INSCREVA-SE!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Isaías 29:1-24 - CULTOS NOS RITOS E FORMAS CERTAS NÃO SÃO SUFICIENTES.

Estamos no capítulo 29/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá. Veja nosso mapinha de nossas reflexões:
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
a. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28:1 – 35:10).
Como havíamos dito, estamos primeiramente vendo nesses capítulos os oráculos acerca dessa invasão promovida por Senaqueribe que oportunizou ao profeta muita coisa a dizer, especialmente importantes para Judá e o rei Ezequias.
Neste capítulo, teremos aqui dois ais. O primeiro ai é contra Jerusalém que estaria enfrentando sérias ameaças da Assíria. O juízo não aconteceria nos dias de Ezequias, mas posteriormente, com os babilônios.
Ariel ou lareira de Deus é uma referência a Jerusalém que também pode significar "leão de Deus" (Gn 49:9) ou "centro do altar" (vs. 2; Ez 43:15). O fato é que o Senhor profanaria Jerusalém, o lugar de seu altar, principalmente pela falta de arrependimento do seu povo que de ano a ano estavam promovendo festas e mais festas numa repetitiva e cansativa observância de rituais vazios. O Senhor não é contra as festas e a alegria dos povos, mas associar coisas santas com profanas, em total desrespeito às coisas de Deus, é insuportável.
Agora vem a pergunta principal o que é santo e o que é profano? Para mim, todas as coisas são santas ao Senhor e tudo deve ser recebido com ações de graça nos corações. O que é profano então? É quando atribuímos algo a Deus ou dedicamos a ele, mas sem reverência alguma ou por pura formalidade vazia.
No verso 3 ele fala de cercar, de sitiar e de levantar trincheiras numa referência clara ao cerco de Jerusalém promovido pela Assíria em 701 a.C.  
Em consequência, vs 4, será ela abatida e lançada por terra se referindo à experiência de humilhação e de julgamento – vs 5 - ("pó miúdo" (5:24; Dt 28:24; Ez 26:10 – “palha” 17:13; Jó 21:18; Sl 1:4; Os 13:3; Sf 2:21). Tudo isso acontecendo num momento repentino – vs 5 -, demonstrando o poder de Deus na justiça punitiva (10:16; 37:36-38).
Muitas vezes, esse tipo de linguagem com visitas de trovões, terremotos, grande ruído com tufão, tempestade e labareda de fogo – vs 7 -, descreve Deus quando ele vem em juízo ou em guerra santa (Ex 19:16-19; Jz 5:4-5; Sl 18:7-15; Hc 3:3-7).
A descrição continua no vs 8 com figuras terríveis, pelo menos em sonhos. Quando acordamos, vemos que estávamos sonhando e aí nos vem o grande alívio. Também assim desejamos que aconteça conosco, que despertemos de um sonho, mas a realidade dura e cruel não nos permite o despertar.
O julgamento assírio contra Jerusalém chegaria de maneira repentina e inesperada, pois os corações incautos estavam incapazes de discernir os tempos e as estações (6:10; Ex 7:13; Rm 1:24; 11:8; I Co 2:14).
A mensagem do profeta foi ocultada dos rebeldes de Jerusalém e de Judá (cf. Ap 5.1). Apesar de as ter recebido, não sabiam ler. Embora seja possível que os habitantes de Judá fossem incapazes ou analfabetos, o mais provável é que os corações se tornaram endurecidos demais para poderem compreenderem as profecias e os avisos divinos.
Isto porque o povo de Judá e de Jerusalém apesar de possuir os adornos da fé verdadeira (no templo e em seus cultos), faltava-lhes o essencial, pois Deus queria o coração deles, não o simples formalismo (Mt: 15:8-9; Mc 7:6; I Co 1:19; Cl 2:.22).
O que adianta o formalismo dos cultos e os ritos certos quando o coração está entregue a essas coisas e distante de Deus? A impressão que dava era a de aproximação de Deus, mas a prática era um distanciamento cada vez maior. Em vez de relacionamentos com Deus, uma enganação de consciência, como se Deus pudesse ser manipulado e comprado com práticas “santas”. Naturalmente, Deus haveria de confundir a sabedoria do povo e frustrar os seus planos (cf. 29:15-24; 30:1-7; 31:1-3).
É muito importante estar certo e fazer as coisas certas, mas o que adianta estar certo quando o coração está podre e distante do Senhor?
