quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
quarta-feira, janeiro 21, 2015
Jamais Desista
Isaías 55:1-13 - O CONVITE PARA COMPRAR SEM DINHEIRO...
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
2. O plano de Deus para o seu
servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos
de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a
estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão
da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3
– já vista; c. O salmo de confiança
do servo – 50:4 – 11 – já vista; d.
Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado
– 52:13 – 53:12 – já vista; g.
Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17 – já
vimos; h. O convite para ir – 55:1-13 –
veremos agora.
h. O convite para ir – 55:1-13.
Como no Salmo 23:1 está escrito que o
Senhor é meu pastor e ele não me faltará, isto é, ele será a minha bênção que
não me faltará (e não que porque ele é o meu Deus nada me faltará), à luz das
promessas reafirmadas anteriormente, Isaías relata que Deus estava chamando o
ser povo a encontrar a bênção nele.
Deus é a bênção do povo de Deus e nele
todas as coisas são benditas. Não são as coisas que importam, mas Deus que
torna as coisas importantes nele. Quem busca as coisas e não ele, logo o
imagina como um daqueles deuses das nações e não como o Senhor Deus, criador de
tudo e de todos.
A oferta gratuita do evangelho estende-se –
vs. 1 - a todos os que ouvem a palavra de salvação. A todos os que têm sede e
mesmo a todos os que não têm nem dinheiro para comprá-las. Ao necessitado, que
tem sede e fome do que o dinheiro não pode comprar (Dt 8:3; SI 42:2; 63:1; Pv 9:5-6;
Mt 5:6; Jo 4:10-11; 7:37-38; Ap 21:6; 22:17).
Isaías usa várias vezes a imagem da água
quando fala da era da salvação e do reino, bem como das bênçãos divinas após o
exílio. As águas aqui estão mais no sentido de fontes, no caso fontes de vida
para quem se encontra à morte.
A água tanto serve para aliviar a sede,
como para lubrificar nossas juntas e medulas. Ela também pode ter diversas
funções conforme a sua temperatura. Pode ser refrescante, quente, fria, morna,
é totalmente maleável e resiliente. Como não vivemos sem nosso precioso ar,
também não vivemos sem água. Três dias sem ela e as consequências poderão ser
fatais.
Comprar sem dinheiro é mesmo um paradoxo
que explica que a salvação é um dom gratuito para aqueles que a desejam (52:3;
Dt 8:3; Rm 6:23). Ai de nós se tivéssemos que pagar por ela, estaríamos todos
ainda perdidos. Já o vinho e leite, são símbolos de satisfação plena.
Quem nos convida nos conhece e sabe o que
andamos fazendo. Nosso dinheiro não pode ser empregado em qualquer coisa que
não satisfaz. Se trabalhamos, em primeiro lugar visamos nosso sustento e
satisfação. Onde encontrá-lo? Ele nos pede para ouvi-lo que ele tem o que é bom
para nos deleitarmos com o melhor dele – vs. 2.
Na aliança davídica, Deus prometeu a Davi
uma descendência, o trono e o reino eternos (II Sm 7:12-16; I Re 8:23-26; Sl 89:27-37;
Jr 31:21-22; cf: Gn 9:16; 17:7,13,19; Nm 18:19). A casa de Davi governaria
sobre as nações (cf. Zc 9:10). Essas promessas são cumpridas em Cristo (4:2; 7:14;
9:6; 11:1-3).
As promessas da aliança davídica são agora
estendidas a todos aqueles que "vão" – na verdade, ninguém vai a
Deus, antes Deus os atrai por sua graça - a Deus por meio de Cristo (At 13:34).
Especialmente ao ressuscitar Jesus Cristo,
da casa de Davi, de entre os mortos (43:10,12; 44:8; At 13:34), o Senhor o deu
como testemunha aos povos e como príncipe e governador de todos eles – 42:6; 59:6;
Dn 9:25; Hb 2:10; 12:2.
Nações que não o conheceram serão chamadas
e correrão ao seu encontro por amor do Senhor Deus, do Santo de Israel por causa
de sua obra na qual glorificou o seu filho em sua missão.
Assim, ele exorta a que o busquemos
enquanto ainda o podemos achar e que o invoquemos enquanto ainda está perto
para salvar, pois os tempos mudarão e já não haverá mais salvação e sim juízo.
