Estamos no último capítulo, de nossa quinta
parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação
apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 10.
V. O TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou
a suposição geral de que o templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão,
dividimos essa série de discursos de Jeremias em três seções: A. O templo de
Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – já vimos;
B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 – já vimos; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25 – veremos e concluiremos agora.
C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
Nos próximos vinte e cinco versículos,
deste capítulo, estaremos vendo a idolatria ou o Senhor, ou o contraste entre
um e outro. Esse material trata do pecado da idolatria, um tema apropriado no
contexto da confiança hipócrita de Judá no templo como garantia de proteção
(veja o cap. 7). Ao mesmo tempo em que esperavam que a Casa de Deus os mantivesse
seguros, os judaítas corrompiam o seu culto com a idolatria.
Já começa o primeiro versículo chamando a
atenção da casa de Israel para estarem atentos à Palavra do Senhor que sempre
exige de nós uma resposta, uma decisão ou uma escolha. Quando Deus fala, não é qualquer
um a falar, mas o próprio Deus e isso pode trazer consigo sérias consequências,
principalmente quando a negligenciamos.
O Senhor não é como somos nós que até
esquecemos de nossas juras e palavras, mas o Senhor é fiel e não tem ninguém
por inocente diante dele.
É o Senhor quem está a dizer, por isso que
diz “Assim diz o Senhor”. Não era para
Israel aprender com as nações as suas manias e caminhos. Eles viviam observando
sinais nos céus e com isso dando a entender que seriam capazes de grandes
coisas.
A adoração dos corpos celestes era proibida
e nada poderia nem acrescentar, nem subtrair a ninguém coisa alguma. O espanto
ou terror caracteriza a adoração a falsos deuses, mais para incutir e difundir
a cultura do medo pela manipulação de forças ocultas e secretas.
A adoração de corpos celestes envolve
certos medos específicos decorrentes da possibilidade de fenômenos
extraordinários. A teologia da criação apresentada na Bíblia elimina esses
medos ao mostrar que tais ocorrências são apenas manifestações da ordem criada
por Deus (Gn 1; Is 40.26).
A Bíblia chama tais costumes de vaidade! Aqui,
esse termo usado em outras passagens de Jeremias para se referir a ídolos,
transmite a ideia de vazio (2.5).
Os que fabricam ídolos se esquecem de que
são eles que cortam, que dão forma e que manipulam a madeira os levando por um
caminho de completa insensatez idolátrica (Is 44.9-20). Eles, ainda para
melhorarem suas imagens de nada, as revestem de prata e de ouro (vs. 9).
Eles são como espantalhos – vs. 5 - no
milharal. O Senhor adverte seu povo para não temê-los nem terem qualquer
reverência a tais objetos que tem o poder de tornarem nulos também os que os
adoram, não por que emanam deles poder, mas por causa do torpor que invade a
alma do adorador de ídolos.
A quem devemos temer então? A resposta está
no verso 6 e 7: ao Senhor que fez tanto os céus como a terra e tudo o que neles
há. Pois somente ele é digno, grande e ninguém há que a ele se assemelhe. Ele
mesmo não deixou forma alguma dele para nós, justamente para evitar esse apego
idolátrico de nossa alma caída e insensata.
Na Bíblia, o temor de Deus – vs. 7 - envolve,
com frequência, mais do que o medo do julgamento divino. Inclui espanto,
reverência, honra e adoração em resposta à majestade e santidade de Deus (SI
2.11-12).
O Senhor é o Rei das nações. Uma resposta à
soberania atribuída a falsas divindades como, por exemplo, Bel-Marduque da
Babilônia (cf. Is 43.15; 46.1). A quem se poderia comparar o Senhor nas nações?
Talvez magos ou encantadores como os que aparecem no livro de Daniel (Dn 2.12)?
Esse versículo contrasta a sabedoria deles com a sabedoria do Senhor (10.12).
No verso 8, a descrição precisa desses
adoradores: embrutecidos e loucos e as suas instruções vazias, ocas e mortas
como um pedaço de pau qualquer. Mais uma vez, o texto apresenta a linguagem
sapiencial. Veja Dt 11.2; Pv 3.11, onde o termo hebraico para
"ensinar" é traduzido como "disciplina". Para
"loucura", veja, por exemplo, Pv 15.2,5,7.
Eles se viram para trazerem de longe todos
os materiais para confecção de seus objetos idolátricos. De Társis, a prata e
de Ufaz, o ouro. A primeira cidade ficava numa região que hoje pertence à
Espanha; a localização da segunda é desconhecida.
Não são quaisquer obras, mas de peritos, de
mãos hábeis que sabem manipular com maestria a prata, o ouro, a madeira, mas
infelizmente para construção de engano que escravizará o povo nas trevas.
