Estamos no capítulo 21/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A
Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – já
vimos. f. Babilônia – 21:1-10 – veremos
agora. g. Edom – 21:11-12 – veremos
agora também. h. Arábia – 21:13-17 - veremos
ainda este capítulo. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
f. Babilônia – 21:1-10.
Das dez nações/reinos, este é o sexto,
contra o império da Babilônia.
A Babilônia foi derrotada
pelos assírios em 689 a.C., mas a Babilônia por sua vez, derrotou Nínive
(Assíria) em 612 a.C., antes de subjugar Judá. Por fim, a Babilônia caiu em outubro
de 539 a.C. diante do Império Persa, com o rei Ciro, uma das personagens principais
do livro de Esdras.
A luz do contexto
dos outros oráculos próximos, parece mais provável que Isaías tenha predito a
derrota da Babilônia pelos assírios em 689 a.C. para demonstrar a insensatez de
confiar na ajuda da Babilônia contra a Assíria.
Ezequias buscou a
ajuda dos babilônios contra a Assíria em 701 a.C., e Isaías o repreendeu severamente
por sua falta de fé no Senhor (39.1-8).
O versículo 1
começa com o peso ou sentença do deserto do mar – tanto um como o outro são lugares
desertos, mas completamente diferentes entre si, uma vez que um é cheio de pó e
o outro cheio de água insalubre. No deserto não há água potável, também no mar
não há.
A expressão
deserto do mar é uma referência sarcástica à Babilônia. A região sul da
Babilônia, no Golfo Pérsico, era conhecida como "a Terra do Mar", mas
ela se tornaria um deserto e/ou mostraria ser um deserto a qualquer um que
buscasse salvação naquele local.
Os seus tufões de
ventos sul, ventos terríveis do deserto (vs 1; Os 13.15) tanto indicam sua ação
destruidora e devastadora por onde passa, como também sua situação de desolação
como um deserto tanto para si como também para todos que confiassem nela os
quais cairiam juntamente.
Uma dura visão
foi anunciada para o profeta onde o pérfido e o destruidor continuariam a agir
perfidamente e destruindo aumentando destarte a medida da taça da ira de Deus sobre
eles.
Veja como também
é falado em Apocalipse quando, no último capítulo, é dito que não se selasse as
palavras da profecia do apocalipse; porque próximo estaria o tempo. E, em consequência,
um anúncio para o profeta João onde quem é
injusto, que faça injustiça ainda; e quem está sujo, que se suje ainda; e quem
é justo, que faça justiça ainda; e quem é santo, que seja santificado ainda.
(Ap 22:10,11).
Elão era uma
região importante da Pérsia que aliou-se à Média – vs 2 - em 700 a.C. Talvez
como uma parte do exército imperial assírio, essa aliança ajudou a derrotar a
Babilônia em 689 a.C.
A ordem – vs 2 -
era para que subisse Elão e que a Média sitiasse a cidade. Era uma ordem às
nações para que atacassem a Babilônia, uma vez que já fizera Deus cessar todo
gemido da Babilônia sob a Assíria.
Nos versos 3 e 4,
a angústia e sofrimento do profeta (16:8-11; 22:4; cf. Dn 8:27; 10:16-17), pois.
o relato da queda da Babilônia o perturbou e agora ninguém poderia livrar Judá
da Assíria (Dn 8.27). Foi desse modo que Isaías contorceu-se e mesmo desfaleceu
diante do que viu e ouviu a noite. O seu coração estava agitado, angustiado, em
pavor pelo que aconteceria de noite e pelo que reservaria a luz da manhã. O
profeta não sabia o que o novo dia poderia trazer.
No verso 5 uma
palavra que poderia apontar para uma preparação para a batalha. O dia amanheceu e a mesa está posta para o
café da manhã, mas todos estão apostos e há sentinelas prontos para soarem o
alarme. Eles comem e bebem, mas untam os seus escudos – vs 5 – para se
prepararem para a guerra.
