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sábado, 10 de janeiro de 2015

Isaías 44:1-28 - A LOUCURA DA IDOLATRIA.


Para você não se perder na leitura capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui:

Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23).
Como também já dissemos, dos versos 40:12 ao cap. 44.23, estaremos vendo o poder de Deus na restauração do povo de Deus, sendo que muitos duvidavam de que isso seria mesmo possível. As profecias proferidas visavam assegurar aos israelitas no exílio que eles não precisavam temer, pois que Deus seria plenamente capaz de cumprir a promessa da aliança.
Também essa parte “B” foi dividida em 13 blocos ou seções: 1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31) – já vista; 2. Um pronunciamento judicial contra as nações (41:1-7) – já vista; 3. Salvação para Israel (41:8-20) – já vista; 4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29) – já vista; 5. Salvação para Israel (42:1-17) – já vista; 6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de Deus (42:18-25) – já vista; 7. Salvação para Israel (43:1-7) – já vista; 8. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13) – já vista; 9. Salvação para Israel (43:14-21) já vista; 10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28) – já vista; 11. Salvação para Israel (44:1-5) – veremos agora; 12. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (44:6-20) – veremos agora;  e, 13. Salvação para Israel (44:21-23) – veremos e concluiremos agora.
11. Salvação para Israel (44:1-5).
Novamente, pela quinta vez nessa seção de 4 capítulos envolvendo os versos 40:12 a 44:23, Isaías reafirma à nação a libertação do cativeiro do exílio.
Jacó, seu servo e Israel seu escolhido – aqui carinhosamente chamado de Jesurum - são convocados a ouvir o que diz o Senhor que os criou e que como uma mãe os formou desde o ventre materno e que os ajudará, como fazem os pais aos filhos a quem quer bem e são tementes a Deus.
A primeira coisa que ouvem é que não temam e lhes explica porque não deveriam temer.
Fazendo um parêntesis na explicação e reflexão do tema com a preciosa ajuda da BEG, muito criticada por alguns que dizem ser uma verdadeira coxa de retalhos, uma vez que foi feita e produzida para o idioma alemão e que ao ser traduzida para o português, perdeu o sentido real e propósitos na comunicação de sua mensagem.
As primeiras palavras que a divindade, esteja ela na forma que estiver, comunica com os humanos é ministrando-lhes a paz e a segurança por meio da frase imperativa: “não temais!” ou “paz seja convosco”.
É uma forma de abordagem inicial que nos comunica tranquilidade e apazigua nossos corações que andam em constante guerra, perturbação, ansiedade e temores.
A explicação porque não deveriam temer é que ele, o Senhor, derramaria água sobre o sedento e rios sobre a terra seca e seu Espírito sobre toda a sua posteridade e sua benção sobre os seus descendentes – vs 3.
Em consequência desse derramamento, eles irão brotar como a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas que dirão depois, com os corações cheios de alegria, paz e segurança: “Eu sou do Senhor!” e escolheriam o nome de Jacó e por sobrenome Israel, por causa da benção do Senhor sobre eles.
Essa salvação anunciada é muito grande e encontra o seu paralelo na vida real do Messias e do povo de Deus que se manifestaria dali uns 700 anos, donde seria o nascimento da sua amada igreja, que formaria o conjunto de todos os crentes espalhados em todos os cantos do mundo.
O Espírito de Deus é o poder por meio do qual Deus realiza a sua vontade e confirma as suas promessas. Ele operaria poderosamente na bênção futura de tudo criado como fez na ordem primitiva na natureza – Gn 1:3.
O Novo Testamento vê o cumprimento dessa promessa na obra miraculosa de Jesus por meio do poder do Espírito, na renovação da igreja hoje promovida pelo Espírito – Jl 2:28. At 2:38,39 – e na vinda dos gloriosos novos céus e nova terra.
Dessa nova era de restauração, muitos iriam participar juntos, judeus e gentios confessando o nome do Senhor – vs 5; Sl 87:6; Gl 6:16.
12. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (44:6-20).
Mais uma vez, agora pela sexta vez nessa seção de 4 capítulos envolvendo os versos 40:12 a 44:23, Isaías ataca a descrença em Israel e, novamente, ele usa o discurso de Deus no tribunal celeste contra as nações gentias e contra os seus ídolos que nada são ou podem fazer.
