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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Isaías 18:1-7 - ISAÍAS E O SEU QUINTO ORÁCULO CONTRA A ETIÓPIA/EGITO

Estamos no capítulo 18/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista. b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista. c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista. d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – iniciaremos agora. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6.
Estamos vendo o quinto oráculo de Isaías, agora contra a quinta nação das dez mencionadas, neste caso contra a Etiópia e o Egito, para mostrar as aflições que cairiam sobre elas.
Por causa de um etíope chamado Chabako que assumiu o poder no Egito em 715 a.C., que a Etiópia e o Egito estão sendo contadas como uma nação.
As profecias previam acontecimentos que tomariam lugar à medida que a Etiópia/Egito se envolvessem com os levantes internacionais provocados pelo ataque assírio, incluindo a derrota do Egito pelo rei assírio Esar-Hadom em 670 a.C.
Nos seis primeiros versos encontraremos o profeta declarando primeiramente um oráculo contra a Etiópia.
Ai da terra onde há o roçar de muitas asas de insetos – vs 1. Pode ser "terra de muitos insetos" ou "terra de muitos navios" (como em algumas traduções antigas de  Isaías).
A Etiópia é uma região da Núbia, sul do Egito moderno que envia os seus mensageiros por mar em navios de papiro ou junco. O uso eficaz de navios leves e rápidos por parte dos núbios incitaria as nações a se rebelarem contra os assírios.
Ironicamente, o profeta pediu aos mensageiros velozes que fossem correndo entregar a mensagem dos vs. 3-6 aos etíopes, ou seja, ao povo de elevada estatura e de pele lisa (não tinham o costume de usar barba), terrível desde o seu princípio e cuja nação, cuja terra os rios dividem, era forte e esmagadora – vs 2.
Os habitantes do mundo do vs 3 eram os destinatários do oráculo (18.1-7), ou sejam, eram todas as nações que estavam destinadas a sentir a ira de Deus por meio do ataque assírio. Elas observariam o que o Senhor faria à Etiópia (e ao Egito).
No verso 4, o Senhor estaria ali olhando da sua morada, estaria ali calmo, observando pacientemente as atividades da Etiópia e do Egito por um momento antes de reagir (Sl 2:1-4; 33:13-17; 80:14).
Nos versos 5 e 6, vemos que há duas imagens do julgamento de Deus por meio dos ataques assírios à Etiópia e ao Egito:
·         A poda das vinhas antes da colheita – vs 5.
·         Uma carcaça da qual os animais se alimentariam – vs 6.
Como indicam outras profecias nesse contexto, o julgamento de Deus por meio dos assírios contra os etíopes (e os egípcios) terminaria levando a uma época durante a qual alguns deles se submeteriam ao Deus de Israel (13:4; 16:1).
Por conta dessa submissão, é que seria levado, “naquele tempo”,  um presente ao Senhor dos Exércitos  - Mt 2:1-12? - por esse povo de elevada estatura e de pele lisa (não tinham o costume de usar barba), terrível desde o seu princípio e cuja nação, cuja terra os rios dividem, era forte e esmagadora – vs 2.
Estar na presença de Deus de forma acessível, sem rituais ou burocracias, ou mesmo intermediários, era algo impensável e impraticável até que Cristo veio e rasgou o véu da separação entre o homem e Deus.
A acessível presença especial estava no templo de Jerusalém. Essa predição foi cumprida em parte quando os gentios foram incluídos entre os que retornaram em 539-538 a.C., mas encontraria a realização final em Cristo, que fez com que um grande número de gentios entrasse para o reino de Deus.  
Is 18:1 Ai da terra
                que ensombreia com as suas asas,
                que está além dos rios da Etiópia.
                Is 18:2 Que envia embaixadores por mar em navios de junco
                               sobre as águas, dizendo:
                Ide, mensageiros velozes,
                                a um povo de elevada estatura e de pele lisa;
                                a um povo terrível desde o seu princípio;
                                a uma nação forte e esmagadora,
                                                cuja terra os rios dividem.
