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sábado, 4 de julho de 2015

Miquéias 5 1-15 - BELÉM, A TERRA NATALÍCIA DO GRANDE REI.

Miquéias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
III. O JULGAMENTO DOS LÍDERES E A RESTAURAÇÃO FUTURA (3.1-5.15) - continuação.
Como já dissemos, Deus anunciou castigar tanto Judá como Jerusalém com derrota e exílio, pois os seus líderes eram muito corruptos, mas um dia ambas seriam restauradas. Essa seção é composta por dez oráculos e foram assim divididas, conforme a BEG: A. O julgamento de líderes que se tornaram canibais (3.1-4) – já vista; B. O julgamento dos profetas exploradores (3.5-8) – já vista; C. O julgamento da destruição de Sião (3.9-12) – já vista; D. Sião será exaltada (4.1-5) – já vista; E. A força futura do remanescente (4.6-7) – já vista; F. O futuro domínio de Sião (4.8) – já vista; G. A aflição de Sião e a salvação futura (4.9-13) – já vista; H. O soberano messiânico (5.1-6) – veremos agora; I. O reinado futuro do remanescente (5.7-9) – veremos agora; e, J. A proteção do Senhor ao seu império (5.10-15) – veremos agora.
H. O soberano messiânico (5.1-6).
Dos versos de 1 ao 6, veremos a profecia sobre o soberano messiânico.
Esse oráculo diz respeito a um rei da família de Davi (o Messias) que estabeleceria um reino mundial que traria paz e bênçãos ao povo fiel de Deus. Ele também vai da aflição atual (4.13) para a vitória do Messias (vs. 1-3) e o triunfo da liderança (vs. 4-6).
As tropas deveriam ser reunidas por causa do cerco e o principal líder estava ferido na face. O golpe na face do soberano de Judá representa o insulto máximo - todo poder para resistir havia desaparecido.
Deus escolheu Belém de Judá para ali ser a terra de nascimento do Messias, tão esperado e desejado das nações. Jesus, o tão aguardado filho de Davi, cumpriu as promessas feitas nesse oráculo (Mt 2.6; Lc 2.4,11; Jo 7.42).
Vejamos algumas características dessa cidade[1] escolhida por Deus como local do nascimento do Messias:
·         Hodiernamente é um deserto de cristãos, apenas uma ínfima parcela da população continua sendo cristã.
·         Belém está hoje sob a direção de Autoridade Palestina.
·         Ela é cercada por muros, que a distanciam da mais nobre cidade do Mundo: Jerusalém, que lembra Davi e Jesus Cristo.
·         Belém (em árabe بيتلحم, transl. Bayt Lam, lit. "Casa da Carne"; em hebraico: ביתלחם, transl. Beit Lehem, lit. "Casa do Pão"; em grego : Βηϑλεέμ, transl. Bethlehém; em latim: Bethlehem) é uma cidade Palestina localizada na parte central da Cisjordânia, com uma população de cerca de 30.000 pessoas.
·         É considerada por Israel como parte da “Jerusalém Maior”.
·         É a capital da província de Belém, na Autoridade Nacional Palestina, e um centro de cultura e turismo no país.
·         Localiza-se a cerca de 10 quilómetros ao sul de Jerusalém, a uma altitude de 765 metros acima do nível do mar.
·         Apenas 2% são cristãos na cidade onde nasceu Jesus. O número de cristãos em Belém, cidade considerada o local onde Jesus nasceu, está diminuindo. Há cem anos, cerca de 40% da população da cidade era cristã, agora são 2%. E, de acordo com algumas previsões, os últimos cristãos deverão deixar a cidade antes de 2025.
·         Simon Azazian, integrante da Sociedade Bíblica Palestina, crê que em alguns dos vilarejos o número de cristãos é zero. "Em Birzavit, por exemplo, 100% eram cristãos, depois (a porcentagem) caiu para 60%, agora são 40% e esse número continua baixando.
·         Alguns cristãos (lembrando que a designação: “cristãos”, envolve todas as Igrejas que professam o nome de Jesus Cristo!) dizem que esse êxodo se deve ao fundamentalismo islâmico.
