Estamos
vendo o livro de Neemias nessa Parte III e este é nossa mapinha de leitura:
Parte
III. O REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.
B.
A reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.
Como
já dissemos, Neemias se dedicou a reconstruir os muros de Jerusalém visando não
apenas à estabilidade política, mas também a criação de uma cidade santa para o
templo de Deus.
Essa
parte “B” foi, assim, dividia em oito etapas para melhor compreendermos o
assunto da reconstrução de Neemias: 1. A reconstrução é proposta – 2:11-18 – já
vimos. 2. Oposição externa - 2:19-20 – já vimos. 3. A reconstrução é iniciada -
3:1-32 – já vimos. 4. Mais oposições externas - 4:1-15 – já vimos. 5. A
reconstrução tem continuidade - 4:15-23 – já vimos. 6. Oposições internas - 5:1-19
– já vimos. 7. Oposição final - 6:1-14 – já vista. 8. A reconstrução é concluída - 6:15-7:3 –
veremos e encerraremos agora.
8. A reconstrução é
concluída - 6:15-7:3.
Como
já dissemos, a despeito de todas as provocações e ameaças, Neemias permaneceu
firme em seu propósito e a reconstrução é concluída.
A
conclusão do muro não poderia mais ser frustrada pelos inimigos, mas havia a
possibilidade de surgirem outros tipos de oposição; assim foram tomadas medidas
apropriadas para proteger a cidade.
Depois
de assentadas as portas – vs 1 – que é uma indicação clara de que o muro estava
completo, Neemias, preocupado, e com razão, com a segurança, nomeia seus líderes
escolhidos, tementes a Deus e lhes dá ordens para vigiar, guardar e cuidar dali
daquele lugar que estava ainda com poucos moradores.
Neemias
escolheu guardas encarregados de proteger as portas. Ele também lhes deu
instruções para que não se abrissem as portas de Jerusalém até que o sol aqueça
– vs 3. Normalmente essas portas eram abertas ao amanhecer; esse atraso visava
aumentar a segurança da cidade.
Como
temos dito, nós estamos seguindo as divisões propostas pela BEG, mas bem que
ficaria interessante se observássemos a formação desse quiasmo: A B C B’ A’
(por enquanto, apenas o demonstraremos):
A - A reconstrução
da muralha (dos cap. 3 ao 6) e as nomeações visando à segurança da cidade (7:1-3).
B - O repovoamento
de Jerusalém (7:4-73a).
C - As festas litúrgicas
com a renovação da aliança (8-10).
B’ - O
repovoamento de Jerusalém com os preparativos para a dedicação (11:1-12:26).
A’ - A dedicação
da muralha (12:27-43) e as nomeações e disposições sacerdotais (12:44-47).
Parte IV – O
REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE – 7:4 a 13:31.
O
grande objetivo de Neemias era agora, entre outras coisas, executar o seu programa
de restauração de levar mais pessoas, tantas quanto possíveis, a Jerusalém e,
depois, santificar a nação.
Esta
última seção tratará da reconstrução dessa comunidade como um aspecto da
reconstrução da “Casa de Deus” – veja Esdras capítulo 7 ao 10.
A
Casa de Deus somente estaria completa com o povo de Deus nela, organizado,
vivendo em segurança e produzindo.
O
repovoamento de Jerusalém foi uma característica central desse programa. Neemias
liderou o povo numa renovação da aliança, na devoção à cidade e em reformas
morais e sociais, como teremos oportunidade de estudar.
Também
dividiremos essa quarta parte em duas. A. O regresso dos exilados – 7:4 a 73a.
B. A reconstrução da comunidade 7:73b a 13:31.
A. O regresso dos
exilados – 7:4 a 73a.
A
cidade estava pronta, seus muros reerguidos, suas portas assentadas, mas mesmo
assim, Neemias teve grandes dificuldades em incentivar os exilados a
regressarem à Terra Prometida.
Também
dividiremos essa parte “A” em duas. 1. A necessidade de repovoar Jerusalém – 7:4,5.
2. A lista dos que regressaram – 7:6 a 73a.
1. A necessidade de
repovoar Jerusalém – 7:4,5.
