sábado, 13 de junho de 2015
sábado, junho 13, 2015
Jamais Desista
Joel 1 1-20 - OS GAFANHOTOS E A SECA - JUÍZOS DE DEUS.
Autor:
Propósito:
Chamar o povo de Deus ao arrependimento
para que pudessem escapar do juízo e desfrutar das bênçãos trazidas com a
chegada do Dia do Senhor.
Data:
Desconhecida, mas o profeta deve ter vivido
em Jerusalém num período de grandes atividades no templo de Deus. A Bíblia em
Ordem Cronológica o coloca como tendo sido escrito no século 9 a.C., durante o
reinado de Joás – próximo a 835a.C.
Verdades
fundamentais – palavra chave: arrependimento.
•
Os
juízos de Deus temporários e históricos chamavam o povo ao arrependimento.
•
Os
juízos de Deus temporários indicavam a importância do arrependimento para o
grande Dia do Senhor.
•
Ao
povo arrependido Deus havia a promessa de livramento do juízo e infindáveis
bênçãos no futuro.
Propósito
e características[1]
•
É
um livro que apresenta unidade em sua forma e construção.
•
Um
tema teológico central no livro de Joel é o conceito do "Dia do
SENHOR" que está associado a um dia de julgamento contra o próprio povo de
Deus.
ü
O
Dia do Senhor era como um dia "terrível" (2.11).
ü
"Dia
de escuridade e densas trevas, dia de nuvens e negridão" (2.2).
ü
Um
dia em que o Senhor liderará o seu exército contra Israel.
Contudo, na segunda parte do
livro, Joel concentra-se no Dia do Senhor como um dia de julgamento dos inimigos
do povo de Deus, enquanto o povo de Deus será protegido e abençoado (Is 13; Jr
46-51; Ez 25-32).
ü
No
Dia do Senhor, as nações serão responsabilizadas pelos seus crimes contra o
povo da aliança do Senhor e serão julgadas de acordo (3.2-16,19). Mas o povo da
herança de Deus será protegido, bem como abençoado espiritual e fisicamente
(2.28-32; 3.16-18,20-21).
•
Outro
tema central presente no livro é o arrependimento.
ü
Essa chamada ao arrependimento era feita a
todo o povo de Deus que foi chamado a voltar-se para ele.
ü
Também
era para todos os jovens e velhos, homens e mulheres, líderes e seguidores e até
mesmo aqueles que pudessem ser considerados dispensados das responsabilidades
comunitárias (p. ex., as mães que amamentam e os recém-casados [1.13-14;
2.15-17]).
ü
Joel
conclama ainda o povo a voltar-se para Deus com todo o seu ser. Esse
arrependimento deveria ser manifestado externamente por meio de ações como
lamento, choro, clamor ao Senhor e jejum.
ü
Ele
chamou ao arrependimento diante da praga do gafanhoto (1.13-14) e do ainda
futuro dia do Juízo (2.15-17). Contudo, as manifestações de arrependimento
puramente exteriores ou rituais eram inadequadas, e o Senhor convoca o seu povo
a demonstrar a sinceridade do seu arrependimento voltando-se para ele de todo o
coração (2.12-13).
ü
Joel
também lembra o povo de Deus que a correta motivação para o arrependimento
reside firmemente na natureza de Deus: "Ele é misericordioso, e
compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade" (2.13).
ü
Ao
mesmo tempo, Joel enfatiza que a possibilidade de arrependimento está não com o
povo, mas com Deus, que é livre para exercer a sua soberana liberdade e graça
em conceder perdão ao seu povo.
Cristo
no livro de Joel.
•
O
livro de Joel tem ocupado um lugar importante na vida da igreja.
•
O
Novo Testamento deixa claro que Jesus e seus seguidores estavam familiarizados
com os escritos de Joel, e sua influência está mais evidente nas passagens do
Novo Testamento que falam dos últimos dias (A BEG recomenda neste momento ver
seu artigo teológico "O Plano das eras", em Hb 7).
•
Essas
passagens baseiam-se nas imagens vívidas usadas por Joel para descrever o Dia
do Senhor e a praga dos gafanhotos (p. ex., Mc 13.24; Lc 21.25; Ap 6.9; 9.2).
•
De
igual importância são as promessas encontradas em 2.28-32, citadas por Pedro e
consideradas como cumpridas durante o acontecimento do Pentecostes (At
2.16-21).
•
Paulo
também fez referência a essa profecia em Rm 10.13, onde usou JI 2.32 para
embasar seu argumento de que "não há distinção entre judeu e grego"
(Rm 10.12).
ü
A
salvação é para todos, como declarou o profeta Joel: "E acontecerá que
todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo" (2.32).
•
A
igreja continua a considerar o ensinamento de Joel sobre o Dia do Senhor como
uma importante fonte de esperança e conforto, por um lado, e uma palavra de
advertência, por outro.
ü
Em
momentos de aflição e desespero, os cristãos têm considerado consoladoras e
inspiradoras as promessas em relação à bênção, à proteção e à defesa da
comunidade da aliança do Senhor.
•
Ao
mesmo tempo, a vívida descrição que Joel faz dos terríveis aspectos do Dia do
Senhor tem servido como um lembrete da santidade e do julgamento de Deus como
um chamado contínuo ao arrependimento pleno e à santidade de vida.
•
Por
fim, o grande Dia do Senhor é o dia da volta de Cristo, o dia em que ele
julgará o mundo inteiro, lançando seus inimigos no lago de fogo e enxofre e
abençoando os crentes com uma herança eterna nos novos céus e na nova terra. Sabemos
que em breve o senhor estará de volta. Maranata!
Esboço do livro de Joel para estarmos
seguindo.
Conforme a BEG, estaremos dividindo o livro
em três partes principais.
1. APRESENTAÇÃO (1.1) – veremos agora.
II. CRISES QUE EXIGEM ARREPENDIMENTO
(1.2-2.17) – iniciaremos agora.
III. RESPOSTAS DIVINAS AO ARREPENDIMENTO
(2.18 3.21).
1.
APRESENTAÇÃO (1.1)
A mensagem de Joel veio do Senhor e deveria
ser recebida como sua palavra de autoridade.
O livro começa com uma identificação do
profeta Joel e as primeiras palavras são – vs. 1.1 “Palavra do SENHOR”. Conforme
a BEG, esse título breve e simples anuncia que o que se segue é a palavra do
Senhor. Compara-se a Jn 1.1 (cf. os títulos mais extensos em Jr 1.2; Ez 1.3; Os
1.1; Mq 1.1; Sf 1.1; Ag 1.1; Zc 1.1; MI 1.1).