Não há paz ali, mas
inquietação pelas coisas que em breve estariam acontecendo. Quando vissem um
carro com um par de cavaleiros, um carro com jumentos e com camelos que os
cuidados fosse redobrados, principalmente pelos sentinelas.
E soou o primeiro
brado: um leão, meu Senhor! – vs 8.
Continuam a
vigiar agora de dia e de noite todos apostos esperando os acontecimentos e foi
visto então um carro com homens e um par de cavaleiros.
A resposta do que
clamou “um leão, meu Senhor!” foi depois do que foi visto, em suas palavras: “Caída
é Babilônia, caída é!” e assim todas as imagens de escultura se quebraram no
chão. Era o fim de seu reinado.
Vejamos como João
narra a queda da grande Babilônia que engana as nações com suas feitiçarias.
Apocalipse
14:8Seguiu-se outro anjo,
o segundo, dizendo:Caiu,caiua
grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da
sua prostituição.
Apocalipse
18:2Então, exclamou com
potente voz, dizendo:Caiu!Caiua
grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de
espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
Caiu a Babilônia!
A Babilônia
sofreu derrota nas mãos dos assírios em 689 a.C. Mais tarde, João empregou essa
linguagem como uma descrição da queda dos reinos malignos do mundo que se opõem
a Deus e ao seu povo (Ap 14:8; 18:2), como citados acima.
O povo de Deus
seria esmagado pelos assírios como um grão por um moedor (28:27-28; 41:15-16;
Am 1:3). A Babilônia não poderia ajudar.
Isaías (veja com
mais detalhes a BEG) não inventou essa predição do destino da Babilônia para
apoiar a sua opinião sobre aqueles em Judá que poderiam buscar ajuda da
Babilônia durante o julgamento assírio (39:1-8).
Ele, como profeta
de Deus, simplesmente relatou o que ouvira de Deus – vs 10. É interessante a
sua forma de se dirigir ao povo de Deus o chamando de sua malhada e trigo da sua
eira! Ele, finalmente se justifica: O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de
Israel, isso vos anunciei. E nós pregadores, poderíamos dizer igualmente
àqueles que somos enviados a pregar: - O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus
de Israel, isso vos preguei.
g. Edom – 21:11-12.
Isaías anuncia
alívio e problemas para Edom.
Dumá – vs 11 – é um
oásis na interseção de duas estradas: uma levava do mar Vermelho a Palmira e
outra ia do golfo Pérsico a Petra, em Seir ou Edom (34:5-17).
Os edomitas perguntaram
ao profeta de maneira retórica o que o futuro lhes reservaria.
O fato é que os
assírios haviam perturbado os edomitas e o futuro lhes reservava tanto
esperança quanto julgamento. De certa forma, eles experimentariam algum alívio
da Assíria, mas isso seria seguido por opressão da Babilônia.
h. Arábia – 21:13-17.
Com relação a
Arábia, o profeta anunciava que a mesma sofreria nas mãos dos assírios.
Os assírios deram
início a repetidos ataques contra os árabes em 732 a.C. onde eles levavam os
bens do leste para o oeste e do norte para o sul.
Apesar de tudo, os
árabes ajudavam aqueles que eram oprimidos pelos assírios que fugiam de diante
das espadas, de diante do arco armado e do peso da guerra- vs 15.
A Arábia também
sofreria a agressão assíria, juntamente com os muitos fugitivos que acorreriam
àquela região.
Toda a glória de Quedar
seria destruída em um ano de jornaleiro. Quedar era o oásis dos beduínos na Arábia (Jr
49:28-29). No entanto, ainda assim não seriam de todo destruídos, mas haveria
um restante, bem diminuto – vs 17. Essa desolação
da guerra afetaria toda a área central do deserto.
Is 21:1 Peso do deserto do mar.
Como
os tufões de vento do sul, que tudo assolam,
ele
virá do deserto, de uma terra horrível.
Is
21:2 Dura visão me foi anunciada:
o
pérfido trata perfidamente, e o destruidor anda destruindo.