Ele é o Senhor, o rei de Israel, o seu redentor, o Senhor dos Exércitos, que fala e afirma ser ele o primeiro e o último e que fora dele não há outro – vs 6. Em seguida uma pergunta retórica demonstrando que o Senhor é soberano sobre o passado, o presente e o  futuro.
Não deveriam se assombrar, nem temerem pois ele os fez ouvir e previamente anunciou que eles seria suas testemunhas de como o Senhor tinha demonstrado a sua superioridade sobre todas as nações e sobre todos os seus deuses não existindo outro que possa ser seu co-igual ou desafiante ou que ameace a sua divindade e poder.
Não, não há outro Deus além do Senhor esse era o testemunho de todas as testemunhas do Senhor. Não há outra Rocha eu se conheça!
Em seguida, dos vs 9  ao 20, Isaías descreve em detalhes a loucura da idolatria uma vez que o que fazem é sem sentido e, para agravar a situação, transformavam as obras de suas mãos em seus deuses diante dos quais se curvavam em adoração.
O diabo cega o entendimento dos incrédulos e dos que insistem em rejeitar ao Senhor. Se ele nos falou e insistimos com nossas idiossincrasias sem sentido e objetivo algum, então estamos vivendo nas garras da aparência, do engodo e da ilusão.
Isaías 44:9 a 20 descreve nossa insensatez refletida na nossa idolatria. Fazer uma escultura como obra de arte é muito interessante, mas transformar essa arte, por meio de bênçãos ou qualquer ato profético ou consagração em algo sagrado é uma tremenda cegueira espiritual dos que fazem e de todos os que as adoram.
A força da ilusão que mantém o homem preso e escravo de imagens de escultura é a força da rejeição ao Senhor por causa de seus pecados os quais não quer de forma alguma livrar-se deles.
Não devemos temer qualquer objeto ou maldição ou praga lançada contra nós em nome de tais deuses que não são deuses, antes devemos temer ao Senhor. Ele deve ser nosso espanto e temor e terror.
13. Salvação para Israel (44:21-23).
Estamos finalizando essa seção de 4 capítulos que envolveu os versos 40:12 a 44:23 onde por diversas vezes Isaías atacou a descrença em Isael e reafirmou a Israel a salvação do exílio.
Essa é a sexta vez, fechando essa seção, que Isaías reafirma a Israel a salvação do exílio.
Aqui, agora vem uma mensagem de promessa de livramento.
Começando com uma exortação para se lembrarem dessas coisas, tanto Jacó quanto Israel de que Deus não se esqueceria deles e, melhor ainda, apagaria as suas transgressões como a névoa e os pecados como a nuvem. Ambas as névoas e as nuvens são sempre passageiras, mas o perdão dos pecados é para todo o sempre.
Que ídolo poderia fazer isso e dar a paz às nossas consciências carregadas com a culpa do pecado?
Isaías chama a cantar alegremente os céus porque o Senhor o fez e para exultar as partes mais baixas da terra, os montes, os bosques, as árvores, em fim, Isaías chama toda a criação a de deleitar na redenção de Israel no exílio, um ato promovido por Deus.
Um tema semelhante é visto em Rm 8:22 em que Paulo declara que toda a natureza espera pela redenção dos filhos de Deus na volta de Cristo.
C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13).
Nós estamos vendo nesta última parte 4 de 4, que ocupa uns 26 capítulos deste livro, de Isaías, as suas inúmeras profecias direcionadas, basicamente, aos exilados na Babilônia para encorajá-los a escapar de seus captores e retornar, pela fé, à Terra Prometida (47:20-21).
Como já falamos, a parte IV foi dividida em quatro outras partes principais: A. O chamado de Isaías para proclamar a restauração (40:1-11) – já vista; B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23) – também já vista e encerrada neste capítulo; C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13) – veremos agora; depois, veremos D. Pecado, arrependimento e restauração de Israel – 56:1 a 66:24.
