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sábado, 20 de junho de 2015

Amós 5 1-27 - BUSCAI A DEUS E VIVEI - DEUS EXIGE JUSTIÇA E NÃO SACRIFÍCIOS.

Como já dissemos, o livro de Amós é um livro que revela a severidade do julgamento divino por causa da infidelidade pactual em Israel e em Judá e declara a esperança de grande restauração depois da destruição e do exílio que estava se aproximando.
Estamos vendo agora a ver a parte III - ORÁCULOS CONTRA ISRAEL (3.1 6.14). Encontramos-nos na seção “B”, no capítulo 5.
B. A severidade do julgamento (5.1 6.7).
Até o versículo 7, do próximo capítulo, 6, estaremos vendo a severidade do julgamento. Num oráculo de lamentação (5.1-17) e em dois oráculos de angústia (5.18-27; 6.1-7), Amós expressou o quanto seriam terríveis os julgamentos que estavam por vir. Assim, também dividiremos essa seção “B”, em três partes: 1. Lamento pela virgem Israel (5.1-17) – veremos agora; 2. Ai daqueles que desejam (5.18-27) – veremos agora; e, 3. Ai dos complacentes (6.1-7).
1. Lamento pela virgem Israel (5.1-17).
Até ao verso 17, deste, estaremos vendo o lamento pela virgem Israel. Amós lamentou o destino de Samaria sob o domínio assírio, como ele descreveu na seção anterior.
Amós lamentou Israel como se ela já estivesse morta. Esse artifício literário é típico de profecias do Antigo Testamento, especialmente em Ezequiel (p. ex., Ez 19.1; 26.17; 27.2; 32.2).
Essa lamentação consiste em quatro partes:
1.      A descrição da tragédia (vs. 2-3).
2.      Um chamado à reação (vs. 4-6).
3.      Um discurso direto aos caídos (vs. 7-13).
4.      Uma convocação para o lamento (5.16-17).
1.      A descrição da tragédia (vs. 2-3).
Esse versículo dá início à lamentação com a descrição da tragédia. A declaração é de que a virgem caiu. Esse termo é usado em outras lamentações (p. ex., 2Sm 1.19,25,27; 3.34; Lm 2.21).
Essa personificação da virgem de Israel imperfeitamente compreendida de Israel (cf. 2Rs 19.21; Jr 18.13) é aplicada também a outras nações; por exemplo, a Babilônia ("virgem filha da Babilônia"; Is 47.1) e o Egito ("virgem filha do Egito", Jr 46.11).
A julgar pela mitologia ugarítica, a frase pode ter a conotação de que a nação em questão era a esposa de um deus, como Israel era a noiva de Jeová e a igreja era a noiva de Cristo (Ap 19.7; 21.2,9; 22.17).
As drásticas derrotas militares descritas – 90% morrem - aqui ecoam a profecia de tais desastres na aliança (Dt 32.28-30). O Senhor alertou que essas calamidades viriam devido à idolatria (Dt 32.1518).
2. Um chamado à reação (vs. 4-6).
O versículo 4 dá início ao chamado à reação. Buscai-me e vivei era o apelo do Senhor para eles. Compare com os vs. 6,14. O Senhor havia prometido estar disponível para aqueles que o procurassem, mesmo quando no exílio (Dt 4.29; cf. Lm 3.25), tragicamente, o povo do Senhor normalmente não o procurava (Is 9.13; Jr 10.21).
Os israelitas estavam acostumados a irem aos locais de cultos sincréticos para buscar ajuda em tempos de dificuldades, ao invés de buscar o livramento do Senhor.
Eles não deveriam entrar nem em Betel, nem em Gilgal – sobre Betel e Gilgal veja 4.4 -, nem em Berseba - esse antigo lugar sagrado (Gn 21.31-33; 26.23-25; 46.1-5) estava localizado cerca de 75 km ao sudeste de Jerusalém.
Evidentemente, o povo do norte viajava em peregrinação a esse santuário do sul (cf. 8.14). Em sua reforma, Josias havia desconsagrado os lugares altos "de Geba até Berseba" (2Rs 23.8). Deus ameaçou retirar o povo e devastar esses lugares caso não houvesse arrependimento.
A orientação de Deus era clara de que deveriam buscá-lo e viverem. Considerando que essa série de oráculos aparece em ordem cronológica, Deus já havia prometido punir as mulheres de Samaria (4.2) e estava a ponto de prometer destruir Samaria (6.8).
Aqui ele ameaçou fazer o mesmo com outras partes do Reino do Norte, a menos que o povo se arrependesse e o procurasse (veja o vs. 15).