·         A cidade da Promessa, terra de Jessé, o belemita e de seu mais ilustre filho, o Rei Davi, Belém (cujo nome em hebraico é Beit Lechem, a Casa do Pão) foi fundada na região de Efrata, donde seu nome primitivo Efrata, já citado na Bíblia (Gn 15,19; 35, 16.), pertencia à tribo de Judá, e por isso era designada como Belém de Judá (Jz.17,7;Mt.2,5), para distingui-la de Belém de Zebulom (Js 19,15). Gênesis 35:19 narra que Raquel morreu de parto perto de Belém no caminho a Efrata, e que Jacob colocou um monumento sobre sua tumba. (O sítio da Tumba de Raquel, bem perto de Belém, é um Lugar Santo, judaico e até hoje um local de peregrinação e oração.) Contudo, Belém é mais conhecida na tradição judaica por causa do Rei David, e no Cristianismo, como o local do nascimento de Jesus.
·         Pesquisas arqueológicas indicam que durante o período do Primeiro Templo a cidade murada se localizava na área da Basílica da Natividade, e que as cavernas sob a basílica poderiam ter sido usadas como extensões das residências particulares (como depósitos, estábulos, etc.). Este uso de cavernas e cômodos escavados em rochas era comum em toda a região até muito recentemente. Uma destas cavernas foi transformada em santuário no século IV, considerada como sendo o sítio da Natividade. A atual Basílica é a mais antiga igreja consagrada do mundo. Ela foi construída pelo imperador bizantino Justiniano (527-565), no sítio de uma basílica erigida anteriormente pelo imperador Constantino em 325.
·         Em Belém de Judá nasceram: o levita da Casa de Micas, a mulher do levita Efraim, Boaz, Jessé e Davi, que, também ali, recebeu a unção de Samuel.
·         Tendo sido ocupada, por algum tempo, pelos filisteus, foi fortificada por Roboão e repovoada quando da volta do Exílio babilônico.
·         Mas, Belém é célebre, sobretudo, por ser o local de nascimento de Jesus Cristo - Mt 2,16; Lc 2, 4-15; Jo 7, 42), cumprindo-se, então a famosa profecia messiânica: “E tu Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum o menor dentre os principais lugares de Judá. Porque é de ti que há de sair o Chefe, que há de pastorear o meu povo, Israel” (Mq. 5,2).
·         E é em Belém que se comemora o Natal dos peregrinos de todo o Mundo.
·         O turismo em Belém acelerou nos últimos anos, depois de ter perdido força durante a Intifada palestina que eclodiu em 2000.
·         Muitos moradores dizem que o desenvolvimento é prejudicado por medidas de segurança impostas por Israel para manter os radicais longe, incluindo um muro de oito metros entre Belém e Jerusalém. Os visitantes e a população local têm de conviver com esse muro.
No verso 3, é dito que os israelitas ficariam abandonados até o nascimento do Messias. Israel, de fato, ficou sem um rei de 586 a.C. até a vinda de Cristo. Depois, o restante de seus irmãos do governante (o Messias) voltaria para se unir aos israelitas, ou seja, milhares de israelitas que não haviam sido contados com o fiel remanescente foram convertidos após o Pentecostes (At 2.41,47).
Ele se estabeleceria e os pastorearia na força do Senhor, na majestade do nome do Senhor, o seu Deus. E eles viveriam em segurança, pois a grandeza dele alcançaria os confins da terra – vs. 4. Jesus ordenou que os seus discípulos espalhassem o seu reino a todas as nações (Mt 28.18-20; At 1.8). Cristo reinará no céu até que todos os seus inimigos sejam derrotados (SI 110.1); e então ele retornará como o Rei de todas as coisas. Isso deve ocorrer em breve (estamos em julho de 2015).
Ele também seria a paz deles e quando os assírios invadissem não haveria falta de quem pudesse estar à frente liderando o povo. Em contraste com a liderança inadequada que Judá experimentou no passado (3.1-11), haveria um número mais do que suficiente de líderes capazes para expandir o reino de Cristo.