De 44:24 a 55:13, veremos os instrumentos de Deus para a sua salvação garantida. Embora muitos motivos apareçam nesses capítulos, podemos ver que eles giram em torno da revelação dos instrumentos levantados por Deus para trazer libertação do povo de Deus do exílio.
Dividiremos essa seção “C” em duas seções. 1. O plano de Deus para Ciro – 44:24 até 48:22, onde Isaías aborda primeiramente esse instrumento de Deus que é Ciro e depois, 2. O plano de Deus para o seu servo -  49:1 a 55:13, onde ele se concentrará no servo real que viria.
1. O plano de Deus para Ciro – 44:24 até 48:22.
Ciro, imperador da  Pérsia, contemporâneo de Esdras, Neemias, Zorobabel, Ester e Mordecai, é mencionado tanto por seu próprio nome, algo espetacular demais que tem intrigado estudiosos e tem feito os céticos afirmarem que Isaías fora escrito depois do exílio,  quanto por implicação ao longo de toda a passagem.
Ciro, que  já fora mencionado em 41:1 e nos versículos seguintes, seria:
·         O pastor de Deus para o seu povo  - 44:28.
·         O ungido de Deus – 45:1.
·         Aquele a quem Deus levantaria 45:13.
·         Uma ave de rapina do oriente que realizaria os propósitos de Deus – 46:11.
·         O aliado escolhido de Deus contra a Babilônia – 48:14.
Além dessas referências explícitas, a questão da escolha de Ciro por Deus está implícita em vários pontos desses capítulos, como teremos a oportunidade de vermos em riqueza de detalhes.
Esse plano de Deus para Ciro pode ser dividido também em 8 partes para melhor entendimento do texto e seu contexto. a. O hino de autoglorificação do Senhor – 44:24-28; b. Oráculo real acerca de Ciro – 45:1-8; c. Ai dos contendores – 45:9-14; d. Aceitação do pleno de Deus – 45:15-17; e. O Senhor é capaz – 45:18-25; f. O destino certo da Babilônia – 46:1-13; g. Julgamento contra a Babilônia – 47:1-15; e, finalmente, h. O convite para ir – 55:1-13.
a. O hino de autoglorificação do Senhor – 44:24-28.
Essa é uma seção que começa com uma surpreendente revelação: Deus libertaria o seu povo da Babilônia por meio do rei persa Ciro.
Seria o grande Deus, o que se chama SENHOR que faria tudo isso – vs 24 a 26. Ele sozinho estendeu os céus e espraiou a terra. É ele também quem desfaz os sinais dos inventores de mentiras, que enlouquece os adivinhos, que faz tornar atrás os sábios e converter em loucura o conhecimento deles.
Também é ele, o Senhor, que confirma a palavra do seu servo, e cumpre o conselho dos seus mensageiros;        que diz a Jerusalém que será habitada e às cidades de Judá que seriam edificadas e levantadas suas ruínas – vs 26.
A redenção está expressa – vs 27 - numa linguagem que faz referência ao episódio da travessia do mar vermelho por Israel, o que está intimamente ligado à metáfora da vitória do Senhor sobre o monstro. A profecia pode ter encontrado um cumprimento literal quando Ciro secou o rio Eufrates que alimentava os fossos que cercavam a Babilônia.
Is 44:1 Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu,
                e tu, ó Israel, a quem escolhi.
Is 44:2 Assim diz o SENHOR
                que te criou
                e te formou desde o ventre,
                e que te ajudará:
                               Não temas, ó Jacó, servo meu,
                               e tu, Jesurum, a quem escolhi.
                Is 44:3 Porque derramarei água sobre o sedento,
                               e rios sobre a terra seca;
                                               derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade,
                                               e a minha bênção sobre os teus descendentes.
                Is 44:4 E brotarão como a erva, como salgueiros
                               junto aos ribeiros das águas.
                Is 44:5 Este dirá:
                               Eu sou do SENHOR;
                               e aquele se chamará do nome de Jacó;
                               e aquele outro escreverá com a sua mão ao SENHOR,
                                               e por sobrenome tomará o nome de Israel.
Is 44:6 Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor,
                o SENHOR dos Exércitos:
                               Eu sou o primeiro, e eu sou o último,
                                               e fora de mim não há Deus.