Apesar
de muitas pessoas terem regressado à terra nessa ocasião, Jerusalém continuava relativamente despovoada, talvez por ser o centro de tensões internacionais ou
tudo ali estar numa fase embrionária.
A
expectativa profética era de que Jerusalém transbordaria de gente (Is 9:19,20;
54:2; Ez 36:10-33; Zc 8:4-8). Assim, Neemias insistiu para que mais exilados
viessem morar na cidade.
Parece
que a capital não estava atraindo o povo e aí vemos as questões de segurança,
falta de boas condições econômicas – exceto para os empregados do templo. Além do
templo, Jerusalém não abrigava uma administração central interessante e muito
menos contava com um comércio atraente. Isso acabava fazendo o povo preferir o
campo à cidade.
Desde
o primeiro decreto de Ciro em 538 a.C. até a conclusão do muro, em 444 a.C. já
se tinham passado quase cem anos.
O
programa de restauração de Neemias havia sido abençoado por Deus com o
propósito de repovoar Jerusalém, como ficará claro quando esse assunto voltar a
ser tratado em 11:1-2.
Ele
ajuntou – vs 5 - os nobres, os magistrados e o povo para registrar as
genealogias – Ver Esdras 2. Assim como a lista de Esdras 2 se encontra próxima
ao início da primeira divisão principal de Esdras—Neemias (Ed 1 ao 7), essa lista
em Neemias, se encontra no início da última divisão principal (Ne 7:4 a 13:31).
Além
de marcar o começo da primeira e da última divisão, essa repetição ressalta a
ligação entre essa geração posterior do povo de Deus com os primeiros exilados
que regressaram. A diferença em questões de tempo está perto dos cem anos, como
já falamos.
2. A lista dos que
regressaram – 7:6 a 73a.
Trata-se
de uma lista repetida de Esdras 2:1-70 com algumas pequenas variações. (Recomendamos
fortemente a leitura de nossas reflexões relativas à Esdras 2, neste livro).
Como
já dissemos lá em Ed 2, trata-se esta de uma lista simples com pessoas comuns
que são essenciais para a realização do plano redentor de Deus. Na verdade, “o
restante do povo” – Ne 7:72 – contribuiu mais para a reconstrução do que
“alguns dos cabeças das famílias” – Ne 7:70.
Conforme
vamos nos aprofundando nessas histórias, fica em nós algumas perguntas
relativas às cronologias em Esdras-Neemias e a BEG possui um gráfico muito
interessante aqui replicado:
Cronologia de Esdras e Neemias
Ano (a.C.)
Acontecimento
Referência
539
Queda da
Babilônia
Dn
5:30-31
538-537
Primeiro ano
de Ciro, rei da Pérsia
Ed
1:1-4
537
(?)
Retorno de
Sesbazar para Jerusalém
Ed
1:11
537
Edificação do
altar e comemoração das festas
Ed
3:1-5
536
Início da
reconstrução do templo
Ed
3:8
536-520
Conflitos
param as obras do templo
Ed
4:1-5,24
520
Recomeço das
obras no templo
Ed
5:2; Ag 1:14
516
Finalização
das obras e dedicação do templo
Ed
6:15-16
458
Esdras vai da
Babilônia para Jerusalém; o povo é reunido; feita aliança para despedir as
mulheres estrangeiras.
Ed
7:6-9; 10:1-3
445
2oº ano do
reinado de Artaxerxes I
Ne
1:1
444
Neemias pede
ao rei para voltar a Jerusalém e obtém permissão; os muros da cidade são
reconstruídos; Esdras lê o Livro da Lei para o povo; o povo comemora a Festa
dos Tabernáculos.
Ne
2:1-11; 6:15; 8:1-3,14
433
Neemias
comparece diante do rei Artaxerxes I (era o 32° ano do seu reinado) e volta
para Jerusalém para continuar as reformas
Ne
13:6
Ne 7:1 Sucedeu que, depois que o muro foi edificado,
eu levantei as portas; e foram
estabelecidos os porteiros,
os cantores e os
levitas.
Ne 7:2 Eu nomeei a Hanani, meu
irmão, e a Hananias,
líder da
fortaleza, em Jerusalém; porque ele era homem fiel
e
temente a Deus, mais do que muitos.
