quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
quarta-feira, dezembro 03, 2014
Jamais Desista
Isaías 6:1-13 - O CHAMAMENTO DE ISAÍAS COMO PROFETA DO SENHOR E SUA DURA MISSÃO
Estamos no livro de Isaías e já estamos no
capítulo 6/66, na parte II. Nós nos encontramos aqui:
Parte II – A MENSAGEM DE JULGAMENTO E
RESTAURAÇÃO PREGADA POR ISAÍAS – 1:2 a 6:13.
Também já dividimos essa segunda parte em
três blocos:
A.
Julgamento
e restauração à retidão e à justiça (1:2-2.5) – com suas subdivisões: 1.
Demanda contra a impiedade e a injustiça (1:2-31) – já vista. 2. A justiça e a retidão futuras de Sião (2:1-5) – já vista.
B.
Julgamento
e restauração naquele dia (2:6-4.6) – com suas subdivisões: 1. Orgulho e sincretismo naquele dia (2:6-22) –
já vista. 2. Os lideres de Jerusalém
naquele dia (3:1-15) – já vista. 3.
As mulheres altivas naquele dia (3:16-4.1) – já vista.4. O Renovo do Senhor naquele dia (4:2-6) – já vista.
C.
Julgamento
que leva à restauração (5:1-6:13) – com suas subdivisões: 1. O cântico da vinha (5:1-7) – já vista. 2. Os ais contra o povo de
Deus (5:8-30) – já vista. 3. A missão
de Isaías de julgamento e restauração (6:1-13) – veremos agora.
C. Julgamento que leva à restauração (5.1-6.13) - continuação.
Nesses versículos, esse resumo de abertura
da mensagem de condenação e esperança proferida por Isaías concentra-se na
questão de como o julgamento de Deus tinha de ser levado a cabo (5:1-30) até
que a destruição prevista acontecesse (6:1-13).
Esse material divide-se, como já vimos
acima, entre a parábola ou o cântico da vinha (5:1-7) – já vista, uma série de ais contra o povo de Deus (5:8-30) – também já vista e o chamado de Isaías
para a sua missão profética difícil de julgamento e restauração (6:1-13) – veremos agora.
3. A missão de Isaías de julgamento e restauração (6:1-13)
Esse último ciclo dos julgamentos e da restauração
(à retidão e à justiça - 1:2-2.5 -, naquele dia - 2:6-4.6 - e o julgamento que
leva à restauração - 5:1-6:13) se encerra com um registro do chamado do profeta
(seu comissionamento) e a apresentação do modo como as mensagens de julgamento
e restauração relacionam-se umas com as outras na missão de Deus para a vida de
Isaias.
Conforme já vimos, esse rei leproso (II Cr
26:16-21) morreu em 740 a.C., o ano da visão de Isaías que ele teve do Senhor
no alto e sublime trono (o trono do Senhor no seu templo terreno era a
representação do seu trono no seu templo celestial – 66:1), onde as abas de
suas vestes enchiam o templo.
Isaías ficou totalmente deslumbrado diante
da majestade real de Deus na sua sala do trono, o templo. O templo celestial de
Deus e a sala do trono se cruzavam no templo terreno.
Isaías é apresentado como se estivesse no
templo celestial ao qual os profetas eram frequentemente levados (cf. Ap
4,1-8).
Os Serafins (termo hebraico significa
"abrasadores' – Nm 21:6) estavam por cima dele e a sua descrição falava de
uma criatura alada de seis asas, bastante comuns na iconografia do Oriente Médio.
Cada par de asas dos Serafins tinha uma
finalidade específica, dois pares serviam para cobrir, esconder algo: o seu
rosto, os seus pés e um par, servia para voar. Eles também clamavam uns para os
outros dizendo santo, santo, santo.
Os serafins participavam repetidamente
desse ritual celeste, revelando que eles estavam deslumbrados pela santidade e
pela glória de Deus.
A grandeza de Deus na sua sala do trono não
deixa dúvidas de que ele é Rei de todo o mundo (2:19,21; 11:4,9,12; 42:1,4-5;
65:17; 66.1, 22; Lc 2:14).
A chegada de Deus teofânica é acompanhada
pelo rearranjo radical do cosmos, nesse caso expressando o julgamento contra
Israel (vs. 9-1 3), demonstrado no tremor da terra e na presença de fumaça e
muitas vezes também de fogo (13:13; 24:17-18; 29:6; 30:26-31; Ex 19:18-19; I Rs
19:11 -13; Sl 18:7-15; Ez 20:47-48; Mq 1:3-4; Na 1:3b-8; Hc 3:31 5).
Essa visão impactou Isaías de tal forma que
ele - vs 5 - temia que os seus próprios pecados e os do povo fizessem com que o
santo Rei mandasse julgamento contra eles. A frase que ele disse – vs 6 - reflete
o que somos quando estamos diante do Santo Deus de Israel:
·
Ai
de mim! (juízo!).
