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domingo, 10 de maio de 2015

Ezequiel 41:1-26 - EZEQUIEL NÃO PODE ENTRAR NO SANTO DOS SANTOS.

Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “B” – a última -, na subseção “3”, no capítulo 41. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio). Veja nosso mapinha de leitura abaixo para se situar no texto:
Parte III - FUTURAS BÊNÇÃOS PARA JUDÁ E JERUSALÉM - 31.1-48.35.
B. Visão de Jerusalém restaurada (40.1-48.35).
2. As estruturas do templo (40.5-42.20) - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo doravante, até o capítulo 42. 20, as estruturas do templo. Foi mostrado a Ezequiel como seria o glorioso templo do futuro.
Para melhor reflexão de nossa parte, também dividimos essas estruturas do templo em três, conforme ele tinha observado: a. Os átrios e as portas do templo (40.5-49) – já vimos; b. O santuário (41.1-26) – veremos agora; c. As câmaras para os sacerdotes (42.1-20);
b. O santuário (41.1-26).
Neste capítulo, até o final dele, estaremos vendo essa subseção “b” que continua a falar do templo, sendo que já vimos os textos sobre os átrios e as portas do templo e agora, neste capítulo, sobre o santuário. Ezequiel viu o lugar santíssimo do templo.
Ezequiel estava sendo conduzido, por isso que fala que “então me levou...”. O ser que o acompanhava era aquele que se encontra no início do capítulo 40, verso 3, um homem com aparência do bronze.
Ele não estava indo de per-se, mas sendo conduzido pelo templo e primeiro passa pelo santuário exterior onde faz suas anotações de medidas e outras observações – vs. 1 e 2.
Nos versos 3 e 4, este ser angelical é que penetra e faz as medições no  Santo dos Santos. O acesso ao Santo dos Santos era restrito ao sumo sacerdote no Dia da Expiação (Lv 16; Hb 9.11-14); o anjo pôde entrar nesse recinto, mas Ezequiel não. Em Cristo Jesus hoje, temos pleno acesso! - Hb 10.19.
Ezequiel era uma espécie de testemunha ou escrivão que deveria estar anotando tudo, pois assim como ele levava Ezequiel pelo templo, ele media as partes do templo e as passava a Ezequiel que deveria estar anotando, se não, não haveria esses registros tão precisos e detalhados de cada parte do templo.
As dimensões do Santo dos Santos no tabernáculo e no templo de Salomão também formavam um cubo que tinha o comprimento, a largura e a altura na mesma medida (cf. Ap 21.16).
Dos versos de 5 ao 12, ele descreverá as câmaras laterais. As câmaras ou quartos eram construídas ao redor dos lados norte, oeste e sul do edifício do templo; essa estrutura em três andares aparentemente deveria ser utilizada para guardar os equipamentos e as riquezas do templo (cf. 42.13; 1Rs 6.5-10).
O segundo e terceiro andares formavam um ressalto, de modo que cada um era um côvado mais largo que o andar inferior. Haviam 30 quartos em cada um dos andares.
O anjo ia medindo cada detalhe e Ezequiel observando e anotando outros. Eles pareciam bem compenetrados naquela missão. Foram medidas as paredes, os quartos, as áreas abertas, bem como foram descritos como eram as portas, os andares, o templo todo, o pátio, corredores, paredes.
Chama a atenção que dentro do templo havia obras de escultura – vs 17 – 20. Compare com 1 Rs 6.18; 2Cr 3.5-7. No espaço acima do lado exterior da entrada do santuário interno e nas paredes, a intervalos regulares, em volta de todo o santuário interior e exterior, havia querubins e tamareiras em relevo.
As tamareiras alternavam com os querubins e cada um dos querubins tinham dois rostos.
Os rostos deles eram da face de um homem e da face de um leão, cujo rosto do homem era virado para a tamareira de um dos lados, e o rosto do leão era virado para a tamareira do outro lado e eles estavam em relevo ao redor do templo inteiro.
Desde o chão até a área acima da entrada, havia querubins e tamareiras em relevo na parede do santuário exterior.
Nessa passagem, a mesa para o pão da proposição é descrita como um altar, provavelmente porque o pão era consumido pelos sacerdotes como parte de uma refeição sacrificial e porque o incenso que ra colocado junto ao pão era visto como uma oferta memorial (Lv 24.5-9; 1 Sm 21.3-6).