No entanto, somente Deus é verdadeiramente
Deus. Somente Deus é um Deus vivo. (Dt 5.26). Somente ele também é o Rei
eterno. (vs. 7; Êx 15.18; 2Sm 7.13). No livro de Samuel, 2Sm 7.13 vemos a declaração
da eternidade do reino de Deus, ainda que o reinado da casa de Davi estivesse
preste a cessar por vários séculos.
No verso 11, uma declaração de julgamento
contra outros deuses é escrita em aramaico talvez visando a um efeito dramático
ou ao uso internacional. (No Antigo Testamento, outras passagens aparecem em
aramaico - Ed 4.80; 6.18; 7.12-26; Dn 2.4-7.28).
Foi somente Deus pelo seu poder, sabedoria
e inteligência que fez todas as coisas. O poder do Deus verdadeiro na criação é
usado nessa argumentação contra os deuses estrangeiros. Para a criação por meio
de sua sabedoria, veja Pv 8.22-31, uma passagem que prefigura Cristo como a
sabedoria preexistente de Deus (Cl 1.15; 2.3).
Ao mencionar, no verso 13, o controle de
Deus sobre os fenômenos da natureza (SI 29.3-4; 135.5-7.), essa declaração
sobre o controle do Senhor sobre a chuva faz frente asserções semelhantes
acerca de Baal, o deus cananeu (veja 1 Rs 17.1).
Apesar disso, apesar de seu domínio e
controle da natureza e de todas as obras de suas mãos, o homem embruteceu,
tonou-se obtuso, cego e semelhante aos objetos de sua adoração. Para onde foi o
conhecimento?
A vaidade soprou e o seu vento os perturbou
a ponto de perderem o sentido e estarem encantados com o engano e a mentira,
mas no dia da visitação, sim nesse dia, perturbar-se-ão e perecerão – vs. 15.
No início das Escrituras o Senhor é
considerado uma "herança" peculiar para os levitas (Nm 18.20). Aqui,
o conceito do Senhor como "porção" ou "herança" – vs. 16 - é
ampliado de modo a abranger a nação como um todo. Juntas, as duas metáforas
revelam o relacionamento entre Deus e Israel na aliança. Quanto ao povo como
"herança" do Senhor, “Porque a
porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança.” - Dt 32.9.
O Senhor pede aos que habitam sitiados para
tirar do chão a sua trouxa, pois ele os arrojará como uma funda e os angustiará
para que sintam o seu terror. Ou seja, o Senhor estaria a ponto de lançá-los
para bem longe, de atirá-los para fora de sua presença para sempre. Aos ímpios,
diz a palavra de Deus, não haverá paz! Mas resta um descanso ainda e devemos nos
esforçar por entrar por ele, em tempo oportuno.
O povo entra em desespero e clama por causa
de sua chaga. Compare com o clamor de
Jeremias em 4.19-21. Aqui, o profeta demonstra predileção pelas metáforas
médicas (6.7; 14.17; 30.12-13,15,17).
No verso 20, a metáfora usa termos de
habitação ao falar de sua tenda destruída e de seus cordões todos rompidos. Os
efeitos trágicos da falta de filhos em geral se tornam um retrato da desolação
do exílio. A fim de deixar esse ponto absolutamente claro, o próprio Jeremias
não poderia ter filhos (16.2).
O tema da insensatez ou da estupidez é aplicado
agora aos líderes em particular (2.8; 10.8; cf.10.14). Os líderes não buscaram
ao SENHOR, mas, antes, recorreram aos encantamentos dos "sábios"
pagãos (8.2; 10.7). Quando os pastores se embrutecem e não buscam ao Senhor, o
resultado jamais pode ser de prosperidade, antes de dispersão do seu rebanho.
Jr 10:1 Ouvi a palavra que o Senhor vos
fala a vós, ó casa de Israel.
Jr 10:2 Assim diz o Senhor:
Não aprendais
o caminho das nações,
nem
vos espanteis com os sinais do céu;
porque
deles se espantam as nações,
Jr 10:3 pois
os costumes dos povos são vaidade;
corta-se
do bosque um madeiro e se lavra com machado
pelas
mãos do artífice.
Jr 10:4 Com
prata e com ouro o enfeitam, com pregos
e
com martelos o firmam, para que não se mova.
Jr 10:5 São
como o espantalho num pepinal, e não podem falar;
necessitam
de quem os leve, porquanto não podem andar.
Não tenhais
receio deles, pois não podem fazer o mal,
nem
tampouco têm poder de fazer o bem.
Jr 10:6 Ninguém
há semelhante a ti, ó Senhor;
és
grande, e grande é o teu nome em poder.
