Veremos
nesse livro a história desse grande líder em Israel que regressando do
cativeiro para Jerusalém se empenhou pela reconstrução dos muros da cidade
enfrente forte oposição e ainda conduziu o povo de Deus numa renovação da
aliança, na devoção à cidade e em reformas morais e sociais.
Dividiremos
esse livro, composto de 13 capítulos, em duas partes principais.
Parte III – O regresso
de Neemias e a reconstrução do muro – 1:1 a 7:3.
Parte IV – O regresso dos
exilados e a reconstrução da comunidade – 7:4 a 13:31.
Parte III. O
REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.
Neemias
regressou a Jerusalém com a aprovação de Deus e do rei. O regresso de Neemias à
Terra Prometida foi motivado por aspirações piedosas da sua parte em relação à
Jerusalém e ao povo de Deus. Com a ajuda de Deus, Neemias se mostrou fiel e bem
sucedido na construção do muro da cidade apesar de grande oposição. Ele
promoveu a iniciativa de construção que começou com Zorobabel e teve
continuidade com Esdras.
Essa
parte será dividida didaticamente em duas outras partes.
A.O
regresso de Neemias – 1:1 a 2:10.
B.A
reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.
Neemias 1:1-11 -
Neemias, outro grande líder em Israel
Estamos
vendo o primeiro capítulo de treze, no total, que é feito este livro.
Depois
de ser informado das condições em que Jerusalém se encontrava, Neemias tomou o
firme propósito de regressar.
Como
na BEG, que estamos seguindo, dividiremos também essa parte “A” em duas outras.
1. Os preparativos para o regresso de Neemias – 1:1 a 2:8 2. Neemias finalmente
regressa – 2:9 a 10.
1. Os preparativos
para o regresso de Neemias – 1:1 a 2:8.
Neemias
descreve como resolveu acompanhar os judeus que estavam regressando. Ele era um
membro da corte real cuja responsabilidade era escolher o vinho (2:1) e evitar
que o rei fosse envenenado, mas cuja proximidade com o rei acarretava prestígio
e influência na corte.
Ele
primeiro recebeu um relato (1:1-3), reagiu ao que ouviu (1:4-11) e pediu permissão
ao rei Artaxerxes I para ir (2:1-8).
a. O relato sobre
Judá – 1:1-3.
Neemias,
cujo significado é "O SENHOR consolou", tinha motivos legítimos para
acompanhar os judeus que estavam regressando. Sua decisão foi inspirada por um
relato das condições difíceis de Jerusalém.
Relembramos
ao leitor que o livro de Neemias era, originalmente, uma continuação do livro
de Esdras.
O
livro começa dizendo na primeira pessoa (“eu” - indicação de que os textos
apresentados no livro fazem parte das memórias do próprio Neemias) que, estando
ele, Neemias, em Susã (uma residência de
inverno dos reis persas - Et 1:2,5; 2:3, 3:15; 9:11ss.; Dn 8:2), no mês de
quisleu, ou seja, entre novembro-dezembro de 446 a.C., do vigésimo ano de
Artaxerxes I (2:1; Ed 7:1) veio a ele Hanani – forma abreviada de Hananias (O
SENHOR é gracioso), juntamente com outros de Judá.
Hanani
era uma espécie de chefe de assuntos judaicos que foi mencionado nos Papiros
Elefantinos, textos aramaicos descobertos no Egito num assentamento de judeus
do século 6. Alguns conjeturam que ele era irmão de Neemias (7:2).
Neemias
perguntou a Hanani sobre os judeus que escaparam e que não foram levados
cativos e ainda por Jerusalém. Hanani e os outros então responderam a ele que a
situação deles era muito terrível e desesperadora - Ed 1:4; Is 1:9; Mq 2:12;
4:7. 1:3 –, sendo que os muros de Jerusalém estavam derribados e as suas
portas, queimadas – vs. 3.