                Is 18:3 Vós, todos os habitantes do mundo,
                               e vós os moradores da terra, quando se arvorar a bandeira
                                               nos montes, o vereis; e quando se tocar a trombeta,
                                                               o ouvireis.
                Is 18:4 Porque assim me disse o SENHOR:
                               Estarei quieto, olhando desde a minha morada, como o ardor
                                               do sol resplandecente depois da chuva, como a
                                                               nuvem do orvalho no calor da sega.
                Is 18:5 Porque antes da sega, quando já o fruto está perfeito e,
                               passada a flor, as uvas verdes amadurecerem,
                                               então, com foice podará os sarmentos
                                                               e tirará os ramos e os lançará fora.
                Is 18:6 Serão deixados juntos às aves dos montes
                               e aos animais da terra; e sobre eles veranearão
                                               as aves de rapina, e todos os animais da terra
                                                               invernarão sobre eles.
                Is 18:7 Naquele tempo trará um presente ao SENHOR dos Exércitos
                               um povo de elevada estatura e de pele lisa,
                                               e um povo terrível desde o seu princípio;
                               uma nação forte e esmagadora, cuja terra os rios dividem;
                                               ao lugar do nome do SENHOR dos Exércitos,
                                                               ao monte Sião.
Todos nós, hoje, independentemente de nossas crenças temos acesso ao Trono da Graça a fim de alcançarmos mais graça em tempo oportuno. Temos acesso livre a Deus Pai por meio de seu único Filho que nos amou e se nos deu por causa de nossos pecados. Todos agora temos acesso, no Tabernáculo, no Santo dos Santos e podemos fazer livremente as nossas orações – Hb 10:19.
Hebreus 10:19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
Hebreus 10:20 Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,
Hebreus 10:21 E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,
Hebreus 10:22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
Hebreus 10:23 Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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domingo, 14 de dezembro de 2014

Isaías 17:1-14 - ISAÍAS E O QUARTO ORÁCULO CONTRA DAMASCO


Estamos no capítulo 17/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista. b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista. c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista. d. Damasco – 17:1-14 – veremos agora. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
d. Damasco – 17:1-14.
Neste capítulo, veremos esse oráculo referente a Damasco - Capital da Síria e centro comercial das rotas de comércio da Mesopotâmia para o Egito e a Arábia - que faz alusão à resposta militar assíria à coalizão sírio-israelita em 734-732 a.C.
Foram nos dias de Peca que o rei da Assíria, Tiglate-Pileser III, tomou cativos a parte norte do reino de Israel: Ijom, a Abel-Bete-Maaca, a Janoa, e a Quedes, a Hazor, a Gileade, e a Galiléia, e a toda a terra de Naftali. Ele ainda saqueou a Síria e capturou a sua capital Damasco – 16:9. Damasco foi, portanto, tomada por Tiglate-Pileser III em 732 a.C.
As campanhas de Tiglate-Pileser III (738-732 a.C.)[1]
Em 745 a.C. Tiglate—Pileser III ascendeu ao trono da Assíria. Ele invadiu Israel e forçou o rei Menaém a renovar o pagamento do tributo (2Rs 15:17-23). Anos mais tarde, o rei assírio voltou a invadir Israel, tomou terras e cidades e exilou muitas pessoas.: (Para evitar problemas posteriores, os assírios tinham por hábito exilar os conquistados, estabelecendo-os em outro país).  
Era o começo do juízo de Deus em Israel que já estava diminuindo o seu território e população. - II Re 15 e também em Damasco, capital da Síria que se tornaria em um montão de ruínas com cidades abandonadas – vs 1 e 2.
A fortaleza de Efraim, do vs 3, as "cidades fortes" (vs. 9) de Israel foram severamente reduzidas em 732 a.C. e destruídas em 722 a.C. ( 9.1).
Os sobreviventes da Síria seriam extremamente raros, assim como minguaria a glória de Israel, ou seja, tudo o que tivesse restado seria mínimo em comparação com o antigo esplendor de Israel. (vs. 4).
