quarta-feira, 3 de junho de 2015
quarta-feira, junho 03, 2015
Jamais Desista
Oseias 5:1-15 - AS NOSSAS PÉSSIMAS ESCOLHAS JUSTIFICAM OS JULGAMENTOS SEVEROS DE DEUS.
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 5, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexões, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7).
Segunda ação.
Como já dissemos, Oseias desenvolve uma
ação legal contra os sacerdotes, o povo e os príncipes, demonstrando que esses
mereciam o julgamento de Deus. Os líderes da adoração, a nobreza e o povo foram
acusados de prostituição religiosa.
O começo deste capítulo é com a mesma
palavra do capítulo anterior. Ele começa dizendo para ouvir o que haveria de
proclamar.
Os acusados foram intimados a ouvir de que
se tratava o processo (veja 4.1). Todos deveriam escutar, sacerdotes, a casa de
Israel, a casa do rei. Os sacerdotes eram os responsáveis pelo ensino da lei
(4.6) e a casa real pela administração da justiça.
A Casa de Israel eram os israelitas. Contra
eles se dirigiu o juízo de Deus e eles se tornaram um laço para Mispa e uma
rede estendida sobre o Tabor, ou seja, o povo caiu em pecado quando tolamente
seguiu a liderança pecaminosa dos sacerdotes e da realeza.
Essa Mispa, provavelmente, Mispa em
Benjamim, conforme BEG, era local do circuito de julgamento de Samuel (1 Sm
7.5-6; 10.17-24), não Mispa em Gileade (Gn 31.43-55).
Já essa Tabor, era uma famosa montanha no
extremo sul do vale de Jezreel (Dt 33.19; Jz 4.6; SI 68).
Esse e outros locais, no Reino do Norte,
eram armadilhas para o culto de Baal.
O verso 2 fala que os revoltosos se aprofundaram
na corrupção; no entanto, o Senhor iria castigar a todos eles. Quem são esses
revoltosos se não aqueles que rejeitaram ao Senhor e negaram o conhecimento do
Santo para seguirem seus próprios caminhos malignos?
O caminho de quem rejeita o Senhor não é
nada bom, como vimos no capítulo anterior e essa advertência da corrupção
parece um upgrade desse mal caminho, dessa péssima escolha dos homens.
Nosso Brasil, hodiernamente, está
enfrentando uma onda terrível de corrupção, basta ver o atual escândalo da
Petrobrás e o montante de dinheiro envolvido em falcatruas. Não seria isso, já
consequência dessa rejeição que agora se aprofundam na corrupção? A palavra de Deus
é clara que, em seguida, Deus os castigaria.
Deus diz que conhecia Efraim, ou seja,
Israel (cf. 4.17; 5.5; 11.8) e indaga porque tinham se escondido para caírem na
prostituição e se contaminado?
As ações deles não permitiam que eles
mesmos voltassem para Deus por causa do espírito de prostituição, ou seja, por
causa da participação deles nos rituais cananeus de fertilidade.
Aprisionados pelos seus atos pecaminosos
(4.10; 7.2; 9.15; 12.2) e possuídos por um espírito de prostituição (cf. 4.12),
os adeptos não reconheciam o Senhor e nem o conheciam (4.1,6) e não poderiam
voltar ou se arrepender (cf. Jr 13.23; A BEG, aqui, recomenda a leitura e
reflexão de seu texto, um artigo teológico chamado “Chamado efetivo e
conversão", em At 16).
No processo que o Senhor instaurou contra o
seu povo (4.1), seus próprios crimes testemunhavam contra eles (Dt 1.43; 1 Sm
12.3; 2Sm 1.16; Ez 16.56-57). Agora era a vez da soberba que os acusava – vs.
5.
No verso 6, o absurdo da hipocrisia, pois
que com seus animais levando-os ao sacrifício, pensavam em buscar ao Senhor do
seu jeito e do seu modo e não como Deus queria que envolvia arrependimento e
conversão. O Senhor sentenciou Israel à futilidade na adoração. Ele não seria
encontrado por meio dos sacrifícios do povo (4.13; 5.15; 1Sm 15.7-35; 2Rs 3.27,
Is 1.11-17; Am 5.4-5), e a adoração corrupta do povo faria Deus rejeitá-lo.