Ne 7:3 E disse-lhes:
Não se abram as
portas de Jerusalém até que o sol aqueça,
e
enquanto os que assistirem ali permanecerem,
fechem
as portas, e vós trancai-as;
e
ponham-se guardas dos moradores de Jerusalém,
cada
um na sua guarda, e cada um diante
da
sua casa.
Ne 7:4 E era a cidade larga de
espaço, e grande,
porém pouco povo
havia dentro dela;
e
ainda as casas não estavam edificadas.
Ne
7:5 Então o meu Deus me pôs no coração que ajuntasse os nobres,
os magistrados e o povo, para
registrar as genealogias;
e achei o livro
da genealogia dos que subiram primeiro
e
nele estava escrito o seguinte:
Ne
7:6 Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro
dos exilados, que transportara
Nabucodonosor,
rei de Babilônia;
e voltaram para Jerusalém
e
para Judá, cada um para a sua cidade.
Ne 7:7 Os quais vieram com
Zorobabel, Jesuá, Ne, Azarias, Raamias,
Naamani,
Mordecai, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum, e
Baana; este é o
número dos homens do povo de Israel.
Ne 7:8 Foram os filhos de Parós,
dois mil, cento e
setenta e dois.
Ne 7:9 Os filhos de Sefatias,
trezentos e setenta e dois.
Ne 7:10 Os filhos de Ará,
seiscentos e cinqüenta e dois.
Ne 7:11 Os filhos de
Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá e de Joabe,
dois mil,
oitocentos e dezoito.
Ne 7:12 Os filhos de Elão, mil,
duzentos e cinqüenta e quatro.
Ne 7:13 Os filhos de Zatu,
oitocentos e quarenta e cinco.
Ne 7:14 Os filhos de Zacai,
setecentos e sessenta.
Ne 7:15 Os filhos de Binui,
seiscentos e quarenta e oito.
Ne 7:16 Os filhos de Bebai,
seiscentos e vinte e oito.
Ne 7:17 Os filhos de Azgade,
dois mil, trezentos e vinte e dois.
Ne 7:18 Os filhos de Adonicão,
seiscentos e sessenta e sete.
Ne 7:19 Os filhos de Bigvai,
dois mil e sessenta e sete.
Ne 7:20 Os filhos de Adim,
seiscentos e cinqüenta e cinco.
Ne 7:21 Os filhos de Ater, de
Ezequias, noventa e oito.
Ne 7:22 Os filhos de Hassum,
trezentos e vinte e oito.
Ne 7:23 Os filhos de Bezai,
trezentos e vinte e quatro.
Ne 7:24 Os filhos de Harife,
cento e doze.
Ne 7:25 Os filhos de Gibeom,
noventa e cinco.
Ne 7:26 Os homens de Belém e de
Netofa, cento e oitenta e oito.
Ne 7:27 Os homens de Anatote,
cento e vinte e oito.
Ne 7:28 Os homens de
Bete-Azmavete, quarenta e dois.
Ne 7:29 Os homens de
Quiriate-Jearim, Quefira e Beerote,
setecentos e
quarenta e três.
Ne 7:30 Os homens de Ramá e
Geba, seiscentos e vinte e um.
Ne 7:31 Os homens de Micmás,
cento e vinte e dois.
Ne 7:32 Os homens de Betel e Ai,
cento e vinte e três.
Ne 7:33 Os homens do outro Nebo,
cinqüenta e dois.
Ne
7:34 Os filhos do outro Elão, mil, duzentos e cinqüenta e quatro:
Ne 7:35 Os filhos de Harim,
trezentos e vinte.
Ne 7:36 Os filhos de Jericó,
trezentos e quarenta e cinco.
Ne 7:37 Os filhos de Lode,
Hadide e Ono, setecentos e vinte e um.
Ne 7:38 Os filhos de Senaá, três
mil, novecentos e trinta.
Ne
7:39 Os sacerdotes:
Os filhos de Jedaías, da casa de
Jesuá, novecentos e setenta e três.
Ne 7:40 Os filhos de Imer, mil e
cinqüenta e dois.
