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domingo, 9 de novembro de 2014

Neemias 5:1-19 - NEEMIAS, GRANDE LÍDER, DÁ SEU EXEMPLO E CONDUZ O POVO AO ARREPENDIMENTO.

Estamos vendo o livro de Neemias nessa Parte III e este é nossa mapinha de leitura:
Parte III. O REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.
B. A reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.
Como já dissemos, Neemias se dedicou a reconstruir os muros de Jerusalém visando não apenas à estabilidade política, mas também a criação de uma cidade santa para o templo de Deus.
Essa parte “B” foi, assim, dividia em oito etapas para melhor compreendermos o assunto da reconstrução de Neemias: 1. A reconstrução é proposta – 2:11-18 – já vimos. 2. Oposição externa - 2:19-20 – já vimos. 3. A reconstrução é iniciada - 3:1-32 – já vimos. 4. Mais oposições externas - 4:1-15 – já vimos. 5. A reconstrução tem continuidade - 4:15-23 – já vimos. 6. Oposições internas - 5:1-19 – veremos agora. 7. Oposição final - 6:1-14. 8. A reconstrução é concluída - 6:15-7:3.
6. Oposições internas - 5:1-19.
A despeito de todas as provocações e ameaças, Neemias permaneceu firme em seu propósito. No entanto agora o desafio era outro e não os inimigos lá fora, mas os de dentro, motivos econômicos.
Havia, conforme a BEG, pelo menos quatro motivos para os problemas econômicos existentes:
(1)    Judá se encontrava comercialmente isolada dos povos vizinhos.
(2)    ) trabalho de reconstrução dos muros resultou numa queda na produção de cereais, uma vez que os agricultores estavam em Jerusalém (4.22).
(3)    Fatores climáticos contribuíram para a escassez de alimentos (v. 3).
(4)    Os administradores anteriores haviam explorado o povo (v. 15).
Em decorrência disso:
·         algumas pessoas não tinham dinheiro para comprar cereais (v. 2);
·         algumas precisaram hipotecar suas propriedades para comprar alimentos (v. 3);
·         e outras tiveram que tomar dinheiro emprestado para pagar os impostos devidos ao rei persa (v. 4).
A especulação financeira, possivelmente acompanhada de juros excessivos, tornou a situação insuportável. Quando alguns dos devedores não conseguiam pagar suas dívidas, seus filhos eram tomados como escravos (v. 5). A estrutura econômica e social estava à beira de um colapso.
A situação deles não era nada fácil e logo começaram a clamar e até as suas mulheres – vs 1 - começaram a clamar contra os judeus, seus irmãos. Havia uma crise instalada denotando um grande problema dentro da comunidade, e não fora.
Havia um grupo – vs 2 - , provavelmente constituído de pessoas que não tinham terras, que por causa do seu trabalho não remunerado para reconstruir o muro, não tinham dinheiro suficiente para comprar alimentos para suas famílias numerosas. Eles pediam apenas o trigo suficiente para não morrerem de fome nem eles nem seus familiares.

Havia ainda outro grupo – vs 3 -, constituído de donos de terras cujos campos haviam sido provavelmente negligenciados, por causa, entre outros motivos, do trabalho deles no muro. Em decorrência disso, se voltavam para outros para comprar cereais, mas não tinham dinheiro para pagar por eles. Em resultado, haviam hipotecado suas propriedades para comprar o trigo necessário.
Sabemos que a crise era feia em Judá e que muitas vezes, a escassez de alimentos era um sinal do julgamento de Deus (Dt 11:16-17; I Cr 21:12; Ag 1:7-11). Talvez essa fome tenha sido um julgamento de Deus por causa das ações e do comportamento injusto dos líderes.
O que Neemias enfrentava ali como líder não era nada fácil. Até os inimigos do lado de fora eram muito mais fáceis de serem enfrentados do que a crise interna econômica que se alargava ainda mais.