Ez 41:1 Então me levou ao templo, e mediu as umbreiras,
seis côvados de largura de uma banda,
e seis côvados de largura da outra,
que era a largura do tabernáculo.
Ez 41:2 E a largura da entrada era de dez côvados;
e os lados da entrada,
cinco côvados de uma banda e cinco côvados da outra;
também mediu o seu comprimento,
de quarenta côvados,
e a largura,
de vinte côvados.
Ez 41:3 E entrou dentro,
e mediu cada umbral da entrada, dois côvados;
e a entrada, seis côvados; e a largura da entrada,
sete côvados.
Ez 41:4 Também mediu o seu comprimento, vinte côvados,
e a largura, vinte côvados, diante do templo; e disse-me:
Este é o lugar santíssimo.
Ez 41:5 Então mediu a parede do templo, seis côvados,
e a largura de cada câmara lateral, quatro côvados,
por todo o redor do templo.
Ez 41:6 E as câmaras laterais eram de três andares,
câmara sobre câmara, e trinta em cada andar;
e elas entravam na parede que tocava no templo
para essas câmaras laterais em redor,
para se susterem nela, porque não travavam
da parede do templo.
Ez 41:7 Também as câmaras laterais aumentavam
de largura de andar em andar, ao passo
que se aprofundava a reentrância da parede
de andar em andar em volta do templo;
e havia ao lado do templo uma escadaria
pela qual se subia do primeiro ao terceiro andar
mediante o segundo.
Ez 41:8 Vi também que havia ao redor do templo
um pavimento elevado;
os fundamentos das câmaras laterais eram
da medida de uma cana inteira,
seis côvados grandes.
Ez 41:9 A grossura da parede exterior das câmaras laterais
era de cinco côvados; e o que sobrava do pavimento
fora das câmaras laterais,
que estavam junto ao templo,
também era de cinco côvados.
Ez 41:10 E por fora das câmaras havia um espaço livre
de vinte côvados de largura em toda a volta do templo.
Ez 41:11 E as entradas das câmaras laterais estavam voltadas
para a parte do pavimento que sobrava,
uma entrada para o lado do norte,
e outra entrada para o do sul;
e a largura desta parte do pavimento era de
cinco côvados em redor.
Ez 41:12 Era também o edifício que estava diante do lugar separado,
ao lado que olha para o ocidente, da largura
de setenta côvados;
e a parede do edifício era de cinco côvados de largura
em redor, e o seu comprimento de noventa côvados.
Ez 41:13 Assim mediu o templo, do comprimento de cem côvados,
como também o lugar separado, e o edifício,
e as suas paredes, cem côvados de comprimento.
Ez 41:14 E a largura da dianteira do templo, e do lugar separado
que olha para o oriente, cem côvados.
Ez 41:15 Também mediu o comprimento do edifício,
diante do lugar separado, que estava por detrás,
e as suas galerias de um e de outro lado,
cem côvados.
A nave do templo, a câmara interior, e o vestíbulo do átrio
eram forrados;
Ez 41:16 e os três tinham janelas gradeadas.
As galerias em redor nos três andares, defronte do limiar,
eram forradas de madeira em redor,
e isto desde o chão até as janelas
(ora as janelas estavam cobertas),
Ez 41:17 até o espaço em cima da porta para a câmara
interior, por dentro e por fora.
E em todas as paredes em redor, por dentro e por fora,
tudo por medida.
Ez 41:18 havia querubins e palmeiras de entalhe;
e havia uma palmeira entre querubim e querubim;
e cada querubim tinha dois rostos,
Ez 41:19 de modo que o rosto de homem olhava
para a palmeira de um lado,
e o rosto de leão novo para a palmeira do outro lado;
assim era pela casa toda em redor.
Ez 41:20 Desde o chão até acima da entrada estavam entalhados
querubins e palmeiras, como também pela parede do templo.
Ez 41:21 As ombreiras das portas do templo eram quadradas;
e diante do santuário havia uma coisa semelhante
Ez 41:22 a um altar de madeira,
de três côvados de altura, e o seu comprimento
era de dois côvados; os seus cantos,
o seu fundamento e as suas paredes
eram de madeira;
e disse-me:
Esta é a mesa que está perante a face do Senhor.
Ez 41:23 Ora, a nave e o santuário ambos tinham portas duplas.
