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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Daniel 12:1-13 - O ANJO ENCERRA AS EXPLICAÇÕES A DANIEL

Estamos finalizando o impressionante livro das narrativas e das visões deste homem mui amado, Daniel.
As visões de Daniel, conforme já tivemos oportunidade de mostrar, descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas.
Nós estamos finalizando a visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13).
O profeta volta a sua atenção para uma visão final e longa que focaliza o reinado de Antíoco IV Epífanes e olha também para além desse reino.
Esse material foi dividido em quatro seções principais: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) – já vimos; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20) – já vimos; 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3) – estaremos encerrando; e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13) – veremos e encerraremos agora mesmo.
3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3) - continuação.
Desde 11.21 até o verso terceiro do capítulo 12 de Daniel, estamos vendo o governo de Antíoco IV Epífanes, onde aquele anjo poderoso que fez Daniel se desfalecer diante de sua presença continua a explicar a ele as visões e a declarar a ele a verdade – 11.2.
Continua o anjo suas explicações dizendo que naquele tempo se levantará Miguel, o arcanjo que se acha a favor dos filhos do povo de Daniel e que haverá, naquele tempo, uma grande tribulação qual nunca houve, desde que existe nação, mas que naquele tempo livrar-se-á todo aquele que fosse achado escrito no livro.
Explica-nos a BEG, que Miguel, o protetor angélico de Israel não permitirá que o povo de Deus seja perseguido para sempre. Ele julgará aqueles que oprimem o seu povo. Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do seu povo - 10.13.
A BEG nos fala que sobre o tempo de angústia ou de tribulação, era para vermos Mt 24.21; Mc 13.19, onde Jesus recorreu a essas profecias sobre Antíoco IV para descrever a ocasião do cerco romano contra Jerusalém em 70 d.C. E também não poderia estar se referindo ao tempo da manifestação do anticristo?
Esse livramento que ele fala que será salvo seu povo, não se refere necessariamente ao martírio (vs. 2), mas do poder de Satanás (cf. Mt 6.13; 2Tm 4.18). Como tal, o versículo assegura ao povo de Deus que ele os livrará da tentação de Satanás de apostatar durante o período da tribulação.
Será nessa época, diz as Escrituras, que muitos dos que dormem no pó da terra, ressuscitarão, sendo uns para a vergonha e horror eterno e outros para a salvação eterna.
Essa é uma predição da ressurreição física dos salvos e dos não salvos antes do julgamento final (Mt 25.46; Jo 5.28-29).
Ele encerra esta parte da mensagem lhe falando que aqueles que forem sábios, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente.
Esse é o nosso chamado, à evangelização! Devemos pregar a tempo e fora de tempo a mensagem do evangelho a fim de alcançar quantas vidas forem possíveis. Não podemos, nem devemos perder tempo com esse mundo no qual não há saída para ele e que irá de mal a pior.
4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
A partir dos versos 4 até ao 13, estaremos vendo a mensagem final do anjo a Daniel. O livro conclui delineando um curso futuro de acontecimentos e prometendo descanso eterno a Daniel.
O anjo lhe diz para fechar com selos as palavras do livro até o tempo do fim, onde muitos iriam de um lado para o outro para aumentarem o conhecimento. O ato de selar era compreendido como conferir a alguma coisa a marca de autenticidade 8.26. Poderia também significar que o seu conteúdo estivesse sobre segredo até um tempo determinado.
Foi nesse momento que Daniel, olhando e vendo que diante dele estavam dois outros – provavelmente anjos -, um em cada margem, que um deles disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas (flutuando?) - o mesmo anjo que Daniel viu no capítulo 10 e que estava falando com ele – uma pergunta relacionada ao tempo que decorreria antes de se cumprirem aquelas coisas estupendas – vs. 6.
O anjo, esse homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio, ergueu para o céu a mão direita e a mão esquerda, e Daniel ouvi ele jurar por aquele que vive para sempre, dizendo que haveria um tempo, tempos e metade de um tempo.
Ele completa a resposta dizendo que quando o poder do povo santo fosse finalmente quebrado é que todas aquelas coisas se cumpririam.
Daniel ouviu a pergunta, a resposta – vs. 7 -, o cenário, mas não compreendeu nada e por isso é que perguntou ao anjo que ele chamava de senhor (não Senhor): qual seria o fim daquelas coisas.
