Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 8, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação
para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A
destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo
Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados
para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a
BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou
em derrota (6.1-7.2) – já vimos; c.
Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16) – já vimos; e, d. A segunda convocação
para a derrota na guerra (8.1-14) – veremos
agora e concluiremos.
d. A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
Nos próximos 14 versículos do capítulo
oito, estaremos vendo a segunda convocação para a derrota na guerra.
A seção em que Oseias trata do julgamento
pela guerra (5.8-8.14) termina como começou (5.8-15), com um chamado para
Israel se preparar para uma guerra na qual inevitavelmente seria derrotado.
Oseias confrontou a idolatria da nação e as alianças estrangeiras.
O alarme urgente (cf. 5.8) da trombeta –
vs. 1 - advertiu que uma águia ou um inimigo voraz (cf. Dt 28.49-50; Jr 4.13;
48.40, Lm 4.19; Hb 1.8), a Assíria, estava se aproximando rapidamente para
aplicar o julgamento de Deus contra a casa do SENHOR. Conforme a BEG, tanto
pode referir-se à Terra Prometida como ao templo (9.8,15).
O motivo disso era que eles haviam
transgredido o pacto do Senhor, a sua aliança e haviam se rebelado contra a sua
lei. A rebelião contra os termos da aliança era semelhante à rebelião contra
Deus (4.6; 6.6-7; 7.13; 8.12).
O desastroso era que invocavam a Deus como
se o conhecessem – vs. 2. Em seu grito por socorro, os israelitas afirmavam
conhecer a Deus, mas suas ações não correspondiam às suas palavras (6.1-8).
A verdade era que Israel havia desprezado o
bem do Senhor – vs. 3. Termo que descreve todas as bênçãos sob a aliança de
Deus; pode, também, referir-se ao único bem verdadeiro, o próprio Deus (Am
5.14-15; Mq 6.8). A consequência triste disso seria que seriam perseguidos pelo
inimigo – vs. 3.
Em sua rebeldia, fizeram reis e príncipes,
mas não pelo Senhor. A independência de Israel com relação a Deus, na esfera
política, ficou evidente em sua recusa de consultar ao Senhor na escolha de
seus líderes. Esse fato desencadeou uma extraordinária série de conspirações e
assassinatos violentos (7.3-7; 2Rs 15.8-30).
Além disso, de escolherem os seus
governantes e príncipes sem a consulta a Deus, fizeram ainda pior com a sua
prata e o seu ouro, objetos de valor, ídolos para si, somente para serem
destruídos.
Por meio da fabricação de deuses de prata e
ouro, Israel expressou uma desafiante rejeição do que era bom (8.5; Ex 20.3-6;
34.17; Lv 19.4). Era mesmo como se o Senhor estivesse dando mais cordas ainda para
eles ainda mais se afundarem no pecado para depois não haver mais jeito mesmo,
pois o ato seguinte seria o juízo terrível de Deus, onde ao final somente iriam
saber, como diz o profeta Ezequiel, mais de 96 vezes, que saberão que o Senhor
é Deus.
A julgar pelo paralelo, o bezerro foi
originalmente manufaturado como pedestal para sustentar uma divindade; foi
estabelecido por Jeroboão I como um ídolo para representar o Senhor (1 Rs
12.26-30; cf. Ex 32) e aparece descrito aqui como o próprio objeto de adoração.
No verso 5, o Senhor pede a eles que lancem
fora o seu ídolo, pois a sua ira se acendia contra eles por causa disso. O Senhor
então expressa sua indignação lamentando do tempo perdido: até quando? Um lamento
apaixonado que expressa a dor de Deus com relação ao pecado de Israel
propositadamente justaposto a uma expressão da ira de Deus.
Embora o bezerro tenha vindo de Israel e
pelas mãos de um hábil escultor, ele não era Deus e seria partido em pedaços,
uma indicação clara de que o que aconteceria ao ídolo, aconteceria ao povo de
Deus, seu possuidor.
Eles estavam segando o vento e, portanto
haveriam de colher na justa medida. Esse dito de sabedoria enfatizou a terrível
relação de causa e efeito entre o pecado e o grande castigo (cf. 10.13; Jó 4.8;
SI 126.5-6; Pv 11.18; 22.8; GI 6.7-9).
Apesar de um dia ter sido escolhido dentre
todas as nações (Êx 19.5; Am 3.2), Israel já não possuía nada que fosse útil,
desejável ou precioso, por isso que ele era já uma coisa de que ninguém se agradava
– vs. 8.
Isso porque subiram à Assíria onde se
venderam para os seus amantes. Oseias os compara ao jumento selvagem pela sua
teimosia, pois, obstinadamente, rejeitaram ao Senhor para oferecerem seus
favores à Assíria (II Re 15:19; 17:3). Provavelmente, nos diz a BEG, essa era
uma referência à submissão do rei Oseias à Assíria em sua tentativa de manter o
poder que conseguiram por ter assassinado a Peca (cf. 7:8-12; II Re 15:19; 17:3).