                Is 44:7 E quem proclamará como eu,
                               e anunciará isto, e o porá em ordem perante mim,
                                               desde que ordenei um povo eterno?
                               E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as que ainda hão de vir.
                Is 44:8 Não vos assombreis, nem temais;
                               porventura desde então não vo-lo fiz ouvir,
                                               e não vo-lo anunciei?
                                                               Porque vós sois as minhas testemunhas.
                               Porventura há outro Deus fora de mim?
                                               Não, não há outra Rocha que eu conheça.
                Is 44:9 Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade,
                               e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo;
                               e suas próprias testemunhas,
                               nada veem nem entendem para que sejam envergonhados.
                Is 44:10 Quem forma um deus, e funde uma imagem de escultura,
                               que é de nenhum préstimo?
                Is 44:11 Eis que todos os seus companheiros ficarão confundidos,
                               pois os mesmos artífices não passam de homens;
                                               ajuntem-se todos, e levantem-se;
                                               assombrar-se-ão, e serão juntamente confundidos.
                Is 44:12 O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas,
                               e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço;
                               ele tem fome e a sua força enfraquece,
                                               e não bebe água, e desfalece.
                Is 44:13 O carpinteiro estende a régua, desenha-o com uma linha,
                               aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso;
                                               e o faz à semelhança de um homem, segundo
                                                               a forma de um homem, para ficar em casa.
                Is 44:14 Quando corta para si cedros, toma, também,
                               o cipreste e o carvalho;
                                               assim escolhe dentre as árvores do bosque;
                                                               planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer.
                Is 44:15 Então serve ao homem para queimar; e toma deles,
                               e se aquenta, e os acende, e coze o pão;
                                               também faz um deus, e se prostra diante dele;
                                                               também fabrica uma imagem de escultura,
                                                                              e ajoelha-se diante dela.
                Is 44:16 Metade dele queima no fogo,
                               com a outra metade prepara a carne para comer,
                                               assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz:
                                                               Ora já me aquentei, já vi o fogo.
                Is 44:17 Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura;
                               ajoelha-se diante dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz:
                                               Livra-me, porquanto tu és o meu deus.
                Is 44:18 Nada sabem, nem entendem;
                               porque tapou os olhos para que não vejam,
                               e os seus corações para que não entendam.
                Is 44:19 E nenhum deles cai em si, e já não têm conhecimento
                               nem entendimento para dizer:
                                               Metade queimei no fogo,
                                               e cozi pão sobre as suas brasas,
                                               assei sobre elas carne, e a comi;
                                                               e faria eu do resto uma abominação?
                                                               Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore?
                Is 44:20 Apascenta-se de cinza; o seu coração enganado o desviou,
                               de maneira que já não pode livrar a sua alma, nem dizer:
                               Porventura não há uma mentira na minha mão direita?
                Is 44:21 Lembra-te destas coisas, ó Jacó, e Israel,
                               porquanto és meu servo; eu te formei, meu servo és, ó Israel,
                                               não me esquecerei de ti.
                Is 44:22 Apaguei as tuas transgressões como a névoa,
                               e os teus pecados como a nuvem;
                                               torna-te para mim, porque eu te remi.
                Is 44:23 Cantai alegres, vós, ó céus, porque o SENHOR o fez;
                               exultai vós, as partes mais baixas da terra; vós, montes,
                                               retumbai com júbilo; também vós,
                                               bosques, e todas as suas árvores; porque o SENHOR
                                                               remiu a Jacó, e glorificou-se em Israel.
                Is 44:24 Assim diz o SENHOR, teu redentor, e que te formou
                               desde o ventre:
                               Eu sou o SENHOR que faço tudo, que sozinho
                               estendo os céus, e espraio a terra por mim mesmo;
                               Is 44:25 Que desfaço os sinais dos inventores
                                               de mentiras, e enlouqueço os adivinhos;
                                               que faço tornar atrás os sábios,
                                               e converto em loucura o conhecimento deles;
                               Is 44:26 Que confirmo a palavra do seu servo,
                                               e cumpro o conselho dos seus mensageiros;
                                                               que digo a Jerusalém:
                                                                              Tu serás habitada,
                                                               e às cidades de Judá:
                                                                              Sereis edificadas, e eu levantarei
                                                                                              as suas ruínas;
                               Is 44:27 Que digo à profundeza:
                                               Seca-te, e eu secarei os teus rios.