Sobe,
ó Elão, sitia, ó Média, que já fiz cessar todo
o
seu gemido.
Is
21:3 Por isso os meus lombos estão cheios de angústia;
dores
se apoderam de mim como as dores daquela
que
dá à luz; fiquei abatido quando ouvi,
e
desanimado vendo isso.
Is
21:4 O meu coração se agita, o horror apavora-me;
a
noite que desejava, se me tornou em temor.
Is
21:5 Põem-se a mesa, estão de atalaia, comem, bebem;
levantai-vos,
príncipes, e untai o escudo.
Is
21:6 Porque assim me disse o Senhor:
Vai,
põe uma sentinela, e ela que diga o que vir.
Is
21:7 E quando vir um carro com um par de cavaleiros,
um
carro com jumentos, e um carro com camelos,
ela
que observe atentamente com grande cuidado.
Is
21:8 E clamou:
Um
leão, meu Senhor!
Sobre
a torre de vigia estou em pé continuamente de dia,
e
de guarda me ponho noites inteiras.
Is
21:9 E eis agora vem um carro com homens,
e
um par de cavaleiros.
Então
respondeu e disse:
Caída
é Babilônia, caída é!
E
todas as imagens de escultura dos seus
deuses
quebraram-se no chão.
Is
21:10 Ah, malhada minha, e trigo da minha eira!
O
que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel,
isso
vos anunciei.
Is 21:11 Peso de Dumá.
Gritam-me
de Seir:
Guarda,
que houve de noite? Guarda, que houve de noite?
Is
21:12 E disse o guarda:
Vem
a manhã, e também a noite; se quereis perguntar,
perguntai;
voltai, vinde.
Is 21:13 Peso contra Arábia.
Nos
bosques da Arábia passareis a noite, ó viandantes de Dedanim.
Is
21:14 Saí com água ao encontro dos sedentos;
moradores
da terra de Tema, saí com pão ao encontro
dos
fugitivos.
Is
21:15 Porque fogem de diante das espadas,
de
diante da espada desembainhada,
e
de diante do arco armado,
e
de diante do peso da guerra.
Is
21:16 Porque assim me disse o Senhor:
Dentro
de um ano, como os anos de jornaleiro,
desaparecerá
toda a glória de Quedar.
Is
21:17 E os restantes do número dos flecheiros,
os
poderosos dos filhos de Quedar, serão diminuídos,
porque
assim disse o SENHOR Deus de Israel.
Isso nos faz refletir nos juízos de Deus.
Primeiro, ele nos adverte e envia os seus profetas e pede arrependimento e
mudança de vida, mas ao invés, muitas vezes, de nos remendarmos, endurecemos os
nossos corações e aí ficamos sem volta, pois assim como a misericórdia é certa,
o juízo igualmente verdadeiro e justo.
Estamos no capítulo 20/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A
Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – concluiremos
agora. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i.
Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo o quarto
oráculo de Isaías, contra a quarta nação das dez mencionadas, neste caso contra
a Etiópia/Egito, para mostrar as aflições que cairiam sobre elas.
Isaías descreve a destruição de Asdode pelos
assírios (713 a.C.), que os núbios (a Etiópia e o Egito) haviam incentivado a
se rebelar contra a Assíria.
Cientes de que o apoio do Egito não ajudara
em nada a Asdode, Judá estaria sendo ingênua em também confiar no Egito em sua
luta contra os assírios.
Tartã, citado no verso 1, era um dos três
mais graduados oficiais assírios. Foi ele que foi enviado por Sargão,
provavelmente Sargão 11, rei da Assíria (721-705 a.C.), para Asdode, a fim de
guerrear contra ela e prevalecer – vs 1.
Asdode era uma cidade filisteia que se
rebelara contra a Assíria com o incentivo de Shabaka, o rei núbio da 25ª dinastia
do Egito em 713 a.C. e que caiu era 711.
Foram nessas ruínas, dessa cidade, que foram
feitas descobertas arqueológicas onde encontraram uma inscrição citando Sargão
nominalmente.