Havia ainda outros grupo constituído de proprietários de terras que, por falta de renda, não tinham como pagar os impostos devidos ao rei persa. Para solucionarem o problema tomaram dinheiro emprestado para pagar os tributos.
O resultado de tudo isso para esses três grupos era a escravidão. De acordo com Lv 25:39-43, um homem que ficava pobre podia vender a si mesmo, juntamente com a sua família, para um outro israelita a fim de recuperar a sua estabilidade financeira. Devia ser tratado como um trabalhador contratado, e não como escravo.
Ao que parece, no tempo de Neemias estavam acontecendo duas coisas erradas (Ex 22:25-27; Lv 25:36; Dt 23:20):
(1)    Somente os filhos estavam sendo vendidos, o que resultava na desintegração das famílias.
(2)    Os filhos estavam sendo tratados como escravos, e não como trabalhadores contratados.
Neemias ficou a par de tudo o que acontecia e muito se aborreceu – vs 6 - com os fatos, pelo que repreendeu severamente os nobres e tomou uma medida ousada. Ele os chamou de usurários e neles acabou se incluindo.
Ao que parece, tudo indica que Neemias havia contribuído para o problema ao fazer empréstimos a juros, talvez por simples descuido (1.6-7).
Finalmente no verso 10, Neemias, arrependido,  sugere e todos acatam, que fossem literalmente perdoados todos empréstimos.
No verso 11 a restituição teria de acontecer:
·         Sobre as suas terras.
·         Sobre as suas vinhas.
·         Sobre os seus olivais
·         Sobre as suas casas.
E, ainda mais sobre o centésimo:
·         Do dinheiro.
·         Do trigo,
·         Do vinho
·         Do azeite.
A tríade trigo-vinho-azeite aparece sempre nessa ordem, refletindo o ciclo de produção agrícola: a colheita do trigo, depois das uvas (vinho) e, por fim, das azeitonas (azeite).
Pelo que aprendemos em Neemias toda restituição ocorre em decorrência de primeiro liberarmos das prisões aqueles que aprisionamos em nossas usuras querendo obter deles juros impróprios e condenados pela Lei.
A crise era séria e envolvia todos os projetos e a fome e a injustiça se espalhava por sobre a nação. Se não fosse a ação rápida, precisa e tempestiva desse líder que também teve de dar o exemplo perdoando as dívidas daqueles que ele aprisionou em sua usura, Judá não teria tido êxito em seus empreendimentos.
No verso 12, Neemias faz uma renovação das estipulações da aliança mosaica referentes ao empréstimo de dinheiro e à escravidão decorrente de dívidas.
Com frequência, a renovação da aliança – vs 13 - envolvia uma dramatização das maldições que recairiam sobre aqueles que não cumprissem o juramento (Gn 15:9-19; Jr 34:8-22).
O povo se sujeitou ao juramento – vs 13 - e o que havia sido prometido foi colocado em ação. Neemias foi usado por Deus para evitar um outro ataque ao projeto de construção.
De 445 a 433 a.C. abrange um período de doze anos que compreende o primeiro mandato de Neemias como governador. Depois disso, ele foi chamado de volta à corte persa (13:6-7). Posteriormente, Neemias voltou a Jerusalém para um segundo mandato de duração desconhecida.
Como governador, Neemias tinha o direito de cobrar impostos para o seu sustento, no entanto, ele abriu mão desse direito em benefício do povo (vs. 18; I Co 9:4,12; II Ts 3:8-9), por causa que a sua servidão era muito grande – vs 18.
Sesbazar (1:8; Ed 5:14) e Zorobabel (Ag 1:1) foram os primeiros governadores, mas é provável que a referência aqui – vs 15. (os que oprimiram o povo) - não seja a eles, uma vez que haviam governado cerca de cem anos antes.
Então, os governadores em questão devem ser os antecessores mais imediatos de Neemias cujas políticas contribuíram para os problemas econômicos da época (5:1-19). Neemias se justifica dizendo que ele mesmo estaria fora disso por causa de seu temor a Deus – vs 15, final do versículo.
