quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
quarta-feira, dezembro 24, 2014
Jamais Desista
Isaías 27:1-13 - O TEMPO DE ESPERA E OS GRANDES JULGAMENTOS E BÊNÇÃOS DE DEUS NA TERRA.
Estamos
no capítulo 27/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como
temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se
encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e
Judá.
Parte III
– A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante
internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
2. O
objetivo do levante internacional – 24:1 ao 27:13
Como
havíamos dito, os capítulos 24 ao 27 - "Pequeno Apocalipse" de Isaías
- fornecem um retrato em larga escala de como Deus vai lidar com o mundo
atribulado no qual vive o seu povo.
Esses
capítulos resumem e combinam as descrições dos capítulos anteriores num retrato
de grande significado cósmico do amplo julgamento assírio (13:1 - 23:18).
Nós
também dividimos essa subparte “2” em quatro:
a.
O
profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do povo de Deus
(24.1-23) – já vista.
b.
O
profeta oferece o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua fidelidade
(25.1-8) – já vista.
c.
O
profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8) – já vimos.
d.
O
profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e
bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13) – concluiremos agora.
d. O profeta prediz o
tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus
na terra (26:9 – 27:13) - continuação.
Como
já dissemos, esperar não é nada fácil, mas em Deus devemos esperar pelo futuro
e anunciar isso às nações enquanto ainda é dia e o arrependimento é possível.
Dos versos 9, do capítulo 26, até 27.13, estamos vendo essa espera pelo futuro.
Tendo
descrito as festas que acontecerão depois do julgamento e a salvação terem
finalmente chegado, Isaías se volta para o problema do período de espera que o
povo de Deus terá de suportar.
O
profeta mais uma vez descreve aquilo pelo que ele e o povo de Deus estavam
esperando e que na verdade também é o que estamos esperando em Cristo Jesus,
nós os que já estamos com Cristo por sua pura graça e misericórdia, uma vez que
fomos alcançados pela pregação da palavra de Deus:
·
A
destruição do poder do mal (vs. 1).
Todo
mal será extirpado da face da terra e nunca mais se ouvirá dele em todos os
tempos e tempos. Não nos inclinaremos mais para ele, nem seremos mais tentados.
·
A
renovação do povo de Deus (vs. 2-6).
A
terra geme e aguarda com expectativa a redenção dos filhos de Deus onde tudo
será renovado, não somente as pessoas, mas a própria natureza.
·
A
redenção por meio do julgamento (vs. 7-13).
Os
justos em Cristo Jesus, justificados por ele, receberão a redenção e em
consequência os ímpios, os que não aceitaram a Cristo, a condenação.
O
Antigo Testamento faz uso de imagens para caracterizar as forças demoníacas por
trás dos poderes políticos opressivos (30:6-7; 51:9; Jó 3:8; 41:1; Sl 8:4;
74:14; Ap 12:7-10); aqui representados por leviatã, a serpente veloz e tortuosa
e o dragão que está no mar das nações.
O
cântico da vinha se coloca em forte contraste com a parábola de 5:1-7. Para
outras ilustrações sobre a videira e a vinha, consultar 3:14; 5:1; 61:5,
65:21.
A
parábola da vinha de 5:1-7 é, como já dissemos, uma bela ilustração da vinha do
Senhor na qual Deus desejou e esperou que desse frutos bons, mas que na verdade
produziram frutos maus. Isaías cantou sobre as maneiras como Judá se rebelara
contra Deus, usando as imagens de uma vinha e de um agricultor (veja Mt
21:33-44; Jo 15:1-6).
Tudo
foi feito a favor da vinha para que sarasse e produzisse o esperado. Com grande
atenção, Deus tinha preparado e estabelecido o seu povo para as gerações que se
seguiriam, mas de nada adiantou os esforços e aplicação de recursos. No
entanto, essas imagens – vs. 2 - da torre, de uvas boas, reforçam a expectativa
de que a redenção do povo de Deus resultará em colheita abundante em Cristo
Jesus.
