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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Jeremias 10:1-25 - O CONTRASTE ENTRE A IDOLATRIA E O SENHOR.

Estamos no último capítulo, de nossa quinta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 10.
V. O TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou a suposição geral de que o templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão, dividimos essa série de discursos de Jeremias em três seções: A. O templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – já vimos; B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 – já vimos; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25 – veremos e concluiremos agora.
C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
Nos próximos vinte e cinco versículos, deste capítulo, estaremos vendo a idolatria ou o Senhor, ou o contraste entre um e outro. Esse material trata do pecado da idolatria, um tema apropriado no contexto da confiança hipócrita de Judá no templo como garantia de proteção (veja o cap. 7). Ao mesmo tempo em que esperavam que a Casa de Deus os mantivesse seguros, os judaítas corrompiam o seu culto com a idolatria.
Já começa o primeiro versículo chamando a atenção da casa de Israel para estarem atentos à Palavra do Senhor que sempre exige de nós uma resposta, uma decisão ou uma escolha. Quando Deus fala, não é qualquer um a falar, mas o próprio Deus e isso pode trazer consigo sérias consequências, principalmente quando a negligenciamos.
O Senhor não é como somos nós que até esquecemos de nossas juras e palavras, mas o Senhor é fiel e não tem ninguém por inocente diante dele.
É o Senhor quem está a dizer, por isso que diz “Assim diz o Senhor”.  Não era para Israel aprender com as nações as suas manias e caminhos. Eles viviam observando sinais nos céus e com isso dando a entender que seriam capazes de grandes coisas.
A adoração dos corpos celestes era proibida e nada poderia nem acrescentar, nem subtrair a ninguém coisa alguma. O espanto ou terror caracteriza a adoração a falsos deuses, mais para incutir e difundir a cultura do medo pela manipulação de forças ocultas e secretas.
A adoração de corpos celestes envolve certos medos específicos decorrentes da possibilidade de fenômenos extraordinários. A teologia da criação apresentada na Bíblia elimina esses medos ao mostrar que tais ocorrências são apenas manifestações da ordem criada por Deus (Gn 1; Is 40.26).
A Bíblia chama tais costumes de vaidade! Aqui, esse termo usado em outras passagens de Jeremias para se referir a ídolos, transmite a ideia de vazio (2.5).
Os que fabricam ídolos se esquecem de que são eles que cortam, que dão forma e que manipulam a madeira os levando por um caminho de completa insensatez idolátrica (Is 44.9-20). Eles, ainda para melhorarem suas imagens de nada, as revestem de prata e de ouro (vs. 9).
Eles são como espantalhos – vs. 5 - no milharal. O Senhor adverte seu povo para não temê-los nem terem qualquer reverência a tais objetos que tem o poder de tornarem nulos também os que os adoram, não por que emanam deles poder, mas por causa do torpor que invade a alma do adorador de ídolos.
A quem devemos temer então? A resposta está no verso 6 e 7: ao Senhor que fez tanto os céus como a terra e tudo o que neles há. Pois somente ele é digno, grande e ninguém há que a ele se assemelhe. Ele mesmo não deixou forma alguma dele para nós, justamente para evitar esse apego idolátrico de nossa alma caída e insensata.
Na Bíblia, o temor de Deus – vs. 7 - envolve, com frequência, mais do que o medo do julgamento divino. Inclui espanto, reverência, honra e adoração em resposta à majestade e santidade de Deus (SI 2.11-12).
O Senhor é o Rei das nações. Uma resposta à soberania atribuída a falsas divindades como, por exemplo, Bel-Marduque da Babilônia (cf. Is 43.15; 46.1). A quem se poderia comparar o Senhor nas nações? Talvez magos ou encantadores como os que aparecem no livro de Daniel (Dn 2.12)? Esse versículo contrasta a sabedoria deles com a sabedoria do Senhor (10.12).
No verso 8, a descrição precisa desses adoradores: embrutecidos e loucos e as suas instruções vazias, ocas e mortas como um pedaço de pau qualquer. Mais uma vez, o texto apresenta a linguagem sapiencial. Veja Dt 11.2; Pv 3.11, onde o termo hebraico para "ensinar" é traduzido como "disciplina". Para "loucura", veja, por exemplo, Pv 15.2,5,7.
Eles se viram para trazerem de longe todos os materiais para confecção de seus objetos idolátricos. De Társis, a prata e de Ufaz, o ouro. A primeira cidade ficava numa região que hoje pertence à Espanha; a localização da segunda é desconhecida.