                               Is 44:28 Que digo de Ciro:
                                               É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz,
                               dizendo também a Jerusalém:
                                               Tu serás edificada;
                               e ao templo:
                                               Tu serás fundado.
O povo está regressando...
Esse governador persa governaria debaixo do decreto de Deus e ambos, Jerusalém e o templo seriam reconstruídos mediante decreto real do rei persa Ciro – Ed 1:2-4; 6:3-5.

Essa ideia fantástica e aparentemente absurda de que um rei pagão libertaria o povo de Deus e seria o responsável pela restauração de Jerusalém e do templo, teria sido algo muito difícil de acreditar, para muitos nos antigos dias de cativeiro e até hoje quando olhamos para o passado para estudá-lo e entender os acontecimentos.
p.s.: link da imagem original: http://conhecimentoreformado.blogspot.com.br/2012/11/a-loucura-do-evangelho-ou-loucura-dos.html
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Isaías 43:1-28 - O GRANDE DESAFIO DA PREGAÇÃO DE ISAÍAS JUNTO AOS INCRÉDULOS.



Para você não se perder na leitura capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui:
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23).
Como também já dissemos, dos versos 40:12 ao cap. 44.23, estaremos vendo o poder de Deus na restauração do povo de Deus, sendo que muitos duvidavam de que isso seria mesmo possível. As profecias proferidas visavam assegurar aos israelitas no exílio que eles não precisavam temer, pois que Deus seria plenamente capaz de cumprir a promessa da aliança.
Também essa parte “B” foi dividida em 13 blocos ou seções: 1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31) – já vista; 2. Um pronunciamento judicial contra as nações (41:1-7) – já vista; 3. Salvação para Israel (41:8-20) – já vista; 4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29) – já vista; 5. Salvação para Israel (42:1-17) – já vista; 6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de Deus (42:18-25) – já vista; 7. Salvação para Israel (43:1-7) – veremos agora; 8. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13) – veremos agora; 9. Salvação para Israel (43:14-21) – veremos agora; 10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28) – veremos agora; 11. Salvação para Israel (44:1-5); 12. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (44:6-20);  e, 13. Salvação para Israel (44:21-23).
7. Salvação para Israel (43:1-7).
A origem da palavra profética é do Senhor (ela é divina: vs. 14,16; 44:2,6,24; 45:1,11,14,18; 48:17; 49:7-8; 49,25; 50:1; 52:3; 56:1; 56:4; 65:8; 66:1,12), o criador e o que formou Israel.
Sua primeira fala aqui é para que Jacó a quem criou e Israel a quem formou não temesse e explica por quê: eles eram seus remidos! Ainda os consola dizendo que os chamou pelo seu próprio nome. Ele, o Senhor, os chamou para serem seu povo, por isso que conhecia a cada um pelo seu nome (45:3-5; 48:1,19; 49:1; 56,5; 62:2,4; 65:15; 66:22; Ex 33:12,17). Eles são o bendito povo de Deus (Éx 19:5-6), assim, como em Cristo somos seus filhos, também seu povo escolhido.
A seguir por meio de algumas metáforas traz uma alívio para a aflição (Sl 66:12) e novamente os consola dizendo que seria conosco. A confirmação da presença de Deus significava que ele lutaria pelo seu povo e o protegeria.
Isto porque ele, Deus, é o Senhor, o Santo de Israel, o Salvador, o Redentor ou Resgatador, pois fora precioso aos olhos do Senhor e os honrou (o povo de Deus é exaltado por eleição - 45:4; 49:5; 54:12; Ex 19:5; Dt 7:6-8)) e os amou (54:10 63,9; Éx 19:4: 43:5-6) e homens deu por ele e povos pela sua vida – vs 4.
Ele diz que traria a sua descendência desde o Oriente e os ajuntaria desde o Ocidente, ou seja, de todos os lugares onde os filhos de Deus pudessem ser encontrados, incluindo aqueles na época do exílio.
8. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13).
