Estamos no capítulo 18/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A
Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – iniciaremos
agora. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i.
Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6.
Estamos vendo o quinto oráculo de Isaías,
agora contra a quinta nação das dez mencionadas, neste caso contra a Etiópia e
o Egito, para mostrar as aflições que cairiam sobre elas.
Por causa de um etíope chamado Chabako que assumiu
o poder no Egito em 715 a.C., que a Etiópia e o Egito estão sendo contadas como
uma nação.
As profecias previam acontecimentos que tomariam
lugar à medida que a Etiópia/Egito se envolvessem com os levantes
internacionais provocados pelo ataque assírio, incluindo a derrota do Egito
pelo rei assírio Esar-Hadom em 670 a.C.
Nos seis primeiros versos encontraremos o
profeta declarando primeiramente um oráculo contra a Etiópia.
Ai da terra onde há o roçar de muitas asas
de insetos – vs 1. Pode ser "terra de muitos insetos" ou "terra
de muitos navios" (como em algumas traduções antigas de Isaías).
A Etiópia é uma região da Núbia, sul do
Egito moderno que envia os seus mensageiros por mar em navios de papiro ou
junco. O uso eficaz de navios leves e rápidos por parte dos núbios incitaria as
nações a se rebelarem contra os assírios.
Ironicamente, o profeta pediu aos mensageiros
velozes que fossem correndo entregar a mensagem dos vs. 3-6 aos etíopes, ou
seja, ao povo de elevada estatura e de pele lisa (não tinham o costume de usar
barba), terrível desde o seu princípio e cuja nação, cuja terra os rios dividem,
era forte e esmagadora – vs 2.
Os habitantes do mundo do vs 3 eram os
destinatários do oráculo (18.1-7), ou sejam, eram todas as nações que estavam
destinadas a sentir a ira de Deus por meio do ataque assírio. Elas observariam
o que o Senhor faria à Etiópia (e ao Egito).
No verso 4, o Senhor estaria ali olhando da
sua morada, estaria ali calmo, observando pacientemente as atividades da
Etiópia e do Egito por um momento antes de reagir (Sl 2:1-4; 33:13-17; 80:14).
Nos versos 5 e 6, vemos que há duas imagens
do julgamento de Deus por meio dos ataques assírios à Etiópia e ao Egito:
·A
poda das vinhas antes da colheita – vs 5.
·Uma
carcaça da qual os animais se alimentariam – vs 6.
Como indicam outras profecias nesse
contexto, o julgamento de Deus por meio dos assírios contra os etíopes (e os
egípcios) terminaria levando a uma época durante a qual alguns deles se submeteriam
ao Deus de Israel (13:4; 16:1).
Por conta dessa submissão, é que seria
levado, “naquele tempo”, um presente ao Senhor
dos Exércitos - Mt 2:1-12? - por esse
povo de elevada estatura e de pele lisa (não tinham o costume de usar barba), terrível
desde o seu princípio e cuja nação, cuja terra os rios dividem, era forte e
esmagadora – vs 2.
Estar na presença de Deus de forma
acessível, sem rituais ou burocracias, ou mesmo intermediários, era algo
impensável e impraticável até que Cristo veio e rasgou o véu da separação entre
o homem e Deus.
A acessível presença especial estava no
templo de Jerusalém. Essa predição foi cumprida em parte quando os gentios
foram incluídos entre os que retornaram em 539-538 a.C., mas encontraria a
realização final em Cristo, que fez com que um grande número de gentios
entrasse para o reino de Deus.
Is 18:1 Ai da terra
que
ensombreia com as suas asas,
que
está além dos rios da Etiópia.
Is
18:2 Que envia embaixadores por mar em navios de junco
sobre
as águas, dizendo:
Ide,
mensageiros velozes,
a um povo de elevada estatura e
de pele lisa;
a um povo terrível desde o seu
princípio;
a uma nação forte e esmagadora,
cuja
terra os rios dividem.