·
Estou
perdido! (como nos sentimos quando estamos diante da santidade do Justo Juiz
que exerce juízo e faz justiça na terra).
·
Habito
no meio de um povo de impuros lábios (nascemos em iniquidade e nela nos
concebeu a nossa mãe – o pecado original. Jamais de nós mesmos conseguiríamos nos
purificar).
·
E
os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos. (todos nós um dia teremos um
encontro com o Senhor para o julgamento. Se não fosse Cristo, justiça nossa,
como poderia uma criatura pecadora contemplar o Rei e Senhor dos Exércitos sem
enfrentar a morte?)
A brasa do altar tocou os seus lábios e a sua
iniquidade foi passada dele bem assim os seus pecados foram perdoados. O
profeta tinha admitido a sua própria pecaminosidade e inadequação como profeta,
mas declarou, após ser tocado, que estava qualificado a falar porque Deus
purificara a sua boca (Jr 1:9).
Após isso, é que Isaías pode ouvir a voz do
Senhor que dizia: “A quem enviarei, e
quem há de ir por nós?” Vemos nesse “nós” - vs 8 - uma referência ao Senhor e ao
conselho da corte celestial. Tal como outros profetas, Isaías servia na corte
de Deus e proclamava o que vira e ouvira ali tanto para os reis quanto para as
pessoas comuns (I Re 22:19-20; Jr 23:18,22). Nas religiões pagãs, de modo geral
apenas os deuses serviam como mensageiros da corte celestial, enquanto no
Antigo Testamento essa função era exercida pelos profetas.
Sua resposta foi imediata ao seu chamado: “eis-me aqui, envia-me a mim” – vs 8. A
missão de Isaías envolvia dois aspectos, tal como a missão de Jesus (Mt 13:13-15;
Rm 11:7-10,25). A palavra profética deveria ser entregue de tal maneira que
muitos não compreendessem (29:9-12), mas também revelaria a verdade ao humilde
a quem Deus tivesse escolhido. Eu vejo isso como a função dupla da espada de
dois gumes da pregação.
Toda pregação tem dois efeitos imediatos. Uma,
a conversão do fiel, pois ela desperta nele a fé salvadora. Outra, o juízo para
o infiel, pois a pregação ao invés de despertar nele a fé salvadora, o que
seria de se esperar, não encontra nele um coração receptivo e ele tem seu
coração endurecido.
O profeta entendeu prontamente a sua dura missão
– como foi dura a de Cristo e como é dura a nossa, depois de Cristo -, mas
ficou em dúvida quanto ao tempo em que Deus permaneceria irado com o seu povo,
por isso lhe pergunta: “até quando,
Senhor?” – vs 11.
O profeta queria falar diretamente, de modo
que o povo pudesse arrepender-se, mas o seu desejo ia na direção contrária do
plano de Deus de purificar a nação por meio do julgamento do exílio. Ele se
perguntava quando a determinação de Deus de julgar o seu povo chegaria ao fim.
A resposta de Deus à pergunta de Isaías
está nos vs de 11 a 13. A sua determinação iria mesmo até quase o fim. O juízo
de Deus seria severo e abrangeria toda a nação até que não sobrasse quase nada
dela, mas apensas a “santa semente” – vs 13 – o seu toco.
As cidades ficariam desoladas, sem
habitantes, as casas sem moradores e a terra de todo assolada porque o Senhor
estará afastando dela os homens de modo que o desamparo será grande. Essa desolação
seria como se a nação fosse um pé de terebinto ou de carvalho que quando são
derribados, permanece apenas o toco, assim seria com a nação dos filhos de Israel,
apenas o seu toco, a sua santa semente, ou seja o Messias, haveria de
permanecer.
Na seção anterior, a concentração esteve em
torno da restauração – 4:2-6 – agora, havia um remanescente purificado ligado
ao Messias que receberia as bênçãos da restauração por meio dele, após o
exílio.
O toco tanto pode ser um renovo que saí das
raízes – 11:1 – quanto um ramo que brota do tronco de uma árvore cujas folhas
caíram – 1:30 –
Is 6:1 No ano em que morreu o rei Uzias,
eu
vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono;
e
o seu séquito enchia o templo.
Is
6:2 Serafins estavam por cima dele;
cada
um tinha seis asas;
com
duas cobriam os seus rostos,
e
com duas cobriam os seus pés,
e
com duas voavam.
Is
6:3 E clamavam uns aos outros, dizendo:
Santo,
Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos;
toda
a terra está cheia da sua glória.
Is
6:4 E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava,
e
a casa se encheu de fumaça.
Is
6:5 Então disse eu:
Ai
de mim! Pois estou perdido;
porque
sou um homem de lábios impuros,
e
habito no meio de um povo de impuros lábios;
os
meus olhos viram o Rei,
o
SENHOR dos Exércitos.