Eles estava sendo acusados de aleivosamente
estarem se havendo contra o Senhor gerando destarte filhos bastardos ou
estranhos. Como uma esposa e mãe infiel, Israel deu à luz bastardos religiosos
(4.6,13-14), da mesma maneira que se seus adultérios e prostituições literais,
sempre no contexto da adoração a Baal, resultaram em gravidezes e crianças
bastardas.
As festas por meio das quais o povo pensava
que o Senhor mandaria bênçãos para os ventres e as colheitas, na realidade lhes
seriam por julgamento (cf. Is 1.13; Jr 2.27) trazendo-lhes o juízo e não a
colheita abundante.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14)
A partir do verso 8 até o capítulo 8.14,
estaremos vendo a iminente derrota na guerra.
Oseias chamou a nação para se preparar para
o ataque que sofreriam pelo instrumento do julgamento de Deus. Oseias tinha em
mente muitos ataques feitos pela Assíria durante o período de julgamento
(734-722 a.C.), incluindo algumas incursões por parte dos judaítas.
A destruição de Samaria pela Assíria, em
722, cumpriu essas palavras no Antigo Testamento. As ordens para tocar a
trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados para a guerra que organizam esses
capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos dividem-se em quatro
partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – veremos agora; b. A hipocrisia que
resultou em derrota (6.1-7.2); c. Os líderes corruptos e as alianças que
resultaram em derrota (7.3-16); e, d. A segunda convocação para a derrota na
guerra (8.1-14).
a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15).
Até o verso 15, encerrando este capítulo
estaremos vendo essa convocação para a derrota na guerra, a primeira convocação
para a derrota na guerra. Oseias chamou os israelitas para se prepararem para
uma guerra que eles já sabiam que iriam perder porque estavam sob o julgamento
de Deus.
Que triste essa situação de derrota por
causa das nossas péssimas escolhas que justificam os julgamentos e juízos de
Deus. Tudo poderia ter sido diferente, mas agora era essa a consequência amarga
de seus atos antecedentes tresloucados. Assim, também somos nós, em nossas
idiossincrasias, teimando em rejeitar o conhecimento de Deus e se aprofundando
depois na corrupção.
Esses três imperativos foram o grito do
atalaia para alertar sobre a aproximação do inimigo.
·
Tocai.
·
Levantai.
·
Cuidado.
Em Gibeá, em Ramá e em Bete-Áven. Conforme
a BEG, essas cidades benjamitas eram dispostas em linha reta em direção ao
norte a partir de Jerusalém: Gibeá, 5 km; Ramá, 8 km; Bete-Áven (ou seja,
Betel), 17 km. Por várias vezes, essas cidades foram reclamadas por Israel ou
por Judá (1 Rs 15.16-22; 2Rs 16.5).
Pelo seu profeta, Deus diz que Efraim seria
arrasado no dia do castigo e entre as tribos de Israel ele proclamava o que
aconteceria.
Os líderes de Judá eram os que estavam
mudando os marcos dos limites e por isso, sobre eles derramaria o Senhor a sua
ira como uma inundação. A precipitada anexação do território benjamita por Judá
(1Rs 15.16-22) provocou a ira de Deus; os limites territoriais eram sagrados
para o Senhor, que era o dono da terra e esperava que ela fosse dividida como
ele havia ordenado (Dt 19.14; 27.17; Já 24.2; Pv 22.28; 23.10). Veja CB 36.
A escolha de Efraim foi andar após a sua
vaidade – vs. 11 – por isso que ele estava sendo oprimido e quebrantado no
juízo de Deus. Para eles, o Senhor então seria como a traça e para com Judá
seria Deus como a podridão, ou seja, seriam coisas destruidoras das coisas de
valor.
Assim que Efraim e Judá viram a sua própria
desgraça e ruína ao invés de se voltarem para o seu Senhor que tinha e tem
poder contra essas coisas correram para a Assíria. Em vez de se voltar para o
Senhor para que ele os curasse dos sofrimentos infligidos pelo inimigo (cf. Is
1.5-6; Jr 30.12-13), os israelitas se voltaram para a Assíria, em busca da
ajuda do grande rei, mas quem disse que eles tinham condições de curá-los? Eles
não poderiam sarar nem Israel, nem Judá de seus tumores. Registros assírios
falam do tributo pago por Menaém e Oseias; compare com 2Rs 15.16-22; 17.3.