Ez 41:24 As portas tinham cada uma duas folhas que viravam,
duas para uma porta, e duas para a outra.
Ez 41:25 E havia nas portas da nave querubins
e palmeiras de entalhe, como os que estavam nas paredes;
e havia um grande toldo de madeira
diante do vestíbulo por fora.
Ez 41:26 Também havia janelas fechadas e palmeiras,
de uma e de outra banda, pelos lados do vestíbulo.
O capítulo 10 do livro de Hebreus fala de termos ousadia, intrepidez para entrarmos no Santo dos Santos. Trata-se do verso 19: tendo, pois irmãos intrepidez, ousadia, entremos com confiança no Santo dos Santos...
No Santo dos Santos, somente poderia entrar o sumo-sacerdote e uma única vez por ano e uma única vez em toda a sua vida! Por causa do Mediador, Jesus Cristo, Nosso Senhor, temos acesso a qualquer momento! Você fecha os seus olhos em oração e pronto está diante do Pai!
Aqui neste capítulo, vimos que Ezequiel que ali se encontrava de uma forma especial e acompanhado de um ser angelical impressionante não pode entrar no Santo dos Santos. O anjo entrou, mediu e passou as descrições para ele. Hoje em Cristo Jesus, temos acesso direto a ele! Que bênção!
Isso porque nos temos agora um sacerdote eterno, conforme nos fala hebreus 8:
Nós temos um sumo sacerdote! Ele está assentado à destra do trono da majestade nos céus como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo erigido não pelos homens ou por homem algum, mas por Deus, pelo próprio Senhor!
Nós temos um sumo sacerdote! Ele, Jesus, está a interceder por nós. Eu agora sou filho de Deus por meio de Jesus, o sumo sacerdote eterno e estou agora diante do trono da graça!
Nós temos um sumo sacerdote! Ah se caísse a ficha e despertássemos para a realidade que agora temos este sumo sacerdote e que não fazemos outra coisa se não pregarmos a sua palavra de vitória, de libertação, de cura e de salvação.
Nós temos um sumo sacerdote! Pregador! Desperta! Anuncie a palavra do Senhor, em nome do Senhor, crendo no Senhor como aquele que fará, inclusive, o maior dos milagres, sinais e prodígios, a salvação do homem perdido!
Nós temos um sumo sacerdote! Acesso completo ao Trono da Graça, mediante o Mediador... (meu Senhor não me deixes passar desta vida sem que a sua palavra em mim seja um martelo que esmiuça a penha.).
Eu não posso morrer com um tesouro nas mãos capaz de salvar a vida de homens! “Senhor, dá-me almas, se não eu morro!” - John Hyde, “o homem que orava”, missionário na Índia.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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sábado, 9 de maio de 2015

Ezequiel 40:1-49 - O NOVO TEMPLO NA VISÃO DE EZEQUIEL

Em nossa leitura, nos encontramos aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “B” – a última -, na subseção “1” e “2”, no capítulo 40. O livro de Ezequiel é composto de 48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·         Os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·         Uma seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio) – Parte III - FUTURAS BÊNÇÃOS PARA JUDÁ E JERUSALÉM - 31.1-48.35.
B. Visão de Jerusalém restaurada (40.1-48.35).
Na seção “B”, encerrando o livro de Ezequiel, que, portanto irá até o capítulo 48, veremos uma visão da Jerusalém restaurada.
A visão de Ezequiel da cidade restaurada combina muitos níveis de tradição bíblica. Ezequiel entrelaçou o conceito comum de Jerusalém como a cidade onde Deus havia escolhido morar com outras imagens que retratavam o monte Sião em termos do monte Sinai e do jardim do Éden.
Seguindo a estruturação proposta pela BEG, também dividiremos essa última seção em cinco partes principais: 1. Transporte visionário de Ezequiel até a futura Jerusalém (40.1-4) – veremos agora; 2. As estruturas do templo (40.5-42.20) – veremos também agora; 3. O retorno da glória de Deus (43.1-27); 4. Os ministros sagrados (44.1-46.24);  e, 5. O rio, a terra e a cidade (47.1-48.35).
De conformidade com a BEG, as interpretações desses capítulos variam grandemente. Muitos veem o modelo e as especificações para uma cidade a ser construída (cf. 43.10-11), quer fosse pelos que regressaram do exílio, ou em algum tempo futuro.