O tempo da salvação é agora. Hoje ainda
vivemos o dia oportuno que pode mudar a vida e a história de qualquer um. Basta
que nos inclinemos, venhamos a ele, ouçamos sua mensagem e nossa alma viverá – vs.
3 – por causa de sua aliança para conosco na qual fará um pacto eterno,
conforme prometido a Davi.
Não vamos nos importar com os que querem
viver longe do Senhor, por isso que somos exortados a deixar o ímpio em sua
impiedade e o maligno com seus maus pensamentos. É como também podemos ver nos
conselhos de João no apocalipse para deixarmos cada um em seu caminho, mas nós
nos voltaremos ainda mais ao Senhor porquanto o dia se aproxima muito
velozmente – Ap 22:11.
Deus exige fé viva, o que inclui atos de
arrependimento. Apesar da exigência de arrependimento, a salvação é totalmente
um ato de misericórdia divina, à parte de qualquer mérito humano.
Dos versos de 8 a 11, Deus explica pelo
profeta que os seus caminhos e os seus pensamentos estão muito acima dos
humanos. Embora tenhamos sido criados à sua imagem e à sua semelhança, somos
apenas capazes de termos noções vagas e imprecisas de entendimento das coisas
celestes.
A sua palavra é explicada em termos de
agricultura envolvendo a terra, a chuva, as sementes e as estações próprias de
plantio e colheita.
Do mesmo modo, sua palavra entra em nossos
corações que são os terrenos preparados para recepcioná-las e cumprirem aquilo
pelo qual foram designadas.
Elas não somente não voltarão atrás, como
também cumprirão o que apraz ao Criador.
Seria com alegria que haveriam de sair da
Babilônia e levando presentes como foi quando saíram do Egito. Embora o êxodo
da Babilônia deu início à restauração do povo de Deus, o cumprimento da
libertação do exílio é somente realizado em Cristo (48:20-21; 52:11-12).
vinde
às águas,
e
os que não tendes dinheiro,
vinde,
comprai, e comei; sim,
vinde
e comprai, sem dinheiro e sem preço,
vinho
e leite.
Is
55:2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão!
e o produto do vosso trabalho
naquilo
que
não pode satisfazer?
ouvi-me
atentamente, e comei o que é bom,
e
deleitai-vos com a gordura.
Is
55:3 Inclinai os vossos ouvidos,
e
vinde a mim;
ouvi,
e
a vossa alma viverá;
porque
convosco farei um pacto perpétuo,
dando-vos
as firmes beneficências
prometidas
a Davi.
Is
55:4 Eis que eu o dei como testemunha aos povos,
como
príncipe e governador dos povos.
Is
55:5 Eis que chamarás a uma nação que não conheces,
e
uma nação que nunca te conheceu a ti correrá,
por
amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel;
porque
ele te glorificou.
Is
55:6 Buscai ao Senhor enquanto se pode achar,
invocai-o
enquanto está perto.
Is
55:7 Deixe o ímpio o seu caminho,
e
o homem maligno os seus pensamentos;
volte-se
ao Senhor, que se compadecerá dele;
e
para o nosso Deus,
porque
é generoso em perdoar.
Is
55:8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem
os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
Is
55:9 Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra,
assim
são os meus caminhos mais altos
do
que os vossos caminhos,
e
os meus pensamentos mais altos
do
que os vossos pensamentos.
Is
55:10 Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus
e
para lá não tornam, mas regam a terra,
e
a fazem produzir e brotar,
para
que dê semente ao semeador, e pão ao que come,
Is
55:11 assim será a palavra que sair da minha boca:
ela
não voltará para mim vazia,
antes
fará o que me apraz,
e
prosperará naquilo para que a enviei.
Is
55:12 Pois com alegria saireis,
e
em paz sereis guiados;
os
montes e os outeiros romperão em cânticos
diante
de vós,
e
todas as árvores de campo baterão palmas.
Is
55:13 Em lugar do espinheiro crescerá a faia,
e
em lugar da sarça crescerá a murta;
o
que será para o Senhor por nome,
por
sinal eterno,
que
nunca se apagará.