Muito
provavelmente em decorrência dos acontecimentos registrados em Ed 4.7-23, mas,
tendo em vista a referência a "portas", a causa mais provável é a
destruição provocada por Nabucodonosor em 586 a.C. (Is 58:12; 61:4; 64:10).
b. A reação de
Neemias – 1:4 – 11.
Neemias
revelou a sua motivação piedosa para voltar à Terra Prometida.
No
vs. 4, vemos que ele se entristeceu muito com os relatos.
·Assentou-se.
·Chorou.
·Lamentou
por alguns dias.
·Jejuou
e orou perante o Deus dos céus.
Aqui,
o jejum está associado ao luto (como também em I Sm 31:13) e também a uma
petição a Deus ( Ed 8:21; Is 58:3 – especialmente ao Deus dos céus – Ed 1:2; Dn
4:27,37).
Nesse
livro, iremos perceber que a pessoa de Neemias está associada com a ideia de um
homem que vive em constante oração. Talvez tenha sido esta a razão pela qual
Deus abençoou tão ricamente os seus esforços (2:4; 4:4,9; 5:19; 6:9,14,
13:14,22,29,31).
No
verso 5, veremos que Neemias reconhece tanto a transcendência quanto a
imanência do Deus de Israel. O Deus verdadeiro não apenas está muito acima do
seu povo como "Deus dos céus", mas também está próximo dele como “Deus
da aliança”.
No
verso 6 de sua oração, ele pede ao Senhor a sua atenção e os seus ouvidos
apesar dele mesmo e dos pecados de todo povo. Continuamente – Js 1:8; Sl 1:2 –,
ele estava se humilhando e buscando a Deus nas suas orações e confissões de
pecado não somente dele, como de todo o povo de Deus.
Ele
reconhece, no verso 7, que não estavam guardando a aliança do Senhor. A relação
pactual entre Deus e o seu povo tornava as bênçãos e as maldições condicionadas
à fidelidade do povo. O Senhor cumpriria as suas promessas se Israel obedecesse
aos seus mandamentos (vs. 5), mas a sua desobediência resultaria em exílio (Ed
9:9).
Ao
pedir ao Senhor para lembrar da palavra dele mesmo, ele estava fazendo uma
petição comum nas Escrituras (Dt 9:27; Sl 132:1; Jr 14:21) e, particularmente,
aqui, em Neemias (5:19; 6:14; 13:14,22,29,31), na expectativa de que Deus
pudesse agir de acordo com as bênçãos e os julgamentos da aliança, uma vez que
a aliança mosaica prometia restauração depois do exílio (Dt 30:1-5) com base na
aliança feita com Abraão (Gn 15:18-21).
A
oferta de restauração estava à disposição de todas as gerações, tendo como
condição o arrependimento (Lv 26:40-45; Dt 4:25-31).
Em
sua oração e busca, ele se dava a entender, diante de Deus, que estava
arrependido e que estava buscando a Deus, conforme a sua palavra.
No
verso 10, ele diz ao Senhor que apesar de tudo, eles ainda eram seus servos e o
seu povo escolhido que ele tinha resgatado do Egito (Ex 32:11; Mq 6:4).
Ne
1:1 As palavras de Neemias, filho de Hacalias.
E sucedeu no mês de Quislev, no
ano vigésimo,
estando eu em
Susã, a fortaleza,
Ne 1:2 Que veio Hanani, um de
meus irmãos, ele e alguns de Judá;
e perguntei-lhes
pelos judeus que escaparam,
e
que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.
Ne 1:3 E disseram-me:
Os restantes, que
ficaram do cativeiro, lá na província estão
em grande miséria
e desprezo; e o muro de Jerusalém
fendido
e as suas portas queimadas a fogo.
Ne 1:4 E sucedeu que, ouvindo eu
estas palavras,
assentei-me e
chorei, e lamentei por alguns dias;
e
estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.
Ne 1:5 E disse:
Ah! SENHOR Deus
dos céus, Deus grande e terrível!