Numa quarta abordagem de Isaías contra a descrença nessa seção de 4 capítulos envolvendo os versos 40:12 a 44:23, veremos que o profeta pede aos espiritualmente cegos e surdos de Israel que prestem atenção nesse pronunciamento contra as nações e seus ídolos e que percebam o erro de seus caminhos.
O povo cego e o surdo que era para ser trazido – vs 8 – eram justamente estes que insistiam que Deus não poderia salvá-los tamanha era a situação contraria vivida por eles no exílio.
Nos versos 9  e 10, o Senhor pede que as nações se congreguem e os povos se reúnam como se fosse para estarem presentes num tribunal onde a disputa iria começar e Israel deveria estar presente e não somente isso, mas serem suas testemunhas de como o Senhor tinha demonstrado a sua superioridade sobre todas as nações e sobre todos os seus deuses.
De fato, Deus já tinha agido na história de Israel envolvendo muitos outros povos com suas culturas, seus deuses e suas crenças e contra todos eles prevaleceu.
O exílio não seria diferente, mas ao invés da nação israelita estar por cima, ela era a que estava sendo subjugada, não por causa do poder das outras nações sobre o Senhor, mas por sua vontade que usava as nações como meio de disciplinar os seus filhos queridos, os quais tanto amava e ama.
A alegação da divindade do Senhor estava sustentada e residia em seu poder de decretar (seus decretos são eternos – 40:6; Am 1:3, 6, 9, 11, 13), revelar e agir – 41:4, 22, 26; 42:9. Era somente o Senhor que tinha desejado desde a eternidade a redenção do seu povo – 40:21; 41:4,26.
9. Salvação para Israel (43:14-21).
Novamente Isaías reafirma, pela quarta vez, a Israel a salvação do exílio ao explicar que Deus estava prestes a fazer uma coisa ainda maior do que fizera no êxodo sob a liderança de Moisés.
O Senhor com certeza libertaria o seu povo dos seus opressores. Ele reafirma que ele é o Senhor, o Santo, o Criador, o Rei – vs 15 - e que preparou no mar um caminho e nas águas impetuosas uma vereda.
O êxodo foi menos importante e menos espetacular do que a nova era de redenção que estaria por vir, com o Messias esperado. Até mesmo Moisés predisse que a restauração depois do exílio envolveria bênçãos ainda maiores do que as que já haviam sido recebidas – Dt 30:5.
Bastava agora de coisas passadas e antigas, pois o Senhor faria algo novo que sufocaria o primeiro brilho e que traria mais luz de forma que seria posto no deserto caminhos e no ermo, rios de águas vivas, como diz as Escrituras sob aqueles que crerem em Jesus Cristo.
Até a natureza daria louvor a Deus juntamente com os redimidos, os quais constituiriam uma nova comunidade de glorificação a Deus – 42:12.
10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28).
Contudo, algo inesperado. Jacó que deveria invocar o Senhor, não o invoca, antes de enfada e cansa do Senhor. E pela quinta vez nessa seção de 4 capítulos envolvendo os versos 40:12 a 44:23, Isaías discute as objeções dos céticos de que Deus não cumpriria a sua palavra, destacando que Israel não satisfizera os requisitos de Deus para a restauração.
Por causa de seus corações endurecidos pelo pecado, o povo de Deus que tinha se enfadado do Senhor, não apresenta ofertas e sacrifícios motivados pela devoção. Eles estavam deixando de adorá-lo porque haviam se cansado do Senhor ou melhor, preferiam antes o pecado do que o Senhor.
Is 43:1 Mas agora, assim diz o SENHOR
                que te criou, ó Jacó,
                e que te formou, ó Israel:
                               Não temas, porque eu te remi;
                               chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
                Is 43:2 Quando passares pelas águas estarei contigo,
                               e quando pelos rios, eles não te submergirão;
                                               quando passares pelo fogo, não te queimarás,
                                                               nem a chama arderá em ti.
                Is 43:3 Porque eu sou o SENHOR teu Deus,
                               o Santo de Israel, o teu Salvador;
                                               dei o Egito por teu resgate, a Etiópia
                                                               e a Seba em teu lugar.
