de Adão.

Ambos estão juntos e o desafio é a unidade. Repito o que disse ontem de que não estamos sendo chamados para separarmos o trigo do joio, mas para vivermos em união, seguindo o exemplo maior que Jesus nos deu de que convivendo com o inimigo, não permitiu que houvesse desunião entre os seus discípulos. Na hora certa, os que não são da luz se separarão da luz, mas para seu próprio tormento.

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Habacuque 1 1-17 - O PROFETA SE QUEIXA DA JUSTIÇA E DEUS RESPONDE.

Sobre o livro de Habacuque.
Em nosso pequeno e humilde estudo, estaremos agora segmentando e refletindo no livro de Habacuque, um dos chamados profetas menores.
Estaremos nos apoiando no texto da BEG, inclusive em seus comentários. Caso desejarem maior aprofundamento, recomendamos ver essa introdução na própria BEG e em outras fontes recomendadas.
Autor/características gerais:
·           O profeta Habacuque.
·           O significado do seu nome é incerto. Ele pode estar ligado:
ü  Com a raiz hebraica "abraçar" que pode fazer referência à aceitação do Senhor por Habacuque.
ü  Ou com o nome da uma planta assíria chamada "hambakuku" que pode sugerir a penetração da cultura assíria na sociedade de Judá.
·           Viveu no período do reinado de Joaquim (608-598 a.C.).
·           Foi contemporâneo mais jovem de Jeremias.
·           Possuía um zelo ardente pela glória do Senhor.
·           Provavelmente trabalhava em Jerusalém, pois ele estava profundamente preocupado com assuntos relacionados a ela.
·           Recorda-nos a BEG que sua "sentença" (1.1) é incomum no sentido de que não é primeiramente uma palavra dirigida ao povo, mas uma resposta às suas próprias perguntas dolorosas.
·           Habacuque parece ter escrito aos judaítas que ainda estavam vivendo na Terra Prometida (as tribos do norte haviam sido levadas para o cativeiro em 722 a.C.).
ü  Os judaitas haviam cometido graves violações da aliança, incluindo violência entre si e perversão da justiça (1.2-4), de tal maneira que Deus estava a ponto de julgá-los severamente com a sentença de exilá-los da Terra Prometida (o exílio aconteceu em 597 a.C.).
Propósito:
Guiar Israel em direção à fé em Deus durante as provações da conquista e do exílio babilônico ao exibir o empenho e a determinação pessoal do profeta.
Data: 605-600 a.C.
Verdades fundamentais – conforme a BEG:
·           Deus nunca tolerará o pecado grave entre o seu povo.
·           Deus pode usar incrédulos perversos para castigar o seu povo.
·           Os fiéis deveriam reconhecer honestamente perante Deus as várias dificuldades que enfrentam.
·           Os fiéis deveriam aprender a confiar em Deus, mesmo quando as circunstâncias são difíceis.
Contextualização – conforme a BEG:
A única evidência objetiva para datar a atividade profética de Habacuque é fornecida por 1.6. A referência aos babilônios (lit., "caldeus") como o novo poder ameaçador do mundo indica um período anterior à subjugação de Judá pelos exércitos de Nabucodonosor.
Essa ameaça virou realidade em 597 a.C., quando os babilônios tomaram Jerusalém e deportaram o jovem rei Joaquim para a Babilônia (2Rs 24.8-17).
Habacuque viveu no período do reinado de Joaquim (608-598 a.C.) e foi um contemporâneo mais jovem de Jeremias.
Um acontecimento importante durante esse período foi a derrota do Faraó Neco e seu exército egípcio pelo príncipe Nabucodonosor da Babilônia em Carquemis no ano de 605 a.C.
Pouco tempo após a Babilônia ter obtido essa vitória sobre o Egito, Judá e vários outros reinos foram dominados pelos poderosos babilônios.