A alegria da criação diante dos atos
redentores de Deus (44.23; 49.13; SI 96.11-13) parece manifestar-se nos montes
e nos outeiros e em todas as árvores que se curvariam e bateriam palmas com
seus galhos, folhas e frutos.
Até no lugar do espinheiro, cresceria a
faia e no lugar da sarça, a murta. Essa forma de linguagem é uma ilustração da
substituição do julgamento pela salvação (5:6; 32:13; 41:19).
Na verdade, na verdade, são duas expressões
da natureza: alegria diante da salvação dos homens e pesar diante da condenação
dos outros homens, os quais a Bíblia chama de filhos do diabo.
Quando a restauração for completada na
volta de Cristo em glória, entre as bênçãos concedidas ao povo de Deus estará a
da renovação permanente da natureza nos novos céus e na nova terra (Ap 21:1).
Compare com o arco-íris (Gn 9:8-17).
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terça-feira, 20 de janeiro de 2015
terça-feira, janeiro 20, 2015
Jamais Desista
Isaías 54:1-17 - ISAÍAS CHAMA JERUSALÉM A SE REGOZIJAR EM LOUVOR A DEUS PELA SALVAÇÃO QUE ELE TRARIA.
Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo
por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 54 e nas seguintes partes:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus
para a restauração (44:24 – 55:13).
2. O plano de Deus para o seu
servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos
de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a
estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão
da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3
– já vista; c. O salmo de confiança
do servo – 50:4 – 11 – já vista; d.
Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado
– 52:13 – 53:12 – já vista; g.
Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17 – veremos
agora; g. O convite para ir – 55:1-13.
g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17.
Veremos, a partir de agora e ocupará todo o
capítulo 54, o chamado para que Jerusalém louve ao Senhor. Isaías chama
Jerusalém a se regozijar em louvor a Deus pela salvação que ele traria.
A estéril que não deu a luz, nem sofreu as
dores de parto, é a mulher solitária, convidada aqui a exultar-se de prazer e a
cantar alegremente. Enquanto estivessem no exílio, Judá e Israel seriam
esquecidos por Deus e não desfrutariam de sua bênção, embora fossem assistidos
por sua graça que é sobre todos neste planeta.
O Novo Testamento aplica esse versículo à
"Jerusalém celestial" (Hb 12:22), "nossa mãe" (GI 4:26). Mais
são os filhos – 49:21; 53:10 - da desolada do que as da casada.
O alargamento da tenda é uma metáfora de
grandes bênçãos (26:15; 33:20); em contraste, veja Jr 10:20, num grande lamento
por Judá, onde a tenda tinha sido destruída, as cordas rompidas, os filhos já
se foram sem deixar ninguém que levante a tenda e erga as lonas.
A expansão para a esquerda e para a direita
seria tão grande que eles possuiriam as cidades de seus inimigos (Gn 22:17; 28:14),
como já deveria ter ocorrido nos tempos de Josué que deixaram pendências de
conquistas na Terra Prometida e com os povos daquela terra se aliançaram e
foram infiéis ao Senhor.
A promessa seria para não temerem porque
não seriam mais envergonhadas e não se envergonharem porque não sofreriam mais
afrontas – vs 4 -, antes disso tudo, haveriam de esquecer. Esqueceriam da infidelidade
de Israel que levou à sua opressão pelo Egito na juventude da nação (52:4; Jr
31:19; Ez 16:1-6). Os exílios assírio e babilônio vieram depois que Israel e
Judá já eram maduros.
O versículo 5 em seguida explica porque não
deveriam temer, nem se envergonhar. Por causa do Criador, do seu marido, do
Senhor dos Exércitos, do Santo de Israel, do seu Redentor, do Deus de toda a
terra. A grande quantidade de títulos atribuídos a Deus demonstrava que Israel
e Judá não foram para o exílio por causa de uma fraqueza de Deus (50:1-3),
muito pelo contrário.
Foi o Senhor quem a chamou como uma mulher
desamparada da mocidade, repudiada, triste de espírito – 40:27; 49:14; 50:1 –
que por um breve momento a deixou,
mas que com grande compaixão a recolheu. Por uns instantes, escondeu-se dela,
mas com benignidade eterna se compadeceu
dela.
Veja o contraste “breve momento” x “benignidade
eterna” e compare com outro contraste no Novo Testamento, com Paulo: “leve e
momentânea tribulação” x “peso eterno de glória mui excelente”.