                Is 43:4 Visto que foste precioso aos meus olhos,
                               também foste honrado, e eu te amei,
                                               assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida.
                Is 43:5 Não temas, pois, porque estou contigo;
                               trarei a tua descendência desde o oriente,
                                               e te ajuntarei desde o ocidente.
                Is 43:6 Direi ao norte:
                               Dá;
                e ao sul:
                               Não retenhas;
                               trazei meus filhos de longe e minhas filhas
                                               das extremidades da terra.
                Is 43:7 A todos os que são chamados pelo meu nome
                e os que criei para a minha glória,
                               os formei, e também os fiz.
                Is 43:8 Trazei o povo cego, que tem olhos;
                               e os surdos, que têm ouvidos.
                Is 43:9 Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam;
                               quem dentre eles pode anunciar isto,
                                               e fazer-nos ouvir as coisas antigas?
                               Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem,
                                               e se ouça, e se diga: Verdade é.
                Is 43:10 Vós sois as minhas testemunhas,
                               diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi;
                                               para que o saibais, e me creiais, e entendais
                               que eu sou o mesmo, e que antes de mim
                                               deus nenhum se formou,
                               e depois de mim
                                               nenhum haverá.
                Is 43:11 Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador.
                Is 43:12 Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir,
                               e deus estranho não houve entre vós,
                                               pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR;
                                                               eu sou Deus.
                Is 43:13 Ainda antes que houvesse dia, eu sou;
                               e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos;
                                               agindo eu, quem o impedirá?
                Is 43:14 Assim diz o SENHOR, vosso Redentor, o Santo de Israel:
                               Por amor de vós enviei a Babilônia,
                                               e a todos fiz descer como fugitivos, os caldeus,
                                                               nos navios com que se vangloriavam.
                Is 43:15 Eu sou o SENHOR, vosso Santo,
                               o Criador de Israel, vosso Rei.
                Is 43:16 Assim diz o SENHOR, o que preparou no mar um caminho,
                               e nas águas impetuosas uma vereda;
                Is 43:17 O que fez sair o carro e o cavalo, o exército e a força;
                               eles juntamente se deitaram, e nunca se levantarão;
                                               estão extintos; como um pavio se apagaram.
                Is 43:18 Não vos lembreis das coisas passadas,
                               nem considereis as antigas.
                Is 43:19 Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz;
                               porventura não a percebeis?
                               Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.
                Is 43:20 Os animais do campo me honrarão,
                               os chacais, e os avestruzes; porque porei águas no deserto,
                                               e rios no ermo, para dar de beber ao meu povo,
                                                               ao meu eleito.
                Is 43:21 A esse povo que formei para mim;
                               o meu louvor relatarão.
                Is 43:22 Contudo tu não me invocaste a mim, ó Jacó,
                               mas te cansaste de mim, ó Israel.
                Is 43:23 Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos,
                               nem me honraste com os teus sacrifícios;
                                               não te fiz servir com ofertas,
                                                               nem te fatiguei com incenso.
                Is 43:24 Não me compraste por dinheiro cana aromática,
                               nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste,
                                               mas me deste trabalho com os teus pecados,
                                                               e me cansaste com as tuas iniquidades.
                Is 43:25 Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões
                               por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.
                Is 43:26 Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo;
                               conta tu as tuas razões, para que te possas justificar.
                Is 43:27 Teu primeiro pai pecou,
                               e os teus intérpretes prevaricaram contra mim.
                Is 43:28 Por isso profanei os príncipes do santuário;
                               e entreguei Jacó ao anátema,
                               e Israel ao opróbrio.
No entanto, é o Senhor quem apaga as transgressões por amor dele mesmo e dos nossos pecados nem se lembra. Se tal não fosse como estaria o povo de Deus depois do episódio do bezerro de outro, por exemplo, no deserto? Deus perdoou os seus pecados – Ex 34:6; Lc 5:21.
Deus desafiou o povo de Deus abertamente – vs 26 – para que argumentassem e apresentassem suas reivindicações, mas Israel se mostrou totalmente condenável, incapaz de refutar a verdade. Judá sofreu a desgraça pela destruição do seu templo e o exílio do seu povo – 44:26; 63:18; II Re 25:18-21.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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