1 Ouvi isto,
ó sacerdotes,
e escutai,
ó casa de
Israel,
e dai ouvidos,
ó casa do
rei;
porque
contra vós se dirige este juízo;
pois
que vos tornastes um laço para Mizpá,
e
uma rede estendida sobre o Tabor.
2 Os
revoltosos se aprofundaram na corrupção;
mas
eu os castigarei a todos eles.
3 Eu conheço
a Efraim, e Israel não se me esconde;
porque
agora te tens prostituído, ó Efraim,
e
Israel se contaminou.
4 As suas
ações não lhes permitem voltar para o seu Deus;
porque
o espírito da prostituição está no meio deles,
e
não conhecem ao Senhor.
5 A soberba
de Israel testifica contra eles;
e
Israel e Efraim cairão pela sua iniqüidade,
e
Judá cairá juntamente com eles.
6 Eles irão
com os seus rebanhos e com as suas manadas,
para
buscarem ao Senhor,
mas
não o acharão;
ele
se retirou deles.
7
Aleivosamente se houveram contra o Senhor,
porque
geraram filhos estranhos;
agora
a festa da lua nova os consumirá,
juntamente
com as suas porções.
8 Tocai a
corneta em Gibeá, a trombeta em Ramá;
soltai
o alarma em Bete-Áven;
após
ti, ó Benjamim.
9 Efraim será
para assolação no dia do castigo:
entre
as tribos de Israel declaro o que é certo.
10 Os
príncipes de Judá são como os que removem os marcos;
derramarei,
pois, o meu furor sobre eles como água.
11 Efraim
está oprimido e quebrantado no juízo,
porque
foi do seu agrado andar após a vaidade.
12 Portanto
para Efraim serei como a traça
e para
a casa de Judá como a podridão.
13 Quando
Efraim viu a sua enfermidade,
e
Judá a sua chaga,
recorreu
Efraim à Assíria e enviou ao rei Jarebe;
mas
ele não pode curar-vos,
nem
sarar a vossa chaga.
14 Pois para
Efraim serei como um leão,
e
como um leão novo para a casa de Judá;
eu,
sim eu despedaçarei,
e
ir-me-ei embora;
arrebatarei,
e não haverá quem livre.
15 Irei, e
voltarei para o meu lugar,
até
que se reconheçam culpados
e
busquem a minha face;
estando
eles aflitos,
ansiosamente
me buscarão.
Por conta disso o Senhor seria contra eles
como um leão. Mesmo com a ajuda assíria, Israel era uma presa indefesa diante
do leão poderoso e faminto, o Senhor (cf. 13.7; Am 1.2; 3.8).
A consequência do descaso seria o abando do
próprio Senhor por eles, pois que iria e voltaria ao seu lugar – vs. 15 - até
que eles se reconhecessem culpados.
Deus, em ira, recolher-se-ia em seu
santuário celestial (contraste com Dt 33.2; Jz 5.4; Am 1.2; cf. SI 46.4) até
que o seu povo verdadeiramente se arrependesse (3.5).
...
terça-feira, 2 de junho de 2015
terça-feira, junho 02, 2015
Jamais Desista
Oseias 4:1-19 - PERIGO! PERIGO! PERIGO! NÃO REJEITE O CONHECIMENTO DE DEUS!
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 4 de Oseias. Começaremos a parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Parte III. A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9)
Veremos doravante, conforme a BEG, até ao
final do livro de Oseias, que as violações da aliança com Deus, cometidas por
Israel levariam à derrota, exílio e profundo lamento.
Israel afastou-se de Deus apesar de suas
maravilhosas bênçãos. Essa rebelião resultaria num severo julgamento, mas,
mediante o arrependimento, grandes bênçãos seriam restituídas após o exílio.
Para que Israel pudesse receber as bênçãos de Deus, era necessário o arrependimento.
Veremos até o final deste livro a mensagem
profética de Oseias:
·
Ele
declarou explicitamente a mensagem ilustrada em sua experiência profética
(1.2-3.5).
·
Ele
declarou as transgressões pelas quais Deus puniria o Reino do Norte.
·
Ele
assegurou, no entanto, ao povo que, a seu tempo, Deus concederia aos seus
filhos arrependimento e reconciliação.
Esses capítulos dividem-se em três seções:
A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9) – onde veremos a ação judicial, a
iminente destruição da guerra e o consequente lamento; B. Reflexões históricas
e o futuro de Israel (9.10-13.16) - onde veremos uma série de profecias
construídas sobre reflexões históricas metafóricas; C. O chamado final para o
arrependimento (14.1-9).