A sua resposta foi no sentido de acalmar a Daniel dizendo-lhe que aquelas palavras estariam fechadas, seladas até o tempo do fim. Depois, lhe fala da purificação, do embranquecimento, da provação dos santos e que os ímpios iriam proceder impiamente sem entender nada, mas nada mesmo; no entanto, os sábios haveriam de entender, ou seja, seria quebrado o selo. Este selo somente será quebrado no tempo certo e está relacionado à terrível tribulação.
Ele ainda acrescenta algumas novas informações igualmente difíceis que somente no tempo certo poderão ser compreendidas. Ele diz que desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado – 9.27 -, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias, mas será bem-aventurado o que conseguir esperar e chegar até mil trezentos e trinta e cinco dias. A diferença em dias é de 45 dias, ou seja, um mês e meio. O significado dessas estruturas de tempo é obscuro.
A atitude semelhante de Antíoco IV prefigurava a atitude do romano Tito em 70 d.C. e muito provavelmente do anticristo, o “messias” esperado até hoje pelos judeus que rejeitaram e continuam rejeitando até agora o Messias Jesus, o Cristo.
Depois diz para ele, finalmente, ir até ao fim, porque haveria de descansar e novamente se levantar na sua herança no fim dos dias.
Dn 12:1 Naquele tempo se levantará Miguel,
o grande príncipe,
que se levanta a favor dos filhos do teu povo;
e haverá um tempo de tribulação,
qual nunca houve,
desde que existiu nação até aquele tempo;
mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo,
todo aquele que for achado escrito no livro.
Dn 12:2 E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão,
uns para a vida eterna,
e outros para vergonha e desprezo eterno.
Dn 12:3 Os que forem sábios, pois,
resplandecerão como o fulgor do firmamento;
e os que converterem a muitos para a justiça,
como as estrelas sempre e eternamente.
Dn 12:4 Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro,
até o fim do tempo;
muitos correrão de uma parte para outra,
e a ciência se multiplicará.
Dn 12:5 Então eu, Daniel, olhei,
e eis que estavam em pé outros dois,
um de uma banda à beira do rio,
e o outro da outra banda à beira do rio.
Dn 12:6 E perguntei ao homem vestido de linho,
que estava por cima das águas do rio:
Quanto tempo haverá até o fim destas maravilhas?
Dn 12:7 E ouvi o homem vestido de linho,
que estava por cima das águas do rio,
quando levantou ao céu a mão direita
e a mão esquerda,
e jurou por aquele que vive eternamente
que isso seria para
um tempo,
dois tempos,
e metade de um tempo.
E quando tiverem acabado de despedaçar
o poder do povo santo,
cumprir-se-ão todas estas coisas.
Dn 12:8 Eu, pois, ouvi, mas não entendi;
por isso perguntei:
Senhor meu, qual será o fim destas coisas?
Dn 12:9 Ele respondeu:
Vai-te, Daniel, porque estas palavras estão cerradas
e seladas até o tempo do fim.
Dn 12:10 Muitos se purificarão,
e se embranquecerão,
e serão acrisolados;
mas os ímpios procederão impiamente;
e nenhum deles entenderá;
mas os sábios entenderão.
Dn 12:11 E desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado,
e estabelecida a abominação desoladora,
haverá mil duzentos e noventa dias.
Dn 12:12 Bem-aventurado é o que espera e chega
aos mil trezentos e trinta e cinco dias.
Dn 12:13 Tu, porém, vai-te, até que chegue o fim;
pois descansarás,
e estarás no teu quinhão ao fim dos dias.
SOBRE OS PTOLOMEUS E SELÊUCIDAS.[1]
Com a finalidade de contextualização para nos situarmos na época, reproduzimos em seguida, em itálico, um trecho excelente do Quadro Temático da BEG – Ptolomeus e Selêucidas – ref. Dn 12, pg. 1113.
Com a morte de Alexandre o Grande, em 323 a.C., os ptolomeus dominaram o Egito e a Palestina. Eles respeitaram os costumes e a religião dos israelitas.
Assim, o templo foi o lugar onde se desenvolvia a fé e onde eram guardados os bens destinados a ajudar os órfãos e as viúvas. Porém, a dinastia e as políticas dos ptolomeus enfraqueceram, e a tolerância foi aos poucos desaparecendo.
A partir de 198 a.C., os selêucidas da Síria tentaram conquistar a Palestina, e Antíoco IV Epífanes (175-164 a.C.) conseguiu.
Ele tratou de impor à força os costumes sírios e os israelitas resistiram. Houve perseguição e lutas.
Entre os israelitas que se opuseram, estavam o sacerdote Matatias, Judas, Jônatas e Simeão Macabeus, sobre os quais falam os livros deuterocanônicos dos Macabeus.
Em 168 a.C., Roma derrotou a Macedônia e acabou com a sua monarquia. Quatro anos mais tarde, depois de muitas lutas, tornou-se o reino macabeu da Judeia.
Antíoco V firmou, em 162 a.C., o acordo de liberdade religiosa para os judeus, porém o seu sucessor, Demétrio Soter ("o salvador"), ajudado por alguns judeus, negou novamente os direitos, razão pela qual as lutas se reiniciaram.
Em 142 a.C. os israelitas conseguiram livrar-se do império selêucida e estabeleceram a dinastia dos hasmoneus, que durou pouco menos de um século, pois no ano 63 a.C. Jerusalém caiu nas mãos de Pompeu e tornou-se urna nova colônia de Roma.