Essa palavra do Senhor foi dirigida a um
homem, Joel. Seu nome significa "o SENHOR é Deus". O qual era filho
de Petuel. O nome do pai de Joel não é encontrado em nenhum outro lugar das
Escrituras.
II.
CRISES QUE EXIGEM ARREPENDIMENTO (1.2-2.17)
Nesta segunda parte, veremos que uma praga
de gafanhotos e a seca prenunciavam a necessidade de arrependimento para o
iminente dia de um julgamento ainda maior.
Seguindo a estruturação proposta pela BEG,
dividiremos essa parte em duas seções. A. A recente devastação provocada por
gafanhotos e a seca (1.2-20) – veremos
agora; B. A futura devastação no Dia do Senhor (2.1-17).
A. A recente devastação provocada por gafanhotos e a seca (1.2-20).
Até o segundo capítulo, estaremos vendo as
crises que exigiam arrependimento.
Duas crises levaram os judeus a se
confrontar com as consequências de seus pecados: (1) a recente devastação da
Terra Prometida (1.2-20) por gafanhotos (1.4-8) e a pela seca (1.10-12,16-20) –
veremos agora; e (2) a iminente
invasão da terra por parte do exército do Senhor (2.1-17).
Se o povo se arrependesse do seu pecado e
se voltasse para o Senhor, eles poderiam ser libertos. A condicional presente
indicava claramente que algo deveria ser feito por parte dos responsáveis de
acordo com que o Senhor desejava. O problema era o de sempre, corações
obstinados e rebeldes.
(1) A recente devastação da Terra Prometida (1.2-20).
Até ao verso 20, estaremos vendo a recente
devastação provocada pelos gafanhotos e pela seca.
Com intuito de fazer com que o povo
ponderasse sobre as implicações da recente praga dos gafanhotos e da seca e se
arrependessem, Joel apelou:
·
Aos
velhos (vs. 2).
·
Aos
ébrios (vs. 5).
·
Aos
lavradores (vs. 11).
·
Aos
sacerdotes (vs. 13).
A palavra estava sendo dirigida aos anciãos
(os líderes religiosos e comunitários - o mesmo termo é usado em 2.28, mas ali
ele parece referir-se mais especificamente à idade cronológica) e a todos os
moradores da terra (isto é, toda a população de Judá e Jerusalém é chamada a
ouvir) e falava no imperativo para ouvirem e escutarem.
Essa série de imperativos chama o povo a
reconhecer as ramificações pessoais e espirituais da invasão dos gafanhotos.
Conforme a BEG, o paralelismo de pensamento
no primeiro e no segundo versos, repetido no terceiro e no quarto versos, é
típico da poesia hebraica.
O fato deveria ser contado aos filhos, e
eles aos seus netos, e os seus netos, à geração seguinte. Os juízos de Deus,
assim como suas misericórdias, devem ser passados às futuras gerações (cf. Dt
4.9; 6.7; 32.7; SI 78.1-8).
O vs. 4 fala dos gafanhotos e os seus
tipos.
·
Gafanhoto
cortador.
·
Gafanhoto
migrador.
·
Gafanhoto
devorador.
·
Gafanhoto
destruidor.
Tudo parece começar com o cortador que
deixa um resto que é consumido pelo migrador, que deixa outro resto que é
consumido pelo devorador, que deixa ainda mais um outro resto para, finalmente,
ser devorado ou destruído pelo destruidor.
Repetições poéticas enfatizam a
minuciosidade da destruição promovida pelos gafanhotos.
As quatro diferentes designações dos
gafanhotos podem ser uma referência aos diferentes estágios de desenvolvimento
desse inseto (como sugere a tradução de Almeida), embora diferenças nas cores
ou no tipo e região de origem possam estar refletidas tanto aqui quanto em
2.25.
Também é possível que as descrições tenham
o único propósito de indicar a presença de diferentes enxames. De qualquer
modo, quando os gafanhotos são entendidos como um instrumento divino de
punição, era de arrependimento que se tratava (Dt 28.38; Am 7.1; Is 33.4).
Os imperativos agora falam com os bêbados
para despertarem e chorarem. O primeiro chamado ao arrependimento foi dado aos
ébrios (bêbados), que representam a atitude de muitos que não estão atentos às
coisas de importância espiritual ao seu redor.
Somente aqueles que estão despertos são
capazes de responder ao juízo de Deus.
Os gafanhotos agora são comparados a uma
nação invasora que possui o mesmo ímpeto de um leão (cf. 2.4-9; Ap 9.7-9). Nos
tempos antigos, os gafanhotos eram muitas vezes comparados aos exércitos.
A literatura mítica ugarítica (século 15
a.C.) equipara um exército a um enxame de gafanhotos em termos de tamanho (veja
Jz 6.5; 7.12; Pv 30.27; Jr 51.14,27; Na 3.15-17).
Os bêbados, os ébrios, os que bebiam vinho
são convocados ao despertamento e a tirarem da sua boca o álcool porque estaria
vindo sobre a terra do Senhor “minha terra” uma nação poderosa e inumerável,
como os gafanhotos.
Pronomes pessoais como “minha terra” são
usados ao longo de todo o livro, apontando para o relacionamento pactual que
liga o Senhor não apenas à Terra Prometida e aos seus vinhedos e figueiras, mas
também ao seu povo (1.7; 2.13-14,17-18,23,26-27 3.2-3,17).
Tanto a vide, como a figueira foram
afetadas. As presas dos gafanhotos efetivamente destruíram essas valiosas
plantas da terra do Senhor. Jesus se comparou a uma videira – eu sou a videira
verdadeira (Jo 14.1) e Israel era comparado à figueira.
A vide: [2]
·
É
um arbusto bem conhecido pela produção de uvas, cultivada desde os tempos antigos
e mencionada muitas vezes nas Escrituras.
·
Noé
plantou uma vinha (Gn 9.20).
·
Existia
no Egito (Gn 40.9) e em Canaã (Dt 8.8).
·
O
tempo da vindima inspirava regozijo e festas (Jz 9.27; Jr 25.30).
·
A
mesma figura de Israel às vezes é expressa pela videira, outras vezes pela vinha.
·
Em
linguagem figurada, é a nação de Israel mencionada como parábola em Salmo
80.8-16.
ü
Deus
trouxe uma vinha do Egito e plantou numa terra, cujas nações foram lançadas
fora (vs. 8). Sob a direção de Moisés o povo foi liberto da escravidão do Egito
e, comandado por Josué, venceu os povos de Canaã.
ü
Fez
com que suas raízes se aprofundassem, seus ramos se tornassem como cedros e
chegassem até o mar (vs. 9-11).
