terça-feira, 2 de junho de 2015
terça-feira, junho 02, 2015
Jamais Desista
Oseias 4:1-19 - PERIGO! PERIGO! PERIGO! NÃO REJEITE O CONHECIMENTO DE DEUS!
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 4 de Oseias. Começaremos a parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Parte III. A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9)
Veremos doravante, conforme a BEG, até ao
final do livro de Oseias, que as violações da aliança com Deus, cometidas por
Israel levariam à derrota, exílio e profundo lamento.
Israel afastou-se de Deus apesar de suas
maravilhosas bênçãos. Essa rebelião resultaria num severo julgamento, mas,
mediante o arrependimento, grandes bênçãos seriam restituídas após o exílio.
Para que Israel pudesse receber as bênçãos de Deus, era necessário o arrependimento.
Veremos até o final deste livro a mensagem
profética de Oseias:
·
Ele
declarou explicitamente a mensagem ilustrada em sua experiência profética
(1.2-3.5).
·
Ele
declarou as transgressões pelas quais Deus puniria o Reino do Norte.
·
Ele
assegurou, no entanto, ao povo que, a seu tempo, Deus concederia aos seus
filhos arrependimento e reconciliação.
Esses capítulos dividem-se em três seções:
A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9) – onde veremos a ação judicial, a
iminente destruição da guerra e o consequente lamento; B. Reflexões históricas
e o futuro de Israel (9.10-13.16) - onde veremos uma série de profecias
construídas sobre reflexões históricas metafóricas; C. O chamado final para o
arrependimento (14.1-9).
A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
Até o capítulo 9, versículo 9, veremos a
ação judicial, a guerra e o lamento. Muitas das profecias de Oseias estão
reunidas num padrão de grande escala que começa com o foco nas ações judiciais
contra Israel (4.1-5.7) e se move para a destruição na guerra por vir
(5.8-8.14) e no apropriado lamento por causa dessa destruição (9.1-9).
Assim, também dividimos essa seção A em 3
partes: 1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – iniciaremos agora; 2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14); e,
3. O lamento pela derrota (9.1-9).
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7).
Até o próximo capítulo, versículo 7,
estaremos vendo essas duas ações judiciais contra Israel. Em duas ações
judiciais (4.1-19; 5.1-7), sendo que ambas começam com a intimação para o tribunal
- "ouvi" (4.1; 5.1) - Oseias desenvolve uma ação legal contra Israel,
demonstrando que a nação merecia o julgamento de Deus.
Primeira ação.
Esses dezenove versículos deste capítulo
são para tratar dessa primeira ação, uma ação judicial contra os sacerdotes.
Oseias relatou os procedimentos do tribunal celestial (cf. 2.2-13). Ele se
concentrou, principalmente, nos falsos sacerdotes que perverteram a adoração e
a justiça no Reino do Norte.
O Senhor, o promotor, apresentou uma ação
judicial contra Israel nos vs. 1-2 e, então, anunciou o julgamento, no vs. 3.
Ele começa o versículo com um imperativo
“ouvi”. Os réus são intimados a ouvir as acusações contra eles (5.1) porque o
Senhor tinha contra eles uma contenda - termo técnico e legal para uma acusação
formal. Compare com 2.2, onde está traduzido por "repreendei".
Há uma lista de problemas relatados nos
dois primeiros versos que refletem bem a nossa presente época, mais de 2500
anos após o fato em Oseias.
O que não existe ou não prevalece:
·
Não
há verdade.
·
Nem
benignidade.
·
Nem
conhecimento de Deus.
O que somente prevalece:
·
O
perjurar - (Jz 17.2; 1 Sm 14.24).
·
O
mentir - (7.3; cf. Êx 23.1; Dt 25.13-16)
·
O
matar - (Ex 20.13)
·
O
furtar - (Ex 20.15),
·
O
adulterar - (Êx 20.14).
·
Há
violências.
·
E
homicídios sobre homicídios - (Ex 20.13)
Essa lista de pecados é resultante da
recusa de conhecer a Deus (vs. 1), por isso que a terra está de luto – vs. 3.
Ou "a terra pranteará".
O julgamento de Deus sempre incluía maldições
que exerciam impacto sobre o meio ambiente, como fogo, pragas de gafanhotos e
retenção da chuva (Nm 11.1-3; 1Rs 8.35; 2Cr 7.13). O luto da "terra"
inanimada faz um contraste com a atitude dos seus habitantes que se recusavam a
prantear a perda dos seus direitos.
Os sacerdotes falsamente acusaram o povo de
ser o causador do julgamento de Deus, mas o Senhor os acusou de falhar em sua
incumbência de instruir o povo de Deus (Dt 31.9-13; 33.10; 2Cr 17.8-9; Ed
7.6,10; Jr 18.18).
Eles eram os responsáveis pela falta de
conhecimento de Deus por parte do povo e, consequentemente, enfrentaram o
julgamento.
As falhas dos líderes conduziram a um
desastre após o outro, por isso que haveriam de tropeçar de dia, e o profeta
com eles de noite, e também a mãe que seria destruída, ou seja, a própria nação
de Israel (2.2,5; Is 50.1).
A razão para essa destruição é explicada. O
meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Israel, a
nação, passaria por um severo julgamento por causa de sua falta de conhecimento
da aliança (4.8,12; 6.11; 11.7).