Jr 10:7 Quem
te não temeria a ti, ó Rei das nações?
pois
a ti se deve o temor;
porquanto
entre todos os sábios das nações,
e em todos os
seus reinos ninguém há semelhante a ti.
Jr 10:8 Mas eles todos são
embrutecidos e loucos;
a
instrução dos ídolos é como o madeiro.
Jr 10:9
Trazem de Társis prata em chapas, e ouro de Ufaz,
trabalho
do artífice, e das mãos do fundidor;
seus
vestidos são de azul e púrpura;
obra
de peritos são todos eles.
Jr 10:10 Mas
o Senhor é o verdadeiro Deus;
ele
é o Deus vivo e o Rei eterno,
ao
seu furor estremece a terra,
e
as nações não podem suportar a sua indignação.
Jr 10:11
Assim lhes direis:
Os
deuses que não fizeram os céus e a terra,
esses
perecerão da terra e de debaixo dos céus.
Jr 10:12 Ele
fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo
por
sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus. J r 10:13 Quando ele
faz soar a sua voz,
logo
há tumulto de águas nos céus,
e
ele faz subir das extremidades da terra os vapores;
faz
os relâmpagos para a chuva,
e
dos seus tesouros faz sair o vento.
Jr 10:14 Todo
homem se embruteceu e não tem conhecimento;
da
sua imagem esculpida envergonha-se todo fundidor;
pois
as suas imagens fundidas são falsas,
e
nelas não há fôlego.
Jr 10:15
Vaidade são, obra de enganos;
no
tempo da sua visitação virão a perecer.
Jr 10:16 Não
é semelhante a estes aquele que é a porção de Jacó;
porque
ele é o que forma todas as coisas,
e
Israel é a tribo da sua herança.
Senhor
dos exércitos é o seu nome.
Jr 10:17 Tira
do chão a tua trouxa, ó tu que habitas em lugar sitiado.
Jr 10:18 Pois
assim diz o Senhor:
Eis
que desta vez arrojarei como se fora com uma funda
os
moradores da terra, e os angustiarei,
para
que venham a senti-lo.
Jr 10:19 Ai
de mim, por causa do meu quebrantamento!
a
minha chaga me causa grande dor;
mas
eu havia dito:
Certamente
isto é minha enfermidade, e eu devo suporta-la.
Jr 10:20 A
minha tenda está destruída,
e
todas as minhas cordas estão rompidas;
os
meus filhos foram-se de mim, e não existem;
ninguém
há mais que estire a minha tenda,
e
que levante as minhas cortinas.
Jr 10:21 Pois
os pastores se embruteceram,
e
não buscaram ao Senhor;
por
isso não prosperaram,
e todos
os seus rebanhos se acham dispersos.
Jr 10:22 Eis
que vem uma voz de rumor,
um
grande tumulto da terra do norte,
para
fazer das cidades de Judá uma assolação,
uma
morada de chacais.
Jr 10:23 Eu
sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho;
nem
é do homem que caminha o dirigir os seus passos.
Jr 10:24
Corrige-me, ó Senhor, mas com medida justa;
não
na tua ira, para que não me reduzas a nada.
Jr 10:25
Derrama a tua indignação sobre as nações
que
não te conhecem, e sobre as famílias que não invocam
o
teu nome; porque devoraram a Jacó;
sim,
devoraram-no e consumiram-no,
e assolaram a
sua morada.
Dos versos 23 ao 25, encerrando o presente
capítulo e a parte V, Jeremias entendendo a situação grave, ora pedindo justiça
divina contra aqueles que atacariam Judá e Jerusalém.
Esse tipo de declaração do verso 23 de que
ele sabe que não é do homem o seu caminho, nem daquele que caminha, o dirigir
os seus passos, faz parte da tradição da literatura sapiencial da Bíblia (Pv
16.9).
Esse último versículo – vs. 25 - é bastante
parecido com SI 79.6-7 e pode ser uma citação do mesmo. No entanto, nesse novo
contexto, talvez a sua motivação não seja tão pura quanto à do salmo.
Apesar de o capítulo enfatizar a semelhança
moral de Judá com as nações, termina (ironicamente) com a súplica de Judá para
que o Senhor derrame a sua ira sobre as nações. Essa oração foi respondida no
seu devido tempo.
Estamos em nossa quinta parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 9.
V. O TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou
a suposição geral de que o templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão,
dividimos essa série de discursos de Jeremias em três seções: A. O templo de
Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – já vimos;
B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 - concluiremos agora; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, os pecados
e o julgamento de Judá. Depois de mostrar que o templo não garantia proteção
contra a ira de Deus, essa parte do texto trata dos pecados de Jerusalém que
trariam sobre a cidade santa a decisão divina de destruição e exílio.