No vs 15, temos aqui um terceiro ai geral e um segundo ai contra Jerusalém. Em oposição aos planos, obras e pensamentos de Deus (Sl 10:11; 64:5-6) e, em vez de se submeterem à Deus, eles tentavam manipulá-lo – vs 15 e 16 - para se tornarem o seu deus, segundo os seus corações. De modo inteiramente insensato, eles acreditavam que poderiam criticar o que o Senhor dissera, como se fossem superiores dele.
No entanto, haveria uma esperança para o futuro – vs 17 a 24. A despeito das dificuldades que sobrevieram a Samaria e que ameaçavam Jerusalém, o Senhor um dia interviria para restaurar a sua benção sobre o seu povo, os renovando no pós-exílio e em Cristo Jesus ao escolher e preparar um povo para ser somente seu, com o qual os relacionamentos seriam aprimorados e completos.
Conhecido por suas grandes florestas, o Líbano – vs 17 – é uma boa representação da Assíria, que seria reduzida a um mero campo fértil pelo julgamento divino.
Naquele dia, vs 18, os surdos ouvirão, os cegos verão, os mansos terão gozo no Senhor, os necessitados se alegrarão, isto porque o tirano será desarraigado da face da terra.
Quando Deus interviesse, destruindo os opressores e os tiranos deste mundo (13:11; 25:3-5; 29:5; 49:25; Sl 37:35; 86:14; Ez 28:7; 30:11; 32:12), Israel estaria sendo restaurada como uma nação.
No entanto, apenas o remanescente israelita haveria de ouvir a palavra de Deus. Até os cegos, uma referência aos israelitas que, antes, haviam formalmente vagueado e falhado em discernir os caminhos de Deus (35:5; 42:7,16,18-19; 43:8; 56:10; 59:10; Lm 4:14) haveriam de novamente ver. Essa profecia de restauração do exílio é cumprida totalmente somente em Jesus Cristo (61:1).
Is 29:1 Ai de Ariel,
                Ariel, a cidade onde Davi acampou!
                               Acrescentai ano a ano, e sucedam-se as festas.
                Is 29:2 Contudo porei a Ariel em aperto, e haverá pranto e tristeza;
                               e ela será para mim como Ariel.
                Is 29:3 Porque te cercarei com o meu arraial,
                               e te sitiarei com baluartes, e levantarei trincheiras contra ti.
                Is 29:4 Então serás abatida, falarás de debaixo da terra,
                               e a tua fala desde o pó sairá fraca, e será a tua voz debaixo
                                               da terra, como a de um que tem espírito familiar,
                                                               e a tua fala assobiará desde o pó.
                Is 29:5 E a multidão dos teus inimigos será como o pó miúdo,
                               e a multidão dos tiranos como a pragana que passa,
                                               e num momento repentino isso acontecerá.
                Is 29:6 Do SENHOR dos Exércitos serás visitada com trovões,
                               e com terremotos, e grande ruído com tufão de vento,
                                               e tempestade, e labareda de fogo consumidor.
                Is 29:7 E como o sonho e uma visão de noite será a multidão
                               de todas as nações que hão de pelejar contra Ariel,
                                               como também todos os que pelejarem contra ela
                                               e contra a sua fortaleza, e a puserem em aperto.
                Is 29:8 Será também como o faminto que sonha, que está a comer,
                               porém, acordando, sente-se vazio;
                ou como o sedento que sonha que está a beber,
                               porém, acordando, eis que ainda desfalecido se acha,
                                               e a sua alma com sede; assim será toda a multidão
                                               das nações, que pelejarem contra o monte Sião.
                Is 29:9 Tardai, e maravilhai-vos, folgai, e clamai;
                               bêbados estão, mas não de vinho, andam titubeando,
                                               mas não de bebida forte.
                Is 29:10 Porque o SENHOR derramou sobre vós um espírito
                               de profundo sono, e fechou os vossos olhos,
                                               vendou os profetas, e os vossos principais videntes.
                Is 29:11 Por isso toda a visão vos é como as palavras
                               de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo:
                                               Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso,
                                                               porque está selado. Is 29:12
                               Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo:
                                               Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler.
                Is 29:13 Porque o Senhor disse:
                               Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca,
                                               e com os seus lábios me honra, mas o seu coração
                                                               se afasta para longe de mim e o seu temor
                                                               para comigo consiste só em mandamentos
                                                                              de homens, em que foi instruído;
                Is 29:14 Portanto eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa
                               no meio deste povo, uma obra maravilhosa e um assombro;
                                               porque a sabedoria dos seus sábios perecerá,
                                               e o entendimento dos seus prudentes se esconderá.