Não são quaisquer obras, mas de peritos, de mãos hábeis que sabem manipular com maestria a prata, o ouro, a madeira, mas infelizmente para construção de engano que escravizará o povo nas trevas.
No entanto, somente Deus é verdadeiramente Deus. Somente Deus é um Deus vivo. (Dt 5.26). Somente ele também é o Rei eterno. (vs. 7; Êx 15.18; 2Sm 7.13). No livro de Samuel, 2Sm 7.13 vemos a declaração da eternidade do reino de Deus, ainda que o reinado da casa de Davi estivesse preste a cessar por vários séculos.
No verso 11, uma declaração de julgamento contra outros deuses é escrita em aramaico talvez visando a um efeito dramático ou ao uso internacional. (No Antigo Testamento, outras passagens aparecem em aramaico - Ed 4.80; 6.18; 7.12-26; Dn 2.4-7.28).
Foi somente Deus pelo seu poder, sabedoria e inteligência que fez todas as coisas. O poder do Deus verdadeiro na criação é usado nessa argumentação contra os deuses estrangeiros. Para a criação por meio de sua sabedoria, veja Pv 8.22-31, uma passagem que prefigura Cristo como a sabedoria preexistente de Deus (Cl 1.15; 2.3).
Ao mencionar, no verso 13, o controle de Deus sobre os fenômenos da natureza (SI 29.3-4; 135.5-7.), essa declaração sobre o controle do Senhor sobre a chuva faz frente asserções semelhantes acerca de Baal, o deus cananeu (veja 1 Rs 17.1).
Apesar disso, apesar de seu domínio e controle da natureza e de todas as obras de suas mãos, o homem embruteceu, tonou-se obtuso, cego e semelhante aos objetos de sua adoração. Para onde foi o conhecimento?
A vaidade soprou e o seu vento os perturbou a ponto de perderem o sentido e estarem encantados com o engano e a mentira, mas no dia da visitação, sim nesse dia, perturbar-se-ão e perecerão – vs. 15.
No início das Escrituras o Senhor é considerado uma "herança" peculiar para os levitas (Nm 18.20). Aqui, o conceito do Senhor como "porção" ou "herança" – vs. 16 - é ampliado de modo a abranger a nação como um todo. Juntas, as duas metáforas revelam o relacionamento entre Deus e Israel na aliança. Quanto ao povo como "herança" do Senhor, “Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança.” - Dt 32.9.
O Senhor pede aos que habitam sitiados para tirar do chão a sua trouxa, pois ele os arrojará como uma funda e os angustiará para que sintam o seu terror. Ou seja, o Senhor estaria a ponto de lançá-los para bem longe, de atirá-los para fora de sua presença para sempre. Aos ímpios, diz a palavra de Deus, não haverá paz! Mas resta um descanso ainda e devemos nos esforçar por entrar por ele, em tempo oportuno.
O povo entra em desespero e clama por causa de sua chaga.  Compare com o clamor de Jeremias em 4.19-21. Aqui, o profeta demonstra predileção pelas metáforas médicas (6.7; 14.17; 30.12-13,15,17).
No verso 20, a metáfora usa termos de habitação ao falar de sua tenda destruída e de seus cordões todos rompidos. Os efeitos trágicos da falta de filhos em geral se tornam um retrato da desolação do exílio. A fim de deixar esse ponto absolutamente claro, o próprio Jeremias não poderia ter filhos (16.2).
O tema da insensatez ou da estupidez é aplicado agora aos líderes em particular (2.8; 10.8; cf.10.14). Os líderes não buscaram ao SENHOR, mas, antes, recorreram aos encantamentos dos "sábios" pagãos (8.2; 10.7). Quando os pastores se embrutecem e não buscam ao Senhor, o resultado jamais pode ser de prosperidade, antes de dispersão do seu rebanho.
Jr 10:1 Ouvi a palavra que o Senhor vos fala a vós, ó casa de Israel.
Jr 10:2 Assim diz o Senhor:
Não aprendais o caminho das nações,
nem vos espanteis com os sinais do céu;
porque deles se espantam as nações,
Jr 10:3 pois os costumes dos povos são vaidade;
corta-se do bosque um madeiro e se lavra com machado
pelas mãos do artífice.
Jr 10:4 Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos
e com martelos o firmam, para que não se mova.
Jr 10:5 São como o espantalho num pepinal, e não podem falar;
necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar.
Não tenhais receio deles, pois não podem fazer o mal,
nem tampouco têm poder de fazer o bem.
Jr 10:6 Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor;
és grande, e grande é o teu nome em poder.