Jeremias começa este capítulo se mostrando
semelhante a Jesus em sua compaixão pelo povo (Lc 19.41).
Ele sente o drama de o povo ter se lançado
tão profundamente no pecado a ponto de se esquecer completamente do Senhor. Ele
chega a desejar uma oportunidade de se livrar do povo, de se apartar dele por
causa das suas escolhas e preferências, mas, negando-se a si mesmo, resiste a
isso e o tolera numa esperança bem remota de salvar quem sabe os remanescentes
dele.
O versículo usa uma imagem militar ao
comparar o arco com a língua, pois ambos, neste caso, parecem mortais. Seu arco
é a falsidade que eles empunham como se estivessem em combate. É o Senhor quem está
falando – vs. 3 -, o Senhor dos Exércitos, de modo que a passagem de 8.21-9.3
adquire um novo significado. Deus também ansiava pelo deserto, para que pudesse
lançar o seu povo fora e não ter mais comunhão com ele (2.2-3). Essa passagem
retrata claramente os sentimentos do Senhor, expressos por intermédio do seu
profeta.
O povo andava mesmo desviado completamente
do Senhor a ponto de enganarem-se mutuamente, sem que fosse possível confiar um
no outro, nesta nossa caminhada da vida. Engano e calúnia é a escolha do povo.
Nos versos 5 e 6, a descrição das escolhas
erradas do povo continua. O povo tem andado no engano e com o engano,
desprezando a verdade e optando pela mentira e até se cansavam de tanto
praticarem a iniquidade. Era por causa do engano que eles se recusavam a
conhecerem ao Senhor.
Não que isso não fosse possível ou extremamente
difícil, mas por pura rebeldia mesmo. Dizem que nossas escolhas determinam o
que somos; sendo assim, as escolhas deles diziam que eles eram o joio no meio
do trigo e as gravinhas nas videiras.
Já dizia o Senhor no evangelho de João que
todo ramo que nele estando não der fruto, será cortado e lançado fora, depois o
apanharão e o queimarão no fogo – Jo 15.
Já no verso 7, o Senhor, sem mais qualquer
outra alternativa, promete fundi-los e prová-los uma vez que sua palavra não
cumpriu o efeito desejado que era a de conversão. Eles endureceram seus
corações enganosos.
A paz – vs. 8 - seria a verdadeira base da
sociedade e o resultado da fidelidade à aliança; o seu oposto é a falsidade - a
base da sociedade de Judá nessa época.
A resposta óbvia a pergunta do verso 9 é
sim. Sim, o Senhor haverá de castigar o povo por causa disso e se vingar de uma
nação semelhante a essa.
Como Jeremias chorou, o Senhor também choraria
(vs. 1), especialmente pela desolação da terra que ele havia dado ao seu povo.
Era seu desejo que a terra fosse rica e populosa; ao invés disso, ficaria
desolada (Mq 1.8; Mt 23.27-28).
Jerusalém, em função da ira de Deus, se
tornaria em montões de pedras e morada de chacais, totalmente desolada, sem
habitantes. A maldição da terra é marcada pela sua falta de habitantes, um tema
comum nas Escrituras (SI 44.19; Is 13.21-22).
Os sábios entenderão e compreenderão o que
se passa com a terra e a razão de sua desolação terrível. Isso nos remete para a
terminologia sapiencial referente ao conhecimento que Deus concede (Pv 1.2-5). Israel,
que deveria ser louvado pela sua sabedoria - Dt 4:6 -, é envergonhado pela sua
insensatez.
Jeremias estava especificamente preocupado
com as práticas idólatras (v. 14). O povo tinha rejeitado a lei do Senhor e
escolhido, obstinadamente, os seus próprios caminhos e pensamentos,
principalmente aqueles que os remetiam aos baalins, conforme lhes ensinaram os
seus próprios pais.
Em função dessas coisas, o Senhor os
espalharia entre as nações desconhecidas, de pessoas estranhas e falas
completamente diferentes. A espada também não os deixaria em paz tamanhos seria
a perseguição contra eles. Essa era a maldição prevista em Dt 28.64 e executada
no reino do norte, em 722 a.C. e sobre Judá em 586 a.C. A declaração é enfatizada
pelo retrato de destruição total.
O tema do pranto é retomado (vs. 1,10).
Essa é a referência mais clara do Antigo Testamento a mulheres que se dedicavam
profissionalmente a dirigir os lamentos pelos mortos, as conhecidas carpideiras
– vs. 17. (cf. Am 5.16).
A ruína era muito grande e o lamento enorme
gerando nos olhos lágrimas de desespero. A voz do pranto se ouvia em Sião e
diziam e exclamavam como estariam arruinados, envergonhados por terem deixado a
terra e por terem perdido as suas moradas.