Esses líderes, sete pastores, até oito líderes escolhidos, pastorearia a Assíria com a espada e a terra de Ninrode com a espada empunhada. Essa palavra contra a Assíria, a qual seria punida pela destruição do Reino do Norte e pelos problemas em Judá nos dias de Ezequias, se estende à "terra de Ninrode" (o rei babilônio), o qual finalmente enviou Judá para o exílio (veja Gn 10.8-11).
I. O reinado futuro do remanescente (5.7-9).
Dos versos de 7 ao 9, veremos o reinado futuro do remanescente. Esse oráculo tem duas partes:
·         A profecia de que o remanescente se tornaria o instrumento de vida e morte de Deus (vs. 7-8).
·         Uma súplica para que Deus derrotasse todos os seus inimigos (vs. 9).
Como em todas as profecias de restauração, essas previsões encontram:
·         O seu cumprimento inicial na primeira vinda de Cristo,
·         O cumprimento contínuo agora, no tempo presente, os últimos dias.
·          O cumprimento conclusivo na segunda vinda dele.
Assim como a chuva depende da iniciativa divina, também o remanescente depende de Deus para revigorar a terra por meio deles. Destarte, o remanescente de Jacó (vs. 7-9):
·         Estará no meio de muitos povos como orvalho da parte do Senhor, como aguaceiro sobre a relva.
·         Não porá sua esperança no homem nem dependerá dos seres humanos.
·         Estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais da floresta, como um leão forte entre rebanhos de ovelhas, leão que, quando ataca, destroça e mutila a presa, sem que ninguém a possa livrar.
·         Sua mão se levantará contra os seus adversários, e todos os seus inimigos serão destruídos.
J. A proteção do Senhor ao seu império (5.10-15).
Dos versos de 5 ao 15, veremos a proteção do império do Senhor. Esse oráculo tem duas partes:
(1)   Deus purificaria a sua nação (vs. 10-14) e eliminaria as nações pagãs (vs. 15).
(2)   A salvação de Deus não estaria completa até que ele purificasse completamente a sua nação (todas as quais eram obras das mãos do povo):
ü De todas as seguranças militares vãs e falsas (vs. 10-11).
ü Das feitiçarias (vs. 12) - Literalmente, "feitiçarias das tuas mãos"..
ü Da idolatria (vs. 13-14).
»MIQUÉIAS [5]
Mq 5:1 Agora, ajunta-te em tropas, ó filha de tropas;
pôr-se-á cerco contra nós;
ferirão com a vara no queixo ao juiz de Israel.
Mq 5:2 Mas tu, Belém Efrata,
posto que pequena para estar entre os milhares de Judá,
de ti é que me sairá aquele que há de reinar
em Israel, e cujas saídas são desde
os tempos antigos,
desde os dias da eternidade.
Mq 5:3 Portanto os entregará até o tempo
em que a que está de parto tiver dado à luz;
então o resto de seus irmãos voltará
aos filhos de Israel.
Mq 5:4 E ele permanecerá, e apascentará o povo na força do Senhor,
na excelência do nome do Senhor seu Deus;
e eles permanecerão,
porque agora ele será grande até os fins da terra.
Mq 5:5 E este será a nossa paz.
Quando a Assíria entrar em nossa terra,
e quando pisar em nossos palácios,
então suscitaremos contra ela sete pastores
e oito príncipes dentre os homens.
Mq 5:6 Esses consumirão a terra da Assíria à espada,
e a terra de Ninrode nas suas entradas.
Assim ele nos livrará da Assíria,
quando entrar em nossa terra,
e quando calcar os nossos termos.
Mq 5:7 E o resto de Jacó estará no meio de muitos povos,
como orvalho da parte do Senhor,
como chuvisco sobre a erva,
que não espera pelo homem,
nem aguarda filhos de homens.
Mq 5:8 Também o resto de Jacó estará entre as nações,
no meio de muitos povos, como um leão
entre os animais do bosque,
como um leão novo entre os rebanhos de ovelhas,
o qual, quando passar, as pisará
e despedaçará, sem que haja quem as livre.
Mq 5:9 A tua mão será exaltada sobre os teus adversários
e serão exterminados todos os seus inimigos.
Mq 5:10 Naquele dia, diz o Senhor,
exterminarei do meio de ti os teus cavalos,
e destruirei os teus carros;
Mq 5: 11 destruirei as cidade da tua terra,
e derribarei todas as tuas fortalezas.