Ou seja, as tribulações e lutas e
contrariedades desta vida não são para comparar com nossa vida eterna que já
começou para a glória de Deus! Quem se perde ou se deixa perder-se nas gotas de
sofrimento pelas quais passamos não imagina que já tem diante de si um mar
aberto de novas e infinitas oportunidades para a glória de Deus!
Tenha paciência que está chegando a hora
para você como chegou para Paulo, Pedro, Tiago, João, o Senhor, os apóstolos,
nossos pais e muitos de nossos irmãos do presente século.
Quando o Senhor renovou a sua aliança com a
sua criação, ato simbolizado pelo arco-íris (Gn 9:1-17), nas águas de Noé, ele
jurou que jamais inundariam novamente a terra. As negativas expressam o enfático
compromisso do Senhor em cumprir a aliança que havia feito com o seu povo.
Vejam que incrível: o compromisso do Senhor
em suas alianças com Israel é maior do que aquele de sua aliança com toda a sua
criação (51:6; Sl 46:2-3; 114:4,6). Isaías tinha em mente aqui a renovação da
aliança com Israel depois do exílio (42:6; 53:5; Ez 34:25; 37:26), que também é
conhecida como a "nova aliança" (Jr 31:31).
A cidade de Jerusalém sofreu severamente
durante o exílio.
Ela foi afligida e arrojada com a tormenta
e desconsolada, mas fora assentada em suas colunas com antimônio e seus
alicerces fundados com safiras, sendo seus baluartes de rubis, as portas de
carbúnculos e todas as suas muralhas de pedras preciosas.
Até os seus filhos serão ensinados do
Senhor onde a paz reinará perpetuamente, sendo a justiça estabelecida para
sempre, estando longe da opressão, porque não temerá – vs. 14 – e também do
terror, porque não chegará a ela.
O que estava acontecendo com Jerusalém era
como uma boa e forte sacudida de um vento que soprava sobre ela retirando dela
os galhos podres, as folhas secas, os frutos bichados para que permanecendo sua
base e voltasse a ter suas folhas renovadas, produzir e a tornar-se bela,
formosa, frutífera e renovada.
É também aqui Jerusalém um tipo do crente
que às vezes precisa passar pelo mesmo processo para tirar de si as sujidades e
escórias do mundo que ele insistentemente persiste em preservar para sua
própria ruína e prejuízo à causa do evangelho e da pregação.
Ainda que se levantem contendas, os que
contenderem com ela cairão. Deus criou o ferreiro e até o assolador para
destruir, no entanto, não prosperará nenhuma arma forjada contra ela e toda
língua que se levantar contra ela em juízo, ela mesmo a condenará – vs. 17.
Essa é a herança dos servos do Senhor! Ela é
uma referência à aliança e às promessas, especialmente à promessa da proteção
de Deus e da sua "vindicação".
exulta
de prazer com alegre canto, e exclama,
tu
que não tiveste dores de parto;
porque
mais são os filhos da desolada,
do
que os filhos da casada, diz o Senhor.
Is
54:2 Amplia o lugar da tua tenda,
e
estendam-se as cortinas das tuas habitações;
não
o impeças;
alonga
as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas.
Is
54:3 Porque trasbordarás para a direita e para a esquerda;
e
a tua posteridade possuirá as nações
e
fará que sejam habitadas as cidades assoladas.
Is
54:4 Não temas, porque não serás envergonhada;
e
não te envergonhes, porque não sofrerás afrontas;
antes
te esquecerás da vergonha da tua mocidade,
e
não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez.
Is
54:5 Pois o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos exércitos
é
o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor,
que
é chamado o Deus de toda a terra.
Is
54:6 Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada
e
triste de espírito; como a mulher da mocidade,
que
fora repudiada, diz o teu Deus:
Is
54:7 Por um breve momento te deixei,
mas
com grande compaixão te recolherei;
Is
54:8 num ímpeto de indignação escondi de ti
por
um momento o meu rosto;
mas
com benignidade eterna me compadecerei de ti,
diz
o Senhor, o teu Redentor.
Is
54:9 Porque isso será para mim como as águas de Noé;
como
jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra,
assim
também jurei que não me irarei mais contra ti,
nem
te repreenderei.