Eles deveriam buscar a Deus de todo o seu coração para evitar que o Senhor irrompesse contra a casa de José, ou seja, o termo indica as tribos de Efraim e Manassés e assim cobre as áreas tribais que continham Betel (Efraim) e Gilgal (Manassés).
Conforme a BEG, esses santuários ao norte seriam destruídos; Berseba, no sul, não seria destruída pelo fogo do julgamento que varreria o Reino do Norte. O fogo do julgamento do Senhor não pode ser extinto (cf. Is 1.31; ir 4.4; Mt 3.12).
3. Um discurso direto aos caídos (vs. 7-13).
Aqui, agora, se tem início ao discurso direto aos caídos. Eles estavam convertendo o juízo em alosna e deitando por terra toda a justiça. Esse epíteto segue o costume do epíteto divino ou real.
Assim como em 4.1, ele é novamente irônico - veja 4.13. A mesma frase ocorre em 6.12, e isso pesa contra a alteração feita por alguns, "Vocês que colocam a justiça de cabeça para baixo".
Juízo e justiça geralmente estão juntos no Antigo Testamento como qualidades da vida que o Senhor deseja (cf. 5.24; Is 5.7). Aqui o profeta repreendeu os líderes de Israel pela sua falha em estabelecer o juízo e a justiça.
Essa série majestosa de títulos – vs. 8 e 9 - para o Senhor contrasta fortemente com o versículo anterior, o qual descreve um povo pecador. O Senhor é aquele que é:
·         O que fez as Plêiades e o Oriom.
Esse é um grupo de estrelas (conhecido como M45) na constelação de touro que inclui sete estrelas proeminentes visíveis a olho nu. Já Órion é o nome hebraico que possivelmente significa "o Tolo", embora na literatura clássica fale-se em "o Caçador". Sete-estrelo e Órion ocorrem juntos em outro lugar no contexto do poder e sabedoria incomparáveis de Deus (Jó 9.9; 38.31).
·         O que torna a sombra da noite em manhã, e transforma o dia em noite.
·         O que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra.
·         Deus e o Senhor é o seu nome.
·         O que faz vir súbita destruição sobre o forte, de sorte que vem a ruína sobre a fortaleza.
No verso 10, literalmente, "eles odeiam... e desprezam". Esse versículo contrasta com os versículos seguintes (vs. 11-12), que estão na segunda pessoa.
No entanto, nenhuma diferença significativa de tom parece ser pretendida com essa mudança, e tais mudanças de pessoa são comuns em documentos do antigo Oriente-Próximo, incluindo cartas, tratados e dedicatórias.
Muitos dos assuntos legais de uma cidade eram realizados em sua porta, uma larga passagem com salas adjacentes. E eram nas portas que havia repreensão e o falar sincero, pois essas pessoas repreendiam a falsidade e davam testemunho verdadeiro num tribunal da lei. Israel odiava esses indivíduos, pois eles ameaçavam impedir a corrupção e o ganho desonesto (cf. 2.6-7).
Eles pisavam os pobres e ainda exigiam tributos de trigo, embora vivessem em casas de pedras. Literalmente, "casas de pedras lavradas". Essas estruturas eram caras, em contraste às casas de tijolo de barro nas quais a maioria do povo morava – seria interessante comparar essa situação com Is 9.10.
Por isso, não haveriam de desfrutarem nem de suas casas nem de suas plantações.
As maldições de futilidades (p. ex., maldições que tornariam fútil qualquer esforço construtivo), que o Senhor já havia anteriormente infligido aos cananeus, seriam agora dirigidas ao seu próprio povo (Dt 6.10-12; veja também os vs. 16-17). A maldição aos vinhedos é extraída da aliança, como estipulada em Dt 28.30,39.
Eram graves e muitas as transgressões deles. Era importante que os israelitas percebessem que o Senhor tinha conhecimento do que eles imaginavam que ele não sabia (cf. Jó 22.13-14; SI 73.11; Lc 16.15). A aflição do justo e o aceite de suborno - refere-se ao pagamento de resgate pela vida de um assassino, o que era contra a lei (Nm 35.31) – os tornavam ainda mais dignos de juízo.
Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau, ou seja, pode ser traduzido – conforme a BEG - esse “guardar silêncio” como "cessará", uma vez que a palavra hebraica é usada em outro lugar como correspondendo à morte: "Portanto, cairão os seus jovens nas suas praças; todos os homens de guerra serão reduzidos a silencio naquele diz" (Jr 49.26; 50.30).
O Senhor retirou os homens sábios ou prudentes das posições de liderança como parte de seu julgamento de uma nação; por exemplo, Judá (Is 3.1-4,12) e Edom (Jr 49.7; Ob 8).