CONCLUSÃO

Estamos satisfeitos com o resultado alcançado se bem que, com certeza, ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele cumprirá todas elas!
A palavra de Deus foi anunciada em cada um dos 12 capítulos da história de vida desse profeta de Deus que nos ensinou grandes lições.
Em cada um dos homens de Deus temos visto uma grande devoção e temor a Deus que os faziam buscar ao Senhor e se humilharem diante dele com a fé e a certeza de que os seus clamores não seriam em vão.
Em Daniel, vimos que é possível viver neste mundo, trabalhar na política, ser do alto escalão, mesmo sendo empresa privada ou pública, ser produtivo, eficaz, trabalhar com excelência e ainda dar glórias devidas ao nome de Jesus cristo, nosso Senhor.
De fato, o Brasil precisa de homens como Daniel:
·       Que permaneçam fiéis à despeito de tudo.
·       Que confiem em Deus acima de tudo.
·       Que conheçam o Deus soberano em suas vidas.
Eu sempre fui empolgado com o tema da soberania de Deus e na vida de Daniel ela está presente de forma muito forte e profunda.
Também aprendemos que os reis nada haveriam de fazer sem que a Providência divina agisse derretendo os seus corações para serem conformes às necessidades do povo de Deus.
Aprendemos que não são os líderes que são colocados diante do povo de Deus para serem estrelas, brilharem e terem destaques, antes é a graça de Deus que levanta líderes para cuidarem do povo de Deus pelo qual o Senhor se animou a morrer e a dar a sua vida.
O destaque não é, nem deve ser o líder, mas Deus e a sua glória que está abençoando o seu povo. Os maiores líderes de Deus em todos os tempos se ofereceram à morte para que o povo fosse poupado, ou mesmo enfrentaram grandes desafios a favor do povo de Deus.
Não há como não percebermos que do início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo. Percebe-se assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes e profetas por ele escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de Daniel.
Do Senhor sempre veio a ordem e a organização; os líderes e os mandamentos; os símbolos e suas representações; os artífices e ourives que tudo fizeram de acordo com o modelo que lhes fora mostrado; a vitória e as guerras; a força e a coragem para lutar e vencer e sair vencedor; a paz e a prosperidade; a proteção e o abrigo contra as intempéries do mundo; o caminho, a verdade e a vida para que seguissem; o filho de Deus, o Messias esperado que ali estava sendo preservado com os descendentes messiânicos.
Para finalizarmos, busquemos a face de Deus e nos convertamos de nossos maus caminhos, pois assim, e somente assim, abriremos caminho para derramar as numerosas bênçãos resultantes do poder e dos milagres de que precisamos para nossa vida! Aleluia!
O mundo com tudo o que nele há – a criação de Deus que envolve a concepção, o planejamento, a orquestração e a realização de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades - foi criado nele – em Jesus Cristo, a Segunda pessoa da Trindade -, por ele e para ele de forma proposital – com propósitos - em função da família a qual Deus quis colocar a sua imagem e a sua semelhança para que recebendo-a e transmitindo-a pela graça e benção da geração de filhos cumprissem a sua aliança com eles por meio dos mandados de Deus, quais sejam os mandados espiritual, social e cultural.
Não é hora de desanimar, embora tantas não foram as vezes que eu mesmo pensei em parar, principalmente ao tirar os olhos do Senhor para colocá-los em alvos terrestres, mas o Senhor teve misericórdias de mim.

Que eu seja testemunha do poder que existe somente em ti, Senhor. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, meu Senhor e Salvador. Amém e amém!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


[1] Quadro Temático da BEG – Ptlomeus e Selêucidas – ref. Dn 12, pg. 1113.
...
Bom dia.

O objetivo de meu estudo não é trazer revelação, conhecimento secreto, algo profético misterioso, nem mesmo revelar as vozes dos sete trovões que João ia anotar, mas o anjo não o permitiu. Aqui não tem fantasia, nem viagem, nem achismo... Se isso não te agrada, procure outro canal. A parte escrita se encontra neste endereço:
http://www.jamaisdesista.com.br/2015/05/daniel-121-13-o-anjo-encerra-as.html

Colocarei aqui também, abaixo, dezenas de comentários, estudos, sermões (Parallel, Sermons, Topical,  Strong's, Comment, Interlin, Hebrew, Lexicon, Multilingual Translation, etc... ), que tratarão do assunto deste capítulo 12, versículo x versículo. Infelizmente, ou felizmente, todos os estudos estarão em inglês.

A pergunta sobre o arrebatamento: é antes, depois? Quanto? Como? Não emitirei a minha opinião por não entender relevante, mas deixarei clara aqui os diversos tipos de opinião. Estude e tenha sua própria opinião. Sim, creio no arrebatamento da igreja. Sim, creio na volta de Jesus. 




quinta-feira, 28 de maio de 2015

Prosseguindo para o alvo e para o prêmio.

Eu não quero perder tempo...
Eu não quero errar o caminho...
Eu não quero atrapalhar ninguém...
Eu não quero falhar, nem fracassar....

Entendem?

O "Não Querer" é uma garantia de que alcançarei o proposto?
Uma vida de oração é garantia?
O trabalhar diligentemente é uma garantia?

Não! Desculpem-me...
Não temos garantias nenhuma de nada...

No entanto, eu sei o que farei?
Sim, eu sei....

Irei trabalhar procurando não perder tempo, mas sabendo que deverei perder algum tempo (ah! se eu fosse perfeito!).
Irei trabalhar para não errar o caminho, esforçando-me por não atrapalhar ninguém, nem falhar, nem fracassar, mas ciente de que poderei perder tempo, errar, atrapalhar alguém (perdoe-me!), falhar e fracassar.