                Is 29:15 Ai dos que querem esconder profundamente
                               o seu propósito do SENHOR, e fazem as suas obras
                                               às escuras, e dizem:
                                                               Quem nos vê? E quem nos conhece?
                Is 29:16 Vós tudo perverteis, como se o oleiro fosse igual ao barro,
                               e a obra dissesse do seu artífice:
                                               Não me fez;
                               e o vaso formado dissesse do seu oleiro:
                                               Nada sabe.
                Is 29:17 Porventura não se converterá o Líbano, num breve momento,
                               em campo fértil? E o campo fértil não se reputará
                                               por um bosque?
                Is 29:18 E naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro,
                               e dentre a escuridão e dentre as trevas
                                               os olhos dos cegos as verão.
                Is 29:19 E os mansos terão gozo sobre gozo no SENHOR;
                               e os necessitados entre os homens se alegrarão
                                               no Santo de Israel.
                Is 29:20 Porque o tirano é reduzido a nada,
                               e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão
                                               à iniquidade são desarraigados;
                Is 29:21 Os que fazem culpado ao homem por uma palavra,
                               e armam laços ao que repreende na porta,
                                               e os que sem motivo põem de parte o justo.
                Is 29:22 Portanto assim diz o SENHOR, que remiu a Abraão,
                               acerca da casa de Jacó: Jacó não será agora envergonhado,
                                               nem agora se descorará a sua face.
                Is 29:23 Mas quando ele vir seus filhos, obra das minhas mãos
                               no meio dele, santificarão o meu nome;
                                               sim, santificarão ao Santo de Jacó,
                                                               e temerão ao Deus de Israel.
                Is 29:24 E os errados de espírito virão a ter entendimento,
                               e os murmuradores aprenderão doutrina.
No verso 22, quando ele diz “portanto”, ele começa a conclusão de 28:1 – 29:21. Portanto, assim diz o Senhor que remiu a Abraão, o patriarca que foi liberto de suas origens pagãs (Gn 12:1; Is 24:14; At 7:2-4) acerca de Jacó: Jacó não será mais envergonhada e os seus filhos, obra das mãos do Senhor, santificarão o nome do Santo de Jacó e temerão o Deus de Israel.
Ou seja, grandes privilégios e responsabilidades se estendem aos filhos daqueles que estão ligados a Deus pela sua aliança ( 45:11; 49:20-22; 54:1-13; 65:23; 66:7; At 2:38; I Co 7:14). Os errados de espírito então desejarão conhecer e praticar a vontade de Deus, como em 2:2-5; 32:4.  
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Isaías 28:1-29 - A INVASÃO DE SENAQUERIBE - ISAÍAS PREGA A PALAVRA DE DEUS.

Estamos no capítulo 28/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 38:8.
Chegamos a uma parte interessante que é a  que vai dos capítulos de 28:1 até 39.8 que falará da invasão de Senaqueribe que Paulo estudando-a fez uma excelente aplicação no capítulo 15 de I Coríntios ao falar e explicar sobre a ressurreição tanto de Cristo como a nossa, no futuro  - aleluias, em breve haveremos de ressuscitar, bem assim todos os nossos entes queridos que em Cristo foram primeiro que nós! Essa é a terceira parte do ministério de Isaías durante o julgamento assírio (7:1 - 39.8) que se refere à invasão de Judá por Senaqueribe.
Dividiremos esses capítulos em duas partes principais: A. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28.1-35.10) e B. A invasão e seus desdobramentos (36.1-39.8).
A. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28.1-35.10).
Vejamos primeiramente nesses capítulos os oráculos acerca dessa invasão promovida por Senaqueribe que oportunizou ao profeta muita coisa a dizer especialmente importantes para Judá e o rei Ezequias.
Essa compilação de oráculos apresenta três temas principais, ao qual estaremos dividindo para melhor compreensão e apresentação do texto de nossas reflexões: 1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três ais 28.1; 29.1; 29.15; 2. O problema do Egito (30:1 – 32:20), com dois ais 30.1; 31.1; e 3. O futuro da Assíria e de Jerusalém (33:1 – 35:10), com um ai 33.1.