4. Uma convocação para o lamento (5.16-17).
Novamente o apelo para a busca do bem e não do mal. Para esse pensamento, veja Is 1.16-17. Compare com 5.4, em que Deus ordenou que o seu povo o procurasse e vivesse.
Conquanto seja verdade que a obediência ao Senhor traz segurança e prosperidade (Dt 28.1-14), esse versículo aponta para uma verdade ainda mais profunda: conhecer Deus é a essência da vida (cf. Jo 17.3).
Em assim procedendo, buscando ao Senhor, fugindo do mal, o Senhor, o Deus dos Exércitos, seria com eles. Isso expressa a mais profunda necessidade do povo de Deus, a qual também é antecipada (mas com palavras hebraicas diferentes) em Is 7.14 - "Emanuel" significa "Deus conosco" (Mt 1.231).
Os israelitas, com confiança enganosa, afirmavam que o Senhor estava com eles, apesar de sua rebeldia, simplesmente porque ele havia feito uma aliança com eles. Para um exemplo semelhante de confiança sem fundamento, veja Mt 3.9.
Odiando o mal, amando o bem, estabelecendo o juízo na porta, sim, fazendo tudo isso, talvez o Senhor tivesse piedade do remanescente de José.
No tempo de Amós, Israel era relativamente próspero e forte. A frase antecipa o tempo futuro após a vinda do julgamento de Deus. Se o povo corrigisse seus hábitos, era possível que Deus fosse mais brando com relação ao julgamento de toda a nação.
Considerando que os oráculos estão em ordem cronológica, Deus já havia prometido enviar as mulheres ricas de Samaria para o exílio (4.2), mas aqui o profeta ofereceu esperança, embora isso não fosse uma garantia ("talvez") de que o restante do povo fosse poupado caso se arrependesse. Essa série termina com Deus prometendo destruir Samaria (6.8).
Os versículos 16 e 17, conforme a BEG, compreendem a intimação ao luto que conclui o lamento.
Em todas as ruas – vs. 17 – e em todas as vinhas – vs. 18 – haveria pranto, porque o Senhor passaria pelo meio do povo.
Os lamentos sobre Israel continuariam em toda parte da Terra Prometida, pois todas as partes seriam punidas. Em todas as ruas dirão: Ai! Ai! Para outros usos proféticos dessa exclamação, veja o vs. 18; 6.1; Is 1.4; Jr 22.18. A mesma frase aparece em Êx 12.12, onde o Senhor falou sobre o iminente julgamento do Egito, "Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito".
Ironicamente, pelo fato de seu povo ter-se tornado tão pagão quanto o povo do Egito, ele agora iria passar por Israel em julgamento, como uma vez havia passado pela terra de seus opressores.
2. Ai daqueles que desejam o dia do Senhor (5.18-27).
O profeta pronunciou um "ai" sobre o Reino do Norte, em vista do seu futuro desanimador – vs. 18 ao 27.
O "dia do SENHOR" faz referência ao tempo em que Deus virá como Rei para julgar os seus inimigos e abençoar o seu povo fiel (veja Is 2.12; 13.6-13; Ob 15; Sf 1.7,14).
Todo período importante de julgamento no Antigo Testamento pode ser chamado de "dia do SENHOR", assim como o Novo Testamento associa o termo com o Pentecostes (At 2.20), mas primeiramente com a ainda futura vinda de Cristo (1Co 1.8; 5.5; 2Co 1 14; 1Ts 5.2; 2Ts 2.1; 2Pe 3.10).
Para que desejais vós o Dia do SENHOR? Pode ser traduzido também como, "O que lhe trará de bom o Dia do SENHOR?" Os israelitas estavam tão confiantes de sua boa reputação com Deus que acreditavam que o dia do Senhor seria benéfico para eles.
Eles não compreendiam que suas violações notórias da aliança na verdade os tornavam inimigos de Deus, objetos da ira dele.
O dia do Senhor seria um dia de trevas e não de luz. Talvez isso seja uma repercussão do vs. 8. No julgamento, o Senhor tem poder para transformar o dia em noite, tanto de modo literal quando figurado.
O mal nos sobrevém por causa de nossas práticas erradas ou por causa de nossa boca? Adianta eu ficar declarando palavras boas e repreendendo o mal se minha conduta continua errada? Assim, eles precisavam de ter atitude, mas confiavam tanto em sua “fé” que se tornaram ainda mais nojentos.
Amós retratou a futilidade da tentativa de escapar do julgamento do Senhor - veja Is 24.17-18. Em hebraico, a pergunta “não será...” espera uma resposta positiva, ou seja, aqui seria de trevas e não luz, completa escuridade e não claridade. Figurativamente, isso representa bem-estar e motivo de alegria. Mas a claridade também é associada ao Senhor (SI 18.12; Is 4.5) e aos justos (Pv 4.18, Is 60.3; 62.1). A implicação aqui é de que não haveria luz da justiça na terra e nem claridade no semblante (favorável) do Senhor.