Fica claro no texto e em toda a narrativa desse livro que a razão de Neemias ser governador era, temendo a Deus, servir o povo de Deus. Ele não estava ali para se beneficiar pessoalmente. Quando ele falou ao rei no início (2:5), a sua intenção era pelas coisas de Deus, o que incluía tudo de Judá – o povo, o templo, a centralidade do culto, a cidade.
Ne 5:1 Foi, porém, grande o clamor do povo e de suas mulheres,
                contra os judeus, seus irmãos.
                Ne 5:2 Porque havia quem dizia:
                               Nós, nossos filhos e nossas filhas, somos muitos;
                                               então tomemos trigo, para que comamos e vivamos.
                Ne 5:3 Também havia quem dizia:
                               As nossas terras, as nossas vinhas e as nossas casas
                                               empenhamos, para tomarmos trigo nesta fome.
                Ne 5:4 Também havia quem dizia:
                               Tomamos emprestado dinheiro até para o tributo do rei,
                                               sobre as nossas terras e as nossas vinhas.
                Ne 5:5 Agora, pois, a nossa carne é como a carne de nossos irmãos,
                               e nossos filhos como seus filhos; e eis que sujeitamos nossos
                                               filhos e nossas filhas para serem servos;
                               e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas,
                                               que já não estão no poder de nossas mãos;
                               e outros têm as nossas terras e as nossas vinhas.
                Ne 5:6 Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras,
                               muito me indignei.
                Ne 5:7 E considerei comigo mesmo no meu coração;
                               depois pelejei com os nobres e com os magistrados,
                                               e disse-lhes:
                                               Sois usurários cada um para com seu irmão.
                                               E convoquei contra eles uma grande assembleia.
                Ne 5:8 E disse-lhes:
                               Nós resgatamos os judeus, nossos irmãos,
                                               que foram vendidos às nações, segundo nossas
                                                               posses; e vós outra vez venderíeis a vossos
                                                                              irmãos, ou vender-se-iam a nós?
                                               Então se calaram, e não acharam que responder.
                Ne 5:9 Disse mais:
                               Não é bom o que fazeis; porventura não andaríeis no temor
                                               do nosso Deus, por causa do opróbrio das nações,
                                                               os nossos inimigos?
                Ne 5:10 Também eu, meus irmãos e meus servos,
                               a juros lhes temos emprestado dinheiro e trigo.
                                               Deixemos este ganho.
                Ne 5:11 Restituí-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as suas vinhas,
                               os seus olivais e as suas casas;
                                               como também a centésima parte do dinheiro,
                                               do trigo, do mosto e do azeite, que vós exigis deles.
                Ne 5:12 Então disseram:
                               Restituir-lhes-emos, e nada procuraremos deles;
                                               faremos assim como dizes.
                               Então chamei os sacerdotes, e os fiz jurar que fariam
                                               conforme a esta palavra.
                Ne 5:13 Também sacudi as minhas vestes, e disse:
                               Assim sacuda Deus todo o homem da sua casa
                                               e do seu trabalho que não confirmar esta palavra,
                                                               e assim seja sacudido e vazio.
                               E toda a congregação disse: Amém!
                                               E louvaram ao SENHOR; e o povo fez
                                                               conforme a esta palavra.
                Ne 5:14 Também desde o dia em que me mandou que eu fosse
                               seu governador na terra de Judá, desde o ano vinte,
                                               até ao ano trinta e dois do rei Artaxerxes, doze anos,
                                                               nem eu nem meus irmãos comemos
                                                                              o pão do governador.
                Ne 5:15 Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim,
                               oprimiram o povo, e tomaram-lhe pão e vinho e,
                                               além disso, quarenta siclos de prata, como também
                                                               os seus servos dominavam sobre o povo;
                                               porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus.
                Ne 5:16 Como também na obra deste muro fiz reparação,
                               e terra nenhuma compramos; e todos os meus servos
                                               se ajuntaram ali à obra.