A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
Até o capítulo 9, versículo 9, veremos a
ação judicial, a guerra e o lamento. Muitas das profecias de Oseias estão
reunidas num padrão de grande escala que começa com o foco nas ações judiciais
contra Israel (4.1-5.7) e se move para a destruição na guerra por vir
(5.8-8.14) e no apropriado lamento por causa dessa destruição (9.1-9).
Assim, também dividimos essa seção A em 3
partes: 1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – iniciaremos agora; 2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14); e,
3. O lamento pela derrota (9.1-9).
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7).
Até o próximo capítulo, versículo 7,
estaremos vendo essas duas ações judiciais contra Israel. Em duas ações
judiciais (4.1-19; 5.1-7), sendo que ambas começam com a intimação para o tribunal
- "ouvi" (4.1; 5.1) - Oseias desenvolve uma ação legal contra Israel,
demonstrando que a nação merecia o julgamento de Deus.
Primeira ação.
Esses dezenove versículos deste capítulo
são para tratar dessa primeira ação, uma ação judicial contra os sacerdotes.
Oseias relatou os procedimentos do tribunal celestial (cf. 2.2-13). Ele se
concentrou, principalmente, nos falsos sacerdotes que perverteram a adoração e
a justiça no Reino do Norte.
O Senhor, o promotor, apresentou uma ação
judicial contra Israel nos vs. 1-2 e, então, anunciou o julgamento, no vs. 3.
Ele começa o versículo com um imperativo
“ouvi”. Os réus são intimados a ouvir as acusações contra eles (5.1) porque o
Senhor tinha contra eles uma contenda - termo técnico e legal para uma acusação
formal. Compare com 2.2, onde está traduzido por "repreendei".
Há uma lista de problemas relatados nos
dois primeiros versos que refletem bem a nossa presente época, mais de 2500
anos após o fato em Oseias.
O que não existe ou não prevalece:
·
Não
há verdade.
·
Nem
benignidade.
·
Nem
conhecimento de Deus.
O que somente prevalece:
·
O
perjurar - (Jz 17.2; 1 Sm 14.24).
·
O
mentir - (7.3; cf. Êx 23.1; Dt 25.13-16)
·
O
matar - (Ex 20.13)
·
O
furtar - (Ex 20.15),
·
O
adulterar - (Êx 20.14).
·
Há
violências.
·
E
homicídios sobre homicídios - (Ex 20.13)
Essa lista de pecados é resultante da
recusa de conhecer a Deus (vs. 1), por isso que a terra está de luto – vs. 3.
Ou "a terra pranteará".
O julgamento de Deus sempre incluía maldições
que exerciam impacto sobre o meio ambiente, como fogo, pragas de gafanhotos e
retenção da chuva (Nm 11.1-3; 1Rs 8.35; 2Cr 7.13). O luto da "terra"
inanimada faz um contraste com a atitude dos seus habitantes que se recusavam a
prantear a perda dos seus direitos.
Os sacerdotes falsamente acusaram o povo de
ser o causador do julgamento de Deus, mas o Senhor os acusou de falhar em sua
incumbência de instruir o povo de Deus (Dt 31.9-13; 33.10; 2Cr 17.8-9; Ed
7.6,10; Jr 18.18).
Eles eram os responsáveis pela falta de
conhecimento de Deus por parte do povo e, consequentemente, enfrentaram o
julgamento.
As falhas dos líderes conduziram a um
desastre após o outro, por isso que haveriam de tropeçar de dia, e o profeta
com eles de noite, e também a mãe que seria destruída, ou seja, a própria nação
de Israel (2.2,5; Is 50.1).
A razão para essa destruição é explicada. O
meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Israel, a
nação, passaria por um severo julgamento por causa de sua falta de conhecimento
da aliança (4.8,12; 6.11; 11.7).
O conhecimento de Deus era inseparável da
lei de Deus. Os sacerdotes seriam castigados por falharem em sua
responsabilidade de ensinar a lei (Dt 31.9-13; 33.10; 2Cr 17.8-9; Ed 7.6,10; Jr
18.18), e as futuras gerações seriam castigadas por ignorá-la ou esquecê-la.
A palavra de Deus afirma que nos últimos
tempos o amor de muitos se esfriaria e a ciência se multiplicaria. Ensina ainda
que os homens se tornariam mais amantes de si mesmos do que preocupados com
Deus e o seu reino.
