Estamos concluindo a décima parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 20.
X. DEUS COMO OLEIRO (18.1-20.18) - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo Jeremias
transmitindo lições aprendidas na casa do oleiro. O tema central é o Senhor
trabalhando como um oleiro.
Essa parte foi dividida em cinco seções: A.
Na casa do oleiro (18.1-17) – já vista;
B. Oposição a Jeremias (18.18-23) – já
vista; C. A quebra simbólica da botija (19.1-15) – já vista; D. Mais oposição a Jeremias (20.1-6) –
veremos agora; e, E. O lamento de Jeremias (20.7-18) – veremos agora.
D. Mais oposição a Jeremias (20.1-6).
Até ao verso 6, estaremos vendo um pouco
mais de oposição ao homem de Deus que estava ali anunciando a palavra de Deus.
Na verdade, na verdade, a oposição era a Deus e não a Jeremias, seu
representante oficial, como nós o somos de Cristo nesta terra.
Somos embaixadores de Cristo e temos a
missão cobiçada por anjos de anunciar o evangelho a toda criatura e assim o
faremos para a glória de Deus, quer enfrentemos, quer sejamos livres dos Pasur
pelos nossos caminhos.
Pasur era um sacerdote. Isso que é
terrível, a oposição não vinha de lá de fora, mas de dentro da casa do Senhor
por aqueles que deveriam ser responsáveis pela pregação legítima da palavra de Deus.
O sacerdote (Pasur) reage de maneira
enérgica ao ato simbólico de Jeremias e o profeta responde transmitindo mais
ameaças de Deus.
Jeremias era mesmo corajoso e valoroso com
fortes convicções e tremenda noção da sua responsabilidade e da soberania de Deus
sobre todos.
Ao que parece, Pasur era um nome comum.
Veja 21.1; 38.1 — é possível que cada passagem se refira a um homem diferente.
Observar que os anciãos dos sacerdotes, talvez Pasur entre eles. testemunharam
os atos de Jeremias no vale (19.1).
Pasur era presidente ou superintendente na
casa do Senhor e ouvindo Jeremias profetizar, o feriu. Talvez no cumprimento do
seu dever como presidente da Casa do Senhor, como em 29.26 (Dt 25.2-3), mas
extrapolando sua autoridade.
O episódio de 15.18 (Jeremias se lamentando
de seu duro ofício) mostra claramente que a pregação profética fiel acarretava
certos riscos ao profeta (veja Gn 3.15; 2Co 13-7; 2Tm 3.12). Jeremias era
verdadeiro profeta, apesar da ação legal executada contra de.
Pasur, cujo nome significa “prosperidade
por todos os lados”, indignado com o profeta e com Deus, o coloca num cepo (tronco
de uma árvore próximo à porta do templo), na parte superior de Benjamim, na
casa do Senhor para ali passar a noite. Somente no dia seguinte é que ele o
retira de lá, mas Jeremias ainda tinha uma palavra profética para ele.
Ele não mais seria prosperidade por todos
os lados, mas Terror-Por-Todos-Os-Lados, pois Jeremias anuncia que doravante
ele não se chamará mais Pasur, mas Migor-Missabibe. (Veja 6.25). O novo nome
simbólico dado a Pasur o equipara aos inimigos de Judá, uma vez que ele
representava a rejeição oficial de Judá das palavras proféticas salvadoras.
Veja 26.7-9.
A intenção de Pasur era que os seus atos e
suposto ministério beneficiassem Judá, mas o resultado final seria exílio e
morte.
É possível que, por ocasião da primeira
invasão de Judá, em 605 a.C., Nabucodonosor já estivesse às portas de
Jerusalém. Pasur era um falso profeta (vs. 6; 14.13). Recebeu o castigo
reservado para as classes dominantes em geral (veja 2Rs 24.14).
E. O lamento de Jeremias (20.7-18)
Até ao final deste capítulo, estaremos
vendo o lamento de Jeremias. Essa é a sexta 'confissão" de Jeremias (11.18-23).
O profeta se queixa novamente da oposição que enfrenta ao proclamar a palavra
de Deus a Judá.
Apesar do lamento ser uma forma legítima de
oração, é possível que, nesse caso, Jeremias tenha passado dos limites
aceitáveis da queixa diante de Deus. De qualquer modo, o profeta encontrava-se
completamente desesperado diante dos maus tratos terríveis que havia sofrido
nas mãos de seus opositores.
Jeremias não havia antevisto as provações
que acompanhariam a sua incumbência de profeta e considerava o seu chamado
(especialmente, talvez, 1.7-8) um fardo pesado, por isso que ele exclama que
foi persuadido e persuadido ficou, que foi encantado por causa da força e do
poder do Senhor que o cativaram – vs. 7.