No verso 21, a morte é personificada como o
deus cananeu Mot (que significa "morte") que entra pelos palácios, ou
"fortalezas" (nesse momento estes se encontravam vazios e frágeis.
6.11; Lm 5.13-15), para exterminar das ruas e das praças as crianças e os jovens.
Até os cadáveres dos homens seriam como o
adubo ou o esterco da terra para preparar o solo para torná-lo fértil. É de
fato uma situação calamitosa a ponto da cidade não ter condições de enterrar os
seus próprios mortos.
Quem é que poderia se orgulhar ou se
gloriar? Em suas sabedorias, forças, riquezas, poderiam os sábios, forte e
ricos se gloriarem? Até que poderiam, mas não seria sensato. A palavra de Deus
orienta que aquele que quer se gloriar, que se glorie nele, no Senhor, em conhecê-lo
e saber que ele é Deus sobre a terra toda.
O verso 24 proclama em alto e bom som que o
que se gloriar, glorie-se nisto:
·Em
entender que Deus é Senhor - entendimento.
·Em
conhecer, que Deus é Senhor – conhecimento.
·Que
como Senhor faz
üBenevolência.
üJuízo.
üJustiça
na terra - praticidade.
·Que
como Senhor se agrada justamente dessas coisas acima - satisfação.
Ressalte-se que a sabedoria, a força e a
riqueza não se tratam de coisas negativas quando são presentes de Deus.
Observar que Salomão preferiu a sabedoria às riquezas e que Deus lhe deu ambas
(1 Rs 3; cf. também Dt 8.17; SI 20.7; Pv 8.8-21).
Não devemos ter medo de administrar, se
necessário, milhões ou bilhões que nos chegarem às mãos com sabedoria, com
força e inteligência. As riquezas até podem entrar em nossos bolsos, mas jamais
em nossos corações.
Jr 9:1 Oxalá a minha cabeça se tornasse
em águas,
e os meus
olhos numa fonte de lágrimas,
para
que eu chorasse de dia e de noite
os mortos da
filha do meu povo!
Jr 9:2 Oxalá
que eu tivesse no deserto uma estalagem de viandantes,
para
poder deixar o meu povo, e me apartar dele!
porque
todos eles são adúlteros,
um
bando de aleivosos.
Jr 9:3 E encurvam a língua, como se fosse o
seu arco, para a mentira;
fortalecem-se
na terra, mas não para a verdade;
porque
avançam de malícia em malícia,
e
a mim me não conhecem, diz o Senhor.
Jr 9:4
Guardai-vos cada um do seu próximo,
e
de irmão nenhum vos fieis;
porque
todo irmão não faz mais do que enganar,
e
todo próximo anda caluniando.
Jr 9:5 E engana
cada um a seu próximo, e nunca fala a verdade;
ensinaram
a sua língua a falar a mentira;
andam-se
cansando em praticar a iniqüidade.
Jr 9:6 A tua
habitação está no meio do engano;
pelo
engano recusam-se a conhecer-me, diz o Senhor.
Jr 9:7 Portanto
assim diz o Senhor dos exércitos:
Eis
que eu os fundirei e os provarei;
pois,
de que outra maneira poderia proceder
com
a filha do meu povo?
Jr 9:8 uma
flecha mortífera é a língua deles;
fala
engano; com a sua boca fala cada um de paz
com
o seu próximo,
mas no
coração arma-lhe ciladas.
Jr 9:9 Não
hei de castigá-los por estas coisas? diz o Senhor;
ou
não me vingarei de uma nação tal como esta?
10 Pelos
montes levantai choro e pranto,
e
pelas pastagens do deserto lamentação;
porque
já estão queimadas,
de
modo que ninguém passa por elas;
nem
se ouve mugido de gado;
desde
as aves dos céus até os animais, fugiram e se foram.
Jr 9:11 E
farei de Jerusalém montões de pedras, morada de chacais,
e
das cidades de Judá farei uma desolação,
de
sorte que fiquem sem habitantes.
Jr 9:12 Quem
é o homem sábio, que entenda isto?
e
a quem falou a boca do Senhor, para que o possa anunciar?
Por
que razão pereceu a terra, e se queimou
como
um deserto, de sorte que ninguém
passa
por ela?
Jr 9:13 E diz
o Senhor:
porque
deixaram a minha lei, que lhes pus diante,
e não deram
ouvidos à minha voz, nem andaram nela,
Jr
9:14 antes andaram obstinadamente
segundo
o seu próprio coração,
e após
baalins, como lhes ensinaram os seus pais.
Jr 9:15
Portanto assim diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel:
Eis
que darei de comer losna a este povo,
e
lhe darei a beber água de fel.