Uma data entre 605 e 600 a.C. pode, portanto, ser uma suposição apropriada do período em que Habacuque teve a sua inspirada visão.
Durante esse período, os babilônios se tornaram a força dominante no cenário internacional, eliminando impiedosamente qualquer oposição (1.5-17).
O reinado perverso de Joaquim formou um triste contraste com o do seu pai, o bondoso rei Josias (veja Jr 22.13-19,25-26). Foi um período de deterioração espiritual no qual o povo da aliança foi perdendo progressivamente o seu caráter único (1.2-4).
Propósito e características:
Em muitos aspectos, Habacuque lembrava muito o seu contemporâneo Jeremias, pois ele estava profundamente preocupado com a desobediência do povo de Deus e com as dificuldades que
, num período muito breve, eles enfrentariam.
A preocupação de Habacuque é mais demonstrada em diálogos com Deus, bem como persistentes súplicas a ele (2.1-2; 3.2,16), do que em pregação profética.
O livro registra como o profeta mudou da profunda aflição e dúvida para a crença e a esperança por meio da oração a Deus.
Habacuque, um homem com uma paixão ardente pela honra do seu sagrado Deus (1.12; 3.3), viveu uma profunda crise espiritual devido à aparente indiferença de Deus para com a terrível situação espiritual no meio do seu povo (1.2-4).
A ausência de vida pactual e de obediência aos termos da aliança não era algo apenas perigoso para o povo de Deus, mas também um insulto ao próprio Senhor da aliança e uma rejeição a ele.
Uma vez que apenas a intervenção divina poderia reverter essa situação letal, Habacuque urgente e persistentemente (mas aparentemente em vão) clamou ao juiz celestial (1.2).
Em resposta, o Senhor revelou que os babilônios, que estavam então aparecendo na cena da História (1.6), seriam usados como o seu instrumento de castigo. Essa cura parecia ainda pior do que a doença, e aumentou a aflição do profeta (1.5-17).
Como poderia o santo Deus, para quem é impossível tolerar o que é errado (1.3-13), usar esse povo malvado para o cumprimento dos seus propósitos?
Deus realmente mantém a diferença entre o bem e o mal no resultado da História?
Convencido de que os acontecimentos da História não eram determinados pelo destino, mas pelo Deus vivo de Israel, Habacuque determinou-se a esperar esperançosamente pelo Senhor até receber uma resposta para as suas dolorosas perguntas (2.1).
A resposta ou revelação subsequente do Senhor (lit., "visão"; veja 2.2-3) proporciona ao seu povo urna perspectiva verdadeira do resultado prometido da História.
Ela não esclarece todas as questões dolorosas, mas ensina o segredo da vida da aliança no aqui e agora da História (2.3-4); ou seja, perseverança, paciência e expectativa esperançosa em esperar o cumprimento da promessa infalível do Senhor.
Apesar da inescrutabilidade dos seus meios, os propósitos de Deus são consistentes e culminarão em vida eterna para os fiéis e justos, mas resultarão em angústia e morte para os autossuficientes e arrogantes (2.4-19).
A presença do Senhor no seu templo confirma o seu domínio sobre a História e fornece a garantia de que, no final, a sua legítima reivindicação do mundo todo será reconhecida universalmente (2.14,20; Is 45.21-25; 1Co 15.28).
A revelação da orientação intencional da História pelo Senhor transformou a queixa de Habacuque num hino de oração, louvor e alegria (3.2-20). Em vez de aguardar passivamente pela intervenção divina, ele começou a orar positivamente para que o Senhor agisse novamente de acordo com seus poderosos feitos e com suas qualidades, como demonstrados no êxodo e no Sinai.
Na sua oração, o futuro se moveu para o presente.
Com antecipação, ele celebrou a vinda do Senhor (3.3-7) e o seu conflito (3.8-12) e triunfo sobre toda oposição na natureza e na História (3.13-15).
