Estamos
no capítulo 37/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como
temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se
encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e
Judá. Veja nosso mapinha de nossas reflexões:
Parte III
– A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A
invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
b. A
invasão e seus desdobramentos (36.1-39.8).
Estaremos
vendo, como já dissemos, nesses capítulos de ligação, o relato da invasão de
Senaqueribe pela ótica de Isaías. Grande parte do material presente aqui,
conforme nossa BEG, é paralelo a II Re 18:13 a 20:19 e essas duas passagens
formam uma ponte histórica entre os blocos compostos pelos caps. 1 a 35, aos
quais acabamos de ver, e do bloco do capítulo 40 ao 66, que ainda veremos.
Ligando esses dois blocos temos essa invasão de Senaqueribe que ocupa os
capítulos de 36 ao 39.
A
presente seção foi dividida em três partes para nossa melhor compreensão: (1) O
primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8) – estamos vendo e concluiremos agora. (2) O segundo encontro (37:9 -
38) – veremos agora; e (3) O
resultado da escolha fatal de Ezequias (38:1 a 39:8).
(1) O primeiro encontro
com o exército assírio (36:1 – 37:8) - continuação.
Como
também já falamos, a partir do verso primeiro deste capítulo até o final do
próximo – 36:1 ao 37:8 -, estaremos vendo como foi esse primeiro encontro.
Também
dividiremos esta parte em quatro para melhor compreensão do assunto dessa
invasão interessante e do desfecho que Deus proveu por pura graça ao povo de
Jerusalém.
O
profeta descreve o primeiro estágio da crise provocada pela invasão da Assíria
registrando: (a) O sucesso assírio (36:1-3) – já vista; (b) O desafio do comandante de campo (36:4-20) – já vista; (c) As reações ao desafio (36:21 ao 37:7) – veremos em continuação agora; e (d) A partida do exército assírio (37:8).
(c) As reações ao
desafio (36:21 ao 37:7) - continuação.
Como
havíamos dito, os assírios foram vitoriosos nessa campanha militar,
especialmente conquistado a maior parte de Judá, depois disso, passaram a
ameaçar, como se era de esperar, a própria Jerusalém.
Tendo
o rei Ezequias ouvido essas coisas terríveis, diz a palavra de Deus, que ele
entrou na Casa do SENHOR e diante dele manifestou expressões de lamento ou
arrependimento que significam humildade, dependência e anseio por comunhão com
Deus. Na verdade, havia pânico nele e em todos os habitantes de Jerusalém que
se não fosse Deus, eles estariam em grandes apuros.
Ezequias
então enviou ao profeta Isaías os seus representantes das principais famílias
sacerdotais (Jr 19.1), Eliaquim, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e os anciãos
dos sacerdotes, todos cobertos de sacos.
Quando
estamos sem saída alguma, a quem procuramos? Assim, Ezequias, que não é bobo,
juntou os seus melhores representantes e foi ao encontro do profeta, com quem
estava a palavra de Deus para saber o que fazer?
Esse
era um tempo de adversidade, durante o qual a lealdade do povo seria testada no
seu limite (5:30; 8:22; 9:1; 25:4; 26:16; 33:2). Na verdade havia chegado a
hora de nascer, e não havia força alguma – vs. 3. A situação era tão terrível
que nesses versos se vê o reconhecimento da futilidade das estratégias humanas.
Em
Ezequias havia a esperança de que Deus falaria com ele, por isso que o invoca e
faz perguntas ao seu Deus vivo, que é uma expressão da fé renovada e do zelo de
Ezequias pelo Senhor. Ele confiava que o Senhor defenderia o seu nome glorioso.
Era essa a sua esperança! Era como se estivesse querendo lembrar ao Senhor
dizendo que lhe afrontaram o nome e o que ele faria acerca disso? O profeta, no
entanto, permaneceu fiel e destemido diante dos estratagemas e das soluções
pragmáticas pelos que ainda subsistem, enquanto o seu país estava todo dizimado
(1:9; 6:11; 10:20).
De
fato, Deus estava atento a tudo isso e envia uma palavra de vitória para
Ezequias. A despeito de tudo, Isaías encorajou Ezequias a confiar no Senhor, do
mesmo modo como anteriormente encorajara Acaz (7:4).
(d) A partida do
exército assírio (37:8)
O
Senhor cumpriu a palavra profética, fazendo com que o comandante fosse até
Senaqueribe, que havia trocado Laquis por Libna, uma cidade não identificada,
ao pé das colinas de Judá (cf. II Re 8.22).
(2) O segundo
encontro (37:9 - 38)
Houve
então um segundo encontro registrado dos versos de 9 ao 38. Não demorou muito
até que Senaqueribe colocasse novamente seus olhos sobre Jerusalém. Ele parecia
sedento e hávido por essa conquista como se fosse algo pessoal para ele.
Podemos
dividir esse segundo encontro em três partes: a carta de desafio de Senaqueribe
(37:9-13), a resposta a esse desafio (37:14-35) e a partida dos assírios
(37:36-38).
Carta de desafio de
Senaqueribe (37:9-13)
Senaqueribe
renovou a sua tentativa de persuadir Ezequias a se submeter e depender da
Assíria. Ao denegrir os deuses das nações, ele desafia Ezequias a deixar de
confiar no Senhor.