Is
18:3 Vós, todos os habitantes do mundo,
e
vós os moradores da terra, quando se arvorar a bandeira
nos
montes, o vereis; e quando se tocar a trombeta,
o
ouvireis.
Is
18:4 Porque assim me disse o SENHOR:
Estarei
quieto, olhando desde a minha morada, como o ardor
do
sol resplandecente depois da chuva, como a
nuvem
do orvalho no calor da sega.
Is
18:5 Porque antes da sega, quando já o fruto está perfeito e,
passada
a flor, as uvas verdes amadurecerem,
então,
com foice podará os sarmentos
e
tirará os ramos e os lançará fora.
Is
18:6 Serão deixados juntos às aves dos montes
e
aos animais da terra; e sobre eles veranearão
as
aves de rapina, e todos os animais da terra
invernarão
sobre eles.
Is
18:7 Naquele tempo trará um presente ao SENHOR dos Exércitos
um
povo de elevada estatura e de pele lisa,
e
um povo terrível desde o seu princípio;
uma
nação forte e esmagadora, cuja terra os rios dividem;
ao
lugar do nome do SENHOR dos Exércitos,
ao
monte Sião.
Todos nós, hoje, independentemente de
nossas crenças temos acesso ao Trono da Graça a fim de alcançarmos mais graça
em tempo oportuno. Temos acesso livre a Deus Pai por meio de seu único Filho
que nos amou e se nos deu por causa de nossos pecados. Todos agora temos
acesso, no Tabernáculo, no Santo dos Santos e podemos fazer livremente as
nossas orações – Hb 10:19.
Hebreus 10:19 Tendo, pois, irmãos, ousadia
para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
Hebreus 10:20 Pelo novo e vivo caminho que ele
nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,
Hebreus 10:21 E tendo um grande sacerdote
sobre a casa de Deus,
Hebreus 10:22 Cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má
consciência, e o corpo lavado com água limpa,
Hebreus 10:23 Retenhamos firmes a confissão da
nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.
Estamos no capítulo 17/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – veremos agora.
e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom –
21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
d. Damasco – 17:1-14.
Neste capítulo, veremos esse oráculo
referente a Damasco - Capital da Síria e centro comercial das rotas de comércio
da Mesopotâmia para o Egito e a Arábia - que faz alusão à resposta militar
assíria à coalizão sírio-israelita em 734-732 a.C.
Foram nos dias de Peca que o rei da
Assíria, Tiglate-Pileser III, tomou cativos a parte norte do reino de Israel:
Ijom, a Abel-Bete-Maaca, a Janoa, e a Quedes, a Hazor, a Gileade, e a Galiléia,
e a toda a terra de Naftali. Ele ainda saqueou a Síria e capturou a sua capital
Damasco – 16:9. Damasco foi, portanto, tomada por Tiglate-Pileser III em 732
a.C.
As campanhas de Tiglate-Pileser
III (738-732 a.C.)[1]
Em
745 a.C. Tiglate—Pileser III ascendeu ao trono da Assíria. Ele invadiu Israel e
forçou o rei Menaém a renovar o pagamento do tributo (2Rs 15:17-23). Anos mais
tarde, o rei assírio voltou a invadir Israel, tomou terras e cidades e exilou
muitas pessoas.: (Para evitar problemas posteriores, os assírios tinham por
hábito exilar os conquistados, estabelecendo-os em outro país).
Era o começo do juízo de Deus em Israel que
já estava diminuindo o seu território e população. - II Re 15 e também em
Damasco, capital da Síria que se tornaria em um montão de ruínas com cidades
abandonadas – vs 1 e 2.
A fortaleza de Efraim, do vs 3, as
"cidades fortes" (vs. 9) de Israel foram severamente reduzidas em 732
a.C. e destruídas em 722 a.C. ( 9.1).
Os sobreviventes da Síria seriam
extremamente raros, assim como minguaria a glória de Israel, ou seja, tudo o
que tivesse restado seria mínimo em comparação com o antigo esplendor de
Israel. (vs. 4).