Nada, nem mesmo a possibilidade das mais severas calamidades, poderia diminuir a imensa alegria de Habacuque na expectativa da salvação que estava por vir, garantida pela fidelidade do Senhor para com ele mesmo e sua revelação (3.17-19).
Cristo em Habacuque – conforme a BEG:
·           Paulo e o escritor de Hebreus citaram Hc 2.4 (Rm 1.17; Hb 10.37-38).
·           Assim como Habacuque (cap. 1), Paulo estava convencido de que a maldade e o pecado são incompatíveis com a santidade de Deus e isso só pode ser resolvido por meio de intervenção divina.
·           A palavra profética de Habacuque (cap. 2) revela em princípio o meio pelo qual Deus irá finalmente lidar, por meio de Cristo, com a incompatibilidade entre pecado e santidade.
·           A cruz de Cristo e o julgamento final em seu retorno são cumprimentos dessa revelação. Paulo, como Habacuque, afirmou que a verdadeira vida só é possível numa relação de total dependência do Senhor.
·           Essa dependência, baseada na fidelidade de nosso Deus, transforma a nossa existência neste mundo, enchendo a nossa vida de alegria e esperança na expectativa do cumprimento final de todas as suas promessas (cap. 3; cf. 2.3).
·           Dessa maneira, Habacuque pode ser chamado de bisavô da Reforma.
·           Os conceitos principais de sua pregação, assumidos por Paulo, influenciaram profundamente homens como Lutero e Calvino e se tornaram divisas-chave na fé da Reforma.
·           Apenas a fé - a confiança perseverante e obediente no Deus de Habacuque, o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo - fornece a chave para a existência significativa no mundo durante este período entre a primeira vinda de Cristo e o seu retorno.
Esboço proposto em capítulos, conforme a BEG:
I. TÍTULO (1.1)
II. A PRIMEIRA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.2-11)
III. A SEGUNDA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.12-2.20)
IV. ORAÇÃO DE ENCERRAMENTO DE RESOLUÇÃO E FÉ (3.1-19)
I. TÍTULO (1.1).
O versículo de abertura dá origem ao título do livro ao apresentar Habacuque como autor e profeta.
A sentença, ou peso (NVI), ou, "oráculo" que viu o profeta Habacuque. Esse termo “oráculo” pode significar "levantar a voz" e é geralmente, embora não sempre, um termo técnico para um oráculo de julgamento contra uma nação estrangeira (p. ex., Is 13.1; 15.1; Na 1.1).
A palavra foi revelada, literalmente, "viu". A palavra lembra o leitor do recebimento sobrenatural da revelação divina pelo profeta, ou seja, veio da parte de Deus.
II. A PRIMEIRA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.2-11).
Até o verso 11, veremos que Habacuque queixou-se de que a perversidade havia crescido em Judá com pouca resposta de Deus. Deus, em resposta, prometeu punir a maldade de Judá pelo envio dos babilônios.
A primeira seção do livro diz respeito ao problema da perversidade em Judá. Ela é dividida em duas seções principais: a queixa de Habacuque a respeito da maldade (1.2-4) e a resposta de Deus ao profeta (1.5-11) que gerarão as duas divisões, a seguir: A. A queixa de Habacuque a respeito de Judá (1.2-4) – veremos agora; e, B. A resposta divina a respeito do julgamento babilônio (1.5-11) – veremos agora.
A. A queixa de Habacuque a respeito de Judá (1.2-4).
Vejamos a queixa de Habacuque a respeito de Judá. A pecaminosidade de muitos em Judá afligia e chocava o profeta.
Muitos em Judá já não viviam de acordo com as condições das alianças com Abraão, Moisés e Davi.
Habacuque estava ainda mais preocupado com a aparente falta de resposta do Senhor ao pecado de Judá. Violações flagrantes da aliança requeriam maldições e julgamentos (Gn 18.25; Dt 28.15-68; 30.11-19).