O Senhor viu isso, mas iria os ajuntar e
logo começariam a se definhar sob a opressão do rei poderoso, mesmo que Efraim
tenha constituído muitos altares para ofertas pelo pecado, eles mesmos é que
seriam altares para o pecado. Ou seja, o altar era para tratar do pecado e não
para servir o pecado.
Livro de Oseias – capítulo 8:
1 Põe a trombeta à tua boca.
Ele vem como
águia contra a casa do Senhor;
porque
eles transgrediram o meu pacto,
e
se rebelaram contra a minha lei.
2 E a mim
clamam:
Deus
meu, nós, Israel, te conhecemos.
3 Israel
desprezou o bem;
o
inimigo persegui-lo-á.
4 Eles
fizeram reis, mas não por mim;
constituíram
príncipes, mas sem a minha aprovação;
da
sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si,
para
serem destruídos.
5 O teu
bezerro, ó Samária, é rejeitado;
a
minha ira se acendeu contra eles;
até
quando serão eles incapazes da inocência?
6 Pois isso
procede de Israel;
um
artífice o fez, e não é Deus.
Será
desfeito em pedaços o bezerro de Samária
7 Porquanto
semeiam o vento,
hão
de ceifar o turbilhão;
não
haverá seara,
a erva não dará farinha;
se
a der, tragá-la-ão os estrangeiros.
8 Israel foi
devorado; agora está entre as nações
como
um vaso em que ninguém tem prazer.
9 Porque
subiram à Assíria, qual asno selvagem andando sozinho;
mercou
Efraim amores.
10 Todavia,
ainda que eles merquem entre as nações,
eu
as congregarei; já começaram a ser diminuídos
por
causa da carga do rei dos príncipes.
11 Ainda que
Efraim tem multiplicado altares,
estes
se lhe tornaram altares para pecar.
12 Escrevi
para ele miríades de coisas da minha lei;
mas
isso é para ele como coisa estranha.
13 Quanto aos
sacrifícios das minhas ofertas,
eles
sacrificam carne, e a comem;
mas
o Senhor não os aceita;
agora
se lembrará da iniqüidade deles,
e
punirá os seus pecados;
eles
voltarão para o Egito.
14 Pois
Israel se esqueceu do seu Criador,
e
edificou palácios,
e
Judá multiplicou cidades fortificadas.
Mas eu
enviarei sobre as suas cidades
um
fogo que consumirá os seus castelos.
Ainda que a lei fosse inscrita em milhares
de pedaços, ainda assim, seria rejeitada, porque consideravam algo estranho. Eles
não estavam acostumados com o Senhor, mas com as práticas malignas das cidades
e nações vizinhas.
Em vão, os impenitentes israelitas
participavam dos sacrifícios regulares – Lv 7:11-18; Dt 12:7; Jr 7:21 – pois que
Deus não estava se agradando deles e os ameaçou a levá-los de volta ao Egito. Ironicamente,
o lugar de onde Deus havia chamado Israel com amor – 11:1 – era agora o local
de cativeiro e castigo – Dt 28:68; Os 9:3; 11:5.
Tudo isso porque Israel tinha se esquecido
de seu Criador, construído palácios e Judá tinha também fortificado muitas
cidades. Eles nutriam a convicção de que suas construções eram sagradas e uma
espécie de amuleto contra o mal trazendo segurança espiritual e
política-militar. No entanto, Deus enviaria fogo sobre essas cidades que
consumiria todas as suas fortalezas.
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 7, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação
para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A
destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo
Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados
para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a
BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou
em derrota (6.1-7.2) – finalizaremos
agora; c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota
(7.3-16) – veremos agora; e, d. A
segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2) - continuação.
Até o segundo versículo, deste, estaremos,
como já dissemos, vendo que o arrependimento hipócrita resultou em derrota.
Se o povo sinceramente se arrependesse, o
Senhor o perdoaria. De qualquer modo, as ações do povo revelavam o seu verdadeiro
caráter. Deus estava querendo mudar a sorte deles e promover a cura, mas o povo
não se arrependia.
üDescobrem-se
a corrupção de Efraim deixando destarte o seu mal exposto.
üDescobrem-se
também as maldades de Samaria, pois:
§Praticavam
a falsidade.
§Entravam
os ladrões nas casas.
§Bandidos
roubavam nas ruas.
Eles estavam se enganando a si mesmos com a
sua hipocrisia (GI 6.7). O falso arrependimento deles não era suficiente porque
Deus conhecia os pecados do povo. Compare com SI 51.3.
c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16)
Doravante, até o final deste capítulo
estaremos vendo a corrupção política que resultou em derrota. Oseias tratou da
corrupção política como a causa da iminente derrota na guerra.
Eles estavam sendo chamados de adúlteros e comparados
ao forno aceso pelo padeiro que somente cessava de atiçar o fogo desde que
sovou a massa até que ela toda fosse levedada.