Que guarda a
aliança e a benignidade para com aqueles
que
o amam e guardam os seus mandamentos;
Ne 1:6 Estejam,
pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos
abertos,
para ouvires a oração do teu servo,
que
eu hoje faço perante ti, dia e noite,
pelos
filhos de Israel, teus servos;
e
faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel,
que
temos cometido contra ti;
também
eu e a casa de meu pai temos pecado.
Ne 1:7 De todo
nos corrompemos contra ti, e não guardamos
os
mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos,
que
ordenaste a Moisés, teu servo.
Ne 1:8 Lembra-te,
pois, da palavra que ordenaste a Moisés,
teu
servo, dizendo:
Vós transgredireis,
e eu vos espalharei entre os povos.
Ne 1:9 E vós vos
convertereis a mim, e guardareis os meus
mandamentos,
e os cumprireis; então, ainda que os
vossos
rejeitados estejam na extremidade do céu,
de
lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho
escolhido
para ali fazer habitar o meu nome.
Ne 1:10 Eles são
teus servos e o teu povo que resgataste
com
a tua grande força e com a tua forte mão.
Ne 1:11 Ah!
Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos
à
oração do teu servo, e à oração dos teus servos
que
desejam temer o teu nome;
e
faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça
perante
este homem.
Então era eu
copeiro do rei.
É
no verso 11 que ele suspira diante de Deus em invocação máxima como aquele que
conseguiu a atenção de seu Senhor e desabafa. Deus, esteja atento os teus
ouvidos:
·À
oração do teu servo.
·À
oração dos teus servos que desejam temer o teu nome.
·Faze
prosperar hoje o teu servo.
·Dá-lhe
graça perante este homem (o rei, Artaxerxes I).
Ele
faz questão de destacar as orações, tanto dele, como de todo o povo. No
entanto, não é de todo o povo, mas somente daqueles do povo que temem ao
Senhor.
O
temor do Senhor é a resposta pactual adequada à revelação que Deus fez de si
mesmo.
Temer
a Deus:
·É
conhecê-lo (Pv 9:10).
·É
confiar nele (SI 5:7; 34:11,22).
·É
obedecer a ele (Pv 8:13).
Então, ele finaliza pedindo a Deus, na certeza de que
será atendido, prosperidade (no sentido de ser bem sucedido em seu intento) e
graça diante de Artaxerxes I.
Por que perder tempo por ai? Se os homens não virem a Cristo, a incapacidade deles de virem é devido ao fato de eles amarem seus ídolos mais. Só existe uma coisa que impede os homens de virem a Cristo, e isso é porque eles estão perversamente casados com os pecados deles e se recusam a virem. Aprenda mais com Tim Conway: https://www.youtube.com/watch?v=S5XbkHivqDc
Estamos
no último capítulo de Esdras, na segunda parte onde Esdras deu continuidade aos
trabalhos dos primeiros exilados que regressaram.
Parte
II – O REGRESSO DE ESDRAS E A RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 –
10:44.
B.
A reconstrução do Povo de Deus como nação – 9:1 a 10:44.
Estamos
hoje concluindo o livro de Esdras e a sua parte “B”, da parte II, onde estava
sendo feita a reconstrução do Povo de Deus como nação, ou seja, dos
remanescentes do pós-exílio ou da nova nação unificada de Israel. Primeiro
Esdras se preocupou com a questão física do templo e depois foi a hora de
tratar da purificação dos judeus que haviam regressado.
Também
dividimos essa parte “B”, para melhor compreensão assunto em duas outras
partes. 1. A reação de Esdras aos casamentos mistos – 9:1-15 – já vista. 2 A
reação do povo a Esdras – 10:1-44 – veremos e concluiremos agora.
2 A reação do povo
a Esdras – 10:1-44
O
povo tinha reagido de maneira positiva à atitude de Esdras quanto aos
casamentos mistos. Entenderam a mensagem e a pregação desse líder e mestre da
lei que os ensinava a genuína Palavra de Deus.