Jr 10:7 Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações?
pois a ti se deve o temor;
porquanto entre todos os sábios das nações,
e em todos os seus reinos ninguém há semelhante a ti.
                Jr 10:8 Mas eles todos são embrutecidos e loucos;
a instrução dos ídolos é como o madeiro.
Jr 10:9 Trazem de Társis prata em chapas, e ouro de Ufaz,
trabalho do artífice, e das mãos do fundidor;
seus vestidos são de azul e púrpura;
obra de peritos são todos eles.
Jr 10:10 Mas o Senhor é o verdadeiro Deus;
ele é o Deus vivo e o Rei eterno,
ao seu furor estremece a terra,
e as nações não podem suportar a sua indignação.
Jr 10:11 Assim lhes direis:
Os deuses que não fizeram os céus e a terra,
esses perecerão da terra e de debaixo dos céus.
Jr 10:12 Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo
por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus. J
r 10:13 Quando ele faz soar a sua voz,
logo há tumulto de águas nos céus,
e ele faz subir das extremidades da terra os vapores;
faz os relâmpagos para a chuva,
e dos seus tesouros faz sair o vento.
Jr 10:14 Todo homem se embruteceu e não tem conhecimento;
da sua imagem esculpida envergonha-se todo fundidor;
pois as suas imagens fundidas são falsas,
e nelas não há fôlego.
Jr 10:15 Vaidade são, obra de enganos;
no tempo da sua visitação virão a perecer.
Jr 10:16 Não é semelhante a estes aquele que é a porção de Jacó;
porque ele é o que forma todas as coisas,
e Israel é a tribo da sua herança.
Senhor dos exércitos é o seu nome.
Jr 10:17 Tira do chão a tua trouxa, ó tu que habitas em lugar sitiado.
Jr 10:18 Pois assim diz o Senhor:
Eis que desta vez arrojarei como se fora com uma funda
os moradores da terra, e os angustiarei,
para que venham a senti-lo.
Jr 10:19 Ai de mim, por causa do meu quebrantamento!
a minha chaga me causa grande dor;
mas eu havia dito:
Certamente isto é minha enfermidade, e eu devo suporta-la.
Jr 10:20 A minha tenda está destruída,
e todas as minhas cordas estão rompidas;
os meus filhos foram-se de mim, e não existem;
ninguém há mais que estire a minha tenda,
e que levante as minhas cortinas.
Jr 10:21 Pois os pastores se embruteceram,
e não buscaram ao Senhor;
por isso não prosperaram,
e todos os seus rebanhos se acham dispersos.
Jr 10:22 Eis que vem uma voz de rumor,
um grande tumulto da terra do norte,
para fazer das cidades de Judá uma assolação,
uma morada de chacais.
Jr 10:23 Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho;
nem é do homem que caminha o dirigir os seus passos.
Jr 10:24 Corrige-me, ó Senhor, mas com medida justa;
não na tua ira, para que não me reduzas a nada.
Jr 10:25 Derrama a tua indignação sobre as nações
que não te conhecem, e sobre as famílias que não invocam
o teu nome; porque devoraram a Jacó;
sim, devoraram-no e consumiram-no,
e assolaram a sua morada.
Dos versos 23 ao 25, encerrando o presente capítulo e a parte V, Jeremias entendendo a situação grave, ora pedindo justiça divina contra aqueles que atacariam Judá e Jerusalém.
Esse tipo de declaração do verso 23 de que ele sabe que não é do homem o seu caminho, nem daquele que caminha, o dirigir os seus passos, faz parte da tradição da literatura sapiencial da Bíblia (Pv 16.9).
Esse último versículo – vs. 25 - é bastante parecido com SI 79.6-7 e pode ser uma citação do mesmo. No entanto, nesse novo contexto, talvez a sua motivação não seja tão pura quanto à do salmo.
Apesar de o capítulo enfatizar a semelhança moral de Judá com as nações, termina (ironicamente) com a súplica de Judá para que o Senhor derrame a sua ira sobre as nações. Essa oração foi respondida no seu devido tempo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Jeremias 9:1-26 - QUER SE GLORIAR? GLORIE-SE NO SENHOR!

Estamos em nossa quinta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 9.
V. O TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou a suposição geral de que o templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão, dividimos essa série de discursos de Jeremias em três seções: A. O templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – já vimos; B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 - concluiremos agora; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, os pecados e o julgamento de Judá. Depois de mostrar que o templo não garantia proteção contra a ira de Deus, essa parte do texto trata dos pecados de Jerusalém que trariam sobre a cidade santa a decisão divina de destruição e exílio.