O
que faria, então, o dono da vinha? Então veio a palavra de julgamento de que
ali se tornaria algo terrível e a vinha serviria de pasto, onde seria pisada e
depois tornada em deserto.
Não
mais seria podada, nem sachada, antes nela cresceriam espinheiros e abrolhos,
sementes essas que representam a maldição de Deus (7:23-25; 9:18; 10:17; 27:4;
32:13).
Depois
do julgamento de Deus, o remanescente restaurado responderia à graça de Deus. O
Senhor cuidaria do seu povo e supriria, de dia e de noite, todas as
necessidades da nação restaurada, inclusive protegeria a vinha de intrusos
indesejáveis.
Deus
receberia alegremente todo aquele que desejasse se reconciliar com ele (9:6;
11:1-16; 26:3).
A
renovação do povo de Deus (vs. 2-6).
A
nação restaurada depois da opressão e do exílio produziria o fruto da justiça e
da alegria. Também em Cristo Jesus se espera que a igreja produza frutos para a
glória de Deus. A igreja é constituída de indivíduos que juntos formam a
família de Cristo e individualmente são a igreja representativa do reino de
Deus na terra.
Somos
como embaixadores de Cristo, pertencentes a uma nação celestial cujo território
é fincado aqui na terra, em toda a sua extensão.
O
povo de Deus cumpriria o seu propósito: espalhar o reino de Deus por todas as
nações (26:17-19). Assim também a igreja deve levar a palavra da salvação para
todos os povos. Obviamente que será salvação para aqueles que Deus irá salvar e
juízo para aqueles que escolheram a rejeição do Senhor.
A redenção por meio
do julgamento (vs. 7-13).
Isaías
explica que a opressão e o exílio do povo de Deus não eram simplesmente para
julgamento, mas também para renovação e salvação.
Embora
externamente parecesse que Deus tratava o seu povo da mesma maneira como fazia
com as outras nações, sujeitando-as ao julgamento assírio, o seu propósito para
o seu povo era bastante diferente do propósito que tinha para as outras nações.
Não
porque a nação fosse especial, mas por pura escolha soberana de sua vontade que
coincidia justamente com a escolha das nações a favor ou contra Deus.
O
vento oriental que carregava o pó e o grande calor do deserto representava a
severidade do julgamento decretado sobre o povo de Deus por meio de desterro e
do exílio.
Os
severos julgamentos contra o povo de Deus eram os meios pelos quais a nação
poderia ser restaurada (40.2). Esse processo temporário de expiação antecipava
a expiação eterna realizada quando Deus castigou Jesus em favor do seu povo.
Seja
grãos por agitação (Rt 2,17) ou azeitonas ao se bater os ramos (Dt 24.20). O
território de Canaã concedido por promessa a Abraão (Gn 15.18) está aqui
profundamente associado com o jardim primevo do Éden (veja Gn 2.10-14).
O
cumprimento dessa expectativa começou no Antigo Testamento com a reunião das
tribos depois do exílio (I Cr 9:1-34).
O
estágio final dessa reunião:
·
Começou
no dia de Pentecostes (At 2).
·
Continua
por meio do ministério do evangelho hoje.
·
Será
por fim completado na volta de Cristo.
O
chamado do santo exército de Deus para o ataque contra os inimigos, os assírios
(13:1 – 14:32) se dando por trombetas. No momento oportuno, essa promessa será
por fim cumprida quando Cristo voltar em glória (veja I Co 15:42; I Ts 4:16).
Essa
referência, aos que andavam perdidos pela terra da Assíria, demonstra que o
profeta tinha em mente em primeiro lugar o julgamento assírio.
A
lista completa de julgamentos e bênçãos mencionada aqui, porém, não acontecerá
até que Cristo volte.
Essa
promessa de adoração revivida em Jerusalém foi cumprida em parte quando
Zorobabel completou o templo (Ed 6.13-18).
Is 27:1 Naquele dia o SENHOR castigará
com a sua dura espada,
grande
e forte, o leviatã, serpente veloz, e o leviatã,
a
serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar.
