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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Neemias 7:1-73 NEEMIAS ENFRENTA UM NOVO DESAFIO: O REPOVOAMENTO DA CIDADE DE JERUSALÉM


Estamos vendo o livro de Neemias nessa Parte III e este é nossa mapinha de leitura:
Parte III. O REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.
B. A reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.
Como já dissemos, Neemias se dedicou a reconstruir os muros de Jerusalém visando não apenas à estabilidade política, mas também a criação de uma cidade santa para o templo de Deus.
Essa parte “B” foi, assim, dividia em oito etapas para melhor compreendermos o assunto da reconstrução de Neemias: 1. A reconstrução é proposta – 2:11-18 – já vimos. 2. Oposição externa - 2:19-20 – já vimos. 3. A reconstrução é iniciada - 3:1-32 – já vimos. 4. Mais oposições externas - 4:1-15 – já vimos. 5. A reconstrução tem continuidade - 4:15-23 – já vimos. 6. Oposições internas - 5:1-19 – já vimos. 7. Oposição final - 6:1-14 – já vista.  8. A reconstrução é concluída - 6:15-7:3 – veremos e encerraremos agora.
8. A reconstrução é concluída - 6:15-7:3.
Como já dissemos, a despeito de todas as provocações e ameaças, Neemias permaneceu firme em seu propósito e a reconstrução é concluída.
A conclusão do muro não poderia mais ser frustrada pelos inimigos, mas havia a possibilidade de surgirem outros tipos de oposição; assim foram tomadas medidas apropriadas para proteger a cidade.
Depois de assentadas as portas – vs 1 – que é uma indicação clara de que o muro estava completo, Neemias, preocupado, e com razão, com a segurança, nomeia seus líderes escolhidos, tementes a Deus e lhes dá ordens para vigiar, guardar e cuidar dali daquele lugar que estava ainda com poucos moradores.
Neemias escolheu guardas encarregados de proteger as portas. Ele também lhes deu instruções para que não se abrissem as portas de Jerusalém até que o sol aqueça – vs 3. Normalmente essas portas eram abertas ao amanhecer; esse atraso visava aumentar a segurança da cidade.
Como temos dito, nós estamos seguindo as divisões propostas pela BEG, mas bem que ficaria interessante se observássemos a formação desse quiasmo: A B C B’ A’ (por enquanto, apenas o demonstraremos):
A - A reconstrução da muralha (dos cap. 3 ao 6) e as nomeações visando à segurança da cidade (7:1-3).
B - O repovoamento de Jerusalém (7:4-73a).
C - As festas litúrgicas com a renovação da aliança (8-10).
B’ - O repovoamento de Jerusalém com os preparativos para a dedicação (11:1-12:26).
A’ - A dedicação da muralha (12:27-43) e as nomeações e disposições sacerdotais (12:44-47).
Parte IV – O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE – 7:4 a 13:31.
O grande objetivo de Neemias era agora, entre outras coisas, executar o seu programa de restauração de levar mais pessoas, tantas quanto possíveis, a Jerusalém e, depois, santificar a nação.
Esta última seção tratará da reconstrução dessa comunidade como um aspecto da reconstrução da “Casa de Deus” – veja Esdras capítulo 7 ao 10.
A Casa de Deus somente estaria completa com o povo de Deus nela, organizado, vivendo em segurança e produzindo.
O repovoamento de Jerusalém foi uma característica central desse programa. Neemias liderou o povo numa renovação da aliança, na devoção à cidade e em reformas morais e sociais, como teremos oportunidade de estudar.
Também dividiremos essa quarta parte em duas. A. O regresso dos exilados – 7:4 a 73a. B. A reconstrução da comunidade 7:73b a 13:31.
A. O regresso dos exilados – 7:4 a 73a.
A cidade estava pronta, seus muros reerguidos, suas portas assentadas, mas mesmo assim, Neemias teve grandes dificuldades em incentivar os exilados a regressarem à Terra Prometida.
Também dividiremos essa parte “A” em duas. 1. A necessidade de repovoar Jerusalém – 7:4,5. 2. A lista dos que regressaram – 7:6 a 73a.