ü
Tornou-se
um reino próspero com a sabedoria e a grandeza de Salomão.
·
Aparece
também a parábola da videira em Isaías 5.1-7, apelando para o concerto que Deus
fez com os pais quando os tirou do Egito. "...julgai, vos peço, entre mim
e a minha vinha”.
ü
Que
mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como,
esperando eu que dessem uvas, veio a produzir uvas bravas?" - (Is 5.3b,4).
ü
Israel
foi escolhido por Deus para tornar conhecida a lei de Deus aos outros povos.
ü
Sua
missão era servir de exemplo, de testemunho às nações que não conheciam a
vontade do Senhor.” E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e
separei-vos dos povos, para serdes meus" (Lv 20.26).
ü
A
responsabilidade de Israel era ser fiel a Deus, conservar o testemunho da
santidade de Deus, do poder, da justiça e da misericórdia, para que os pagãos incrédulos
conhecessem a palavra de Deus, que lhe foi confiada primeiro (Rm 3.1,2).
ü
Os
judeus falharam nesta missão, "produziram uvas bravas" (Is 5.4b); em
vez de justiça, praticaram opressões, caíram na idolatria, indo a uma condição
de que Deus disse: “... andaram após deuses estranhos para servi-los".
"Segundo o número das tuas cidades, foram os teus deuses, ó Judá" (Jr
11.10b,13a).
ü
Como
resultado, veio o castigo, cumprindo-se as predições de Deuteronômio 28 e dos
profetas, especialmente Jeremias.
ü
Vieram
também os exércitos da Assíria contra Samaria e de Babilônia contra Jerusalém,
destruíram as cidades, os muros e o Templo e levaram para suas terras o
restante do povo como cativo.
ü
Acabou-se,
portanto, a glória do povo de Israel. É o que significa a expressão: "O
javali da selva a devasta, e as feras do campo a devoram "(SI 80.13). Deus
mesmo declarou: "...tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto..."
(Is 5.5b)e "...já não há uvas na vide..." (Jr 8.13b).
·
Jesus
Cristo pronunciou uma parábola para os judeus nos mesmos termos daquelas do
Salmo 80 e Isaías 5.
ü
Um
homem plantou uma vinha, tomou todas as providências de proteção e segurança e
arrendou-a a uns lavradores.
ü
Estes,
no tempo de dar conta dos frutos, espancaram uns servos, mataram outros e por
fim mataram o próprio filho do proprietário (Mt 21.33-39). Os judeus espancaram
e mataram os profetas e crucificaram o Filho de Deus. Então Jesus perguntou
"...o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?"
E eles responderam:''...
Dará afrontosa morte aos maus, e
arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos...
Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma
nação que dê os seus frutos'' (Mt21.40b,41b,43).
·
"...
Como a videira entre as árvores do bosque, que tenho entregado ao fogo para que
seja consumida, assim entregarei os habitantes de Jerusalém" (Ez 15.6b).
·
Cumpriu-se
de um modo mais detalhado, espiritualmente, em Atos 13.46b "...Era mister
que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a
rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para
os gentios".
·
Todavia
a promessa feita a Abraão de abençoar sua descendência permanece no plano de
Deus. Na mesma figura da videira (Ez 17.1-10,22-24), referindo-se a Israel,
Deus acrescenta a figura do cedro, que representa majestade, prometendo fazer
reverdecer a árvore seca
A Figueira:[3]
·
Árvore
originária do Oriente, é muito abundante na Ásia e na Europa.
·
Adão
e Eva fizeram roupas de folhas de figueira - Gn 3.7, para esconder sua nudez, mas quando ouviram a
voz de Deus, se esconderam. Aquela roupa não satisfazia.
·
Era
costume oriental descansar debaixo da figueira, ato que significava paz e
prosperidade, "... habitavam seguros, cada um debaixo de sua videira, e
debaixo de sua figueira..." -1 Reis 4.25; Miqueias 4.4; Zacarias
3.10.
·
O
fruto da figueira é comido fresco e pode ser conservado em forma de passas -
1Samuel 25.18.
·
Há
no Velho Testamento muitas referências ao uso da Figueira e seus frutos. Servia
o figo ainda de remédio, como no exemplo da doença do rei Ezequias, quando foi
colocada na chaga uma pasta de figos e sarou - 2 Reis 20.7.
·
Foi
usada também massa de figos para animar um moço desfalecido pela fome de três
dias - 1 Samuel 30.11,12.
·
O
vento derruba grande parte dos figos verdes "...como quando a figueira
lançade si os seus figos verdes, abalada por um vento forte" - Apocalipses
6.13b.
·
Os
que amadurecem são chamados temporãos - Miquias 7.1 e Na 3.12).
·
Um
quadro bem rico de imagens está em Cantares usando a figueira: "A figueira
já deu os seus figuinhos" (Promessa de abundância) "as vides em flor
exalam o seu aroma" (deleite, acompanhando a esperança de boa colheita),
"levanta-te, amiga minha, e vem" (convite para um despertamento
dirigido a quem espiritualmente está dormindo) - (Ver Mq 2.10 e Ef 5.14).
·
Jeremias
teve uma visão de dois cestos de figos. Um cesto tinha figos bons; e o outro,
figos tão ruins que não se podiam comer.
ü
Os
figos bons representavam os judeus fiéis, que iam para o cativeiro, mas Deus
havia de trazê-los de volta para Jerusalém.
ü
Os
figos maus eram os que acompanhavam o rei Zedequias na maldade e na
desobediênciaa Deus, que seriam castigados, levados para Babilônia e destruídos
por lá. (Ver Jr 24.1-10).
·
Jesus
avistou uma figueira perto do caminho por onde passava, dirigiu-se a ela
procurando fruto e não achou senão folhas, então disse à figueira: ”Nunca mais
nasça fruto em ti". E a figueira secou imediatamente (Mt 21.19 e Mc 11.12-14).
Foi como aquela geração dos judeus de seu tempo, que não produziram os frutos
que Deus queria, e foi destruída.
·
Quando
os discípulos pediram um sinal da vinda de Jesus e do fim do mundo, Ele disse:
"Aprendei pois esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se
tornamtenros e brotam folhas, sabeis que está perto o verão'' (Mt 24.3 e 32).
·
A
figueira foi castigada com a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. pelo exército
romano. Os judeus foram dispersos e ficaram sem Pátria durante quase dois mil anos.