O profeta move-se da Síria para o Reino do
Norte de Israel, que havia se aliado fortemente com a Síria. As imagens são de
um corpo subnutrido (vs. 4), ajuntamento de grãos (vs. 5) e as poucas azeitonas
que restam depois que a oliveira foi sacudida (vs. 6). Ou seja, o vendaval
passou e somente deixou para trás o resto que não foi totalmente destruído.
Ainda assim – vs 6 – ficarão nele alguns
rabiscos, os remanescentes de Deus, a oliveira purificada e sacudida. A igreja
provada e aprovada. O vale dos Refains do vs 5 é um vale viçoso a sudoeste de
Jerusalém; é o portal para Sefelá, ou planícies ocidentais (Is 15:8; 18:16; II Sm
5:.18,22; I Cr 14:9).
Será nesse tempo, difícil para os que
sobreviverem e que agora são o resto do que sobrou e foi um dia, que atentará o
homem para o seu Criador! O hebraico faz contraste entre a obra de Deus
("Criador", vs. 7) e os feitos dos seres humanos "obras... o que
fizeram"; vs. 8).
As obras de Deus x as obras dos homens.
Claro estaria que o homem iria valorizar as obras de seu Criador depois de tudo
isso. Quanto às obras de suas mãos, essas envolviam suas ações devotadas a
deusa Aserá, consorte de El, a qual era uma deusa cananeia da fertilidade; a
adoração a essa deusa envolvia símbolos de fertilidade de bosques sagrados e
postes ídolos (27:9; Êx 34:13; Dt 16:21; Jz 2:13).
O profeta fala de que o homem atentará para
as obras do Criador e não para as do homem – vs. 7.
Precisamos nos dias atuais também
atentarmos para as obras do Criador! Se continuarmos em nossas rebeldias e
buscando a glória dos homens e sendo rebeldes, teremos de ser igualmente
sacudidos até somente sobrar corpo subnutrido (vs. 4), ajuntamento de grãos (vs.
5) e poucas azeitonas que restam depois que a oliveira é sacudida (vs. 6).
Israel havia se afastado de Deus (Dt 4:9,23,31;
8:11,14,18-19; 25:19; 32:18), do Deus da sua salvação, do único Redentor (43:3;
49:26; 62:11), rocha e fortaleza. Somente o Senhor é a força do seu povo (25:4;
27.5) que nem se compara com soluções militares, políticas e religiosas como
aqui fazem referência aos rituais cananeus de fertilidade – vs 10.
No verso 11, vemos, talvez, uma alusão à
prática pagã de forçar o florescimento de plantas em vasos como parte de
rituais de fertilidade. Ainda que desse tudo certo, como esperado, a colheita
voaria no dia da angústia e das dores insofríveis.
Hodiernamente, os homens buscam soluções
científicas para os seus problemas, mas nem sabem que podem estar criando
verdadeiros monstros indomáveis em consequência. Esquecer-se de Deus em prol do
conhecimento achando que dominamos a natureza do Criador é muito temerário.
Eu acho a ciência um braço de Deus enquanto
ela buscar a verdade dos fatos e a explicação dos fenômenos e mesmo o domínio
da natureza naquilo que for possível, mas descartar Deus do processo dessa
busca é dar um tiro nos dois pé precisando caminhar em seguida.
A sentença estava decretada e Deus castigaria
o Reino do Norte por meio dos assírios.
O poder destrutivo das nações que se uniam
aos assírios em sua campanha militar (13.5) é comparado a águas revoltas do
verso 12 e 13. Como rugem as muitas águas, assim rugiriam as nações, no
entanto, Deus interviria e as repreenderia obrigando-as a fugir para bem longe.
Deus é soberano sobre as nações por isso
que reina o Senhor e tremam os povos! Não temos que temer os que matam o corpo
e nada podem mais fazer, mas devemos temer aquele que além de matar pode lançar
no inferno tanto o corpo quanto a alma.