Era essa uma metáfora que Oseias usou para
pintar um quadro vívido da malícia, infidelidade e maldade que se auto
propagavam, que infestaram a vida política de Israel durante seus últimos dias
e levaram a uma série de assassinatos violentos de seus reis (2Rs 15.8-30). O
assassinato de Peca, por Oseias (2Rs 15.30), pode ter estado por trás dessa
profecia.
Aqueles falsos sacerdotes que se aliaram
aos usurpadores do trono se aproximavam do rei e dos príncipes para os
alegrarem com suas malícias. Mas eram justamente os reis e os príncipes aqueles
que deveriam proporcionar uma liderança ética, no entanto, estavam saboreando, em
vez disso, a maldade e a traição das pessoas ao seu redor (2Rs 15.8-30).
Estavam sendo chamados de adúlteros – vs. 4
– aqueles que eram infiéis à aliança (cf. 2.4; 4.13-14; Jr 9.2; 23.10).
Além de adúlteros, na coroação ou o
aniversário real, o motivo gerava oportunidades para a bebedeira, que inflamava
a perversidade (cf. 1Rs 16.9-10; Is 28.7-10; Am 6.1-7). Eles ficavam
completamente excitados pelo vinho e essa condição destituía a casa real da
capacidade de julgar de maneira sóbria (Pv 31.4,5).
Os sacerdotes estavam tão acostumados com o
pecado e com a luxuria que eles mesmos eram os escarnecedores que se ardiam de paixões
políticas.
Mesmo no meio do tumulto em que quatro reis
foram assassinados em vinte anos (2Rs 15.8-30), nenhum dos juízes (que deveriam
dar o exemplo) clamou a Deus.
E o que faziam? Somente se misturavam com
os povos, com inconstantes alianças de Israel com o Egito, a Filístia, a Síria
e a Assíria. Foram comparados a um pão que não fora virado, uma massa colocada
sobre o carvão ou prensada nas laterais do forno quente, que devia ser virada
uma ou duas vezes para que ficasse devidamente assada.
Israel era como um inútil pão semiassado ou
queimado porque se recusou a voltar ao Senhor. Era essa uma ilustração
sarcástica para os incompetentes políticos da nação.
Nações estrangeiras estavam sugando sua
força e energia, mas não percebiam. A cinza estava se espalhando pelo seu
cabelo, mas ele nem reparava. A falta de autoconhecimento político estava
levando eles à falta do conhecimento de Deus.
A arrogância de Israel – esse orgulho inflexível
que cegou Israel e testificou contra a nação (cf. 5.5) - testificava contra
ele, mas, apesar de tudo isso, ele não se voltavam para o Senhor, para o seu
Deus, e não o buscavam. Voltar-se para o Senhor era a única esperança de Israel
(3.5; 5.4; Am 4.6-12).
Efraim, no verso 11, está sendo comparado a
uma pomba, um pássaro que tinha a fama de ter pouca inteligência e de ser
facilmente pego. Além de estar sendo enganada e não ter entendimento, chamavam
pelo Egito e iam para a Assíria. Como um pássaro confuso, Israel voava
alvoroçado, de uma nação para a outra, em busca de segurança e proteção.
Conforme a BEG, o rei Menaém se sujeitou à
Assíria e pagou um pesado tributo (2Rs 15.19-20), mas o rei Peca era contra os
assírios, e formou uma coalizão com a Síria (2Rs 15.29,37; 16.5), e o rei
Oseias trocou a aliança com a Assíria pela aliança com o Egito (2Rs 17.3-4).
De nada iria adiantar coisa alguma que
fizessem em aliança, pois que a rede do julgamento do Senhor iria cair sobre o
inconstante Israel.
Ai deles é a exclamação do vs. 13 que
introduz uma terrível ameaça. O ai era devido porque fugiram do Senhor, porque
se rebelaram contra o Deus de Israel e assim a destruição viria sobre eles.
Deus mesmo diz que ele os remiria. A
complexidade do relacionamento de Deus com Israel é expressa. Diz-nos a BEG que
Ele ansiava por redimir o seu povo assim como Jesus ansiava pela redenção de
Jerusalém (Mt 23.37), mas a redenção não aconteceria por causa da contínua
rebelião do povo.
O termo também usado na lei mercantil, “remir”
que significa "comprar de volta" (Lv 27.27-31), foi usado para
referir-se à libertação de Israel da escravidão (13.14; Ex 15.13; Dt 7.8; 9.26;
Os 13.14).
No entanto, não valorizavam a remissão, antes
falavam mentiras contra o Senhor. Talvez (BEG) uma referência às falsas ideias
sobre o Senhor incorporadas à religião israelita ou a palavras não sinceras de
arrependimento (6.1-3) ou, de modo mais genérico, às promessas quebradas da
aliança.