Nessa época, no ano em que Tartã subjugou
Asdode, nesse mesmo tempo, falou o Senhor a Isaías, filho de Amoz contra o
Egito e a Etiópia e também para Judá.
O Senhor ordenou a Isaías que ficasse parcialmente
vestido, como um cativo indo para o exílio, em sinal do que aconteceria ao
Egito e a Etiópia. Isaías então soltou de seus lombos o pano grosseiro e tirou dos
seus pés os seus calçados. O pano grosseiro, nos ensina a BEG, era uma
vestimenta de luto e jejum (15:3; 22:12; 32:11; 37:1-2; 58:5; Gn 37:24) ou a roupa característica de um
profeta (II Re 1:8; Zc 13:4).
Esse sinal demonstrou que a vitória assíria
sobre o Egito e a Etiópia em 610 a.C, fora um resultado direto do julgamento de
Deus.
Deus chama Isaías de seu servo – vs 3 - querendo
dizer e referenciar a um homem de confiança que fora colocado numa posição elevada
da administração divina.
Outros exemplos interessantes citados pela
BEG:
·Moisés
foi servo e amigo de Deus – Ex 14:31; Nm 12:7-8; Dt 34:5).
Servir a Deus ou ser chamado e reconhecido
por seu servo é um grande privilégio. Os servos de Deus podem até sofrer nesse
mundo contrário a Deus e aos seus mandamentos e alianças, mas, ao final, lhes
és prometida uma grande herança como servos do Senhor (54:17; 63:17; 65:
8-9,13-15; 66:14).
Isaías, o servo do Senhor, deveria caminhar,
por sinal e prodígio contra o Egito e a Etiópia, desse jeito – parcialmente vestido
ou despido e descalço - por 3 anos – vs 3 - ou, conforme os cálculos hebraicos, por um período
de, pelo menos, uns quatorze meses.
Esse período tanto poderia se referir ao
período da duração do tempo da caminhada dele, como também da duração do tempo
antes que o sinal fosse cumprido.
O sinal profético (8:18; Dt 13:1-2; 28:46;
Jr 32:20) destacava a estupidez de se confiar no Egito e na Etiópia porque
eles, como muitas outras nações, cairiam diante dos assírios.
O rei da Assíria citado no verso 4, foi Esar-Hadorn
que cumpriu essa profecia em 670 a.C. Foi ele quem destruiu a esperança dos
israelitas na Assíria e a glória deles no Egito – vs 5. Se aqueles dois caíram,
o que seria deles diante da Assíria?
Assim, muitas vezes são os nossos olhos
postos na força terrena e no poder das armas ou das obras, mas nem sempre nosso
socorro vem disso, mas do Senhor.
Ezequias começou a confiar na ajuda do
Egito contra os assírios, mas Isaías, por pura graça divina, o persuadiu a
confiar, em vez disso, em Deus (30:1-2; 31:2).
O sinal demonstrado pelo servo do Senhor tinha
o objetivo de levar o povo de Judá a perceber que a coalizão Etiópia/Egito, por
mais que parecesse invencível ou competitiva, era frágil e que seria tolice
confiar no seu poder político ou militar como ajuda contra a Assíria.
Quando será que iremos aprender que a
batalha e a vitória pertencem ao Senhor e não aos mais preparados e fortes? Foi
Davi que reconheceu isso diante do maior desafio de todos os tempos contra
Israel – Golias, o gigante - e encontrou forças para não somente enfrentá-lo,
mas para derrotá-lo em nome do Senhor.
Uma vez que o Egito não fora capaz de
resgatar Asdode da Assíria, como alguém poderia esperar escapar do julgamento
de Deus levado a cabo por meio da Assíria?
Is 20:1 No ano em que Tartã, enviado por
Sargom, rei da Assíria,
veio
a Asdode, e guerreou contra ela, e a tomou,
Is
20:2 Nesse mesmo tempo falou o SENHOR
por
intermédio de Isaías, filho de Amós, dizendo:
Vai,
solta o cilício de teus lombos,
e
descalça os sapatos dos teus pés.