Mq 5:12 Tirarei as feitiçarias da tua mão,
e não terás adivinhadores;
Mq 5:13 arrancarei do meio de ti as tuas imagens esculpidas
e as tuas colunas; e não adorarás mais a obra das tuas mãos.
Mq 5:14 Do meio de ti arrancarei os teus aserins,
e destruirei as tuas cidades.
Mq 5:15 E com ira e com furor exercerei vingança
sobre as nações que não obedeceram.
Com ira e indignação justas, santas e verdadeiras, o Senhor se vingaria das nações desobedientes. Por sua vingança – conforme a BEG -, o próprio Senhor salvou o seu povo do exílio. Ele libertou as vítimas de injustiça e puniu os hipócritas entre eles, bem como os opressores culpados.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Miquéias 4 1-13 – A LEI VINDO DE SIÃO, A PALAVRA DO SENHOR, DE JERUSALÉM.

Miquéias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
III. O JULGAMENTO DOS LÍDERES E A RESTAURAÇÃO FUTURA (3.1-5.15) - continuação.
Como já dissemos, Deus anunciou castigar tanto Judá como Jerusalém com derrota e exílio, pois os seus líderes eram muito corruptos, mas um dia ambas seriam restauradas. Essa seção é composta por dez oráculos e foram assim divididas, conforme a BEG: A. O julgamento de líderes que se tornaram canibais (3.1-4) – já vista; B. O julgamento dos profetas exploradores (3.5-8) – já vista; C. O julgamento da destruição de Sião (3.9-12) – já vista; D. Sião será exaltada (4.1-5) – veremos agora; E. A força futura do remanescente (4.6-7) – veremos agora; F. O futuro domínio de Sião (4.8) – veremos agora; G. A aflição de Sião e a salvação futura (4.9-13) – veremos agora; H. O soberano messiânico (5.1-6); I. O reinado futuro do remanescente (5.7-9); e, J. A proteção do Senhor ao seu império (5.10-15).
D. Sião será exaltada (4.1-5).
Dos versos de 1 ao 5, veremos Sião sendo exaltada. Miquéias anunciou que o exílio após a destruição de Jerusalém levaria a uma grande restauração da cidade e do seu povo.
O oráculo tem três partes:
(1)     Uma introdução dizendo que a visão era para "os últimos dias" (vs. 1).
(2)     Uma parte principal que consiste da visão de Sião estabelecida no cume dos montes (vs. 1) e as nações "afluindo" (vs. 1) para ela a fim de conhecer a lei (vs. 2a) e uma reflexão de que o mundo seria pacificado uma vez que a lei saiu do Monte Sião (vs. 2b-4a).
(3)     Uma conclusão incluindo a fórmula profética de que Deus gerou o oráculo (vs. 4b) e uma resposta litúrgica do povo com a indicação de que tinham a intenção de obedecer à lei até que a profecia seja cumprida (vs. 5).
O versículo começa com a expressão “Nos últimos dias”. Uma expressão que aponta para uma nova época que começaria após o povo de Deus ter sido restaurado do exílio.
A terminologia é derivada de Dt 4.30 “Quando estiverdes em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então nos últimos dias voltarás para o Senhor teu Deus, e ouvirás a sua voz.”, onde Moisés descreveu o cenário do pecado, exílio e restauração nos últimos dias.
O Novo Testamento ensina que os últimos dias começaram na primeira vinda de Cristo (At 2.7; Hb 1.2) e se cumprirão no novo céu e nova terra (Ap 21-22)[1].
Estando nós no século XXI, em 2015, cremos que os últimos dias estão de fato chegando ao seu clímax: a volta do Senhor Jesus Cristo!
Juntamente com outros profetas do Antigo Testamento, Miquéias acreditava que a cidade e o templo seriam reconstruídos após o exílio, mas o Novo Testamento explica que a maneira como o reino de Deus veio em Cristo mudou essa expectativa.
·           Cristo incorpora o templo (Jo 2.19,22).
·           A igreja é o templo (1 Co 3 16-17).