1. A necessidade de repovoar Jerusalém – 7:4,5.
Apesar de muitas pessoas terem regressado à terra nessa ocasião, Jerusalém continuava relativamente despovoada, talvez por ser o centro de tensões internacionais ou tudo ali estar numa fase embrionária.
A expectativa profética era de que Jerusalém transbordaria de gente (Is 9:19,20; 54:2; Ez 36:10-33; Zc 8:4-8). Assim, Neemias insistiu para que mais exilados viessem morar na cidade.
Parece que a capital não estava atraindo o povo e aí vemos as questões de segurança, falta de boas condições econômicas – exceto para os empregados do templo. Além do templo, Jerusalém não abrigava uma administração central interessante e muito menos contava com um comércio atraente. Isso acabava fazendo o povo preferir o campo à cidade.
Desde o primeiro decreto de Ciro em 538 a.C. até a conclusão do muro, em 444 a.C. já se tinham passado quase cem anos.
O programa de restauração de Neemias havia sido abençoado por Deus com o propósito de repovoar Jerusalém, como ficará claro quando esse assunto voltar a ser tratado em 11:1-2.
Ele ajuntou – vs 5 - os nobres, os magistrados e o povo para registrar as genealogias – Ver Esdras 2. Assim como a lista de Esdras 2 se encontra próxima ao início da primeira divisão principal de Esdras—Neemias (Ed 1 ao 7), essa lista em Neemias, se encontra no início da última divisão principal (Ne 7:4 a 13:31).
Além de marcar o começo da primeira e da última divisão, essa repetição ressalta a ligação entre essa geração posterior do povo de Deus com os primeiros exilados que regressaram. A diferença em questões de tempo está perto dos cem anos, como já falamos.
2. A lista dos que regressaram – 7:6 a 73a.
Trata-se de uma lista repetida de Esdras 2:1-70 com algumas pequenas variações. (Recomendamos fortemente a leitura de nossas reflexões relativas à Esdras 2, neste livro).
Como já dissemos lá em Ed 2, trata-se esta de uma lista simples com pessoas comuns que são essenciais para a realização do plano redentor de Deus. Na verdade, “o restante do povo” – Ne 7:72 – contribuiu mais para a reconstrução do que “alguns dos cabeças das famílias” – Ne 7:70.
Conforme vamos nos aprofundando nessas histórias, fica em nós algumas perguntas relativas às cronologias em Esdras-Neemias e a BEG possui um gráfico muito interessante aqui replicado:
Cronologia de Esdras e Neemias
Ano (a.C.)
Acontecimento
Referência
539
Queda da Babilônia
Dn 5:30-31
538-537
Primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia
Ed 1:1-4
537 (?)
Retorno de Sesbazar para Jerusalém
Ed 1:11
537
Edificação do altar e comemoração das festas
Ed 3:1-5
536
Início da reconstrução do templo
Ed 3:8
536-520
Conflitos param as obras do templo
Ed 4:1-5,24
520
Recomeço das obras no templo
Ed 5:2; Ag 1:14
516
Finalização das obras e dedicação do templo
Ed 6:15-16
458
Esdras vai da Babilônia para Jerusalém; o povo é reunido; feita aliança para despedir as mulheres estrangeiras.
Ed 7:6-9; 10:1-3
445
2oº ano do reinado de Artaxerxes I
Ne 1:1
444

Neemias pede ao rei para voltar a Jerusalém e obtém permissão; os muros da cidade são reconstruídos; Esdras lê o Livro da Lei para o povo; o povo comemora a Festa dos Tabernáculos.
Ne 2:1-11; 6:15; 8:1-3,14
433
Neemias comparece diante do rei Artaxerxes I (era o 32° ano do seu reinado) e volta para Jerusalém para continuar as reformas
Ne 13:6
Ne 7:1 Sucedeu que, depois que o muro foi edificado,
                eu levantei as portas; e foram estabelecidos os porteiros,
                               os cantores e os levitas.