Eu farei como o apóstolo Paulo:
- Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço:
.... esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3.13,14).

http://www.ossemeadores.com.br



Daniel 11:1-45 - O ANJO BOMBARDEIA DANIEL COM INFORMAÇÕES DO FIM.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 – já vista - e as suas visões, do 7 ao 12.
Continuaremos vendo agora as suas visões. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Parte II - AS VISÕES (7.1-12.13) – continuação.
Como também já dissemos, as visões de Daniel descrevem o futuro do povo de Deus olhando para além dos anos de exílio. Deus revelou a Daniel que quatro grandes impérios controlariam Israel e perseguiriam os israelitas. Nesses capítulos, Daniel muda das narrativas históricas para os relatos das visões.
Essas visões dependem dos dois temas centrais estabelecidos nos primeiros seis capítulos do livro:
ü  O Deus de Israel estava no controle de todas as nações.
ü  Daniel era digno de confiança como um intransigente profeta de Deus.
Esses capítulos preparam um Israel exilado para a longa espera pela restauração e para as dificuldades que viriam sob o controle de poderes estrangeiros.
Elas encorajam também o povo de Deus a não desistir da esperança de que o reino de Deus viria ao término dessas aflições.
Daniel mencionou quatro tópicos principais:
ü  Os quatro animais (7.1-28) – já vimos.
ü  Um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos.
ü  As "setenta semanas" (9.1-27) – já vimos.
ü  O futuro do povo de Deus (10.1-12.13) – Estamos vendo.
Esta segunda parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em quatro seções: A. A visão dos quatro animais (7.1-28) – já vista; B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27) – já vimos; C. A visão das setenta semanas (9.1-27) – já vimos; e, D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13)estamos vendo.
D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13) - continuação.
Veremos do capítulo 10 ao 12, concluindo o livro de Daniel, a visão do futuro do povo de Deus.
O profeta volta a sua atenção para uma visão final e longa que focaliza o reinado de Antíoco IV Epífanes e olha também para além desse reino.
Esse material se divide em quatro seções principais, conforme já citado acima: 1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) – concluiremos agora; 2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20) – veremos e concluiremos agora; 3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3) – estamos vendo; e, 4. A mensagem final a Daniel (12.4-13).
1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1-11.1) - continuação.
Até o primeiro versículo do próximo capítulo, estamos vendo a mensagem do anjo para Daniel.
Depois de ter fortalecido Daniel com o toque e com suas palavras (três frases de ânimo), ele, o anjo, menciona que anteriormente havia prestado assistência a Miguel (10.13), talvez em conexão com o decreto persa permitindo que os judeus retornassem à sua terra. Gabriel (seria mesmo Gabriel?) parace ser o tipo de anjo que além de levar a mensagem divina, também fortalece os seus receptores, como Daniel e Miguel, um homem e outro arcanjo.
2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20).
Dos vs. 2 ao 20, estaremos vendo um período de Daniel até Antíoco IV Epífanes. A revelação dada a Daniel em 11.2-20 dizia respeito à história do antigo Oriente Próximo desde o tempo de Daniel até o tempo de Antíoco IV Epífanes.
A visão do profeta foi extraordinariamente detalhada, descrevendo interconexões complexas entre acontecimentos, muito além do que era normalmente dado a um profeta israelita. Esses detalhes chamaram a atenção dos primeiros leitores desse livro e demonstraram a confiabilidade de Daniel.
O vs. 2 fala de três reis que se levantariam na Pérsia e um quarto, mais rico de todos.
·         Cambises (529-523 a.C.).
·         Pseudo-Smerdis ou Gaumata (523-522 a.C.).
·         Dario I (522-486 a.C.). 
·         O quarto: Xerxes I (ou Assuero) (485-464 a.C.) – que era mais rico que todos os outros - veja Et 1.4. Era dito que ele empregaria tudo contra o reino da Grécia. Xerxes empreendeu grande número de campanhas contra a Grécia, começando em 480 a.C.
Depois deles, se levantaria um outro rei muito poderoso - vs. 3. Trata-se de Alexandre o Grande (363-323 a.C.) - 7.6; 8.5,8 – que seria quebrado e repartido para os quatro ventos do céu - 7.6; 8.8 -, mas não para os seus descendentes, muito menos conforme o reino que reinou porque seria ele arrancado ferozmente, violentamente e passado a outros estranhos a eles – vs. 4.
Já o rei do Sul seria Ptolomeu I Soter (323-285 a.C.) e um de seus príncipes, Seleuco I Nicátor (311-280 a.C.), seria mais forte ainda. Seleuco rompeu com Ptolomeu, tornou-se rei da Babilônia e controlou os territórios do rio Indo no leste até a Síria no oeste.