Ele
era ousado e afrontava mesmo a Deus falando a Ezequias que não deixasse Deus
enganá-lo prometendo a ele liberdade. Era essa uma afronta direta à capacidade
do Senhor de libertar
Senaqueribe
estava crente que seu sucesso militar era decorrente de seus deuses que eram
mais fortes e poderosos que os outros deuses das nações, inclusive o Senhor.
Ele achava que o seu deus estava com ele, baseado naquele fato de que a Assíria
vinha obtendo sucesso há várias gerações.
Nenhum
rei de nenhuma outra nação pode livrar o seu povo dele e assim ele estava todo
confiante. Jerusalém seria apenas mais uma dessas nações e desses deuses.
A resposta a esse
desafio (37:14-35)
Ezequias
e Isaías respondem à ameaça assíria de uma maneira que demonstrava a confiança
deles no Senhor.
Ezequias
não responde à ostentação de Senaqueribe, mas, ao contrário, volta-se para o
Senhor em oração. Ao contrário de Acaz, Ezequias orou, confessando sua
confiança radical no Senhor como Rei, Criador e Redentor. A ênfase teológica
resume a visão que Isaías tinha sobre Deus (38:2).
Há
determinados momentos em nossas vidas que nos encontramos numa situação sem
saída e com o inimigo nos cercando por todos os lados não deixando a nós saída
alguma e pior, ainda nos afrontando em nosso ser, em nossas crenças e contra o
nosso Deus que, pela sua graça e misericórdia, resolvemos seguir.
Assim
se encontrava Israel, sem saída! A perspectiva boa naquele momento era uma
morte rápida. O terror tomava conta de todos e o pavor da morte estava
estampado em cada rosto.
Ele
pede no verso 17 para que o Senhor se inclina e ouça suas orações, bem ao
contrário dos deuses da Assíria, o Senhor podia ver, ouvir e agir (I Re 8:52).
Como
todos sabemos a ressurreição de Cristo é o pilar de sustentação do
cristianismo. Sem ressurreição, diz Paulo, “comamos e bebamos, porque amanhã
morreremos” (I Co 15:32). Ele disse isso no capítulo 15 de Primeira aos
Coríntios que fala, justamente, da ressurreição de Cristo.
Isaías
também fala em “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (Is 22:13), mas
referindo-se ao povo de Jerusalém, por parte de alguns deles, que ao invés de se
humilharem como pedia o Senhor, diante do exército de Senaqueribe que os
ameaçava, resolveram fazer uma espécie de banquete de despedida, já que iriam
morrer mesmo.
A
sentença de morte estava sobre eles e por medo da morte ou para recepcioná-la
uma vez que seria inevitável, resolveram banquetearem-se até a morte.
Do
mesmo modo, Paulo, pelo Espírito Santo captou isso no povo que está escravo do
pecado por medo da morte. Já que vamos mesmo morrer, por que conservarmos nossa
fidelidade a Deus? Vamos comer! Vamos beber! Que venha a morte!
Paulo,
no capítulo 15 de I Coríntios, destaca a importância vital da ressurreição de
Cristo. Sem ela, não há cristianismo. Sem ela, do que adiantou eles lutarem
contras as bestas feras e enfrentarem a sentença de morte dia após dia?
O
medo da morte os escravizava à morte pelo fim da esperança, mas a ressurreição
de Cristo nos liberta da morte para uma nova esperança em Cristo Jesus.
Eles
estavam sem esperança e não criam numa saída, por isso se desesperaram da vida
a ponto de quererem se entregar à morte como uma espécie de despedida, mas
havia um socorro da parte de Deus para eles!
Ezequias
foi buscar essa esperança com Isaías, com lágrimas, humilhando-se diante de seu
Deus.
Em
sua oração a Deus motivada pelo recebimento de uma carta com mais afrontas,
como já começamos a explorá-la um pouco mais atrás, ele a apresenta a Deus e
começa a orar exaltando em primeiro lugar Deus como aquele que está assentado
entre os querubins e que é o Deus de todos os reinos e que foi o que criou os
céus, a terra e tudo o que neles há.
O
Senhor era o Deus das doze tribos (representadas por Samaria e Jerusalém) por
aliança (cf. vs. 21; 17:6; 21:17; 24:15; 29:23; 41:17; 45,3; 48:2; 52:12). Ele estava entronizado acima dos querubins,
mas apesar disso, Deus estava com o seu povo e governava sobre ele (I Sm 4:4;
II Sm 6:2; Sl 80:1; 99:1), conforme representado por sua presença no templo no
Santo dos Santos, que continha a arca da aliança (o estrado de Deus), debaixo
dos dois querubins. Somente Deus é Deus, era uma declaração exclusiva e
singular de divindade (44:8; 45:5-6; 14:22; 46:9), um reconhecimento de que
fora ele, o Senhor, quem fez os céus e a terra e tinha, portanto, domínio sobre
todos os reinos. A ênfase distinta era de que o Senhor era o soberano e
absoluto Criador de tudo (42:5; 45:8,12,18). Essa situação difícil não estava
fora do controle total e absoluto de Deus.
Em
seguida, roga a Deus que peste atenção na afronta e na ousadia deste homem que
não parece ter temor algum e cujo objetivo seria mesmo afrontar como se ele
fosse o deus da terra.
Ele
reconhece que os assírios foram instrumentos de Deus para juízo de muitas
nações e que eles acabaram por fazer um importante papel eliminando e
humilhando esses deuses das outras nações que não são deuses, antes objetos de
adoração criados pelo próprio homem.