Ele se queixa de que suas palavras somente
são de destruição e de juízo. O profeta não podia resistir ao chamado divino
para proferir a sua mensagem de ira vindoura.
Ele até pensou em desistir – vs. 9 -, mas
não pode resistir ao fogo que arde em seu peito. Ao que parece, a compulsão de
falar exercia uma pressão física a que ele não podia resistir (veja Am 3.8; 1Co
9.16; 2Co 5.14).
Ele ouve a maquinação dos que lhe são
contrários e que se zangam com a palavra que está nele, mas ele não se deixa
levar e permanece firme em seu propósito de continuar sendo um grande
instrumento de Deus, útil em toda sua obre e chamado.
Ele sabe que o Senhor está com ele, apesar
de tudo o que lhe acontece. O caminho dos que abandonam o Senhor é de tropeço e
de queda e ele sabe que o fim deles se aproximava veloz.
A primeira impressão que temos de Jeremias
é que ele começa a amaldiçoá-los e a lançar imprecações, mas reparando bem, ele
não está fazendo isso, mas antes antevendo as consequências naturais daquelas
péssimas escolhas de suas vidas, se afastando e rejeitando ao Senhor.
Ele ora a Deus para que Deus permita que
ele veja a queda deles – vs. 12 - uma vez que ele estava se fiando no Senhor e
pregando a sua palavra, mas eles, estavam se recusando a ouvi-lo.
No verso 13, ele canta ao Senhor e o louva,
pois o Senhor é aquele que livra a alma do necessitado da mão dos malfeitores.
Jr 20:1 Ora Pasur, filho de Imer, o
sacerdote,
que
era superintendente da casa do Senhor,
ouviu
Jeremias profetizar estas coisas.
Jr
20:2 Então feriu Pasur ao profeta Jeremias,
e
o meteu no cepo que está na porta superior de Benjamim,
na
casa do Senhor.
Jr
20:3 No dia seguinte,
quando
Pasur o tirou do cepo Jeremias lhe disse:
O
Senhor não te chama Pasur,
mas
Magor-Missabibe.
Jr
20:4 Porque assim diz o Senhor:
Eis
que farei de ti um terror para ti mesmo,
e
para todos os teus amigos.
Eles
cairão à espada de seus inimigos,
e
teus olhos o verão.
Entregarei
Judá todo na mão do rei de Babilônia;
ele
os levará cativos para Babilônia,
e
matá-los-á à espada.
Jr
20:5 Também entregarei todas as riquezas desta cidade,
todos
os seus lucros,
e
todas as suas coisas preciosas,
sim,
todos os tesouros dos reis de Judá
na
mão de seus inimigos,
que
os saquearão e, tomando-os,
os
levarão a Babilônia.
Jr
20:6 E tu, Pasur, e todos os moradores da tua casa
ireis
para o cativeiro; e virás para Babilônia,
e
ali morrerás, e ali serás sepultado,
tu,
e todos os teus amigos,
aos
quais profetizaste falsamente.
Jr 20:7 Seduziste-me, ó Senhor, e
deixei-me seduzir;
mais
forte foste do que eu, e prevaleceste;
sirvo
de escárnio o dia todo; cada um deles zomba de mim.
Jr
20:8 Pois sempre que falo, grito, clamo:
Violência
e destruição; porque se tornou a palavra do Senhor
um
opróbrio para mim, e um ludíbrio o dia todo.
Jr
20:9 Se eu disser:
Não
farei menção dele, e não falarei mais no seu nome,
então
há no meu coração um como fogo ardente,
encerrado
nos meus ossos,
e
estou fatigado de contê-lo, e não posso mais.
Jr
20:10 Pois ouço a difamação de muitos, terror por todos os lados!
Denunciai-o!
Denunciemo-lo!
dizem
todos os meus íntimos amigos,
aguardando
o meu manquejar;
bem
pode ser que se deixe enganar;
então
prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele.
Jr
20:11 Mas o Senhor está comigo como um guerreiro valente;
por
isso tropeçarão os meus perseguidores,
e
não prevalecerão;
ficarão
muito confundidos, porque não alcançarão êxito,
sim,
terão uma confusão perpétua
que
nunca será esquecida.
Jr
20:12 Tu pois, ó Senhor dos exércitos, que provas o justo,
e
vês os pensamentos e o coração, permite que eu veja a tua
vingança
sobre eles;
porque
te confiei a minha causa.