Is
54:10 Pois as montanhas se retirarão,
e
os outeiros serão removidos;
porém
a minha benignidade não se apartará de ti,
nem
será removido ao pacto da minha paz,
diz
o Senhor, que se compadece de ti.
Is
54:11Ó tu aflita arrojada com a tormenta e desconsolada
eis
que eu assentarei as tuas pedras com antimônio,
e
lançarei os teus alicerces com safiras.
Is
54:12 Farei os teus baluartes de rubis,
e
as tuas portas de carbúnculos,
e
toda a tua muralha de pedras preciosas.
Is
54:13 E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor;
e
a paz de teus filhos será abundante.
Is
54:14 Com justiça serás estabelecida;
estarás
longe da opressão, porque já não temerás;
e
também do terror, porque a ti não chegará.
Is
54:15 Eis que embora se levantem contendas,
isso
não será por mim; todos os que contenderem contigo,
por
causa de ti cairão.
Is
54:16 Eis que eu criei o ferreiro, que assopra o fogo de brasas,
e
que produz a ferramenta para a sua obra;
também
criei o assolador, para destruir.
Is
54:17 Não prosperará nenhuma arma forjada contra ti;
e
toda língua que se levantar contra ti em juízo,
tu
a condenarás;
esta
é a herança dos servos do Senhor,
e
a sua justificação que de mim procede,
diz
o Senhor.
O que garante ela livre da opressão é o
fato de que os seus filhos serão ensinados do Senhor que conhecerá a paz de
Deus, a justiça e o seu estabelecimento e assim longe estará da opressão porque
já não mais temerá e também do terror porque não chegará a ela que conhece o
seu Senhor que cuida dela – vs. 13 e 14.
Sentir ódio hoje e querer vingança na mesma
moeda dos que odeiam o cristianismo e destroem igrejas, escolas e tudo que se
liga ao Senhor e que executam os fiéis numa demonstração insana de poder e de
terror é perder a batalha para quem já foi derrotado cujo fim está próximo
quanto mais o dia do Senhor se aproxima.
A violência, as armas, a guerra, o terror
pelo terror, a vingança e o ódio, a ira e a ostentação de poder não são o
caminho que devemos tomar e se essa for a nossa escolha, já estamos derrotados
ainda que vençamos o mal, pois seremos do mal agentes de terror.
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
segunda-feira, janeiro 19, 2015
Jamais Desista
Isaías 53:12 - ISAÍAS "VIAJA NO TEMPO" E FAZ UMA DESCRIÇÃO IMPRESSIONANTE DE JESUS CRISTO, O MESSIAS.

Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus
para a restauração (44:24 – 55:13).
2. O plano de Deus para o seu
servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos
de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a
estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão
da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3
– já vista; c. O salmo de confiança
do servo – 50:4 – 11 – já vista; d.
Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado
– 52:13 – 53:12 – terminaremos neste;
g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17; g. O convite para ir – 55:1-13.
f. O servo sofredor e exaltado – 52:13 – 53:12 - continuação.
Em continuação, como já dissemos,
ocuparemos dois capítulos, sendo este o segundo, com a reflexão sobre o servo
sofredor e exaltado. Enfatizamos novamente, não sofredor no sentido de
“coitadinho”, mas por causa da soberania de Deus a qual ele nos é exemplo.
Nos três primeiros versículos, Isaías
descreve a humilhação e o sofrimento do servo que viria – parece até ter
viajado no tempo - (Mc 9:12; Lc 24:27,46), o messias esperado, a semente da
mulher que, em breve, esmagaria a cabeça da serpente, outro profeta semelhante
a Moisés.
São feitas no primeiro verso, perguntas
retóricas que esperam uma resposta negativa (Jo 12:38; Rm 10:16). Embora muitas
nações viessem a crer (52:15), a maioria não o faria. É como temos pregado em
nossas oportunidades que nem toda pregação tem a finalidade da conversão dos
corações por causa de que muitos deles estarão com seus corações endurecidos.
No entanto, o Israel eleito e convertido
faria parte do nossa, em “nossa pregação”, como fazemos nós parte, nós os
crentes do século XXI. A palavra pregação aqui vem da mesma raiz hebraica
traduzida como "ouviram" de 52:15 e obviamente estão intimamente
interligadas.