Jeremias começa este capítulo se mostrando semelhante a Jesus em sua compaixão pelo povo (Lc 19.41).
Ele sente o drama de o povo ter se lançado tão profundamente no pecado a ponto de se esquecer completamente do Senhor. Ele chega a desejar uma oportunidade de se livrar do povo, de se apartar dele por causa das suas escolhas e preferências, mas, negando-se a si mesmo, resiste a isso e o tolera numa esperança bem remota de salvar quem sabe os remanescentes dele.
O versículo usa uma imagem militar ao comparar o arco com a língua, pois ambos, neste caso, parecem mortais. Seu arco é a falsidade que eles empunham como se estivessem em combate. É o Senhor quem está falando – vs. 3 -, o Senhor dos Exércitos, de modo que a passagem de 8.21-9.3 adquire um novo significado. Deus também ansiava pelo deserto, para que pudesse lançar o seu povo fora e não ter mais comunhão com ele (2.2-3). Essa passagem retrata claramente os sentimentos do Senhor, expressos por intermédio do seu profeta.
O povo andava mesmo desviado completamente do Senhor a ponto de enganarem-se mutuamente, sem que fosse possível confiar um no outro, nesta nossa caminhada da vida. Engano e calúnia é a escolha do povo.
Nos versos 5 e 6, a descrição das escolhas erradas do povo continua. O povo tem andado no engano e com o engano, desprezando a verdade e optando pela mentira e até se cansavam de tanto praticarem a iniquidade. Era por causa do engano que eles se recusavam a conhecerem ao Senhor.
Não que isso não fosse possível ou extremamente difícil, mas por pura rebeldia mesmo. Dizem que nossas escolhas determinam o que somos; sendo assim, as escolhas deles diziam que eles eram o joio no meio do trigo e as gravinhas nas videiras.
Já dizia o Senhor no evangelho de João que todo ramo que nele estando não der fruto, será cortado e lançado fora, depois o apanharão e o queimarão no fogo – Jo 15.
Já no verso 7, o Senhor, sem mais qualquer outra alternativa, promete fundi-los e prová-los uma vez que sua palavra não cumpriu o efeito desejado que era a de conversão. Eles endureceram seus corações enganosos.
A paz – vs. 8 - seria a verdadeira base da sociedade e o resultado da fidelidade à aliança; o seu oposto é a falsidade - a base da sociedade de Judá nessa época.
A resposta óbvia a pergunta do verso 9 é sim. Sim, o Senhor haverá de castigar o povo por causa disso e se vingar de uma nação semelhante a essa.
Como Jeremias chorou, o Senhor também choraria (vs. 1), especialmente pela desolação da terra que ele havia dado ao seu povo. Era seu desejo que a terra fosse rica e populosa; ao invés disso, ficaria desolada (Mq 1.8; Mt 23.27-28).
Jerusalém, em função da ira de Deus, se tornaria em montões de pedras e morada de chacais, totalmente desolada, sem habitantes. A maldição da terra é marcada pela sua falta de habitantes, um tema comum nas Escrituras (SI 44.19; Is 13.21-22).
Os sábios entenderão e compreenderão o que se passa com a terra e a razão de sua desolação terrível. Isso nos remete para a terminologia sapiencial referente ao conhecimento que Deus concede (Pv 1.2-5). Israel, que deveria ser louvado pela sua sabedoria - Dt 4:6 -, é envergonhado pela sua insensatez.
Jeremias estava especificamente preocupado com as práticas idólatras (v. 14). O povo tinha rejeitado a lei do Senhor e escolhido, obstinadamente, os seus próprios caminhos e pensamentos, principalmente aqueles que os remetiam aos baalins, conforme lhes ensinaram os seus próprios pais.
Em função dessas coisas, o Senhor os espalharia entre as nações desconhecidas, de pessoas estranhas e falas completamente diferentes. A espada também não os deixaria em paz tamanhos seria a perseguição contra eles. Essa era a maldição prevista em Dt 28.64 e executada no reino do norte, em 722 a.C. e sobre Judá em 586 a.C. A declaração é enfatizada pelo retrato de destruição total.
O tema do pranto é retomado (vs. 1,10). Essa é a referência mais clara do Antigo Testamento a mulheres que se dedicavam profissionalmente a dirigir os lamentos pelos mortos, as conhecidas carpideiras – vs. 17. (cf. Am 5.16).
A ruína era muito grande e o lamento enorme gerando nos olhos lágrimas de desespero. A voz do pranto se ouvia em Sião e diziam e exclamavam como estariam arruinados, envergonhados por terem deixado a terra e por terem perdido as suas moradas.