                Ne 7:2 Eu nomeei a Hanani, meu irmão, e a Hananias,
                               líder da fortaleza, em Jerusalém; porque ele era homem fiel
                                               e temente a Deus, mais do que muitos.
                Ne 7:3 E disse-lhes:
                               Não se abram as portas de Jerusalém até que o sol aqueça,
                                               e enquanto os que assistirem ali permanecerem,
                                                               fechem as portas, e vós trancai-as;
                                               e ponham-se guardas dos moradores de Jerusalém,
                                                               cada um na sua guarda, e cada um diante
                                                                              da sua casa.
                Ne 7:4 E era a cidade larga de espaço, e grande,
                               porém pouco povo havia dentro dela;
                                               e ainda as casas não estavam edificadas.
Ne 7:5 Então o meu Deus me pôs no coração que ajuntasse os nobres,
                os magistrados e o povo, para registrar as genealogias;
                               e achei o livro da genealogia dos que subiram primeiro
                                               e nele estava escrito o seguinte:
Ne 7:6 Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro
                dos exilados, que transportara Nabucodonosor,
                               rei de Babilônia; e voltaram para Jerusalém
                                               e para Judá, cada um para a sua cidade.
                Ne 7:7 Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá,  Ne, Azarias, Raamias,
                               Naamani, Mordecai, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum, e
                               Baana; este é o número dos homens do povo de Israel.
                Ne 7:8 Foram os filhos de Parós,
                               dois mil, cento e setenta e dois.
                Ne 7:9 Os filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois.
                Ne 7:10 Os filhos de Ará, seiscentos e cinqüenta e dois.
                Ne 7:11 Os filhos de Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá e de Joabe,
                               dois mil, oitocentos e dezoito.
                Ne 7:12 Os filhos de Elão, mil, duzentos e cinqüenta e quatro.
                Ne 7:13 Os filhos de Zatu, oitocentos e quarenta e cinco.
                Ne 7:14 Os filhos de Zacai, setecentos e sessenta.
                Ne 7:15 Os filhos de Binui, seiscentos e quarenta e oito.
                Ne 7:16 Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e oito.
                Ne 7:17 Os filhos de Azgade, dois mil, trezentos e vinte e dois.
                Ne 7:18 Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e sete.
                Ne 7:19 Os filhos de Bigvai, dois mil e sessenta e sete.
                Ne 7:20 Os filhos de Adim, seiscentos e cinqüenta e cinco.
                Ne 7:21 Os filhos de Ater, de Ezequias, noventa e oito.
                Ne 7:22 Os filhos de Hassum, trezentos e vinte e oito.
                Ne 7:23 Os filhos de Bezai, trezentos e vinte e quatro.
                Ne 7:24 Os filhos de Harife, cento e doze.
                Ne 7:25 Os filhos de Gibeom, noventa e cinco.
                Ne 7:26 Os homens de Belém e de Netofa, cento e oitenta e oito.
                Ne 7:27 Os homens de Anatote, cento e vinte e oito.
                Ne 7:28 Os homens de Bete-Azmavete, quarenta e dois.
                Ne 7:29 Os homens de Quiriate-Jearim, Quefira e Beerote,
                               setecentos e quarenta e três.
                Ne 7:30 Os homens de Ramá e Geba, seiscentos e vinte e um.
                Ne 7:31 Os homens de Micmás, cento e vinte e dois.
                Ne 7:32 Os homens de Betel e Ai, cento e vinte e três.
                Ne 7:33 Os homens do outro Nebo, cinqüenta e dois.
Ne 7:34 Os filhos do outro Elão, mil, duzentos e cinqüenta e quatro:
                Ne 7:35 Os filhos de Harim, trezentos e vinte.
                Ne 7:36 Os filhos de Jericó, trezentos e quarenta e cinco.
                Ne 7:37 Os filhos de Lode, Hadide e Ono, setecentos e vinte e um.
                Ne 7:38 Os filhos de Senaá, três mil, novecentos e trinta.
Ne 7:39 Os sacerdotes:
                Os filhos de Jedaías, da casa de Jesuá, novecentos e setenta e três.
                Ne 7:40 Os filhos de Imer, mil e cinqüenta e dois.