Ne 7:41 Os filhos de Pasur, mil,
duzentos e quarenta e sete.
Ne 7:42 Os filhos de Harim, mil
e dezessete.
Ne
7:43 Os levitas:
Os filhos de Jesuá, de Cadmiel,
dos filhos de Hodeva, setenta e quatro.
Ne
7:44 Os cantores:
Os filhos de Asafe, cento e
quarenta e oito.
Ne
7:45 Os porteiros:
Os filhos de Salum, os filhos de
Ater, os filhos de Talmom,
os filhos de Acube, os filhos de
Hatita, os filhos de Sobai,
cento e trinta e
oito.
Ne
7:46 Os servidores do templo:
Os filhos de Zia, os filhos de
Hasufa, os filhos de Tabaote,
Ne 7:47 Os filhos de Queros, os
filhos de Sia, os filhos de Padom,
Ne 7:48 Os filhos de Lebana, os
filhos de Hagaba, os filhos de Salmai,
Ne 7:49 Os filhos de Hanã, os
filhos de Gidel, os filhos de Gaar,
Ne 7:50 Os filhos de Reaías, os
filhos de Rezim, os filhos de Necoda,
Ne 7:51 Os filhos de Gazão, os
filhos de Uzá, os filhos de Paseá,
Ne 7:52 Os filhos de Besai, os
filhos de Meunim, os filhos de Nefussim,
Ne 7:53 Os filhos de Bacbuque,
os filhos de Hacufa,
os filhos de
Harur,
Ne 7:54 Os filhos de Bazlite, os
filhos de Meída,
os filhos de
Harsa,
Ne 7:55 Os filhos de Barcos, os
filhos de Sísera, os filhos de Tamá,
Ne 7:56 Os filhos de Nezia, os
filhos de Hatifa.
Ne 7:57 Os filhos dos servos de
Salomão, os filhos de Sotai,
os filhos de
Soferete, os filhos de Perida,
Ne 7:58 Os filhos de Jaalá, os
filhos de Darcom, os filhos de Gidel,
Ne 7:59 Os filhos de Sefatias,
os filhos de Hatil,
os filhos de
Poquerete-Hazebaim, os filhos de Amom.
Ne
7:60 Todos os servidores do templo e os filhos dos servos de Salomão,
trezentos e noventa e dois.
Ne
7:61 Também estes subiram de Tel-Melá, e Tel-Harsa, Querube,
Adom, Imer; porém não puderam
provar que a casa de seus pais
e a sua linhagem,
eram de Israel.
Ne 7:62 Os filhos de Dalaías, os
filhos de Tobias, os filhos de Necoda,
seiscentos e
quarenta e dois.
Ne
7:63 E dos sacerdotes:
os filhos de Hobaías, os filhos
de Coz, os filhos de Barzilai,
que tomara uma
mulher das filhas de Barzilai, o gileadita,
e
que foi chamado do seu nome.
Ne
7:64 Estes buscaram o seu registro nos livros genealógicos,
porém não se achou; então, como
imundos,
foram excluídos
do sacerdócio.
Ne 7:65 E o governador lhes
disse que não comessem das coisas
sagradas, até que
se apresentasse o sacerdote
com
Urim e Tumim.
Ne
7:66 Toda esta congregação junta foi de
quarenta e dois mil, trezentos e
sessenta,
Ne
7:67 Afora os seus servos e as suas servas, que foram
sete mil, trezentos e trinta e
sete; e tinham duzentos e quarenta e cinco
cantores e
cantoras.
Ne
7:68 Os seus cavalos,
setecentos e trinta e seis; os
seus mulos, duzentos e quarenta e cinco.
Ne
7:69 Camelos,
quatrocentos e trinta e cinco;
jumentos, seis mil, setecentos e vinte.
Ne
7:70 E uma parte dos chefes dos pais contribuíram para a obra.
O governador deu para o tesouro,
em ouro,
mil dracmas,
cinqüenta bacias, e quinhentas
e
trinta vestes sacerdotais.
Ne 7:71 E alguns mais dos chefes
dos pais contribuíram
para o tesouro da
obra, em ouro,
vinte mil
dracmas, e em prata, duas mil e duzentas libras.