No verso 21, a morte é personificada como o deus cananeu Mot (que significa "morte") que entra pelos palácios, ou "fortalezas" (nesse momento estes se encontravam vazios e frágeis. 6.11; Lm 5.13-15), para exterminar das ruas e das praças as crianças e os jovens.
Até os cadáveres dos homens seriam como o adubo ou o esterco da terra para preparar o solo para torná-lo fértil. É de fato uma situação calamitosa a ponto da cidade não ter condições de enterrar os seus próprios mortos.
Quem é que poderia se orgulhar ou se gloriar? Em suas sabedorias, forças, riquezas, poderiam os sábios, forte e ricos se gloriarem? Até que poderiam, mas não seria sensato. A palavra de Deus orienta que aquele que quer se gloriar, que se glorie nele, no Senhor, em conhecê-lo e saber que ele é Deus sobre a terra toda.
O verso 24 proclama em alto e bom som que o que se gloriar, glorie-se nisto:
·         Em entender que Deus é Senhor - entendimento.
·         Em conhecer, que Deus é Senhor – conhecimento.
·         Que como Senhor faz
ü  Benevolência.
ü  Juízo.
ü  Justiça na terra - praticidade.
·         Que como Senhor se agrada justamente dessas coisas acima - satisfação.
Ressalte-se que a sabedoria, a força e a riqueza não se tratam de coisas negativas quando são presentes de Deus. Observar que Salomão preferiu a sabedoria às riquezas e que Deus lhe deu ambas (1 Rs 3; cf. também Dt 8.17; SI 20.7; Pv 8.8-21).
Não devemos ter medo de administrar, se necessário, milhões ou bilhões que nos chegarem às mãos com sabedoria, com força e inteligência. As riquezas até podem entrar em nossos bolsos, mas jamais em nossos corações.
Jr 9:1 Oxalá a minha cabeça se tornasse em águas,
e os meus olhos numa fonte de lágrimas,
para que eu chorasse de dia e de noite
os mortos da filha do meu povo!
Jr 9:2 Oxalá que eu tivesse no deserto uma estalagem de viandantes,
para poder deixar o meu povo, e me apartar dele!
porque todos eles são adúlteros,
um bando de aleivosos.
 Jr 9:3 E encurvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira;
fortalecem-se na terra, mas não para a verdade;
porque avançam de malícia em malícia,
e a mim me não conhecem, diz o Senhor.
Jr 9:4 Guardai-vos cada um do seu próximo,
e de irmão nenhum vos fieis;
porque todo irmão não faz mais do que enganar,
e todo próximo anda caluniando.
Jr 9:5 E engana cada um a seu próximo, e nunca fala a verdade;
ensinaram a sua língua a falar a mentira;
andam-se cansando em praticar a iniqüidade.
Jr 9:6 A tua habitação está no meio do engano;
pelo engano recusam-se a conhecer-me, diz o Senhor.
Jr 9:7 Portanto assim diz o Senhor dos exércitos:
Eis que eu os fundirei e os provarei;
pois, de que outra maneira poderia proceder
com a filha do meu povo?
Jr 9:8 uma flecha mortífera é a língua deles;
fala engano; com a sua boca fala cada um de paz
com o seu próximo,
mas no coração arma-lhe ciladas.
Jr 9:9 Não hei de castigá-los por estas coisas? diz o Senhor;
ou não me vingarei de uma nação tal como esta?
10 Pelos montes levantai choro e pranto,
e pelas pastagens do deserto lamentação;
porque já estão queimadas,
de modo que ninguém passa por elas;
nem se ouve mugido de gado;
desde as aves dos céus até os animais, fugiram e se foram.
Jr 9:11 E farei de Jerusalém montões de pedras, morada de chacais,
e das cidades de Judá farei uma desolação,
de sorte que fiquem sem habitantes.
Jr 9:12 Quem é o homem sábio, que entenda isto?
e a quem falou a boca do Senhor, para que o possa anunciar?
Por que razão pereceu a terra, e se queimou
como um deserto, de sorte que ninguém
passa por ela?
Jr 9:13 E diz o Senhor:
porque deixaram a minha lei, que lhes pus diante,
e não deram ouvidos à minha voz, nem andaram nela,
Jr 9:14 antes andaram obstinadamente
segundo o seu próprio coração,
e após baalins, como lhes ensinaram os seus pais.
Jr 9:15 Portanto assim diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel:
Eis que darei de comer losna a este povo,
e lhe darei a beber água de fel.
Jr 9:16 Também os espalharei por entre nações que nem eles
nem seus pais conheceram; e mandarei a espada após eles,
até que venha a consumi-los.