Finaliza
sua oração pedindo um livramento da morte certa a fim de que todos os reinos da
terra saibam que há um Senhor nos céus que ouve as nossas orações e que é fiel
e guarda a sua aliança e exerce sua misericórdia e graça na vida daqueles que
lhe são fieis, como Davi o foi.
Ele
procurou pelo servo de Deus que lhe deu uma palavra profética em meio ao caos
total da desgraça iminente ou da morte certa e já anunciada.
Senaqueribe
não iria entrar na cidade, nem uma flecha se quer seria disparada contra
Jerusalém e da mesma forma que veio, voltaria por causa de um rumor que lhe
chegaria aos ouvidos o obrigando a partir imediatamente. E tem mais, lá em sua
terra teria um encontro terrível com a morte!
Como
falara o homem de Deus assim se sucedeu. Um anjo do Senhor, naquela mesma
noite, feriu a 185.000 assírios e eles morreram obrigando Senaqueribe a voltar
urgente para a Assíria.
A partida dos
assírios (37:36-38).
O
profeta descreve o julgamento do Senhor contra o exército assírio.
No
verso 36, um Anjo do SENHOR saiu e feriu no arraial dos assírios a cento e
oitenta e cinco mil homens de uma única vez. Essa libertação de Jerusalém foi
realizada por meios sobrenaturais, como aconteceu na morte dos primogênitos no
Egito (Éx 12:12; II Sm 24:16).
Ainda
assim, com todos os acontecimentos em Jerusalém que não tinha explicação
humana, o coração insensível e insensato de Senaqueribe não havia mudado. A sua
morte no templo de Nisroque contrasta com a vida que Ezequias encontrara no
templo do Senhor ( vs. 1,14).
Vinte
anos depois, Senaqueribe foi assassinado pelos seus próprios filhos (681 a.C. –
a primeira impressão da leitura mais descuidada nos faz pensar que sua morte
foi quase imediata após sua derrota em Jerusalém) que fugiram para Ararate,
região montanhosa de Urartu e, no lugar de Senaqueribe, Esar-Hadom, outro de
seus filhos, tornou-se rei da Assíria, no período de 681-669 a.C.
Is
37:1 E aconteceu que, tendo ouvido isso,
o rei Ezequias rasgou as suas
vestes, e se cobriu de saco,
e entrou na casa
do SENHOR.
Is 37:2 Então enviou Eliaquim, o
mordomo, e Sebna, o escrivão,
e os anciãos dos
sacerdotes, cobertos de sacos,
ao
profeta Isaías, filho de Amós.
Is 37:3 E disseram-lhe:
Assim diz Ezequias:
Este
dia é dia de angústia, e de vitupério,
e
de blasfêmias; porque chegados são os
filhos
ao parto, e força não há para dá-los à luz.
Is
37:4 Porventura o SENHOR teu Deus terá ouvido
as
palavras de Rabsaqué, a quem o rei da Assíria,
seu
senhor, enviou para afrontar o Deus vivo,
e
para vituperá-lo com as palavras que o SENHOR
teu
Deus tem ouvido;
faze
oração pelo remanescente que ficou.
Is 37:5 E os servos do rei
Ezequias foram ter com Isaías.
Is 37:6 E Isaías lhes disse:
Assim direis a
vosso senhor:
Assim
diz o SENHOR:
Não
temas à vista das palavras que ouviste,
com as quais os
servos do rei da Assíria me blasfemaram.
Is 37:7 Eis que
porei nele um espírito, e ele ouvirá um rumor,
e
voltará para a sua terra; e fá-lo-ei cair morto
à
espada na sua terra.
Is 37:8 Voltou, pois, Rabsaqué, e
achou ao rei da Assíria
pelejando contra
Libna; porque ouvira que já se havia
retirado de Laquis.
Is 37:9 E, ouviu ele dizer que
Tiraca, rei da Etiópia,
tinha saído para
lhe fazer guerra.
Assim
que ouviu isto, enviou mensageiros
a
Ezequias, dizendo:
Is 37:10 Assim falareis a
Ezequias, rei de Judá, dizendo:
Não te engane o
teu Deus, em quem confias, dizendo:
Jerusalém não será
entregue na mão do rei da Assíria.
Is 37:11 Eis que já tens ouvido o
que fizeram os reis da Assíria
a todas as terras,
destruindo-as totalmente; e escaparias tu?
Is 37:12 Porventura as livraram
os deuses das nações
que meus pais
destruíram: Gozã, e Harã, e Rezefe, e os filhos
de
Éden, que estavam em Telassar?
Is 37:13 Onde está o rei de
Hamate, e o rei de Arpade,
e o rei da cidade
de Sefarvaim, Hena e Iva?
Is 37:14 Recebendo, pois,
Ezequias as cartas das mãos dos
mensageiros, e lendo-as,
subiu à casa do SENHOR;
e
Ezequias as estendeu perante o SENHOR.
Is 37:15 E orou Ezequias ao
SENHOR, dizendo:
Is
37:16 O SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel,
que habitas entre os querubins;
tu mesmo, só tu és Deus de todos
os reinos da
terra; tu fizeste os céus e a terra.
Is 37:17 Inclina, ó SENHOR, o teu
ouvido, e ouve; abre, SENHOR,
os teus olhos, e
vê; e ouve todas as palavras de Senaqueribe,
as
quais ele enviou para afrontar o Deus vivo.
Is 37:18 Verdade é, SENHOR, que os
reis da Assíria assolaram todas
as nações e suas
terras. Is 37:19 E lançaram no fogo os seus
deuses; porque
deuses não eram, senão obra de mãos de
homens,
madeira e pedra; por isso os destruíram.