Is
27:2 Naquele dia haverá uma vinha de vinho tinto;
cantai-lhe.
Is
27:3 Eu, o SENHOR, a guardo, e cada momento a regarei;
para
que ninguém lhe faça dano,
de
noite e de dia a guardarei.
Is
27:4 Não há indignação em mim. Quem me poria sarças
e
espinheiros diante de mim na guerra?
Eu
iria contra eles e juntamente os queimaria.
Is
27:5 Ou que se apodere da minha força, e faça paz comigo;
sim,
que faça paz comigo.
Is
27:6 Dias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará
Israel,
e encherão de fruto a face do mundo.
Is
27:7 Feriu-o como feriu aos que o feriram?
Ou
matou-o, assim como matou aos que foram mortos
por
ele?
Is
27:8 Com medida contendeste com ela, quando a rejeitaste,
quando
a tirou com o seu vento forte, no tempo do vento leste.
Is
27:9 Por isso se expiará a iniquidade de Jacó,
e
este será todo o fruto de se haver tirado seu pecado;
quando
ele fizer a todas as pedras do altar como
pedras
de cal feitas em pedaços,
então
os bosques e as imagens não poderão ficar em pé.
Is
27:10 Porque a cidade fortificada ficará solitária,
será
uma habitação rejeitada e abandonada
como
um deserto; ali pastarão os bezerros,
e
ali se deitarão, e devorarão os seus ramos.
Is
27:11 Quando os seus ramos se secarem, serão quebrados,
e
vindo as mulheres, os acenderão,
porque
este povo não é povo de entendimento,
assim
aquele que o fez não se compadecerá dele,
e
aquele que o formou não lhe mostrará nenhum favor.
Is
27:12 E será naquele dia que o SENHOR debulhará seus cereais
desde
as correntes do rio, até ao rio do Egito; e vós,
ó
filhos de Israel, sereis colhidos um a um.
Is
27:13 E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta,
e
os que andavam perdidos pela terra da Assíria,
e
os que foram desterrados para a terra do Egito,
tornarão
a vir, e adorarão ao SENHOR
no
monte santo em Jerusalém.
Conclui a BEG,
nos mostrando que o ministério terreno de Jesus em Jerusalém:
·
Começou a levar o cumprimento aos seus estágios finais (Jo
2.13-22; Jo 1.14).
·
Continua hoje em Cristo, que está na Jerusalém que é lá de cima
(GI 4.26).
·
Alcançará a plena realização na segunda volta de Cristo (Ap
21.2-3).
...
quarta-feira, dezembro 24, 2014
Jamais Desista
Isaías 26:1-13 - ISAÍAS NOS ENSINA QUE VALE A PENA ESPERAR EM DEUS.
Estamos no capítulo 26/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
2. O objetivo do levante internacional – 24:1 ao 27:13
Como havíamos dito, os capítulos 24 ao 27 - "Pequeno Apocalipse" de Isaías
- fornecem um retrato em larga escala de como Deus vai lidar com o mundo atribulado
no qual vive o seu povo.
Esses capítulos
resumem e combinam as descrições dos capítulos anteriores num retrato de grande
significado cósmico do amplo julgamento assírio (13:1 - 23:18).
Nós também
dividimos essa subparte “2” em quatro:
a.
O profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do
povo de Deus (24.1-23) – já vista.
b.
O profeta oferece o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua
fidelidade (25.1-8) – já vista.
c.
O profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8) – continuaremos a ver.
d.
O profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes
julgamentos e bênçãos de Deus na terra (26:9 –
27:13) – iniciaremos agora.
c. O profeta fala da intervenção na História
(25:9 – 26:8) - continuação.
Como já dissemos,
a história não pertence aos fatos independentemente de Deus, por isso que o
povo de Deus haverá de se regozijar na fidelidade de Deus para com o seu povo,
uma vez que Deus é soberano.