Ao invés de clamarem a Deus por salvação
imitavam outros povos com suas rezas e mandingas, clamando, dando uivos e se
ajuntando licenciosamente.
O grito de socorro dado por Israel, usando essas
práticas adotadas na adoração cananeia (clamar, uivar, reunir-se ou, talvez,
automutilar-se - cf. Lv 19.28; Dt 14.1; 1 Rs 18.26-29) não seria levado em
conta diante da aliança quebrada.
Não era de coração que estariam voltando. O
povo fingia o arrependimento, mas essa dissimulação não era aceitável (6.1-4).
O que adianta voltar, mas não para Deus? Em
vez de se voltar para Deus (7.14), os israelitas se voltaram para as nações
estrangeiras e para as práticas religiosas cananeias.
Livro de Oseias – capítulo 7:
1 ao querer eu sarar a Israel,
descobrem-se
a corrupção de Efraim
e
as maldades de Samária;
porque
praticam a falsidade;
o ladrão
entra, e a horda dos salteadores despoja por fora.
2 Não
consideram no seu coração que eu me lembro
de
toda a sua maldade;
agora,
pois, os cercam as suas obras;
diante
da minha face estão.
3 Com a sua
malícia alegram ao rei,
e
com as suas mentiras aos príncipes.
4 Todos eles
são adúlteros;
são
semelhantes ao forno aceso,
cujo
padeiro cessa de atear o fogo desde
o
amassar a massa até que seja levedada.
5 E no dia do
nosso rei os príncipes se tornaram doentes
com
a excitação do vinho; o rei estendeu a sua mão
com
escarnecedores.
6 Pois têm
preparado o coração como um forno,
enquanto
estão de espreita;
toda
a noite dorme a sua ira;
pela
manhã arde como fogo de chama.
7 Eles estão
todos quentes como um forno,
e
devoram os seus juízes;
todos
os seus reis caem;
ninguém
entre eles há que me invoque.
8 Quanto a
Efraim, ele se mistura com os povos;
Efraim
é um bolo que não foi virado.
9
Estrangeiros lhe devoram a força,
e
ele não o sabe;
também as cãs se espalham sobre ele,
e
não o sabe.
10 E a
soberba de Israel testifica contra ele;
todavia,
não voltam para o Senhor seu Deus,
nem
o buscam em tudo isso.
11 Pois
Efraim é como uma pomba, insensata, sem entendimento;
invocam
o Egito, vão para a Assíria.
12 Quando
forem, sobre eles estenderei a minha rede,
e como aves do céu os farei descer;
castigá-los-ei,
conforme o que eles têm ouvido
na
sua congregação.
13 Ai deles!
porque se erraram de mim;
destruição
sobre eles!
porque
se rebelaram contra mim.
Quisera eu
remi-los, mas falam mentiras contra mim.
14 Não clamam
a mim de coração,
mas
uivam nas suas camas;
para
o trigo e para o mosto se ajuntam,
mas
contra mim se rebelam.
15 Contudo
fui eu que os ensinei,
e
lhes fortaleci os braços;
entretanto
maquinam o mal contra mim.
16 Eles
voltam, mas não para o Altíssimo.
Fizeram-se
como um arco enganador;
caem
à espada os seus príncipes,
por
causa da insolência da sua língua;
este
será o seu escárnio na terra do Egito.
Eles então, por não se voltarem a Deus, se
fizeram como um arco enganoso ou defeituoso - compare com SI 78.57. Eles se
fizeram inúteis e como líderes seriam mortos à espada, justamente por causa
dessa insolência na língua deles na qual se dirigiam contra Deus e contra os
seus profetas (6.5). O tema principal em toda essa seção é a derrota na guerra.
Os egípcios logo escarneceriam diante da
queda daqueles que solicitaram a sua ajuda apenas de modo intermitente.
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 6, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação
para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A
destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo
Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados
para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a
BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou
em derrota (6.1-7.2) – começaremos agora;
c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16); e, d.
A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2).
Até o segundo versículo, do próximo
capítulo, estaremos vendo o arrependimento hipócrita resultou em derrota.
Esse é o arrependimento hipócrita que
resulta em derrota. A menção do arrependimento como a solução para o julgamento
divino levantou a questão do arrependimento hipócrita de Israel.
Esse cântico de arrependimento usa as
imagens de 5.11-14, mas parece superficial em sua entonação (cf. 6.4). O Senhor
respondeu a essa hipocrisia com um julgamento severo.
Enquanto os capítulos 4 e 5 começam com
“ouvi”, este começa com um “vinde e tornemo-nos para o Senhor”. Talvez os
sacerdotes tenham sido citados aqui como Israel o foi em 2.7.
O chamado para o retorno ao Senhor é uma
das principais mensagens do livro (2.7; 3.5; 5.4,15). Os verdadeiros
arrependimento e conversão deveriam trazer a reconciliação que pode incluir a
cura e o cuidado das feridas (cf. Dt 32.39). As palavras que se seguem,
todavia, indicam que esse arrependimento não foi genuíno.