Jr
20:13 Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor;
pois
livrou a alma do necessitado da mão dos malfeitores.
Jr
20:14 Maldito o dia em que nasci;
não
seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz.
Jr
20:15 Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo:
Nasceu-te
um filho, alegrando-o com isso grandemente.
Jr
20:16 E seja esse homem como as cidades que o senhor destruiu
sem
piedade; e ouça ele um clamor pela manhã,
e
um alarido ao meio-dia.
Jr
20:17 Por que não me matou na madre?
assim
minha mãe teria sido a minha sepultura,
e
teria ficado grávida perpetuamente!
Jr
20:18 Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza,
e
para que se consumam na vergonha os meus dias?
Já nos versos 14 e 15 parece que Jeremias
surtou. São, de fato, um grande lamento, a ponto de ele mesmo se desesperar e
amaldiçoar o dia de seu nascimento e o homem que deu notícias ao seu pai. Sobre
eles, ele lança palavras insensatas que mostram seu grau de perturbação diante
da grande provação que estava passando.
Ao expressar o desejo de ter morrido antes
de nascer, Jeremias indica o seu desprazer extremo diante da incumbência de
transmitir a mensagem de julgamento divino e lamenta o sofrimento infligido
sobre ele pelo seu povo em resposta às suas profecias (vs. 7-10).
Essa ideia monstruosa (que continua no vs.
18) é um ataque violento à escolha divina do profeta antes do seu nascimento
(1.5).
Estamos na décima parte, de nossa divisão
proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG.
Estamos no capítulo 19.
X. DEUS COMO OLEIRO (18.1-20.18) - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo Jeremias
transmitindo lições aprendidas na casa do oleiro. O tema central é o Senhor
trabalhando como um oleiro.
Essa parte foi dividida em cinco seções: A.
Na casa do oleiro (18.1-17) – já vista;
B. Oposição a Jeremias (18.18-23) – já
vista; C. A quebra simbólica da botija (19.1-15) – veremos agora; D. Mais oposição a Jeremias (20.1-6); e, E. O
lamento de Jeremias (20.7-18).
C. A quebra simbólica da botija (19.1-15).
Estamos aqui vendo a quebra da botija ou a
quebra simbólica da botija. Deus instruiu Jeremias a comprar uma botija e destruí-la
para ilustrar a destruição que estava preste a sobrevir a Jerusalém e ao
templo.
O Senhor lhe dirige a palavra dando claras
instruções – vs. 1 - para a compra de uma botija de oleiro à semelhança da
botija que ele acabara de presenciar o oleiro consertar uma vez que quando observava
ela se desfez e Deus aproveitou para dizer a ele, Jeremias, que assim também
poderia fazer conosco.
Jeremias foi orientado pelo Espírito Santo
a ir ao vale do filho de Hinom, que está à entrada – vs. 2 - da Porta do Oleiro,
ou da Porta Harsite. Era esta a porta da cidade que dava para o lado sul.
Possivelmente, a Porta do Monturo (Ne 2.13).
Seria nesse lugar que Jeremias deveria
dizer-lhes as palavras do Senhor. A palavra era destinada aos reis e a todos os
moradores de Jerusalém. Era uma palavra muito dura e que dizia que o Senhor
faria vir aquele lugar uma tão terrível calamidade que iria ela retinir-lhes
aos ouvidos.
Palavras semelhantes às de 2Rs 21.12, uma
passagem que também trata do julgamento de Judá e Jerusalém pelas mãos dos
babilônios. Estão em vista aqui o caráter público do julgamento.
A razão para isso era que teriam deixado ao
Senhor e ainda profanado o lugar com queimas de incensos a outros deuses que
jamais conheceram nem eles, nem seus pais, nem os eis de Judá.
Também edificaram altos a Baal para
queimarem seus filhos em sacrifícios que jamais passou pelo pensamento do
Senhor pedir isso ao seu povo.
Era isso a assimilação cultural da época e
a imitação de outras nações as quais deveriam eles ter subjugado e não agora
estarem sendo levados cativos.
Em consequência o Senhor iria julgar aquela
terra e fazer caíremà espada, sendo seus
cadáveres entregues às aves dos céus e aos animais da terra
(espada-aves-animais).
O Senhor faria da cidade um lugar de
espanto e de assobios por causa de suas pragas que lembrariam a todos o quanto
aquela cidade tinha se desviado do Senhor e feito escolhas erradas.
Assim como ofereceram seus filhos em sacrifícios,
o Senhor os levaria a comer as carnes de seus filhos e filhas e cada um do seu
próximo. O canibalismo ocorreu durante o cerco de 586 a.C. (Lm 2.20), mas
também antes disso (2Rs 6.28-29) e depois, no cerco romano a Jerusalém em 70
d.C.