O conhecimento de Deus era inseparável da
lei de Deus. Os sacerdotes seriam castigados por falharem em sua
responsabilidade de ensinar a lei (Dt 31.9-13; 33.10; 2Cr 17.8-9; Ed 7.6,10; Jr
18.18), e as futuras gerações seriam castigadas por ignorá-la ou esquecê-la.
A palavra de Deus afirma que nos últimos
tempos o amor de muitos se esfriaria e a ciência se multiplicaria. Ensina ainda
que os homens se tornariam mais amantes de si mesmos do que preocupados com
Deus e o seu reino.
A consequência disso é óbvia e aponta para
uma vida egoísta e distante cada vez mais de Deus. Não seria de se esperar,
portanto, que tudo estivesse melhor, isso é claro. O mundo está indo de mal a
pior, a cada dia que passa.
Sabem porquê? Por que os profetas de Deus
não estão pregando a palavra de Deus! O povo se corrompe por falta da profecia!
- Não havendo profecia, o povo se
corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado. – Pv 29.18.
A acusação era contra os sacerdotes, pois quanto
mais estes se multiplicavam, tanto mais pecavam contra ele.
O número de sacerdotes aumentava no Reino
do Norte à medida que o sincretismo se expandia (2Cr 11.15). Deus insistiu que
a multiplicação dos sacerdotes fazia o povo pecar ainda mais. Os sacerdotes
eram, de fato, a raiz do problema (cf. vs. 6).
Por isso que o Senhor mudaria a honra
deles, ou seja, o Senhor (Is 60.19; Jr 2.11), pela vergonha, ou seja, ídolos ou
falsos deuses (Dt 32.15-18).
A advertência de Deus tem limites e quando
este é atingido o povo é entregue a si mesmo e aos desejos profundos e teimosos
de seus corações. Isso é um perigo terrível! Uma consequência assustadora! – Pv
29:1 Aquele que, sendo muitas vezes
repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura.
Tomado no sentido literal, o versículo 8
traduz a mentalidade dos sacerdotes. Eles que que comiam partes dos animais que
eram sacrificados pelo pecado incentivavam o povo a pecar mais para que tivessem
mais para comer (cf. Lv 6.26). No sentido metafórico, os sacerdotes eram
recompensados pelo pecado do povo.
E assim como era o povo, assim era o
sacerdote. Ninguém escaparia do julgamento (cf. Is 24.1-3).
A comida não traria satisfação (vs. 8), e o
sexo ilícito não produziria o aumento desejado (cf. vs. 14). O povo havia
deixado o Senhor, a fonte da vida, para praticar a prostituição/ meretrício
(vs. 12,18,2.4; 6.10; 9.1). Comeriam e não se fartariam, entregar-se-iam à
luxúria, mas não se multiplicariam porque não estavam atentando para o Senhor.
A luxúria, o vinho e o mosto tiram o
entendimento – vs. 11 -, ou seja, literalmente, "tiram o coração (do
povo)"; ou seja, sua capacidade de sentir, julgar e pensar claramente (cf.
Gn 31.20).
Por conta disso, pois que estão bêbados,
passam a consultar o seu pau ou a sua madeira (provavelmente, é uma referência
a uma Aserá, um poste-ídolo - 1 Rs 14.15 - junto ao altar cananeu - Dt 16.21;
Jz 6.25-32 -, a alguma outra divindade - Hc 2.18-19 - ou a alguma árvore
considerada sagrada por fornecer oráculos –cf. Jz 9.37) e o pior é que as suas
varas (provavelmente uma varinha de rabdomante - cf. Ez 21.21-22 -, embora
talvez uma miniatura de Aserá) lhes davam as respostas que eles queriam, isso
porque o espirito de luxuria os estava enganando e eles estavam se
prostituindo, cada vez mais se afastando de seu Deus e Senhor.
A fonte de seu adultério espiritual era um
poder intoxicante e sedutor que os atraía continuamente para o pecado (cf.
"espírito estonteante", Is 19.14; "espírito de profundo
sono", Is 29.10).
O que eles faziam parecia inocente, mas não
havia nada de inocente em tais práticas e por causa delas é que as suas filhas estavam
se prostituindo e as suas noras adulterando.
·
Eles
sacrificavam no alto dos montes.
·
Eles
queimavam incenso nas colinas, debaixo de um carvalho, de um estoraque ou de um
terebinto, onde a sombra é agradável.
Por isso que Deus castigaria as suas filhas
quando prostituíssem e as suas noras quando adulterassem.
Deus se recusou a permitir que as mulheres
acusadas de prostituição cultual e adultério fossem castigadas porque os homens
tinham participação na culpa delas (cf. Gn 38.24; Jo 8.4-7).
O povo insensato que não tem entendimento e
que pratica tais coisas corre para a sua perdição. Esse dito de sabedoria final
– vs. 14 - anunciou o julgamento sobre a nação moralmente falida (vs. 1-3) cujo
envolvimento com a prostituição (vs. 10-14) prejudicava a compreensão e o
conhecimento (vs.1,6,11-14).
Oseias adverte o Reino do Sul para não
tornar-se semelhante ao Reino do norte e assim se fazerem culpado como eles.