·           Quando Cristo retornar, toda a criação será o lugar de habitação da presença especial de Deus (Ap 21.22-26).
Os deuses pagãos tinham montanhas sagradas com templos. Ao ser elevado acima deles, Deus, associado ao Monte Sião, seria estabelecido como o verdadeiro Deus entre as nações.
Miquéias expressa nos versos de 1 a 4 como seria isso, nos últimos dias:
·           O monte do templo do Senhor seria estabelecido como o principal entre os montes.
·           Ele se elevaria acima das colinas, e os povos a ele acorreriam.
·           Muitas nações viriam, dizendo: "Venham, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacó.
·           Ele nos ensinaria os seus caminhos, para que pudéssemos andar nas suas veredas".
·           A lei viria de Sião, a palavra do Senhor, de Jerusalém.
·           Ele julgaria entre muitos povos e resolveria contendas entre nações poderosas e distantes.
·           Das suas espadas, fariam arados, e das suas lanças, foices.
·           Nenhuma nação ergueria a espada contra outra, e não aprenderiam mais a guerra.
·           Todo homem poderia sentar-se debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e ninguém os incomodaria, pois assim falou o Senhor dos Exércitos.
O fato era que cada nação andava à sua maneira, conforme os seus deuses que não são deuses e continuarão a andar assim, no entanto, o povo de Deus seria diferente e andaria no nome do Senhor, nosso Deus para sempre – vs. 5.
E. A força futura do remanescente (4.6-7).
Nos versos 6 e 7, veremos a força futura do remanescente. Destruição e exílio enfraqueceriam o remanescente, mas ele seria fortalecido quando a restauração ocorresse.
Ao se referir a esse tempo, ele usa a expressão “Naquele dia” – vs. 6. Provavelmente "o dia do SENHOR", o dia no qual Deus intervém para estabelecer o seu reino sobre os seus inimigos e abençoar o seu povo com a vitória. A promessa envolve os remanescentes envolvendo os que tropeçavam e estavam dispersos.
Deles, ele faria uma nação forte. Esse restante de 2.12 que sobreviveu à invasão de Senaqueribe também sobreviveria ao exílio babilônio.
Essa poderosa nação ou nação forte seria formada por aqueles que retornaram do exílio em 539 a.C. e que nunca experimentaram esse fortalecimento, pois continuaram em pecado. Quando Cristo veio, no entanto, ele estabeleceu sua igreja como uma nação invencível (Mt 16.18; Pe 2.9-10).
Esse é um mistério incrível que os judeus até hoje não perceberam entre Deus, Cristo e a igreja. O seu povo agora não é mais aquele povo que somente lhe deu trabalho e foi reprovado por ter crucificado o Messias e estar até hoje aguardando outro, mas o seu povo atual é a igreja, o seu corpo.
E. O futuro domínio de Sião (4.8).
No verso 8, vemos que o domínio será de Sião. Miquéias previu que Jerusalém se tornaria uma torre fortificada após o exílio, mas o pecado contínuo daqueles que haviam retornado adiou a conclusão dessa promessa até que se cumpra o reino de Cristo na descida da celestial Jerusalém no novo céu e na nova terra (Ap 21.1-2).
Cremos que pelos sinais que se veem, esse dia se aproxima de forma veloz.
G. A aflição de Sião e a salvação futura (4.9-13).
Dos versos de 9 a 13, concluindo este capítulo, veremos a aflição de Sião e sua salvação futura.
Conforme a BEG, Miquéias reconheceu a dor que os habitantes de Jerusalém iriam experimentar na destruição e no exílio que estavam por vir, mas ele os assegurou de que a salvação viria em seguida.
Esse oráculo descreve o plano de Deus para a atual aflição de Israel (o "agora" nos vs. 9,11: para trazer salvação gloriosa - do exílio babilônio para a libertação (vs. 9-12).
No verso 9, o seu conselheiro morreu e a dor é muito forte, como a mulher em trabalho de parto. Isso indicava que Jerusalém seria abandonada, sem um rei. É possível que Miquéias tivesse em mente o Senhor como o Rei que abandonaria a cidade.
Da aflição presente, como a mulher que está para dar a luz, o remanescente, em Sião, daria a luz à uma nova era onde deixaria os seus muros para habitar em campo aberto – vs. 10.