A consequência disso é óbvia e aponta para
uma vida egoísta e distante cada vez mais de Deus. Não seria de se esperar,
portanto, que tudo estivesse melhor, isso é claro. O mundo está indo de mal a
pior, a cada dia que passa.
Sabem porquê? Por que os profetas de Deus
não estão pregando a palavra de Deus! O povo se corrompe por falta da profecia!
- Não havendo profecia, o povo se
corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado. – Pv 29.18.
A acusação era contra os sacerdotes, pois quanto
mais estes se multiplicavam, tanto mais pecavam contra ele.
O número de sacerdotes aumentava no Reino
do Norte à medida que o sincretismo se expandia (2Cr 11.15). Deus insistiu que
a multiplicação dos sacerdotes fazia o povo pecar ainda mais. Os sacerdotes
eram, de fato, a raiz do problema (cf. vs. 6).
Por isso que o Senhor mudaria a honra
deles, ou seja, o Senhor (Is 60.19; Jr 2.11), pela vergonha, ou seja, ídolos ou
falsos deuses (Dt 32.15-18).
A advertência de Deus tem limites e quando
este é atingido o povo é entregue a si mesmo e aos desejos profundos e teimosos
de seus corações. Isso é um perigo terrível! Uma consequência assustadora! – Pv
29:1 Aquele que, sendo muitas vezes
repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura.
Tomado no sentido literal, o versículo 8
traduz a mentalidade dos sacerdotes. Eles que que comiam partes dos animais que
eram sacrificados pelo pecado incentivavam o povo a pecar mais para que tivessem
mais para comer (cf. Lv 6.26). No sentido metafórico, os sacerdotes eram
recompensados pelo pecado do povo.
E assim como era o povo, assim era o
sacerdote. Ninguém escaparia do julgamento (cf. Is 24.1-3).
A comida não traria satisfação (vs. 8), e o
sexo ilícito não produziria o aumento desejado (cf. vs. 14). O povo havia
deixado o Senhor, a fonte da vida, para praticar a prostituição/ meretrício
(vs. 12,18,2.4; 6.10; 9.1). Comeriam e não se fartariam, entregar-se-iam à
luxúria, mas não se multiplicariam porque não estavam atentando para o Senhor.
A luxúria, o vinho e o mosto tiram o
entendimento – vs. 11 -, ou seja, literalmente, "tiram o coração (do
povo)"; ou seja, sua capacidade de sentir, julgar e pensar claramente (cf.
Gn 31.20).
Por conta disso, pois que estão bêbados,
passam a consultar o seu pau ou a sua madeira (provavelmente, é uma referência
a uma Aserá, um poste-ídolo - 1 Rs 14.15 - junto ao altar cananeu - Dt 16.21;
Jz 6.25-32 -, a alguma outra divindade - Hc 2.18-19 - ou a alguma árvore
considerada sagrada por fornecer oráculos –cf. Jz 9.37) e o pior é que as suas
varas (provavelmente uma varinha de rabdomante - cf. Ez 21.21-22 -, embora
talvez uma miniatura de Aserá) lhes davam as respostas que eles queriam, isso
porque o espirito de luxuria os estava enganando e eles estavam se
prostituindo, cada vez mais se afastando de seu Deus e Senhor.
A fonte de seu adultério espiritual era um
poder intoxicante e sedutor que os atraía continuamente para o pecado (cf.
"espírito estonteante", Is 19.14; "espírito de profundo
sono", Is 29.10).
O que eles faziam parecia inocente, mas não
havia nada de inocente em tais práticas e por causa delas é que as suas filhas estavam
se prostituindo e as suas noras adulterando.
·
Eles
sacrificavam no alto dos montes.
·
Eles
queimavam incenso nas colinas, debaixo de um carvalho, de um estoraque ou de um
terebinto, onde a sombra é agradável.
Por isso que Deus castigaria as suas filhas
quando prostituíssem e as suas noras quando adulterassem.
Deus se recusou a permitir que as mulheres
acusadas de prostituição cultual e adultério fossem castigadas porque os homens
tinham participação na culpa delas (cf. Gn 38.24; Jo 8.4-7).