Darão crédito à “nossa pregação” todos
aqueles que o Pai tem escolhido para crerem em seu Filho amado, cujos corações
se acham ávidos pela justiça divina. A estes também se manifestará o braço do
Senhor que por meio de sinais, milagres e maravilhas realizará o testemunho do
Pai à Palavra da pregação.
Ele viria como um renovo que vai crescendo,
como um broto que sai do caule ou da raiz de uma planta ao lado da planta
principal. Em outro lugar Isaías afirma que o Messias cresceria do "tronco
de Jessé" (11:1; veja 4.2). A metáfora indica que o servo viria de Israel
e seria de origem humilde.
Como raiz de uma terra seca, sendo
portanto, aparentemente pouco promissor. Como sem aparência nem formosura, ou
seja, em termos humanos, o servo não teria uma aparência que causasse admiração
seria obviamente desprezado e o mais rejeitado. Seria o Cristo alienado dos
homens (49:7; Sl 22:6; Lm 1:1-3; 2:15-16), mas experimentado na dor e na angústia
da existência humana. De fato, alguém que os homens esconderiam o seu rosto, de
fato, mesmo odiado por muitas pessoas.
A opção do Senhor sempre foi pela
simplicidade, pela humildade, pela modéstia de forma que sua atração não se
daria pelo que se vê o qual é efêmero, mas pelo seu interior, pela sua
essência. O seu objetivo não era atrair a atenção das pessoas pelas quais veio
dar a sua vida pelo visível e aparente, mas pelo real e eterno poder de sua
presença santa.
Nos versos de 4 a 6, vemos expressa a natureza
vicária do sofrimento de Cristo, do sofrimento que resultou da queda de Adão
bem como de pecados pessoais. Cristo sofreu de maneira substitutiva a punição
pelos pecados do próprio povo de Deus (vs. 1) e eliminou do povo a consequência
dos pecados (vs. 6,11-12).
Mesmo assim, essa passagem não garante
saúde perfeita para os crentes durante a era atual. Podemos entender isso
melhor pela explicação teológica dos momentos do “já’ e do “ainda não”.
Como
vimos o Reino de Deus é uma realidade difícil de definirmos. Para uns é uma
realidade futura, para outros ela já se estabeleceu, tentaremos conceituar o
Reino de Deus seguindo o pensamento, que hoje é consenso entre os eruditos, que
o Reino de Deus é tanto uma realidade presente, como uma esperança futura. A
tensão do "já" e do "ainda não". Segundo as Escrituras o
Reino de Deus já chegou com poder através de Jesus Cristo, ele se manifestou
durante seu ministério, e se estabeleceu derrubando o reino do mal que
controlava a existência humana. Mas ele ainda não chegou com toda plenitude. O
governo de Deus ainda não alcançou toda a extensão da terra. Os homens ainda
são rebeldes ao projeto eterno de Deus.
Quarenta
anos atrás, Carl Henry, em seu livro The Uneasv Consciense of Modere
Fundamentalism, tentava persuadir os evangélicos a darem mais atenção ao tema
do Reino de Deus. Ele cria que se a mensagem do Reino era central na pregação
de Jesus, deveria sê-lo na nossa. Este é uma alerta que deve soar aos nossos
ouvidos ainda hoje.
Como
podemos entender esta tensão do Reino, do "já e ainda não"? Oscar
Culmann, usando uma terminologia da Segunda Guerra Mundial, introduz a noção do
Dia D e o Dia V. Os aliados venceram os nazistas em uma batalha na Normandia,
que ficou conhecida como o Dia D. Ali foi vencida uma batalha, não a guerra. Os
nazistas só foram vencidos tempos depois, no confronto conhecido como Dia V. A
grande invasão de Deus se deu no ministério de Jesus. A vitória foi na cruz do
Calvário, onde segundo Paulo, Jesus despojou os principados e potestades, expondo-os
ao desprezo público, (Cl 2:15). Mas, ainda falta vencer toda obra do mal, que
será vencida na Segunda Vinda de Jesus. Nós vivemos a expectativa do intervalo,
entre o Dia D e o Dia V.[1]
Cristo curará completamente aqueles que são
seus quando ressuscitá-los de entre os mortos e der a eles um corpo glorificado
(I Co 15:42-44; Hb 9:28).