E
ele assim o fez, indo nu e descalço.
Is
20:3 Então disse o SENHOR:
Assim
como o meu servo Isaías andou três anos nu
e
descalço, por sinal e prodígio sobre o Egito
e
sobre a Etiópia,
Is
20:4 Assim o rei da Assíria levará em cativeiro os presos do Egito,
e
os exilados da Etiópia, tanto moços como velhos,
nus
e descalços, e com as nádegas descobertas,
para
vergonha do Egito.
Is
20:5 E assombrar-se-ão, e envergonhar-se-ão,
por
causa dos etíopes, sua esperança,
como
também dos egípcios, sua glória.
Is
20:6 Então os moradores desta ilha dirão naquele dia:
Vede
que tal é a nossa esperança,
à
qual fugimos por socorro,
para
nos livrarmos
da
face do rei da Assíria!
Como
pois escaparemos nós?
Como podemos pensar também nós em
escaparmos do juízo de Deus que virá sobre todos os que o rejeitam para sempre?
Estamos no capítulo 19/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A
Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – estamos
vendo agora. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia –
21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo o quarto
oráculo de Isaías, contra a quarta nação das dez mencionadas, neste caso contra
a Etiópia/Egito, para mostrar as aflições que cairiam sobre elas.
Até o final do próximo capítulo, o profeta
voltar-se-á para o Egito (18.1-20.6), declarando:
·A
vitória futura do rei assírio Esar-Hadom sobre o Egito em 670 a.C.
·Os
efeitos que a sua vitória teria sobre o Egito.
·A
lição a ser aprendida com essa derrota.
No verso primeiro, a sentença é contra o
Egito onde o Senhor estaria cavalgando uma nuvem ligeira, isto é, o Senhor
seria exaltado sobre todos os outros deuses ao envolver os egípcios em batalha
mediante o ataque assírio de 670 a.C. (SI 18:10; 68:33; 104:3).
Até ao verso 15, veremos que Isaías, o
profeta, revelará a fragilidade do Egito diante do julgamento assírio.
No verso 2, Deus diz que levantaria dentro
da própria nação uma divisão entre eles de forma que se enfrentassem
terrivelmente. A violência e a agitação desse período seriam extensivas, uma
vez que o julgamento de Deus viria não apenas de fora do Egito, mas também de
dentro (veja Jz 7:22; II Cr 20:22).
O desespero deles seria tão terrível que
passariam a consultarem os seus ídolos, e encantadores, e necromantes, e feiticeiros.
Assim vemos que o poder de Deus mostrado no sucesso da campanha de Esar- Hadom
seria uma demonstração do poder de Deus sobre os impotentes deuses egípcios e
suas práticas mágicas e de feitiçarias.
Eis aqui uma tremenda batalha espiritual e
o que vemos? Aprendizagem de teorias demoníacas para sabermos lidar e exorcizar
os demônios? Conhecimento do inimigo para sabermos montar nossas estratégias? Aprendizagens
ocultas e secretas para pronunciarmos mantras, decretos, palavras de poder?
Eu não vejo nada disso! Eu continuo a ver
um Deus soberano a quem devo temer e respeitar. Se por um acaso eu estiver ali
naquele meio demoníaco, no cerne dessa batalha espiritual, a serviço de meu
Senhor, o que me poderão fazer os demônios sem que antes tenham obtido
autorização de meu Pai que está nos céus?
Eu sei que nossa luta não é contra a carne
e o sangue, mas justamente como está escrito em Efésios 6:10-18:
Efésios 6:10 No demais, irmãos meus,
fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Efésios 6:11 Revesti-vos de toda a armadura
de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Efésios 6:12 Porque não temos que lutar
contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Efésios 6:13 Portanto, tomai toda a armadura
de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar
firmes.