Jr 9:16
Também os espalharei por entre nações que nem eles
nem
seus pais conheceram; e mandarei a espada após eles,
até
que venha a consumi-los.
Jr 9:17 Assim
diz o Senhor dos exércitos:
Considerai,
e chamai as carpideiras, para que venham;
e mandai
procurar mulheres hábeis,
para
que venham também;
Jr
9:18 e se apressem, e levantem o seu lamento sobre nós,
para
que se desfaçam em lágrimas os nossos olhos,
e
as nossas pálpebras destilem águas.
Jr 9:19
Porque uma voz de pranto se ouviu de Sião:
Como
estamos arruinados! Estamos mui envergonhados,
por
termos deixado a terra,
e
por terem eles transtornado as nossas moradas.
Jr 9:20 Contudo
ouvi, vós, mulheres, a palavra do Senhor,
e
recebam os vossos ouvidos a palavra da sua boca;
e
ensinai a vossas filhas o pranto,
e
cada uma à sua vizinha a lamentação.
Jr 9:21 Pois
a morte subiu pelas nossas janelas,
e
entrou em nossos palácios, para exterminar das ruas
as
crianças, e das praças os mancebos.
Jr 9:22 Fala:
Assim
diz o Senhor:
Até
os cadáveres dos homens cairão como esterco
sobre
a face do campo, e como gavela atrás
do segador, e
não há quem a recolha.
Jr 9:23 Assim
diz o Senhor:
Não
se glorie o sábio na sua sabedoria,
nem
se glorie o forte na sua força;
não
se glorie o rico nas suas riquezas;
Jr
9:24 mas o que se gloriar, glorie-se nisto:
em
entender, e em me conhecer,
que
eu sou o Senhor, que faço
benevolência,
juízo e justiça na terra;
porque
destas coisas me agrado,
diz
o Senhor.
Jr 9:25 Eis
que vêm dias, diz o Senhor,
em
que castigarei a todo circuncidado
pela
sua incircuncisão:
Jr
9:26 ao Egito, a Judá e a Edom,
aos
filhos de Amom e a Moabe,
e a todos os
que cortam os cantos da sua cabeleira
e
habitam no deserto;
pois
todas as nações são incircuncisas,
e
toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.
Que curioso o fato de castigar o circunciso
pela sua incircuncisão – vs. 25. Ele está ou não circuncidado? Se está
circuncidado, por que é penalizado por ser como se não tivesse? Quem explica
bem isso é o apóstolo Paulo.
“Qual
é, logo, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em
toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas”
(Rm 3.1-2); e também “... a adoção de
filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm
9.4). A circuncisão, como aliança, foi dada por Deus a Abraão em um determinado
tempo e espaço com a intenção de gerar para si um povo santo: “Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir
da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos;
porque eu sou santo” (Lv 11.45). Portanto, “a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se
tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão” (Rm
2.25)[1].
O castigo prometido – vs. 25 – seria sobre
todo circuncidado pela sua incircuncisão: o Egito, Judá, Edom, Amon, Moabe,
etc. Todas as nações são incircuncisas e toda a casa de Israel o é também de
coração.
Estamos em nossa quinta parte, de nossa divisão proposta de dezoito
delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG.
Estamos no capítulo
8.
V. O
TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou a suposição geral de que o
templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão, dividimos essa série de discursos de
Jeremias em três seções: A. O templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – concluiremos agora; B. Os pecados e
julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 -
iniciaremos agora; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
A. O
templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3.
Como já dissemos, estamos vendo ainda o principal discurso de Jeremias
sobre o templo de Salomão e Siló. Nesse discurso, Jeremias ataca a suposição
falsa de que a mera presença do templo protegeria Jerusalém dos seus inimigos.
Conforme a maldição da aliança – Dt 28:26 – o fim mais terrível que podia
ser dado a um corpo era que esse ficasse exposto ao relento sem lhe dar uma
cova. Aqui – vs. 1 - parece haver um passo além dessa situação descrita em 7.33
(2Rs 2316,18).
Ao espalhá-los-ão ao sol, à lua e ao exército do céu, o profeta usa de
uma forte ironia, pois o povo de Deus adorava esses corpos celestes (2Rs
21.3-5) apesar de eles serem apenas coisas criadas (Is 40.25-26).
E quanto aos que restaram disso, esses escolheram a morte à vida.
Jeremias encerra essa seção anunciando que seria preferível morrer a sofrer a
derrota e o exílio.
B. Os
pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26.
A partir do verso 4 até 9.26, estaremos vendo os pecados e o julgamento
de Judá.
Depois de mostrar na seção anterior que o templo não garantia proteção
contra a ira de Deus, essa parte do texto trata dos pecados de Jerusalém que
trariam sobre a cidade santa a decisão divina de destruição e exílio.