O versículo de fato é muito bonito:
·Vinde,
e tornemos para o Senhor,
üporque
ele despedaçou
§e
nos sarará;
üfez
a ferida,
§e
no-la atará.
Ele é o Senhor que em sua soberania permite
que sejamos despedaçados para correção e depois o mesmo que nos sarará; o Deus
que faz em nós a ferida e o mesmo que nos atá para curar.
A quem devemos temer então? Ao diabo e aos
seus anjos? Aos poderes das trevas e as forças ocultas?
Não! Devemos temer somente a Deus e dar-lhe
glórias – Ap. 14.7 -, mas devemos ser sábios que nossa luta não é contra o
sangue e a carne, mas contra esses principados nas regiões celestes – Ef
6.11-13.
üA
quem devemos temer? Somente a Deus!
üContra
quem devemos lutar? Contra principados e potestades, contra os dominadores
deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas
regiões celestiais.
A hipocrisia fica evidente pelo fato de o
povo ainda não reconhecer quão sérias haviam sido suas ofensas.
No entanto, Deus prometeu que nos
ressuscitaria e nos levantaria novamente. Uma clara alusão ao ressuscitamento
do Messias e de todos os que nele têm essa vívida esperança.
A BEG nos diz que a palavra hebraica
significa "levantar"; uma forma parecida é traduzida por
"despertai", em Is 26.19. Paulo, possivelmente, fez alusão a esse
versículo em 1 Co 15.4, ao falar da ressurreição de Cristo Jesus.
Após isso é que poderíamos viver diante
dele para sempre. (Veja o SI 16.11.) Uma esperança central de restauração era
que a presença de Deus seria restaurada entre o seu povo (Jr 24.7; Ez 37.27).
É somente depois desse ressuscitamento e
desse levantar que o desafio é feito para conhecermos e prosseguirmos em
conhecer ao Senhor.
Esse segundo chamado (cf. 6.1) para
conhecer e aceitar a aliança do Senhor com o coração e a vida é o centro da
mensagem de Oseias (2.8,20; 4.1,6; 5.4; 6.6).
Na versão NVI, o mesmo versículo é
traduzido da seguinte forma: Conheçamos o
Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele
aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera
que regam a terra.
Oséias emprega metáforas que comparam a
confiabilidade de Deus aos recorrentes fenômenos da natureza. Ou seja, a
certeza do nascer do sol para os vivos e a vinda das chuvas de primavera que
regam a terra são eventos que estão intimamente atrelados à vida, dando-lhe
suporte e a sustentando.
O verbo conhecer em Oséias se refere ao
verbo hebraico yadha que, conforme à época não tinham o mesmo significado que
conhecer, ginoskw, no grego. O conhecer da filosofia grega é mais abstrato,
enquanto que o conhecer do hebraico é mais prático e experimental.[1]
Até ao verso 11, Deus responderá ao
arrependimento hipócrita que estava acontecendo em Israel.
No verso quatro, Deus lamentou a qualidade
transitória da aliança de amor de Israel e Judá, fazendo um contraste entre
esse amor e a sua própria fidelidade (vs. 3) usando mais ilustrações da
natureza. Enquanto Deus era o sol e a chuva serôdia, aqui eles eram a nuvem da
manhã e o orvalho que logo passa, ou seja, não tinham raízes em si mesmos.
No verso cinco, Deus responde a pergunta do
vs. 4. Deus usava os profetas para transmitir mensagens de advertência e
julgamento. Como a luz do sol que a cada manhã dissipa as trevas, a justiça de
Deus prossegue consistente e inevitavelmente (cf. SI 37.6), expondo os pecados
dos que quebraram a aliança.
Deus estava requerendo deles conversão e
arrependimento verdadeiros e não rituais e cerimonias ocas e vazias que serviam
apenas para ilusão e engano do que para mostrar piedade e temor a Deus. A
fidelidade à aliança - lealdade não rituais mecânicos -, era requerida do povo
da aliança (veja SI 51; Mq 6.8).
Dos versos de 7 ao 10, Deus demonstrou a
hipocrisia da nação ao apresentar rapidamente a lista de seus pecados. Esses
versículos apresentam vários locais considerados de má fama nos dias de Oseias.
Embora não saibamos os detalhes, o registro serve para incriminar toda a nação
(vs. 10).
A BEG nos diz sobre o uso de Adão como
referencia da transgressão que a alusão não está clara. Três possíveis
referências são propostas:
(1)Adão
como sendo o primeiro homem (Gn 3).
(2)Ou
como sendo um local, a antiga cidade de Adã, próxima ao rio Jordão (Js 3.16),
junto a Gileade, no vs. 8 e Siquém, no vs. 9. Essa é a tradução proposta pela
NVI.