O julgamento seria sinistro e total, e tragaria toda a terra.
Agora o Senhor desabafa e diz não estar satisfeito com as práticas deles em festas e ajuntamentos solenes – vs. 21-23. Essa é uma breve crítica às práticas religiosas de Israel.
O ponto não é que as práticas eram erradas, pois o Senhor as havia ordenado. No entanto, elas estavam sendo praticadas de maneira não espiritual, tendo a forma religiosa, mas negando o seu poder (1Tm 3.5), ou seja, era tudo de fachada, como para enganar.
No verso 21, ele diz que aborrecia e desprezava aquelas festas e assembleias. Duas palavras combinadas para expressar mais fortemente um conceito que nenhuma das duas poderia transmitir sozinha.
Poderia ser traduzido, "Eu rejeito com absoluto ódio". Deus não tinha nenhum prazer, literalmente, "não aspirarei". A expressão vem do contexto dos sacrifícios. De modo semelhante, na aliança original o Senhor havia declarado "não aspirarei o vosso aroma agradável" (Lv 26.31), caso o seu povo se tornasse desobediente.
Há bênçãos nos cultos a Deus, nas festas, assembleias solenes, mas juntas com falsidade, hipocrisia e engano, o Senhor detestava, odiava. Uma visão deturpada de Deus os levavam a agir assim, como querendo fazer de Deus um gênio da lâmpada, poderoso, mas escravo do adorador.
Por isso que ainda que lhe oferecessem sacrifícios, holocaustos e ofertas, ainda assim não se agradaria deles. O Senhor sempre esteve mais interessado na nossa atitude espiritual em relação a ele (e aos outros criados à sua imagem) do que nos sacrifícios (cf. Mt 5.23-24; 1Co 13.3).
Até os cantos oferecidos a Deus eram, não melodias, nem músicas, mas sovam com um estrépito – vs. 23 - literalmente, "estrondo" e não como canções de adoração. A mesma palavra é usada para descrever o tumulto de águas no céu quando o Senhor ribomba o trovão (Jr 10 13), assim como o barulho das rodas dos carros do exército (Jr 47.3).
Em lugar daquilo tudo o que Deus queria e gostaria de ver neles era o juízo e a justiça, fluírem como um rio perene.
No Oriente Médio – nos ensina a BEG -, ribeiros são vales estreitos através dos quais a água flui na época de chuvas, mas que podem estar completamente secos em outras épocas. Simbolicamente, o Senhor, aquele que dá as chuvas, providenciaria chuva perpétua alegremente para suprir os ribeiros do juízo e da justiça, mas Israel, o ribeiro seco, não a receberia.
»AMÓS [5]
Am 5:1 Ouvi esta palavra que levanto como lamentação sobre vós,
ó casa de Israel.
Am 5:2 A virgem de Israel caiu;
nunca mais tornará a levantar-se;
desamparada jaz na sua terra;
não há quem a levante.
Am 5:3 Porque assim diz o Senhor Deus:
A cidade da qual saem mil terá de resto cem,
e aquela da qual saem cem terá dez para a casa de Israel.
Am 5:4 Pois assim diz o Senhor à casa de Israel:
Buscai-me, e vivei.
Am 5:5 Mas não busqueis a Betel,
nem entreis em Gilgal,
nem passeis a Berseba;
porque Gilgal certamente irá ao cativeiro,
e Betel será desfeita em nada.
Am 5:6 Buscai ao Senhor, e vivei;
para que ele não irrompa na casa de José como fogo
e a consuma, e não haja em Betel quem o apague.
Am 5:7 Vós que converteis o juízo em alosna,
e deitais por terra a justiça,
Am 5:8 procurai aquele que fez as Plêiades e o Oriom,
e torna a sombra da noite em manhã,
e transforma o dia em noite;
o que chama as águas do mar,
e as derrama sobre a terra;
o Senhor é o seu nome.
Am 5:9 O que faz vir súbita destruição sobre o forte,
de sorte que vem a ruína sobre a fortaleza.
Am 5:10 Eles odeiam ao que na porta os repreende,
e abominam ao que fala a verdade.
Am 5:11 Portanto, visto que pisais o pobre,
e dele exigis tributo de trigo,
embora tenhais edificado casas de pedras lavradas,
não habitareis nelas;
e embora tenhais plantado vinhas desejáveis,
não bebereis do seu vinho.
Am 5:12 Pois sei que são muitas as vossas transgressões,
e graves os vossos pecados;
afligis o justo, aceitais peitas,
e na porta negais o direito aos necessitados.