Vejamos a seguinte advertência de Lucas em
seu evangelho:
Lucas 12:4 E digo-vos, amigos meus: Não
temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer.
Lucas 12:5 Mas eu vos mostrarei a quem
deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no
inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Lucas 12:6 Não se vendem cinco passarinhos
por dois ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus.
Lucas 12:7 E até os cabelos da vossa cabeça
estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos
passarinhos.
Lucas 12:8 E digo-vos que todo aquele que
me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante
dos anjos de Deus.
Lucas 12:9 Mas quem me negar diante dos
homens será negado diante dos anjos de Deus.
Nos versos de Lucas acima, vemos que Deus é
soberano! Que Deus tem controle sobre todas as coisas! Que é a ele a quem
devemos temer e não as nações, o inimigo, o diabo, o ladrão, as forças
espirituais. Por isso que devemos – ordem divina, mandamento – confessar Jesus
Cristo diante dos homens!
Israel, Judá, Síria, Damasco estavam se
esquecendo e rejeitando o conhecimento do Santo, por isso que o mal os afligia
e eles seriam devorados inteiros até somente sobrar o resto do resto, por pura
graça e misericórdia de Deus.
Is 17:1 Peso de Damasco.
Eis
que Damasco será tirada, e já não será cidade,
antes
será um montão de ruínas.
Is
17:2 As cidades de Aroer serão abandonadas;
hão
de ser para os rebanhos que se deitarão
sem
que alguém os espante.
Is
17:3 E a fortaleza de Efraim cessará, como também
o
reino de Damasco e o restante da Síria;
serão
como a glória dos filhos de Israel,
diz
o SENHOR dos Exércitos.
Is
17:4 E naquele dia será diminuída a glória de Jacó,
e
a gordura da sua carne ficará emagrecida.
Is
17:5 Porque será como o segador que colhe a cana do trigo
e
com o seu braço sega as espigas;
e
será também como o que colhe espigas no vale de Refaim.
Is
17:6 Porém ainda ficarão nele alguns rabiscos,
como
no sacudir da oliveira:
duas
ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos,
e
quatro ou cinco nos seus ramos mais frutíferos,
diz
o SENHOR Deus de Israel.
Is
17:7 Naquele dia atentará o homem para o seu Criador,
e
os seus olhos olharão para o Santo de Israel.
Is
17:8 E não atentará para os altares, obra das suas mãos,
nem
olhará para o que fizeram seus dedos,
nem
para os bosques, nem para as imagens.
Is
17:9 Naquele dia as suas cidades fortificadas serão como
lugares
abandonados, no bosque ou sobre o cume
das
montanhas, os quais foram abandonados
ante
os filhos de Israel; e haverá assolação.
Is
17:10 Porque te esqueceste do Deus da tua salvação,
e
não te lembraste da rocha da tua fortaleza,
portanto farás plantações
formosas,
e
assentarás nelas sarmentos estranhos.
Is
17:11 E no dia em que as plantares as farás crescer,
e
pela manhã farás que a tua semente brote;
mas
a colheita voará no dia da angústia
e
das dores insofríveis.
Is
17:12 Ai do bramido dos grandes povos que bramam
como
bramam os mares, e do rugido das nações que rugem
como
rugem as impetuosas águas.
Is
17:13 Rugirão as nações, como rugem as muitas águas,
mas
Deus as repreenderá e elas fugirão para longe;
e
serão afugentadas como a pragana dos montes
diante
do vento, e como o que rola levado pelo tufão.
Is
17:14 Ao anoitecer eis que há pavor,
mas
antes que amanheça já não existe;
esta
é a parte daqueles que nos despojam,
e
a sorte daqueles que nos saqueiam.
Se fossem inteligentes e prestassem bem atenção,
eles não precisariam temer os assírios que era como um mar revolto ou como um
moderno tsunami de grau bem elevado, mas a Deus que controla todas as coisas.