Com
relação à Gileade, região montanhosa ao norte da Transjordânia, mas a palavra
pode referir-se a uma cidade chamada Adã. Ela era considerada a cidade dos que
praticavam a injustiça. Termo usado frequentemente nos Salmos para descrever os
inimigos dos justos e do Senhor. Outra característica dela era o fato de estar
manchada de sangue, talvez uma alusão aos cinquenta homens de Gileade
envolvidos no assassinato de Pecaías (2Rs 15.25).
(3)Ou
ainda, como sendo a humanidade. A doutrina da aliança de Deus com Adão
baseia-se em fatores diferentes da interpretação dessa passagem: os elementos
de uma aliança estavam presentes no relacionamento de Deus com Adão (Gn 1-3).
Independente delas, o fato é que eles haviam
se portado aleivosamente contra o Senhor, ou seja, quebraram a aliança e foram
infiéis.
Os sacerdotes que teriam a função de serem
os representantes do povo diante de Deus ao intercederem por eles, aqui, no
verso 9, são citados como hordas de salteadores que espreitam alguém na estrada
de Siquém (importante centro religioso e político - Dt 27.4,12-14; Js 8.30; 20.7;
24.1,25; Jz 9; 1Rs 12.1,25) e ainda como aqueles que estariam cometendo outros
crimes vergonhosos.
Livro de Oseias – capítulo 6:
1 Vinde,
e tornemos
para o Senhor,
porque
ele despedaçou e nos sarará;
fez
a ferida, e no-la atará.
2 Depois de
dois dias nos ressuscitará:
ao
terceiro dia nos levantará,
e
viveremos diante dele.
3 Conheçamos,
e prossigamos em conhecer ao Senhor;
a
sua saída, como a alva, é certa;
e
ele a nós virá como a chuva,
como
a chuva serôdia que rega a terra.
4 Que te
farei, ó Efraim? que te farei, ó Judá?
porque
o vosso amor é como a nuvem da manhã,
e
como o orvalho que cedo passa.
5 Por isso os
abati pelos profetas;
pela
palavra da minha boca os matei;
e
os meus juízos a teu respeito sairão como a luz.
6 Pois
misericórdia quero,
e
não sacrifícios;
e o
conhecimento de Deus,
mais
do que os holocaustos.
7 Eles,
porém, como Adão, transgrediram o pacto;
nisso
eles se portaram aleivosamente contra mim.
8 Gileade é
cidade de malfeitores, está manchada de sangue.
9 Como hordas
de salteadores que espreitam alguém,
assim
é a companhia dos sacerdotes
que
matam no caminho para Siquém;
sim,
cometem a vilania.
10 Vejo uma
coisa horrenda na casa de Israel;
ali
está a prostituição de Efraim;
Israel
está contaminado.
11 Também
para ti, ó Judá,
está
determinada uma ceifa.
Ao
querer eu trazer do cativeiro o meu povo.
A BEG nos diz que a alusão não está clara,
mas pode ser uma referência ao papel dos sacerdotes numa conspiração contra a
família real (vs. 8).
A coisa horrenda que ele via - compare com
Jr 5.30-31, 18.13; 23.14 – era a prostituição de Efraim na casa de Israel.
Talvez uma figura para indicar a sua infidelidade religiosa ou política.
Dos versos 11, deste ao primeiro verso do próximo
capítulo, veremos uma metáfora para o julgamento de Deus (Jr 51.33; JI 3.13)
onde ocorrerá a mudança de sorte para fins de cura do povo.
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 5, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexões, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7).
Segunda ação.
Como já dissemos, Oseias desenvolve uma
ação legal contra os sacerdotes, o povo e os príncipes, demonstrando que esses
mereciam o julgamento de Deus. Os líderes da adoração, a nobreza e o povo foram
acusados de prostituição religiosa.
O começo deste capítulo é com a mesma
palavra do capítulo anterior. Ele começa dizendo para ouvir o que haveria de
proclamar.
Os acusados foram intimados a ouvir de que
se tratava o processo (veja 4.1). Todos deveriam escutar, sacerdotes, a casa de
Israel, a casa do rei. Os sacerdotes eram os responsáveis pelo ensino da lei
(4.6) e a casa real pela administração da justiça.
A Casa de Israel eram os israelitas. Contra
eles se dirigiu o juízo de Deus e eles se tornaram um laço para Mispa e uma
rede estendida sobre o Tabor, ou seja, o povo caiu em pecado quando tolamente
seguiu a liderança pecaminosa dos sacerdotes e da realeza.
Essa Mispa, provavelmente, Mispa em
Benjamim, conforme BEG, era local do circuito de julgamento de Samuel (1 Sm
7.5-6; 10.17-24), não Mispa em Gileade (Gn 31.43-55).
Já essa Tabor, era uma famosa montanha no
extremo sul do vale de Jezreel (Dt 33.19; Jz 4.6; SI 68).
Esse e outros locais, no Reino do Norte,
eram armadilhas para o culto de Baal.