O profeta, portanto, suplicou ao Senhor em linguagem semelhante à dos salmos, de lamento individual, para reparar uma situação aparentemente incorrigível.
Até quando clamarei e não me escutarás? Era a pergunta honesta de alguém que tinha suportado muito sofrimento. Essa pergunta é característica dos salmos de lamentos (SI 13.2; 62.3; Ir 47.6), e até mesmo os mártires no céu fazem essa pergunta (Ap 6.10).
Com os motivos apropriados, essa questão indica fidelidade em sua súplica ao Senhor como o juiz final. Ele estava clamando, era o brado de alguém em profunda aflição (p. ex., SI 22.24; 30.2), mas Deus não parecia escutá-lo. O seu clamor era em gritos e ele bradava violência e onde estava Deus que não salvava?
Essas palavras expressam a dolorosa experiência da aparente indiferença e inatividade do Senhor em face do sofrimento não merecido. O termo “violência!” resume a violação deliberada, brutal e insensível dos direitos e privilégios do povo de Deus e sua exploração e opressão por alguns judaítas poderosos.
Habacuque estava incomodado com a iniquidade que via seguida da opressão. Era somente destruição e violência, contenda e litígio. Quem pode suportar isso, sendo Deus nosso Senhor? O coração do profeta não queria sossego, pois sabia que Deus estava no controle de tudo.
Também não entendia porque Deus não agia ou mudava aquele quadro terrível. A impressão que temos é que em determinados momentos, Deus afrouxa mesmo para que se encha a medida de sua ira quando então não haveria mais retorno, nem volta para o povo que estava desenfreadamente entregue ao pecado.
Terrível coisa é cair nas mãos de si mesmo! Terrível coisa é quando tudo o que se faz de errado dá certo e ainda prospera todo mal. Isso é um péssimo sinal de que o juízo está às portas e sem misericórdias.
Por causa da falta da justiça, a lei, obviamente se afrouxava. A diretriz e o padrão divino para a vida pactual era a Lei de Moisés, da maneira como ela foi moldada por meio de revelações adicionais por meio da aliança com Davi.
Habacuque não tinha em mente a perfeição moral (um padrão que ninguém poderia atingir). Antes, ele se referia àqueles que aceitavam a lei do Senhor como a norma para suas vidas e esforçavam-se por obedecer com fé.
A lei se afrouxava e a justiça nunca se manifestava a favor do justo que era cercado pelo ímpio, sem piedade. Ele mesmo distorcia a justiça para benefício próprio – vs. 4.
B. A resposta divina a respeito do julgamento babilónio (1.5-11).
Dos versos 5 ao 11, veremos a resposta divina a respeito do julgamento babilônia. O profeta informou que o Senhor enviaria os babilônios para julgar o seu povo pela sua perversidade.
O Senhor nunca é indiferente aos pecados do seu povo. Antes, ele é ativo numa escala universal para realizar o triunfo do seu reino e a queda dos ímpios. O triunfo do seu reino, no entanto, requer o expurgo dos ímpios que estão dentro dele.
Deus começa a sua resposta chamando a atenção do profeta e de todo o povo de Deus que sofria injustamente para ver, olhar, maravilhar e se admirar porque haveria ele naqueles dias de fazer uma obra incrível que causaria admiração entre todos.
O profeta instou o povo a prestar atenção no espetáculo do método justo e sagrado de Deus de lidar com o pecador Judá. A vitória dos ímpios sobre "aquele que é mais justo" (vs. 13) colocaria uma pedra de tropeço na fé entre o público de Habacuque.
Mais tarde, Paulo usou esse versículo para instar os judeus do seu tempo a não se escandalizarem perante o espetáculo da crucificação do justo Jesus (At 13.41).
Deus comumente faz uso de pessoas ímpias para alcançar os seus justos objetivos (p. ex., At 4.27-28), incluindo o julgamento e a disciplina do seu povo.