Ele tomou as nossas dores e foi reputado
por aflito - a maior parte de Israel nos dias de Jesus acreditava que ele
mereceu o sofrimento que lhe foi infligido - e ferido de Deus.
A Lei estipulava que "o que for
pendurado no madeiro é maldito de Deus" (Dt 21:23; cf. GI 3:13), mas a dor
e a angústia de Jesus (vs. 3) foram em favor dos outros (Mt 8:17; cf. Rm 4:25;
I Pe 2:24). A dor e o sofrimento que ele enfrentou não era para ele, mas para
cada um de nós, os transgressores da lei de Deus.
Ele foi traspassado – vs. 5; Sl 22:16; Zc
12:10; Jo 19:.34 por nossas transgressões. Ele sofreu pelos pecados dos eleitos
e por meio dele, fomos sarados. Isso nos leva a uma confissão de fé no
sofrimento e na morte substitutivos do servo.
O Novo Testamento explica que o Servo
garante cura espiritual agora e restauração física no final, quando ele voltar
em glória (I Pe 2:24). Por terem sido curados, todos os santos de Deus podem
considerar-se mortos para o pecado e livres para a causa da justiça (Rm 6:6; I
Pe 2:24).
A morte do Servo é eficaz para todo o seu
povo. Todo aquele que o Pai dá ao Filho, vai a ele (Jo 6:37). Embora a
referência inicial aqui seja o povo de Deus – vs. 6 -, todos os seres humanos
estão debaixo do julgamento divino (Gn 8:21).
Devemos nos lembrar sempre que foi o desvio
de Israel que o levou ao julgamento do exílio. No entanto, o Senhor fez cair
sobre ele a iniquidade de todos nós que nos dá uma imagem que retrata Deus como
que lançando os pecados do seu povo sobre Cristo e transformando-o num
sacrifício no lugar do povo (Lv 16:21; I Pe 2:24).
A morte de bezerros e de touros não poderia
apagar os nossos pecados. Teria de ser um homem para morrer pelos homens, mas
um homem que fosse perfeito e que estivesse disposto a dar a sua vida pela vida
dos outros homens. Também teria de ser um Deus para satisfazer o próprio Deus
em sua infinitude. Jesus Cristo, com suas duas naturezas era esse homem, era
esse Deus.
Jesus Cristo foi verdadeiramente o Cordeiro
de Deus (vs. 7; Jo 1:29; I Co 5:7; Ap 5:6,12; 13:8) em termos de sua obediência
e submissão silenciosa (cf. Mt 26:63; 27:12,14; I Pe 2:23) e ainda continua a
ser em sua condição glorificada (Ap 5:12; 13:8).
Ele poderia ter escolhido não obedecer ao
seu Pai e deixar os homens em seu estado de pecado e sem salvação, mas
entendeu, viveu e pregou que há um Deus soberano sobre os céus e sobre a terra
que possui suas vontades e que é perfeito em seus caminhos.
Ao aceitar ser tratado de maneira tão cruel
e sofrer calado, Jesus mostrou-se ser verdadeiramente o Cordeiro de Deus que
tira os pecados do mundo.
Jesus foi julgado – vs 8 - de maneira
desumana e desonesta, além de crucificado injustamente. Ele morreu sem filhos
("linhagem"), como alguém julgado por Deus (cf. 14:22). O Filho de
Deus não teve filhos físicos, mas "gerou" uma "posteridade"
espiritual depois de sua morte (vs. 10).
Ele bem poderia ter se unido a uma mulher e
ter gerados filhos que seriam todos à sua imagem e à sua semelhança, uma nova
raça, dentro da raça pecadora dos homens, mas preferiu os planos de seu Pai e
este lhe deu, “gerou uma posteridade” numerosa, composta de seus irmãos, filhos
adotivos do Pai celestial. Ele é tanto Pai celestial em sua divindade, como é
irmão, pela sua humanidade.
Os israelitas ricos e iníquos confiavam em
si mesmos (veja Sl 49:6,13; Pv 18:11; 28:11) e com frequência obtinham sua
riqueza de maneira injusta (Pv 11:16; Jr 9:23; 17:11; Mq 6:12; Mt 12:23; Tg 5:21).