Am 5:13 Portanto, o que for prudente
guardará silêncio naquele tempo,
porque o tempo será mau.
Am 5:14 Buscai o bem, e não o mal,
para que vivais; e assim o Senhor,
o Deus dos exércitos, estará convosco, como dizeis.
Am 5:15 Aborrecei o mal, e amai o bem,
e estabelecei o juízo na porta.
Talvez o Senhor, o Deus dos exércitos,
tenha piedade do resto de José.
Am 5:16 Portanto, assim diz o Senhor Deus dos exércitos, o Senhor:
Em todas as praças haverá pranto, e em todas as ruas dirão: Ai! ai!
E ao lavrador chamarão para choro,
e para pranto os que souberem prantear.
Am 5:17 E em todas as vinhas haverá pranto;
porque passarei pelo meio de ti, diz o Senhor.
Am 5:18 Ai de vós que desejais o dia do Senhor!
Para que quereis vós este dia do Senhor?
Ele é trevas e não luz.
Am 5:19 E como se um homem fugisse de diante do leão,
e se encontrasse com ele o urso;
ou como se, entrando em casa,
encostasse a mão à parede, e o mordesse uma cobra.
Am 5:20 Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não luz?
não será completa escuridade, sem nenhum resplendor?
21 Aborreço, desprezo as vossas festas,
e não me deleito nas vossas assembléias solenes.
Am 5:22 Ainda que me ofereçais holocaustos,
juntamente com as vossas ofertas de cereais,
não me agradarei deles;
nem atentarei para as ofertas pacíficas
de vossos animais cevados.
Am 5:23 Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos,
porque não ouvirei as melodias das tuas liras.
Am 5:24 Corra, porém, a justiça como as águas,
e a retidão como o ribeiro perene.
Am 5:25 Oferecestes-me vós sacrifícios e oblações
no deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
Am 5:26 Sim, levastes Sicute, vosso rei,
e Quium, vosso deus-estrela,
imagens que fizestes para vos mesmos.
Am 5:27 Portanto vos levarei cativos para além de Damasco,
diz o Senhor, cujo nome é o Deus dos Exércitos.
No vs. 25, uma pergunta retórica relacionada à oferta de sacrifícios e oblações no deserto por quarenta anos. Tais ofertas haviam sido, de fato, apresentadas ao Senhor (cf. Ex 18.12; Lv 9.8-24). Mas o ponto da pergunta retórica era enfatizar que tais sacrifícios não eram de importância primordial para Deus. Antes, ele queria (e ainda quer) adoração oferecida em espírito e em verdade.
Ao invés da adoração em espírito e em verdade, levaram a tenda de Moloque e a estátua das suas imagens, a estrela do deus deles que fizeram para eles mesmos.
De fato, a consoante hebraica indica essa interpretação. A BEG nos diz que Sicute era um deus assírio da guerra e da caça, e o nome significa "rei da decisão" (ou seja, o "rei" divino que decidia a vitória ou a derrota na guerra).
Os tradutores da Septuaginta (a tradução grega do AT) não sabiam disso e então traduziram como "tenda/tabernáculo". Eles também traduziram "vosso rei" como "Moloque" (cf. At 7.42-43).
O deus-estrela deles ou a estrela do deus deles (NVI), também pode ser traduzido como "Kais,van", um nome atestado em outras línguas semíticas (acadiana, siríaca e árabe) para o planeta Saturno, que é a seguir citado como "a estrela do seu deus".
Polêmicas do Antigo Testamento contra a idolatria geralmente enfatizavam que essas produções eram feitas por seres humanos (cf. Is 44.9-20; Jr 10.1-16; Mq 5.10-16).
O fato era que por causa disso seriam levados cativos para além de Damasco. Exílio para além de Damasco implicaria deportação para a Assíria, como o público de Amós teria compreendido muito bem ser expulso para longe de casa era uma das maldições da aliança original (Dt 28.36,49,64-68).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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sexta-feira, 19 de junho de 2015

A contemporaneidade das personagens bíblicas em Gênesis (conheça nosso livro A ORIGEM)

Queremos compartilhar um vídeo interessante do Pb. Adauto Lourenço, de apenas 8 minutos, mas muito interessante sobre as cronologias bíblicas, especialmente focada para a questão da contemporaneidade das personagens bíblicas e a transmissão do conhecimento de geração à geração.
Veja o vídeo e, depois, confira com nosso livro e seus gráficos que justamente contemplam isso de forma detalhada.