A que situação, sem o Senhor, podemos
chegar? Em minhas oportunidades de aconselhamentos, eu logo falo, para chocar
mesmo, com quem estou dirigindo as palavras: - Que tal retirarmos Deus de nosso
cenário? Se assim o fizermos, estaremos livres para fazermos o que bem
entendermos sem nos preocuparmos com qualquer coisa. Ou seja, Fulano está nos
chateando? Matemo-lo e depois o cozinhemos. Ai a pessoa fica sem graça e
entende que não há como retirar Deus do cenário e tem agora de se curvar às
suas leis e mandamentos.
No verso dez, o Senhor fala para Jeremias
quebrar a botija que ele orientou ele a comprar – vs. 1. Este ponto culminante
da cena é mais um ato profético simbólico à semelhança do cinto de 13.1-11. Uma
vez que não era mais maleável o vaso (contrastar com 18.4), o jarro só servia
para ser quebrado (Sl 2.9).
Jr 19:1 Assim disse o Senhor:
Vai,
e compra uma botija de oleiro,
e
leva contigo alguns anciãos do povo
e
alguns anciãos dos sacerdotes;
Jr
19:2 e sai ao vale do filho de Hinom,
que
está à entrada da Porta Harsite,
e
apregoa ali as palavras que eu te disser;
Jr 19:3 e dirás:
Ouvi
a palavra do Senhor, ó reis de Judá, e moradores de Jerusalém.
Assim
diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Eis
que trarei sobre este lugar uma calamidade tal
que
fará retinir os ouvidos de quem quer que
dela
ouvir.
Jr
19:4 Porquanto me deixaram, e profanaram este lugar,
queimando
nele incenso a outros deuses,
que
nunca conheceram, nem eles nem seus pais,
nem
os reis de Judá;
e
encheram este lugar de sangue de inocentes.
Jr
19:5 E edificaram os altos de Baal, para queimarem
seus
filhos no fogo em holocaustos a Baal;
o
que nunca lhes ordenei, nem falei,
nem
entrou no meu pensamento.
Jr
19:6 Por isso eis que dias vêm, diz o Senhor,
em
que este lugar não se chamara mais Tofete,
nem
o vale do filho de Hinom,
mas
o vale da matança.
Jr
19:7 E tornarei vão o conselho de Judá e de Jerusalém
neste lugar, e os
farei cair à espada diante de seus
inimigos
e pela mão dos que procuram tirar-lhes
a
vida. Darei os seus cadáveres por pasto
as
aves do céu e aos animais da terra.
Jr
19:8 E farei esta cidade objeto de espanto e de assobios;
todo
aquele que passar por ela se espantará,
e
assobiará, por causa de todas as suas pragas.
Jr
19:9 E lhes farei comer a carne de seus filhos,
e
a carne de suas filhas, e comerá cada um a carne
do
seu próximo, no cerco e no aperto em que
os
apertarão os seus inimigos,
e
os que procuram tirar-lhes a vida.
Jr 19:10 Então quebrarás a botija à
vista dos homens que foram contigo,
Jr
19:11 e lhes dirás:
Assim
diz o Senhor dos exércitos:
Deste
modo quebrarei eu a este povo,
e
a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro,
de
sorte que não pode mais refazer-se;
e
os enterrarão em Tofete, porque não haverá outro
lugar
para os enterrar.
Jr
19:12 Assim farei a este lugar e aos seus moradores,
diz
o Senhor; sim, porei esta cidade como Tofete.
Jr
19:13 E as casas de Jerusalém, e as casas dos reis de Judá,
serão
imundas como o lugar de Tofete,
como
também todas as casas, sobre cujos terraços
queimaram
incenso a todo o exército dos céus,
e
ofereceram libações a deuses estranhos.
Jr 19:14 Então voltou Jeremias de
Tofete, aonde o tinha enviado o Senhor
a
profetizar; e pôs-se em pé no átrio da casa do Senhor,
e
disse a todo o povo:
Jr
19:15 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Eis
que trarei sobre esta cidade, e sobre todas as suas
cercanias,
todo o mal que pronunciei contra ela,
porquanto
endureceram a sua cerviz,
para
não ouvirem as minhas palavras.
Depois de quebrar e falar as duras palavras
da quebra do vaso que não permite conserto, no verso 11, há um reforço dessa
sentença uma vez que o povo estava endurecido pelo pecado. Judá não podia ser
moldado novamente, mas apenas destruído.