                Ne 5:17 Também dos judeus e dos magistrados, cento e cinqüenta
                               homens, e os que vinham a nós dentre as nações
                                               que estão ao redor de nós, se punham a minha mesa.
                Ne 5:18 E o que se preparava para cada dia era um boi
                               e seis ovelhas escolhidas; também aves se me preparavam e,
                                               de dez em dez dias, muito vinho de todas as espécies;
                                               e nem por isso exigi o pão do governador, porquanto
                                                               a servidão deste povo era grande.
                Ne 5:19 Lembra-te de mim para bem, ó meu Deus,
                               e de tudo quanto fiz a este povo.
No verso 17, de acordo com os costumes persas, como governador, Neemias deveria receber os funcionários públicos sob sua liderança e também os dignitários de outros países.
Neemias tinha caído nas graças do rei Artaxerxes que substituiu Xerxes. Cumpre-se aqui, literalmente, provérbios de Salomão: Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina. (Pv 21:1).
Fica evidente que Neemias era um homem de muitas posses e grande abnegação, pois os alimentos relacionados eram suficientes para cerca de setecentas pessoas – vs 18.
No verso 19, ele pede, em oração para ser lembrado por Deus. A segunda vez que a expressão "lembra-te" é usada numa oração (1:8) e a primeira de quatro orações com "lembra-te de mim" (aqui no vs 19 e em 13:14,22,31).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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sábado, 8 de novembro de 2014

Neemias 4:1-23 - NEEMIAS, LÍDER DE VALOR NÃO DEIXA O POVO ESMORECER E O TRABALHO PROSSEGUE.

Nemias 4.20
Estamos vendo o livro de Neemias nessa Parte III e este é nossa mapinha de leitura:
Parte III. O REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.

B. A reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.
Como já dissemos, Neemias se dedicou a reconstruir os muros de Jerusalém visando não apenas à estabilidade política, mas também a criação de uma cidade santa para o templo de Deus.
Essa parte “B” foi, assim, dividia em oito etapas para melhor compreendermos o assunto da reconstrução de Neemias: 1. A reconstrução é proposta – 2:11-18 – já vimos. 2. Oposição externa - 2:19-20 – já vimos. 3. A reconstrução é iniciada - 3:1-32 – já vimos. 4. Mais oposições externas - 4:1-15 – veremos agora. 5. A reconstrução tem continuidade - 4:15-23 – também veremos agora. 6. Oposições internas - 5:1-19. 7. Oposição final - 6:1-14. 8. A reconstrução é concluída - 6:15-7:3.
4. Mais oposições externas - 4:1-15.
As oposições à reconstrução estavam chegando com Sambalate e Tobias que zombavam e menosprezavam todo trabalho que se estavam fazendo.
A intenção era humilhar o povo para fazê-los desanimar de todo trabalho e não lutarem pelo que estavam fazendo.
Os três primeiros versos narram essa reação deles que estavam movidos de inveja e, com forte preconceito, os chamavam de fracotes, como se eles não estivessem também em cativeiro.
A diferença era que os judeus acreditavam em seu líder e estavam disposto a trabalhar e enfrentar qualquer oposição. Eles além do líder que era muito bom, tinham o apoio de toda a comunidade e o apoio real. Eles jamais iriam recuar, mas teriam de enfrentar forte oposição.
Neemias – vs 4 e 5 – vai então fazer uma de suas três orações (6:14; 13:29) imprecatórias neste livro pedindo que maldições justas caíssem sobre os seus inimigos.
Elas somente eram feitas em situações extremadas de enfrentamento do inimigo – Sl 79:12; 94:1-3; 137:7-9.
No entanto, orações similares devem ser entendidas no contexto de guerra santa do Antigo Testamento e devem ser contrabalançadas com bondade e misericórdia para com outros – Mt 5:43,45; Rm 12:14-21.
Jesus não nos ensinou a vingar, nem buscar a morte de nossos inimigos ou a maldição deles, mas tudo a Deus entregar que está vendo tudo e a ele pertence toda a vingança, como está escrito: “Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo”. (Hebreus 10:30).