Is
6:6 Porém um dos serafins voou para mim,
trazendo
na sua mão uma brasa viva,
que
tirara do altar com uma tenaz;
Is
6:7 E com a brasa tocou a minha boca, e disse:
Eis
que isto tocou os teus lábios;
e
a tua iniquidade foi tirada,
e
expiado o teu pecado.
Is
6:8 Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia:
A
quem enviarei, e quem há de ir por nós?
Então
disse eu:
Eis-me
aqui, envia-me a mim.
Is
6:9 Então disse ele:
Vai,
e dize a este povo:
Ouvis,
de fato, e não entendeis,
e
vedes, em verdade, mas não percebeis.
Is
6:10 Engorda o coração deste povo,
e
faze-lhe pesados os ouvidos,
e
fecha-lhe os olhos;
para
que ele não veja com os seus olhos,
e
não ouça com os seus ouvidos,
nem
entenda com o seu coração,
nem
se converta e seja sarado.
Is
6:11 Então disse eu:
Até
quando Senhor?
E
respondeu:
Até
que sejam desoladas as cidades
e
fiquem sem habitantes,
e
as casas sem moradores,
e
a terra seja de todo assolada.
Is
6:12 E o SENHOR afaste dela os homens,
e
no meio da terra seja grande o desamparo.
Is
6:13 Porém ainda a décima parte ficará nela,
e
tornará a ser pastada;
e
como o carvalho, e como a azinheira,
que
depois de se desfolharem,
ainda
ficam firmes,
assim
a santa semente será a firmeza dela.
Santo, santo, santo é o Senhor dos
Exércitos. A santidade de Deus envolve uma perfeição moral e uma grandeza transcendente.
Na verdade somente Deus é santo. Nós fomos feitos à sua imagem e à sua
semelhança, portanto também “podemos” ser santos, mas jamais perfeitos em
santidade.
Por isso que Deus nos pede para sermos
santos – Lv 11:45. Como nos pede para sermos perfeitos e andarmos em sua luz. Obviamente
que guardadas as devidas proporções humanas e divina.
...
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
terça-feira, dezembro 02, 2014
Jamais Desista
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Da morte para uma nova vida!
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O livro é emocionante, quando dá o testemunho do livramento do Senhor Jesus na vida de João Paulo Monteiro e da maneira bendita como o Senhor o tem conduzido. Esta história de superação na sua vida vai te levar a refletir e a querer buscar uma vida que possa expressar o louvor da glória do Deus soberano, revelado nas Escrituras. Por isso, recomenda-se que se leia este livro, na perspectiva da presença de Deus e da constante atuação dele, na história da sua vida aqui. Não obstante tratar-se de um testemunho, o livro é profundo, pois é vazado com uma boa teologia e um suporte técnico psicológico nos apresentando um breve retrato do suicídio. Além disso, também é prático quando aconselha as pessoas que são vítimas de depressão e aquelas que estão sendo assediadas por pensamentos suicidas e, o melhor, este livro apresenta a verdadeira e única solução para os problemas mais profundos do homem: Jesus Cristo, nosso único Senhor e Salvador! A superação de João Paulo Monteiro é o resultado de uma ação miraculosa do Deus soberano que tem em si mesmo o controle de todas as coisas. Não há como não reconhecer que essa superação, tema deste livro, se deu, em primeiro lugar, por uma ação poderosa e graciosa de nosso Deus e, em segundo lugar, pela resposta de João Paulo Monteiro a essa ação de Deus, ao procurar colocar em prática a Palavra de Deus, ao acreditar que ainda havia jeito para a sua vida, ao saber que precisava de ajuda e, finalmente, ao entender que teria de ter muita força de vontade para poder vencer todos os obstáculos.
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terça-feira, dezembro 02, 2014
Jamais Desista
Isaías 5:1-30 - ISAÍAS E OS SEIS AI CONTRA OS PERVERSOS DO POVO DE DEUS
Parte II – A MENSAGEM DE JULGAMENTO E
RESTAURAÇÃO PREGADA POR ISAÍAS – 1:2 a 6:13.
Como já falamos, esses capítulos – do 1 ao
6 - fornecem um resumo das profecias de Isaías. Ele proferiu palavras de
julgamento contra Israel e Judá, mas também forneceu a esperança de restauração
após o exílio.
Também já dividimos essa segunda parte em
três blocos:
A.
Julgamento
e restauração à retidão e à justiça (1:2-2.5) – com suas subdivisões: 1.
Demanda contra a impiedade e a injustiça (1:2-31) – já vista. 2. A justiça e a retidão futuras de Sião (2:1-5) – já vista.
B.
Julgamento
e restauração naquele dia (2:6-4.6) – com suas subdivisões: 1. Orgulho e sincretismo naquele dia (2:6-22) –
já vista. 2. Os lideres de Jerusalém
naquele dia (3:1-15) – já vista. 3.
As mulheres altivas naquele dia (3:16-4.1) – já vista.4. O Renovo do Senhor naquele dia (4:2-6) – já vista.
C.