Entretanto, as expectativas de Ezequiel quanto à restauração iam além de um mero esforço humano de reconstrução (p. ex., 47.1-12). De um ponto de vista cristão, a restauração da comunidade do século seis falhou, mas Deus misericordiosamente levou essas predições a um cumprimento ainda mais glorioso em Cristo.
Na sua primeira vinda, Cristo veio como o templo final de Deus (Jo 2.19); agora, a igreja o templo (1Co 3.9-17; 2Co 6.16; Et 2 19-22) e no novo céu e nova terra não haverá nenhum templo, pois toda terra estará cheia da sua presença (Hc 2.14; Ap 21).
Embora a BEG diga que não há nenhuma razão para crermos que essa profecia ainda deverá ser cumprida em termos de reconstrução do templo no estilo do Antigo Testamento no quais sacrifícios animais deverão ser feitos novamente, devemos nos atentar para a figura do anticristo ou o messias esperado dos judeus que não reconheceram em Cristo Jesus essa pessoa.
Os judeus esperam pelo seu messias até o dia de hoje e estão se preparando para recebê-lo e entre esses preparativos esta prevista a reconstrução do templo onde eles haverão de reconhecer que o verdadeiro messias não será esse que por ele tanto esperavam, mas aquele que rejeitaram há mais de 2000 anos.
Assim, eles não irão restabelecer algo que Cristo aboliu, mas cumprirem as Escrituras que falam do iniquo, do homem da perversidade, do anticristo. Bem, essa é uma corrente teológica que pensa assim, mas sobre o assunto veremos com maiores detalhes somente no próximo semestre de 2015, quando concluiremos uma parte desse atual projeto.
1. Transporte visionário para Jerusalém (40.1-4).
Dos versos de 1 ao 4, veremos o transporte visionário do filho do homem até Jerusalém.
Ezequiel foi levado à Jerusalém do futuro para ver a sua glória de modo que pudesse incentivar os exilados a esperar e confiar na futura bênção de Deus.
O fato teve acontecimento em data precisa, no vigésimo quinto ano, no décimo dia do mês, no ano catorze depois que a cidade foi conquistada, isto é, em 573 a.C. Era apropriado que a visão de Ezequiel sobre a era futura ocorresse no ano-novo.
Ezequiel teve visões de Deus - 1 1; 8.3 – que o Espírito de Deus lhe deu. Ele foi apanhado e conduzido à terra de Israel e posto num monte muito alto. Presumivelmente o monte Sião, o local do templo em Jerusalém (17.22-24; 20.40, cf. SI 48.1-2; Is 2.2; Mq 4.1).
Ezequiel iria visitar a montanha sagrada, do mesmo modo que o salmista havia feito (SI 48.12-13).
Localizado na parte Leste de Jerusalém, o monte Sião ergue-se ali soberano e altivo. Com aproximadamente 800 metros de altitude, ao nível do Mediterrâneo, é a mais alta montanha da cidade Santa. Designa-o desta forma o profeta Joel: "E vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jeru­salém será santidade; estranhos não passarão mais por ela" (Jl 3.17).
O Monte Sião era habitado pelos Jebuseus. Davi, entretanto, ao assumir o controle político-militar de Israel, resolveu desalojá-los. A partir de então, aquela singular elevação passou a ser a capital do Reino de Israel. Em virtude de sua posição privilegiada, era uma fortaleza natural para a cidade de Jerusalém.
Mais tarde, ordenou Davi fosse levada a arca da aliança a Sião. Por causa disso, o monte passou a ser considerado santo pelos hebreus. Décadas mais tarde, com a remoção da sagrada urna ao Santo Templo, Sião passou a designar, também, a área compreendida pela Casa do Senhor. E, não foi muito difícil a própria Jerusalém ser chamada por esse abençoado nome.
No Monte Sião encontra-se a sepultura do rei Davi. Em uma das lombadas dessa memorável área, localiza-se um cemitério protestante, onde está sepultado o renomado arqueólogo Sir Flinders Petri.
Após o Exílio Babilônico, os judeus começaram a identificar-se, com mais intensidade, com a mística Sião. Na luxuriante e soberba Babilônia, eles lembravam-se desse nome e derramavam copiosas lágrimas. Nos tempos modernos, foi criado um movimento, visando à criação do Estado de Israel, cujo nome é Sionismo. Essa designação reflete bem o amor dos judeus por sua terra.