O profeta move-se da Síria para o Reino do Norte de Israel, que havia se aliado fortemente com a Síria. As imagens são de um corpo subnutrido (vs. 4), ajuntamento de grãos (vs. 5) e as poucas azeitonas que restam depois que a oliveira foi sacudida (vs. 6). Ou seja, o vendaval passou e somente deixou para trás o resto que não foi totalmente destruído.
Ainda assim – vs 6 – ficarão nele alguns rabiscos, os remanescentes de Deus, a oliveira purificada e sacudida. A igreja provada e aprovada. O vale dos Refains do vs 5 é um vale viçoso a sudoeste de Jerusalém; é o portal para Sefelá, ou planícies ocidentais (Is 15:8; 18:16; II Sm 5:.18,22; I Cr 14:9).
Será nesse tempo, difícil para os que sobreviverem e que agora são o resto do que sobrou e foi um dia, que atentará o homem para o seu Criador! O hebraico faz contraste entre a obra de Deus ("Criador", vs. 7) e os feitos dos seres humanos "obras... o que fizeram"; vs. 8).
As obras de Deus x as obras dos homens. Claro estaria que o homem iria valorizar as obras de seu Criador depois de tudo isso. Quanto às obras de suas mãos, essas envolviam suas ações devotadas a deusa Aserá, consorte de El, a qual era uma deusa cananeia da fertilidade; a adoração a essa deusa envolvia símbolos de fertilidade de bosques sagrados e postes ídolos (27:9; Êx 34:13; Dt 16:21; Jz 2:13).
O profeta fala de que o homem atentará para as obras do Criador e não para as do homem – vs. 7.
Precisamos nos dias atuais também atentarmos para as obras do Criador! Se continuarmos em nossas rebeldias e buscando a glória dos homens e sendo rebeldes, teremos de ser igualmente sacudidos até somente sobrar corpo subnutrido (vs. 4), ajuntamento de grãos (vs. 5) e poucas azeitonas que restam depois que a oliveira é sacudida (vs. 6).
Israel havia se afastado de Deus (Dt 4:9,23,31; 8:11,14,18-19; 25:19; 32:18), do Deus da sua salvação, do único Redentor (43:3; 49:26; 62:11), rocha e fortaleza. Somente o Senhor é a força do seu povo (25:4; 27.5) que nem se compara com soluções militares, políticas e religiosas como aqui fazem referência aos rituais cananeus de fertilidade – vs 10.
No verso 11, vemos, talvez, uma alusão à prática pagã de forçar o florescimento de plantas em vasos como parte de rituais de fertilidade. Ainda que desse tudo certo, como esperado, a colheita voaria no dia da angústia e das dores insofríveis.
Hodiernamente, os homens buscam soluções científicas para os seus problemas, mas nem sabem que podem estar criando verdadeiros monstros indomáveis em consequência. Esquecer-se de Deus em prol do conhecimento achando que dominamos a natureza do Criador é muito temerário.
Eu acho a ciência um braço de Deus enquanto ela buscar a verdade dos fatos e a explicação dos fenômenos e mesmo o domínio da natureza naquilo que for possível, mas descartar Deus do processo dessa busca é dar um tiro nos dois pé precisando caminhar em seguida.
A sentença estava decretada e Deus castigaria o Reino do Norte por meio dos assírios.
O poder destrutivo das nações que se uniam aos assírios em sua campanha militar (13.5) é comparado a águas revoltas do verso 12 e 13. Como rugem as muitas águas, assim rugiriam as nações, no entanto, Deus interviria e as repreenderia obrigando-as a fugir para bem longe.
Deus é soberano sobre as nações por isso que reina o Senhor e tremam os povos! Não temos que temer os que matam o corpo e nada podem mais fazer, mas devemos temer aquele que além de matar pode lançar no inferno tanto o corpo quanto a alma.
Vejamos a seguinte advertência de Lucas em seu evangelho:
Lucas 12:4 E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer.
Lucas 12:5 Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Lucas 12:6 Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus.