·
Ultimamente
a figueira está reverdecendo. Em 1948 foi proclamado o Estado de Israel, e na
guerra dos seis dias, em junho de 1967, o povo judeu reconquistou o território
que formava a Palestina nos dias de Jesus Cristo. Dali para cá o progresso vai avançando
a passos largos. Segundo a profecia de Jesus, "o verão está
próximo"(Mt24.32b).
O lamento do vs 8 deveria ser como o da
jovem que perdeu o seu amado antes do casamento, por isso que estaria cingida
de pano de saco. Esse material, tecido de modo rude, normalmente era feito de
pelo de cabra e era usado tipicamente nos períodos de luto (veja o vs. 13; Gn
37.34; 2Sm 3.31; 1Rs 21.27; Is 32.11-12).
A consequência dessa destruição era que
estaria cortada da casa do Senhor a oferta de manjares e a libação que deixaram
os sacerdotes entristecidos. Essas ofertas, que deveriam ser feitas duas vezes
por dia (Êx 29.38-42; Lv 2.1-2; 23.13), não estavam sendo feitas por causa da
devastação das lavouras.
Com a devastação do campo por causa dos
gafanhotos, a terra estava arrazada e agora a seca acompanhava a invasão dos
gafanhotos trazendo ainda mais destruição que aquela provocada pelo destruidor.
Os campos estavam arruinados e a terra estava
seca:
·
O
trigo estava destruído.
·
O
vinho novo tinha acabado.
·
O
azeite estava em falta.
O cereal, a vide e as olivas, nas
Escrituras, esses ingredientes necessários para as ofertas diárias
tradicionalmente apareciam nessa ordem (2.19; Os 2.8).
O momento era difícil e era para desespero
dos agricultores, dos produtores de vinho porque a colheita estava toda
destruída. Cinco tipos de árvores são mencionados, o que leva à enfática
declaração de que todas as árvores do campo estavam secas. A alegria secou-se
juntamente com a vegetação.
·
A
vide secou.
·
A
figueira murchou.
·
A
romeira secou.
·
A
palmeira secou.
·
A
macieira secou.
Os sacerdotes receberam instruções precisas
– vs. 13 e 14 - sobre como deveriam reagir pessoalmente ao juízo de Deus. As
precisas instruções dadas aos sacerdotes aqui e em 2.15-17 sugerem que o livro
de Joel foi planejado para servir de orientação ao arrependimento nacional em
qualquer que fosse a situação.
Os sacerdotes, os ministros do altar, deveriam:
·
Colocarem
vestes de luto.
·
Prantearem,
chorarem alto.
·
Passarem
a noite vestidos de luto.
·
Decretarem
um jejum santo. Os sacerdotes também deveriam exercer a liderança da comunidade
ao promulgar um jejum público de modo que toda a nação pudesse interromper
todas as atividades comuns por algum tempo (provavelmente por um dia, como em
Jz 20.26; 1 Sm 14.24; Jr 36.6-9) para reconhecer o juízo de Deus e se
arrepender.
·
Convocarem
uma assembléia sagrada.
·
Reunirem
as autoridades e todos os habitantes do país no templo do Senhor, do seu Deus.
·
Todos
juntos para clamarem ao Senhor.
A magnitude da devastação que já
experimentavam apontava para um dia ainda mais agourento, o dia do julgamento
que estava para chegar – vs. 15.
Essa expressão "Dia do SENHOR",
conforme a BEG, aparece cinco vezes em Joel (1.15; 2.1,11,31; 3.14) e outras
onze vezes no Antigo Testamento (Is 13.6,9; Ez 13 5; Am 5.18a,18b,20; Ob 15; Sf
1.7,14a,14b; MI 4.5). Aqui (e em 2.1,11) é uma referência ao dia da ira do
Senhor contra os seus inimigos e de bênçãos para o povo fiel de Deus (2.31;
3.14).
A maioria dos judeus acreditava que a sua
identidade étnica garantia que todos eles seriam abençoados quando o Senhor
viesse para julgar, mas os profetas deixavam claro que o infiel no meio do povo
de Israel seria julgado juntamente com os gentios não arrependidos.
O profeta não via o Dia do Senhor como uma
ocorrência distante. Em vez disso, o via como um acontecimento iminente – vs.
15; 2.1; 3.14).
O dia do Senhor estava perto na mente do
profeta e seria um dia de assolação do Todo-Poderoso. Essa frase pode ser
traduzida como o dia do "poder do Todo-Poderoso", uma tradução que
capta o sentido do jogo de palavras no hebraico shod ("destruição")
do Shaddai, "o Todo-Poderoso" (Is 13.6).
Do vs. 16 ao vs. 18, Joel reforçou sua
posição sobre o Dia do Senhor lembrando mais uma vez o seu público quanto ao
juízo de Deus, os sinais dele que podiam ser vistos na seca que os cercava.
A verdade era que a comida tendo sido
eliminada, a alegria e a satisfação tinham se ido embora também do templo de
Deus. Até as sementes estavam murchas, os celeiros em ruínas e os depósitos
derrubados, pois a colheita tinha mesmo sido perdida.
Tudo estava afetado pela destruição dos
gafanhotos e pela seca. O gado está mugindo, as manadas agitadas sem pasto e os
rebanhos de ovelhas em castigo.
1 Palavra do
Senhor,
que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
2 Ouvi isto, vós anciãos,
e escutai, todos os moradores da terra:
Aconteceu isto em vossos dias, ou nos dias de vossos
pais?
3 Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos,
e vossos filhos a transmitam a seus filhos,
e os filhos destes à geração seguinte.
4 O que a locusta cortadora deixou,
a voadora o comeu;
e o que a voadora deixou,
a devoradora o comeu;
e o que a devoradora deixou,
a destruidora o comeu.
5 Despertai, bêbedos, e chorai;
gemei, todos os que bebeis vinho,
por causa do mosto;
porque tirado é da vossa boca.
6 Porque sobre a minha terra
é vinda uma nação poderosa
e inumerável. os seus dentes são dentes de leão,
e têm queixadas de uma leoa.
7 Fez da minha vide uma assolação,
e tirou a casca
à minha figueira;
despiu-a toda, e a lançou por terra;
os seus sarmentos se embranqueceram.
8 Lamenta como a virgem que está cingida de saco,
pelo marido da sua mocidade.
9 Está cortada da casa do Senhor a oferta de cereais e
a libação;
os sacerdotes, ministros do Senhor, estão
entristecidos.
10 O campo está assolado, e a terra chora;
porque o trigo está destruído,
o mosto se secou,
o azeite falta.
11 Envergonhai-vos, lavradores,
uivai, vinhateiros, sobre o trigo e a cevada;
porque a colheita do campo pereceu.