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A ORIGEM A história de Gênesis comentada e segmentada 
Autor: DANIEL DEUSDETE 

Sinopse: 


A origem de todas as coisas é Deus que deu origem a tudo e a todas as coisas. Sem ele, nada do que se fez, foi feito. Sem ele, nem existimos. Não somos autônomos, independentes, mas dependemos de Deus para tudo e para todas as coisas. O que você encontrará aqui neste livro além da segmentação e dos comentários? Uma palavra de fé, de encorajamento, de certeza e de convicção de que não estamos aqui por acaso, nem somos frutos das circunstâncias aleatórias do universo. Tudo na vida tem um propósito, uma função e você já descobriu a sua ou o seu propósito? Leia este livro que Deus falará contigo em seu coração.


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  2. No AgBook ou Clube dos Autores: https://agbook.com.br/book/152394--A_ORIGEM - em formato impresso e digital.
  3. Na SARAIVA: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7044922 (apenas formato digital, em pdf).
  4. No SCRIBD: http://pt.scribd.com/doc/179900093/A-ORIGEM-A-historia-de-Genesis-comentada-e-segmentada - em formato digital, pdf, doc, txt.
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Amós 4 1-27 - ... PREPARA-TE PARA TE ENCONTRARES COM TEU DEUS ...

Como já dissemos, o livro de Amós é um livro que revela a severidade do julgamento divino por causa da infidelidade pactual em Israel e em Judá e declara a esperança de grande restauração depois da destruição e do exílio que estava se aproximando.
Estamos vendo ainda a parte III - ORÁCULOS CONTRA ISRAEL (3.1 6.14). Encontramos-nos na seção “A”, no capítulo 4.
A. A acusação de Israel (3.1 4.13) - continuação.
Estamos vendo a acusação de Israel. O profeta estabeleceu seus argumentos sobre duas ações judiciais contra a nação (3.1-15; 4 1-13), que, justamente, formou nossa subdivisão didática: 1. O primeiro processo da aliança (3.1-15) – já vista; 2. O segundo processo da aliança (4.1-13) – veremos agora.
2. O segundo processo da aliança (4.1-13).
Neste capítulo de apenas treze versículos, veremos o segundo processo da promessa. Amós descreveu a segunda ação judicial contra Israel, o qual estabeleceu a razão de Deus para enviar os assírios contra o reino de norte.
Até o versículo cinco, veremos que Deus acusou os habitantes da Samaria de pecados sociais e religiosos.
Ele começa dizendo para as vacas de Basã ouvirem a sua palavra, ou seja, ele está se dirigindo às mulheres ricas de Samaria, que haviam sido mimadas como o gado de primeira qualidade de Basã, uma área fértil a oeste do Jordão. Basã anteriormente havia sido o reino de Ogue (Nm 21.33-35).
As vacas de Basã:
·         Estavam no monte de Samaria.
·         Oprimiam os pobres.
·         Esmagavam os necessitados,
·         Diziam aos seus maridos (literalmente, "senhor", uma palavra hebraica que indica um homem de alta posição social): Dai cá, e bebamos.
Eraessa uma sentença severa contras as mulheres de Samaria que estava sendo anunciada quando jurou o SENHOR Deus, pela sua santidade – vs. 2. A mesma frase aparece em SI 89.35. Ela indica (conforme a BEG) a fidelidade do Senhor para cumprir a sua promessa, seja para bênção ou para maldição.
Nenhuma promessa poderia ser maior ou mais definitiva. O exílio dessas mulheres ricas de Samaria seria irreversível. Veja Hb 6.13-14. Os dias estariam vindo em que elas seriam levadas com anzóis, com fisga de pesca. Com frequência, os assírios conduziam prisioneiros de guerra por cordas presas a anéis ou ganchos no nariz ou nos lábios deles.
Amós continua a falar para as mulheres, e não para a nação como um todo, que seriam lançadas para a direção do Hermom. Segundo algumas versões antigas – conforme a BEG -, Hermom é tomado como um local, no entanto, com uma divisão diferente das palavras em hebraico (veja a Septuaginta) poder-se-ia ser “ó montanha de opressão” ao invés de monte Hermom.
No verso 4, o profeta fala a toda a população de Samaria, tanto homens como mulheres. Ele zombou das práticas religiosas deles, acusando-os de pecados sérios.
Tanto Betel (Gn 28.10-22) quando Gilgal (Is 4.19-20) eram cidades importantes na história antiga de Israel e também importantes locais de culto.
Durante o período dos juízes (Jz 20.18,26), Betel havia sido um santuário, e Samuel julgou lá e também em Gilgal (1 Sm 7.16). Ambas eram importantes centros de adoração nos dias de Amós (cf. 5.5; Os 4.15; 9.15; 12.22).