O profeta continua a refletir sobre a cidade que abrigava o templo, como
aquela que retia o engano e se recusava a voltar – vs. 5. A última esperança de
Judá contra as forças invasoras da Babilônia era uma ilusão depositada em sua
falsa confiança no templo.
O povo estava tão acostumado com os seus próprios caminhos que não
falavam o que era reto, nem se arrependiam de suas maldades e cada um seguia a
sua carreira, ou seja, cada um se "desviava" (vs. 5, melhor
tradução), descrevendo a maneira impetuosa e contínua como o povo buscava a
maldade.
No verso 7, uma expressão de admiração pelo fato de os animais e
pássaros conhecerem as suas estações e tempos, mas o povo não conhecia a
ordenança do Senhor.
O pior era que apesar de não conhecerem, se achavam sábios. O termo
"sábio" é usado aqui para designar um grupo possivelmente idêntico ao
dos "escribas" - os escribas são mencionados pela primeira vez como
um grupo que tratava da lei de Moisés (1Cr 2.55).
Os sábios são envergonhados e assim que sabedoria é essa? Existe,
evidentemente, um tipo verdadeiro de sabedoria, como o livro de Provérbios
mostra. No entanto, a sabedoria desses escribas era vazia, uma vez que não
possuíam nenhum conhecimento real da palavra do Senhor (3.13-15; Dt 4.6).
A consequência disso seria terrível e entre elas o fato de suas mulheres
serem dadas a outros. A razão disso era o seu comportamento tranquilo e descuidado,
envolvido com a avareza e a falsidade a ponto de não mais nem sentirem
vergonha.
Somando-se a isso tudo, a pregação deles era de paz, quando não havia
paz. Abominações eram cometidas e ninguém se importava, nem se envergonhavam,
por isso que haveriam de cair no tempo da visitação; seriam derribados, dizia o
Senhor.
A vide – vs. 13 - representa Judá (2.21). No entanto, a imagem também
sugere uma falta de fertilidade. A fertilidade era uma das bênçãos da aliança
que o povo atribuiu equivocadamente a outros deuses (Os 2.8-9).
Ironicamente, o que as pessoas pretendiam que se tratasse de uma reunião
para garantir a segurança delas, tornar-se-ia um ajuntamento para julgamento.
As águas venenosas, ou de fel, conforme algumas traduções, simbolizam
uma distorção frustrante das bênçãos da aliança, do mesmo modo que o povo
mostrou ser um fruto decepcionante (9.14; Is 5.4).
O povo até percebeu – vs. 14 - que seu fim seria iminente por causa da
sua situação de pecado e resolveram, ao invés de continuar assentados, se
juntarem para entrar na cidade forte para ali perecerem.
Essa situação tem seu paralelo com outra situação de Jerusalém quando
esta estava cercada por Senaqueribe com seu exército numeroso e o fim da cidade
parecia inevitável. Os habitantes dela, desesperados e certos da morte no dia
seguinte exclamaram: - “comamos e bebamos que amanhã morreremos” – Is 22:13; I
Co 15:32.
Eles esperaram pela paz, mas ela não chegou; esperaram pela cura, e em
seu lugar apenas o terror.
O Senhor estava irado com eles e lhes enviaria serpentes, basiliscos –
vs. 17 - contra os quais não haveria encantamentos. Pode-se entender essa
declaração de modo literal como um tipo de praga (cf. "água venenosa"
ou “água de fel”, conforme as traduções – vs. 14), ou de modo figurativo, como
uma referência aos inimigos.
Nos versos 18 e 19, Jeremias lamentou ao pensar no que aconteceria a
Jerusalém e seus habitantes. Oh! Se eu pudesse consolar-me! Uma frase difícil
de ser interpretada. Provavelmente significa "Sinto-me esmagado pela tristeza".
Não está o SENHOR em Sião? Não está nela o seu Rei? Esse clamor dos exilados
faz lembrar a expectativa de que a mera presença do templo protegeria os
habitantes de Jerusalém.
O templo era a habitação terrena do Senhor, o Rei de Israel. Os
opositores de Jeremias ficariam estarrecidos com a derrota de Jerusalém, pois
ela indicaria que o Rei divino havia abandonado o seu templo e não estava mais
ali.
Jr 8:1 Naquele tempo, diz o Senhor, tirarão para fora das suas
sepulturas
os ossos dos reis de
Judá,
e os ossos dos seus
príncipes,
e os ossos dos
sacerdotes,
e os ossos dos
profetas,
e os ossos dos
habitantes de Jerusalém;
Jr
8:2 e serão expostos
ao
sol, e à lua, e a todo o exército do céu,
a
quem eles amaram, e a quem serviram,
e após
quem andaram, e a quem buscaram,
e a
quem adoraram;
não
serão recolhidos nem sepultados;
serão
como esterco sobre a face da terra.