12 A vide se secou,
a figueira se murchou;
a romeira também,
e a palmeira e a macieira, sim,
todas as árvores do campo se secaram;
e a alegria esmoreceu entre os filhos dos homens.
13 Cingi-vos de saco e lamentai-vos, sacerdotes;
uivai, ministros do altar;
entrai e passai a noite vestidos de saco,
ministros do meu Deus;
porque foi cortada da casa do vosso Deus
a oferta de cereais e a libação.
14 Santificai um jejum, convocai uma assembléia
solene,
congregai os anciãos, e todos os moradores da terra,
na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor.
15 Ai do dia! pois o dia do senhor está perto,
e vem como assolação da parte do Todo-Poderoso.
16 Porventura não está cortado o mantimento
de diante de nossos olhos?
a alegria e o regozijo da casa do nosso Deus?
17 A semente mirrou debaixo dos seus torrões;
os celeiros estão desolados,
os armazéns arruinados;
porque falharam os cereais.
18 Como geme o gado!
As manadas de vacas estão confusas,
porque não têm pasto;
também os rebanhos de ovelhas estão desolados.
19 A ti clamo, ó Senhor;
porque o fogo consumiu os pastos do deserto,
e a chama abrasou todas as árvores do campo.
20 Até os animais do campo suspiram por ti;
porque as correntes d'água se secaram,
e o fogo consumiu os pastos do deserto.
Nos versos 19 e 20, encerrando o capítulo,
um forte clamor do profeta e até dos animais. O próprio profeta dá início à
lamentação. A devastação vinha do Senhor, aquele que também era a única fonte
de restauração. Até mesmo os animais se juntaram a Joel em seu pranto Jó 38.41;
Sl 104.21; 147.9) por causa do fogo devorador.
A metáfora do fogo descreve os efeitos da
seca, embora em 2.3 ela se aplique à devastação promovida pelos gafanhotos. O
fogo é frequentemente associado ao juízo de Deus (Dt 32.22; SI 50.3; 97.3).
[1] Para maiores
detalhes e aprofundamentos, recomendamos primeiramente conhecerem o inteiro
teor da introdução do livro, na BEG.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
sexta-feira, junho 12, 2015
Jamais Desista
SERMÃO - O BRASIL PRECISA DE HOMENS COMO DANIEL.
Sermão ministrado em 11 de junho de 2015.
...
“O mundo com tudo o que nele há – a
criação de Deus que envolve a concepção, o planejamento, a orquestração e a
realização de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades
- foi criado nele – em Jesus Cristo, a Segunda pessoa da Trindade -, por ele e
para ele de forma proposital – com propósitos - em função da família a qual
Deus quis colocar a sua imagem e a sua semelhança para que recebendo-a e
transmitindo-a pela graça e benção da geração de filhos cumprissem a sua
aliança com eles por meio dos mandados de Deus, quais sejam os mandados
espiritual, social e cultural.” – Pr.
Daniel Deusdete.
A DEUS POIS SEJA TODA A GLÓRIA!
Os amados irmãos e amigos fiquem à vontade para baixarem e usarem o texto deste sermão (citando a fonte, óbvio - tudo registrado na BN). Críticas construtivas e ajudas, serão muito bem-vindas. Obrigado pela paciência e amor dos irmãos.
sexta-feira, junho 12, 2015
Jamais Desista
Oseias 14_1-9 - CHAMADO FINAL AO ARREPENDIMENTO - AS NOSSAS ESCOLHAS...
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 14, o último capítulo desse livro fantástico de Oseias. Estamos na
última parte, a parte III – A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS – 4.1 a 14.9. Como
já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de
Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II
(cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.
C. O chamado final para o arrependimento – (14.1-9).
Oseias encerrou o seu livro com uma
exortação para que os israelitas confessassem os seus pecados e se
arrependessem deles a fim de que pudessem novamente ser abençoados por Deus.
O profeta falou ao povo – vs. 1 ao 3 -
recomendando o tipo de arrependimento que o Senhor promete abençoar (vs. 4-8).
Primeiro, ele pede a Israel para voltar
para ele. Essa exortação temática para voltar/tornar (2 7; 3.5; 6.1; 7.10,16;
12.6; Dt 30.1-10) estava agora endereçada a aqueles que já haviam caído por
causa de seus pecados.
Obviamente que nem todos estavam voltando,
pois que muitos ficaram pelo caminho ao caírem sob o juízo de Deus. Somente
estariam voltando e recebendo esse convite os remanescentes.
Terrível coisa é também nos aventurarmos
por ai depois de termos conhecido ao Senhor e agora estarmos precisando de
voltar para ele, mas sempre haverá da parte do Senhor seu amor estendido para
nós. Da mesma forma, também devemos ter essa disposição, o mesmo proceder com
relação aos que conosco cometerem alguma falta.
Depois – vs. 2 -, orienta até o que dizer e
sugere o texto. Uma redação precisa da confissão é dada nos vs. 2b-3:
·
Perdoa
todos os nossos pecados.
·
Por
misericórdia, recebe-nos, para que te ofereçamos o fruto dos nossos lábios - Pv
12.14; 13.2; Hb 13.15.
·
A
Assíria não nos pode salvar; não montaremos cavalos de guerra. Israel deveria
deixar de confiar:
ü
Na
força da política externa (p. ex., 5.13; 7.11; 12.1).
ü
No
seu próprio poderio militar (p. ex., 10.13; cf. SI 33.16-17).
ü
Na
religião não ortodoxa e sincretista (p. ex., 2.8,13; 3.1; 4.12; 8.5-6; 10.5-6;
13.2).
·
Nunca
mais diremos: ‘Nossos deuses’ àquilo que as nossas próprias mãos fizeram,
porque tu amas o órfão, ou em ti, o órfão acha a misericórdia. Uma alusão ao
tema anterior da perda e restauração do amor, ilustradas pelo casamento de
Oseias (3.1) e pelo nome de sua filha, Desfavorecida (1.6-8; 2.1,23).
·
Tira
toda a iniquidade.
·
Aceita
o que é bom.
São essas palavras genuínas de confissão, acompanhadas
pela obediência que era requerida a um povo genuinamente arrependido, não sacrifícios
indiferentes (5.6; 6.6; 8.13).
·
A
promessa da cura começou a ser cumprida quando Israel retornou do exílio.
·
Continua
a se cumprir em Jesus Cristo e em sua igreja – nós somos essa geração que já dura
mais de 2000 anos e estamos aguardando para breve, sempre assim, a volta
prometida de nosso Mestre e Senhor. Maranata!
·
Será
consumada por ocasião de sua segunda vinda.