Esse
último capítulo poderia ser dividido didaticamente da seguinte maneira. Primeiro
veio a tristeza sobre o povo depois da poderosa pregação de Esdras sobre os
casamentos mistos – vs. 1. Depois, no vs 2, há a confissão deles que aponta para
o arrependimento. Em seguida, o arrependimento
é demonstrado nos vs. de 3 ao 17 e, finalmente, uma lista dos culpados é
apresentada – vs. 18 ao 44.
Os
líderes – os príncipes e magistrados - haviam dado o exemplo de pecado (9:2).
Aqui, Esdras – o governador e mestre da lei - dá o exemplo de arrependimento,
não exortando o povo a se lamentar, mas ele próprio se lamentando.
O
seu exemplo funcionou perfeitamente, pois viram em sua atitude um homem de
valor que sabia do que falava e que já sofria pelas consequências dos atos tresloucados,
principalmente de seu corpo de liderança.
A
estratégia e condução do negócio por Esdras estava funcionando muito bem. Aquela
sua confissão – 9:14 - se tornou modelo da confissão do povo por meio de
Secanias, um de seus líderes. Quando um líder perde o poder de persuasão sobre
o seu corpo de lideres, toda a sua estrutura esta acabada, mas aqui, Esdras
consegue que seus líderes sigam o seu exemplo.
Eles
mesmos pensavam, tanto que Esdras estava entristecido, que Esdras tinha perdido
toda a esperança. Secanias, tomando as suas dores, o encoraja afirmando que nem
tudo está perdido. Haveria uma saída e
uma solução para aquele delicado caso e pecado grave.
O
resultado é que todo o povo foi comovido e se arrependeu de fato. A tristeza e
confissão levaram o povo ao arrependimento total.
Em
função disso, resolveram renovar a aliança deles. Não se tratava de fazer uma
aliança inteiramente nova, mas de renovar a aliança mosaica mediante um
juramento (vs. 5) de guardar as estipulações referentes aos casamentos mistos (os
trechos de Dt 7:3; Jr 34:8-22 mostram uma renovação semelhante da aliança).
O
termo hebraico empregado como “despediremos” aqui não é a palavra comum para
divórcio; aparece somente nessa passagem com referência a mandar uma esposa
embora. Do mesmo modo, o termo hebraico do vs. 2 traduzido como "casando" não costuma ser usado para o matrimônio, mas também e
empregado desse modo em Ne 13 - uma situação parecida. Ademais, a palavra
hebraica para "mulheres estrangeiras" (vs. 2) aparece em Provérbios
como referência a meretrizes.
Essa
linguagem escolhida – “despediremos”; “casando” e outras - pelo autor parece
indicar que ele não julgava essas uniões legítimas nem considerava como
divórcio o ato de mandar as mulheres embora.
A
lei não contém prescrições para essa precisa situação. A expressão pode se
referir a mandar a mulher embora com os filhos, junto com algumas provisões (Gn
21:14) e certos direitos legais (Dt 21:10-14).
Paulo
instrui os cristãos a não se casarem com incrédulos (I Co 7:39); mas também a
não procurarem se divorciar de seus cônjuges incrédulos, apesar de permitir que
um cônjuge incrédulo se separe se assim o desejar: No Novo Testamento, num
certo sentido, o incrédulo é santificado por meio daquele que crê, tornando
santos os filhos dessa união (1Co 7.14).
Na
situação de Esdras, porém, os incrédulos haviam profanando a nação de tal modo
que era preciso tomar atitudes radicais. Ou seja, essas uniões precisavam ser
desfeitas de todo modo por causa do laço que era para os israelitas continuarem
unidos a elas de forma ilegítima.
Secanias,
no vs 4 percebeu claramente a desesperança de Esdras, por isso lhe pediu para
se levantar e ser forte, pois a situação exigia isso. No verso 5, Esdras se
levantou. Esdras respondeu ao encorajamento de Secanias e colocou seu conselho
em prática.