Oseias estava fazendo uma advertência para que os leitores do Reino do Sul não
seguissem o exemplo do Reino do Norte.
E ele pede que não venham nem para Gilgal,
nem subam para Bete-Avem, e nem ainda jurarem ao Senhor dizendo: vive o Senhor!
Esse juramento (Jz 8.19; Rt 3.13; 1Sm 14.39) foi proibido porque o povo estava
mentindo (vs. 2) e/ou porque estava sendo mal empregado quando o Senhor estava
associado a Baal na adoração.
Conforme nos esclarece a BEG, Gilgal era um
importante santuário israelita próximo a Jericó, do outro lado do rio Jordão a
partir de Baal-Peor (cf. 9.10,15) e por muito tempo associado particularmente a
práticas religiosas sincréticas não ortodoxas e perversas (Js 4.19-5.12; 1Sm
11.13-15; Am 4.4; 5.5; cf. Os 9.15; 12.11).
Já a cidade de Bete-Áven, literalmente,
"Casa da Iniquidade", era uma desdenhosa alcunha para Betel
("Casa de Deus"), o importante santuário real (cf. 1 Rs 12.28-33, Am
4.4; 5.5; 7 13).
O triste disso era que como uma novilha
obstinada ou uma vaca rebelde – vs. 16 - Israel estava dando coices em todos os
esforços do Senhor para cuidar dele (cf. Jr 31.18).
Em consequência, Efraim - nome tribal
utilizado para todo o Israel, o Reino do Norte (11.8; Gn 48) – estava sendo
entregue aos ídolos e deixado de lado, ou à vontade com seu pecado. Acabando
ele de beber, lançar-se-ia à luxúria como verdadeiro amante da vergonha, como
os seus príncipes.
A BEG nos fala do verso 19 que no original,
"um vento/espírito" que os envolveu em suas asas, foi provavelmente uma
intenção de fazer um trocadilho com a palavra hebraica que significa
"vento/espírito". Não apenas o destrutivo vento da tempestade
varreria para longe o povo (cf. Jó 1.19), mas o espírito de prostituição (4.12;
5.4) também o levaria à ruína.
1 Ouvi a
palavra do Senhor, vós, filhos de Israel;
pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da
terra;
porque na terra
não há verdade,
nem benignidade,
nem conhecimento de Deus.
2 Só prevalecem
o perjurar,
o mentir,
o matar,
o furtar,
e o adulterar;
há violências
e homicídios sobre homicídios.
3 Por isso a terra se lamenta,
e todo o que nela mora desfalece,
juntamente com os animais do campo
e com as aves do céu;
e até os peixes
do mar perecem.
4 Todavia ninguém contenda, ninguém repreenda;
pois é contigo a minha contenda, ó sacerdote.
5 Por isso tu tropeçarás de dia,
e o profeta contigo tropeçará de noite;
e destruirei a tua mãe.
6 O meu povo está sendo destruído,
porque lhe falta o conhecimento.
Porquanto rejeitaste o conhecimento,
também eu te rejeitarei,
para que não sejas sacerdote diante de mim;
visto que te esqueceste da lei do teu Deus,
também eu me esquecerei de teus filhos.
7 Quanto mais eles se multiplicaram
tanto mais contra mim pecaram:
eu mudarei a sua honra em vergonha.
8 Alimentavam-se do pecado do meu povo,
e de coração desejam a iniqüidade dele.
9 Por isso, como é o povo, assim será o sacerdote;
e castigá-lo-ei conforme os seus caminhos,
e lhe darei a recompensa das suas obras.
10 Comerão, mas não se fartarão;
entregar-se-ão à luxúria, mas não se multiplicarão;
porque deixaram de atentar para o Senhor.
11 A incontinência, e o vinho, e o mosto tiram o
entendimento.
12 O meu povo consulta ao seu pau,
e a sua vara lhe dá respostas,
porque o espírito de luxúria os enganou,
e eles, prostituindo-se, abandonam o seu Deus.
13 Sacrificam sobre os cumes dos montes;
e queimam incenso sobre os outeiros,
debaixo do carvalho, do álamo, e do terebinto,
porque é boa a sua sombra;
por isso vossas filhas se prostituem,
e as vossas noras adulteram.
14 Eu não castigarei vossas filhas,
quando se prostituem, nem vossas noras, quando
adulteram;
porque os homens mesmos com as prostitutas
se desviam,
e com as meretrizes sacrificam;
pois o povo que não tem entendimento
será transtornado.
15 Ainda que tu, ó Israel, te queiras prostituir
contudo não se faça culpado Judá;
não venhais a Gilgal, e não subais a Bete-Ávem
nem jureis, dizendo:
Vive o Senhor.
16 Porque como novilha obstinada se rebelou Israel;
agora o Senhor os apascentará como a um cordeiro
num lugar espaçoso.
17 Efraim está entregue aos ídolos;
deixa-o.
18 Acabando eles de beber,
lançam-se à luxúria;
certamente os seus príncipes amam a vergonha.
19 Um vento os envolveu nas suas asas;
e eles se envergonharão por causa dos seus
sacrifícios.
É interessante observar este capítulo e
associá-lo com Romanos 1 quando Deus entrega a si mesmo todos aqueles que ousam
rejeitar o seu conhecimento. (Poderia alguém rejeitar o que não possui? Logo,
todos possuímos, mas nem todos admitimos).