Dos versos 1 ao
8, nós veremos que o presente louvor será pela fidelidade de Deus. Isaías ficou
muito feliz e extasiado ao perceber que Deus por fim estenderia o seu reino até
os confins da terra por causa de sua fidelidade ao seu povo e não o contrário,
pois o povo tinha sido muito infiel. No
futuro, o povo de Deus erguerá a ele, um cântico de louvor celebrando a
maravilha de Jerusalém.
O profeta estava
falando que naquele dia – vs 1 - se entoará um cântico na terra de Judá de
forma que de maneira metafórica explana sobre as defesas da cidade onde a salvação,
a libertação dos inimigos e o julgamento divino cercarão o povo de Deus quando
Jerusalém for exaltada (2:2).
Os celebrantes
pedirão que os portões da cidade sejam abertos para que todos os que sejam
justos e fiéis possam entrar e desfrutar da proteção da salvação de Deus. Somente
poderão entrar por essas portas aqueles que foram alcançados por Cristo Jesus os
quais o Pia os conduziu a Ele.
A paz de Deus – a
perfeita paz - que o justo recebe e promove (vs. 12; 32:17-18; 48:18; 54:10,13;
55:12; 66:1 2), mas da qual o ímpio será excluído (48:22; 57:21; 59:8; 60:17) é
aquela que está no coração daqueles que tem propósitos firmes porque ele
conhece ao Senhor.
A salvação sempre
é anunciada na Bíblia, mas também é anunciada a perdição e suas consequências.
Nós esperamos pela nossa redenção final, pela consumação e também nos chama a
atenção o fato de que assim como esperamos algo bom, há também no ar uma
expectativa de algo muito ruim por vir.
O algo ruim é que
a misericórdia cessará na vida do ímpio sendo o seu fim certo. Portanto,
enquanto ainda há tempo, fujamos de toda impiedade e de todo agir pérfido.
Corramos para os pés da cruz de Cristo a fim de alcançarmos graça em tempos
oportunos.
Ele – a rocha
eterna, vs 4 - é o que tem a realeza e que dá proteção firme e confiável. É ele
quem abate e quem exalta. Todas as nações e cidades que desafiam a Deus devem
tomar muito cuidado com o juízo de Deus.
Ironicamente, aqueles
que uma vez sofreram abuso por parte dos orgulhosos da terra celebrarão a
vitória de Deus sobre o mal, sendo que essa será uma vitória eterna, para todo
o sempre e sempre.
As bênçãos de
Deus virão sobre aqueles que fazem a sua vontade e esperam confiantemente por
sua salvação plena. Por isso que vale a pena esperar em Deus mesmo que pareça
tardia a sua salvação.
d. O profeta prediz o tempo de espera e o
resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus na terra (26:9 –
27:13).
Esperar não é
fácil, mas em Deus devemos esperar pelo futuro e anunciar isso às nações
enquanto ainda é dia e o arrependimento é possível. Dos versos 9 até 27.13 veremos
essa espera pelo futuro. Tendo descrito as festas que acontecerão depois do
julgamento e a salvação terem finalmente chegado, Isaías se volta para o
problema do período de espera que o povo de Deus terá de suportar.
O profeta
expressa o seu próprio desejo de ver o prometido julga- mento de Deus contra as
nações a fim de ver Deus completar sua intervenção na História e abençoar o seu povo
fiel.
No verso 10,
podemos ver que o profeta reconheceu que Deus mostrara graça comum (cf. Mt 5.4)
às nações ímpias ao abençoá-las com prosperidade. Contudo, elas nem se voltaram
para ele em retidão e nem sequer o reconheceram (At 14:14-17; Rm 1:18-32). Até
na terra da retidão, o ímpio agirá de forma não reta, isso para a sua própria
ruína.
A mão de Deus
estava prestes a abater-se sobre as nações, como ilustram os caps. 13-23. O
profeta orou para que Deus agisse rapidamente para demonstrar o seu
"zelo" (bênção) pelo seu próprio povo e trazer vergonha (julgamento)
sobre as nações opressoras.