Claramente então é dito que ele iria para a Babilônia. Não deveria surpreender o fato de Miquéias ter antecipado um exílio para a Babilônia. Isaías anunciou a Ezequias que os tesouros de Jerusalém seriam levados para a Babilônia devido à infidelidade a Deus (Is 39.5-7).
Uma vez que a ameaça assíria foi evitada, Miquéias focou seus julgamentos proféticos na ameaça do exílio babilônio ou seus oráculos que originalmente tinham foco na Assíria foram reaplicados a essa nova ameaça.
»MIQUÉIAS [4]
Mq 4:1 Mas nos últimos dias acontecerá
que o monte da casa do Senhor será estabelecido
como o mais alto dos montes,
e se exalçará sobre os outeiros,
e a ele concorram os povos.
Mq 4:2 E irão muitas nações, e dirão:
Vinde, e subamos ao monte do Senhor,
e à casa do Deus de Jacó,
para que nos ensine os seus caminhos,
de sorte que andemos nas suas veredas;
porque de Sião sairá a lei,
e de Jerusalém a palavra do Senhor.
Mq 4:3 E julgará entre muitos povos,
e arbitrará entre nações poderosas e longínquas;
e converterão as suas espadas em relhas de arado,
e as suas lanças em podadeiras;
uma nação não levantará a espada contra outra nação,
nem aprenderão mais a guerra.
Mq 4:4 Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira,
e debaixo da sua figueira,
e não haverá quem os espante,
porque a boca do Senhor dos exércitos o disse.
Mq 4:5 Pois todos os povos andam,
cada um em nome do seu deus;
mas nós andaremos para todo o sempre
em o nome do Senhor nosso Deus.
Mq 4:6 Naquele dia, diz o Senhor,
congregarei a que coxeava,
e recolherei a que tinha sido expulsa,
e a que eu afligi.
Mq 4:7 E da que coxeava farei um resto,
e da que tinha sido arrojada para longe,
uma nação poderosa;
e o Senhor reinará sobre eles no monte Sião,
desde agora e para sempre.
Mq 4:8 E a ti, ó torre do rebanho,
outeiro da filha de Sião, a ti virá, sim,
a ti virá o primeiro domínio,
o reino da filha de Jerusalém.
Mq 4:9 E agora, por que fazes tão grande pranto?
Não há em ti rei? pereceu o teu conselheiro,
de modo que se apoderaram de ti dores,
como da que está de parto,
Mq 4:10 Sofre dores e trabalha,
ó filha de Sião, como a que está de parto;
porque agora sairás da cidade,
e morarás no campo,
e virás até Babilônia.
Ali, porém serás livrada;
ali te remirá o Senhor da mão de teus inimigos.
Mq 4:11 Agora se congregaram muitas nações contra ti, que dizem:
Seja ela profanada,
e vejam o nossos olhos o seu desejo sobre Sião.
Mq 4:12 Mas, não sabem os pensamentos do Senhor, n
em entendem o seu conselho;
porque as ajuntou como gavelas para dentro da eira.
Mq 4:13 Levanta-te, e debulha, ó filha de Sião,
porque eu farei de ferro o teu chifre,
e de bronze as tuas unhas;
e esmiuçarás a muitos povos;
e dedicarás o seu ganho ao Senhor,
e os seus bens ao Senhor de toda a terra.
As outras nações exultariam exclamando que Sião seria profanada diante dos seus olhos sem entenderem que isso mesmo vinha do Senhor e que era seu plano e propósito. O Senhor estava juntando os feixes para a sua eira onde ocorreria o preparo do seu povo para uma nova era.
A promessa estava sendo dada a Sião que levantaria e debulharia as outras nações na eira do Senhor e consagraria ao Senhor todos os ganhos ilícitos delas e as suas riquezas todas seriam entregues ao Soberano Deus de toda a terra – vs. 13.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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[1] A BEG recomenda que se leia nesse momento seu excelente artigo teológico sobre "O plano das eras", em Hb 7.
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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Miquéias 3 1-12 - MIQUÉIAS DENUNCIA LIDERANÇAS CORRUPTAS E FALSOS PROFETAS.