Uma vez destruídos, seriam enterrados em
Tofete. Josias havia profanado Tofete – 2Rs 23.10 – que está no Vale de Hinom. Em
Tofete, como já salientado, crianças eram sacrificadas no vale do Filho de
Hinom, fora de Jerusalém.
Iniciaremos agora a décima parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 18.
X. DEUS COMO OLEIRO (18.1-20.18).
Nos próximos três capítulos, incluindo
este, estaremos vendo Jeremias transmitindo lições aprendidas na casa do
oleiro. O tema central é o Senhor trabalhando como um oleiro.
Dividiremos esta parte X em cinco seções: A.
Na casa do oleiro (18.1-17); B. Oposição a Jeremias (18.18-23); C. A quebra
simbólica da botija (19.1-15); D. Mais oposição a Jeremias (20.1-6); e, E. O
lamento de Jeremias (20.7-18).
A. Na casa do oleiro (18.1-17).
Do versículo primeiro ao décimo sétimos,
veremos a casa do oleiro. Nessa seção Jeremias observará um oleiro trabalhando
e aprenderá como Deus trata com Israel e com outras nações. Um tema
interessante que a BEG explorou muito bem ao criar o seu texto “Providência:
Quem está no controle do mundo?”[1] –
ele será reproduzido, na íntegra, após nosso trabalho com este capítulo.
Novamente temos, como é de praxe, a palavra
de Deus vindo a Jeremias e lhe dizendo desta vez para ele ir/descer – vs. 2 –
na casa do oleiro. É de Deus a inciativa de conduzi-lo à casa do oleiro. Ao que
parece, um lugar situado no vale de Hinom, aproximadamente próximo à entrada
chamada de “Porta do Oleiro”. Daí a ordem para “descer". Veja também 7.31.
Jeremias deveria se levantar, descer, ir e
lá ouvir as palavras que Deus estava preparando para ele. Ele obedece a Deus e
desce. Chegando lá, encontra o oleiro ocupado em seu trabalho com o barro,
trabalhando sore as rodas.
Eram duas rodas de pedra encaixadas num
eixo vertical. Como bem nos salienta a BEG, para uma descrição mais precisa desse
método, veja o livro não canônico de Eclesiástico (38.29-30).
E justamente o vaso que ele observava o
oleiro trabalhar, se quebrou, ou estragou. A palavra estragar é o mesmo termo
hebraico de 13.7 que descreve o cinto de linho "apodrecido". No
entanto, o oleiro tinha plena autonomia com respeito à obra de suas mãos. O
fato de o primeiro vaso ter se estragado não significava, necessariamente, sua
ruína definitiva.
Deus se aproveita do fato casuístico do
vaso quebrado e dá uma palavra profética para Jeremias. Sua pergunta retórica é
se ele não poderia fazer o mesmo com a casa de Israel.
O uso do termo "Israel" traz à
mente os propósitos históricos de Deus na eleição do seu povo como um todo (dos
quais Judá havia se tornado o herdeiro).
Dos versos 7 ao 10, a ilustração do oleiro
mostra que, se o Senhor anuncia a intenção de castigar ou abençoar uma nação,
esse propósito pode ser revogado de acordo com a reação dessa nação.
Julgamentos e bênçãos podem ser revertidos, diminuídos ou adiados (veja Êx
32.14; Jz 10.8-18; 2Cr 12.1-12; Jo 3.10).
A mudança de intenção do oleiro (Deus) com
base no arrependimento não contradiz o caráter imutável dos decretos divinos.
É importante observar que essa passagem, e
outras similares que apontam Deus se arrependendo, não trata das leis eternas
de Deus, mas das interações providenciais de Deus com as ocorrências históricas
"necessária, livre ou contingentemente" (ver Confissão de Fé de
Westminster - CFW 5.2).
A intenção de Deus de destruir ou abençoar
faz parte do seu plano eterno; o arrependimento ou a rebelião do povo e a
mudança providencial da interação divina também estão dentro do plano imutável
de Deus – ver ao final deste estudo o artigo teológico da BSG, já citado,
relacionado à "Providência".
Nos versos 11 e 12, a esperança do profeta
era que o povo ouvisse que o arrependimento poderia reverter o julgamento
esperado, mas ele tinha experiência suficiente das reações das pessoas para
perceber que os seus compatriotas apenas endureceriam o coração, desse modo
condenando-se ao julgamento certo.