A Igreja de Cristo é considerada a Sião Celestial, repleta de justiça e habitada por homens, mulheres e crianças comprados pelo sangue do Cordeiro.[1]
Ezequiel tem então um contato com um ser de vestes estranhas parecida com bronze. Tratava-se de um guia angélico que tinha em suas mãos uma cana de medir. Compare com a imagem de um cordel ou uma cana de medir em 2Rs 21.13; Am 7.7-8; Zc 2.1-2; e Ap 21.10,15. O ser angelical estava em pé na porta.
No verso 4, este ser o instrui a ver, a ouvir e a por no seu coração tudo aquilo que doravante ele daria a ele em conhecimento. Ele foi chamado ali para que visse, ouvisse e depois narrasse o que viu e falasse da visão à casa de Israel – vs. 4. Repare que João recebeu instrução semelhante (Ap. 1.11).
2. As estruturas do templo (40.5-42.20).
Estaremos vendo doravante, até o capítulo 42. 20, as estruturas do templo. Foi mostrado a Ezequiel como seria o glorioso templo do futuro.
Ele observou os átrios e as portas do templo (40.5-49), o santuário (41.1-26) e as câmaras para os sacerdotes (42.1-20). Para melhor reflexão de nossa parte, também dividimos essas estruturas do templo em três, conforme ele tinha observado: a. Os átrios e as portas do templo (40.5-49) - veremos agora; b. O santuário (41.1-26); c. As câmaras para os sacerdotes (42.1-20);
a. Os átrios e as portas do templo (40.5-49).
Neste capítulo, até o final dele, estaremos vendo essa subseção “a” que fala dos átrios e das portas do templo. Ezequiel viu primeiro as estruturas externas do templo. Ele viu que havia um muro ao redor da casa do lado de fora. A largura e a altura do muro eram de aproximadamente 3m.
Conforme a BEG, Israel conhecia pelo menos dois padrões para o côvado: o côvado curto (cerca de 44,4 cm) e o côvado longo, mencionado aqui (cerca de 51,8 cm; veja também 43.13; 2Cr 3.3). A cana mediria um pouco mais que 3 m.
O seu passeio naquele lugar seguia um roteiro e uma sequência que ele ia descrevendo, assim, ele, depois, foi até a porta que dá para o oriente e subiu pelos seus degraus.
As pessoas se aproximavam do templo subindo os degraus até a plataforma elevada que servia como átrio exterior. Outros degraus levavam a uma plataforma ainda mais alta que servia como o átrio interior (vs. 34,37). Ainda outro lance de escada alcançava o edifício do templo (vs. 49; 41.8). Quanto maior a elevação e mais próximo do santuário interno, maior o grau de santidade.
A medida da soleira da porta que ele mediu era de três metros de fundo.
As salas dos guardas tinham três metros de comprimento e três metros de largura, e as paredes entre elas tinham dois metros e meio de espessura. E a soleira da porta junto ao pórtico, defronte ao templo, tinha três metros de fundo.
Ficará melhor de visualizar o texto deste capítulo vendo uma representação gráfica desse templo visto por Ezequiel. A BEG o fez e estamos reproduzindo sua figura muito didática logo abaixo.
Uma vez que havia uma parede separando o recinto sagrado (vs. 5) das áreas externas seculares ou profanas, o acesso ao templo era controlado por guardas. Os porteiros representavam um grupo importante do ministério do templo (1Cr 9.17-26; 15.18; 16.38; 23.5; 26.1,12,19; 2Cr 8.14; 35.15; Ed 2.42,70; 7.7,24; 10.24; Ne 7.73; 10.28,39; 12.25,45,47; 13.5).
As câmaras ou salas – vs. 10 - da guarda que flanqueavam o caminho até o centro de cada porta eram defendidas pelos porteiros, os guardas dos recintos do templo. As portas lembravam aquelas do período de Salomão, desenterradas nas escavações em Hazor, Megido e Gezer (1Rs 9.15).
Ele continua seu passeio turístico guiado pelo ser angelical pelo templo e vai fazendo suas anotações e medidas nas portas, salas, muros, entradas, distâncias, etc.
No verso 16, ele descreve uma ornamentação nas faces dos muros salientes como que parecidas a palmeiras ou tamareiras – ver também vs. 22,31,34,37.