Ne 7:72 E o que deu o restante
do povo foi, em ouro,
vinte mil
dracmas, e em prata, duas mil libras;
e
sessenta e sete vestes sacerdotais.
Ne
7:73 E habitaram os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores,
alguns do povo, os servidores do
templo,
e todo o Israel
nas suas cidades.
B. A reconstrução
da comunidade 7:73b a 13:31.
O
povo de Deus não é formado apenas das construções físicas, com seus templos,
suas cidades, seus comércios, seus muros, sua segurança. A fim de garantir a
bênção de Deus, não era suficiente apenas estruturar e fortificar Jerusalém.
O
povo também precisava de ser tratado nessas reconstruções, ele precisava ser renovado, principalmente em sua aliança
com Deus, de modo a constituir uma comunidade santa.
Esse
aspecto do programa de restauração que vai até o final do livro de Neemias será
igualmente dividido didaticamente em três partes principais, conforme vimos
fazendo seguindo a BEG:
1.A
renovação dos compromissos pactuais (7.73b-10.39).
Estamos
vendo o livro de Neemias nessa Parte III e este é nossa mapinha de leitura:
Parte
III. O REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.
B.
A reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.
Como
já dissemos, Neemias se dedicou a reconstruir os muros de Jerusalém visando não
apenas à estabilidade política, mas também a criação de uma cidade santa para o
templo de Deus.
Essa
parte “B” foi, assim, dividia em oito etapas para melhor compreendermos o
assunto da reconstrução de Neemias: 1. A reconstrução é proposta – 2:11-18 – já
vimos. 2. Oposição externa - 2:19-20 – já vimos. 3. A reconstrução é iniciada -
3:1-32 – já vimos. 4. Mais oposições externas - 4:1-15 – já vimos. 5. A
reconstrução tem continuidade - 4:15-23 – já vimos. 6. Oposições internas - 5:1-19
– já vimos. 7. Oposição final - 6:1-14 – veremos agora. 8. A reconstrução é
concluída - 6:15-7:3 – veremos e encerraremos agora.
7. Oposição final -
6:1-14.
Neemias
aqui está tratando do último estágio das oposições enfrentadas (cap. 2; 4; 5 e
agora no 6) e o muro está perto de sua conclusão.
Sambalate,
novamente, e Tobias, Gesem, o árabe, e o resto dos nossos inimigos novamente é
citado como tendo ouvido que a obra de reconstrução dos muros estava muito
adiantada, inclusive com as suas brechas tampadas, faltando apenas agora a
coloção das portas.
O
fato é que essa frase “tendo ouvido...” dá continuidade à série de frases semelhantes
e procura trazer o leitor de volta ao assunto principal de Ne 1:1-7.3, do qual as
oposições internas do capítulo 5:1-19, foi uma digressão.
O
conflito se intensifica até chegar ao seu clímax quando o muro está
praticamente pronto. A última tentativa de interromper o trabalho tem três
objetivos:
(1)fazer
mal (vs. 2-4).
(2)amedrontar
(vs. 5-9).
(3)desacreditar
(vs. 10-13).
O
mesmo está tentando Satanás fazer com a evangelização, com a entrega da
mensagem de Deus, que não pode ser de jeito nenhum aprisionada. Ali, ele
procurava atingir Neemias; hoje, tenta atingir cada crente na face da terra,
pois sabe que a obra que Deus colocou nas suas mãos não pode ser impedida, mas
ele sempre tentará.
Quando
Jesus Cristo subiu aos céus, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens –
Ef 4:8 – e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente
e deles triunfou na mesma cruz – Cl 2:15.
Agora,
todo o poder lhe foi entregue e ele sabe disso que pouco tempo lhe resta e ele
irá perseguir os filhos da mulher procurando impedir a obra de Deus – agora,
não a reconstrução dos muros da cidade – a proclamação da Palavra de Deus. Veja
o que diz o texto de Mateus, o último capítulo, quando Jesus fala aos seus
discípulos e a nós.
Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:
É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Mateus 28:19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Mateus 28:20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que
eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém.