Julgamento
que leva à restauração (5:1-6:13) – com suas subdivisões: 1. O cântico da vinha (5:1-7) – veremos agora. 2. Os ais contra o povo
de Deus (5:8-30) – veremos agora. 3. A missão de Isaías de julgamento e
restauração (6:1-13)
C. Julgamento que leva à restauração (5.1-6.13).
Nesses versículos, esse resumo de abertura
da mensagem de condenação e esperança proferida por Isaías concentra-se na
questão de como o julgamento de Deus tinha de ser levado a cabo (5:1-30) até
que a destruição prevista acontecesse (6:1-13).
Esse material divide-se, como já vimos
acima, entre a parábola ou o cântico da vinha (5:1-7), uma série de ais contra
o povo de Deus (5:8-30) e o chamado de Isaías para a sua missão profética difícil
de julgamento e restauração (6:1-13).
1. O cântico da vinha (5.1-7).
Uma bela ilustração da vinha do Senhor na
qual Deus desejou e esperou que desse frutos bons, mas que na verdade
produziram frutos maus.
Aqui, Isaías cantou sobre as maneiras como
Judá se rebelara contra Deus, usando as imagens de uma vinha e de um agricultor
(veja Mt 21:33-44; Jo 15:1-6).
Tudo foi feito a favor da vinha para que
sarasse e produzisse o esperado, com grande atenção, Deus tinha preparado e
estabelecido o seu povo para as gerações que se seguiriam, mas de nada adiantou
os esforços e aplicação de recursos. No entanto, essas imagens – vs 2 - da
torre, de uvas boas, reforçam a expectativa de que a redenção do povo de Deus
resultará em colheita abundante em Cristo Jesus.
O que faria, então, o dono da vinha? Então veio
a palavra de julgamento de que ali se tornaria algo terrível e a vinha serviria
de pasto, onde seria pisada e depois tornada em deserto.
Não mais seria podada, nem sachada, antes
nela cresceriam espinheiros e abrolhos, sementes essas que representam a
maldição de Deus (7:23-25; 9:18; 10:17; 27:4; 32:13).
O verso 7 explica a parábola da vinha e o
que era esperado em Deus: justiça e juízo. Israel era essa vinha que se
corrompeu totalmente nos dias da visitação de Deus e Cristo Jesus a vinha que o
Agricultor plantou, naquela época, e dela cuida para sempre a fim de que
produza frutos para a honra e a glória de Deus!
2. Os ais contra o povo de Deus (5.8-30).
São seis os “Ai” desse capítulo, que
representam uma terrível ameaça, todos eles contra os perversos do povo de Deus.
1.
O
primeiro Ai condena a ganância.
2.
O
segundo Ai condena a corrupção social.
3.
O
terceiro Ai condena a corrupção teológica.
4.
O
quarto Ai condena o orgulho e a corrupção moral.
5.
O
quinto Ai condena a corrupção espiritual.
6.
O
sexto Ai condena a corrupção social.
1.
O primeiro Ai condena a ganância.
A Terra Prometida sempre pertenceu a Deus –
Lv 25:23 - que a deu para os filhos de Israel conforme tinha prometido – Nm 33:54
– para ser a base da sobrevivência de qualquer família da aliança. Nela habitavam
povos de costumes estranhos que já tinham sido julgados por Deus e que deveriam
ser exterminados ou expulsos de sua habitação.
No entanto, negligenciaram a Palavra de
Deus e com os povos fizeram alianças e os imitaram pelo que o juízo que tinha
vindo sobre os povos, agora vinha sobre Israel também.
Quando os israelitas foram privados da
terra que tinham recebido em herança, os seus cidadãos se tornaram operários
diaristas ou escravos de outros povos.
Por conta disso, haviam os que se
aproveitavam da ocasião como uma oportunidade de grande negócio e com ela
oprimia o povo fazendo da terra dada por Deus objeto de suas ganâncias para
ajuntarem terras e casas e campos e serem os senhores da terra.
A terrível consequência disso seria a
maldição de Deus sobre os bens adquiridos com a ganancia e o fruto disso seria
o deserto, a fome, a escassez e a produção fraca.
2. O segundo Ai condena a corrupção social.
Aqui o ai está sobre todos os que não estão
nem ai com a causa de ninguém, antes querem se banquetearem com o vinho forte e
de dia e de noite se entregam aos vícios somente para passarem o tempo de forma
totalmente irresponsável.
Eles não se preocupam com nada, pois também
não são nada diante de ninguém. Com frequência, abusar do consumo de bebidas
alcoólicas ou se entregar aos vícios caracteriza depravação social e frouxidão
moral (caps. 22, 28; Am 4:1-3; 6:6-7) pelo extremo do egoísmo.
Depois das acusações dos versículos
anteriores, é apresentada a sentença. Assim serão levado cativos por falta de
conhecimento e dessa forma seus nobres passarão fome e a multidão se secará de
sede. Verdadeiramente não consideram os feitos do SENHOR, nem olham para as
obras das suas mãos.