Lucas 12:7 E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
Lucas 12:8 E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus.
Lucas 12:9 Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus.
Nos versos de Lucas acima, vemos que Deus é soberano! Que Deus tem controle sobre todas as coisas! Que é a ele a quem devemos temer e não as nações, o inimigo, o diabo, o ladrão, as forças espirituais. Por isso que devemos – ordem divina, mandamento – confessar Jesus Cristo diante dos homens!
Israel, Judá, Síria, Damasco estavam se esquecendo e rejeitando o conhecimento do Santo, por isso que o mal os afligia e eles seriam devorados inteiros até somente sobrar o resto do resto, por pura graça e misericórdia de Deus.
Is 17:1 Peso de Damasco.
                Eis que Damasco será tirada, e já não será cidade,
                               antes será um montão de ruínas.
                Is 17:2 As cidades de Aroer serão abandonadas;
                               hão de ser para os rebanhos que se deitarão
                                               sem que alguém os espante.
                Is 17:3 E a fortaleza de Efraim cessará, como também
                               o reino de Damasco e o restante da Síria;
                                               serão como a glória dos filhos de Israel,
                                                               diz o SENHOR dos Exércitos.
                Is 17:4 E naquele dia será diminuída a glória de Jacó,
                               e a gordura da sua carne ficará emagrecida.
                Is 17:5 Porque será como o segador que colhe a cana do trigo
                               e com o seu braço sega as espigas;
                               e será também como o que colhe espigas no vale de Refaim.
                Is 17:6 Porém ainda ficarão nele alguns rabiscos,
                               como no sacudir da oliveira:
                                               duas ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos,
                                               e quatro ou cinco nos seus ramos mais frutíferos,
                                                               diz o SENHOR Deus de Israel.
                Is 17:7 Naquele dia atentará o homem para o seu Criador,
                               e os seus olhos olharão para o Santo de Israel.
                Is 17:8 E não atentará para os altares, obra das suas mãos,
                               nem olhará para o que fizeram seus dedos,
                                               nem para os bosques, nem para as imagens.
                Is 17:9 Naquele dia as suas cidades fortificadas serão como
                               lugares abandonados, no bosque ou sobre o cume
                                               das montanhas, os quais foram abandonados
                                                               ante os filhos de Israel; e haverá assolação.
                Is 17:10 Porque te esqueceste do Deus da tua salvação,
                               e não te lembraste da rocha da tua fortaleza,
                                               portanto farás plantações formosas,
                                                               e assentarás nelas sarmentos estranhos.
                Is 17:11 E no dia em que as plantares as farás crescer,
                               e pela manhã farás que a tua semente brote;
                                               mas a colheita voará no dia da angústia
                                                               e das dores insofríveis.
                Is 17:12 Ai do bramido dos grandes povos que bramam
                               como bramam os mares, e do rugido das nações que rugem
                                               como rugem as impetuosas águas.
                Is 17:13 Rugirão as nações, como rugem as muitas águas,
                               mas Deus as repreenderá e elas fugirão para longe;
                                               e serão afugentadas como a pragana dos montes
                                               diante do vento, e como o que rola levado pelo tufão.
                Is 17:14 Ao anoitecer eis que há pavor,
                               mas antes que amanheça já não existe;
                                               esta é a parte daqueles que nos despojam,
                                                               e a sorte daqueles que nos saqueiam.
Se fossem inteligentes e prestassem bem atenção, eles não precisariam temer os assírios que era como um mar revolto ou como um moderno tsunami de grau bem elevado, mas a Deus que controla todas as coisas.
Isaías enxergava tudo isso e pregava a palavra de Deus ao povo de Judá e aos de Damasco. O Senhor protegeria Judá punindo tantos os sírios quanto o Reino do Norte.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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[1] Trecho do mapa das campanhas dos assírios contra Israel e Judá, referente ao texto bíblico de II Re 15 - p. 506, da BEG.