O verso 2 fala que os revoltosos se aprofundaram
na corrupção; no entanto, o Senhor iria castigar a todos eles. Quem são esses
revoltosos se não aqueles que rejeitaram ao Senhor e negaram o conhecimento do
Santo para seguirem seus próprios caminhos malignos?
O caminho de quem rejeita o Senhor não é
nada bom, como vimos no capítulo anterior e essa advertência da corrupção
parece um upgrade desse mal caminho, dessa péssima escolha dos homens.
Nosso Brasil, hodiernamente, está
enfrentando uma onda terrível de corrupção, basta ver o atual escândalo da
Petrobrás e o montante de dinheiro envolvido em falcatruas. Não seria isso, já
consequência dessa rejeição que agora se aprofundam na corrupção? A palavra de Deus
é clara que, em seguida, Deus os castigaria.
Deus diz que conhecia Efraim, ou seja,
Israel (cf. 4.17; 5.5; 11.8) e indaga porque tinham se escondido para caírem na
prostituição e se contaminado?
As ações deles não permitiam que eles
mesmos voltassem para Deus por causa do espírito de prostituição, ou seja, por
causa da participação deles nos rituais cananeus de fertilidade.
Aprisionados pelos seus atos pecaminosos
(4.10; 7.2; 9.15; 12.2) e possuídos por um espírito de prostituição (cf. 4.12),
os adeptos não reconheciam o Senhor e nem o conheciam (4.1,6) e não poderiam
voltar ou se arrepender (cf. Jr 13.23; A BEG, aqui, recomenda a leitura e
reflexão de seu texto, um artigo teológico chamado “Chamado efetivo e
conversão", em At 16).
No processo que o Senhor instaurou contra o
seu povo (4.1), seus próprios crimes testemunhavam contra eles (Dt 1.43; 1 Sm
12.3; 2Sm 1.16; Ez 16.56-57). Agora era a vez da soberba que os acusava – vs.
5.
No verso 6, o absurdo da hipocrisia, pois
que com seus animais levando-os ao sacrifício, pensavam em buscar ao Senhor do
seu jeito e do seu modo e não como Deus queria que envolvia arrependimento e
conversão. O Senhor sentenciou Israel à futilidade na adoração. Ele não seria
encontrado por meio dos sacrifícios do povo (4.13; 5.15; 1Sm 15.7-35; 2Rs 3.27,
Is 1.11-17; Am 5.4-5), e a adoração corrupta do povo faria Deus rejeitá-lo.
Eles estava sendo acusados de aleivosamente
estarem se havendo contra o Senhor gerando destarte filhos bastardos ou
estranhos. Como uma esposa e mãe infiel, Israel deu à luz bastardos religiosos
(4.6,13-14), da mesma maneira que se seus adultérios e prostituições literais,
sempre no contexto da adoração a Baal, resultaram em gravidezes e crianças
bastardas.
As festas por meio das quais o povo pensava
que o Senhor mandaria bênçãos para os ventres e as colheitas, na realidade lhes
seriam por julgamento (cf. Is 1.13; Jr 2.27) trazendo-lhes o juízo e não a
colheita abundante.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14)
A partir do verso 8 até o capítulo 8.14,
estaremos vendo a iminente derrota na guerra.
Oseias chamou a nação para se preparar para
o ataque que sofreriam pelo instrumento do julgamento de Deus. Oseias tinha em
mente muitos ataques feitos pela Assíria durante o período de julgamento
(734-722 a.C.), incluindo algumas incursões por parte dos judaítas.
A destruição de Samaria pela Assíria, em
722, cumpriu essas palavras no Antigo Testamento. As ordens para tocar a
trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados para a guerra que organizam esses
capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos dividem-se em quatro
partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – veremos agora; b. A hipocrisia que
resultou em derrota (6.1-7.2); c. Os líderes corruptos e as alianças que
resultaram em derrota (7.3-16); e, d. A segunda convocação para a derrota na
guerra (8.1-14).
a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15).
Até o verso 15, encerrando este capítulo
estaremos vendo essa convocação para a derrota na guerra, a primeira convocação
para a derrota na guerra. Oseias chamou os israelitas para se prepararem para
uma guerra que eles já sabiam que iriam perder porque estavam sob o julgamento
de Deus.
Que triste essa situação de derrota por
causa das nossas péssimas escolhas que justificam os julgamentos e juízos de
Deus. Tudo poderia ter sido diferente, mas agora era essa a consequência amarga
de seus atos antecedentes tresloucados. Assim, também somos nós, em nossas
idiossincrasias, teimando em rejeitar o conhecimento de Deus e se aprofundando
depois na corrupção.
Esses três imperativos foram o grito do
atalaia para alertar sobre a aproximação do inimigo.
·Tocai.
·Levantai.
·Cuidado.