Os motivos decorativos predominantes nos santuários do antigo Israel eram botânicos; grande variedade de árvores e plantas ornamentava a área sagrada (Êx 25.34; 37.19; 1 Rs 6.18,29,32,35).
Nesse sentido, o santuário reproduzia o jardim do Éden e colocava diante de Israel o objetivo de morar novamente no jardim de Deus - 15.1-8.
Em sua jornada, ele chega agora ao átrio exterior ou pátio externo. Os adoradores eram admitidos ao átrio exterior, mas apenas os sacerdotes e levitas entravam no átrio interior.
O texto não especifica o uso das trinta câmaras, ou quartos – vs. 17 -, que circundavam o perímetro do átrio exterior; compare com Jr 35.2. Nos versos 18 e 19, ele continua suas medições e anotações.
Dos versos 20 ao 27, ele começa da porta que olhava para o norte e termina com a porta que olhava para o sul. São outras duas portas para o átrio exterior, idênticas à porta do leste (vs. 5-16). Ele foi indo em cada parte fazendo suas medições e anotações.
O átrio interior – vs. 28 - era separado do átrio exterior por uma parede; novamente, havia três portas (vs. 28-37): a porta sul, a porta leste que olha para o oriente e a porta norte.
Os animais para o sacrifício – vs. 38 - eram mortos na porta do átrio interior, onde ficava localizado o altar (43.13-27). Depois que os animais eram mortos, as suas partes eram lavadas (Lv 1.9,13; 2Cr 4.6).
Dos versos 39 ao 42, ele descreve as mesas, suas quantidades, posições, medidas e até os ganchos de duas pontas, onde eram penduradas as partes que seriam oferecidas em sacrifício. A sua medida era de um palmo de comprimento, cada ponta. Obviamente sobre as mesas ficariam as carnes para as ofertas – vs. 43.
Já dentro do pátio interno havia dois quartos um ao lado da porta norte que dava para o sul, e outro ao lado da porta sul que dava para o norte para uso dos sacerdotes.
O quarto que dava para o sul era para os sacerdotes encarregados do templo, e o quarto que dava para o norte era para os sacerdotes encarregados do altar. São eles os filhos de Zadoque, os únicos levitas que poderiam aproximar-se do Senhor para ministrarem diante dele – vs. 45,46; 44.15.
O pátio, cujo altar ficava em frente do templo, era quadrado e tinha cinquenta metros de comprimento por cinquenta de largura.
Ato contínuo, ele foi levado ao pórtico do templo onde fez novas medidas.
Ez 40:1 No ano vinte e cinco do nosso cativeiro,
no princípio do ano,
no décimo dia do mês,
no ano catorze depois que a cidade foi conquistada,
naquele mesmo dia veio sobre mim a mão do Senhor,
Ez 40:2 e em visões de Deus me levou à terra de Israel,
e me pôs sobre um monte muito alto,
sobre o qual havia como que um edifício
de cidade para a banda do sul.
Ez 40:3 Levou-me, pois, para lá;
e eis um homem cuja aparência era como a do bronze,
tendo na mão um cordel de linho
e uma cana de medir;
e ele estava em pé na porta.
Ez 40:4 E disse-me o homem:
Filho do homem,
vê com os teus olhos,
e ouve com os teus ouvidos,
e põe no teu coração tudo quanto eu te fizer ver;
porque, para to mostrar foste tu aqui trazido.
Anuncia pois à casa de Israel tudo quanto vires.
Ez 40:5 E havia um muro ao redor da casa do lado de fora,
e na mão do homem uma cana de medir
de seis côvados de comprimento,
tendo cada côvado um palmo a mais;
e ele mediu a largura do edifício,
era uma cana;
e a altura,
uma cana.
Ez 40:6 Então veio à porta que olhava para o oriente,
e subiu pelos seus degraus;
mediu o limiar da porta,
era uma cana de largo,
e o outro limiar,
uma cana de largo.
Ez 40:7 E cada câmara tinha uma cana de comprido,
e uma cana de largo;
e o espaço entre as câmaras era de cinco côvados;
e o limiar da porta, ao pé do vestíbulo da porta,
em direção da casa, tinha uma cana.
Ez 40:8 Também mediu o vestíbulo da porta em direção da casa,
uma cana.
Ez 40:9 Então mediu o vestíbulo da porta,
e tinha oito côvados;
e os seus pilares,
dois côvados;
e o vestíbulo da porta olha para a casa.