Se não fosse a
graça comum de Deus sobre todas as nações, nem nações seríamos nessa face da
terra. Se nos resta algum valor, crescimento, desenvolvimento científico,
cultural, emocional isso devemos a pura graça abundante e misericordiosa de
Deus.
Dos versos de12 a
15, profeta descreve o resultado final do julgamento de Deus pelo qual ele
ansiava. A paz que Deus nos dará é decorrente dessa graça bendita de Deus que
tudo faz por nós. A bondade a ser desfrutada pelo povo de Deus é um dom
gratuito da sua graça.
Os assírios
haviam oprimido o povo de Deus por longo tempo – vs 13 -, mas os fiéis
continuaram a honrar apenas o Senhor.
No verso 14,
vemos o profeta anunciando a morte deles, fazendo uma descrição do futuro no
tempo passado, como se os eventos já tivessem acontecido. Seus nomes, dinastias
e memoriais foram esquecidos.
Uma expectativa
de bênção depois do exílio era a extensão das fronteiras de Israel abrangendo
todos os confins da terra – vs 15. Essa esperança foi cumprida quando Cristo
abriu o caminho para que seus seguidores alcançassem os confins da terra. Será
finalmente cumprida na volta de Cristo, quando ele reinar sobre toda a terra.
Nos versos 16 até
o 19, Isaías fala sobre o fato de o povo de Deus deixar de cumprir os propósitos
divinos no mundo e de corno o próprio Deus interviria para garantir que o seu
propósito fosse cumprido.
Deus estava
castigando o seu povo por meio do julgamento assírio e faria isso novamente por
meio do julgamento babilônio. Seu propósito com essa disciplina era incentivar
o tipo de arrependimento descrito aqui: as suas orações secretas seriam derramadas
nos momentos de grande aflição decorrentes da angústia sofrida.
Israel e Judá são
comparados a uma mulher que tenta dar à luz, mas fracassa – vs 17, 18. O povo de
Deus possuía grande potencial depois de ter-se estabelecido na Terra Prometida,
mas esse potencial se perdeu por causa da rebelião.
Deus tinha
estabelecido o seu povo com o propósito de que trouxesse salvação ao mundo ao
espalhar o reino de Deus (Gn 12:1-3). Esse propósito continua a ser o objetivo
do povo de Deus (Mt 28:18-19). Devemos anunciar a todas as nações o ano e os
tempos aceitáveis do Senhor.
A rebelião da
nação escolhida de Deus trouxe o fracasso, mas Deus cumpriria o destino da
nação por meio dos julgamentos e das bênçãos apresentadas nesses capítulos.
Há uma mensagem
de esperanças no vs 19, esperança para o futuro, em contraste com o vs. 14 –
“não ressuscitarão”. A nova vida dada a Israel e Judá na restauração levaria a
uma nova oportunidade e sucesso em cumprir o objetivo da nação (Ez 37:11-12).
Essa renovação da
vida seria cumprida em parte na restauração da nação depois do exílio e na
renovação interior realizada por Cristo; por fim, ela será cumprida na
ressurreição do corpo dos crentes na volta de Cristo (Dn 12:2; Os 13:14). O
povo de Deus, desanimado, humilhado e desfalecido (Sl 22:15) será como o orvalho
das ervas e a terra lançara de si os seus mortos. Essas são expressões que
representam a vida e um reinicio (SI 133:3; Os 14:5).
O profeta exorta
o povo de Deus a esperar pacientemente pelo cumprimento das promessas de Deus;
assim como ele mesmo já expressara o seu próprio anseio pelo cumprimento dessas
promessas (26:9-19).
Há sem dúvidas
uma forte ligação entre a volta do exílio que prepararia o ambiente e a nação
de Israel para a chegada do Messias pouco tempo depois e a segunda vinda de
Cristo que também será uma nova época na história do povo de Deus para todo o sempre.