Ele
ajuntou todo o Israel e ajuramentou os principais sacerdotes, os levitas e todo
o Israel de que fariam segundo aquela palavra e todos juraram. A aliança era
condicional, como indica o juramento feito pelo povo - e não pelo Senhor.
No
verso 6, Esdras se encontra na Casa de Deus, na câmara de Joanã, situada no
templo, onde não comeu pão nem bebeu água e ali permaneceu em jejum total (o
jejum total era uma prática rara - Dt 9.18). Esse jejum indicava que Esdras não
considerava que os exilados estivessem a salvo das maldições da aliança com
base apenas em seu juramento. O juramento tinha de ser confirmado por esse ato
de contrição.
Um
pregão foi passado e o prazo para que tomassem providencias reais seria de três
dias, ou seja, tempo suficiente para qualquer pessoa que desejasse viajar até
Jerusalém, tendo em vista o território reduzido de Judá. Aqueles do povo que
não obedecessem ao pregão anunciado perderiam suas propriedades e seriam
expulsos do meio do povo (7:26).
O
povo como um todo respondeu à proclamação e assim, todos os homens de Judá e
Benjamim, no dia vinte do mês nono – era dezembro - um dos meses de chuvas mais
intensas (vs. 13), estavam ali temerosos e tremendo por causa da questão dos
casamentos mistos e da copiosa chuva.
Raramente
alguém se afligia em função das chuvas, pois estas costumavam ser consideradas
uma bênção (Dt 11:13-15; 28:12), no entanto, essas chuvas torrenciais foram
tidas como um sinal da ira de Deus (Ez 13:10-13).
A
angústia de Esdras havia contagiado todo o povo (10:1).
No
verso 11, há o apelo para o povo fazer confissão, ou seja, literalmente,
"dai graças/louvai a". Quando alguém confessava o seu pecado e confiava
que Deus lhe concederia sua misericórdia, ele também louvava a Deus (veja o Sl
103, em que o salmista louva a Deus ao confessar quem Deus é o que ele fez).
Eu
gostei deste salmo 103 o qual é bom para pregar a palavra de Deus aos homens.
Toda a palavra é inspirada e útil para pregação, mas tem algumas que parecem
nos encontrar no momento perfeito para a produção do sermão de Deus e este
salmo me apanha assim.
Ele
já começa bendizendo e não maldizendo ou reclamando e murmurando. Não podemos
fechar os olhos para a graça de Deus em função do que não temos ou do que ainda
não alcançamos ou parece até que nunca alcançaremos. É como se fosse uma
escolha: ao invés de gratidão no coração por tudo que você recebeu e ainda está
recebendo, você escolhe reclamar e viver triste pelo que não recebeu ainda.
O
salmista aqui é diferente e seu coração está cheio de gratidão a Deus pelos
grandes benefícios que tem recebido e entre eles o perdão de seus pecados e o
reconhecimento de que Deus é bom demais para nós ainda que muitos de nossos
sonhos parecem até perdidos. Não podemos desanimar por que nada parece ter dado
certo até agora. Ou será que estamos atrás de reconhecimentos e glórias?
Precisamos
acreditar em nosso chamado e vocação. Ainda que ninguém acredite, você precisa
acreditar e lutar se não você estará reprovado. Seja durão e somente desista
dele no dia em que morrer ou que Deus te der outro plano e propósito para você
cumprir. Acredite! Lute! Busque sempre a Deus para fortalecer a sua fé ou te
mostrar outros caminhos. Não aceite derrota para o seu passado, para os seus
inimigos que querem te destruir. Seus piores inimigos não estão lá fora, mas
dentro de você!
O
salmista lembrou, neste salmo, que o Senhor faz justiça, que julga e que
manifesta seu caminho e seus feitos a Moisés e aos filhos de Israel. Tanto um
como o outro, agora, no século XXI estão mortos, mas a palavra de Deus está
viva, portanto Moisés e os filhos de Israel agora é você! Deus irá fazer
justiça, julgar e manifestar seus caminhos e feitos para você. Acredite!