Jr 8:3 E será
escolhida antes a morte do que a vida
por
todos os que restarem desta raça maligna,
que
ficarem em todos os lugares onde os lancei,
diz
o senhor dos exércitos.
Jr 8:4 Dize-lhes
mais: Assim diz o Senhor:
porventura
cairão os homens, e não se levantarão?
desviar-se-ão,
e não voltarão?
Jr 8:5 Por que,
pois, se desvia este povo de Jerusalém
com
uma apostasia contínua? ele retém o engano,
recusa-se
a voltar.
Jr 8:6 Eu escutei e
ouvi; não falam o que é reto;
ninguém
há que se arrependa da sua maldade, dizendo:
Que
fiz eu?
Cada
um se desvia na sua carreira,
como
um cavalo que arremete com ímpeto na batalha.
Jr 8:7 Até a cegonha
no céu conhece os seus tempos determinados;
e a
rola, a andorinha, e o grou observam
o
tempo da sua arribação;
mas o
meu povo não conhece a ordenança do Senhor.
Jr 8:8 Como pois
dizeis:
Nós
somos sábios, e a lei do Senhor está conosco?
Mas
eis que a falsa pena dos escribas
a
converteu em mentira.
Jr 8:9 Os sábios são
envergonhados, espantados e presos;
rejeitaram
a palavra do Senhor;
que
sabedoria, pois, têm eles?
Jr 8:10 Portanto
darei suas mulheres a outros,
e os
seus campos aos conquistadores;
porque
desde o menor até o maior,
cada
um deles se dá à avareza;
desde
o profeta até o sacerdote,
cada
qual usa de falsidade.
Jr 8:11 E curam a
ferida da filha de meu povo levianamente,
dizendo:
Paz, paz; quando não há paz.
Jr 8:12 Porventura
se envergonham
de terem cometido abominação?
Não; de maneira alguma se
envergonham,
nem sabem que coisa é
envergonhar-se.
Portanto
cairão entre os que caem;
e
no tempo em que eu os visitar, serão derribados,
diz
o Senhor.
Jr 8:13 Quando eu os
colheria, diz o Senhor,
já
não há uvas na vide, nem figos na figueira;
até
a folha está caída;
e
aquilo mesmo que lhes dei se foi deles.
Jr 8:14 Por que nos
assentamos ainda?
juntai-vos
e entremos nas cidades fortes, e ali pereçamos;
pois
o Senhor nosso Deus nos destinou a perecer
e
nos deu a beber água de fel;
porquanto
pecamos contra o Senhor.
Jr 8:15 Esperamos a
paz, porém não chegou bem algum;
e o
tempo da cura, e eis o terror.
Jr 8:16 Já desde Dã
se ouve o resfolegar dos seus cavalos;
a
terra toda estremece à voz dos rinchos dos seus ginetes;
porque
vêm e devoram a terra e quanto nela há,
a
cidade e os que nela habitam.
Jr 8:17 Pois eis que
envio entre vós serpentes, basiliscos,
contra
os quais não há encantamento;
e
eles vos morderão, diz o Senhor.
Jr 8:18 Oxalá que eu
pudesse consolar-me na minha tristeza!
O meu
coração desfalece dentro de mim.
Jr 8:19 Eis o clamor
da filha do meu povo,
de
toda a extensão da terra;
Não
está o Senhor em Sião?
Não
está nela o seu rei?
Por
que me provocaram a ira
com
as suas imagens esculpidas,
com
vaidades estranhas?
20 Passou a sega,
findou o verão, e nós não estamos salvos.
Jr 8:21 Estou
quebrantado pela ferida da filha do meu povo;
ando
de luto; o espanto apoderou-se de mim.
Jr 8:22 Porventura
não há bálsamo em Gileade?
ou
não se acha lá médico?
Por
que, pois, não se realizou
a
cura da filha do meu povo?
Deus os questiona da razão de suas provocações com imagens esculpidas e
com vaidades estranhas.
A conclusão óbvia no verso 20 é de que não estariam salvos. O fato é que
passou a sega, acabou o verão e eles não foram salvos. Jeremias, então,
participaria do sofrimento deles (14.2) e andaria de luto e espantado com tudo.
Gileade era conhecida pelos seus produtos medicinais (46.11) e aqui eles
perguntam do bálsamo da cura, do médico que trata das feridas. O anseio por um
médico é uma súplica pela cura que só Deus pode prover. Ele viria no tempo
certo (30.17). Que médicos são esses que não curam a ferida da filha do povo de
Deus? Seriam médicos falsos e balsamos e remédios de engano – 8:11?
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