Isaías falou em
nome de Deus a seu povo fiel (vs. 7-9), por isso manda que entremos e fechemos
as portas: o remanescente precisava aguardar pela salvação de Deus. Seria
apenas por um momento – vs 20. Embora parecesse que Deus nunca puniria os
assírios e as outras nações ao redor de Israel, terminaria ficando aparente que
a punição não demoraria a chegar.
Is 26:1 Naquele dia
se
entoará este cântico na terra de Judá:
Temos
uma cidade forte, a que Deus pôs a salvação
por
muros e antemuros.
Is
26:2 Abri as portas, para que entre nelas a nação justa,
que
observa a verdade.
Is
26:3 Tu conservarás em paz
aquele
cuja mente está firme em ti;
porque
ele confia em ti.
Is
26:4 Confiai no SENHOR perpetuamente;
porque
o SENHOR DEUS é uma rocha eterna.
Is
26:5 Porque ele abate os que habitam no alto, na cidade elevada;
humilha-a,
humilha-a até ao chão, e derruba-a até ao pó.
Is
26:6 O pé pisá-la-á; os pés dos aflitos, e os passos dos pobres.
Is
26:7 O caminho do justo é todo plano;
tu
retamente pesas o andar do justo.
Is
26:8 Também no caminho dos teus juízos, SENHOR, te esperamos;
no
teu nome e na tua memória está o desejo da nossa alma.
Is
26:9 Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito,
que
está dentro de mim, madrugarei a buscar-te;
porque,
havendo os teus juízos na terra,
os
moradores do mundo aprendem justiça.
Is
26:10 Ainda que se mostre favor ao ímpio,
nem
por isso aprende a justiça;
até
na terra da retidão ele pratica a iniquidade,
e
não atenta para a majestade do SENHOR.
Is
26:11 SENHOR, a tua mão está exaltada, mas nem por isso a veem;
vê-la-ão,
porém, e confundir-se-ão por causa do zelo que
tens
do teu povo;
e
o fogo consumirá os teus adversários.
Is
26:12 SENHOR, tu nos darás a paz,
porque
tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras.
Is
26:13 O SENHOR Deus nosso,
já
outros senhores têm tido domínio sobre nós; porém,
por
ti só, nos lembramos de teu nome.
Is
26:14 Morrendo eles, não tornarão a viver;
falecendo,
não ressuscitarão; por isso os visitaste
e
destruíste, e apagaste toda a sua memória.
Is
26:15 Tu, SENHOR, aumentaste a esta nação,
tu
aumentaste a esta nação, fizeste-te glorioso;
alargaste
todos os confins da terra.
Is
26:16 O SENHOR, na angústia te buscaram;
vindo
sobre eles a tua correção,
derramaram
a sua oração secreta.
Is
26:17 Como a mulher grávida, quando está próxima a sua hora,
tem
dores de parto, e dá gritos nas suas dores,
assim
fomos nós diante de ti, ó SENHOR!
Is
26:18 Bem concebemos nós e tivemos dores de parto,
porém
demos à luz o vento; livramento não trouxemos
à
terra, nem caíram os moradores do mundo.
Is
26:19 Os teus mortos e também o meu cadáver
viverão
e ressuscitarão; despertai e exultai,
os
que habitais no pó, porque o teu orvalho
será
como o orvalho das ervas,
e
a terra lançará de si os mortos.
Is
26:20 Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos,
e
fecha as tuas portas sobre ti;
esconde-te
só por um momento, até que passe a ira.
Is
26:21 Porque eis que o SENHOR sairá do seu lugar,
para
castigar os moradores da terra,
por
causa da sua iniquidade,
e
a terra descobrirá o seu sangue,
e
não encobrirá mais os seu mortos.
O sofrimento
atual não deve ser comparado à glória eterna que se seguirá (vs. 19; 54:7; Sl
30:5; II Co 4:17; II Pe 3:.9). Isso tanto foi verdade por causa da primeira
vinda de Cristo que ao entrar naquele templo de menor glória do que o primeiro
tornou-o de maior glória por que este recebera a visita pessoal do próprio Deus
em pessoa, na forma de carne. E também isso será verdade na segunda vinda de
Cristo Jesus cuja própria natureza aguarda com expectativa a revelação dos
filhos benditos de Deus.