Eu costumo observar o seguinte. Quando
alguém faz o mal intencionalmente e é apanhado em flagrante ou logo após, é
porque Deus estendeu sua misericórdia e graça sobre aquela vida; do contrário,
quando se faz o que é mal e nele se prospera e ninguém fica sabendo, já Deus
entrou em juízo com essa vida e o seu fim se aproxima velozmente.
Se você está acostumado a pecar voluntariamente
e ninguém nunca descobre nada, teme e treme, pois certa é a vinda do juízo
sobre ti. Também de nada adiantará essas advertências porque encontrará o seu
coração endurecido pelo engano do pecado.
Por isso que eles respondem – vs. 12 – que não
haja esperanças e que andarão conforme os seus próprios projetos, fazendo cada
um segundo o seu obstinado coração.
O que de horrendo fez a virgem de Israel? Tudo
indica que essa expressão forte é usada a para a prática da idolatria (cf.
5.30).
No verso 14, Jeremias volta a usar a
natureza em sua argumentação, como fez em 8.4,7; 17.11. Ele faz duas perguntas
retóricas para indicar que essas coisas não aconteceriam, mas o povo de Judá
tinha mesmo se esquecido do Senhor e pior, queimado incenso a deuses falsos –
vs. 15.
Nas veredas antigas tropeçaram e passaram a
andar em atalhos não aplainados para fazerem de suas terras objeto de espanto e
de perpétuos assobios, sendo que todos os que passam por ali meneiam a cabeça e
se espantam – vs. 16.
Deus retribuirá à altura tanto descaso e
com um vento oriental os espalhará diante do inimigo e no momento da aflição não
estaria com o rosto a postos, mas sim o veriam pelas costas, como aquele que
passou a desprezá-los e a não se importar com os seus respectivos destinos.
Deus estaria retendo seus favores, o oposto de encontrar a face de Deus (2Cr 7.14).
Por conta de suas duras palavras, cuja
escolha deles foi o endurecimento de seus corações, para ruína deles mesmos,
eles estariam fazendo grande oposição a Jeremias – vs. 18 ao 23. Essa é a
quinta "confissão" de Jeremias. O profeta lamenta, com razão, a
oposição que suportou e continuaria suportando por dizer a verdade a Judá.
A resposta à pergunta de Jeremias é não! Não
se paga com o mal um bem feito - SI 35.12; 1Pe 2.19-24. Assim, Jeremias estava
agindo pelo bem deles, mas eles abriram-lhe uma cova. Um gesto que simboliza
intenções assassinas (vs. 22).
Jr 18:1 A palavra que veio do Senhor a
Jeremias, dizendo:
Jr
18:2 Levanta-te, e desce à casa do oleiro,
e
lá te farei ouvir as minhas palavras.
Jr
18:3 Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado
com
a sua obra sobre as rodas.
Jr
18:4 Como o vaso, que ele fazia de barro,
se
estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso,
conforme
pareceu bem aos seus olhos fazer.
Jr
18:5 Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Jr
18:6 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro,
ó
casa de Israel? diz o Senhor.
Eis
que, como o barro na mão do oleiro,
assim
sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
Jr
18:7 Se em qualquer tempo eu falar acerca duma nação,
e
acerca dum reino, para arrancar, para derribar
e
para destruir,
Jr
18:8 e se aquela nação, contra a qual falar,
se
converter da sua maldade,
também
eu me arrependerei do mal que intentava fazer-lhe.
Jr
18:9 E se em qualquer tempo eu falar acerca duma nação
e
acerca dum reino, para edificar e para plantar,
Jr
18:10 se ela fizer o mal diante dos meus olhos,
não
dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei
do
bem que lhe intentava fazer.
Jr
18:11 Ora pois, fala agora aos homens de Judá,
e
aos moradores de Jerusalém, dizendo:
Assim
diz o senhor:
Eis
que estou forjando mal contra vós,
e
projeto um plano contra vós;
convertei-vos
pois agora cada um do seu mau caminho,
e
emendai os vossos caminhos e as vossas ações.
Jr
18:12 Mas eles dizem:
Não
há esperança;
porque
após os nossos projetos andaremos,
e
cada um fará segundo o propósito obstinado
do
seu mau coração.
Jr
18:13 Portanto assim diz o Senhor:
Perguntai
agora entre as nações quem ouviu tais coisas?
coisa
mui horrenda fez a virgem de Israel!
Jr
18:14 Acaso desaparece a neve
do
Líbano dos penhascos do Siriom?
Serão
esgotadas as águas frias que vêm dos montes?
Jr
18:15 Contudo o meu povo se tem esquecido de mim,
queimando
incenso a deuses falsos;
fizeram-se
tropeçar nos seus caminhos,
e
nas veredas antigas,
para
que andassem por atalhos não aplainados;
16
para fazerem da sua terra objeto de espanto
e
de perpétuos assobios;
todo
aquele que passa por ela se espanta,
e
meneia a cabeça.