Eles ofereceriam os seus sacrifícios cada manhã e os seus dízimos no terceiro dia, ou a cada três dias. Embora a palavra hebraica para "dia" possa ser usada para um ano, geralmente o contexto deixa claro quando está sendo usada dessa maneira.
Aqui, três dias parecem ser uma crítica irônica à observância religiosa de Israel, que ia além do que pedia a lei. As pessoas eram entusiasmadas com os rituais, mas não tinham um relacionamento vivo com Deus. Eles tinham uma forma de religião, enquanto implicitamente negavam o seu poder.
Eles ficavam oferecendo sacrifício de louvores do que era levedado, mas a aliança deixava claro que os israelitas não deveriam cozer pão levedado (Lv 2.11; 6.17; 7.12), pelo contrário, pão ázimo deveria ser utilizado como uma lembrança do pão ázimo que eles haviam preparado antes de sair do Egito.
Aqui, ironicamente, o povo está sendo ordenado a continuar em desobediência apregoando ofertas voluntárias e publicando-as porque disso é que gostavam. Amós apontou a hipocrisia dos israelitas que se vangloriavam de sua piedade hipócrita.
A frase “porque disso gostais” pode significar "Esta é a maneira como vocês gostam de fazer". Entretanto, no antigo Oriente Próximo, o termo "gostar" tinha significado especial nas alianças: ele indicava um amor pelo soberano que exigia obediência (cf. Jo 14.15: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos"). Então, aqui, esta parece ser a crítica: "Esta é a maneira pela qual me amam: desobedecendo às minhas ordens".
Dos versos 6 ao 11, veremos que essa seção é um resumo histórico do que o Senhor havia feito para alertar o seu povo e chamar a atenção deles para si. Todos os desastres mencionados haviam sido ameaçados na aliança com Moisés (Dt 28).
Israel deveria ter percebido o que estava acontecendo e ter se arrependido. No entanto, o povo não o fez; por isso a repetição – 5 vezes apenas neste capítulo - "não vos convertestes a mim" (4.6,8-11).
O Senhor literalmente os deixou passar fome justamente para enfatizar esse alerta a eles. O Senhor destacou o seu próprio papel em alertá-los, assim como para mostrar que ele havia feito tudo quanto podia, inclusive, os dentes deles estavam limpos, ou seja, não tinham nada para comer. A aliança original alertava para fome e necessidade (Dt 28.47-48) como punição para a desobediência.
Além da fome, o Senhor reteve a chuva – vs. 7 e 8. As chuvas de inverno que normalmente caíam entre outubro e fevereiro eram essenciais para as plantações começarem bem o seu ciclo de crescimento. As chuvas da primavera, ou "atrasadas", de março e abril, iriam prover a água necessária para o crescimento.
O Senhor havia prometido essas chuvas enquanto Israel obedecesse às suas ordens (Lv 26 3-4), mas ele também alertou que reteria as chuvas caso o seu povo escolhesse a desobediência (Lv 26.18-19; Dt 28.23-24).
A fome e a sede eram muito intensas, mas mesmo assim, não se voltavam para Deus que sobre essas coisas tinha o poder – vs. 8.
Além disso, ainda o Senhor os castigou com crestamento e ferrugem. Compare com Ag 2.17. O Senhor ameaçou aqueles que faziam parte da aliança (Dt 28.22).
Até os gafanhotos foram usados. Em hebraico, a palavra significa "o tosquiador/cortador". O gafanhoto era um inseto devorador e devastador (cf. JI 1.4; 2.25).
Ironicamente, a punição descrita aqui é igual àquela que o Senhor infligiu ao Egito (SI 105.34-35), cujo Faraó estava em rebelião contra Deus. Israel, semelhantemente rebelada, recebeu a mesma punição e, assim como o Faraó, não se arrependeu.
Também sobre eles enviou pragas, pestes como no Egito. Na sua aliança com Israel, o Senhor também havia ameaçado enviar pestilência (Dt 28.21), juntamente com todas as doenças do Egito (Dt 28.60) que ele havia infligido antes do êxodo (Êx 7.14-12.30).
Também aos seus jovens matou-os à espada. Essa frase também tem uma relação com a aliança em Ex 22.24, onde o Senhor ameaçou "matar [Israel] à espada" caso o seu povo oprimisse os fracos e indefesos.
A situação ficou tão intensa que os mortos causavam mau cheiro em seus acampamentos, mesmo assim, não se voltavam para Deus que sobre essas coisas tinha poder e controle absoluto.
Até cidades foram destruídas – vs. 11 - como Deus subverteu a Sodoma e Gomorra. A frase está fundamentada na advertência pactual ao povo de Deus em Dt 29.23, onde Sodoma e Gomorra eram (como aqui) um modelo para o julgamento de Israel.