...
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
segunda-feira, dezembro 22, 2014
Jamais Desista
Isaías 25:1-12 - O DEUS DE ISAÍAS ESTÁ PRESENTE NA HISTÓRIA DAS NAÇÕES.

Estamos
no capítulo 25/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como
temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se
encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e
Judá.
Parte III
– A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante
internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
2. O objetivo do
levante internacional – 24:1 ao 27:13
Como
havíamos dito, os capítulos 24 ao 27 - "Pequeno Apocalipse" de Isaías
- fornecem um retrato em larga escala de como Deus vai lidar com o mundo
atribulado no qual vive o seu povo.
Esses
capítulos resumem e combinam as descrições dos capítulos anteriores num retrato
de grande significado cósmico do amplo julgamento assírio (13:1 - 23:18).
Nós
também dividimos essa subparte “2” em quatro:
a.
O
profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do povo de Deus
(24.1-23) – já vista.
b.
O
profeta oferece o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua fidelidade
(25.1-8) – veremos agora.
c.
O
profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8) – veremos também agora.
d.
O
profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e
bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13).
b. O profeta oferece
o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua fidelidade (25.1-8).
Dos
versos 1 ao 8, veremos aqui o louvor pela fidelidade de Deus. Isaías ficou
muito feliz e extasiado ao perceber que Deus, por fim, estenderia o seu reino
até os confins da terra por causa de sua fidelidade ao seu povo.
Nos
primeiros cinco versos, a alegria e o louvor do profeta são pela destruição das
nações ímpias, daquelas que se esquecem das leis de Deus as quais ele deixou
para todos os seres humanos criados à sua imagem e à sua semelhança.
Isaías
está louvando a Deus por ele cumprir as promessas da aliança a respeito da
vitória e da herança para o seu povo.
Ele começa tudo dizendo ao Senhor que ele é o seu Deus e que por isso o
exaltaria e louvaria. Ele reconhece que as maravilhas e os conselhos antigos
são dele verdade e firmeza para os que se mantem fiéis à sua aliança.
A
cidade mencionada no verso 2 é uma metáfora para a força das nações que se
rebelam contra Deus e os seus propósitos, cujo fim se avizinhava próximo, pois
assim que o reino de Deus viesse em sua plenitude, as cidades dos inimigos de
Deus nunca mais se levantariam em rebeldia contra ele.
As
nações reconhecerão e glorificarão ao Senhor (2:2-4; 19:23-25; 24:14-16) por
que reconhecerão nele que ele é a fortaleza do pobre, do necessitado na sua
angústia, refúgio conta a tempestade e o calor contra os opressores – vs. 4 –
que por fim serão abatidos e humilhados.
O
profeta se deleita num grande banquete – versos 6 ao 8 - a ser promovido como
celebração pela vitória de Deus sobre as nações. Os convidados dessa celebração
virão de todas as nações (Ap 14:6) para um banquete festivo de celebração pelo
reinado do Senhor (I Re 1:25) e, assim, as melhores comidas e bebidas serão
desfrutadas como um reflexo da grandeza desse acontecimento (Sl 23:5; Mt 8:11;
Lc 13:29; Ap 19:9).
Todo
luto, tristeza (30:19; 35:10; 61:2-5; Ap 7:17; 21:4) e desgraça - incluindo
"morte" e o aguilhão da morte (I Co 15:54) serão eliminados quando
Deus reinar sobre a terra, a partir de Sião.
Paradoxalmente,
a grande boca da morte (5:24), da qual ninguém escapa, será ela própria
engolida pelo SENHOR Deus, o Mestre-Rei-Salvador (cf. 28:16; 40,10; 52,4;
65:13). Tragada foi a morte pela vitória, diz-nos Paulo, ao falar da
ressurreição de nosso Senhor e Salvador.