Jr 9:17 Assim diz o Senhor dos exércitos:
Considerai, e chamai as carpideiras, para que venham;
e mandai procurar mulheres hábeis,
para que venham também;
Jr 9:18 e se apressem, e levantem o seu lamento sobre nós,
para que se desfaçam em lágrimas os nossos olhos,
e as nossas pálpebras destilem águas.
Jr 9:19 Porque uma voz de pranto se ouviu de Sião:
Como estamos arruinados! Estamos mui envergonhados,
por termos deixado a terra,
e por terem eles transtornado as nossas moradas.
Jr 9:20 Contudo ouvi, vós, mulheres, a palavra do Senhor,
e recebam os vossos ouvidos a palavra da sua boca;
e ensinai a vossas filhas o pranto,
e cada uma à sua vizinha a lamentação.
Jr 9:21 Pois a morte subiu pelas nossas janelas,
e entrou em nossos palácios, para exterminar das ruas
as crianças, e das praças os mancebos.
Jr 9:22 Fala:
Assim diz o Senhor:
Até os cadáveres dos homens cairão como esterco
sobre a face do campo, e como gavela atrás
do segador, e não há quem a recolha.
Jr 9:23 Assim diz o Senhor:
Não se glorie o sábio na sua sabedoria,
nem se glorie o forte na sua força;
não se glorie o rico nas suas riquezas;
Jr 9:24 mas o que se gloriar, glorie-se nisto:
em entender, e em me conhecer,
que eu sou o Senhor, que faço
benevolência, juízo e justiça na terra;
porque destas coisas me agrado,
diz o Senhor.
Jr 9:25 Eis que vêm dias, diz o Senhor,
em que castigarei a todo circuncidado
pela sua incircuncisão:
Jr 9:26 ao Egito, a Judá e a Edom,
aos filhos de Amom e a Moabe,
e a todos os que cortam os cantos da sua cabeleira
e habitam no deserto;
pois todas as nações são incircuncisas,
e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.
Que curioso o fato de castigar o circunciso pela sua incircuncisão – vs. 25. Ele está ou não circuncidado? Se está circuncidado, por que é penalizado por ser como se não tivesse? Quem explica bem isso é o apóstolo Paulo.
Qual é, logo, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rm 3.1-2); e também “... a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4). A circuncisão, como aliança, foi dada por Deus a Abraão em um determinado tempo e espaço com a intenção de gerar para si um povo santo: “Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.45). Portanto, “a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão” (Rm 2.25)[1].
O castigo prometido – vs. 25 – seria sobre todo circuncidado pela sua incircuncisão: o Egito, Judá, Edom, Amon, Moabe, etc. Todas as nações são incircuncisas e toda a casa de Israel o é também de coração.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Jeremias 8:1-22 - OS PECADOS E JULGAMENTOS DE JUDÁ.

Estamos em nossa quinta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. 
Estamos no capítulo 8.
V. O TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou a suposição geral de que o templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão, dividimos essa série de discursos de Jeremias em três seções: A. O templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – concluiremos agora; B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 - iniciaremos agora; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
A. O templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3.
Como já dissemos, estamos vendo ainda o principal discurso de Jeremias sobre o templo de Salomão e Siló. Nesse discurso, Jeremias ataca a suposição falsa de que a mera presença do templo protegeria Jerusalém dos seus inimigos.
Conforme a maldição da aliança – Dt 28:26 – o fim mais terrível que podia ser dado a um corpo era que esse ficasse exposto ao relento sem lhe dar uma cova. Aqui – vs. 1 - parece haver um passo além dessa situação descrita em 7.33 (2Rs 2316,18).
Ao espalhá-los-ão ao sol, à lua e ao exército do céu, o profeta usa de uma forte ironia, pois o povo de Deus adorava esses corpos celestes (2Rs 21.3-5) apesar de eles serem apenas coisas criadas (Is 40.25-26).
E quanto aos que restaram disso, esses escolheram a morte à vida. Jeremias encerra essa seção anunciando que seria preferível morrer a sofrer a derrota e o exílio.
B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26.
A partir do verso 4 até 9.26, estaremos vendo os pecados e o julgamento de Judá.
Depois de mostrar na seção anterior que o templo não garantia proteção contra a ira de Deus, essa parte do texto trata dos pecados de Jerusalém que trariam sobre a cidade santa a decisão divina de destruição e exílio.
O profeta continua a refletir sobre a cidade que abrigava o templo, como aquela que retia o engano e se recusava a voltar – vs. 5. A última esperança de Judá contra as forças invasoras da Babilônia era uma ilusão depositada em sua falsa confiança no templo.