A rejeição do conhecimento de Deus é algo
perigoso e o sinal de que o rejeitamos é o nosso visível e claro afastamento de
Deus e nossa irresistível atração pelo pecado. Se você está nessa situação,
pare! Arrependa-se antes que seja tarde demais! Medite em Oseias 4 e Romanos 1
que você saberá o que fazer.
...
segunda-feira, 1 de junho de 2015
segunda-feira, junho 01, 2015
Jamais Desista
Oseias 3:1-5 - A LONGANIMIDADE DE DEUS - JESUS ESTÁ VOLTANDO!

Parte II. A EXPERIÊNCIA PROFÉTICA DE OSEIAS (1.2-3.5) - continuação.
Essa parte II, como já vimos, fala da
experiência de Oseias com o seu casamento, o divórcio e o novo casamento com
Gômer simbolizando o relacionamento de Deus com Israel, ou seja, era a sua
experiência profética.
Oseias contou a sua experiência familiar
corno uma ilustração do relacionamento de Deus com o Reino do Norte, Israel.
Esses capítulos desta segunda parte foram divididos em três seções: A. A esposa
e filhos de Oseias (1.2-2.1) – já vista;
1. A iminente destruição (1.2-9) – já
vimos; 2. A restauração (1.10-2.1) – já
vimos; B. O castigo e a reconciliação (2.2-23) – já vimos; C. Oseias ama novamente (3.1-5) – veremos agora.
C. Oseias ama novamente (3.1-5).
Estaremos vendo neste curtíssimo capítulo
de apenas cinco versículos que Oseias conta de modo autobiográfico a sua
reconciliação com a esposa Gômer após o divórcio. Sua reconciliação prenunciou
a reconciliação de Deus com Israel após o exílio.
Foi o próprio Senhor quem disse a Oseias
para ir outra vez amar uma mulher, amada de seu amigo e adúltera. O
estarrecedor pedido de Deus, feito por causa de seu amor leal, protetor e
generoso pelo Israel infiel (e não merecedor).
E o Senhor continua a dizer e afirma que
ama os filhos de Israel embora eles se desviem dele para outros deuses e amem
passas de uvas ou bolos de passas.
Conforme a BEG, iguarias preparadas com
uvas passas e associadas a ocasiões especiais (2Sm 6.19); pode ter sido usada
na adoração a Baal como um afrodisíaco (Ct 2.5).
Em obediência ao Senhor ele vai e compra
para ele uma mulher por apenas quinze peças de prata e um hômer e meio de
cevada. O pagamento, aproximadamente metade em prata e metade em espécie, foi
de cerca de trinta peças e isso representava quase o valor de um escravo; confira
com Êx 21.32 (Se o boi escornear um
servo, ou uma serva, dar-se-á trinta siclos de prata ao seu senhor, e o boi
será apedrejado.).
O Novo Testamento deixou claro o preço
final da redenção para o povo de Deus: o sangue de Cristo (1 Pe 1.18).
Oseias comprou a sua mulher pelo preço
ajustado e também lhe disse que ela deveria esperar por ele muitos dias sem se
prostituir, sem ser a mulher de outro homem e ele, de sua parte, esperaria
também por ela.
As instituições políticas e religiosas
básicas de Israel tanto as legítimas (o sacrifício e a estola sacerdotal; Êx
28.31) como as ilegítimas (postes-ídolos ou colunas [Dt 16.21-22] e imagens ou
ídolos do lar (Zc 10.21) - seriam eliminadas como castigo).
A menção de muitos dias se refere à ação
profética do vs. 3 que simbolizava o período de espera anterior à grande
restauração. O Novo Testamento ensina que essa restauração por tanto tempo esperada
começou com a primeira vinda de Cristo e será completada com o seu retorno – (Rm
8.18-27).
Estamos aguardando o retorno de Cristo e as
conclusões das profecias relativas ao seu reino. Nossa esperança é a sua volta,
pois o mundo não parece mesmo ter jeito, embora nele vivamos e estamos aqui
para dar testemunho de nossa fé.
Seria por muitos dias – vs. 4 – que
ficaríamos sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem éfode ou
terafins. O desapossamento (ou seja, o exílio) levaria à restauração. A
restauração não aconteceria sem um filho de Davi no trono (Am 9.11). Essa
exigência foi cumprida por Jesus.
Embora os exilados que retornaram nos dias
de Zorobabel e depois sob a liderança de Esdras e Neemias tivessem demonstrado
certo arrependimento, eles não o fizeram com bastante consistência.
Podemos ver na restauração do povo de Deus
três fases importantes:
·
A
restauração dos israelitas dispersos começou realmente a acontecer no
Pentecoste (At 2.38-46).
·
Ela
continua pela pregação do evangelho por todo o mundo (Rm 1.16).
·
Será
somente completada com a inclusão dos judeus arrependidos no novo céu e na nova
terra (Ap 7.9; cf. Rm 9.1-29).
Depois disso, sem ter o seu rei, príncipe,
sacrifício, coluna, éfode ou terafins, tornarão os filhos de Israel e buscarão
ao Senhor, seu Deus e a Davi, seu rei. Essa é de fato Uma esperança messiânica
direta.