A profecia é muito rica em detalhes e dos vs. 6 ao 20 temos, conforme a BEG,  predições detalhadas das relações entre o rei do Norte (o reino selêucida) e o rei do Sul (O reino ptolomaico). Essa seção pode ser dividida em três partes:
(1)   Os acontecimentos relacionados a Laodice e Berenice (vs. 6-9).
(2)   A carreira de Antíoco III (vs. 10-19).
(3)   O reinado de Seleuco IV (v. 20).
Vejamos os detalhes de cada uma dessas partes.
(1)   Os acontecimentos relacionados a Laodice e Berenice (vs. 6-9).
No decorrer de anos, haveria uma aliança de casamento para estabelecer a concórdia ou firmar um tratado por meio de um casamento de aliança política (c. 250 a.C.) entre Antíoco II Theos (261-246 a.C.), da Síria, e Ptolomeu II do Egito. – vs. 6 – envolvendo a filha do rei do Sul, Berenice, filha de Ptolomeu II Filadelfo (285-246 a.C.).
Ela, porém não conservará a força do seu braço, e ele não permanecerá, pois Laodice, ex-esposa de Antíoco II, instigou uma conspiração que terminou com a morte por envenenamento de Berenice, Antíoco II e do filho pequeno deles.
O renovo da linhagem dela, um que se levantaria – vs. 7 – seria Ptolomeu III Evergetes (246-221 a.C.), o irmão de Berenice (vs. 6) que avançaria contra o exército do rei do Norte. Ptolomeu III atacou o reino selêucida, executou Laodice e retornou ao Egito com um considerável despojo.
Por alguns anos ele deixou de atacar ao rei do norte e entrou no reino do sul, avançando contra o reino do rei do Sul. Essa foi uma referência à campanha desastrosa de Seleuco II Calinico (246-226 a.C.), filho de Laodice contra o reino ptolomaico em 240 a.C.
(1)   A carreira de Antíoco III (vs. 10-19).
Apesar disso, seus filhos, Seleuco III Cerauno (226-223 a.C.) e Antíoco III o Grande (223-187 a.C.), interveriam e fariam guerra e reunirão numerosas forças. Antíoco III lutou com os ptolomeus entre 222-187 a.C. e por certo tempo conseguiu o controle de Canaã assim como do oeste da Síria. Na sua volta, eles levariam a gurerra ate a sua fortaleza. Provavelmente se refere a Ráfia, uma fortaleza ptolomaica no sul de Canaã. Uma grande batalha teve lugar ali em 217 a.C
Então, este (o rei do Sul) – vs. 11 - Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.), pelejou contra o rei do Norte, Antíoco III. Ele sofreu grandes perdas (mais de catorze mil homens) na batalha de Ráfia em 217 a.C. com isso, Antíoco III se encheu de orgulho e matou milhares, mas somente por breve tempo.
Numa aliança com Filipe V da Macedônia, ele levantou um exército ainda maior para invadir o reino ptolomaico. Ptolomeu IV morreu em circunstâncias misteriosas e foi sucedido por Ptolomeu V Epífanes (203-181 a.C.), seu filho de quatro anos de idade.
Antíoco III, o rei do Norte veio, levantou baluartes e tomou cidades fortificadas, ou seja, venceu em Sidom sobre o general egípcio Scopas em 198 a.C. Essa vitória marcou o fim do governo ptolomaico na Palestina.
Esse invasor fez o que bem entendia e ninguém pode resistir-lhe, além do que se instalou na terra gloriosa, ou seja, na Terra Prometida (vs. 16; 41,45; 8.9).
Ele veio com o poder de todo o seu reino e fez alianças com o reino do sul dando a ele uma filha em casamento a fim de derrubar o reino, no entanto, seu plano ardiloso não logrou êxito.
Cleópatra, filha de Antíoco III, foi dada em casamento ao rei menino Ptolomeu V, mas Cleópatra aliou-se com os egípcios e não com o seu pai. Ela buscou auxílio dos romanos contra a tentativa de Antíoco III de tomar as cidades costeiras da Ásia Menor que eram controladas pelo Egito.
Não conseguindo o que queria, voltou a sua atenção para as regiões costeiras e tomou muitas delas, mas o general romano Lúcio Cornélio Scipião derrotou Antíoco III em várias batalhas e o forçou a ceder a Ásia Menor ao controle romano (a paz de Apameia, 188 a.C.). Por esse tempo, o segundo filho de Antíoco III, mais tarde conhecido como Antíoco IV Epífanes, foi levado para Roma como refém.
(1)   O reinado de Seleuco IV (v. 20).
No lugar de Antíoco III, levantou-se seu filho Seleuco IV Filopátor (187-175 a.C.), que enviou um exator – cobrador de impostos - Heliodoro (2Macabeus 3.7-40 [um livro apócrifo]) – para manter o esplendor real, contudo em poucos anos foi destruído, mas não em ira, nem em combate.
3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3).
A partir deste verso até o terceiro verso do capítulo final de Daniel, veremos o governo de Antíoco IV Epífanes.
Conforme a BEG, Daniel enfoca o caráter mais importante da história delineada até aqui: o grande Antíoco IV que perseguiu os judeus e profanou o templo.
O profeta se concentra:
·         Na ascensão e no caráter dele (11.21-24).
·         Na sua carreira (11.25-31).
·         Nas condições do povo de Deus durante o seu reinado (11.32-35).
·         Faz um resumo:
ü  De suas posturas religiosas (11.36-39),
ü  Das ambições de seu coração (11.40-45)
ü  E descreve a sua derrota (12.1-3)
O homem vil do versículo 21 é o infame Antíoco IV Epífanes (175-164 a.C.), irmão de Seleuco IV, mas não é o seu legítimo sucessor, pois Seleuco IV tinha um filho, Demétrio Soter, também conhecido como Demétrio I (veja os vs. 23-24; 8.9-14).
Este homem desprezível invadiu o reino quando o povo se sentia seguro e se apoderou do reino por meio de intrigas e um exército avassalador foi arrasado diante ele, tanto o exercito quanto o príncipe da aliança. Talvez aqui seja uma referência ao assassinato do sumo sacerdote Onias III pelos que apoiavam Antíoco IV (175-163 a.C.), em Jerusalém em 171 a.C. (cf. 2Macabeus 4.32-43 [um livro apócrifo]). Fez também acordos, mas foi traiçoeiro e com apenas poucos foi capaz de chegar ao poder.
Ele fez com que as províncias mais ricas se sentissem seguras e depois as invadiu e conseguiu realizar o que nem seus pais nem os seus antepassados conseguiram. Ele distribui despojos, saques e riquezas entre seus seguidores. Depois, ele tramou a tomada de fortalezas, mas só por algum tempo.
Ele também suscitou forças e coragem com um grande exército contra o rei do sul, Ptolomeu VI Filométor (181-146 a.C.), filho de Ptolomeu V e Cleópatra e sobrinho de Antíoco (vs. 17). Antíoco IV derrotou Ptolomeu VI em Pelúsio, localizada na fronteira do Egito (cf. 1 Macabeus 1.16-19 [um livro apócrifo]).
Como resultado das intrigas em Jerusalém contra os seus aliados, Ântico IV saqueou o templo na sua volta do Egito para Antioquia, na Síria (cf. 1Macabeus 1.20-28 [um livro apócrifo]).
Antíoco IV invadiu novamente o Egito em 168 a.C., mas estiveram contra ele navios de Quitim. Exércitos romanos sob o comando de Caio Popílio Lenas forçaram Antíoco a se retirar do Egito. Por conta disso, se indignou contra a santa aliança. Antíoco estava determinado a exterminar a religião judaica e ardilosamente foi bondoso com os que abandonaram a santa aliança.
Com propósito firme de extinguir a religião judaica, suas forças armadas se levantaram para profanarem a fortaleza e o templo tirando o sacrifício diário e estabelecendo a abominação desoladora. A profanação do templo ocorreu em dezembro de 168 a.C. por Antíoco IV (cf. 1Macabeus 1.54,59; 2Macabeus 6.2 (livros apócrifos]; 8.11; 9.27; 12.11).
Ele com lisonjas corrompeu muitos dos que violaram a aliança, mas não pode prevalecer contra todos, pois o povo que conhece ao seu Deus se tornou forte e ativo. Os que se opuseram a Antíoco IV permaneceram fiéis ao Senhor até a morte (1 Macabeus 1.61-63 [livro apócrifo]).
Aqueles que são sábios acabaram instruindo a muitos, mas por certo período caíram pela espada e foram queimados, capturados e saqueados. Até receberam uma pequena ajuda, no entanto, muitos que não eram sinceros se juntavam a eles.
Os que ajudaram – a pequena ajuda, vs. 34 – são possivelmente, conforme a BEG, uma referência a Matadas, um velho sacerdote, e seus cinco filhos (João, Simão, Judas, Eleazar e Matas) que desfecharam uma guerra de guerrilha contra Antíoco IV Matatias morreu em 166 a.C. Seus filhos continuaram a luta e se tornaram conhecidos como os Macabeus.
A vitória foi alcançada sob a liderança de Judas Macabeu em dezembro de 165 a.C. quando o templo foi purificado e os sacrifícios diários foram restaurados (cf. 1 Macabeus 4.36-39 [um livro apócrifo]).
Há um motivo para os sábios tropeçarem – vs. 35:
·         Para serem refinados.
·         Para serem purificados.
·         Para serem alvejados até a época do fim, pois isso só virá no tempo determinado.
Dos versos de 11.36 a 12.3, veremos que em seu momento de maior orgulho, este rei será destruído exatamente no monte Sião, no coração da terra santa (vs. 44-45). Sua derrota em 12.1-3 é descrita em termos do fim absoluto da História.
Como essas profecias não tiveram um cumprimento histórico, nos esclarece a BEG, em sua visão e interpretação, é difícil discernir quão literais ou metafóricas elas são, e nossa interpretação deve ser precavida. Certos detalhes em 11.26 a 12.3 não podem ser facilmente harmonizados com o tempo de Antíoco 1V.
Por essa razão, muitos intérpretes evangélicos compreendem esses versículos como sendo descritivos do anticristo que perseguirá o povo de Deus imediatamente antes da segunda vinda de Cristo (cf. 12.1-3).
Entretanto, essa interpretação exige a admissão de um intervalo extenso de tempo entre os acontecimentos retratados em 11.21-35 e aqueles em 11.36-12.3, que o texto não comunica.