Embora fosse sábio e justo, o Servo morreu sendo considerado criminoso (I Pe 2:22),
crucificado entre dois ladrões e sepultado com o rico na sua morte.
Foi da vontade do Senhor – vs. 10 – esmagá-lo,
fazendo-o enfermar até a morte. Cristo foi entregue à morte "pelo determinado
desígnio e presciência de Deus" (At 2:23). A oferta pelo pecado fazia a
restituição pelo dano causado a Deus (Lv 5:14-6.7; 7:1-7; 14:12; 19:21).
Ele se pôs como oferta pelo pecado e pode
ver sua descendência espiritual que foi gerada após a sua morte (vs. 8; GI 3:26-29)
oriundos de todos os tempos, nações e tribos ao redor do mundo. Como prolongaria
ele os seus dias e veria a vontade do Senhor prosperar em suas mãos – vs. 10b -,
senão, pela vida eterna que ele nos prometeu a qual ele recebeu do Pai a
promessa?
Por isso ele veria o fruto do trabalho de
sua alma e ficará muito satisfeito. Cristo, o justo – Rm 5:19 - tinha ciência
do plano divino (52:13), de seu papel sacerdotal que poderia justificar e
declarar alguém absolvido da culpa (53:4-6), pois seria ele um instrumento de
perdão (vs. 12).
Como o grande Rei, o Senhor dividiu os
espólios da vitória com o seu Servo triunfante (41:8; 52:13). O triunfo do Servo
depois da morte contrasta fortemente com a sua humilhação antes e durante a sua
morte. Ele entregou a si mesmo de maneira substitutiva e abnegada, num sentido
de "derramar-se" pelos pecados dos outros (53:4; Lc 22:37; Hb 9:28; I
Pe 2:.24).
e
a quem se manifestou o braço do Senhor?
Is
53:2 Pois foi crescendo como renovo perante ele,
e
como raiz que sai duma terra seca;
não
tinha formosura nem beleza;
e
quando olhávamos para ele,
nenhuma
beleza víamos, para que o desejássemos.
Is
53:3 Era desprezado, e rejeitado dos homens;
homem
de dores, e experimentado nos sofrimentos;
e,
como um de quem os homens escondiam o rosto,
era
desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Is
53:4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades,
e
carregou com as nossas dores;
e
nós o reputávamos por aflito,
ferido
de Deus, e oprimido.
Is
53:5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões,
e
esmagado por causa das nossas iniqüidades;
o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
e
pelas suas pisaduras fomos sarados.
Is
53:6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas,
cada
um se desviava pelo seu caminho;
mas
o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade
de
todos nós.
Is
53:7 Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca;
como
um cordeiro que é levado ao matadouro,
e
como a ovelha que é muda
perante
os seus tosquiadores,
assim
ele não abriu a boca.
Is
53:8 Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado;
e
quem dentre os da sua geração considerou
que
ele fora cortado da terra dos viventes,
ferido
por causa da transgressão do meu povo?
Is
53:9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios,
e
com o rico na sua morte,
embora
nunca tivesse cometido injustiça,
nem houvesse
engano na sua boca.
Is
53:10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo,
fazendo-o
enfermar; quando ele se puser
como
oferta pelo pecado,
verá
a sua posteridade,
prolongará
os seus dias,
e
a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.
Is
53:11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma,
e
ficará satisfeito; com o seu conhecimento
o
meu servo justo justificará a muitos,
e
as iniqüidades deles levará sobre si.
Is
53:12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes,
e
com os poderosos repartirá ele o despojo;
porquanto
derramou a sua alma até a morte,
e
foi contado com os transgressores;
mas
ele levou sobre si o pecado de muitos,
e
pelos transgressores intercedeu.
Ele foi contado com os transgressores - uma
mesma palavra hebraica traduzida como "revoltados" em 1:2 (Mt 27:38;
Lc 22:37; 23:33), mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pode pelos
transgressores interceder. Nosso Salvador-Mediador orou pelos pecadores (Lc 23:34;
Hb 7:25) e desejou-lhes a salvação, mesmo quando irracionalmente o feriam e o
agrediam, ali na cruz do Calvário.
[1] Do site
monergismo, documento: http://www.monergismo.com/textos/comentarios/reino_marcos_isaias.pdf
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