Oseias expressou a certeza de que servir a
Deus, na restauração, incluía servir ao grande filho de Davi. O Novo Testamento
indica que Jesus é o filho de Davi.
O arrependimento para a vida, portanto,
deve incluir o conhecimento de Jesus como Salvador e Senhor.
Essa busca seria com tremor – vs. 5, ou seja,
conhecer a soberania singular de Deus encheria o verdadeiro Israel de Deus de
grande reverência (GI 6.15) – e nos últimos dias (terminologia derivada do
resumo feito por Moisés do futuro de Israel, em Dt 4.30). Ele identificou
"os últimos dias" com os dias do retorno do exílio.
1 Disse-me o
Senhor:
Vai outra vez, ama uma mulher,
amada de seu amigo,
e adúltera,
como o Senhor ama os filhos de Israel,
embora eles se desviem para outros deuses,
e amem passas de uvas.
2 Assim eu comprei para mim tal mulher
por quinze peças de prata, e um hômer e meio de
cevada;
3 e lhe disse:
Por muitos dias tu ficarás esperando por mim;
não te prostituirás,
nem serás mulher de outro homem;
assim também eu esperarei por ti.
4 Pois os filhos de Israel ficarão por muitos dias
sem rei,
sem príncipe,
sem sacrifício,
sem coluna,
e sem éfode ou terafins.
5 Depois tornarão os filhos de Israel,
e buscarão ao Senhor, seu Deus,
e a Davi, seu rei;
e com temor chegarão nos últimos dias ao Senhor,
e à sua bondade.
Continua a nos esclarecer a BEG que os
profetas usaram o termo “últimos dias” da mesma maneira para indicar o tempo de
restauração no retorno do exílio, que incluiria:
·
A
volta para a Terra Prometida.
·
A
devoção renovada.
·
A
restauração do trono davídico.
·
Grandes
bênçãos (confira com, p. ex., Is 2.2).
O Novo Testamento aplicou essa terminologia
ao reino de Cristo, entre a sua primeira vinda e o seu retorno (At 2.17; 2Tm
3.1; Hb 1.2; Tg 5.3; 2Pe 3.3) – ou seja, estamos vivendo na terra os últimos
dias (palavra do Senhor!).
...domingo, 31 de maio de 2015
domingo, maio 31, 2015
Jamais Desista
Oseias 2:1-23 - A INFIDELIDADE DO POVO DE DEUS E A FIDELIDADE DE DEUS.
Parte II. A EXPERIÊNCIA PROFÉTICA DE OSEIAS (1.2-3.5) - continuação.
Essa parte II, como já vimos, fala da experiência
de Oseias com o seu casamento, o divórcio e o novo casamento com Gômer
simbolizando o relacionamento de Deus com Israel, ou seja, era a sua
experiência profética.
Oseias contou a sua experiência familiar
corno uma ilustração do relacionamento de Deus com o Reino do Norte, Israel.
Esses capítulos desta segunda parte foram divididos em três seções: A. A esposa
e filhos de Oseias (1.2-2.1) – concluiremos
agora 1. A iminente destruição (1.2-9) – já vimos; 2. A restauração (1.10-2.1) – concluiremos agora; B. O castigo e a reconciliação (2.2-23); C.
Oseias ama novamente (3.1-5).
A. A esposa e filhos de Oseias (1.2-2.1) -continuação.
Estamos vendo até o primeiro versículo deste
capítulo a esposa e os filhos de Oseias.
Oseias recordou a origem de sua família,
mediante a qual Deus ilustrou a sua intenção de punir o adúltero Israel. Esse
material divide-se, como já dissemos acima, em duas partes: a apresentação do
iminente julgamento divino (1.2-9) – já visto
- e a promessa da anulação do julgamento após o exílio (1.10--2.1) – concluiremos agora.
2. A restauração (1.10-2.1).
Desde o verso 10 do capítulo anterior até o
primeiro verso desse capítulo, estaremos vendo a restauração.
Os irmãos inimigos, Israel e Judá, reconciliar-se-iam;
e as terríveis acusações contidas nos nomes Desfavorecida e Não-Meu-Povo, seriam
anuladas.
B. O castigo e a reconciliação (2.2-23).
Oséias profetizou (com base na sua
experiência conjugal) sobre a rejeição de Deus a Israel e sobre o seu propósito
de castigá-lo e trazê-lo de volta para si mesmo.
Esses versículos, seguindo a divisão da
BEG, foram divididos em duas partes: 1. A acusação contra a infidelidade
(2.2-13) – veremos agora; 2. A
promessa de reconciliação (2.14-23) – veremos
agora;
1. A acusação contra a infidelidade (2.2-13).
Até ao verso 13, estaremos vendo a acusação
contra a infidelidade. No tribunal do céu, Deus anunciou sua rejeição de Israel
por causa de sua infidelidade evidente e contínua.
O verso 2 já começa com o imperativo para
repreender ou contender com a sua mãe porque ela não era sua mulher e ele não
era o seu marido.
Literalmente, o repreender significava "façam
uma acusação". Essa é uma linguagem legal bastante usada pelos profetas
para apresentar a ação judicial que Deus instaurou contra o seu povo.
A BEG nos esclarece que no processo que
Deus moveu contra Israel, os filhos foram chamados para acusar a própria mãe.