É possível que esses acontecimentos profetizados tenham sido evitados, alterados ou retardados.
Dn 11:1 Eu, pois, no primeiro ano de Dario, medo,
levantei-me para o animar e fortalecer.
Dn 11:2 E agora te declararei a verdade:
Eis que ainda se levantarão três reis na Pérsia,
e o quarto será muito mais rico do que todos eles;
e tendo-se tornado forte por meio das suas riquezas,
agitará todos contra o reino da Grécia.
Dn 11:3 Depois se levantará um rei poderoso,
que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver.
Dn 11:4 Mas, estando ele em pé,
o seu reino será quebrado,
e será repartido para os quatro ventos do céu;
porém não para os seus descendentes,
nem tampouco segundo o poder
com que reinou;
porque o seu reino será arrancado,
e passará a outros que não eles.
Dn 11:5 O rei do sul será forte, como também um dos seus príncipes;
e este será mais forte do que ele,
e reinará, e grande será o seu domínio,
Dn 11:6 mas, ao cabo de anos, eles se aliarão;
e a filha do rei do sul virá ao rei do norte
para fazer um tratado.
Ela, porém, não conservara a força de seu braço;
nem subsistirá ele, nem o seu braço;
mas será ela entregue,
e bem assim os que a tiverem trazido,
e seu pai, e o que a fortalecia naqueles tempos.
Dn 11:7 Mas dum renovo das raízes dela
um se levantará em seu lugar, e virá ao exército,
e entrará na fortaleza do rei do norte,
e operará contra eles e prevalecerá.
Dn 11:8 Também os seus deuses,
juntamente com as suas imagens de fundição,
com os seus vasos preciosos de prata e ouro,
ele os levará cativos para o Egito;
e por alguns anos ele deixará de atacar ao rei do norte.
Dn 11:9 E entrará no reino do rei do sul,
mas voltará para a sua terra.
Dn 11:10 Mas seus filhos intervirão,
e reunirão uma multidão de grandes forças;
a qual avançará, e inundará,
e passará para adiante;
e, voltando, levará a guerra até a sua fortaleza.
Dn 11:11 Então o rei do sul se exasperará,
e sairá, e pelejará contra ele, contra o rei do norte;
este porá em campo grande multidão,
e a multidão será entregue na mão daquele.
Dn 11:12 E a multidão será levada, e o coração dele se exaltará;
mas, ainda que derrubará miríades, não prevalecerá.
Dn 11:13 Porque o rei do norte tornará,
e porá em campo uma multidão maior do que a primeira;
e ao cabo de tempos, isto é, de anos,
avançará com grande exército
e abundantes provisões.
Dn 11:14 E, naqueles tempos, muitos se levantarão
contra o rei do sul;
e os violentos dentre o teu povo se levantarão
para cumprir a visão, mas eles cairão.
Dn 11:15 Assim virá o rei do norte,
e levantará baluartes, e tomará uma cidade bem fortificada;
e as forças do sul não poderão resistir,
nem o seu povo escolhido,
pois não haverá força para resistir.
Dn 11:16 O que, porém, há de vir contra ele
fará o que lhe aprouver, e ninguém poderá resistir
diante dele; ele se fincará na terra gloriosa,
tendo-a inteiramente sob seu poder.
Dn 11:17 E firmará o propósito de vir com toda a força do seu reino,
e entrará em acordo com ele,
e lhe dará a filha de mulheres,
para ele a corromper;
ela, porém, não subsistirá, nem será para ele.
Dn 11:18 Depois disso virará o seu rosto para as ilhas,
e tomará muitas;
mas um príncipe fará cessar o seu opróbrio
contra ele,
e ainda fará recair sobre ele o seu opróbrio.
Dn 11:19 Virará então o seu rosto para as fortalezas
da sua própria terra, mas tropeçará, e cairá,
e não será achado.
Dn 11:20 Então no seu lugar se levantará quem fará passar
um exator de tributo pela glória do reino;
mas dentro de poucos dias será quebrantado,
e isto sem ira e sem batalha.
Dn 11:21 Depois se levantará em seu lugar um homem vil,
ao qual não tinham dado a majestade real;
mas ele virá caladamente,
e tomará o reino com lisonja.
Dn 11:22 E as forças inundantes serão varridas de diante dele,
e serão quebrantadas, como também o príncipe do pacto.
Dn 11:23 E, depois de feita com ele a aliança,
usará de engano; e subirá, e se tornará forte
com pouca gente.
Dn 11:24 Virá também em tempo de segurança
sobre os lugares mais férteis da província;
e fará o que nunca fizeram seus pais,
nem os pais de seus pais;
espalhará entre eles a presa, os despojos e os bens;
e maquinará os seus projetos contra as fortalezas,
mas por certo tempo.
Dn 11:25 E suscitará a sua força e a sua coragem
contra o rei do sul com um grande exército;
e o rei do sul sairá à guerra com um grande
e mui poderoso exército,
mas não subsistirá,
pois maquinarão projetos contra ele.
Dn 11:26 E os que comerem os seus manjares o quebrantarão;
e o exército dele será varrido por uma inundação,
e cairão muitos traspassados.
Dn 11:27 Também estes dois reis terão o coração atento
para fazerem o mal, e assentados à mesma mesa
falarão a mentira;
esta, porém, não prosperará,
porque ainda virá o fim no tempo determinado.