Outra
coisa interessante neste salmo é que Deus não retribui a nós conforme as nossas
iniquidades e pecados, se não já estaríamos todos acabados. Sem ser injusto e
sem abandonar os seus juízos, Deus mediante a sua graça e misericórdia, permite
a nós mais uma chance e tantas quantas forem necessárias, enquanto houver em
nós fôlego de vida.
Calvino
em sua introdução neste salmo fala de ações de graça a que devemos fazer diante
de Deus tão misericordioso e bom para conosco.
Sl 103:1
Bendize,
ó
minha alma,
ao SENHOR,
e tudo o que há
em mim
bendiga
ao seu santo nome.
Sl 103:2
Bendize,
ó
minha alma,
ao SENHOR,
e não te
esqueças
de
nem um só de seus benefícios.
Sl 103:3 Ele é
quem
perdoa todas as tuas iniquidades;
quem
sara todas as tuas enfermidades;
Sl
103:4 quem da cova redime a tua vida
e te coroa de graça e misericórdia;
Sl
103:5 quem farta de bens a tua velhice,
de sorte que a tua mocidade se renova como a da
águia.
Sl 103:6 O
SENHOR
faz
justiça
e
julga
a todos os oprimidos.
Sl 103:7
Manifestou os seus caminhos
a
Moisés
e os seus feitos
aos
filhos de Israel.
Sl 103:8 O
SENHOR
é
misericordioso e compassivo;
longânimo
e assaz benigno.
Sl
103:9 Não repreende perpetuamente,
nem
conserva para sempre a sua ira.
Sl
103:10 Não nos trata segundo os nossos pecados,
nem
nos retribui consoante as nossas iniquidades.
Sl 103:11 Pois quanto o céu se alteia acima da
terra,
assim é grande a sua misericórdia para com os que o
temem.
Sl
103:12 Quanto dista o Oriente do Ocidente,
assim afasta de nós as nossas transgressões.
Sl
103:13 Como um pai se compadece de seus filhos,
assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
Sl
103:14 Pois ele conhece a nossa estrutura
e sabe que somos pó.
Sl 103:15 Quanto
ao homem,
os
seus dias são como a relva;
como
a flor do campo,
assim ele floresce;
Sl
103:16 pois,
soprando nela o vento,
desaparece;
e não conhecerá,
daí em diante,
o seu lugar.
Sl 103:17 Mas a
misericórdia do SENHOR
é
de eternidade a eternidade,
sobre os que o temem,
e a sua justiça,
sobre
os filhos dos filhos,
Sl
103:18 para com os que guardam a sua aliança
e
para com os que
se lembram dos seus preceitos
e os cumprem.
Sl 103:19 Nos
céus,
estabeleceu
o SENHOR o seu trono,
e o seu reino
domina
sobre tudo.
Sl 103:20
Bendizei ao SENHOR,
todos
os seus anjos,
valorosos em poder,
que executais as suas ordens
e lhe obedeceis
à
palavra.
Sl 103:21
Bendizei ao SENHOR,
todos
os seus exércitos,
vós, ministros seus,
que fazeis a sua vontade.
Sl 103:22
Bendizei ao SENHOR,
vós,
todas as suas obras,
em todos os lugares
do seu domínio.
Bendize,
ó
minha alma,
ao SENHOR.
Um
conselho final eu dou para você minha alma: BENDIZE AO SENHOR!
A
verdadeira confissão deve nos conduzir ao arrependimento verdadeiro que se
manifesta com as obras decorrentes dela, em seguida, ato contínuo, o louvor e
as ações de graça como o Sl 103 acima explicado.
Os
homens presentes não apenas expressaram a sua angústia (vs. 9), como também
concordaram com Esdras quanto ao seu pecado e culpa.
Ed
10:1 E enquanto Esdras orava, e fazia confissão,
chorando e prostrando-se diante
da casa de Deus,
ajuntou-se a ele,
de Israel, uma grande congregação,
de
homens, mulheres e crianças;
pois
o povo chorava com grande choro.