Isaías enxergava tudo isso e pregava a
palavra de Deus ao povo de Judá e aos de Damasco. O Senhor protegeria Judá
punindo tantos os sírios quanto o Reino do Norte.
Estamos no capítulo 16/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18 -
continuação.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – concluiremos
agora. d. Damasco – 17:1-14. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f.
Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém –
22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 - continuação.
Isaías está fazendo predições acerca de dez
nações e continuamos ainda na terceira delas. Ele prediz que Moabe também
sofreria nas mãos dos assírios.
Suas previsões proféticas foram divididas
em duas partes: (1) A aflição de Moabe (15.1-9) – já vista. (2) A resposta a essa aflição (16.1-14) – veremos agora.
(2) A resposta a essa aflição (16.1-14).
Nós já vimos que essa profecia fala da derrota
de Moabe em 715 a.C. pelo rei assírio Sargão II (veja também 11:14; 25:10; Jr
48; Ez 25:8-11; Am 2:1-3; Sf 2:8-11) onde várias localidades na terra de Moabe foram
assoladas pelos assírios, o que levou o povo a prantear com seus rituais de
luto – cabeças calvas e barbas raspadas - que foram realizados na ocasião de
sua derrota – vs 15: 1 e 2.
Agora, passaremos a ver as respostas dos
moabitas a essas aflições a eles impostas pela Assíria.
Os moabitas eram pastores (Nm 32:4) e enviaram
cordeiros como símbolo de sua submissão (vs 1; cf. 2Rs 3:4) a Judá, desde Sela.
Em Sela estavam os fugitivos de Moabe, num local naturalmente fortificado (em
Edom, perto de Petra), ou numa fortaleza numa montanha (Sela significa
'rocha"). O tributo foi enviado de seu posto avançado para Judá na
esperança de obterem proteção.
Moabe estaria pedindo abrigo em Judá contra
o destruidor e opressor, ou seja, contra os assírios. Eles tomam conselho,
executam juízo e agem de forma a protegerem os seus e encontrarem asilo em
Judá.
A promessa de Deus era de que o homem
violento teria fim, a destruição seria desfeita e os opressores seriam
consumidos sobre a terra e ele explica isso falando que Deus havia estabelecido
um elo amoroso de aliança com a casa de Davi (55:3; 2Sm 7; 22:51; 1Cr 17; SI 89:28;
132).
Em Jesus, o Filho de Davi, todas as nações
finalmente encontrarão abrigo (At 15:16-17) e proteção. A esperança para os
moabitas estava no Senhor e nas suas promessas a Davi (veja 9:2-7; 11:1-9). O
reino de Davi seria restaurado um dia, e alguns dos moabitas sobreviventes
fariam parte desse reino renovado (14:1), com um trono firmado – 9:1-7,11:1-5;
Am 9:11-12; At 15:16-17.
No entanto Moabe era soberbíssimo, altivo,
furioso, mentiroso e haveriam todos de clamar e gemer, mas seriam abatidos.
Isaías identificou-se com a desolação dos
bons vinhedos de Moabe. Foram quebradas as suas melhores plantas e vagueavam no
deserto onde os seus rebentos se estendiam e passavam além do mar.
Fugiu a sua alegria, o regozijo do campo
fértil e não mais cantavam nem se alegravam e tinham cessado todo júbilo. Deus,
diz pelo profeta, que ele mesmo tinha feito cessar todo júbilo.
Deus não é contra a alegria e bons momentos
das nações e dos povos, mas é contra toda opressão e tirania e soberba que
levam as nações a se esquecerem dele e, devido a isso, se aproveitarem dos
pobres, das viúvas e dos órfãos. Não quer temer as consequências evite quebras
as leis de Deus e ande em todos os seus caminhos e estatutos que tudo irá bem
para você e a sua alma.
Por isso que o profeta diz que vibra como
harpa o seu íntimo e o seu coração numa tristeza profunda (v. 9; 21:3-4; cf. Jr
48:36).