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sábado, 13 de dezembro de 2014

Isaías 16:1-14 - A RESPOSTA DE MOABE À AFLIÇÃO ASSÍRIA

Estamos no capítulo 16/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18 - continuação.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista. b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista. c. Moabe – 15:1 – 16:14 – concluiremos agora. d. Damasco – 17:1-14. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 - continuação.
Isaías está fazendo predições acerca de dez nações e continuamos ainda na terceira delas. Ele prediz que Moabe também sofreria nas mãos dos assírios.
Suas previsões proféticas foram divididas em duas partes: (1) A aflição de Moabe (15.1-9) – já vista. (2) A resposta a essa aflição (16.1-14) – veremos agora.
(2) A resposta a essa aflição (16.1-14).
Nós já vimos que essa profecia fala da derrota de Moabe em 715 a.C. pelo rei assírio Sargão II (veja também 11:14; 25:10; Jr 48; Ez 25:8-11; Am 2:1-3; Sf 2:8-11) onde várias localidades na terra de Moabe foram assoladas pelos assírios, o que levou o povo a prantear com seus rituais de luto – cabeças calvas e barbas raspadas - que foram realizados na ocasião de sua derrota – vs 15: 1 e 2.
Agora, passaremos a ver as respostas dos moabitas a essas aflições a eles impostas pela Assíria.
Os moabitas eram pastores (Nm 32:4) e enviaram cordeiros como símbolo de sua submissão (vs 1; cf. 2Rs 3:4) a Judá, desde Sela. Em Sela estavam os fugitivos de Moabe, num local naturalmente fortificado (em Edom, perto de Petra), ou numa fortaleza numa montanha (Sela significa 'rocha"). O tributo foi enviado de seu posto avançado para Judá na esperança de obterem proteção.
Moabe estaria pedindo abrigo em Judá contra o destruidor e opressor, ou seja, contra os assírios. Eles tomam conselho, executam juízo e agem de forma a protegerem os seus e encontrarem asilo em Judá.
A promessa de Deus era de que o homem violento teria fim, a destruição seria desfeita e os opressores seriam consumidos sobre a terra e ele explica isso falando que Deus havia estabelecido um elo amoroso de aliança com a casa de Davi (55:3; 2Sm 7; 22:51; 1Cr 17; SI 89:28; 132).
Em Jesus, o Filho de Davi, todas as nações finalmente encontrarão abrigo (At 15:16-17) e proteção. A esperança para os moabitas estava no Senhor e nas suas promessas a Davi (veja 9:2-7; 11:1-9). O reino de Davi seria restaurado um dia, e alguns dos moabitas sobreviventes fariam parte desse reino renovado (14:1), com um trono firmado – 9:1-7,11:1-5; Am 9:11-12; At 15:16-17.
No entanto Moabe era soberbíssimo, altivo, furioso, mentiroso e haveriam todos de clamar e gemer, mas seriam abatidos.
Isaías identificou-se com a desolação dos bons vinhedos de Moabe. Foram quebradas as suas melhores plantas e vagueavam no deserto onde os seus rebentos se estendiam e passavam além do mar.
Fugiu a sua alegria, o regozijo do campo fértil e não mais cantavam nem se alegravam e tinham cessado todo júbilo. Deus, diz pelo profeta, que ele mesmo tinha feito cessar todo júbilo.
Deus não é contra a alegria e bons momentos das nações e dos povos, mas é contra toda opressão e tirania e soberba que levam as nações a se esquecerem dele e, devido a isso, se aproveitarem dos pobres, das viúvas e dos órfãos. Não quer temer as consequências evite quebras as leis de Deus e ande em todos os seus caminhos e estatutos que tudo irá bem para você e a sua alma.
Por isso que o profeta diz que vibra como harpa o seu íntimo e o seu coração numa tristeza profunda (v. 9; 21:3-4; cf. Jr 48:36).
Nos versos de 13 e 14, vemos que esta era a palavra que o SENHOR há muito pronunciou. O profeta resumiu a aflição de Moabe em prosa referindo-se tanto a outras revelações do passado quanto a oráculos em 15:1-9 ou 15:1-16.12.