Ed 10:2 Então Secanias, filho de
Jeiel, um dos filhos de Elão,
tomou a palavra e
disse a Esdras:
Nós temos
transgredido contra o nosso Deus,
e
casamos com mulheres estrangeiras
dentre
os povos da terra, mas, no tocante a isto,
ainda
há esperança para Israel.
Ed 10:3 Agora, pois,
façamos aliança com o nosso Deus
de
que despediremos todas as mulheres,
e
os que delas são nascidos, conforme ao conselho
do
meu senhor, e dos que tremem ao mandado do
nosso
Deus; e faça-se conforme a lei.
Ed 10:4
Levanta-te, pois, porque te pertence este negócio,
e
nós seremos contigo; esforça-te, e age.
Ed 10:5 Então Esdras se
levantou, e ajuramentou os chefes
dos sacerdotes e
dos levitas, e a todo o Israel,
de
que fariam conforme a esta palavra;
e
eles juraram.
Ed 10:6 E Esdras se levantou de
diante da casa de Deus,
e entrou na
câmara de Joanã, filho de Eliasibe;
e, chegando lá,
não comeu pão, e nem bebeu água;
porque lamentava
pela transgressão dos do cativeiro.
Ed 10:7 E fizeram passar pregão
por Judá e Jerusalém,
a todos os que
vieram do cativeiro,
para
que se ajuntassem em Jerusalém.
Ed 10:8 E que todo aquele que em
três dias não viesse,
segundo o
conselho dos príncipes e dos anciãos,
toda a sua
fazenda se poria em interdito,
e ele seria
separado da congregação dos do cativeiro.
Ed 10:9 Então todos os homens de
Judá e Benjamim em três dias
se ajuntaram em
Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias
do
mês; e todo o povo se assentou na praça da casa
de
Deus, tremendo por este negócio
e
por causa das grandes chuvas.
Ed 10:10 Então se levantou Esdras,
o sacerdote, e disse-lhes:
Vós tendes
transgredido, e casastes com mulheres
estrangeiras,
aumentando a culpa de Israel.
Ed 10:11 Agora, pois, fazei
confissão ao SENHOR Deus de vossos
pais, e fazei a
sua vontade; e apartai-vos dos povos das
terras,
e das mulheres estrangeiras.
Ed 10:12 E respondeu toda a
congregação, e disse em altas vozes:
Assim seja,
conforme às tuas palavras nos convém fazer.
Ed 10:13 Porém o povo é muito, e
também é tempo de grandes chuvas,
e não se pode
estar aqui fora; nem é obra de um dia nem de
dois, porque
somos muitos os que transgredimos
neste
negócio.
Ed 10:14 Ora, ponham-se os
nossos líderes, por toda a congregação
sobre este
negócio; e todos os que em nossas cidades
casaram com
mulheres estrangeiras venham em tempos
apontados, e com
eles os anciãos de cada cidade,
e os seus juízes,
até que desviemos de nós o ardor
da
ira do nosso Deus, por esta causa.
Ed 10:15 Porém, somente Jônatas,
filho de Asael, e Jaseías,
filho de Ticva,
se opuseram a isto; e Mesulão, e Sabetai,
levita,
os ajudaram.
Ed 10:16 E assim o fizeram os
que voltaram do cativeiro;
e o sacerdote Esdras
e os homens, chefes dos pais,
segundo a casa de
seus pais, e todos pelos seus nomes,
foram
apontados; e assentaram-se no primeiro dia
do
décimo mês, para inquirirem neste negócio.
Ed 10:17 E no primeiro dia do
primeiro mês acabaram de tratar
com todos os
homens que casaram
com
mulheres estrangeiras.
Ed
10:18 E acharam-se dos filhos dos sacerdotes que casaram
com mulheres estrangeiras:
Dos filhos de Jesuá, filho de
Jozadaque, e seus irmãos,
Maaséias,
e Eliezer, e Jaribe, e Gedalias.