                Ne 7:41 Os filhos de Pasur, mil, duzentos e quarenta e sete.
                Ne 7:42 Os filhos de Harim, mil e dezessete.
Ne 7:43 Os levitas:
                Os filhos de Jesuá, de Cadmiel, dos filhos de Hodeva, setenta e quatro.
Ne 7:44 Os cantores:
                Os filhos de Asafe, cento e quarenta e oito.
Ne 7:45 Os porteiros:
                Os filhos de Salum, os filhos de Ater, os filhos de Talmom,
                os filhos de Acube, os filhos de Hatita, os filhos de Sobai,
                               cento e trinta e oito.
Ne 7:46 Os servidores do templo:
                Os filhos de Zia, os filhos de Hasufa, os filhos de Tabaote,
                Ne 7:47 Os filhos de Queros, os filhos de Sia, os filhos de Padom,
                Ne 7:48 Os filhos de Lebana, os filhos de Hagaba, os filhos de Salmai,
                Ne 7:49 Os filhos de Hanã, os filhos de Gidel, os filhos de Gaar,
                Ne 7:50 Os filhos de Reaías, os filhos de Rezim, os filhos de Necoda,
                Ne 7:51 Os filhos de Gazão, os filhos de Uzá, os filhos de Paseá,
                Ne 7:52 Os filhos de Besai, os filhos de Meunim, os filhos de Nefussim,
                Ne 7:53 Os filhos de Bacbuque, os filhos de Hacufa,
                               os filhos de Harur,
                Ne 7:54 Os filhos de Bazlite, os filhos de Meída,
                               os filhos de Harsa,
                Ne 7:55 Os filhos de Barcos, os filhos de Sísera, os filhos de Tamá,
                Ne 7:56 Os filhos de Nezia, os filhos de Hatifa.
                Ne 7:57 Os filhos dos servos de Salomão, os filhos de Sotai,
                               os filhos de Soferete, os filhos de Perida,
                Ne 7:58 Os filhos de Jaalá, os filhos de Darcom, os filhos de Gidel,
                Ne 7:59 Os filhos de Sefatias, os filhos de Hatil,
                               os filhos de Poquerete-Hazebaim, os filhos de Amom.
Ne 7:60 Todos os servidores do templo e os filhos dos servos de Salomão,
                trezentos e noventa e dois.
Ne 7:61 Também estes subiram de Tel-Melá, e Tel-Harsa, Querube,
                Adom, Imer; porém não puderam provar que a casa de seus pais
                               e a sua linhagem, eram de Israel.
                Ne 7:62 Os filhos de Dalaías, os filhos de Tobias, os filhos de Necoda,
                               seiscentos e quarenta e dois.
Ne 7:63 E dos sacerdotes:
                os filhos de Hobaías, os filhos de Coz, os filhos de Barzilai,
                               que tomara uma mulher das filhas de Barzilai, o gileadita,
                                               e que foi chamado do seu nome.
Ne 7:64 Estes buscaram o seu registro nos livros genealógicos,
                porém não se achou; então, como imundos,
                               foram excluídos do sacerdócio.
                Ne 7:65 E o governador lhes disse que não comessem das coisas
                               sagradas, até que se apresentasse o sacerdote
                                               com Urim e Tumim.
Ne 7:66 Toda esta congregação junta foi de
                quarenta e dois mil, trezentos e sessenta,
Ne 7:67 Afora os seus servos e as suas servas, que foram
                sete mil, trezentos e trinta e sete; e tinham duzentos e quarenta e cinco
                               cantores e cantoras.
Ne 7:68 Os seus cavalos,
                setecentos e trinta e seis; os seus mulos, duzentos e quarenta e cinco.
Ne 7:69 Camelos,
                quatrocentos e trinta e cinco; jumentos, seis mil, setecentos e vinte.
Ne 7:70 E uma parte dos chefes dos pais contribuíram para a obra.
                O governador deu para o tesouro, em ouro,
                               mil dracmas, cinqüenta bacias, e quinhentas
                                               e trinta vestes sacerdotais.