O próprio exílio está ligado à própria
morte. A morte devoraria com feroz apetite todo aquele que tivesse se afastado
de Deus, tanto os "nobres" (v. 13) quanto as pessoas comuns
("multidão", vs. 13-14).
Os
versos 16-17 concluem dizendo que o Senhor dos Exércitos é exaltado em
juízo e santificado em justiça que proverá pasto para os cordeiros e campos
nutridos para os nômades dos ricos lá abandonados.
3. O terceiro Ai condena a corrupção teológica.
O terceiro ai condena a corrupção teológica
intencional e danosa daqueles que se vestem da iniquidade e que se cobrem com o
pecado, para em seguida, desaforadamente, usarem o nome do Senhor como
demonstrando grande santidade e temor a Deus para o povo.
4. O quarto Ai condena o orgulho e a corrupção moral.
Aqui os papeis são invertidos e a teologia
usada é a reversa. O mal é que o bem e o bem que é o mal. Ficaram tão cheios de
si mesmos que agora são capazes de inverterem as coisas e confundirem o
inocente.
A corrupção moral está tão impregnada em
seus poros que já respiram o próprio ar do orgulho e da vaidade.
5. O quinto Ai condena a corrupção espiritual.
Os sábios a seus próprios olhos é uma
expressão que indica uma autoconfiança arrogante. A revelação de Deus - ele é o único que sabe todas as coisas -, é
o único fundamento firme para todo conhecimento verdadeiro (veja Pv 3:7; 26:5,12;
28:11).
6. O sexto Ai condena a corrupção social.
O sexto ai condena os que rejeitam a lei do
Senhor e desprezam a palavra do Santo de Israel – vs 24. Quem são esses?
Os heróis e valentes da bebida forte! Os que
se enriquecem com o suborno e com as falcatruas; os que não estão nem ai para a
justiça ou para a situação social do povo; os que justificam os perversos e
negam justiça aos justos!
Muitos desses são aplaudidos de pé e nas
festas são a referência do que não presta e são rodeados também de mulheres e
daqueles que querem rir um pouco da desgraça alheia. Não respeitam nada e não
estão nem ai com quem quer que seja.
São eles a laranja podre do cesto que irão
estragar todo o conteúdo e contaminarem todas as outras laranjas.
É por isso que a ira do Senhor se acende!
Se acende contra eles e contra o povo todo que os aplaude e querem ser como
eles, igualmente podres.
Que o homem não brinque com Deus que é fogo
consumidor para destruir o ímpio da face da terra para sempre. Diante da
revelação da ira de Deus, a natureza treme – 2:19-21; 13:4,13; 24:18,19. E o
homem? O que é ele e toda a sua arrogância diante do juízo de Deus?
Essa descrição detalhada e pormenorizada dos
vs 26 ao 30, corroboradas por escavações
arqueológicas de material assírio que encontraram obras de arte relativa ao exercito
da Assíria, indicam que Isaías esteve muito próximo com essas atrocidades
assírias.
O estandarte anunciado no verso 26 é uma
bandeira de sinalização (11:10,12; 18:3; 49:22; 62:10) que o guerreiro divino
indicou os gentios para executarem o seu julgamento (10:5) para as nações
distantes - uma referência ao fato de que o exército assírio era composto por
mercenários contratados por todo o império assírio.
Is 5:1 Agora cantarei ao meu amado o
cântico do meu querido
a
respeito da sua vinha.
O
meu amado tem uma vinha num outeiro fértil.
Is
5:2 E cercou-a, e limpando-a das pedras,
plantou-a
de excelentes vides;
e
edificou no meio dela uma torre,
e
também construiu nela um lagar;
e
esperava que desse uvas boas,
porém
deu uvas bravas.
Is
5:3 Agora, pois, ó moradores de Jerusalém, e homens de Judá,
julgai,
vos peço, entre mim e a minha vinha.
Is
5:4 Que mais se podia fazer à minha vinha,
que
eu lhe não tenha feito? Por que, esperando eu que desse
uvas
boas, veio a dar uvas bravas?
Is
5:5 Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha:
tirarei
a sua sebe, para que sirva de pasto;
derrubarei
a sua parede, para que seja pisada;
Is
5:6 E a tornarei em deserto; não será podada nem cavada;
porém
crescerão nela sarças e espinheiros;
e
às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.
Is
5:7 Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel,
e
os homens de Judá são a planta das suas delícias;
e
esperou que exercesse
juízo,
e eis aqui opressão;
justiça, e eis
aqui clamor.
Is
5:8 Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo,
até
que não haja mais lugar,
e
fiquem como únicos moradores no meio da terra!
Is
5:9 A meus ouvidos disse o SENHOR dos Exércitos:
Em
verdade que muitas casas ficarão desertas,
e
até as grandes e excelentes sem moradores.
Is
5:10 E dez jeiras de vinha não darão mais do que um bato;
e
um ômer de semente não dará mais do que um efa.
Is
5:11 Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice;
e
continuam até à noite, até que o vinho os esquente!