Nos versos de 13 e 14, vemos que esta era a
palavra que o SENHOR há muito pronunciou. O profeta resumiu a aflição de Moabe
em prosa referindo-se tanto a outras revelações do passado quanto a oráculos em
15:1-9 ou 15:1-16.12.
Is 16:1 Enviai o cordeiro ao governador
da terra,
desde
Sela, no deserto, até ao monte da filha de Sião.
Is
16:2 De outro modo sucederá que serão as filhas de Moabe
junto
aos vaus de Arnom como o pássaro vagueante,
lançado
fora do ninho.
Is
16:3 Toma conselho,
executa
juízo,
põe
a tua sombra no pino do meio-dia como a noite;
esconde
os desterrados, e não descubras os fugitivos.
Is
16:4 Habitem contigo os meus desterrados, ó Moabe;
serve-lhes
de refúgio perante a face do destruidor;
porque
o homem violento terá fim;
a
destruição é desfeita, e os opressores
são
consumidos sobre a terra.
Is
16:5 Porque o trono se firmará em benignidade,
e
sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará
em
verdade um que julgue, e busque o juízo,
e se apresse a fazer justiça.
Is
16:6 Ouvimos da soberba de Moabe, que é soberbíssimo;
da
sua altivez, da sua soberba, e do seu furor; porém,
as
suas mentiras não serão firmes.
Is
16:7 Portanto Moabe clamará por Moabe;
todos
clamarão; gemereis pelos fundamentos
de
Quir-Haresete, pois certamente já estão abatidos.
Is
16:8 Porque os campos de Hesbom enfraqueceram,
e
a vinha de Sibma; os senhores dos gentios quebraram
as
suas melhores plantas que haviam chegado
a
Jazer e vagueiam no deserto;
os
seus rebentos se estenderam e passaram além do mar.
Is
16:9 Por isso prantearei, com o pranto de Jazer,
a
vinha de Sibma; regar-te-ei com as minhas lágrimas,
ó
Hesbom e Eleale; porque o júbilo dos teus
frutos
de verão e da tua sega desapareceu.
Is
16:10 E fugiu a alegria e o regozijo do campo fértil,
e
nas vinhas não se canta, nem há júbilo algum;
já
não se pisarão as uvas nos lagares.
Eu
fiz cessar o júbilo.
Is
16:11 Por isso o meu íntimo vibra por Moabe como harpa,
e
o meu interior por Quir-Heres.
Is
16:12 E será que, quando virem Moabe cansado nos altos,
então
entrará no seu santuário a orar,
porém
não prevalecerá.
Is
16:13 Esta é a palavra que o SENHOR falou contra Moabe
desde
aquele tempo.
Is
16:14 Porém agora falou o SENHOR,
dizendo:
Dentro
de três anos (tais como os anos de jornaleiros),
será
envilecida a gloria de Moabe, com toda a sua
grande
multidão;
e
o restante será pouco, pequeno e impotente.
Seria dentro de três anos que a glória de
Moabe seria envilecida. A sua desolação era iminente, ou seja, logo, logo. Provavelmente
isso seria uma referência ao fim da rebelião contra Sargão II, rei da Assíria,
em 716/715 a.C.
Estamos no capítulo 15/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18 -
continuação.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – começaremos
agora. d. Damasco – 17:1-14. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f.
Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém –
22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
c. Moabe – 15:1 – 16:14.
Isaías está fazendo predições acerca de dez
nações e agora já chegou a terceira delas. Ele prediz que Moabe também sofreria
nas mãos dos assírios.
Suas previsões proféticas foram divididas
em duas partes: (1) A aflição de Moabe (15.1-9) e (2) A resposta a essa aflição
(16.1-14).
(1) A aflição de Moabe (15.1-9).
Essa profecia fala da derrota de Moabe em
715 a.C. pelo rei assírio Sargão II (veja também 11:14; 25:10; Jr 48; Ez 25:8-11;
Am 2:1-3; Sf 2:8-11) onde várias localidades na terra de Moabe foram assoladas
pelos assírios, o que levou o povo a prantear com seus rituais de luto –
cabeças calvas e barbas raspadas - que foram realizados na ocasião de sua
derrota – vs 1 e 2.