Ez 40:10 E as câmaras da porta para o lado do oriente
eram três dum lado, e três do outro;
a mesma medida era a das três;
também os umbrais dum lado e do outro
tinham a mesma medida.
Ez 40:11 Mediu mais a largura da entrada da porta,
que era de dez côvados;
e o comprimento da porta,
treze côvados.
Ez 40:12 E a margem em frente das câmaras dum lado
 era de um côvado,
e de um côvado a margem do outro lado;
e cada câmara tinha seis côvados de um lado,
e seis côvados do outro.
Ez 40:13 Então mediu a porta desde o telhado
de uma câmara até o telhado da outra,
era vinte e cinco côvados de largo,
estando porta defronte de porta.
Ez 40:14 Mediu também o vestíbulo,
vinte côvados;
e em torno do vestíbulo da porta estava o átrio.
Ez 40:15 E, desde a dianteira da porta da entrada
até a dianteira do vestíbulo da porta interior,
havia cinqüenta côvados.
Ez 40:16 Havia também janelas de fechar nas câmaras
e nos seus umbrais, dentro da porta ao redor,
e da mesma sorte nos vestíbulos;
e as janelas estavam à roda pela parte de dentro;
e nos umbrais havia palmeiras.
Ez 40:17 Então ele me levou ao átrio exterior;
e eis que havia câmaras e um pavimento feitos para o átrio
em redor; trinta câmaras havia naquele pavimento.
Ez 40:18 E o pavimento, isto é, o pavimento inferior,
corria junto às portas segundo o comprimento das portas.
Ez 40:19 A seguir ele mediu a largura
desde a dianteira da porta inferior até a dianteira do átrio
interior, por fora, cem côvados,
tanto do oriente como do norte.
Ez 40:20 E, quanto à porta que olhava para o norte,
no átrio exterior,
ele mediu o seu comprimento e a sua largura.
Ez 40:21 As suas câmaras eram três dum lado,
e três do outro; e os seus umbrais e os seus vestíbulos
eram da medida da primeira porta:
de cinqüenta côvados era o seu comprimento,
e a largura de vinte e cinco côvados.
Ez 40:22 As suas janelas, e o seu vestíbulo, e as suas palmeiras
eram da medida da porta que olhava para o oriente;
e subia-se para ela por sete degraus;
e o seu vestíbulo estava diante dela.
Ez 40:23 Havia uma porta do átrio interior
defronte da outra porta tanto do norte como do oriente;
e mediu de porta a porta cem côvados.
Ez 40:24 Então ele me levou ao caminho do sul;
e eis que havia ali uma porta que olhava para o sul;
e mediu os seus umbrais e o seu vestíbulo
conforme estas medidas.
Ez 40:25 E havia também janelas em redor do seu vestíbulo,
como as outras janelas;
cinqüenta côvados era o comprimento,
e a largura vinte e cinco côvados.
Ez 40:26 Subia-se a ela por sete degraus,
e o seu vestíbulo era diante deles;
e tinha palmeiras, uma de uma banda e outra da outra,
nos seus umbrais.
Ez 40:27 Também havia uma porta para o átrio interior
que olha para o sul;
e mediu de porta a porta, para o sul, cem côvados.
Ez 40:28 Então me levou ao átrio interior pela porta do sul;
e mediu a porta do sul conforme estas medidas.
Ez 40:29 E as suas câmaras, e os seus umbrais,
e o seu vestíbulo eram conforme estas medidas;
e nele havia janelas e no seu vestíbulo ao redor;
o comprimento era de cinqüenta côvados,
e a largura de vinte e cinco côvados.
Ez 40:30 Havia um vestíbulo em redor;
o comprimento era de vinte e cinco côvados
e a largura de cinco côvados.
Ez 40:31 O seu vestíbulo olhava para o átrio exterior;
e havia palmeiras nos seus umbrais;
e subia-se a ele por oito degraus.
Ez 40:32 Depois me levou ao átrio interior, que olha para o oriente;
e mediu a porta conforme estas medidas;
Ez 40:33 e também as suas câmaras,
e os seus umbrais, e o seu vestíbulo, conforme estas medidas;
também nele havia janelas e no seu vestíbulo ao redor;
o comprimento era de cinqüenta côvados,
e a largura era de vinte e cinco côvados.