Is 37:20 Agora, pois, ó SENHOR
nosso Deus, livra-nos da sua mão;
e assim saberão
todos os reinos da terra,
que
só tu és o SENHOR.
Is 37:21 Então Isaías, filho de
Amós, mandou dizer a Ezequias:
Assim diz o SENHOR
Deus de Israel: Quanto ao que pediste
acerca
de Senaqueribe, rei da Assíria,
Is 37:22 Esta é a palavra que o
SENHOR falou a respeito dele:
A virgem, a filha
de Sião, te despreza, de ti zomba;
a filha de
Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.
Is 37:23 A quem
afrontaste e blasfemaste?
E contra quem
alçaste a voz, e ergueste os teus olhos ao alto?
Contra
o Santo de Israel.
Is 37:24 Por meio de teus servos afrontaste o
Senhor,
e
disseste:
Com
a multidão dos meus carros subi eu
aos
cumes dos montes, aos últimos recessos
do
Líbano; e cortarei os seus altos cedros e
as
suas faias escolhidas, e entrarei na
altura
do seu cume, ao bosque do seu
campo
fértil.
Is 37:25 Eu cavei,
e bebi as águas; e com as plantas de meus
pés
sequei todos os rios dos lugares sitiados.
Is 37:26
Porventura não ouviste que já há muito tempo
eu
fiz isto, e já desde os dias antigos
o
tinha formado?
Agora
porém o fiz vir, para que tu fosses o que
destruísse
as cidades fortificadas, e as reduzisse
a
montões de ruínas.
Is 37:27 Por isso
os seus moradores, dispondo de pouca
força,
andaram atemorizados e envergonhados;
tornaram-se
como a erva do campo, e a relva verde,
e
o feno dos telhados, e o trigo queimado
antes
da seara.
Is 37:28 Porém eu
conheço o teu assentar, e o teu sair,
e o
teu entrar, e o teu furor contra mim.
Is 37:29 Por causa
do teu furor contra mim, e porque a tua
arrogância
subiu até aos meus ouvidos,
portanto
porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio
nos
teus lábios, e te farei voltar pelo
caminho
por onde vieste.
Is 37:30 E isto te
será por sinal:
Este
ano se comerá o que espontaneamente nascer,
e
no segundo ano o que daí proceder;
porém
no terceiro ano semeai e segai,
e
plantai vinhas, e comei os frutos delas.
Is
37:31 Porque o que escapou da casa de Judá,
e
restou, tornará a lançar raízes para baixo,
e
dará fruto para cima.
Is
37:32 Porque de Jerusalém sairá o restante,
e
do monte de Sião os que escaparem;
o
zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.
Is 37:33 Portanto, assim diz o
SENHOR acerca do rei da Assíria:
Não entrará nesta
cidade, nem lançará nela flecha alguma;
tampouco
virá perante ela com escudo, ou levantará
trincheira
contra ela.
Is 37:34 Pelo
caminho por onde vier, por esse voltará;
porém
nesta cidade não entrará, diz o SENHOR.
Is 37:35 Porque eu
ampararei esta cidade, para livrá-la,
por
amor de mim e por amor do meu servo Davi.
Is 37:36 Então saiu o anjo do
SENHOR, e feriu no arraial dos assírios
a cento e oitenta
e cinco mil deles; e, quando se levantaram
pela
manhã cedo, eis que todos estes
eram
corpos mortos.
Is 37:37 Assim Senaqueribe, rei
da Assíria, se retirou, e se foi,
e voltou, e
habitou em Nínive.
Is 37:38 E sucedeu que, estando
ele prostrado na casa de Nisroque,
seu deus,
Adrameleque e Sarezer, seus filhos,
o
feriram à espada;
escaparam
para a terra de Ararate;
e Esar-Hadom, seu
filho, reinou em seu lugar.
Teria
sido melhor para ele não ter afrontado ao Deus de Israel. Ai dos que contendem
com o Senhor!
I Samuel 2:10Os quecontendemcom
o SENHOR são quebrantados; dos céus troveja contra eles. O SENHOR julga as extremidades
da terra, dá força ao seu rei e exalta o poder do seu ungido.
Salmos 35:1Contende, SENHOR, com os quecontendemcomigo; peleja contra os que contra
mim pelejam.
Isaías 41:11Eis que envergonhados e confundidos serão todos os
que estão indignados contra ti; serão reduzidos a nada, e os quecontendemcontigo perecerão.
Isaías 49:25Mas assim diz o SENHOR: Por certo que os presos se
tirarão ao valente, e a presa do tirano fugirá, porque eu contenderei com os
quecontendemcontigo e salvarei os teus filhos.
Jeremias 18:19Olha para mim, SENHOR, e ouve a voz dos quecontendemcomigo.
Melhor
e mais fácil não contender com o Senhor, por que quem somos nós para irmos
contra aquele que nos dá a vida?
A
Assíria tinha orgulho de sua habilidade na guerra e do seu arsenal militar, sua
confiança estava apenas na sua própria força e em seus deuses que não eram
deuses.
Senaqueribe
não foi bem-sucedido no cerco a Jerusalém. O Senhor lutou pelo seu povo por
causa de sua fidelidade à promessa feita a Davi (8:8,10; II Sm 7:16).
Estamos
no capítulo 36/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como
temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se
encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e
Judá. Veja nosso mapinha de nossas reflexões:
Parte III
– A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A
invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
b. A invasão e seus
desdobramentos (36.1-39.8).