Is
5:12 E harpas e alaúdes, tamboris e gaitas,
e
vinho há nos seus banquetes;
e
não olham para a obra do SENHOR,
nem
consideram as obras das suas mãos.
Is
5:13 Portanto o meu povo será levado cativo,
por
falta de entendimento; e os seus nobres terão fome,
e
a sua multidão se secará de sede.
Is
5:14 Portanto o inferno grandemente se alargou,
e
se abriu a sua boca desmesuradamente;
e
para lá descerão o seu esplendor, e a sua multidão,
e
a sua pompa, e os que entre eles se alegram.
Is
5:15 Então o plebeu se abaterá, e o nobre se humilhará;
e
os olhos dos altivos se humilharão.
Is
5:16 Porém o SENHOR dos Exércitos será exaltado em juízo;
e
Deus, o Santo, será santificado em justiça.
Is
5:17 Então os cordeiros pastarão como de costume,
e
os estranhos comerão dos lugares devastados pelos gordos.
Is
5:18 Ai dos que puxam a iniquidade com cordas de vaidade,
e
o pecado com tirantes de carro!
Is
5:19 E dizem:
Avie-se,
e acabe a sua obra, para que a vejamos;
e
aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel,
para
que o conheçamos.
Is
5:20 Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal;
que
fazem das trevas luz, e da luz trevas;
e
fazem do amargo doce, e do doce amargo!
Is
5:21 Ai dos que são sábios a seus próprios olhos,
e
prudentes diante de si mesmos!
Is
5:22 Ai dos que são poderosos para beber vinho,
e
homens de poder para misturar bebida forte;
Is
5:23 Dos que justificam ao ímpio por suborno,
e
aos justos negam a justiça!
Is
5:24 Por isso, como a língua de fogo consome a palha,
e
o restolho se desfaz pela chama,
assim
será a sua raiz como podridão,
e
a sua flor se esvaecerá como pó;
porquanto
rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos,
e
desprezaram a palavra do Santo de Israel.
Is
5:25 Por isso se acendeu a ira do SENHOR contra o seu povo,
e
estendeu a sua mão contra ele, e o feriu, de modo que as
montanhas
tremeram, e os seus cadáveres se fizeram
como
lixo no meio das ruas;
com
tudo isto não tornou atrás a sua ira,
mas
a sua mão ainda está estendida.
Is
5:26 E ele arvorará o estandarte para as nações de longe,
e
lhes assobiará para que venham desde
a
extremidade da terra; e eis que virão apressurada
e
ligeiramente.
Is
5:27 Não haverá entre eles cansado, nem quem tropece;
ninguém
tosquenejará nem dormirá; não se lhe desatará
o
cinto dos seus lombos, nem se lhe quebrará
a
correia dos seus sapatos.
Is
5:28 As suas flechas serão agudas, e todos os seus arcos retesados;
os
cascos dos seus cavalos são reputados como pederneiras,
e
as rodas dos seus carros como redemoinho.
Is
5:29 O seu rugido será como o do leão;
rugirão
como filhos de leão; sim, rugirão
e
arrebatarão a presa, e a levarão,
e
não haverá quem a livre.
Is
5:30 E bramarão contra eles naquele dia, como o bramido do mar;
então
olharão para a terra, e eis que só verão trevas e ânsia,
e
a luz se escurecerá nos céus.
As trevas e as angústias – vs 30 – são uma metáfora
de julgamento (5:20; 8:22; 29:15; 42:7;
47:5; 60:2) e, conforme ainda a BEG, todos os que perverteram a justiça ao
viverem nas trevas (5:20; 29:15; 47:5) sofreriam as trevas do julgamento de
Deus. A luz de Deus, porém, resplandeceria sobre os humildes (9.2; 29.18; 42.7;
49.9; 58.10; 60.1-2). O Senhor é soberano sobre ambos (45,7).
...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
segunda-feira, dezembro 01, 2014
Jamais Desista
Isaías 4:1-6 - A SALVAÇÃO POR MEIO DO DESCENDENTE DO SENHOR NAQUELE DIA
Estamos
no livro de Isaías e já estamos no capítulo 4, na parte II. Nós nos encontramos
aqui:
Parte
II – A MENSAGEM DE JULGAMENTO E RESTAURAÇÃO PREGADA POR ISAÍAS – 1:2 a 6:13.
Como
já falamos, esses capítulos – do 1 ao 6 - fornecem um resumo das profecias de
Isaías. Ele proferiu palavras de julgamento contra Israel e Judá, mas também
forneceu a esperança de restauração após o exílio.
Também
já dividimos essa segunda parte em três blocos:
A.
Julgamento
e restauração à retidão e à justiça (1:2-2.5) – com suas subdivisões: 1.
Demanda contra a impiedade e a injustiça (1.2-31) – já vista. 2. A justiça e a retidão futuras de Sião (2.1-5) – já vista.
B.