Miqueias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
III. O JULGAMENTO DOS LÍDERES E A RESTAURAÇÃO FUTURA (3.1-5.15).
Deus anunciou castigar tanto Judá como Jerusalém com derrota e exílio, pois os seus líderes eram muito corruptos, mas um dia ambas seriam restauradas.
Desde o primeiro versículo até o capítulo 5, veremos o julgamento dos líderes e a restauração futura.
Miqueias alertou que Jerusalém seria destruída, mas ele também prometeu que um dia, após o exílio, ela seria grandemente exaltada. Essa seção é composta por dez oráculos.
Os três primeiros estabelecem a advertência da destruição de Jerusalém; os últimos sete asseguram os leitores da completa restauração de Jerusalém. Destarte, dividiremos esta parte em dez seções, conforme a BEG: A. O julgamento de líderes que se tornaram canibais (3.1-4) – veremos agora; B. O julgamento dos profetas exploradores (3.5-8) – veremos agora; C. O julgamento da destruição de Sião (3.9-12) – veremos agora; D. Sião será exaltada (4.1-5); E. A força futura do remanescente (4.6-7); E. O futuro domínio de Sião (4.8); G. A aflição de Sião e a salvação futura (4.9-13); H. O soberano messiânico (5.1-6); I. O reinado futuro do remanescente (5.7-9); e, J. A proteção do Senhor ao seu império (5.10-15).
A. O julgamento de líderes que se tornaram canibais (3.1-4).
Veremos nos primeiros quatro versículos o julgamento dos líderes que se tornaram canibais. Os líderes de Judá se tornaram tão corruptos que Miqueias os comparou a canibais.
Os três oráculos de julgamento – conforme a BEG - nesse capítulo compartilham características comuns.
·           Eles se dirigem às mesmas pessoas:
ü  A liderança incompetente e corrupta de Israel.
·           Eles têm o mesmo tamanho:
ü  Quatro versículos.
·           Eles tem a mesma forma:
ü  Um discurso (vs. 1,5,9).
ü  Uma acusação introduzida por "quem" (vs. 2,5,9).
ü  Uma sentença introduzida por "então" (vs. 4) ou "portanto" (vs. 6,12).
·           Mais importante, eles têm o mesmo tema:
ü  O mau uso da justiça para o ganho pessoal.
O versículo primeiro começa com Miquéias expressando-se. Ele diz aos líderes, aos chefes de Jacó, governantes da nação de Israel que eles deveriam conhecer a justiça, ou seja, era uma referência às decisões na lei (Êx 21.1) e outros veredictos (Dt 17.8-11) e a casos ainda pendentes (1 Rs 3.28; 7.7) de modo que os opressores fossem punidos e os oprimidos libertados.
Ao invés de conhecerem a justiça, eles odiavam o bem e amavam o mal sendo capazes de arrancarem a pele do povo e comerem a carne de seus ossos, despedaçando-os e cortando-os como se fossem carne para a sua panela.
Do mesmo modo que os magistrados se recusaram a ouvir o chamado dos oprimidos, também Deus se recusaria a ouvir o chamado deles no tempo do julgamento.
B. O julgamento dos profetas exploradores (3.5-8).
Dos versos 5 ao 8, veremos o julgamento dos profetas exploradores.
Miqueias retorna ao problema dos falsos profetas que lucravam ao assegurar às pessoas que elas estavam seguras. Esses profetas não pregavam a palavra de Deus, mas a palavra que agradava ao povo e que lhes trazia bons resultados conforme às suas cobiças.
Por essa razão a noite viria para eles, onde não haveriam visões, nem adivinhações, mas apenas escuridade. A perda de profecias e visões aqui é comparada à escuridão (SI 82.5).
Em sendo assim, eles seria envergonhados, pois que seriam expostos ao ridículo. Um profeta exposto como um impostor era considerado imundo (Lm 4.13-15).
No entanto, o profeta Miquéias ia ganhando a cada dia e momento mais força e autoridade do Senhor. Miqueias insistia que, em contraste com os falsos profetas, ele havia sido autorizado por Deus a dizer a verdade sobre os pecados de Judá.