Estaremos
vendo, nesses capítulos de ligação, o relato da invasão de Senaqueribe pela
ótica de Isaías. Esses capítulos apresentam um relato da invasão de Judá
promovida por Senaqueribe em 601 a.C.
Grande
parte do material presente aqui, conforme nossa BEG, é paralelo a II Re 18:13 a
20:19 e essas duas passagens formam uma ponte histórica entre os blocos
compostos pelos caps. 1 a 35, aos quais acabamos de ver, e do bloco do capítulo
40 ao 66, qua ainda veremos. Ligando esses dois blocos temos essa invasão de
Senaqueribe que ocupa os capítulos de 36 ao 39.
A
presente seção será dividida em três partes para nossa melhor compreensão: (1) O
primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8). (2) O segundo encontro
(37:9 - 38) e (3) O resultado da escolha fatal de Ezequias (38:1 a 39:8).
(1) O primeiro
encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8).
A
partir do verso primeiro deste capítulo, até o final do próximo – 36:1 ao 37:8
-, estaremos vendo como foi esse primeiro encontro.
Também
dividiremos esta parte em 4 para melhor compreensão do assunto dessa invasão
interessante e do desfecho que Deus proveu por pura graça ao povo de Jerusalém.
O
profeta descreve o primeiro estágio da crise provocada pela invasão da Assíria
registrando: (a) O sucesso assírio (36:1-3); (b) O desafio do comandante de
campo (36:4-20); (c) As reações ao
desafio (36:21 ao 37:7); e (d) A partida
do exército assírio (37:8).
(a) O sucesso assírio
(36:1-3).
Os
assírios foram vitoriosos nessa campanha militar, especialmente conquistado a
maior parte de Judá, depois disso, passaram a ameaçar, como se era de esperar,
a própria Jerusalém.
Foi
no ano décimo quarto, 701 a.C., do
reinado independente de Ezequias, que Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra
todas as cidades foritificadas de Judá e as tomou – vs. 1. O décimo quarto ano
pode ser considerado, se levarmos em conta que Ezequias governou de forma
independente, pois ele tinha sido corregente juntamente com seu pai, Acaz
(729-715 a.C.), e, depois ele governou sozinho (715-686 a.C.).
Senaqueribe
foi rei da Assíria (705-681 a.C.). É fato histórico que ele tomou as cidades
fortificadas registrando quarenta e seis delas em seus anais (II Re 18:14).
No
verso 2, Isaías nos fala que ele enviou a Rabsaqué, seu conselheiro real, de
Laquis – Uma cidade fortificada em Sefelá, na planície ocidental, que guardava
uma importante estrada que levava às montanhas ao sul de Jerusalém (cf. Jr
34:7).- até Jerusalém. De acordo com II Re 18:17, o rei também enviou Tartã
("general", cf. Is 20:1) e Rabe-Saris ("oficial
principal"), juntamente com um grande exército de mais de cento e oitenta
e cinco mil soldados (veja 3736).
Rabsaqué
foi e parou junto ao aqueduto do açude superior, o mesmo lugar em que
anteriormente Isaías tinha encontrado Acaz (7:3).
Quem
saiu a mando do rei a encontrá-lo – vs. 3 - foi Eliaquim, filho de Hilquias, o
mordomo, e Sebna, o escrivão, juntamente com Joá, filho de Asafe, o cronista,
um importante funcionário público.
Israel
já não mais existia e Judá tinha sido toda conquistada, Jerusalém parecia mais
como um simples formigueiro diante do
grande enxame de tamanduás.
(b) O desafio do
comandante de campo (36:4-20).
Dos
versos de 4 ao 20, veremos o grande desafio de Rabsaqué, o comandante de campo.
O comandante do exército assírio faz pronunciamentos aos líderes e ao povo de
Jerusalém numa tentativa de persuadi-los a se renderem.
Isto
nos lembra também outro grande desafiador de Israel à época, Golias, que por 40
dias perturbou os exércitos de Israel levando pânico e terror, até que Deus
levantou um simples jovem, Davi, cuidador de ovelhas para o abater.
Ai
dos que se levantam contra Deus achando que pelo seu poder e força podem fazer
o que quiser.
Rabsaqué
dá iníco ao seu discurso intimidador falando em nome do sumo ou grande rei – vs.
4: -
Que confiança é esta, em que esperas? Diante de quem Jerusalém, afinal
seria fiel? A outras nações?
À
Assíria que os pressionava contantemente e os deixava sem saída ou escolha,
como era o presente caso deste cerco com mais de 185.000 homens armados e
prontos para guerra?
A
Deus, o Senhor, cujo seu profeta Isaías estva entregando sua palavra para
Ezequias?
O
desafio de determinar a quem seria dada lealdade - à Assíria, a outros poderes
ou ao Senhor - é a mensagem central nessa porção do livro de Isaías.
Lembramos
que Ezequias havia confiado no apoio do Egito (20:1-6; 28:1-33:24;
30:26-7,13,15; 31:1,3; 32:2) mas, como Isaías dissera por meio de revelação, o
Egito, também debaixo de julgamento divino, jamais poderia livrar Judá
(19:1-15: 30:3,7; 31:3).
Ezequias
havia feito uma pequena reforma e retirado muitos locais pagãos e idólatras de
Judá (II Re 18:4; II Cr 31:1), sem dúvida para desalento e ira de seus muios
habitantes que haviam misturado sua fé com outras religiões.