Efésios 6:14 Estai, pois, firmes, tendo
cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
Efésios 6:15 E calçados os pés na preparação
do evangelho da paz;
Efésios 6:16 Tomando sobretudo o escudo da
fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Efésios 6:17 Tomai também o capacete da
salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
Efésios 6:18 Orando em todo o tempo com toda
a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica
por todos os santos,
Em momento algum, Paulo nos ensina lições
do diabo, antes nos aponta os caminhos excelentes de Deus que serão nossas
armas eficazes contra todo o poder do inimigo.
A grande batalha espiritual já foi vencida
por Deus e por Cristo na cruz do calvário. De nada adianta eu ficar aqui
tentando me especializar em potestades e conhecimentos do inferno, antes devo
temer a Deus e andar nos seus caminhos buscando a sua face e orando em todo
tempo, sabendo que ele Deus é poderoso para fazer sua vontade prevalecer, mesmo
no meio do inferno.
A fase atual de nossa existência é a do “TODO
O PODER ME FOI DADO” – Mt 28:18 - e precisamos aproveitar isso para
evangelizar, sabendo que ele estará conosco todos os dias, até a consumação dos
séculos para:
·Irmos.
·Fazermos
discípulos de todas as nações.
·Batizarmos
as que creem em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
·Ensinarmos
todas elas a guardar todas as coisas que ele nos tem ordenado.
Satanás e todas as forças do inferno juntas
não podem impedir a mensagem do evangelho, embora possam causar aflições ao
pregador. Paulo foi preso e açoitado e mal tratado diversas vezes, mas a
palavra de Deus jamais esteve presa.
Os demônios não estão nos céus, perderam o
seu lugar; não estão no inferno, não é para lá que eles irão; não foram ainda
para o lago de fogo e enxofre, pois não chegou ainda a sua hora; eles estão na
terra, presos, limitados e não podem impedir o evangelho, embora possam
atrapalhar.
Em suma, quem manda nessa terra é o Senhor soberano
sobre todas as coisas! É a ele a quem devemos temer e tremer diante dele. É a
ele a quem devemos buscá-lo em oração sabendo que dele virá nossa salvação. Não
perca seu tempo tentando aprender coisas que a Bíblia se limitou a ensinar. Não
se envolva com os demônios, mas com o Senhor deles e nosso. No final das contas
será assim, Satanás e todas as suas hostes nada mais são do que servos do Senhor
para cumprimento de seus propósitos santos, justos e bons.
Por isso que no verso 4 o Senhor os estaria
entregando nas mãos de um senhor duro, um rei feroz que são expressões da
tirania da dominação assíria sobre o Egito.
O julgamento de Deus contra o Egito
resultaria não apenas em derrota militar, mas em maldições que envolveriam
também a natureza.
O julgamento de Deus contra o Egito por
meio dos assírios também arruinaria o comércio do Egito: em particular a pesca
(cf. Nm 11:5; Ez 29:4) e as indústrias de linho.
Deus haveria de transformar em loucura a
sabedoria do Egito, por isso que chama de loucos os príncipes de Zoã ou Tânis,
uma cidade no delta do Nilo (vs. 13; Nm 13:22; Sl 78:12,43) e capital do Egito
naquela época.
O profeta zomba com um comentário
sarcástico sobre a alegação de sabedoria do Egito (cf. I Re 4:30) quando dizem
ser filho de sábios, filho de antigos reis. Deus também zomba da sabedoria decadente
do Egito, pois – vs 12 - onde estariam agora os seus sábios?
Mênfis ou Nofe – vs 13 - era uma cidade no
Baixo Egito e antiga capital do país. Nela havia confusão, em contraste com
sabedoria.
Foi do Senhor que veio um perverso espírito
que fez errar o Egito em todas as suas obras como o bêbado quando se revolve em
seu próprio vômito – vs 14.
A liderança — "pela cabeça ou cauda,
pela palma ou junco" (vs. 15) — levariam o povo a "errar" (vs.
13). Somente o Senhor poderia salvar o Egito (vs. 16-25).