Ed
10:19 E deram as suas mãos prometendo que despediriam
suas mulheres; e, achando-se
culpados,
ofereceram um
carneiro do rebanho pelo seu delito.
Ed 10:20 E dos filhos de Imer:
Hanani e Zebadias.
Ed 10:21 E dos filhos de Harim:
Maaséias, Elias, Semaías, Jeiel
e Uzias.
Ed 10:22 E dos filhos de Pasur:
Elioenai, Maaséias, Ismael, Netanel,
Jozabade e
Eleasa.
Ed 10:23 E dos levitas:
Jozabade, Simei, Quelaías (este é Quelita),
Petaías, Judá e
Eliezer.
Ed 10:24 E dos cantores:
Eliasibe; e dos porteiros: Salum,
Telém e Uri.
Ed 10:25 E de Israel, dos filhos
de Parós: Ramias, Jezias, Malquias,
Miamim, Eleazar,
Malquias e Benaia.
Ed 10:26 E dos filhos de Elão:
Matanias, Zacarias, Jeiel, Abdi,
Jeremote e Elias.
Ed 10:27 E dos filhos de Zatu:
Elioenai, Eliasibe, Matanias, Jeremote,
Zabade e Aziza.
Ed 10:28 E dos filhos de Bebai:
Joanã, Hananias, Zabai e Atlai.
Ed 10:29 E dos filhos de Bani:
Mesulão, Maluque, Adaías, Jasube,
Seal, Jeremote.
Ed 10:30 E dos filhos de
Paate-Moabe: Adna, Quelal, Benaia,
Maséias,
Matanias, Bezalel, Binui e Manassés.
Ed 10:31 E dos filhos de Harim:
Eliezer, Josias, Malquias, Semaías,
Simeão,
Ed 10:32 Benjamim, Maluque, Semarias.
Ed 10:33 Dos filhos de Hasum:
Matenai, Matatá, Zabade, Elifelete,
Jeremai, Manassés
e Simei.
Ed 10:34 Dos filhos de Bani:
Maadai, Anrão, Uel, Ed 10:35 Benaia,
Bedias, Queluí,
Ed 10:36 Vanias, Meremote, Eliasibe,
Ed 10:37
Matanias, Matnai e Jaasai, Ed 10:38 E Bani, Binui,
Simei, Ed 10:39 E Selemias, Natã
e Adaías,
Ed 10:40 Macnadbai,
Sasai, Sarai, Ed 10:41 Azareel,
Selemias,
Semarias, Ed 10:42 Salum, Amarias
e
José.
Ed 10:43 Dos filhos de Nebo:
Jeiel, Matitias, Zabade, Zebina, Jadai,
Joel e Benaia.
Ed
10:44 Todos estes tomaram mulheres estrangeiras;
e alguns deles tinham mulheres
de quem tiveram filhos.
No
verso 13, há uma preocupação quanto ao povo no cumprimento de maneira adequada de
suas obrigações que eles entendiam deveriam ser tomadas atitudes a partir
daquele momento. Eles eram muitos, havia muita chuva e muita coisa a se fazer,
portanto, tudo deveria ser feito com cautela.
Já
no verso 14, parece que decidiram, por causa das chuvas, então que todos os
casos viriam a eles somente em tempos oportunos, sem pressa.
No
entanto, está dito que “se opuseram a esta coisa”, obtendo inclusive o apoio de
Sabetai. Provavelmente se opuseram ao adiamento – isto é, receberem cada caso
em tempos oportunos mais para frente. A angústia e a confissão conduziram ao
arrependimento e as ações tinham de ser tempestivas e imediatas.
Tomando
por base essa lista dos culpados de casamento misto, fica evidente que os
pecados individuais não podiam ser aceitos dentro da comunidade com um todo (Dt
29:19-21). Mas sempre há perdão para aqueles que se valem do sacrifício que
Deus provê (veja o vs. 19).
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