Assim
é o que acontece nos dias atuais onde a liberdade religiosa permitiu a expansão
cada vez maior de seitas e heresias que somente levam o homem mais para o fundo
do poço do que verdadeiramente o salvar. Pior ainda do que essa liberdade,
seria a tirania de governos que proíbem qualquer outra religião de ser
disseminada em seus condões.
Os
assírios presumiram que essa ação também havia irritado o Senhor porque muitos
dos altares sincréticos eram feitos em seu nome.
Ezequias
havia retirado os outros altares porque Deus havia ordenado que a adoração
fosse feita exclusivamente no templo que Salomão havia construído.
Os
assírios dispunham de forças sofisticadas e superiores contra Judá. A lógica e
a estratégia da Assíria se opunham à sabedoria de Deus. Rabsaqué até zomba de
Ezequias prometendo a ele dar-lhe doiz mil cavalos para ele montar neles 2000
soldados, mas teria Ezequias soldados suficientes para isso? Como poderiam
então querer enfrentar o exército deles? Não fazia sentido naquela mente essa
lógica.
Depois
disso, Rabsaqué, no verso 10, faz um apelo ao povo religioso de Judá, alegando
que ele tinha subido contra eles com a ajuda do Senhor e como poderiam eles agoar
querer enfrentá-los?
Nesse
momento, os enviados do rei Ezequias, lhe pedem encarecidamente que não
falassem em aramaico, a qual era a língua internacional para a diplomacia e o
comércio, mas em siríaco que eles entenderiam muito bem.
Rabsaqué
então zoa deles e diz que seu discurso não é para uns poucos mas para todo o
povo a fim mesmo de amedrontá-los. Com mais ousadia então ele fala em judaico e
se refere ao seu rei como o grande rei. Em contraste com a ênfase colocada na
realeza de Senaqueribe, Ezequias é citado sem qualquer título.
Ele
procura mesmo desqualificar o rei Ezequias dizendo ao povo que não confiassem
nele porque ele não poderia livrá-los. Ele pede a eles para fazerem as pazes com
a Assíria – vs. 16. Literalmente "fazer uma bênção". A qual se
tratava de um apelo à renovação da aliança com a Assíria.
Os
assírios projetavam uma vida ideal e feliz, se eles o obedecessem. Aqui a
pressão psicológica era muito forte e suas palavras poderiam desastibilizar
toda a Jerusalém que estava toda acoada. No entanto, somente o Senhor estava em
posição de cumprir o que eles estavam prometendo.
Os
assírios haviam desenvolvido o plano de ação de retirar os povos rebeldes de
sua terra natal (cf. II Re 15:29) e quase que imitando o Senhor queria
Jerusalém como sua obediente e serva fiel.
Insistia
Rabsaqué contra Ezequias e contra toda pregação da palavra de Deus anunciando
livramento da parte do Senhor – vs. 18 ao 20. O comandante de campo estava
desinformado sobre os elos históricos e religiosos entre Samaria e Jerusalém.
Is 36:1 E
aconteceu no ano décimo quarto do rei Ezequias,
que Senaqueribe, rei da Assíria,
subiu contra todas as cidades
fortificadas de
Judá, e as tomou.
Is 36:2 Então o rei da Assíria
enviou a Rabsaqué, de Laquis
a Jerusalém, ao rei
Ezequias com um grande exército,
e
ele parou junto ao aqueduto do açude superior,
junto
ao caminho do campo do lavandeiro.
Is 36:3 Então sairam a ter com
ele Eliaquim, filho de Hilquias,
o mordomo, e
Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe,
o
cronista.
Is 36:4 E Rabsaqué lhes disse:
Ora dizei a
Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria:
Que
confiança é esta, em que esperas?
Is 36:5 Bem posso
eu dizer:
Teu
conselho e poder para a guerra são apenas
vãs
palavras; em quem, pois, agora confias,
que
contra mim te rebelas?
Is 36:6 Eis que
confias no Egito, aquele bordão de cana
quebrada,
o qual, se alguém se apoiar nele lhe
entrará
pela mão, e a furará; assim é Faraó,
rei
do Egito, para com todos os que nele confiam.
Is 36:7 Porém se
me disseres:
No
SENHOR, nosso Deus, confiamos; porventura
não
é este aquele cujos altos e altares Ezequias
tirou,
e disse a Judá e a Jerusalém:
Perante
este altar adorareis?
Is 36:8 Ora, pois,
empenha-te com meu senhor,
o
rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos,
se
tu puderes dar cavaleiros para eles.
Is 36:9 Como,
pois, poderás repelir a um só capitão
dos
menores servos do meu senhor,
quando
confias no Egito, por causa dos
carros
e cavaleiros?
Is 36:10 Agora,
pois, subi eu sem o SENHOR
contra
esta terra, para destruí-la?
O
SENHOR mesmo me disse:
Sobe
contra esta terra, e destrói-a.
Is 36:11 Então disseram Eliaquim,
Sebna e Joá a Rabsaqué:
Pedimos-te que
fales aos teus servos em siríaco,
porque
bem o entendemos, e não nos fales
em
judaico, aos ouvidos do povo que está
sobre
o muro.
Is 36:12 Rabsaqué, porém, disse:
Porventura
mandou-me o meu senhor ao teu senhor e a ti,
para
dizer estas palavras e não antes aos homens
que
estão assentados sobre o muro, para que comam
convosco
o seu esterco, e bebam a sua urina?