Julgamento
e restauração naquele dia (2.6-4.6) – com suas subdivisões: 1. Orgulho e sincretismo naquele dia (2.6-22)
– já vista. 2. Os lideres de
Jerusalém naquele dia (3.1-15) – já
vista. 3. As mulheres altivas naquele dia (3.16-4.1) – continuaremos a ver agora.4. O Renovo do Senhor naquele dia (4.2-6)
– veremos agora.
C.
Julgamento
que leva à restauração (5.1-6.13) – com suas subdivisões: 1. O cântico da vinha (5.1-7) 2. Os ais
contra o povo de Deus (5.8-30) 3. A missão de Isaías de julgamento e
restauração (6.1-13)
B. Julgamento e
restauração naquele dia (2.6-4.6) – continuação.
Como
já dissemos, essa porção do resumo da mensagem de Isaías consiste de oráculos
reunidos pelo tema "naquele dia" (2.11,17,20; 3.7,18; 4.1-2), isto é,
o "Dia do SENHOR" (13.6,9). Esse será um dia de julgamento severo
(2.6-4.1), mas também trará imensuráveis bênçãos para o povo de Deus (4.2-6).
3. As mulheres
altivas naquele dia (3.16-4.1) – continuação.
Nós
tínhamos falado que toda temática por enquanto tem sido feita com relação ao
“naquele dia” e aqui, a partir do vs. 3:16 até 4:1, estamos vendo as mulheres
sendo citadas, numa geração de líderes e de homens corrompidos.
Dissemos
também, finalizando o capítulo 3, que o Senhor traria terríveis desgraças a
essas mulheres (vs. 3:24). No dia do Senhor, as mulheres seriam privadas de
recursos e ficariam sujeitas a horrores. Até mesmo as portas de Jerusalém serão
personificadas – chorarão e estarão de luto - como se juntando ao lamento pelo
seu julgamento iminente (cf. 3:26; SI 24.7).
O
verso primeiro do capítulo 4 fala do desespero delas, das mulheres, que sete
delas lançarão mão de um só homem para se lhe retirar-lhes o opróbrio. A
explicação para a raridade dos homens está no capítulo anterior no verso 25 – “os teus homens cairão à espada, e os teus
valentes na guerra”.
Se
os homens e os valentes cairão, quem ficará para que sete delas o procurem numa
proporção assustadora?
4. O Renovo do Senhor
naquele dia (4.2-6).
Dos
versos de 2 a 6, vemos que Isaías procurou dar equilíbrio às suas duras
palavras proféticas de julgamento pronunciadas no capítulo 2:6-4.1, com o modo
como a salvação deveria vir ao povo de Deus num dia, no futuro, conhecido como
dia do Senhor, por meio do Renovo, o grande filho de Davi.
Este
renovo – o descendente - vem sendo acompanhado desde Gênesis até chegarmos a
ele, o Cristo, no Novo Testamento. Conforme o evangelho de Lucas, são 77
gerações, que compreendem aproximadamente uns 4.000 anos de história humana.
É
com a frase “Naquele dia” que se inicia o verso 2, que do 2 ao 6, irá falar do
Renovo do Senhor:
Renovo
é um título metafórico para o filho de Davi, o Messias, que promoveria a
restauração do povo de Deus que voltaria do exílio (veja 11:1-5; 53:2).
De
Zorobabel, inclusive, até Jesus Cristo, inclusive, são 21 gerações, desde o
pós-exílio, passando pelos aproximadamente 400 anos proféticos, até se chegar
em Cristo. Veja o quadro acima.
O
Novo Testamento explica que Jesus é o filho de Davi que traz salvação eterna
àqueles que têm fé nele (veja Jr 23:5; Zc 3:8; Jo 15:1-8).
Toda
a Bíblia é cristocêntrica e o que vemos é a serpente perseguindo a semente da
mulher em todas as gerações desde Abel e Caim até chegar-se em Cristo, quando
os filhos de Raquel, em Ramá, morreram por ordem de Herodes que, sendo do
diabo, perseguia o Messias: “Ouviu-se um
clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus
filhos e inconsolável porque não mais existem.” - Mt 2:18; Jr 31:15.
A
glória de Deus é a mostra do seu brilho e maravilha em sua providência geral e
redenção: O Messias seria a mostra inicial de sua glória (3:8; 4:5; 6:3, 11:10;
40:5; 42:8,12; 43:7; 48:11; 58:8; 59:19; 66:18,19) para os que seriam salvos, e
fogo eterno de juízo para os demais.
O
remanescente fiel sobreviveria ao exílio e voltaria para a Terra Prometida: Os
que voltassem seriam consagrados a Deus, o Santo de Israel, que estabeleceria a
sua santa morada entre o seu povo (57:15) na nova terra (11:9; 27:13; 65:25;
66:20):
-
Os nomes daquele que entram nesse novo mundo estavam escritos no livro da vida
e jamais seriam apagados (Ex 32:32-33; SI 69:28; Dn 12:1; MI 3:16; Ap 20:12):
O
Senhor limpará as filhas de Sião e Jerusalém da culpa de sangue no meio dela
com seu Espírito de justiça e com o seu Espírito purificador, ou, literalmente
"que queima". Trata-se de uma metáfora do julgamento de Deus (1:31;
10:17; 30:27; 42:25) que consome o rebelde e purifica o fiel. O mesmo se dá com
a pregação do evangelho que é para o eleito salvação, mas para o perdido,
condenação, pois ele a rejeita sempre.