No capítulo anterior, a mãe (Gômer) e os
filhos (Jezreel, Desfavorecida e Não--Meu-Povo) representavam o Reino do Norte.
Gômer era a origem dos "filhos de prostituição" (1.2).
Ela pode ter representado de maneira mais
precisa as gerações infiéis de Israel que provocaram a ira de Deus, e os filhos
representaram os israelitas que viviam as consequências da própria
infidelidade. No entanto, é provável que Oseias não distinguisse claramente
entre eles quando entregou suas profecias.
Apesar de o relacionamento ter sido
quebrado pela infidelidade, a reconciliação - e não o divórcio - era o objetivo
do repúdio de Deus (vs. 14-23).
A contenda tinha por objetivo que ela se afastasse
das suas prostituições da sua face e dos seus adultérios de entre os seus seios
e assim não fosse deixada despida, nua, como um deserto ou terra seca e fosse
morta à sede – vs. 2 e 3.
Se não se arrependesse, a esposa infiel
(Gômer/Israel) seria publicamente exposta (v. 10) e desamparada - castigos
tradicionais para o adultério (Ez 16 37-39; Ap 17.16), para o qual a pena de
morte (Dt 22.22; cf. Ez 16.39-40; Na 3.5-7) era a sentença máxima.
O amor ou o favor de Deus (1.6) também
seria retirado dos filhos que, como sua mãe, eram culpados de comportamento
promíscuo.
A mãe infiel (Israel) esperava que a
religião cananeia da fertilidade e não o Senhor (vs. 8-9) lhe provesse as
necessidades da vida: o seu pão e a sua água, a sua lã e o seu linho, o seu
óleo e as suas bebidas.
No entanto, os seus caminhos haveriam de
ser cercados com espinhos e contra ela seria levantada uma sebe para que não
achasse mais as suas veredas. Deus anunciou a sua sentença contra a nação
infiel.
Colocar obstáculos no caminho da esposa
infiel (Gômer/Israel) atrapalharia e frustraria suas atividades irregulares. Ela
iria dar seguimento à sua busca pelos seus amantes. Oseias deu ênfase à
iniciativa da mulher, que representava o comportamento de todo o Israel de sair
buscando todos os seus amantes. Ou seja, os baalins e os participantes dos
rituais de fertilidade de Baal.
No entanto, ela seria frustrada em seus
propósitos. O castigo levaria ao arrependimento, que sempre tem sido o objetivo
dos julgamentos da aliança (cf. Lv 26). Ela chega a exclamar devido à sua
frustração que voltaria ao seu primeiro marido uma vez que isso seria melhor do
que ela enfrentava naquela ocasião – vs. 7.
A acusação de ingratidão é somada à de
infidelidade. As dádivas agrícolas comerciais dadas pelo Senhor (Dt 7.13;
11.14; 12.17; 28.51; 28.1-12) eram creditadas a Baal, que era considerado o
deus da tempestade e provedor da chuva e da fertilidade. O grão, e o vinho, e o
azeite, a prata e o ouro, que eles usavam para Baal não tinham vindo dele, mas
do Senhor.
Por causa dessa ingratidão e desse descaso,
dos vs. 9 ao 13, Deus anunciou mais sentenças contra a nação.
Apesar de não ter sido punida com a morte
(Dt 21.21-22; cf. Ez 16.37-40), a esposa infiel e negligente seria severamente
castigada por meio de uma série de reversões dramáticas nos quais as dádivas de
Deus seriam retiradas:
·
Pelas
colheitas fracassadas (vs. 9,12) – seriam tirados o grão, o vinho, a lã e o
linho.
·
Pela
exposição (v. 10) – Deus descobriria a sua vileza diante dos olhos dos seus
amantes sem ninguém que pudesse livrá-la de suas mãos.
·
Pela
cessação das festas (v. 11) - as festas misturavam a adoração ao Senhor
e a Baal.
Essa ação de Deus seria extrema e ríspida. Os
israelitas atribuíam a sua prosperidade aos rituais de fertilidade. O que a
prostituta recebeu — dádivas do Senhor (v. 8) — seria transformado em deserto
ou devorado.
Por isso seria castigada pelos dias dos
baalins, nos quais elas lhes queimava incenso, e se adornava com as suas
arrecadas e as suas joias, e, indo atrás dos seus amantes, se esquecia e
negligenciava o Senhor vs. 10.
Esses amantes que são citados diversas
vezes - vs. 7,10,12 - provavelmente, eram os baalins e as prostitutas
associadas aos templos dos baalins.
2. A promessa de reconciliação (2.14-23).
Dos versos de 14 ao 23, o discurso muda da
repreensão e advertência para uma promessa da reconciliação.
Como era de hábito, Oseias acrescentou uma
palavra de esperança aos julgamentos que acabara de anunciar. Falou da
restauração após o exílio como um namoro que restabeleceria o relacionamento de
Deus com Israel.
Deus estava dizendo que iria atraí-la e levá-la
ao deserto onde lhe falaria ao coração - uma expressão idiomática usada em
outros lugares para:
·
Cortejar
(Gn 34.3).
·
Falar
gentilmente (Rt 2.13).
·
Bajular
(Jz 19.3).
Este atrair do vs. 14 pode ser equiparado a
"seduzirei" (cf. Êx 22.16).