Is 16:1 Enviai o cordeiro ao governador da terra,
                desde Sela, no deserto, até ao monte da filha de Sião.
                Is 16:2 De outro modo sucederá que serão as filhas de Moabe
                               junto aos vaus de Arnom como o pássaro vagueante,
                                               lançado fora do ninho.
                Is 16:3 Toma conselho,
                executa juízo,
                põe a tua sombra no pino do meio-dia como a noite;
                esconde os desterrados, e não descubras os fugitivos.
                Is 16:4 Habitem contigo os meus desterrados, ó Moabe;
                               serve-lhes de refúgio perante a face do destruidor;
                                               porque o homem violento terá fim;
                                               a destruição é desfeita, e os opressores
                                                               são consumidos sobre a terra.
                Is 16:5 Porque o trono se firmará em benignidade,
                               e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará
                                               em verdade um que julgue, e busque o juízo,
                                                               e se apresse a fazer justiça.
                Is 16:6 Ouvimos da soberba de Moabe, que é soberbíssimo;
                da sua altivez, da sua soberba, e do seu furor; porém,
                               as suas mentiras não serão firmes.
                Is 16:7 Portanto Moabe clamará por Moabe;
                               todos clamarão; gemereis pelos fundamentos
                                               de Quir-Haresete, pois certamente já estão abatidos.
                Is 16:8 Porque os campos de Hesbom enfraqueceram,
                               e a vinha de Sibma; os senhores dos gentios quebraram
                                               as suas melhores plantas que haviam chegado
                                                               a Jazer e vagueiam no deserto;
                               os seus rebentos se estenderam e passaram além do mar.
                Is 16:9 Por isso prantearei, com o pranto de Jazer,
                               a vinha de Sibma; regar-te-ei com as minhas lágrimas,
                                               ó Hesbom e Eleale; porque o júbilo dos teus
                                                               frutos de verão e da tua sega desapareceu.
                Is 16:10 E fugiu a alegria e o regozijo do campo fértil,
                               e nas vinhas não se canta, nem há júbilo algum;
                                               já não se pisarão as uvas nos lagares.
                                                               Eu fiz cessar o júbilo.
                Is 16:11 Por isso o meu íntimo vibra por Moabe como harpa,
                               e o meu interior por Quir-Heres.
                Is 16:12 E será que, quando virem Moabe cansado nos altos,
                               então entrará no seu santuário a orar,
                                               porém não prevalecerá.
                Is 16:13 Esta é a palavra que o SENHOR falou contra Moabe
                               desde aquele tempo.
                Is 16:14 Porém agora falou o SENHOR,
                                dizendo:
                               Dentro de três anos (tais como os anos de jornaleiros),
                                               será envilecida a gloria de Moabe, com toda a sua
                                                               grande multidão;
                                               e o restante será pouco, pequeno e impotente.
Seria dentro de três anos que a glória de Moabe seria envilecida. A sua desolação era iminente, ou seja, logo, logo. Provavelmente isso seria uma referência ao fim da rebelião contra Sargão II, rei da Assíria, em 716/715 a.C.  
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Isaías 15:1-9 - O TERCEIRO ORÁCULO: CONTRA MOABE!

Estamos no capítulo 15/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18 - continuação.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista. b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista. c. Moabe – 15:1 – 16:14 – começaremos agora. d. Damasco – 17:1-14. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
c. Moabe – 15:1 – 16:14.
Isaías está fazendo predições acerca de dez nações e agora já chegou a terceira delas. Ele prediz que Moabe também sofreria nas mãos dos assírios.
Suas previsões proféticas foram divididas em duas partes: (1) A aflição de Moabe (15.1-9) e (2) A resposta a essa aflição (16.1-14).
(1) A aflição de Moabe (15.1-9).
Essa profecia fala da derrota de Moabe em 715 a.C. pelo rei assírio Sargão II (veja também 11:14; 25:10; Jr 48; Ez 25:8-11; Am 2:1-3; Sf 2:8-11) onde várias localidades na terra de Moabe foram assoladas pelos assírios, o que levou o povo a prantear com seus rituais de luto – cabeças calvas e barbas raspadas - que foram realizados na ocasião de sua derrota – vs 1 e 2.