Essa apostasia ou infidelidade, literalmente,
"desvio", eram os caminhos tortuosos de Israel que seriam corrigidos
(p. ex., 4.10-12, 5.4; 7.4; 11.5) quando a ira de Deus fosse satisfeita.
Uma vez curados da infidelidade, ele voluntariamente
os amaria, ou seja, nessa canção de amor, novamente ouvimos os verdadeiros
sentimentos de Deus pelos seus eleitos. Essa promessa do imerecido amor de Deus
exemplifica o que o Novo Testamento chama de graça (p. ex., Rm 5.15; Ef 2.5,8).
A graça afasta a ira de Deus e nos dá uma nova chance diante do Senhor.
Nessa seção, conforme a BEG, transbordando
com a linguagem do amor, metáforas coloridas são tiradas da vida das plantas e descrevem
um Israel próspero, estável, renovado e vigorosamente sadio sob a direção de
Deus, que estava ligado ao orvalho doador da vida (Dt 33.13).
Deus diz que seria para Israel como esse
orvalho de vida. Vejam as metáforas descrevendo o Israel amado e próspero. Ele
seria:
·
Como
um lírio florescendo (cf. 1Rs 7.26; Ct 2.1,16).
·
Como
um cedro do Líbano profundamente enraizado, brotando e exalando a sua fragrância
(cf. SI 92.12; 104.16).
·
Como
uma oliveira esplendorosa (cf. SI 52.8; Jr 11.16).
·
Como
uma árvore frondosa (cf. Ct 2.3; Ez 17 22-23).
·
Como
um cereal viçoso.
·
Como
uma vide luxuriante (10.1; Is 5.1-7) celebrando o fruto da vide.
O que tenho eu com os ídolos, ou "O
que mais tem Efraim", diz o Senhor a Efraim, o frutífero. Uma exclamação (6.4; 11.8) ou uma pergunta
retórica declarando novamente a total incompatibilidade entre Deus e os ídolos.
Os ídolos nos tornam cegos e anulam em nós
a legítima adoração a Deus.
Deus então diz que é como o cipreste verde
ou o pinheiro verde, ou seja, como uma árvore reconhecida como o símbolo da
vida (cf. Gn 3.22; Ap 22.2), Deus daria o fruto ao frutífero Efraim (9.16; cf.
Gn 41.52).
1 Volta, ó Israel, para o Senhor teu
Deus;
porque pela
tua iniqüidade tens caído.
2 Tomai convosco palavras,
e voltai para
o Senhor; dizei-lhe:
Tira
toda a iniqüidade,
e
aceita o que é bom;
e
ofereceremos como novilhos
os
sacrifícios dos nossos lábios.
3 Não nos
salvará a Assíria,
não
iremos montados em cavalos;
e
à obra das nossas mãos já não diremos:
Tu
és o nosso Deus;
porque
em ti o órfão acha a misericórdia.
4 Eu sararei
a sua apostasia,
eu
voluntariamente os amarei;
porque
a minha ira se apartou deles.
5 Eu serei
para Israel como o orvalho;
ele
florescerá como o lírio,
e
lançará as suas raízes como o Líbano.
6
Estender-se-ão as suas vergônteas,
e
a sua formosura será como a da oliveira,
a
sua fragrância como a do Líbano.
7 Voltarão os
que habitam à sua sombra;
reverdecerão
como o trigo, e florescerão como a vide;
o
seu renome será como o do vinho do Líbano.
8 Ó Efraim,
que tenho eu com os ídolos?
Sou
eu que respondo, e cuido de ti.
Eu
sou como a faia verde;
de
mim é achado o teu fruto.
9 Quem é
sábio,
para
que entenda estas coisas?
prudente,
para
que as saiba?
porque
os caminhos do Senhor são retos,
e
os justos andarão neles;
mas
os transgressores
neles
cairão.
Encerrando o capítulo e o livro uma
pergunta. Esse epílogo desafiou cada geração de leitores da profecia de Oseias
a considerar cuidadosamente os caminhos do Senhor (SI 1; 18.21; Pv 10.24,29,30;
11.3; 12.3,5,7) apresentados no livro.
As escolhas[1] repetidamente
apresentadas a Israel, também são apresentadas ao leitor que deve também
escolher:
·
Entre
a sabedoria e a insensatez.
·
Entre
o discipulado e a rebelião.
·
Entre
o caminhar e o cambalear.
·
Entre
o obedecer e o desobedecer.
·
Entre
a vida e a morte.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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quinta-feira, 11 de junho de 2015
quinta-feira, junho 11, 2015
Jamais Desista
Oseias 13.1-16 - DEUS INSISTIA, ISRAEL PERSISTIA EM OBSTINAR-SE
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 13, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos encontramos
aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9) – já vista.
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – já vimos.
3. O lamento pela derrota (9.1-9)
– já vimos.
B. Reflexões históricas e o
futuro de Israel (9.10-13.16) – concluiremos
agora.
Como já dissemos, esses capítulos da seção
“B” contêm uma variedade de profecias em torno de reflexões metafóricas sobre o
passado e o futuro de Israel. As profecias falam do julgamento pelos assírios e
da restauração após o exílio.
Conforme a BEG, cinco metáforas organizam
esse material em quatro grupos: 1. Uvas e figos (9.10-17) – já vimos; 2. Uma vide luxuriante
(10.1-10) – já vimos; 3. Uma bezerra
domada (10.11-15) – já vimos; 4. Uma
criança em desenvolvimento (11.1-13.16) – estamos
concluindo.
4. Uma criança em desenvolvimento (11.1-13.16) - continuação.
Conforme BEG, Oseias associou Israel a uma
criança que, quando em desenvolvimento, era amada e gentilmente cuidada por seu
pai, todavia, a criança cresceu e se rebelou contra o pai.
Nos próximos dezesseis versículos,
estaremos vendo que o Senhor julgará o Israel idólatra, que estava pronto para
a destruição.
O capítulo começa com o anúncio do
julgamento, no qual pecados do passado (vs. 1) e do presente (vs. 2) precedem a
declaração da pena (vs. 3).
Efraim é o segundo filho de José. Significa
“frutífero”, “fértil” ou “aquele que multiplica”. Tem origem no nome hebraico
Ephráyim, que deriva de parah que significa “terra fértil”, do aramaico perá,
que significa “frutificar”. Por extensão ao significado relacionado com
"fertilidade", pode ser traduzido também por "aquele que multiplica".[1]
É irônico que o Reino do Norte carregasse o
nome da tribo de Efraim, cujo passado era notável (Gn 48.10-20; Jz 8.1-3) e de
onde surgiram grandes líderes como Josué (Os 24.30) e Jeroboão I (1 Rs 11.26;
12.20).