Sabendo
disso, ele procura fazer mal, amedontrar e desacreditar os evangelistas. Ele
pode até tentar fazer calar e aprisionar os corpos de Paulos e Silas, mas
somente aprisionará os seus corpos, pois a Palavra de Deus não pode ser
aprisionada jamais.
Sambalate
estava intencionalmente decidido a matar e a parar a obra que Neemias empreendia,
por isso tanto insistia com ele para que atendesse aos seus chamados
persistentes.
Neemias
sempre lhe dava a mesma resposta e dizia estar ocupado com a reconstrução e que
não haveria motivos para ir até ele.
Se
o muro estava sendo reconstruído, Judá tinha um histórico de rebelião contra os
seus governantes e, ainda, Neemias era um líder de grande competência que amava
a sua terra natal, o temor e a acusação deles de revolta era bem plausível, por
isso que insistiam nisso. No entanto, era a inveja o que mais os motivava a
procurar desanimá-los e mesmo subjugá-los.
Por
fim, pela quinta vez, Sambalate envia o seu moço com uma carta aberta, não
selada – toda carta naquela época costumava ser selada. O propósito da carta
era, a primeira vista, atemorizar o povo. Na verdade, porém, tinha como
objetivo maior impedir que a reconstrução do muro fosse concluída.
Neemias
em mais uma das suas curtas orações pede a Deus que fortaleça a sua mão para
justamente continuar a obra que tanto tentavam impedir. Quem dera fôssemos
assim com a obra que temos de fazer de evangelização no mundo todo!
Tobias
e Sambalate estavam mesmo decididos a executarem o mal contra Neemias. Como seus
mensageiros e ameaças não tinham dado certo, nem a carta tinha alcançado seu
objetivo, eles usaram de um um falso profeta, provavelmente subornado por eles,
para mentirem a Neemias e o conduzirem
ao templo.
O
inimigo estava apostando na ingenuidade do homem de Deus que poderia cair em
seus laços por causa de seu temor e reverência às coisas do Senhor e devido à sua simplicidade,
mas este, como nos orientou o próprio Senhor, era de fato símplice como a
pomba, mas astuto como a serpente.
Neemias
é o sucessor de Zorobabel e aquele que estava dando continuidade às obras. Se Neemias
caísse em seus laços, seria possível que pudesse buscar asilo no pátio do
templo (Ex 21:12-14), mas, uma vez que não era sacerdote, não podia entrar no
templo propriamente dito (Nm 18:7).
A
razão para essa manobra é revelada no v. 13. Mais uma vez, a coragem de Neemias
fica evidente. Neemias percebeu que Semaías era um falso profeta porque o seu
conselho contrariava à lei (Dt 13:1-5).
A
manobra final visava amedrontar Neemias e levá-lo a tomar atitudes pecaminosas
que destruiriam a sua reputação e, por fim, garantiriam que o muro não fosse
concluído.
Pela
terceira vez ele usa, em oração, a expressão "lembra-te" e também vemos
aqui que é a sua segunda oração imprecatória uma vez que, nesse caso, a
lembrança – vs 14 - é para executar julgamento.
8. A reconstrução é
concluída - 6:15-7:3.
A
despeito de todas as provocações e ameaças, Neemias permaneceu firme em seu
propósito e a reconstrução é concluída. Apesar da forte oposição, o muro ao
redor de Jerusalém foi completado com sucesso.
Na
verdade, esse versículo constitui a conclusão da seção anterior iniciada no v.
1, com o v. 16 introduzindo o episódio final de Ne 1.1-7.3. As últimas seis
tentativas de interromper o trabalho haviam fracassado.
A
conclusão da obra se deu em 25 de elul, após 52 dias (4 x 13 dias) de grande
trabalho e concentração, aproximadamente em agosto-setembro de 445 a.C.
A frase “ouvindo-o todos os nossos inimigos” gera
uma expectativa nos leitores de mais conflito, mas, em vez disso, diz-nos a
BEG, Neemias prossegue relatando a resolução do caso: os inimigos cessaram suas
tentativas de interromper o trabalho.
Ne
6:1 Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o árabe,
e o resto dos nossos inimigos,
que eu tinha edificado o muro,
e que nele já não
havia brecha alguma,
ainda
que até este tempo não tinha posto
as
portas nos portais,
Ne 6:2 Sambalate e Gesem
mandaram dizer-me:
Vem, e
congreguemo-nos juntamente nas aldeias,
no
vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.