                Ne 7:71 E alguns mais dos chefes dos pais contribuíram
                               para o tesouro da obra, em ouro,
                               vinte mil dracmas, e em prata, duas mil e duzentas libras.
                Ne 7:72 E o que deu o restante do povo foi, em ouro,
                               vinte mil dracmas, e em prata, duas mil libras;
                                               e sessenta e sete vestes sacerdotais.
Ne 7:73 E habitaram os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores,
                alguns do povo, os servidores do templo,
                               e todo o Israel nas suas cidades.
B. A reconstrução da comunidade 7:73b a 13:31.
O povo de Deus não é formado apenas das construções físicas, com seus templos, suas cidades, seus comércios, seus muros, sua segurança. A fim de garantir a bênção de Deus, não era suficiente apenas estruturar e fortificar Jerusalém.
O povo também precisava de ser tratado nessas reconstruções, ele precisava ser renovado, principalmente em sua aliança com Deus, de modo a constituir uma comunidade santa.
Esse aspecto do programa de restauração que vai até o final do livro de Neemias será igualmente dividido didaticamente em três partes principais, conforme vimos fazendo seguindo a BEG:
1.      A renovação dos compromissos pactuais (7.73b-10.39).
2.      A dedicação do muro (11.1-12.47).
3.      A reforma do povo (13.1-31).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Neemias 6:1-19 - NEEMIAS CONCLUI A OBRA DE RECONSTRUÇÃO DOS MUROS EM APENAS 52 DIAS!

Estamos vendo o livro de Neemias nessa Parte III e este é nossa mapinha de leitura:
Parte III. O REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.
B. A reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.
Como já dissemos, Neemias se dedicou a reconstruir os muros de Jerusalém visando não apenas à estabilidade política, mas também a criação de uma cidade santa para o templo de Deus.
Essa parte “B” foi, assim, dividia em oito etapas para melhor compreendermos o assunto da reconstrução de Neemias: 1. A reconstrução é proposta – 2:11-18 – já vimos. 2. Oposição externa - 2:19-20 – já vimos. 3. A reconstrução é iniciada - 3:1-32 – já vimos. 4. Mais oposições externas - 4:1-15 – já vimos. 5. A reconstrução tem continuidade - 4:15-23 – já vimos. 6. Oposições internas - 5:1-19 – já vimos. 7. Oposição final - 6:1-14 – veremos agora. 8. A reconstrução é concluída - 6:15-7:3 – veremos e encerraremos agora.
7. Oposição final - 6:1-14.
Neemias aqui está tratando do último estágio das oposições enfrentadas (cap. 2; 4; 5 e agora no 6) e o muro está perto de sua conclusão.
Sambalate, novamente, e Tobias, Gesem, o árabe, e o resto dos nossos inimigos novamente é citado como tendo ouvido que a obra de reconstrução dos muros estava muito adiantada, inclusive com as suas brechas tampadas, faltando apenas agora a coloção das portas.
O fato é que essa frase “tendo ouvido...” dá continuidade à série de frases semelhantes e procura trazer o leitor de volta ao assunto principal de Ne 1:1-7.3, do qual as oposições internas do capítulo 5:1-19, foi uma digressão.
O conflito se intensifica até chegar ao seu clímax quando o muro está praticamente pronto. A última tentativa de interromper o trabalho tem três objetivos:
(1)   fazer mal (vs. 2-4).
(2)   amedrontar (vs. 5-9).
(3)   desacreditar (vs. 10-13).
O mesmo está tentando Satanás fazer com a evangelização, com a entrega da mensagem de Deus, que não pode ser de jeito nenhum aprisionada. Ali, ele procurava atingir Neemias; hoje, tenta atingir cada crente na face da terra, pois sabe que a obra que Deus colocou nas suas mãos não pode ser impedida, mas ele sempre tentará.
Quando Jesus Cristo subiu aos céus, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens – Ef 4:8 – e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz – Cl 2:15.