Os homens tremiam quando Efraim falava e
ele era exaltado em Israel. Mas tornou-se culpado da adoração de Baal (2.7-8,17;
9.10; 11.2) e começou a morrer. Escravizado pelo pecado (idolatria), Israel
estava sujeito à morte e, de fato, morreu para Deus: O Reino do Norte já estava
morto em seus delitos e pecados (cf. Ef 2.1).

Com sua prata se dão ao trabalho de confeccionarem
imagens, ídolos, bezerros - 8.5-6; 11.2. Imagens significam, literalmente,
"imagens fundidas" (cf. Êx 32.4,8; 34.17; Lv 19.4; Dt 9.16). A imagem
geral era de estátuas de bezerros feitas de bronze revestido de prata.
Apesar de ser cananeu e de estar ligado a
Baal, o bezerro, provavelmente, estava associado ao Senhor na mente dos
idólatras (Êx 32.4).
Eles ofereciam sacrifícios humanos e depois
beijavam os ídolos feitos em forma de bezerro. Era mesmo um terrível ato de
devoção, adoração ou conciliação (1Rs 19.18; SI 2.12).
Por essas coisas eles seriam como a nuvem e
como o orvalho - compare com 6.4 – que logo se dissipam e nunca mais são
encontrados novamente.
A punição de dissipamento (vs. 3) era por
conta da terrível situação de idolatria e de pecados do passado (vs. 1) e do
presente (vs. 2).
Nesse momento, Deus relembra do Egito.
Relembrou a metáfora de uma criança em desenvolvimento (11.1-13.16). Eles não tinham conhecido um outro deus além do
Senhor. Em contraste com a idolatria do vs. 2, a declaração, relembrando Israel
da exclusividade da aliança, foi feita na linguagem do primeiro dos Dez Mandamentos
(cf. Êx 20.2-3; Dt 5.6-7; JI 2.27), mas com o acréscimo da noção de saber a
respeito ou, literalmente, de "conhecer" a Deus.
Esse verbo conhecer está muito presente
neste livro de Oseias que parece nos sugerir que o povo de Deus conhecia o seu
Deus, mas que eram teimosos e adoravam outros deuses.
Ainda que outros deuses pudessem ser
adorados, somente o Deus verdadeiro poderia ser "conhecido". Há uma
forte ligação entre 13.1-3 e Êx 20.4-6; Dt 5.8-10.
Não havia nenhum salvador como o Senhor,
nenhum deus como o Deus de Israel, um socorro no tempo da angústia. A fonte de
ajuda de Israel não poderia ser outra a não ser o Deus da História.
Contrastando com ao confiança que deveria
estar em Deus, essa confiança de Israel estava posta:
·
Em
reis, em 13.10.
·
No
exército, em 14.3.
·
Em
ídolos, em 13.2.
Foi no deserto (uma referência positiva ao
período que Israel passou no deserto; compare com 2.14-15.) que o Senhor
conheceu ao seu povo, ou seja, refere-se a Israel como um todo corporativo onde
a aliança havia estabelecido um relacionamento mútuo - e genuíno (vs. 4, onde
Israel "conheceu" a Deus).
Ali no deserto, em terra árida, o Senhor os
alimentava e eles se fartavam. Essa grande façanha (cf. vs. 5), infelizmente
foi um triste passo para Israel no processo de esquecimento de Deus (cf. Dt
32.10-18; Jr 2).
Eles se ensoberbeceram - veja Dt 8.10-18 -
e se esqueceram de seu Deus, seu provedor e sustentador. Este era um lamentável
clímax para o fecho dos vs. 4-6. Esse fato marca um grande contraste com os
antigos dias em que conheciam ao Senhor e desfrutavam de sua intimidade (vs.
4,5). Os pecados dos israelitas, quanto à sua origem, refletiam a profundidade
e a gravidade de sua decadência moral (Os 2.1 Dt 11-20).
Dos versos de 7 a 9, o Senhor, descrito em
outros lugares como um pastor (4.16), atacaria como os animais selvagens que
devoravam os rebanhos. Apesar de equilibrado por passagens como 11.8-11;
14.1-9, o tom desses versículos é grave.
As figuras dos animais selvagens desses
versículos descreveram a brutalidade do ataque. O Senhor seria para eles:
·
Como
um leão - compare com 5.14;
·
Como
um leopardo - veja Jr 5.6;
·
Como
uma ursa, roubada de seus filhos - veja Pv 17.12.
Israel, Israel, destruída porque se houvera
contra o Senhor, seu ajudador, seu auxiliador, sustentador e socorro. O fato de
o socorro se tornar o destruidor foi explicado nos termos da rebelião de Israel
contra o socorro. Para melhor entendimento do papel de Deus, como socorro, veja
11.8-11 e compare com Êx 18.4; Dt 33.26-29; SI 10.14; 54.4; 115.9-11; 121;
146.5.
Deus declarou a essência de sua acusação:
estar contrário a ele significava incorrer em destruição.
E agora? Era a pergunta geral que precisava
de uma resposta. Precisavam de um rei para salvá-los, de líderes que o
conduzissem. Conforme a BEG, de que rei se trata não está especificado; poderia
ser:
·
Uma
referência aos assassinatos reais dos dias de Oseias (3.4; 7.7; 8.4; 10.3; cf.
2Rs 15.8-31; 17.1-6).
·
Um
rei anterior, de notoriedade semelhante à de Saul (que foi. coroado como uma
resposta direta à exigência do povo).
·
Ou
até mesmo a todos os reis do Reino do Norte (todos os vinte que "fizeram o
que era mau perante o Senhor").
Os reis deram a Israel um falso senso de
segurança; somente o Senhor (seu rei verdadeiro) era o socorro deles.
Sobre o pedido de Israel por um monarca, ou
líderes, veja 1Sm 8.5,19. Sobre o pedido feito mais tarde pelo Reino do Norte
por uma monarquia não davídica, veja, principalmente, 1 Rs 12.16-20.
Em minha visão, o problema não era a
monarquia, reis e líderes, mas o fato de que o desejo deles era por reis e
líderes como as outras nações. Eles queriam ser como elas e não modelo para
elas a partir do Senhor.
Assim foi que Deus lhes deu um rei na sua
ira, em sua expressão de indignação. Terrível coisa é ser atendido pela nossa
teimosia em pedir algo não considerando o reino de Deus e a sua justiça.