1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três ais 28.1; 29.1; 29.15;
Isaías chama a atenção para as semelhanças entre Samaria e Jerusalém. Essa divisão “1” será também dividida para melhor compreensão em 4 partes: (1) Um ai contra Samaria (28.1-13);  (2) Uma lição a ser aprendida por Jerusalém (28.14-29);  (3) Dois ais contra Jerusalém (29.1-16); e (4) Uma palavra de esperança (29.17-24).
(1) Um ai contra Samaria (28.1-13). 
Dos seis ais deste oráculo relacionados a Ezequias (28.1-35.10), este é o primeiro ai contra Samaria – vs 1 ao 13. Essas palavras podem ter sido ditas primeiramente em associação à queda da cidade em 722 a.C. ou podem ser a reflexão posterior do profeta sobre o acontecimento, como uma tragédia no passado. Aqui elas são usadas como a base de uma lição para Judá (28:14-29).
A arrogância humana em Samaria colocava-se em oposição à majestade do Senhor (26:10). O primeiro ai é contra a coroa de soberba dos bêbados, onde a coroa representa um símbolo de realeza (como no vs. 5; Ez 21.31) ou da divindade (2Sm 12.30) e aqui aliadas a soberba e ao álcool se refere a Samaria e sua liderança depravada.
A Assíria no vs 2 é comparada a um vento forte, uma tempestade de saraiva ou de impetuosas águas (7:2; 17:13; 28:17; 29:6; 30:30; 32:19; 57:13) que pisará aos pés a coroa de soberba dos bêbados de Efraim.
Os figos de junho eram aprazíveis porque prenunciavam a colheita de setembro (Os 9:10; Mq 7:1; Na 3:12), no entanto Efraim, com todo o seu potencial, seria exilado e o fruto do seu trabalho seria aproveitado pelos assírios.
Enquanto Efraim tinha uma coroa de soberba dos bêbados, no verso 5 o Senhor dos Exércitos é que seria por coroa gloriosa e por diadema formoso para os remanescentes. A destruição seria devastadora, porém um remanescente sobreviveria. Essa minoria justa seria abençoada, apesar do julgamento de Deus.
Além disso seria por espírito de juízo para se assentar e julgar e mais ainda por fortaleza (32.15; 44.3-5; 59.21; 61.1) para os que fariam recuar a peleja até à porta. O espírito de justiça prevaleceria na era da restauração, sob o governo do Messias, após o exílio (11:1-5; 42:1-4).
O sacerdote e o profeta, os líderes do povo de Deus, por causa do vinho e da bebida forte estavam desencaminhados e envolvidos com sensualidade, tinham o coração duro e eram sarcásticos (29:9-14; Sf 3:4).
Os líderes, desacreditados e de coração duro, estavam falando contra Isaías. A referência aos desmamados e aos seios maternos era uma alusão a crianças pequenas (11:8; Sl 131:2), por isso se dizia que seria sobre eles preceito sobre preceito e regra sobre regra, como se fosse uma rima infantil ou uma imitação dos profetas. Isso também demonstra a dureza do coração que levou à destruição do Reino do Norte, uma vez que não entendem a simples palavra de Deus por meio de suas mensagens, mas preferem dos homens as regras, os mandamentos, os preceitos e um pouco ali e outro pouco acolá.
Nos versos de 11 e 12, ele fala de uma língua estranha. Os assírios se tornariam os mestres de Israel devido à falha deste em permanecer fiel (33:19). Paulo usou esse fato  para explicar o propósito do falar em línguas no Novo Testamento (I Co 14.21).
O descanso e o refrigério é oferecido aos israelitas na Terra Prometida, mas eles se recusaram a servir ao Senhor com fidelidade. Também resta um descanso ao povo de Deus que o escritor de Hebreus explorou ao falar do sábado do Senhor, como aquele descanso que nos resta entrar por ele, isto é, por meio de Jesus Cristo, o Senhor do sábado. No entanto somente é possível entrar nele pela fé e por mais nenhum outro caminho. Os israelitas se recusaram a servir ao Senhor, como dissemos a pouco, com fidelidade, e nós, devemos estar atentos a não entrarmos no mesmo erro, desprezando a fé.
A palavra do Senhor viria a Israel por meio da disciplina de estrangeiros com lábios gaguejantes, os quais ensinariam princípios morais e éticos a Israel. Que vergonha para uma nação que recebera de Deus os mandamentos, por isso que seria novamente mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,  regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.  Isaías lançou os insultos dos líderes religiosos de volta a eles e eles cairiam para trás, se quebrantariam e se enlaçariam em prisões. O efeito da palavra de Deus seria o endurecimento (6:9-10).