O povo estava tão acostumado com os seus próprios caminhos que não falavam o que era reto, nem se arrependiam de suas maldades e cada um seguia a sua carreira, ou seja, cada um se "desviava" (vs. 5, melhor tradução), descrevendo a maneira impetuosa e contínua como o povo buscava a maldade.
No verso 7, uma expressão de admiração pelo fato de os animais e pássaros conhecerem as suas estações e tempos, mas o povo não conhecia a ordenança do Senhor.
O pior era que apesar de não conhecerem, se achavam sábios. O termo "sábio" é usado aqui para designar um grupo possivelmente idêntico ao dos "escribas" - os escribas são mencionados pela primeira vez como um grupo que tratava da lei de Moisés (1Cr 2.55).
Os sábios são envergonhados e assim que sabedoria é essa? Existe, evidentemente, um tipo verdadeiro de sabedoria, como o livro de Provérbios mostra. No entanto, a sabedoria desses escribas era vazia, uma vez que não possuíam nenhum conhecimento real da palavra do Senhor (3.13-15; Dt 4.6).
A consequência disso seria terrível e entre elas o fato de suas mulheres serem dadas a outros. A razão disso era o seu comportamento tranquilo e descuidado, envolvido com a avareza e a falsidade a ponto de não mais nem sentirem vergonha.
Somando-se a isso tudo, a pregação deles era de paz, quando não havia paz. Abominações eram cometidas e ninguém se importava, nem se envergonhavam, por isso que haveriam de cair no tempo da visitação; seriam derribados, dizia o Senhor.
A vide – vs. 13 - representa Judá (2.21). No entanto, a imagem também sugere uma falta de fertilidade. A fertilidade era uma das bênçãos da aliança que o povo atribuiu equivocadamente a outros deuses (Os 2.8-9).
Ironicamente, o que as pessoas pretendiam que se tratasse de uma reunião para garantir a segurança delas, tornar-se-ia um ajuntamento para julgamento.
As águas venenosas, ou de fel, conforme algumas traduções, simbolizam uma distorção frustrante das bênçãos da aliança, do mesmo modo que o povo mostrou ser um fruto decepcionante (9.14; Is 5.4).
O povo até percebeu – vs. 14 - que seu fim seria iminente por causa da sua situação de pecado e resolveram, ao invés de continuar assentados, se juntarem para entrar na cidade forte para ali perecerem.
Essa situação tem seu paralelo com outra situação de Jerusalém quando esta estava cercada por Senaqueribe com seu exército numeroso e o fim da cidade parecia inevitável. Os habitantes dela, desesperados e certos da morte no dia seguinte exclamaram: - “comamos e bebamos que amanhã morreremos” – Is 22:13; I Co 15:32.
Eles esperaram pela paz, mas ela não chegou; esperaram pela cura, e em seu lugar apenas o terror.
O Senhor estava irado com eles e lhes enviaria serpentes, basiliscos – vs. 17 - contra os quais não haveria encantamentos. Pode-se entender essa declaração de modo literal como um tipo de praga (cf. "água venenosa" ou “água de fel”, conforme as traduções – vs. 14), ou de modo figurativo, como uma referência aos inimigos.
Nos versos 18 e 19, Jeremias lamentou ao pensar no que aconteceria a Jerusalém e seus habitantes. Oh! Se eu pudesse consolar-me! Uma frase difícil de ser interpretada. Provavelmente significa "Sinto-me esmagado pela tristeza". Não está o SENHOR em Sião? Não está nela o seu Rei? Esse clamor dos exilados faz lembrar a expectativa de que a mera presença do templo protegeria os habitantes de Jerusalém.
O templo era a habitação terrena do Senhor, o Rei de Israel. Os opositores de Jeremias ficariam estarrecidos com a derrota de Jerusalém, pois ela indicaria que o Rei divino havia abandonado o seu templo e não estava mais ali.
Jr 8:1 Naquele tempo, diz o Senhor, tirarão para fora das suas sepulturas
               os ossos dos reis de Judá,
               e os ossos dos seus príncipes,
               e os ossos dos sacerdotes,
               e os ossos dos profetas,
               e os ossos dos habitantes de Jerusalém;
                              Jr 8:2 e serão expostos
                                            ao sol, e à lua, e a todo o exército do céu,
                              a quem eles amaram, e a quem serviram,
                              e após quem andaram, e a quem buscaram,
                              e a quem adoraram;
                                            não serão recolhidos nem sepultados;
                                            serão como esterco sobre a face da terra.