Apesar de descrever uma ação passada, a
forma do verbo hebraico sugere um processo contínuo de dar e tirar. Deus sempre
planejou que Israel tivesse um rei humano, mas a motivação do coração do povo era
continuamente má. Eles não somente desejavam ser como as outras nações como
fortemente rejeitavam a Deus como Rei (1Sm 8.1-22).
O Senhor deu a eles reis em sua ira e em
sua mesma ira, os tirou – vs. 11. Muitos dos reis do norte caíram por traição.
O vs. 12 fala que a culpa de Efraim - o
Reino do Norte, Israel - foi anotada e que os seus pecados foram mantidos em
registro (1Sm 25.29; Jó 14.17; Is 8.16). Para que não fossem diminuídas ou esquecidas,
as transgressões foram registradas (como num documento legal), atadas e
armazenadas num local seguro (para a futura retribuição); compare com 7.2; 9.9;
Dt 32.34-35.
Diz-nos a BEG que o hebraico é difícil, mas
a analogia e o seu objetivo são claros no vs. 13: Esse verso relaciona-se ao tema
da falha em conhecer a Deus, porque já é tempo, e não sai à luz, ao abrir-se da
madre, ou seja, como uma criança morre se algo sai errado no momento de seu
nascimento (cf. 2Rs 19.3), assim Israel morreria por falhar em responder ao
castigo que tinha como objetivo o arrependimento e a nova vida.
Essa analogia se une à metáfora inicial da
criança em desenvolvimento (11.1-13.16) e sinaliza o final dessa figura.
O verso 14 deve ser lido com os olhos em
Cristo, no Novo Testamento, com as epístolas de Paulo em mãos. Está escrito –
vs. 14 – que ele os redimirá do poder da sepultura; e os resgatarei da morte.
Onde estão, ó morte, as suas pragas ou os seus aguilhões? Onde está, ó
sepultura, a sua destruição?
Para alguns intérpretes, conforme a BEG, o
contexto do julgamento, nos vs. 12,15, sugere que essas duas frases deveriam
ser traduzidas como perguntas para as quais a resposta esperada seria não.
Nesse caso, as duas frases a seguir que começam com "onde"
simplesmente convocam as armas da morte para destruir Israel.
Todavia, é provável que o versículo
antecipe o espírito positivo de 14.4-7 e seja uma das grandes confirmações do
poder de Deus sobre o último inimigo: a morte. Paulo aplicou esse versículo, em
1Co 15.55, às promessas da restauração.
Uma vez que o povo de Deus se recusou a
confiar no poder divino sobre a morte, nos dias de Oseias, Cristo e os crentes
de sua igreja têm experimentado e experimentarão desse poder.
O triunfo final sobre o último inimigo de
Deus está assegurado pela morte de Cristo pelo pecado e pela sua ressurreição
da morte (no hebraico, Sheol). Infelizmente, o incrédulo Efraim/Israel não
seria poupado uma vez que os seus olhos não viam nele oportunidade alguma de
arrependimento.
No verso 15, um trocadilho com a palavra
Efraim, ou "frutífero". Pois ainda que desse muito fruto, um vento
leste viria, da parte do Senhor sobre ele para:
·
Secar-se-á
a sua nascente.
·
Estancar-se
a sua fonte.
·
Saquear
todo o tesouro de todos os seus vasos desejáveis - veja 2Rs 17.20 e
compare com Is 17.14 e Na 2.9.
Essa força destrutiva representava a
Assíria, que invadiu Israel, em 734 a.C., e então conquistou e exilou o seu
povo em 722-721 a.C. do SENHOR. Sobre a Assíria, como um instrumento do Senhor,
veja, também, Is 10.5-19.
1 Quando Efraim falava, tremia-se;
foi exaltado
em Israel;
mas
quando ele se fez culpado no tocante a Baal, morreu.
2 E agora
pecam mais e mais,
e
da sua prata fazem imagens fundidas,
ídolos
segundo o seu entendimento,
todos
eles obra de artífices, e dizem:
Oferecei
sacrifícios a estes.
Homens
beijam aos bezerros!
3 Por isso
serão como a nuvem de manhã,
e
como o orvalho que cedo passa;
como
a palha que se lança fora da eira,
e
como a fumaça que sai pela janela.
4 Todavia, eu
sou o Senhor teu Deus desde a terra do Egito;
portanto
não conhecerás outro deus além de mim,
porque
não há salvador senão eu.
5 Eu te
conheci no deserto, em terra muito seca.
6
Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto;
e
estando fartos, ensoberbeceu-se-lhes o coração,
por
isso esqueceram de mim.
7 Portanto
serei para eles como leão;
como
leopardo espreitarei junto ao caminho;
8
Como ursa roubada dos seus cachorros
lhes
sairei ao encontro,
e
lhes romperei as teias do coração;
e ali os
devorarei como leoa;
as
feras do campo os despedaçarão.
9
Destruir-te-ei, ó Israel; quem te pode socorrer?
10
Onde está agora o teu rei, para que te salve
em
todas as tuas cidades?
e os teus
juízes, dos quais disseste:
Dá-me
rei e príncipes?
11 Dei-te um
rei na minha ira,
e
tirei-o no meu furor.
12 A
iniqüidade de Efraim está atada,
o
seu pecado está armazenado.
13 Dores de
mulher de parto lhe sobrevirão;
ele
é filho insensato;
porque
é tempo e não está no lugar
em
que deve vir à luz.
14 Eu os
remirei do poder do Seol,
e
os resgatarei da morte.
Onde
estão, ó morte, as tuas pragas?
Onde
está, ó Seol, a tua destruição?
A
compaixão está escondida de meus olhos.
15 Ainda que
ele dê fruto entre os seus irmãos,
virá
o vento oriental,
vento
do Senhor, subindo do deserto,
e
secar-se-á a sua nascente,
e
se estancará a sua fonte;
ele saqueará
o tesouro de todos os vasos desejáveis.
16 Samária
levará sobre si a sua culpa,
porque
se rebelou contra o seu Deus;
cairá
à espada;
seus
filhinhos serão despedaçados,
e
as suas mulheres grávidas serão fendidas.
O povo de Samaria carregaria sua culpa,
porque se rebelara contra o seu Deus. Eles seriam mortos à espada (“cair”) e os
seus pequeninos seriam pisados e despedaçados (“despedaçar”), suas mulheres
grávidas teriam os seus ventres rasgados (“abrir”).
Samaria era a capital e a força motriz por
trás da rebelião ou obstinação do Reino do Norte. Percebe-se no texto uma linguagem
metafórica forte para a destruição (vs. 3 “cair”, 8 “despedaçar”, 15 “abrir”)
que deu lugar à expressão fria e concreta com relação aos seus filhos e
mulheres.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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