E
quem são os eleitos e quem são os perdidos? A execução da justiça de Deus é
prerrogativa dele que será justo e jamais se contraditará. O fato é que no
final, quando tudo estiver consumado, teremos os salvos – eleitos – e os
perdidos.
Daí,
se haverá perdidos, onde eles se encontram agora mesmo? Ora, vivendo entre nós,
como na parábola do joio e do trigo, sendo os perdidos o joio.
Quais
foram as expectativas de João Batista com relação ao Espírito Santo no batismo
de Jesus? Muitas, como se vê nos evangelhos.
Por
exemplo, em Lc 3:16,17, ele, João, disse, em Lucas que na verdade ele estava
batizando com água, mas que ali, estava aquele que era mais poderoso do que
ele, do qual não seria digno de desatar a correia das suas alparcas. Sobre ele,
João ainda disse: esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. E ainda
mais: ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu
celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
A
redenção futura é uma recriação na qual todas as coisas no céu e na terra
(40:26; 42:5; 45:12,18; 57:16) serão renovadas:
O
processo de redenção recriativa – ver BEG - teve início com a restauração do
exílio, mas chega aos estágios finais na obra de Cristo (Jo 1:1-3; 2Co 4:6;
5:17) - especialmente nos novos céus e na nova terra nos quais todos os
redimidos um dia se juntarão à nova Jerusalém (Ap 3:12; 21:1-3):
A
nuvem e o fogo aqui lembrados são símbolos da presença protetora de Deus para
os seus eleitos, como no mar Vermelho (Êx 13:20-22), no tabernáculo (Êx
40:34-38) e no deserto (Nm 9:15-23). Aqui ela simboliza a cobertura protetora
de Deus sobre o monte Sião restaurado e santificado - 2:2.
Já,
o fogo, vs. 4, pode ser usado como uma expressão do julgamento de Deus (1:7,31;
5:24; 26:11; 33:11,14; 47:14; 64:2; 65:5; 66:15-16,24) em contraste com o
símbolo de sua bendita presença (v: 5; 43 2; cf: Êx 24:17; Dt 4:24; 9:3; 2Sm
22:9; SI 18:8; Hb 12:29), como também, pode significar proteção, calor e
conforto diante das trevas e do frio da noite.
Is
4:1 E sete mulheres
naquele dia
lançarão mão de um
homem, dizendo:
Nós
comeremos do nosso pão,
e
nos vestiremos do que é nosso;
tão-somente
queremos ser chamadas pelo teu nome;
tira
o nosso opróbrio.
Is 4:2 Naquele dia
o renovo do SENHOR
será cheio de beleza e de glória;
e o
fruto da terra excelente e formoso
para
os que escaparem de Israel.
Is 4:3 E será que aquele que for
deixado em Sião,
e ficar em
Jerusalém, será chamado santo;
todo
aquele que estiver inscrito
entre
os viventes em Jerusalém;
Is 4:4 Quando o Senhor lavar a
imundícia das filhas de Sião,
e limpar o sangue
de Jerusalém, do meio dela,
com
o espírito de justiça, e com o espírito de ardor.
Is 4:5 E criará o SENHOR sobre
todo o lugar do monte de Sião,
e sobre as suas
assembleias,
uma
nuvem de dia e uma fumaça,
e um
resplendor de fogo flamejante de noite;
porque
sobre toda a glória haverá proteção.
Is 4:6 E haverá um tabernáculo
para sombra contra
o calor do dia;
e para refúgio e
esconderijo contra a tempestade e a chuva.
Em
Cristo Jesus, essa nuvem de dia e fumaça e resplendor de fogo chamejante de
noite se cumprem na sua pessoa, por meio do Santo Espírito Santo que ele nos
concedeu até a sua volta.
Em
contraste com as fraudes humanas (28:15,17), o Senhor já providencia, por meio
do Espírito de Deus, para todo o seu povo proteção duradoura contra todo
perigo, quer seja de dia, quer seja de noite.
Cristo
não nos trouxe proteção parcial, mas completa se bem que vivemos a fase do
“ainda não” e andamos por fé e não por vista, durante o “já”. A segurança, que
já é completa em nós por Cristo, atingirá a plenitude – não mais dependerá da
fé - quando Cristo voltar em glória (25:4; cf: SI 14:6; 46:1; 62:7, 94
22). Ele é o esconderijo e a proteção
permanente, em contraste com qualquer abrigo temporário que possa existir (1:8;
cf: SI 31:20).
...