Jr
18:17 Com vento oriental os espalharei diante do inimigo;
mostrar-lhes-ei as costas e não o rosto,
no
dia da sua calamidade.
Jr
18:18 Então disseram:
Vinde,
e maquinemos projetos contra Jeremias;
pois
não perecerá a lei do sacerdote,
nem
o conselho do sábio,
nem
a palavra do profeta.
Vinde,
e ataquemo-lo com a língua,
e
não atendamos a nenhuma das suas palavras.
Jr
18:19 Atende-me, ó Senhor, e ouve a voz
dos
que contendem comigo.
Jr
18:20 Porventura pagar-se-á mal por bem?
Contudo
cavaram uma cova para a minha vida.
Lembra-te
de que eu compareci na tua presença,
para
falar a favor deles,
para
desviar deles a tua indignação.
Jr
18:21 Portanto entrega seus filhos à fome,
e
entrega-os ao poder da espada, e sejam suas mulheres
roubadas
dos filhos, e fiquem viúvas;
e
sejam seus maridos feridos de morte,
e
os seus jovens mortos à espada na peleja.
Jr
18:22 Seja ouvido o clamor que vem de suas casas,
quando
de repente trouxeres tropas sobre eles;
porque
cavaram uma cova para prender-me
e
armaram laços aos meus pés.
Jr
18:23 Mas tu, ó Senhor, sabes todo o seu conselho contra mim
para
matar-me.
Não
perdoes a sua iniquidade,
nem
apagues o seu pecado de diante da tua face;
mas
sejam transtornados diante de ti;
trata-os
assim no tempo da tua ira.
No verso 21, Jeremias os amaldiçoa e os
entrega, claramente, à fome, à espada e à peste. A tríade típica de julgamento
(14.12). Jeremias pede que o julgamento anunciado caia sobre os seus inimigos
pessoais.
Isso porque cavaram contra ele covas para
prendê-lo e armaram laços para os seus pés – vs. 22. Jeremias então se volta
para o Senhor e sabe que o Senhor conhece essas intenções malignas e todo
conselho que tinham para tirar-lhe a vida. Ele roga a Deus que essa iniquidade
não seja perdoada, que sejam transtornados diante do Senhor e tratados dessa
forma, não em tempos de paz, mas durante a sua ira.
Muitas vezes, a teologia reformada é
confundida com fatalismo, porque ela enfatiza que Deus preordenou "livre e
inalteravelmente tudo quanto acontece" (CFW 3.1). Para muitos
observadores, a oração, a evangelização e as escolhas humanas em geral parecem
não ter nenhum significado verdadeiro uma vez que os decretos imutáveis e
eternos de Deus já estabeleceram tudo o que acontecerá. Na realidade, porém, a
teologia reformada sempre afirmou a importância da oração, da evangelização e
das escolhas humanas de todo tipo, pois entende o controle de Deus sobre o
mundo a partir de dois pontos de vista. O primeiro e mais conhecido se refere aos
seus decretos eternos e soberanos de preordenação, mas o segundo é igualmente
importante, pois se refere à providência.
Deus não limitou somente a criar um universo
que simplesmente realizaria aquilo que ele havia determinado eternamente.
Antes, formou um universo no qual poderia interagir com a sua criação. É
verdade que Deus pré-ordenou até mesmo o seu envolvimento com a criação, bem
como todos os meios para todos os fins, mas isso não torna o seu envolvimento
ou esses meios menos reais ou necessários. Os teólogos reformados chamam essa interação
de Deus com' a criação a cada momento da História de. "providência".
De acordo com a Confissão de Fé de Westminster:
"Pela sua muito sábia providência,
segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho da sua
própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da
glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta,
dirige, dispõe e governa todas as suas criaturas, todas as ações e todas as
coisas, desde a maior até a menor" (CFW 5.1).
Na criação, Deus exerceu o seu poder divino
para trazer o mundo à existência; na providência ele continua a exercer esse
mesmo poder para sustentar toda a criação, se envolver com todos os
acontecimentos e dirigir todas as coisas para os seus fins determinados.