A mesma frase é usada em oráculos contra a Babilônia (Is 13.19; Jr 50.40) e Edom (Jr 49.18). O Senhor destruiu Sodoma e Gomorra com uma chuva cataclísmica de enxofre por causa dos pecados deles (Gn 19.24-25).
Deus estava dizendo que ele havia subvertido alguns de Israel com igual eficácia, embora por meios diferentes; ou seja, as maldições da aliança, já descritas e cumpridas em 4.6-10.
O castigo foi tão implacável que até ficaram como um tição arrebatado da fogueira - compare com Zc 3.2 -, no entanto, ainda assim eles não se voltaram para ele.
Em virtude disso, e por isso, foi que Deus os castigou e ainda os castigaria mais ainda.
Temos de considerar que o hebraico é ambíguo e essa frase “... porque isso te farei”, ou “porque isso pe o que eu fiz para vocês” – vs. 12 - pode indicar que, como o Senhor já havia se mostrado completamente preparado para levar em frente as maldições de sua aliança, o povo deveria igualmente se preparar para se encontrar com o seu Deus.
Interessante observar que dentro do mesmo versículo 12, a frase “prepara-te ó Israel para te encontrares com teu Deus” deriva de Ex 19.15-17, onde, após um período de três dias de santificação ("Estai prontos... ao encontro de Deus"), o povo foi ao monte Sinai para encontrar-se com o Deus que estava vindo em punição por causa da quebra da aliança por parte deles.
»AMÓS [4]
Am 4:1 Ouvi esta palavra, vós,
vacas de Basã,
que estais no monte de Samária,
que oprimis os pobres,
que esmagais os necessitados,
que dizeis a vossos maridos:
Dai cá, e bebamos.
Am 4:2 Jurou o Senhor Deus,
pela sua santidade,
que dias estão para vir sobre vós,
em que vos levarão com anzóis,
e aos que sairdes por último com anzóis de pesca.
Am 4:3 E saireis pelas brechas,
cada qual em frente de si,
e sereis lançadas para Harmom, diz o senhor.
Am 4:4 Vinde a Betel, e transgredi;
a Gilgal, e multiplicai as transgressões;
e cada manhã trazei os vossos sacrifícios,
e de três em três dias os vossos dízimos.
Am 4:5 E oferecei sacrifício de louvores
do que é levedado,
e apregoai ofertas voluntárias,
publicai-as; pois disso gostais,
ó filhos de Israel, diz o Senhor Deus.
Am 4:6 Por isso também vos dei limpeza de dentes
em todas as vossas cidades,
e falta de pão em todos os vossos lugares;
contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor.
Am 4:7 Além disso, retive de vós a chuva,
quando ainda faltavam três meses para a ceifa;
e fiz que chovesse sobre uma cidade,
e que não chovesse sobre outra cidade;
sobre um campo choveu, mas o outro,
sobre o qual não choveu, secou-se.
Am 4:8 Andaram errantes duas ou três cidades,
indo a outra cidade para beberem água,
mas não se saciaram;
contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor.
Am 4:9 Feri-vos com crestamento e ferrugem;
a multidão das vossas hortas,
e das vossas vinhas,
e das vossas figueiras,
e das vossas oliveiras,
foi devorada pela locusta;
contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor.
Am 4:10 Enviei a peste contra vós, à maneira de Egito;
os vossos mancebos matei à espada,
e os vossos cavalos deixei levar presos,
e o fedor do vosso arraial fiz subir aos vossos narizes;
contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor.
Am 4:11 Subverti alguns dentre vós,
como Deus subverteu a Sodoma e Gomorra,
e ficastes sendo como um tição arrebatado do incêndio;
contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor.
Am 4:12 Portanto assim te farei,
ó Israel, e porque isso te farei,
prepara-te, ó Israel,
para te encontrares com o teu Deus.
Am 4:13 Porque é ele o que forma os montes,
e cria o vento,
e declara ao homem qual seja o seu pensamento,
o que faz da manhã trevas,
e anda sobre os lugares altos da terra;
o Senhor, o Deus dos exércitos é o seu nome.
Esse versículo 13 está na forma de uma série de títulos ou epítetos que glorificam as ações ou os poderes de um deus ou rei. Aqui eles descrevem o grande Rei, que é abundantemente capaz de levar em frente as maldições que ele havia originalmente ameaçado na aliança. Para a forma, veja Is 44.24-28 e, ironicamente, Am 4.1.  
O SENHOR, o Deus dos Exércitos, é o seu nome:
·         Aquele que forma os montes.
·         Que cria o vento.
·         Que revela os seus pensamentos ao homem.
·         Aquele que transforma a alvorada em trevas.
·         Pisa sobre as montanhas da terra.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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