Dos versos 16 ao 25, vemos a dificuldade
que se abatera sobre o Egito por meio do ataque assírio. E se não houvesse esse
ataque e perseguição, o que seria deles? Isso teve um grande efeito positivo ao
terminar levando os egípcios à disseminação do temor e da adoração ao Senhor no
Egito.
Essa profecia encontrou o seu primeiro
cumprimento durante a época em que os israelitas estavam exilados no Egito e alguns
habitantes aprenderam sobre Deus com os judeus que viviam em suas terras.
O ministério da igreja na pregação do
evangelho, desde o dia de Pentecostes (At 2) até hoje, tem fomentado esse
processo. Muitos egípcios estarão entre os redimidos quando Cristo voltar.
Alguns habitantes do Egito perceberiam que
o Senhor, que usou a Assíria como seu instrumento de ira, era maior que seus
próprios deuses (Js 2:9,11). As consequências disso seriam o abandono desse
caminho e a busca do Senhor.
Os egípcios jamais temeriam Judá, no
entanto temeriam o Deus deles que por meio dos assírios os corrigia. Essa
promessa de que Deus por fim concederia vitória ao seu povo contra todos os que
o haviam oprimido no passado, provocaria pavor e impeliria alguns egípcios a também
adorarem o Deus de Israel.
O Novo Testamento explica que essa predição
é cumprida na medida em que as nações vão aceitando Cristo, porque eles entendem
que os judeus que seguem a Cristo e os gentios que se uniram a ele na igreja,
recebem vitória em Cristo tanto agora como quando ele voltar.
Muitas cidades no Egito falariam a língua
de Canaã que antes era considerada uma abominação para os egípcios – Gn 43:32;
46:34. Isso revela uma grande transformação naquele povo.
A predição da construção de um altar a Deus
no Egito foi cumprida pela presença da igreja, o templo de Deus, nesse país.
Deus libertará os crentes egípcios de toda opressão por meio da salvação em
Cristo.
O Senhor se revelaria aos egípcios para que
eles também pudessem fazer o parte da aliança (Sl 87:4). A punição divina na
forma da opressão assíria e o sou prolongamento na repressão, produzido pelo
mal durante séculos, tinha o objetivo de atrair os egípcios para o Senhor (30:26;
Os 6:1; 14:1-2,4). Se não fosse assim, como haveriam de serem salvos os
egípcios?
As estradas do verso 23 simbolizam a eliminação
das barreiras entre os redimidos de Israel e aquelas nações gentias (11:16). Os
redimidos dentro das fronteiras das duas grandes nações inimigas da época de Isaías
encontrariam a sua identidade e unidade com o povo de Deus num compromisso
comum com o Senhor. Cristo cumpre essa predição ao levar as pessoas dessas
nações para a sua igreja.
Is 19:1 Peso do Egito.
Eis
que o SENHOR vem cavalgando numa nuvem ligeira,
e
entrará no Egito; e os ídolos do Egito estremecerão
diante
dele, e o coração dos egípcios se derreterá
no
meio deles.
Is
19:2 Porque farei com que os egípcios,
se
levantem contra os egípcios, e cada um pelejará
contra
o seu irmão, e cada um contra o seu próximo,
cidade
contra cidade, reino contra reino.
Is
19:3 E o espírito do Egito se esvaecerá no seu interior,
e
destruirei o seu conselho; e eles consultarão
aos
seus ídolos, e encantadores, e aqueles que têm
espíritos
familiares e feiticeiros.
Is
19:4 E entregarei os egípcios nas mãos de um senhor cruel,
e
um rei rigoroso os dominará, diz o Senhor,
o
SENHOR dos Exércitos.
Is
19:5 E secarão as águas do mar, e o rio se esgotará e ressequirá.
Is
19:6 Também os rios exalarão mau cheiro e se esgotarão
e
secarão os canais do Egito; as canas
e
os juncos murcharão.
Is
19:7 A relva junto ao rio, junto às ribanceiras dos rios,
e
tudo o que foi semeado junto ao rio, secará,
será
arrancado e não subsistirá.