I Coríntios
15:54 E, quando
isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal
se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte na vitória.
|
I Coríntios
15:55 Onde está,
ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
|
I Coríntios
15:56 Ora, o
aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
|
I Coríntios
15:57 Mas graças
a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
|
I Coríntios
15:58 Portanto,
meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
|
Isaías
chega a antecipar de que maneira os redimidos celebrarão quando chegar o
julgamento e como desfrutarão da salvação em Sião.
c. O profeta fala da
intervenção na História (25:9 – 26:8).
A
história não pertence aos fatos independentemente de Deus, por isso que o povo
de Deus haverá de se regozijar na fidelidade de Deus para com o seu povo.
Todos
os que estão celebrando ou haverão de celebrar reconhecem que eles pertencem ao Deus que trouxe grande
vitória, pois era nele em quem o povo de Deus esperava.
Os redimidos da terra ficarão felizes pelo fato de terem confiado que Deus seria fiel às suas promessas (2:22; 7:2; 8:12,17; 12:2). A confiança no Senhor é necessária porque as ameaças das nações ímpias parecem ser fortes demais. Seria na sua salvação que o povo exultaria e se alegraria.
Os redimidos da terra ficarão felizes pelo fato de terem confiado que Deus seria fiel às suas promessas (2:22; 7:2; 8:12,17; 12:2). A confiança no Senhor é necessária porque as ameaças das nações ímpias parecem ser fortes demais. Seria na sua salvação que o povo exultaria e se alegraria.
A
mão de Deus de bênção e proteção estará sobre Sião, a capital do seu reino, mas
o seu pé pisara os seus inimigos. Moabe, aqui, provavelmente está representando
todas as nações rebeldes, como as vezes Edom é representada em 34:5-17; 63:1-6,
25:11.
A
pretensão das nações é motivada pela sua altivez enquanto se opõem a Deus e ao
seu povo, mas serão abaixadas suas altas fortalezas e serão abatidas e
derrubadas por terra até ao pó – vs. 12.
porque
fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos
são
verdade e firmeza.
Is
25:2 Porque da cidade fizeste um montão de pedras,
e
da cidade forte uma ruína, e do paço dos estranhos,
que
não seja mais cidade,
e
jamais se torne a edificar.
Is
25:3 Por isso te glorificará um povo poderoso,
e
a cidade das nações formidáveis te temerá.
Is
25:4 Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do necessitado,
na
sua angústia; refúgio contra a tempestade,
e
sombra contra o calor;
porque
o sopro dos opressores é como a tempestade
contra
o muro.
Is
25:5 Como o calor em lugar seco, assim abaterás
o
ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor
pela
sombra da espessa nuvem,
assim
o cântico dos tiranos será humilhado.
Is
25:6 E o SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos
uma
festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos,
com
tutanos gordos, e com vinhos velhos,
bem
purificados.
Is
25:7 E destruirá neste monte a face da cobertura,
com
que todos os povos andam cobertos,
e
o véu com que todas as nações se cobrem.
Is
25:8 Aniquilará a morte para sempre,
e
assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas
de
todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo
de
toda a terra; porque o SENHOR o disse.
Is
25:9 E naquele dia se dirá:
Eis
que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos,
e
ele nos salvará;
este
é o SENHOR, a quem aguardávamos;
na
sua salvação gozaremos e nos alegraremos.
Is
25:10 Porque a mão do SENHOR descansará neste monte;
mas
Moabe será trilhado debaixo dele,
como
se trilha a palha no monturo.
Is
25:11 E estenderá as suas mãos por entre eles,
como
as estende o nadador para nadar;
e
abaterá a sua altivez com
as
ciladas das suas mãos.
Is
25:12 E abaixará as altas fortalezas dos teus muros,
abatê-las-á
e derrubá-las-á por terra até ao pó.
É o orgulho e a vaidade que nos levam a
pensar que somos alguma coisa e que não precisamos do Senhor nosso Deus. Somos criaturas
tão frágeis e tão arrogantes que se tirassem o folego de vida nos dado por Deus,
todas tombaríamos mortos para sempre.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – http://www.jamaisdesista.com.br
...