Dn 11:28 Então tornará para a sua terra com muitos bens;
e o seu coração será contra o santo pacto;
e fará o que lhe aprouver,
e tornará para a sua terra.
Dn 11:29 No tempo determinado voltará,
e entrará no sul;
mas não sucederá desta vez como na primeira.
Dn 11:30 Porque virão contra ele navios de Quitim,
que lhe causarão tristeza; por isso voltará,
e se indignará contra o santo pacto,
e fará como lhe aprouver.
Voltará e atenderá aos que tiverem abandonado
o santo pacto.
Dn 11:31 E estarão ao lado dele forças que profanarão o santuário,
isto é, a fortaleza, e tirarão o holocausto contínuo,
estabelecendo a abominação desoladora.
Dn 11:32 Ainda aos violadores do pacto ele perverterá com lisonjas;
mas o povo que conhece ao seu Deus
se tornará forte,
e fará proezas.
Dn 11:33 Os entendidos entre o povo
ensinarão a muitos;
todavia por muitos dias cairão
pela espada
e pelo fogo,
pelo cativeiro
e pelo despojo.
Dn 11:34 Mas, caindo eles, serão ajudados
com pequeno socorro;
muitos, porém, se ajuntarão a eles com lisonjas.
Dn 11:35 Alguns dos entendidos cairão para serem
acrisolados,
purificados
e embranquecidos, até o fim do tempo;
pois isso ainda será para
o tempo determinado.
Dn 11:36 e o rei fará conforme lhe aprouver;
exaltar-se-á, e se engrandecerá sobre todo deus,
e contra o Deus dos deuses
falará coisas espantosas;
e será próspero,
até que se cumpra a indignação:
pois aquilo que está determinado será feito.
Dn 11:37 E não terá respeito aos deuses de seus pais,
nem ao amado das mulheres,
nem a qualquer outro deus;
pois sobre tudo se engrandecerá.
Dn 11:38 Mas em seu lugar honrará ao deus das fortalezas;
e a um deus a quem seus pais não conheceram,
ele o honrará com ouro e com prata,
com pedras preciosas e com coisas agradáveis.
Dn 11:39 E haver-se-á com os castelos fortes
com o auxílio dum deus estranho;
aos que o reconhecerem,
multiplicará a glória;
e os fará reinar sobre muitos,
e lhes repartirá a terra por preço.
Dn 11:40 Ora, no fim do tempo,
o rei do sul lutará com ele;
e o rei do norte virá como turbilhão contra ele,
com carros e cavaleiros, e com muitos navios;
e entrará nos países, e os inundará,
e passará para adiante.
Dn 11:41 Entrará na terra gloriosa,
e dezenas de milhares cairão;
mas da sua mão escaparão estes:
Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom.
Dn 11:42 E estenderá a sua mão contra os países;
e a terra do Egito não escapará.
Dn 11:43 Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata,
e de todas as coisas preciosas do Egito;
os líbios e os etíopes o seguirão.
Dn 11:44 Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão;
e ele sairá com grande furor,
para destruir e extirpar a muitos.
Dn 11:45 E armará as tendas do seu palácio
entre o mar grande e o glorioso monte santo;
contudo virá ao seu fim,
e não haverá quem o socorra.
É mesmo terrível este rei estranho – vs. 36 ao 45:
·         Fará o que bem entender.
·         Ele se exaltará e se engrandecerá acima de todos os deuses.
·         Dirá coisas jamais ouvidas contra o Deus dos deuses.
·         Ele terá sucesso até que o tempo da ira se complete, pois o que foi decidido irá acontecer.
·         Ele não terá consideração pelos deuses dos seus antepassados nem pelo deus preferido das mulheres, nem por deus algum, mas se exaltará acima deles todos.
·         Em seu lugar adorará um deus das fortalezas; um deus desconhecido de seus antepassados ele honrará com ouro e prata, com pedras preciosas e presentes caros.
·         Atacará as fortalezas mais poderosas com a ajuda de um deus estrangeiro e dará grande honra àqueles que o reconhecerem.
ü  Ele os fará governantes sobre muitos e distribuirá a terra, mas a um preço elevado.
·         No tempo do fim o rei do sul se envolverá em combate, e o rei do norte o atacará com carros e cavaleiros e uma grande frota de navios.
·         Ele invadirá muitos países e avançará por eles como uma inundação.
·         Também invadirá a Terra Magnífica.
·         Muitos países cairão, mas Edom, Moabe e os líderes de Amom ficarão livres da sua mão.
·         Ele estenderá o seu poder sobre muitos países; o Egito não escapará.
·         Ele terá o controle dos tesouros de ouro e de prata e de todas as riquezas do Egito.
·         Os líbios e os núbios a ele se submeterão.
·         Mas, informações provenientes do leste e do norte o deixarão alarmado, e irado partirá para destruir e aniquilar a muitos.
·         Armará suas tendas reais entre os mares, no belo monte santo.
·         No entanto, ele chegará ao seu fim, e ninguém o socorrerá. Veja JI 3; veja também Zc 14.1-4; 2Ts 2.8; Ap 16.13-16; 19.11-21.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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