O povo insensato que não tem entendimento e
que pratica tais coisas corre para a sua perdição. Esse dito de sabedoria final
– vs. 14 - anunciou o julgamento sobre a nação moralmente falida (vs. 1-3) cujo
envolvimento com a prostituição (vs. 10-14) prejudicava a compreensão e o
conhecimento (vs.1,6,11-14).
Oseias adverte o Reino do Sul para não
tornar-se semelhante ao Reino do norte e assim se fazerem culpado como eles.
Oseias estava fazendo uma advertência para que os leitores do Reino do Sul não
seguissem o exemplo do Reino do Norte.
E ele pede que não venham nem para Gilgal,
nem subam para Bete-Avem, e nem ainda jurarem ao Senhor dizendo: vive o Senhor!
Esse juramento (Jz 8.19; Rt 3.13; 1Sm 14.39) foi proibido porque o povo estava
mentindo (vs. 2) e/ou porque estava sendo mal empregado quando o Senhor estava
associado a Baal na adoração.
Conforme nos esclarece a BEG, Gilgal era um
importante santuário israelita próximo a Jericó, do outro lado do rio Jordão a
partir de Baal-Peor (cf. 9.10,15) e por muito tempo associado particularmente a
práticas religiosas sincréticas não ortodoxas e perversas (Js 4.19-5.12; 1Sm
11.13-15; Am 4.4; 5.5; cf. Os 9.15; 12.11).
Já a cidade de Bete-Áven, literalmente,
"Casa da Iniquidade", era uma desdenhosa alcunha para Betel
("Casa de Deus"), o importante santuário real (cf. 1 Rs 12.28-33, Am
4.4; 5.5; 7 13).
O triste disso era que como uma novilha
obstinada ou uma vaca rebelde – vs. 16 - Israel estava dando coices em todos os
esforços do Senhor para cuidar dele (cf. Jr 31.18).
Em consequência, Efraim - nome tribal
utilizado para todo o Israel, o Reino do Norte (11.8; Gn 48) – estava sendo
entregue aos ídolos e deixado de lado, ou à vontade com seu pecado. Acabando
ele de beber, lançar-se-ia à luxúria como verdadeiro amante da vergonha, como
os seus príncipes.
A BEG nos fala do verso 19 que no original,
"um vento/espírito" que os envolveu em suas asas, foi provavelmente uma
intenção de fazer um trocadilho com a palavra hebraica que significa
"vento/espírito". Não apenas o destrutivo vento da tempestade
varreria para longe o povo (cf. Jó 1.19), mas o espírito de prostituição (4.12;
5.4) também o levaria à ruína.
1 Ouvi a
palavra do Senhor, vós, filhos de Israel;
pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da
terra;
porque na terra
não há verdade,
nem benignidade,
nem conhecimento de Deus.
2 Só prevalecem
o perjurar,
o mentir,
o matar,
o furtar,
e o adulterar;
há violências
e homicídios sobre homicídios.
3 Por isso a terra se lamenta,
e todo o que nela mora desfalece,
juntamente com os animais do campo
e com as aves do céu;
e até os peixes
do mar perecem.
4 Todavia ninguém contenda, ninguém repreenda;
pois é contigo a minha contenda, ó sacerdote.
5 Por isso tu tropeçarás de dia,
e o profeta contigo tropeçará de noite;
e destruirei a tua mãe.
6 O meu povo está sendo destruído,
porque lhe falta o conhecimento.
Porquanto rejeitaste o conhecimento,
também eu te rejeitarei,
para que não sejas sacerdote diante de mim;
visto que te esqueceste da lei do teu Deus,
também eu me esquecerei de teus filhos.
7 Quanto mais eles se multiplicaram
tanto mais contra mim pecaram:
eu mudarei a sua honra em vergonha.
8 Alimentavam-se do pecado do meu povo,
e de coração desejam a iniqüidade dele.
9 Por isso, como é o povo, assim será o sacerdote;
e castigá-lo-ei conforme os seus caminhos,
e lhe darei a recompensa das suas obras.
10 Comerão, mas não se fartarão;
entregar-se-ão à luxúria, mas não se multiplicarão;
porque deixaram de atentar para o Senhor.
11 A incontinência, e o vinho, e o mosto tiram o
entendimento.
12 O meu povo consulta ao seu pau,
e a sua vara lhe dá respostas,
porque o espírito de luxúria os enganou,
e eles, prostituindo-se, abandonam o seu Deus.