Deus controla toda força na História, incluindo a força militar que estava aparecendo no horizonte da História nos dias da Habacuque: os agressivos babilônios. Ele os haveria de suscitá-los para apoderarem-se de moradas que não eram deles. As ações do inimigo arrogante eram determinadas apenas pelo que eles julgavam que aumentaria a sua própria importância.
Nos versos 8 e 9, podemos ver o uso de imagens poéticas vívidas retratando a velocidade e a determinação desses guerreiros ferozes e opressores:
·           Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, e mais espertos do que os lobos à tarde.
·           Os seus cavaleiros espalham-se por toda parte.
·           Os seus cavaleiros virão de longe e voarão como águias que se apressam a devorar.
·           Todos virão para fazer violência.
·           Os seus rostos buscarão o vento oriental, e reunirão os cativos como areia.
Os ameaçadores exércitos babilônios olhavam os obstáculos como desafios e tratavam os seus adversários com desprezo. Por isso que escarneceriam dos reis, dos príncipes de Judá e de todas as suas fortalezas.
Eles mesmos estavam confiados em seu poder que era o seu próprio deus, embriagados por ele, passavam como o vento causando grande destruição.
III. A SEGUNDA QUEIXA E A SUA RESPOSTA (1.12-2.20).
Habacuque queixou-se de que os babilônios eram ainda mais perversos que os judaítas. Deus prometeu que no final os babilónios seriam destruídos.
Veremos dos versos 12 ao 20, a segunda queixa e a sua resposta.
Tendo relatado a maneira como Deus enviaria os babilônios para punir Judá, Habacuque passou para um segundo lamento sobre a aparente injustiça dessa resposta de Deus.
É provável que alguma incursão ou injustiça babilônica em relação à Judá após a primeira queixa e resposta (1.1-10) tenha estimulado Habacuque a fazer essa queixa.
Essa seção se divide em duas seções: a queixa do profeta a respeito dos babilónios (1.12-2.1) e a resposta de Deus (2.2-20), que formarão nossa divisão proposta, conforme a BEG: A. A queixa de Habacuque a respeito dos babilônios (1.12-2.1) – veremos agora; e B. A resposta divina a respeito do julgamento dos perversos (2.2-20).
A. A queixa de Habacuque a respeito dos babilônios (1.12-2.1).
Do verso 12, até o primeiro versículo do próximo capítulo, veremos a queixa de Habacuque a respeito dos babilônios. O profeta se perguntava por que Deus usaria os ímpios babilônios para castigar o seu próprio povo.
Esse modo de agir violava o caráter de Deus? O lamento de Habacuque refletia a sua profunda perplexidade.
Habacuque se dirige a Deus, primeiro invocando a sua santidade que logo o remete para a convicção de que a atual experiência dolorosa não seria o fim, segundo invocando o fato de ele ser uma rocha na qual se poderia confiar e ter proteção - Gn 49.24; Dt 32.4.
O Senhor da aliança estava lá desde o começo. Como Senhor da História e do seu povo, ele teve a liberdade de escolher seus agentes de castigo.
Se Deus é tão puro de olhos que não pode ver, nem tolerar o mal, como poderia suportar e se calar quando o ímpio devorava aquele que era mais justo do que ele? – vs. 13.
Conforme a BEG, o profeta enfrentou um problema teológico sério: Deus é puro e santo; portanto, num sentido, ele não pode tolerar o pecado. Ainda assim, Deus usou os traiçoeiros babilônios como instrumento de castigo.
A dificuldade de conciliar a intolerância de Deus em relação ao pecado com a sua aparente tolerância, e até mesmo o uso, dos ímpios, está no cerne de muitos lamentos bíblicos.
O fato de saber que Deus é soberano e bom leva ao problema desorientador de como o mal se encaixa em seus planos. Tão importante quanto é debater honestamente essa questão, ela no final leva aquele que verdadeiramente acredita, a uma fé e confiança humildes, assim como aconteceu com Habacuque (3.1-19).