Outras tradições cristãs minimizam a
importância da providência divina sugerindo que Deus simplesmente conhece todas
as coisas de antemão, e não que ele as controla; que ele as sustenta
indiretamente sem qualquer envolvimento direto; e que ele governa apenas os
rumos gerais da História, e não os seus detalhes específicos. No entanto, as
evidências das Escrituras deixam claras a natureza e a extensão da providência
divina. Louis Berkhof resumiu o atual controle de Deus sobre a criação da seguinte
maneira:
A Bíblia ensina claramente o controle
providencial de Deus (1) sobre o universo em geral, SI 103.19; Dn 4.35; Ef
1.11; (2) sobre o mundo físico, Jó 37; SI 104.14; 135.6; Mt 5.45; (3) sobre a
criação inferior, SI 104.21,28; Mt 6.26; 10.29; (4) sobre os negócios das
nações, Jó 12.23; SI 22.28; 66.7; At 17.26; (5) sobre o nascimento do homem e
sua sorte na vida, 1Sm 16.1; SI 139.16; Is. 45.5; GI 1.15,16; (6) sobre as
vitórias e fracassos que sobrevêm à vida dos homens, SI 75.6, 7; Lc 1.52; (7)
sobre as coisas aparentemente acidentais ou insignificantes, Pv 16.33, Mt
10.30; (8) na proteção dos justos, SI 4.8; 5.12; 63.8; 121.3; Rm 8.28; (9) no
suprimento das necessidades do povo de Deus, Gn 22.8,14; Dt 8.3; Fp 4.19; (10)
nas respostas à oração, 1Sm 1.19; Is. 20.5,6; 2Cr 33.13; SI 65.2; Mt 7.7; Lc
18.7,8; e (11) no desmascaramento e castigo dos ímpios, SI 7.12,13; 11.6 (L.
Berkhof, Teologia Sistemática, 3ª ed. [São Paulo: Editora Cultura Cristã,
2007j, p. 155].).
A providência divina controla até mesmo os
acontecimentos moralmente maus. No entanto, a teologia reformada acrescenta
várias especificações a esse respeito:
(1)Apesar de Deus permitir o mal moral, ele não é o seu
autor direto (At 14.16).
(2)Deus castiga o mal
com mal (SI 81.11-12; Rm 1.26-32).
(3)Deus faz o mal
redundar em bem (Gn 50.20; At 2 23; 4.27-28; 13.27).
(4)Deus usa o mal para provar e disciplinar aqueles que ele ama (Mt 4.1-11, Hb 12 4-14).
(5)Umdia, Deus remirá o seu povo inteiramente do poder e da presença do mal (Ap
21.27 22.14-15).
Embora Deus tenha o controle soberano e
absoluto sobre todas as coisas, a teologia reformada também afirma a
importância da escolha humana ao enfatizar que providência de Deus é uma
realidade maravilhosamente variada.
Em primeiro lugar, Deus interage com aspectos
diferentes de sua criação de acordo com as suas naturezas específicas. As
criaturas dotadas de vontade, isto é os anjos e os seres humanos, são tratados
por Deus de maneira distinta das criaturas sem vontade e da criação inanimada.
Por exemplo, Deus realiza muitos dos seu planos por meio da escolha humana, mas
simplesmente manipula pedras e árvores.
Em segundo lugar, Deus varia o seu
envolvimento providencial com o mundo, usando com frequência causas secundárias
(criadas), como as ações humanas, apesar de também agir sem elas, sobre elas ou
contra elas (CFW 5.3), como nos milagres e outra casos em que ele sobrepuja o
seu modo normal de opera o universo.
Em terceiro lugar, ao realizar seu plano soberano
na História, Deus ordena as interações de causa: criadas de modos diferentes
(CFW 5.2). Alguns aconteci mentos são necessários, constituindo resultados
diretos e inevitáveis de outros acontecimentos. Alguns ocorrem livremente, sem
nenhuma necessidade aparente na ordem criada. Ainda outros ocorrem de modo
contingente quando as escolhas dos seres humanos e anjos têm efeito sobre o
curso da História, como quando Deus faz certas coisas acontecerem em resposta à
nossa obediência ou desobediência. Assim, a doutrina da providência divina não
minimiza, mas sim enfatiza a importância de atividades humanas como a oração e
o evangelização.
A doutrina da providência é uma verdade preciosísima das Escrituras para os cristãos. Ela nos ensina que nunca estamos sob o domínio
de forças obscuras (destino, acaso sorte), mas sempre nas mãos de nosso Pai
celestial amoroso e misericordioso. Cada acontecimento nos chama novamente a
confiar, a obedecer e a nos regozijar, sabendo que tudo o que acontece conosco
e por nosso intermédio é para o nosso bem eterno (Rm 8.28).
[1]Trata-se de um artigo teológico que se encontra às
páginas 984, com o título: Providência: quem está no controle do mundo?
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