13 Sacrificam sobre os cumes dos montes;
e queimam incenso sobre os outeiros,
debaixo do carvalho, do álamo, e do terebinto,
porque é boa a sua sombra;
por isso vossas filhas se prostituem,
e as vossas noras adulteram.
14 Eu não castigarei vossas filhas,
quando se prostituem, nem vossas noras, quando
adulteram;
porque os homens mesmos com as prostitutas
se desviam,
e com as meretrizes sacrificam;
pois o povo que não tem entendimento
será transtornado.
15 Ainda que tu, ó Israel, te queiras prostituir
contudo não se faça culpado Judá;
não venhais a Gilgal, e não subais a Bete-Ávem
nem jureis, dizendo:
Vive o Senhor.
16 Porque como novilha obstinada se rebelou Israel;
agora o Senhor os apascentará como a um cordeiro
num lugar espaçoso.
17 Efraim está entregue aos ídolos;
deixa-o.
18 Acabando eles de beber,
lançam-se à luxúria;
certamente os seus príncipes amam a vergonha.
19 Um vento os envolveu nas suas asas;
e eles se envergonharão por causa dos seus
sacrifícios.
É interessante observar este capítulo e
associá-lo com Romanos 1 quando Deus entrega a si mesmo todos aqueles que ousam
rejeitar o seu conhecimento. (Poderia alguém rejeitar o que não possui? Logo,
todos possuímos, mas nem todos admitimos).
A rejeição do conhecimento de Deus é algo
perigoso e o sinal de que o rejeitamos é o nosso visível e claro afastamento de
Deus e nossa irresistível atração pelo pecado. Se você está nessa situação,
pare! Arrependa-se antes que seja tarde demais! Medite em Oseias 4 e Romanos 1
que você saberá o que fazer.
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segunda-feira, 1 de junho de 2015
segunda-feira, junho 01, 2015
Jamais Desista
Oseias 3:1-5 - A LONGANIMIDADE DE DEUS - JESUS ESTÁ VOLTANDO!

Parte II. A EXPERIÊNCIA PROFÉTICA DE OSEIAS (1.2-3.5) - continuação.
Essa parte II, como já vimos, fala da
experiência de Oseias com o seu casamento, o divórcio e o novo casamento com
Gômer simbolizando o relacionamento de Deus com Israel, ou seja, era a sua
experiência profética.
Oseias contou a sua experiência familiar
corno uma ilustração do relacionamento de Deus com o Reino do Norte, Israel.
Esses capítulos desta segunda parte foram divididos em três seções: A. A esposa
e filhos de Oseias (1.2-2.1) – já vista;
1. A iminente destruição (1.2-9) – já
vimos; 2. A restauração (1.10-2.1) – já
vimos; B. O castigo e a reconciliação (2.2-23) – já vimos; C. Oseias ama novamente (3.1-5) – veremos agora.
C. Oseias ama novamente (3.1-5).
Estaremos vendo neste curtíssimo capítulo
de apenas cinco versículos que Oseias conta de modo autobiográfico a sua
reconciliação com a esposa Gômer após o divórcio. Sua reconciliação prenunciou
a reconciliação de Deus com Israel após o exílio.
Foi o próprio Senhor quem disse a Oseias
para ir outra vez amar uma mulher, amada de seu amigo e adúltera. O
estarrecedor pedido de Deus, feito por causa de seu amor leal, protetor e
generoso pelo Israel infiel (e não merecedor).
E o Senhor continua a dizer e afirma que
ama os filhos de Israel embora eles se desviem dele para outros deuses e amem
passas de uvas ou bolos de passas.
Conforme a BEG, iguarias preparadas com
uvas passas e associadas a ocasiões especiais (2Sm 6.19); pode ter sido usada
na adoração a Baal como um afrodisíaco (Ct 2.5).
Em obediência ao Senhor ele vai e compra
para ele uma mulher por apenas quinze peças de prata e um hômer e meio de
cevada. O pagamento, aproximadamente metade em prata e metade em espécie, foi
de cerca de trinta peças e isso representava quase o valor de um escravo; confira
com Êx 21.32 (Se o boi escornear um
servo, ou uma serva, dar-se-á trinta siclos de prata ao seu senhor, e o boi
será apedrejado.).
O Novo Testamento deixou claro o preço
final da redenção para o povo de Deus: o sangue de Cristo (1 Pe 1.18).