Ne 6:3 E enviei-lhes mensageiros
a dizer:
Faço uma grande
obra, de modo que não poderei descer;
por
que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse,
e
fosse ter convosco?
Ne 6:4 E do mesmo modo enviaram
a mim quatro vezes;
e da mesma forma
lhes respondi.
Ne 6:5 Então Sambalate ainda
pela quinta vez me enviou seu servo
com uma carta
aberta na sua mão;
Ne 6:6 E na qual estava escrito:
Entre os gentios
se ouviu, e Gesem diz:
Tu
e os judeus intentais rebelar-vos,
então
edificas o muro; e tu te farás rei deles
segundo
estas palavras;
Ne
6:7 E que puseste profetas, para pregarem de ti
em
Jerusalém, dizendo:
Este
é rei em Judá; de modo que o rei o ouvirá,
segundo
estas palavras; vem, pois, agora,
e
consultemos juntamente.
Ne 6:8 Porém eu mandei
dizer-lhe:
De tudo o que
dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu,
do
teu coração, o inventas.
Ne 6:9 Porque todos eles
procuravam atemorizar-nos, dizendo:
As suas mãos
largarão a obra, e não se efetuará.
Agora,
pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos.
Ne 6:10 E, entrando eu em casa
de Semaías, filho de Delaías,
o filho de
Meetabel (que estava encerrado), disse ele:
Vamos
juntamente à casa de Deus,
ao
meio do templo, e fechemos as portas do templo;
porque
virão matar-te; sim, de noite virão
matar-te.
Ne 6:11 Porém eu disse:
Um homem como eu
fugiria? E quem há, como eu, que entre
no
templo para que viva?
De
maneira nenhuma entrarei.
Ne 6:12 E percebi que não era
Deus quem o enviara;
mas esta profecia
falou contra mim, porquanto Tobias
e
Sambalate o subornaram.
Ne 6:13 Para isto o subornaram,
para me atemorizar,
e para que assim
fizesse, e pecasse, para que tivessem alguma
causa
para me infamarem, e assim me vituperarem.
Ne 6:14 Lembra-te, meu Deus, de
Tobias e de Sambalate,
conforme a estas
suas obras, e também da profetiza Noadia,
e
dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.
Ne 6:15 Acabou-se, pois, o muro
aos vinte e cinco do mês de Elul;
em cinqüenta e
dois dias.
Ne 6:16 E sucedeu que, ouvindo-o
todos os nossos inimigos,
todos os povos
que havia em redor de nós temeram,
e
abateram-se muito a seus próprios olhos;
porque reconheceram
que o nosso Deus fizera esta obra.
Ne 6:17 Também naqueles dias
alguns nobres de Judá escreveram
muitas cartas que
iam para Tobias; e as cartas de Tobias
vinham
para eles.
Ne 6:18 Porque muitos em Judá
lhe eram ajuramentados,
porque era genro
de Secanias filho de Ará; e seu filho Joanã
se
casara com a filha de Mesulão,
filho
de Berequias.
Ne 6:19 Também as suas boas
ações contavam perante mim,
e as minhas
palavras transmitiam a ele;
portanto
Tobias escrevia cartas para me atemorizar.
Nada
melhor do que uma grande obra sendo concluída na presença do Senhor. Até os
seus inimigos reconheceram que realmente não foi uma tarefa simples terminar toda
aquela obra de reforma dos muros em menos de dois meses.
Foram
oposições externas e internas que os obrigaram a trabalhar com uma mão e porem
mãos às armas com a outra. Com um olho fechavam as brechas do muro e os
reparavam e com o outro vigiavam o inimigo.
Sem
dúvida, a obra foi reconhecida como um milagre de Deus, que tinha infundido tal
confiança e persistência nos trabalhos dos judeus.
Deus
está nesse negócio e o melhor a fazermos – posso dizer que pensavam assim os
seus inimigos, é respeitarmos essa grande obra! Em breve, muito breve, o
Messias estaria por ali, naquela cidade, naquele templo.
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