Assim como Deus levou o povo pelo deserto
no primeiro Êxodo, ele prometeu guiar Israel em outro êxodo, dos lugares do
cativeiro à Terra Prometida (vs. 16; cf. Jr. 2.2). Seria ali que ele lhe daria
as suas vinhas dali e o vale de Acor por porta de esperança.
O vale de Acor era o "Vale dos
problemas" ou o “vale da calamidade”. Há controvérsias quanto à sua
localização precisa, mas é provável que estivesse na planície entre o deserto
oriental e o lado ocidental fértil do Jordão. Este vale associado ao pecado de
Acã (Js 7.24-26) seria transformado.
Ele, Acã, na sua confissão diante de Josué
que o intimou, afirmou a sequência maligna do pecado, conforme podemos notar
também em Gn 3:6. “Vendo...”, “Desejável...” e “Tomou....”. O vs. 21 diz:
“Vi... cobicei-os e tomei-os”. Eva também viu, achou desejável, tomou e comeu
do fruto proibido. Davi também com Bate-Seba: viu, achou desejável e a tomou.
Que sejamos guardados disso pelo Espírito Santo.
Acã havia subtraído das coisas não
permitidas: uma boa capa babilônica, duzentos siclos de prata, e uma cunha de
ouro, do peso de cinquenta siclos. Por causa disso ele e toda a sua família e
todos os seus bens e pertences foram apedrejados e queimados.
Aonde tínhamos os problemas formando um
vale, agora uma porta de esperança, anunciando o fim daquela situação. As
falhas ocorridas na conquista do primeiro êxodo não se repetiriam.
Depois de receber as vinhas dali, depois de
ter o vale de Acor, por porta da esperança, ali mesmo, no deserto, responderia
como nos dias da sua mocidade, como no dia que subiu da terra do Egito, sendo
deveras obsequiosa – vs. 15. Literalmente, "correspondente" ou
"retribuidora". A experiência do êxodo de Israel foi vista sob uma
luz positiva. Como naquela época, Israel retribuiria com fidelidade pactual ao
Senhor (Lv 26.45).
Seria naquele dia – vs. 16 - ou seja, no
dia do Senhor, quando ele julgaria os seus inimigos e abençoaria o seu povo
fiel (Am 5.18) – que ela chamaria o Senhor de seu marido. A palavra hebraica
para "homem" ('ish') também significa "marido".
Ao chamar o Senhor de seu marido, já não
mais o chamaria de seu Baal. A palavra hebraica também pode significar
"marido", "senhor" e o deus "Baal".
Após o julgamento do exílio, o
relacionamento de Israel com o Senhor excederia o esplendor daquele
estabelecido no primeiro êxodo.
Seria tão íntimo como um casamento (Ef
5.25-32) — em contraste com o relacionamento com um servo — e não estaria
maculado pelas associações com a adoração de Baal (v. 17).
A BEG ainda nos diz que já nos dias de
Moisés, a expectativa era de que as bênçãos de Deus depois do exílio seriam
maiores que as anteriores a ele (Dt 30.5,9).
Essa promessa é o pano de fundo para o
ensino do Novo Testamento - que as bênçãos e julgamentos em Cristo são maiores
que as bênçãos e os julgamentos do Antigo Testamento (Hb 3.1-19).
Seria naqueles dias que o Senhor faria por
eles aliança. Jeremias, o "discípulo póstumo" de Oseias, explicou que
a aliança implicava um novo coração (Jr 31.31-34).
Essa aliança por eles seria:
·
Com
as feras do campo.
·
Com
as aves do céu.
·
Com
os répteis da terra.
·
E
com o arco, e a espada, e a guerra que seriam tiradas da terra.
Ou seja, a segurança e a paz do futuro
reino são descritas como livres da ameaça de animais selvagens (Is 11.6-9) e de
invasões (S1 46.9; Is 9.5; Mq 4.3). Os animais selvagens constituíam uma ameaça
típica depois que os exércitos invasores dizimavam uma terra.
Os versos 19 e 20 falam do Senhor a desposando
para sempre:
·
Em
justiça: ou seja, salvação e libertação, defesa e justiça, e integridade e
equidade nos relacionamentos garantidos por um contrato (10.12; Am 5 7; 6.12).
·
Em
Juízo: as decisões legais e os relacionamentos pelos quais a integridade e a
equidade são estabelecidas e restauradas (5.11; 6.5; 10.4; Am 5.7,15,24; 6.12;
Mq 6.8).
·
Em
amorável benignidade: indicando ligação afetiva, lealdade, fidelidade e bondade
(4.1; 6.4,6; 10.12; 12.6; Gn 20.13, Êx 34.6-7; Js 2.19 1 Sm 15.6; 2Sm 15.20; SI
36.7; Jr 2.2).
·
Em
misericórdias: significando compaixão, coração sincero e amor (1.6; Gn 43.14;
Dt 13.17; 2Sm 24.14).
·
Em
fidelidade: demonstrando confiança, autenticidade, constância, lealdade e responsabilidade
nos relacionamentos. Ver também 4.1; SI 88.11; 89.1-2,5,8,24; 92.2; 98.3;
também traduzido por "firmes" (Êx 17.12).