Agora, todo o poder lhe foi entregue e ele sabe disso que pouco tempo lhe resta e ele irá perseguir os filhos da mulher procurando impedir a obra de Deus – agora, não a reconstrução dos muros da cidade – a proclamação da Palavra de Deus. Veja o que diz o texto de Mateus, o último capítulo, quando Jesus fala aos seus discípulos e a nós.
Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Mateus 28:19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Mateus 28:20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
Sabendo disso, ele procura fazer mal, amedontrar e desacreditar os evangelistas. Ele pode até tentar fazer calar e aprisionar os corpos de Paulos e Silas, mas somente aprisionará os seus corpos, pois a Palavra de Deus não pode ser aprisionada jamais.
Sambalate estava intencionalmente decidido a matar e a parar a obra que Neemias empreendia, por isso tanto insistia com ele para que atendesse aos seus chamados persistentes.
Neemias sempre lhe dava a mesma resposta e dizia estar ocupado com a reconstrução e que não haveria motivos para ir até ele.
Se o muro estava sendo reconstruído, Judá tinha um histórico de rebelião contra os seus governantes e, ainda, Neemias era um líder de grande competência que amava a sua terra natal, o temor e a acusação deles de revolta era bem plausível, por isso que insistiam nisso. No entanto, era a inveja o que mais os motivava a procurar desanimá-los e mesmo subjugá-los.
Por fim, pela quinta vez, Sambalate envia o seu moço com uma carta aberta, não selada – toda carta naquela época costumava ser selada. O propósito da carta era, a primeira vista, atemorizar o povo. Na verdade, porém, tinha como objetivo maior impedir que a reconstrução do muro fosse concluída.
Neemias em mais uma das suas curtas orações pede a Deus que fortaleça a sua mão para justamente continuar a obra que tanto tentavam impedir. Quem dera fôssemos assim com a obra que temos de fazer de evangelização no mundo todo!
Tobias e Sambalate estavam mesmo decididos a executarem o mal contra Neemias. Como seus mensageiros e ameaças não tinham dado certo, nem a carta tinha alcançado seu objetivo, eles usaram de um um falso profeta, provavelmente subornado por eles, para mentirem a Neemias  e o conduzirem ao templo.
O inimigo estava apostando na ingenuidade do homem de Deus que poderia cair em seus laços por causa de seu temor e reverência  às coisas do Senhor e devido à sua simplicidade, mas este, como nos orientou o próprio Senhor, era de fato símplice como a pomba, mas astuto como a serpente.
Neemias é o sucessor de Zorobabel e aquele que estava dando continuidade às obras. Se Neemias caísse em seus laços, seria possível que pudesse buscar asilo no pátio do templo (Ex 21:12-14), mas, uma vez que não era sacerdote, não podia entrar no templo propriamente dito (Nm 18:7).
A razão para essa manobra é revelada no v. 13. Mais uma vez, a coragem de Neemias fica evidente. Neemias percebeu que Semaías era um falso profeta porque o seu conselho contrariava à lei (Dt 13:1-5).
A manobra final visava amedrontar Neemias e levá-lo a tomar atitudes pecaminosas que destruiriam a sua reputação e, por fim, garantiriam que o muro não fosse concluído.
Pela terceira vez ele usa, em oração, a expressão "lembra-te" e também vemos aqui que é a sua segunda oração imprecatória uma vez que, nesse caso, a lembrança – vs 14 - é para executar julgamento.
8. A reconstrução é concluída - 6:15-7:3.
A despeito de todas as provocações e ameaças, Neemias permaneceu firme em seu propósito e a reconstrução é concluída. Apesar da forte oposição, o muro ao redor de Jerusalém foi completado com sucesso.
Na verdade, esse versículo constitui a conclusão da seção anterior iniciada no v. 1, com o v. 16 introduzindo o episódio final de Ne 1.1-7.3. As últimas seis tentativas de interromper o trabalho haviam fracassado.
A conclusão da obra se deu em 25 de elul, após 52 dias (4 x 13 dias) de grande trabalho e concentração, aproximadamente em agosto-setembro de 445 a.C.
 A frase “ouvindo-o todos os nossos inimigos” gera uma expectativa nos leitores de mais conflito, mas, em vez disso, diz-nos a BEG, Neemias prossegue relatando a resolução do caso: os inimigos cessaram suas tentativas de interromper o trabalho.