Is 36:13 Rabsaqué, pois, se pôs
em pé, e clamou em alta voz
em judaico, e
disse:
Ouvi
as palavras do grande rei, do rei da Assíria.
Is 36:14 Assim diz o rei:
Não vos engane
Ezequias; porque não vos poderá livrar.
Is 36:15 Nem tampouco Ezequias
vos faça confiar no SENHOR,
dizendo:
Infalivelmente nos livrará o SENHOR,
e
esta cidade não será entregue
nas
mãos do rei da Assíria.
Is 36:16 Não deis ouvidos a
Ezequias;
porque assim diz o
rei da Assíria:
Aliai-vos
comigo, e saí a mim, e coma cada um da
sua
vide, e da sua figueira, e beba cada um da água
da
sua cisterna;
Is 36:17 Até que eu venha, e vos
leve para uma terra como a vossa;
terra de trigo e
de mosto, terra de pão e de vinhas.
Is 36:18 Não vos engane Ezequias,
dizendo:
O SENHOR nos
livrará. Porventura os deuses das nações
livraram
cada um a sua terra das mãos
do
rei da Assíria?
Is 36:19 Onde estão os deuses de
Hamate e de Arpade?
Onde estão os deuses de
Sefarvaim?
Porventura
livraram a Samaria da minha mão?
Is 36:20 Quais
dentre todos os deuses destes países livraram
a
sua terra das minhas mãos, para que o SENHOR
livrasse
a Jerusalém das minhas mãos?
Is 36:21 Eles, porém, se calaram,
e não lhe responderam
palavra alguma;
porque havia mandado do rei, dizendo:
Não
lhe respondereis.
Is 36:22 Então Eliaquim, filho de
Hilquias, o mordomo, e Sebna,
o escrivão, e Joá,
filho de Asafe, o cronista,
vieram
a Ezequias, com as vestes rasgadas,
e
lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.
O
que acontece em seguida é algo incrível. Todos ouviram e foram desafiados com
uma super proposta tentadora de se aliar ao mais forte e poderoso, pelo menos
ali, nas aparências. No entanto, se calaram, não lhes responderam nada, nenhuma
palavra disseram, como tinha mandado o rei ao seu povo.
(c) As reações ao
desafio (36:21 ao 37:7).
Foi
feito um grande desafio ao povo de Jerusalém que se via totalmente acuado por
todos os lados e cercado por um exército gigantesco que a qualquer momento
poderiam destruir inteiramente a cidade santa.
Nesse
momento de tensão, de expectativas, e de espera da resposta à Assíria, que
Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de
Asafe, o cronista, vieram a Ezequias, com as vestes rasgadas, e lhe fizeram
saber as palavras de Rabsaqué.
A
orientação geral era para que não dissessem nada e se calassem, diante da
tentadora oferta deles, por que o rei assim os tinha instruído. O profeta
relata a resposta do povo e da corte real.
Tão
terrível é quando estamos assim acuados por todos os lados e vemos que chegou o
nosso fim, a não ser que algo inusitado aconteça.
Não
foi assim que o povo de Deus se sentiu diante do mar vermelho, tendo na sua
retaguarda o exército egípcio todo armado até os dentes e prontos para
devorá-los? O Senhor fez o mar se abrir e eles passaram por ele a pés enxuto.
Tentando fazerem o mesmo, os egípcios foram tragados vidos pelas poderosas
águas do mar.
É
de Deus que vem a saída diante dos impossíveis de nossas vidas e ali era algo
que era impossível, mas Deus haveria de mostrar-lhes uma saída inusitada,
espetacular e terrível.
Estamos no capítulo 35/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá. Veja nosso mapinha de nossas
reflexões:
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
a. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28:1 – 35:10).
Estamos vendo
nesses capítulos os oráculos acerca dessa invasão promovida por Senaqueribe que
oportunizou ao profeta muita coisa a dizer especialmente importantes para Judá
e o rei Ezequias.
Repetimos o que
já dissemos que essa compilação de oráculos apresentou três temas principais,
ao qual dividimos para melhor compreensão e apresentação do texto de nossas
reflexões: 1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três
ais 28.1; 29.1; 29.15 – já vista; 2.
O problema do Egito (30:1 – 32:20), com dois ais 30.1 – já vista; 31.1; e 3. O futuro da Assíria e de Jerusalém (33:1 – 35:10),
com um ai 33.1 – estamos vendo e concluindo
agora.
3. O futuro da Assíria e de Jerusalém (33:1 –
35:10), com um ai 33:1 - continuação.
Até o cap. 35.10,
como já falamos, estaremos vendo o futuro da Assíria e de Jerusalém. Aqui, Isaías encaminha-se para o final de sua
mensagem sobre a crise assíria no tempo de Ezequias ansiando pelo resultado
final dessa luta.
Agora veremos, nos próximos dez versículos,
a maravilha do retorno a Sião, uma palavra de consolo, de conforto e de
encorajamento que nos mostrará a mão de Deus em todas as coisas.
Os assírios já haviam exilado o Reino do
Norte e muitos outros em Judá à época que chegaram a Jerusalém. Isaías retrata
aqui o retorno daqueles e de outros que haviam partido anteriormente,
considerando esse acontecimento como algo magnífico.
Essa linda promessa de restauração forma
uma espécie de conclusão muito interessante e adequada para toda narrativa
desenvolvida desde o segundo verso do primeiro capítulo até o último verso do
capítulo anterior que vimos precedente a este (1:2 – 34:17. Do mesmo modo, veja
11:12-16; 27:12-13).