Eles oraram, mas não esperaram acontecer algo, junto com a oração a ação correspondente de trabalho e muito trabalho. A obra prosseguia firme e já até a metade o muro tinha se fechado – vs 6.
Nos versos 7 e 8 outros grupos se juntam a Sambalate e a Tobias, e aos outros opositores das obras de Deus, quais sejam os arábios, amonitas. O novo grupo que a eles se ajuntou agora eram os homens de Asdode, os asdoditas. Neemias agora estava completamente cercado desses opositores, uma vez que Asdode ficava a oeste de Jerusalém.
Eles ficaram deveras irados com as boas notícias que vinham das construções e que já se começavam a fechar até as brechas dos muros.
Nesse momento sobressai um grande desânimo em Judá por causa dos escombros e desses opositores. No verso 11 vemos que agora eles ameaçavam era de morte os que nos muros trabalhavam. Iriam ali se infiltrarem apenas para matar os trabalhadores.
Era uma espécie de guerra psicológica procurando mesmo enfraquecer e desanimar todo o povo de Deus.
A atitude do homem de Deus, Neemias, foi então colocar guardas e vigias para estarem atentos às ameaças dos inimigos e assim transmitirem paz e segurança aos trabalhadores já desanimados mesmo de tanto trabalho necessário.
Assim, em meio às ameaças crescentes, os trabalhadores empunhavam armas pela primeira vez depois do exilio.
Neemias também não cessava de fortalecê-los com palavras e exemplos., chamando a atenção de todos que o Senhor estaria ali com eles, por isso não deveriam temer nada.
5. A reconstrução tem continuidade - 4:15-23.
Assim, sob a grande liderança desse homem de Deus, o povo ganhou confiança e continuou a construir o muro apesar de todo o trabalho duro e, principalmente, de toda oposição e ameaças do inimigo, inclusive contra as suas vidas.
Em Ed 4:5,24 o inimigo havia frustrado o plano de construir o templo por um longo período de 17 anos; agora – vs 15 -, Deus responde à altura, frustrando os planos deles de interromperem o trabalho no muro.
Duas foram as providências bem sucedidas de Neemias contra os dois maiores inimigos do trabalho que levavam ao desânimo natural do trabalho.
Os dois inimigos:
1.     O trabalho duro (os escombros eram muitos).
2.     A ameaça presente (ameaças de morte, se continuassem a trabalhar).
As duas providências:
1.     Segurança (ele aumentou o número de guardas e vigias).
2.     Pregação (ele exortou o povo em nome de Deus).
As armas deles eram lanças, espadas, escudos e couraças. Enquanto com uma mão e um olho trabalhavam duro, com o outro olho e a outra mão eles empunhavam suas armas; estando prontos para a batalha em qualquer tempo – vs. 16 e 17.

Eles estavam decididos a lutarem pelo que faziam e era bom mesmo manterem distância. Se os inimigos ousassem enfrentá-los, teriam de enfrentar o Senhor dos Exércitos!
Ne 4:1 E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro,
                ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus.
                Ne 4:2 E falou na presença de seus irmãos,
                               e do exército de Samaria, e disse:
                                               Que fazem estes fracos judeus?
                                               Permitir-se-lhes-á isto? Sacrificarão?
                                               Acabá-lo-ão num só dia?
                                               Vivificarão dos montões do pó as pedras
                                                               que foram queimadas?
                Ne 4:3 E estava com ele Tobias, o amonita, e disse:
                               Ainda que edifiquem, contudo, vindo uma raposa,
                                               derrubará facilmente o seu muro de pedra.
                Ne 4:4 Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados,
                               e torna o seu opróbrio sobre a sua cabeça,
                                               e dá-los por presa, na terra do cativeiro.
                Ne 4:5 E não cubras a sua iniquidade, e não se risque de diante de ti
                               o seu pecado, pois que te irritaram
                                               na presença dos edificadores.