               Jr 8:3 E será escolhida antes a morte do que a vida
                              por todos os que restarem desta raça maligna,
                                            que ficarem em todos os lugares onde os lancei,
                                                           diz o senhor dos exércitos.
               Jr 8:4 Dize-lhes mais: Assim diz o Senhor:
                              porventura cairão os homens, e não se levantarão?
                                            desviar-se-ão, e não voltarão?
               Jr 8:5 Por que, pois, se desvia este povo de Jerusalém
                              com uma apostasia contínua? ele retém o engano,
                                            recusa-se a voltar.
               Jr 8:6 Eu escutei e ouvi; não falam o que é reto;
                              ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo:
                                            Que fiz eu?
                              Cada um se desvia na sua carreira,
                              como um cavalo que arremete com ímpeto na batalha.
               Jr 8:7 Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados;
                              e a rola, a andorinha, e o grou observam
                                            o tempo da sua arribação;
                              mas o meu povo não conhece a ordenança do Senhor.
               Jr 8:8 Como pois dizeis:
                              Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco?
                                            Mas eis que a falsa pena dos escribas
                                                           a converteu em mentira.
               Jr 8:9 Os sábios são envergonhados, espantados e presos;
                              rejeitaram a palavra do Senhor;
                                            que sabedoria, pois, têm eles?
               Jr 8:10 Portanto darei suas mulheres a outros,
                              e os seus campos aos conquistadores;
                                            porque desde o menor até o maior,
                                                           cada um deles se dá à avareza;
                                            desde o profeta até o sacerdote,
                                                           cada qual usa de falsidade.
               Jr 8:11 E curam a ferida da filha de meu povo levianamente,
dizendo:
                                             Paz, paz; quando não há paz.
               Jr 8:12 Porventura se envergonham
de terem cometido abominação?
                                             Não; de maneira alguma se envergonham,
                                                           nem sabem que coisa é envergonhar-se.
                              Portanto cairão entre os que caem;
                                            e no tempo em que eu os visitar, serão derribados,
                                                           diz o Senhor.
               Jr 8:13 Quando eu os colheria, diz o Senhor,
                              já não há uvas na vide, nem figos na figueira;
                                            até a folha está caída;
                                                           e aquilo mesmo que lhes dei se foi deles.
               Jr 8:14 Por que nos assentamos ainda?
                              juntai-vos e entremos nas cidades fortes, e ali pereçamos;
                                            pois o Senhor nosso Deus nos destinou a perecer
                                                           e nos deu a beber água de fel;
                                                           porquanto pecamos contra o Senhor.
               Jr 8:15 Esperamos a paz, porém não chegou bem algum;
                              e o tempo da cura, e eis o terror.
               Jr 8:16 Já desde Dã se ouve o resfolegar dos seus cavalos;
                              a terra toda estremece à voz dos rinchos dos seus ginetes;
                                            porque vêm e devoram a terra e quanto nela há,
                                                           a cidade e os que nela habitam.
               Jr 8:17 Pois eis que envio entre vós serpentes, basiliscos,
                              contra os quais não há encantamento;
                                            e eles vos morderão, diz o Senhor.
               Jr 8:18 Oxalá que eu pudesse consolar-me na minha tristeza!
                              O meu coração desfalece dentro de mim.
               Jr 8:19 Eis o clamor da filha do meu povo,
                              de toda a extensão da terra;
                                            Não está o Senhor em Sião?
                                            Não está nela o seu rei?
                              Por que me provocaram a ira
                                            com as suas imagens esculpidas,
                                                           com vaidades estranhas?
               20 Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos.
               Jr 8:21 Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo;
                              ando de luto; o espanto apoderou-se de mim.
               Jr 8:22 Porventura não há bálsamo em Gileade?
                              ou não se acha lá médico?
                                            Por que, pois, não se realizou
                                                           a cura da filha do meu povo?
Deus os questiona da razão de suas provocações com imagens esculpidas e com vaidades estranhas.
A conclusão óbvia no verso 20 é de que não estariam salvos. O fato é que passou a sega, acabou o verão e eles não foram salvos. Jeremias, então, participaria do sofrimento deles (14.2) e andaria de luto e espantado com tudo.

Gileade era conhecida pelos seus produtos medicinais (46.11) e aqui eles perguntam do bálsamo da cura, do médico que trata das feridas. O anseio por um médico é uma súplica pela cura que só Deus pode prover. Ele viria no tempo certo (30.17). Que médicos são esses que não curam a ferida da filha do povo de Deus? Seriam médicos falsos e balsamos e remédios de engano – 8:11?
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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