Ainda no verso 3, ele continua a descrever aspectos dos rituais de luto (22:12; Jr 4:8; 41:5; 48:20,34; Lm 2:10) cujo lamento aconteceria tanto em particular quanto em público, não somente em um lugar, mas em vários como Eleale e Jaza – vs 4 -, as quais são outras localidades de Moabe que sofreriam o ataque assírio.
Em considerável contraste com a alegria de Isaías com a queda das outras nações, ele sentia simpatia por Moabe, talvez por causa do parentesco entre Israel e Moabe (veja 16:11). Moabe seria devastada e o seu povo fugiria para Zoar, no sul, como fizera o seu antepassado Ló (Gn 19:23-30).
O julgamento de Deus contra Moabe envolveria não apenas derrota militar, mas também a maldição da natureza, com as águas de Ninrim sendo pura assolação e tendo já secado o feno, acabada a erva, não deixando verdura alguma.
Pior que tudo o que recolheram e guardaram prudente e cautelosamente de provisão eles mesmos perderiam além das torrentes dos salgueiros.
Por isso que Moabe está rodeada em prantos e lamentos pelo sofrimento imposto a eles devido a ira santa de Deus que estava julgando Moabe – vs 8.
Não adiantava nada fugirem para qualquer outro lugar, assim os fugitivos dos ataques assírios iriam de mal a pior (Am 5:19) em sua fuga para o sul.
Melhor seria ficar onde estavam e sofrerem o que tivessem que sofrer aos pés do Senhor, buscando nele o consolo devido. Finalmente, eles se voltariam para Judá, a oeste, em busca de asilo (16:1-5) ou sofreriam com os ataques dos leões – vs 9.
 Is 15:1 Peso de Moabe.
                Certamente numa noite foi destruída Ar de Moabe, e foi desfeita;
                certamente numa noite foi destruída Quir de Moabe e foi desfeita.
                Is 15:2 Vai subindo a Bajite, e a Dibom, aos lugares altos,
                               para chorar; por Nebo e por Medeba clamará Moabe;
                                               todas as cabeças ficarão calvas,
                                               e toda a barba será rapada.
                                               Is 15:3 Cingiram-se de sacos nas suas ruas;
                                                               nos seus terraços
                                                                e nas suas praças todos andam gritando,
                                                                e choram abundantemente.
                Is 15:4 Assim Hesbom como Eleale, andam gritando;
                               até Jaaz se ouve a sua voz; por isso os armados de Moabe
                                               clamam; a sua alma lhes será penosa.
                Is 15:5 O meu coração clama por causa de Moabe;
                               os seus fugitivos foram até Zoar,
                                               como uma novilha de três anos;
                                                               porque vão chorando pela subida de Luíte,
                                                               porque no caminho de Horonaim levantam
                                                                              um lastimoso pranto.
                Is 15:6 Porque as águas de Ninrim serão pura assolação;
                               porque já secou o feno, acabou a erva,
                                               e não há verdura alguma.
                Is 15:7 Por isso a abundância que ajuntaram, e o que guardaram,
                               ao ribeiro dos salgueiros o levarão.
                Is 15:8 Porque o pranto rodeará aos limites de Moabe;
                               até Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim
                                               chegará o seu lamento.
                Is 15:9 Porquanto as águas de Dimom estão cheias de sangue,
                               porque ainda acrescentarei mais a Dimom;
                                               leões contra aqueles que escaparem de Moabe
                                                               e contra o restante da terra.
Como nos tornamos tardios em ouvir a Palavra de Deus! Não foi ele quem nos fez e nos criou e ainda nos sustenta e mais ainda nos dá a sua palavra para que tenhamos vida e vida em abundância?
Por que nos opomos a Deus e queremos fazer a nossa própria vontade contra a vontade de Deus? moabe estava sofrendo o juízo de Deus!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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