Ez 40:34 E o seu vestíbulo olhava para o átrio exterior;
também havia palmeiras nos seus umbrais de uma
e de outra banda; e subia-se a ele por oito degraus.
Ez 40:35 Então me levou à porta do norte;
e mediu-a conforme estas medidas.
Ez 40:36 As suas câmaras, os seus umbrais,
e o seu vestíbulo; também tinha janelas em redor;
o comprimento era de cinqüenta côvados,
e a largura de vinte e cinco côvados.
Ez 40:37 E os seus umbrais olhavam para o átrio exterior;
também havia palmeiras nos seus umbrais
de uma e de outra banda;
e subia-se a ela por oito degraus.
Ez 40:38 Havia uma câmara com a sua entrada junto aos umbrais
perto das portas; aí se lavava o holocausto.
Ez 40:39 E no vestíbulo da porta havia duas mesas de uma banda,
e duas da outra, em que se haviam de imolar o holocausto
e a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa.
Ez 40:40 Também duma banda, do lado de fora,
junto da subida para a entrada da porta
que olha para o norte, havia duas mesas;
e da outra banda do vestíbulo da porta,
havia duas mesas.
Ez 40:41 Havia quatro mesas de uma,
e quatro mesas da outra banda, junto à porta;
oito mesas, sobre as quais imolavam os sacrifícios.
Ez 40:42 E havia para o holocausto quatro mesas de pedras lavradas,
sendo o comprimento de um côvado e meio,
a largura de um côvado e meio,
e a altura de um côvado;
e sobre elas se punham os instrumentos
com que imolavam o holocausto e o sacrifício.
Ez 40:43 E ganchos, de um palmo de comprido,
estavam fixos por dentro ao redor;
e sobre as mesas estava a carne da oferta.
Ez 40:44 Fora da porta interior estavam as câmaras para os cantores,
no átrio interior, que estava ao lado da porta do norte;
e elas olhavam para o sul;
uma estava ao lado da porta do oriente,
e olhava para o norte.
Ez 40:45 E ele me disse:
Esta câmara que olha para o sul é para os sacerdotes
que têm a guarda do templo.
Ez 40:46 Mas a câmara que olha para o norte
é para os sacerdotes que têm a guarda do altar,
a saber, os filhos de Zadoque,
os quais dentre os filhos de Levi se chegam
ao Senhor para o servirem.
Ez 40:47 E mediu o átrio;
o comprimento era de cem côvados
e a largura de cem côvados,
um quadrado;
 e o altar estava diante do templo.
Ez 40:48 Então me levou ao vestíbulo do templo,
e mediu cada umbral do vestíbulo,
cinco côvados de um lado
e cinco côvados do outro;
e a largura da porta era de três côvados de um lado,
e de três côvados do outro.
Ez 40:49 O comprimento do vestíbulo
era de vinte côvados,
e a largura
de doze côvados;
e era por dez degraus que se subia a ele;
e havia colunas junto aos umbrais,
 uma de um lado e outra do outro.
Dos versos de 40.48 a 41.4, veremos começando com o vestíbulo do templo ou pórtico do templo, depois indo à entrada do santuário exterior – 41.1,2 – e depois, finalmente, chegando ao santuário interior, o Santo dos Santos – 41.4.
Como no templo de Salomão, o templo na visão de Ezequiel consistia de três salas:
·         Um vestíbulo ou pórtico (40.48-49).
·         O santuário exterior (41.1-2).
·         O santuário interior ou Santo dos Santos (41.3-4).
O edifício do templo era elevado acima do átrio que o circundava por escadas que levavam ao pórtico (40.49; 41.8).
Cada uma das entradas para as câmaras sucessivas era mais estreita:
·         O vestíbulo tinha quatorze côvados (40.48).
·         Os átrios exteriores dez côvados (41.2).
·         O Santo dos Santos, seis (41.3).
Assim como o aumento na altura na aproximação do templo, o aumento no estreitamento das portas internas representava maior santidade e também servia para focalizar o olhar do observador nos recintos mais íntimos do santuário.
O pórtico tinha dez metros de largura e seis metros da frente aos fundos. O acesso a ele era por um lance de escadas, e havia três colunas em cada lado dos batentes ou pilares. Presumivelmente, esses pilares relembravam Jaquim e Boaz, os pilares que ficavam na parte externa do templo de Salomão (1 Rs 7.15-22).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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