Oseias comprou a sua mulher pelo preço
ajustado e também lhe disse que ela deveria esperar por ele muitos dias sem se
prostituir, sem ser a mulher de outro homem e ele, de sua parte, esperaria
também por ela.
As instituições políticas e religiosas
básicas de Israel tanto as legítimas (o sacrifício e a estola sacerdotal; Êx
28.31) como as ilegítimas (postes-ídolos ou colunas [Dt 16.21-22] e imagens ou
ídolos do lar (Zc 10.21) - seriam eliminadas como castigo).
A menção de muitos dias se refere à ação
profética do vs. 3 que simbolizava o período de espera anterior à grande
restauração. O Novo Testamento ensina que essa restauração por tanto tempo esperada
começou com a primeira vinda de Cristo e será completada com o seu retorno – (Rm
8.18-27).
Estamos aguardando o retorno de Cristo e as
conclusões das profecias relativas ao seu reino. Nossa esperança é a sua volta,
pois o mundo não parece mesmo ter jeito, embora nele vivamos e estamos aqui
para dar testemunho de nossa fé.
Seria por muitos dias – vs. 4 – que
ficaríamos sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem éfode ou
terafins. O desapossamento (ou seja, o exílio) levaria à restauração. A
restauração não aconteceria sem um filho de Davi no trono (Am 9.11). Essa
exigência foi cumprida por Jesus.
Embora os exilados que retornaram nos dias
de Zorobabel e depois sob a liderança de Esdras e Neemias tivessem demonstrado
certo arrependimento, eles não o fizeram com bastante consistência.
Podemos ver na restauração do povo de Deus
três fases importantes:
·
A
restauração dos israelitas dispersos começou realmente a acontecer no
Pentecoste (At 2.38-46).
·
Ela
continua pela pregação do evangelho por todo o mundo (Rm 1.16).
·
Será
somente completada com a inclusão dos judeus arrependidos no novo céu e na nova
terra (Ap 7.9; cf. Rm 9.1-29).
Depois disso, sem ter o seu rei, príncipe,
sacrifício, coluna, éfode ou terafins, tornarão os filhos de Israel e buscarão
ao Senhor, seu Deus e a Davi, seu rei. Essa é de fato Uma esperança messiânica
direta.
Oseias expressou a certeza de que servir a
Deus, na restauração, incluía servir ao grande filho de Davi. O Novo Testamento
indica que Jesus é o filho de Davi.
O arrependimento para a vida, portanto,
deve incluir o conhecimento de Jesus como Salvador e Senhor.
Essa busca seria com tremor – vs. 5, ou seja,
conhecer a soberania singular de Deus encheria o verdadeiro Israel de Deus de
grande reverência (GI 6.15) – e nos últimos dias (terminologia derivada do
resumo feito por Moisés do futuro de Israel, em Dt 4.30). Ele identificou
"os últimos dias" com os dias do retorno do exílio.
1 Disse-me o
Senhor:
Vai outra vez, ama uma mulher,
amada de seu amigo,
e adúltera,
como o Senhor ama os filhos de Israel,
embora eles se desviem para outros deuses,
e amem passas de uvas.
2 Assim eu comprei para mim tal mulher
por quinze peças de prata, e um hômer e meio de
cevada;
3 e lhe disse:
Por muitos dias tu ficarás esperando por mim;
não te prostituirás,
nem serás mulher de outro homem;
assim também eu esperarei por ti.
4 Pois os filhos de Israel ficarão por muitos dias
sem rei,
sem príncipe,
sem sacrifício,
sem coluna,
e sem éfode ou terafins.
5 Depois tornarão os filhos de Israel,
e buscarão ao Senhor, seu Deus,
e a Davi, seu rei;
e com temor chegarão nos últimos dias ao Senhor,
e à sua bondade.
Continua a nos esclarecer a BEG que os
profetas usaram o termo “últimos dias” da mesma maneira para indicar o tempo de
restauração no retorno do exílio, que incluiria:
·
A
volta para a Terra Prometida.
·
A
devoção renovada.
·
A
restauração do trono davídico.
·
Grandes
bênçãos (confira com, p. ex., Is 2.2).
O Novo Testamento aplicou essa terminologia
ao reino de Cristo, entre a sua primeira vinda e o seu retorno (At 2.17; 2Tm
3.1; Hb 1.2; Tg 5.3; 2Pe 3.3) – ou seja, estamos vivendo na terra os últimos
dias (palavra do Senhor!).
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