Reparem que ainda não encerramos
a parte III que somente se concluirá no capítulo 39. Já vimos até o presente
momento: a Parte I – Apresentação – 1:1; a Parte II – A mensagem de julgamento
e restauração pregada por Isaías – 1:2 a 6:13. Nós estamos vendo e ainda nos
faltam 4 capítulos: a Parte III – A resposta de Isaías ao julgamento assírio –
7:1 – 39:8. E ainda veremos depois desta parte: a Parte IV – Isaías e o
julgamento babilônico – 40:1 – 66:24.
Em todos os lugares Deus está presente
renovando e dando e sustentandoa vida
que ele mesmo nos deu. E onde está presente o Espírito de restauração de Deus
(32:15) ele transforma a natureza e as pessoas, mesmo que elas tenham sido inevitavelmente
afetadas por este mundo pecador.
Deus haveria de restaurar o Líbano, o
Carmelo e Sarom – vs 2 - que haviam
setornado como um deserto (33:7-9) de
modo que eles mais uma vez pudessem ser habitados pelos seres humanos.
Deus nos pune para nossa disciplina e
correção, mas depois nos renova em sua graça e misericórdia. A vida é um dom
gracioso da parte de Deus, por isso que ele nos fala no verso 4 para sermos
fortes nos dando uma palavra de encorajamento, são palavras que geram vida, são
palavras sempre vinda de Deus (Js 1:6,9,18) para terem esse efeito em nosso
ser.
Isto porque quem nos fez foi o Senhor que
conhece o nosso interior e processamento cerebral de forma que sua palavra se constitui
num código que lido em nossa mente é interpretado, compilado e produz o seu
resultado de acordo com os propósitos santos da parte de Deus.
Ele nos diz para não temermos, como se
fosse uma garantia de salvação, uma certeza de que ele nos socorre (7:4: 10:.24:
37:6; 40:9; 41:10,13-14; 43:5: 44:2,8; 51:7; 54:4).
O nosso Deus vem (29.6; 30:27; 40:10; 59:19;
62:11; 66:18) e com ele o estabelecimento da justiça na terra (34.8) e a
salvação. A sua promessa é de total libertação ao oprimido.
Até os cegos, surdos, coxos, mudos haveriam
de se alegrar sobremaneira com essas mudanças que evidenciariam uma restauração
sobrenatural. Elas estão associadas ao ministério de Jesus Cristo (Mt 11:5; 12:22;
Mc 7:37; Lc 7:22; At 3:8; 26:18).
Somente aqueles que fossem limpos e
consagrados teriam o privilégio de andar no caminho da salvação que levava a
Sião. As pessoas cegas, surdas e coxas receberiam visão, audição e a capacidade
de caminhar (51:10; 62:12), respectivamente.
Elas também receberiam perdão, passariam a
ser objeto de compaixão e esperariam pela plenitude da redenção (12:1-6; 30:19;
33:2) do Senhor, o seu Redentor (41:14; 43:14, 44:6,24; 47:4; 48.17; 49:7,26;
54:8; 59:20; 60:16; 63:16; cf. Lc 2.30).
Serão os resgatados do Senhor, os remanescentes
que sobraram do juízo, que voltarão e virão a Sião com júbilo e passarão pela
entrada e a habitação na cidade de Deus.
Is 35:1 O deserto e o lugar solitário se
alegrarão disto;
e
o ermo exultará e florescerá como a rosa.
Is
35:2 Abundantemente florescerá,
e
também jubilará de alegria e cantará;
a
glória do Líbano se lhe deu,
a excelência do Carmelo e Sarom;
eles
verão a glória do SENHOR, o esplendor do nosso Deus.
Is
35:3 Fortalecei as mãos fracas, e firmai os joelhos trementes.
Is
35:4 Dizei aos turbados de coração:
Sede
fortes, não temais;
eis
que o vosso Deus virá com vingança,
com
recompensa de Deus;
ele
virá, e vos salvará.
Is
35:5 Então os olhos dos cegos serão abertos,
e
os ouvidos dos surdos se abrirão.
Is
35:6 Então os coxos saltarão como cervos,
e
a língua dos mudos cantará;
porque
águas arrebentarão
no deserto e ribeiros no ermo.
Is
35:7 E a terra seca se tornará em lagos,
e
a terra sedenta em mananciais de águas;
e
nas habitações em que jaziam os chacais
haverá
erva com canas e juncos.
Is
35:8 E ali haverá uma estrada, um caminho,
que
se chamará o caminho santo;
o
imundo não passará por ele,
mas será para
aqueles;
os
caminhantes, até mesmo os loucos,
não
errarão.
Is
35:9 Ali não haverá leão,
nem
animal feroz subirá a ele, nem se achará nele;
porém
só os remidos andarão por ele.
Is
35:10 E os resgatados do SENHOR voltarão;
e
virão a Sião com júbilo, e alegria eterna
haverá
sobre as suas cabeças;
gozo
e alegria alcançarão,
e
deles fugirá a tristeza e o gemido.
A Alegria no Senhor (9:3-4; 12:3.6; 24:14-16:
26:19) se opõe aos folguedos da cidade do homem, como é o caso das festas
produzidas pela chegada de um ano novo, com bombas coloridas, muito barulho e confusão.
Na verdade chegamos vazios nela e ainda saímos vazios, pois somente a alegria
no Senhor é completa e satisfaz plenamente.
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
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TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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