Era graças ao poder do Espírito do Senhor que ele estava cheio de força e de justiça, para declarar a Jacó a sua transgressão, e a Israel o seu pecado – vs. 8.
C. O julgamento da destruição de Sião (3.9-12).
Dos versos 9 ao 12, veremos o julgamento e a destruição de Sião.
Esse oráculo anuncia o julgamento severo e a destruição sobre Jerusalém por causa dos seus líderes e profetas corruptos. O livro de Jeremias - Jr 26.17-19 - faz referência ao vs. 12 e data o ministério de Miqueias no tempo do reinado de Ezequias.
Os versículos de 9 ao 11 repetem acusações contra líderes, juízes, sacerdotes e profetas.
·           Eles detestavam a justiça e pervertiam tudo o que é justo.
·           Construíam Sião com derramamento de sangue, e Jerusalém com impiedade.
·           Os líderes julgavam a troco de suborno.
·           Seus sacerdotes ensinavam por lucro.
·           Seus profetas adivinhavam em troca de prata.
·           E ainda, cada um deles, se apoiava no Senhor, dizendo:
ü  "O Senhor está no meio de nós. Nenhuma desgraça vai nos acontecer".
Por tudo isso, Sião seria lavrada. Miqueias ameaçou que a destruição de Jerusalém seria como a de Samaria (1.6). Jerusalém seria lavrada como um campo e se tornaria como montões de ruínas, sendo toda a colina do templo coberta de mato.
»MIQUÉIAS [3]
Mq 3:1 E disse eu:
Ouvi, peço-vos, ó chefes de Jacó,
e vós, ó príncipes da casa de Israel:
não é a vós que pertence saber a justiça?
Mq 3:2 A vós que aborreceis o bem,
e amais o mal,
que arrancais a pele de cima deles,
e a carne de cima dos seus ossos,
Mq 3:3 os que também comeis a carne do meu povo
e lhes arrancais a pele,
e lhes esmiuçais os ossos,
e os repartis em pedaços como para a panela
e como carne dentro do caldeirão.
Mq 3:4 Então clamarão ao Senhor;
ele, porém, não lhes responderá,
antes esconderá deles a sua face naquele tempo,
conforme eles fizeram mal nas suas obras.
Mq 3:5 Assim diz o Senhor a respeito dos profetas
que fazem errar o meu povo, que clamam:
Paz! enquanto têm o que comer,
mas preparam a guerra contra aquele
que nada lhes mete na boca.
Mq 3:6 Portanto se vos fará noite sem visão;
e trevas sem adivinhação haverá para vós.
Assim se porá o sol sobre os profetas,
e sobre eles, obscurecerá o dia.
Mq 3:7 E os videntes se envergonharão,
e os adivinhadores se confundirão;
sim, todos eles cobrirão os seus lábios,
porque não haverá resposta de Deus.
Mq 3:8 Quanto a mim, estou cheio do poder do Espírito do Senhor,
assim como de justiça e de coragem,
para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel
o seu pecado.
Mq 3:9 Ouvi agora isto, vós chefes da casa de Jacó,
e vós governantes da casa de Israel,
que abominais a justiça
e perverteis tudo o que é direito,
Mq 3:10 edificando a Sião com sangue,
e a Jerusalém com iniqüidade.
Mq 3:11 Os seus chefes dão as sentenças por peitas,
e os seus sacerdotes ensinam por interesse,
e os seus profetas adivinham por dinheiro;
e ainda se encostam ao Senhor, dizendo:
Não está o Senhor no meio de nós?
nenhum mal nos sobrevirá.
Mq 3:12 Portanto, por causa de vós,
Sião será lavrada como um campo,
e Jerusalém se tornará
em montões de pedras,
e o monte desta casa
em lugares altos dum bosque.
A BEG nos lembra de que o arrependimento e a oração de Ezequias evitaram esse desastre em seu tempo, mas a destruição ocorreu em 586 a.C.
Portanto, como 4.10 indica, os oráculos de restauração que se seguiram a essa ameaça de destruição e exílio para Jerusalém, dizem respeito à restauração do exílio babilônio em 539 a.C.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdetehttp://www.jamaisdesista.com.br
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