E ai, sim, conheceriam ao Senhor – vs. 20 -
ou seja, reconhecer os laços da aliança entre Deus e o seu povo. O Conhecimento
do Senhor está, portanto envolvido com a justiça, o juízo, amorável
benignidade, misericórdias e fidelidade.
Passo final do namoro, o contrato de
casamento envolvia o pagamento do dote ao pai da noiva (cf. 2Sm 3.14). As
qualidades de justiça, juízo, benignidade, misericórdias e fidelidade
constituiriam o dote a ser pago pela noiva e caracterizariam o relacionamento
conjugal.
1 Dizei a
vossos irmãos:
Ami; e a vossas irmãs: Ruama.
2 Contendei com vossa mãe,
contendei; porque ela não é minha mulher,
e eu não sou seu marido;
para que ela afaste as suas prostituições da sua face
e os seus adultérios de entre os seus seios;
3 para que eu não a deixe despida,
e a ponha como no dia em que nasceu,
e a faça como um deserto,
e a torne como uma terra seca,
e a mate à sede.
4 Até de seus filhos não me compadecerei;
porquanto são filhos de prostituições.
5 porque sua mãe se prostituiu;
aquela que os concebeu houve-se torpemente;
porque diz:
Irei após os meus amantes,
que me dão o meu pão e a minha água,
a minha lã e o meu linho, o meu óleo
e as minhas bebidas.
6 Portanto, eis que lhe cercarei o caminho com
espinhos,
e contra ela levantarei uma sebe,
para que ela não ache as suas veredas.
7 Ela irá em seguimento de seus amantes,
mas não os alcançará;
buscá-los-á, mas não os achará;
então dirá:
Irei, e voltarei a meu primeiro marido,
porque melhor me ia então do que agora.
8 Ora, ela não reconhece que fui eu o que lhe dei
o grão, e o vinho, e o azeite,
e que lhe multipliquei a prata e o ouro,
que eles usaram para Baal.
9 Portanto, tornarei a tirar
o meu grão a seu tempo e o meu vinho
no seu tempo determinado;
e arrebatarei a minha lã e o meu linho,
com que cobriam a sua nudez.
10 E agora descobrirei a sua vileza
diante dos olhos dos seus amantes,
e ninguém a livrará da minha mão.
11 Também farei cessar
todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas,
e os seus sábados,
e todas as suas assembléias solenes.
12 E devastarei a sua vide e a sua figueira, de que
ela diz:
É esta a paga que me deram os meus amantes;
eu, pois, farei delas um bosque,
e as feras do campo as devorarão.
13 Castigá-la-ei pelos dias dos baalins,
nos quais elas lhes queimava incenso,
e se adornava com as suas arrecadas e as suas jóias,
e, indo atrás dos seus amantes,
se esquecia de mim, diz o Senhor.
14 Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o
deserto,
e lhe falarei ao coração.
15 E lhe darei as suas vinhas dali,
e o vale de Acor por porta de esperança;
e ali responderá, como nos dias da sua mocidade,
e como no dia em que subiu da terra do Egito.
16 E naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará meu
marido;
e não me chamará mais meu Baal.
17 Pois da sua boca tirarei os nomes dos baalins,
e não mais se fará menção desses nomes.
18 Naquele dia farei por eles aliança
com as feras do
campo, e com as aves do céu,
e com os répteis da terra;
e da terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra,
e os farei deitar em segurança.
19 E desposar-te-ei comigo para sempre;
sim, desposar-te-ei comigo em justiça,
e em juízo, e em amorável benignidade,
e em misericórdias;
20 e desposar-te-ei comigo em fidelidade,
e conhecerás ao Senhor.
21 Naquele dia responderei, diz o Senhor;
responderei aos céus, e estes responderão a terra;
22 a terra responderá
ao trigo,
e ao vinho,
e ao azeite,
e estes responderão a Jizreel.
23 E semeá-lo-ei para mim na terra,
e compadecer-me-ei de Lo-Ruama;
e a e Lo-Ami direi:
Tu és meu povo;
e ele dirá:
Tu és o meu Deus.
A BEG completa dizendo que Cristo, por sua
obediência ativa, supriu essas virtudes do pacto pelo seu povo. Cristo imprime
a sua natureza no coração da sua igreja por meio do Espírito Santo (2Co 3.3).
Naquele dia o Senhor responderia aos céus
que responderia a terra que responderia ao trigo, ao vinho, ao azeite e estes a
Jezreel. Ou seja, Deus seria obsequioso respondendo graciosamente a Israel,
quando a nação novamente aprendesse a responder/retribuir a ele (vs. 15).
O Senhor mostraria que ele, e não Baal,
comandava os ciclos da natureza para que a terra fosse fértil e produzisse a
safra que estava retida (v. 9). Jezreel significa "Deus planta" - a
terra renovada seria particularmente fértil (1.4-5).
A prometida restauração chegaria ao clímax:
·
Quando
o passado vergonhoso de Jezreel (1.4-5; cf. 2.22) fosse redimido.
·
Quando
à Desfavorecida (1.6) fosse demonstrado o amor de Deus.
·
Quando
a Não-Meu-Povo (1.9) se tornasse o povo de Deus. Tu és o meu Deus!
Cristo é o cumprimento dessas profecias,
pois nele estão sendo restauradas todas as coisas.
...