Há duas consequências para a pregação: 1. A geração da fé pelo ouvir a palavra de Deus. 2. O endurecimento de coração por causa da rejeição da palavra pregada que não pode alcançar o coração para gerar nele a fé.
(2) Uma lição a ser aprendida por Jerusalém (28.14-29).
Dos versos de 14 a 29 uma lição para Jerusalém. Isaías se volta para Jerusalém para explicar o significado da queda de Samaria.
O profeta prega a palavra de Deus e conclama a todos para ouvirem. Isaías extraiu lições para Jerusalém a partir da experiência da Samaria. Os homens escarnecedores, que dominavam sobre o povo eram aqueles líderes que rejeitavam essa pregação de Isaías e os ímpios que optaram por não crer na verdade de Deus (Pv 1:22; 29:8).
Judá se aliou ao Egito com o propósito de permanecer independente, mas a sua escolha se mostraria mortal. A confiança deles não tinha base firme (4.6). Eles esperavam escapar do dilúvio do açoite – vs 15 - vindo pelas mãos dos assírios, mas sua confiança e base eram firmadas na falsidade, na mentira e em alianças erradas com povos errados e, pior, não levando em conta o Senhor que teria poder sobre todas as coisas.
A pedra assentada em Sião era uma pedra aprovada, preciosa, firme, fundada e que aquele que nela cresse não seria de modo algum envergonhado. Nos evangelhos, nas epístolas paulinas e não paulinas vemos essa ideia presente de Jesus como a pedra angular de Isaías 28.
Lucas 20:17 Mas Jesus, fitando-os, disse: Que quer dizer, pois, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular?
Atos 4:11 Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.
Efésios 2:20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;
I Pedro 2:6 Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.
I Pedro 2:7 Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular
O firme fundamento do trono davídico era outro e eles estavam enganados. De fato, ele foi realizado de modo definitivo em Cristo Jesus (Sl 118:22; Rm 9:33; 10:11; I Co 3:11; Ef 2:20; I Pe 2:4-8). O trono de Davi é a esperança do povo de Deus.
No entanto, o juízo viria pela linha e a justiça pelo prumo, isto é, tão certo e preciso que não haveria saída. O exército assírio pisaria Israel várias vezes, oferecendo a todos um espetáculo de puro terror. O julgamento divino estava chegando a Jerusalém. O povo de Deus não estaria pronto para enfrentar a Assíria.
No passado, Deus havia afligido os filisteus (II Sm 5:20) e os cananeus as 10:11 nesses lugares e agora o próprio povo que estava ali para expulsar aqueles povos dali. Tudo pronto e preparado por Deus, mas agora seriam eles que sofreriam as consequências da desobediência ao Senhor. Dessa vez o Senhor se voltaria contra o seu próprio povo.  
Os líderes de Jerusalém zombavam da ideia de que sua cidade poderia ser destruída como fora Samaria. A confiança deles não tinha fundamento algum.
Dos versos de 23 ao 29, há uma analogia com o proceder do lavrador sábio que Deus o tinha instruído. O fato de Deus ainda não ter destruído Judá era uma questão do tempo de Deus.
Ele pede para que se inclinem os ouvidos e ouçam o chamado da sabedoria (1:2; Pv 1:8; 4:1; 5:1) por que Deus ensina e instrui acerca do que se há de fazer – “O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer.” – vs 26.
Is 28:1 Ai da coroa de soberba dos bêbados de Efraim,
                cujo glorioso ornamento é como a flor que cai,
                               que está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho.
                Is 28:2 Eis que o Senhor tem um forte e poderoso;
                               como tempestade de saraiva, tormenta destruidora,
                                               e como tempestade de impetuosas águas
                                                               que transbordam, ele, com a mão,
                                                                              derrubará por terra.
                Is 28:3 A coroa de soberba dos bêbados de Efraim
                               será pisada aos pés.
                Is 28:4 E a flor caída do seu glorioso ornamento,
                               que está sobre a cabeça do fértil vale, será como o fruto
                                               temporão antes do verão, que, vendo-o alguém,
                                                               e tendo-o ainda na mão, o engole.
                Is 28:5 Naquele dia o SENHOR dos Exércitos será por coroa gloriosa,
                               e por diadema formosa, para os restantes de seu povo.