                Ne 4:6 Porém edificamos o muro, e todo o muro se fechou
                               até sua metade; porque o coração do povo se inclinava
                                               a trabalhar.
                Ne 4:7 E sucedeu que, ouvindo Sambalate e Tobias, e os árabes,
                                os amonitas, e os asdoditas, que tanto ia crescendo
                                               a reparação dos muros de Jerusalém, que já as
                                               roturas se começavam a tapar,
                                                               iraram-se sobremodo,
                Ne 4:8 E ligaram-se entre si todos, para virem guerrear
                               contra Jerusalém, e para os desviarem do seu intento.
                Ne 4:9 Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda
                               contra eles, de dia e de noite, por causa deles.
                Ne 4:10 Então disse Judá:
                               Já desfaleceram as forças dos carregadores, e o pó é muito,
                                               e nós não poderemos edificar o muro.
                Ne 4:11 Disseram, porém, os nossos inimigos:
                               Nada saberão disto, nem verão, até que entremos no meio
                                               deles, e os matemos; assim faremos cessar a obra.
                Ne 4:12 E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre eles,
                               dez vezes nos disseram:
                                               De todos os lugares, tornarão contra nós.
                Ne 4:13 Então pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro
                               e nos altos; e pus ao povo pelas suas famílias com as suas
                                               espadas, com as suas lanças, e com os seus arcos.
                Ne 4:14 E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados,
                               e ao restante do povo:
                                               Não os temais; lembrai-vos do grande
                                                               e terrível Senhor, e pelejai pelos vossos
                                                               irmãos, vossos filhos, vossas mulheres
                                                                              e vossas casas.
                Ne 4:15 E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que já o sabíamos,
                               e que Deus tinha dissipado o conselho deles,
                                               todos voltamos ao muro, cada um à sua obra.
                Ne 4:16 E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos
                               trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças,
                                               os escudos, os arcos e as couraças;
                               e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá.
                Ne 4:17 Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas
                               e os que carregavam, cada um com uma das mãos
                                               fazia a obra e na outra tinha as armas.
                Ne 4:18 E os edificadores cada um trazia a sua espada
                               cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta
                                               estava junto comigo.
                Ne 4:19 E disse eu aos nobres, aos magistrados e ao restante do povo:
                               Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro,
                                               longe uns dos outros.
                Ne 4:20 No lugar onde ouvirdes o som da buzina,
                               ali vos ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós.
                Ne 4:21 Assim trabalhávamos na obra; e metade deles tinha as lanças
                               desde a subida da alva até ao sair das estrelas.
                Ne 4:22 Também naquele tempo disse ao povo:
                               Cada um com o seu servo fique em Jerusalém,
                                               para que à noite nos sirvam de guarda,
                                                               e de dia na obra.
                Ne 4:23 E nem eu, nem meus irmãos, nem meus servos,
                               nem os homens da guarda que me seguiam largávamos
                                               as nossas vestes;
                                                               cada um tinha suas armas e água.
Era estranho esse jeito de trabalhar, mas era o único possível naquela ocasião. os edificadores, por exemplo, precisavam das duas mãos livres para o trabalho, mas não poderiam lançar fora suas armas, assim as carregavam em suas cinturas ou em algum lugar de improviso.
Eles tinha estabelecido um toque de trombeta ou shofar característico caso acontecesse algo e assim a trombeta serviria para reuni-los ou conforme o cântico dar o alerta necessário.
O trabalho que normalmente ia até o por do sol, costumeiramente; aqui, ia até o surgir das estrelas, de noite, para justamente aproveitarem todo tempo possível na reforma.
Era de fato uma reforma difícil, tribulosa e perigosa. No entanto, a vontade daqueles homens que tinham um líder de valor (um simples copeiro do rei Artaxerxes!) era indestrutível e assim estavam fazendo os muros que, até hoje, parte dele, ainda está disponível para nossa visitação na cidade santa de Jerusalém. Isso é incrível!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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