Em Gibeá, em Ramá e em Bete-Áven. Conforme
a BEG, essas cidades benjamitas eram dispostas em linha reta em direção ao
norte a partir de Jerusalém: Gibeá, 5 km; Ramá, 8 km; Bete-Áven (ou seja,
Betel), 17 km. Por várias vezes, essas cidades foram reclamadas por Israel ou
por Judá (1 Rs 15.16-22; 2Rs 16.5).
Pelo seu profeta, Deus diz que Efraim seria
arrasado no dia do castigo e entre as tribos de Israel ele proclamava o que
aconteceria.
Os líderes de Judá eram os que estavam
mudando os marcos dos limites e por isso, sobre eles derramaria o Senhor a sua
ira como uma inundação. A precipitada anexação do território benjamita por Judá
(1Rs 15.16-22) provocou a ira de Deus; os limites territoriais eram sagrados
para o Senhor, que era o dono da terra e esperava que ela fosse dividida como
ele havia ordenado (Dt 19.14; 27.17; Já 24.2; Pv 22.28; 23.10). Veja CB 36.
A escolha de Efraim foi andar após a sua
vaidade – vs. 11 – por isso que ele estava sendo oprimido e quebrantado no
juízo de Deus. Para eles, o Senhor então seria como a traça e para com Judá
seria Deus como a podridão, ou seja, seriam coisas destruidoras das coisas de
valor.
Assim que Efraim e Judá viram a sua própria
desgraça e ruína ao invés de se voltarem para o seu Senhor que tinha e tem
poder contra essas coisas correram para a Assíria. Em vez de se voltar para o
Senhor para que ele os curasse dos sofrimentos infligidos pelo inimigo (cf. Is
1.5-6; Jr 30.12-13), os israelitas se voltaram para a Assíria, em busca da
ajuda do grande rei, mas quem disse que eles tinham condições de curá-los? Eles
não poderiam sarar nem Israel, nem Judá de seus tumores. Registros assírios
falam do tributo pago por Menaém e Oseias; compare com 2Rs 15.16-22; 17.3.
Livro de Oseias – capítulo 5:
1 Ouvi isto,
ó sacerdotes,
e escutai,
ó casa de
Israel,
e dai ouvidos,
ó casa do
rei;
porque
contra vós se dirige este juízo;
pois
que vos tornastes um laço para Mizpá,
e
uma rede estendida sobre o Tabor.
2 Os
revoltosos se aprofundaram na corrupção;
mas
eu os castigarei a todos eles.
3 Eu conheço
a Efraim, e Israel não se me esconde;
porque
agora te tens prostituído, ó Efraim,
e
Israel se contaminou.
4 As suas
ações não lhes permitem voltar para o seu Deus;
porque
o espírito da prostituição está no meio deles,
e
não conhecem ao Senhor.
5 A soberba
de Israel testifica contra eles;
e
Israel e Efraim cairão pela sua iniqüidade,
e
Judá cairá juntamente com eles.
6 Eles irão
com os seus rebanhos e com as suas manadas,
para
buscarem ao Senhor,
mas
não o acharão;
ele
se retirou deles.
7
Aleivosamente se houveram contra o Senhor,
porque
geraram filhos estranhos;
agora
a festa da lua nova os consumirá,
juntamente
com as suas porções.
8 Tocai a
corneta em Gibeá, a trombeta em Ramá;
soltai
o alarma em Bete-Áven;
após
ti, ó Benjamim.
9 Efraim será
para assolação no dia do castigo:
entre
as tribos de Israel declaro o que é certo.
10 Os
príncipes de Judá são como os que removem os marcos;
derramarei,
pois, o meu furor sobre eles como água.
11 Efraim
está oprimido e quebrantado no juízo,
porque
foi do seu agrado andar após a vaidade.
12 Portanto
para Efraim serei como a traça
e para
a casa de Judá como a podridão.
13 Quando
Efraim viu a sua enfermidade,
e
Judá a sua chaga,
recorreu
Efraim à Assíria e enviou ao rei Jarebe;
mas
ele não pode curar-vos,
nem
sarar a vossa chaga.
14 Pois para
Efraim serei como um leão,
e
como um leão novo para a casa de Judá;
eu,
sim eu despedaçarei,
e
ir-me-ei embora;
arrebatarei,
e não haverá quem livre.
15 Irei, e
voltarei para o meu lugar,
até
que se reconheçam culpados
e
busquem a minha face;
estando
eles aflitos,
ansiosamente
me buscarão.
Por conta disso o Senhor seria contra eles
como um leão. Mesmo com a ajuda assíria, Israel era uma presa indefesa diante
do leão poderoso e faminto, o Senhor (cf. 13.7; Am 1.2; 3.8).
A consequência do descaso seria o abando do
próprio Senhor por eles, pois que iria e voltaria ao seu lugar – vs. 15 - até
que eles se reconhecessem culpados.
Deus, em ira, recolher-se-ia em seu
santuário celestial (contraste com Dt 33.2; Jz 5.4; Am 1.2; cf. SI 46.4) até
que o seu povo verdadeiramente se arrependesse (3.5).
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