Ainda no verso 3, ele continua a descrever
aspectos dos rituais de luto (22:12; Jr 4:8; 41:5; 48:20,34; Lm 2:10) cujo lamento
aconteceria tanto em particular quanto em público, não somente em um lugar, mas
em vários como Eleale e Jaza – vs 4 -, as quais são outras localidades de Moabe
que sofreriam o ataque assírio.
Em considerável contraste com a alegria de
Isaías com a queda das outras nações, ele sentia simpatia por Moabe, talvez por
causa do parentesco entre Israel e Moabe (veja 16:11). Moabe seria devastada e
o seu povo fugiria para Zoar, no sul, como fizera o seu antepassado Ló (Gn 19:23-30).
O julgamento de Deus contra Moabe
envolveria não apenas derrota militar, mas também a maldição da natureza, com
as águas de Ninrim sendo pura assolação e tendo já secado o feno, acabada a
erva, não deixando verdura alguma.
Pior que tudo o que recolheram e guardaram prudente
e cautelosamente de provisão eles mesmos perderiam além das torrentes dos
salgueiros.
Por isso que Moabe está rodeada em prantos e
lamentos pelo sofrimento imposto a eles devido a ira santa de Deus que estava
julgando Moabe – vs 8.
Não adiantava nada fugirem para qualquer
outro lugar, assim os fugitivos dos ataques assírios iriam de mal a pior (Am 5:19)
em sua fuga para o sul.
Melhor seria ficar onde estavam e sofrerem
o que tivessem que sofrer aos pés do Senhor, buscando nele o consolo devido. Finalmente,
eles se voltariam para Judá, a oeste, em busca de asilo (16:1-5) ou sofreriam
com os ataques dos leões – vs 9.
Is 15:1 Peso de Moabe.
Certamente
numa noite foi destruída Ar de Moabe, e foi desfeita;
certamente
numa noite foi destruída Quir de Moabe e foi desfeita.
Is
15:2 Vai subindo a Bajite, e a Dibom, aos lugares altos,
para
chorar; por Nebo e por Medeba clamará Moabe;
todas
as cabeças ficarão calvas,
e
toda a barba será rapada.
Is 15:3
Cingiram-se de sacos nas suas ruas;
nos
seus terraços
e nas suas praças todos andam
gritando,
e choram abundantemente.
Is
15:4 Assim Hesbom como Eleale, andam gritando;
até
Jaaz se ouve a sua voz; por isso os armados de Moabe
clamam;
a sua alma lhes será penosa.
Is
15:5 O meu coração clama por causa de Moabe;
os
seus fugitivos foram até Zoar,
como
uma novilha de três anos;
porque
vão chorando pela subida de Luíte,
porque
no caminho de Horonaim levantam
um
lastimoso pranto.
Is
15:6 Porque as águas de Ninrim serão pura assolação;
porque
já secou o feno, acabou a erva,
e
não há verdura alguma.
Is
15:7 Por isso a abundância que ajuntaram, e o que guardaram,
ao
ribeiro dos salgueiros o levarão.
Is
15:8 Porque o pranto rodeará aos limites de Moabe;
até
Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim
chegará
o seu lamento.
Is
15:9 Porquanto as águas de Dimom estão cheias de sangue,
porque
ainda acrescentarei mais a Dimom;
leões
contra aqueles que escaparem de Moabe
e
contra o restante da terra.
Como nos tornamos tardios em ouvir a
Palavra de Deus! Não foi ele quem nos fez e nos criou e ainda nos sustenta e
mais ainda nos dá a sua palavra para que tenhamos vida e vida em abundância?
Por que nos opomos a Deus e queremos fazer
a nossa própria vontade contra a vontade de Deus? moabe estava sofrendo o juízo
de Deus!
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