Habacuque faz uma acusação ousada. Ele argumentou que, se o Senhor tolerasse as ações perversas dos babilônios, ele seria o responsável pelo que aconteceria com as suas vítimas.
A violência estava privando os seres humanos de sua dignidade como imagens de Deus (Gn 1.26) e os tratando como criaturas que haviam sido sujeitas a eles na criação (SI 8.6-8).
»HABACUQUE [1]
Hb 1:1 O oráculo que o profeta Habacuque viu.
Hb 1:2 Até quando Senhor,
clamarei eu,
 e tu não escutarás?
ou gritarei a ti:
Violência!
e não salvarás?
Hb 1:3 Por que razão me fazes ver a iniqüidade, e a opressão?
Pois a destruição e a violência estão diante de mim;
há também contendas,
e o litígio é suscitado.
Hb 1:4 Por esta causa
a lei se afrouxa,
e a justiça nunca se manifesta;
porque o ímpio cerca o justo,
de sorte que a justiça é pervertida.
Hb 1:5 Vede entre as nações, e olhai;
maravilhai-vos e admirai-vos;
porque realizo em vossos dias uma obra,
que vós não acreditareis,
quando vos for contada.
Hb 1:6 Pois eis que suscito os caldeus,
essa nação feroz e impetuosa,
que marcha sobre a largura da terra
para se apoderar de moradas que não são suas.
Hb 1:7 Ela é terrível e espantosa;
dela mesma sai o seu juízo e a sua dignidade.
Hb 1:8 Os seis cavalos são mais ligeiros do que os leopardos,
se mais ferozes do que os lobos a tarde;
os seus cavaleiros espalham-se por toda a parte;
sim, os seus cavaleiros vêm de longe;
voam como a águia que se apressa a devorar.
Hb 1:9 Eles todos vêm com violência;
a sua vanguarda irrompe como o vento oriental;
eles ajuntam cativos como areia.
Hb 1:10 Escarnecem dos reis, e dos príncipes fazem zombaria;
eles se riem de todas as fortalezas;
porque, amontoando terra, as tomam.
Hb 1:11 Então passam impetuosamente, como um vento,
e seguem, mas eles são culpados, esses cujo próprio poder
e o seu deus.
Hb 1:12 Não és tu desde a eternidade,
 ó Senhor meu Deus, meu santo?
Nós não morreremos.
Ó Senhor, para juízo puseste este povo;
e tu, ó Rocha, o estabeleceste para correção.
Hb 1:13 Tu que és tão puro de olhos que não podes ver o mal,
e que não podes contemplar a perversidade,
por que olhas pára os que procedem aleivosamente, e te calas
enquanto o ímpio devora aquele que
e mais justo do que ele.
Hb 1:14 E farias os homens como os peixes do mar,
como os répteis, que não têm quem os governe,
Hb 1:15 Ele a todos levanta com o anzol,
apanha-os com a sua rede;
e os ajunta na sua rede varredoura;
por isso ele se alegra e se regozija.
Hb 1:16 Por isso sacrifica à sua rede,
e queima incenso à sua varredoura;
porque por elas enriquece a sua porção,
e abundante a sua comida.
Hb 1:17 Porventura por isso continuara esvaziando a sua rede
e matando sem piedade os povos?
Dos versos 15 ao 17, ele usa termos que são imagens de pesca, incluindo a satisfação de uma pesca bem-sucedida por parte do Senhor que significa uma aniquilação cruel de outras nações.
Na Babilônia, a pesca era importante em áreas com suprimento abundante de água. A arte babilônica também retratou prisioneiros de guerra em redes (veja Jr 16.16 e 2.1).
No entanto, agora o pescador era o Senhor que a todos levantará com seu anzol e apanhá-los-á em sua rede.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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