                Is 28:6 E por espírito de juízo, para o que se assenta a julgar,
                               e por fortaleza para os que fazem recuar a peleja até à porta.
                Is 28:7 Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida
                               forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram
                                               por causa da bebida forte;
                                                               são absorvidos pelo vinho;
                                               desencaminham-se por causa da bebida forte;
                                               andam errados na visão e tropeçam no juízo.
                Is 28:8 Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos
                               e imundícia, e não há lugar limpo.
                Is 28:9 A quem, pois, se ensinaria o conhecimento?
                E a quem se daria a entender doutrina?
                               Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?
                Is 28:10 Porque é mandamento sobre mandamento,
                               mandamento sobre mandamento,
                               regra sobre regra, regra sobre regra,
                               um pouco aqui, um pouco ali.
                Is 28:11 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua,
                               falará a este povo.
                Is 28:12 Ao qual disse:
                               Este é o descanso, dai descanso ao cansado;
                               e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.
                Is 28:13 Assim, pois, a palavra do SENHOR lhes será mandamento
                               sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,
                               regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui,
                                               um pouco ali; para que vão, e caiam para trás,
                                               e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.
                Is 28:14 Ouvi, pois, a palavra do SENHOR, homens escarnecedores,
                               que dominais este povo que está em Jerusalém.
                Is 28:15 Porquanto dizeis:
                               Fizemos aliança com a morte,
                                               e com o inferno fizemos acordo;
                               quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós,
                                               porque pusemos a mentira por nosso refúgio,
                                                               e debaixo da falsidade nos escondemos.
                Is 28:16 Portanto assim diz o Senhor DEUS:
                               Eis que eu assentei em Sião uma pedra,
                                               uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina,
                                                               que está bem firme e fundada;
                                                                              aquele que crer não se apresse.
                Is 28:17 E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo,
                               e a saraiva varrerá o refúgio da mentira,
                                               e as águas cobrirão o esconderijo.
                Is 28:18 E a vossa aliança com a morte se anulará;
                               e o vosso acordo com o inferno não subsistirá;
                                               e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis
                                                               por ele pisados.
                Is 28:19 Desde que comece a passar, vos arrebatará,
                               porque manhã após manhã passará, de dia e de noite;
                                               e será que somente o ouvir tal notícia causará
                                                               grande turbação.
                Is 28:20 Porque a cama será tão curta que ninguém
                               se poderá estender nela; e o cobertor tão estreito
                                               que ninguém se poderá cobrir com ele.
                Is 28:21 Porque o SENHOR se levantará como no monte Perazim,
                               e se irará, como no vale de Gibeão, para fazer a sua obra,
                                               a sua estranha obra, e para executar o seu ato,
                                                               o seu estranho ato.
                Is 28:22 Agora, pois, não mais escarneçais, para que vossos grilhões
                               não se façam mais fortes; porque já ao Senhor DEUS dos
                                               Exércitos ouvi falar de uma destruição,
                                               e essa já está determinada sobre toda a terra.
                Is 28:23 Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz;
                                atendei bem e ouvi o meu discurso.
                Is 28:24 Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear?
                               Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra?
                Is 28:25 Não é antes assim:
                               quando já tem nivelado a sua superfície, então espalha nela
                                               ervilhaca, e semeia cominho; ou lança nela do
                                                               melhor trigo, ou cevada escolhida,
                                                                              ou centeio, cada qual no seu lugar?
                Is 28:26 O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer.
                               Is 28:27 Porque a ervilhaca não se trilha com trilho,
                                               nem sobre o cominho passa roda de carro;
                                               mas com uma vara se sacode a ervilhaca,
                                                               e o cominho com um pau.
                Is 28:28 O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente,
                               nem se esmiuça com as rodas do seu carro,
                                               nem se quebra com os seus cavaleiros.
                Is 28:29 Até isto procede do SENHOR dos Exércitos;
                               porque é maravilhoso em conselho
                                               e grande em obra.
Todos sabemos que há uma ordem natural na lavragem da terra:
·         Dissolver os torrões de terra.
·         Passar o ancinho.
·         Semear.
Assim, também devemos fazer ao pregar a palavra de Deus ou ter isso em mente. O Espírito Santo dissolve os torrões e o ancinho é passado, ou seja, Deus prepara e cria as condições dos terrenos de nossos corações pelas circunstâncias, mas devemos semear. Deus é maravilhoso em conselho – vs 29 - uma característica que é atribuída ao grande Filho de Davi.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...