Ne 6:1 Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o árabe,
                e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro,
                               e que nele já não havia brecha alguma,
                                               ainda que até este tempo não tinha posto
                                                               as portas nos portais,
                Ne 6:2 Sambalate e Gesem mandaram dizer-me:
                               Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias,
                                               no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.
                Ne 6:3 E enviei-lhes mensageiros a dizer:
                               Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer;
                                               por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse,
                                                               e fosse ter convosco?
                Ne 6:4 E do mesmo modo enviaram a mim quatro vezes;
                               e da mesma forma lhes respondi.
                Ne 6:5 Então Sambalate ainda pela quinta vez me enviou seu servo
                               com uma carta aberta na sua mão;
                Ne 6:6 E na qual estava escrito:
                               Entre os gentios se ouviu, e Gesem diz:
                                               Tu e os judeus intentais rebelar-vos,
                                                               então edificas o muro; e tu te farás rei deles
                                                                              segundo estas palavras;
                                               Ne 6:7 E que puseste profetas, para pregarem de ti
                                                               em Jerusalém, dizendo:
                                               Este é rei em Judá; de modo que o rei o ouvirá,
                                                               segundo estas palavras; vem, pois, agora,
                                                                              e consultemos juntamente.
                Ne 6:8 Porém eu mandei dizer-lhe:
                               De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu,
                                               do teu coração, o inventas.
                Ne 6:9 Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo:
                               As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará.
                                               Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos.
                Ne 6:10 E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías,
                               o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele:
                                               Vamos juntamente à casa de Deus,
                                               ao meio do templo, e fechemos as portas do templo;
                                                               porque virão matar-te; sim, de noite virão
                                                                              matar-te.
                Ne 6:11 Porém eu disse:
                               Um homem como eu fugiria? E quem há, como eu, que entre
                                               no templo para que viva?
                                                               De maneira nenhuma entrarei.
                Ne 6:12 E percebi que não era Deus quem o enviara;
                               mas esta profecia falou contra mim, porquanto Tobias
                                               e Sambalate o subornaram.
                Ne 6:13 Para isto o subornaram, para me atemorizar,
                               e para que assim fizesse, e pecasse, para que tivessem alguma
                                               causa para me infamarem, e assim me vituperarem.
                Ne 6:14 Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate,
                               conforme a estas suas obras, e também da profetiza Noadia,
                                               e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.
                Ne 6:15 Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul;
                               em cinqüenta e dois dias.
                Ne 6:16 E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos,
                               todos os povos que havia em redor de nós temeram,
                                               e abateram-se muito a seus próprios olhos;
                               porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra.
                Ne 6:17 Também naqueles dias alguns nobres de Judá escreveram
                               muitas cartas que iam para Tobias; e as cartas de Tobias
                                               vinham para eles.
                Ne 6:18 Porque muitos em Judá lhe eram ajuramentados,
                               porque era genro de Secanias filho de Ará; e seu filho Joanã
                                               se casara com a filha de Mesulão,
                                                               filho de Berequias.
                Ne 6:19 Também as suas boas ações contavam perante mim,
                               e as minhas palavras transmitiam a ele;
                                               portanto Tobias escrevia cartas para me atemorizar.
Nada melhor do que uma grande obra sendo concluída na presença do Senhor. Até os seus inimigos reconheceram que realmente não foi uma tarefa simples terminar toda aquela obra de reforma dos muros em menos de dois meses.
Foram oposições externas e internas que os obrigaram a trabalhar com uma mão e porem mãos às armas com a outra. Com um olho fechavam as brechas do muro e os reparavam e com o outro vigiavam o inimigo.
Sem dúvida, a obra foi reconhecida como um milagre de Deus, que tinha infundido tal confiança e persistência nos trabalhos dos judeus.
Deus está nesse negócio e o melhor a fazermos – posso dizer que pensavam assim os seus inimigos, é respeitarmos essa grande obra! Em breve, muito breve, o Messias estaria por ali, naquela cidade, naquele templo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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