Is
19:8 E os pescadores gemerão, e suspirarão todos os que lançam
anzol
ao rio, e os que estendem rede
sobre
as águas desfalecerão.
Is
19:9 E envergonhar-se-ão os que trabalham em linho fino,
e
os que tecem pano branco.
Is
19:10 E os seus fundamentos serão despedaçados,
e
todos os que trabalham por salário ficarão
com
tristeza de alma.
Is
19:11 Na verdade são loucos os príncipes de Zoã;
o
conselho dos sábios conselheiros de Faraó se embruteceu;
como,
pois, a Faraó direis:
Sou
filho de sábios, filho de antigos reis?
Is
19:12 Onde estão agora os teus sábios? Notifiquem-te agora,
ou
informem-te sobre o que o SENHOR dos Exércitos
determinou
contra o Egito.
Is
19:13 Loucos tornaram-se os príncipes de Zoã, enganados estão
os
príncipes de Nofe; eles fizeram errar o Egito,
aqueles
que são a pedra de esquina das suas tribos.
Is
19:14 O SENHOR derramou no meio dele um perverso espírito;
e
eles fizeram errar o Egito em toda a sua obra,
como
o bêbado quando se revolve no seu vômito.
Is
19:15 E não aproveitará ao Egito obra alguma que possa fazer
a
cabeça, a cauda, o ramo, ou o junco.
Is
19:16 Naquele tempo os egípcios serão como mulheres,
e
tremerão e temerão por causa do movimento da mão
do
SENHOR dos Exércitos, que há de levantar-se
contra
eles.
Is
19:17 E a terra de Judá será um espanto para o Egito;
todo
aquele a quem isso se anunciar se assombrará,
por
causa do propósito do SENHOR dos Exércitos,
que
determinou contra eles.
Is
19:18 Naquele tempo haverá cinco cidades na terra do Egito
que
falarão a língua de Canaã e farão juramento
ao
SENHOR dos Exércitos; e uma se chamará:
Cidade
de destruição.
Is
19:19 Naquele tempo o SENHOR terá um altar no meio da terra
do
Egito, e uma coluna se erigirá ao SENHOR,
junto
da sua fronteira.
Is
19:20 E servirá de sinal e de testemunho ao SENHOR dos Exércitos
na
terra do Egito, porque ao SENHOR clamarão por causa
dos
opressores, e ele lhes enviará um salvador
e
um protetor, que os livrará.
Is
19:21 E o SENHOR se dará a conhecer ao Egito,
e
os egípcios conhecerão ao SENHOR naquele dia,
e
o adorarão com sacrifícios e ofertas,
e
farão votos ao SENHOR, e os cumprirão.
Is
19:22 E ferirá o SENHOR ao Egito, ferirá e o curará;
e
converter-se-ão ao SENHOR, e mover-se-á às suas orações,
e os curará;
Is
19:23 Naquele dia haverá estrada do Egito até à Assíria,
e
os assírios virão ao Egito, e os egípcios irão à Assíria;
e
os egípcios servirão com os assírios.
Is
19:24 Naquele dia Israel será o terceiro com os egípcios
e
os assírios, uma bênção no meio da terra.
Is
19:25 Porque o SENHOR dos Exércitos os abençoará, dizendo:
Bendito
seja o Egito, meu povo, e a Assíria,
obra
de minhas mãos, e Israel, minha herança.
No futuro, Israel, o Egito e a Assíria
compartilhariam das promessas patriarcais (Gn 12:2-3).
Três expressões, conforme a BEG, dão a
entender que todos participarão em plena comunhão pactual:
1.“povo"
(10:24; 43:6-7; Sl 10:3; Jr 11:4; Os 1:10; 2:23; 40:1).
2."obra
de minhas mãos" (60:21; 64:8; Sl 119:73; 138:8).
3."herança"
(Dt 32:9).
O cumprimento dessa esperança é evidenciado
pelo caráter internacional da igreja hoje e será finalmente revelado nos novos
céus e na nova terra.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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