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domingo, 5 de outubro de 2014

II Crônicas 16:1-14 - ASA ADOECEU DOS PÉS, DESPREZOU DEUS E MORREU

Nós estamos aqui, no capítulo 16, parte III.
PARTE III – O REINO DIVIDIDO – 10:1 A 28:27.
A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá – 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido compreenderá – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1. O reinado de Roboão (10:1 - 12:16) – já vimos. 2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a) – já vimos. 3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) – estamos vendo. 4. O reinado de Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão, como teremos a oportunidade de verificar:
·         O foco sobre a separação do Reino do Norte.
·         As narrativas de batalhas.
·         As reações à palavra de Deus.
3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) - continuação.
O relato do reinado de Asa é, como já dissemos, consideravelmente mais extenso do que o texto encontrado de seu texto paralelo em 1 Rs 15.9-24. Conforme BEG, segue fielmente o relato positivo de Reis em vários pontos (cf: I Rs 15:11-12 com II Cr 14:2-3; I Rs 15:13-16 com II Cr 15:16-19;  I Rs 15:17-22 com II Cr 16:1-6; I Rs 15:23-24 com II Cr 16:11-17:1).
Podemos dividir o reinado de Asa (14.1b – 16:14), texto paralelo em I Re 15:9-24, da seguinte maneira:
a. O início do reinado de Asa (14.1b).
b. Asa sob a bênção divina (14.2-15.19).
(1) Os primeiros anos de Asa: reforma e bênçãos (14.2-7).
(2) A vitória de Asa, aprovação profética e obediência (14.8-15.19).
(a) A vitória de Asa no conflito (14.8-15).
(b) A aprovação profética e a obediência de Asa (15.1-19).
c. Asa sob julgamento divino (16.1-12).
(1) O fracasso de Asa, desaprovação profética e desobediência (16.1-10).
(2) Os últimos anos de Asa: julgamento (16.11-12).

d. O final do reinado de Asa (16.13-14).
(c) Asa sob julgamento divino (16.1-12).
Contrastando com os capítulos anteriores, aqui Asa foi derrotado no conflito, recebeu a repreensão de um profeta e se recusou a obedecer – vs 1 ao 10. Assim, seus últimos anos transcorreram sob o julgamento de Deus –vs 11 e 12.
Encontramos os seguintes textos paralelos do capítulo 16 em Reis. Asa fazendo alianças com o rei da Síria – vs 1 ao 6, com texto paralelo em I Rs 15:16-22 e a morte de Asa, vs 11 ao 14, com texto paralelo em I Rs 15:23 a 34.
(1) O fracasso de Asa, desaprovação profética e desobediência (16.1-10).
A batalha de Asa contra Baasa de Israel marcou o início de sua queda. Asa em Judá e Baasa em Israel viveram em guerra também todo o tempo. Asa buscou ajuda de Ben-Hadade da Síria. Esses acontecimentos contrastam nitidamente com a batalha de Asa com Zerá, durante a qual Asa confiou no Senhor.
Era o terceiro ano do reinado de Asa em Judá quando Baasa começou a reinar. Ele cumpriu a profecia do profeta Aías ao exterminar toda a casa de Jeroboão.
Baasa em uma de suas subidas contra Judá, edificou a Ramá, cidade estratégica próxima de Jerusalém que limitaria o acesso mesmo de Judá. Isso se tornou uma ameaça grave que obrigou Asa a negociar com Bem-Hadade e por ouro e prata tirados indevidamente do templo comprou sua traição.
Bem-Hadade que estava aliado com Baasa, por causa desse ouro e prata, passou a se aliançar com Asa e os judeus. Para ele, arameu, também foi ótimo no ponto de vista comercial e militar, pois recebeu espólios de Judá e território em Israel  e todo o distrito de Quinerete, com toda terra de Naftali.
Baasa teve de abandonar os seus projetos e todo material empregado na construção daquelas cidades foram capturados por Asa para edificação de outras cidades, como Geba de Benjamim e Mispa.
 (2) Os últimos anos de Asa: julgamento (16.11-12).
Asa que tinha começado tão bem, acabou muito mal. Ele, progressivamente, continuou a se afastar do Senhor e a confiar na força humana. Em sua velhice, padeceu dos pés, buscou a ajuda da medicina e dos homens e se esqueceu de Deus. É possível que os médicos dessa época invocassem poderes mágicos proibidos por Deus.
Não se trata de uma visão preconceituosa contra a medicina como se esta fosse ou pudesse ser oposta a Deus. De forma alguma, Deus tanto pode usar meios mediatos como imediatos para curar alguém.
Sobre isso, irei me valer aqui, logo abaixo de um texto do Rev. André Morais que nos ajudará a entender os milagres e o uso da medicina quando for o caso.
No AT, por exemplo, há diversas prescrições de tratamentos médicos usados em problemas de saúde: II Re 20:5-8; Jr 2:8 (uso do bálsamo); 46:11; 51:8. Contudo, não se separa os meios “naturais” da busca pela assistência divina. Vejamos o texto:
Cristo: O Senhor do Mediato e do Imediato - João 9.6-7.
Quantas curas Jesus realizou ao longo de seu ministério? Não se pode obter tal resposta com precisão, haja vista que as próprias Escrituras admitem que "nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos" (Jo 21.25), caso os Evangelhos visassem fornecer uma biografia completa da vida de Cristo.
Entretanto, mesmo que os milagres de Cristo tenham ocorrido numa quantidade maior do que está registrado nos Evangelhos, todos os grandes feitos por ele realizados parecem se encaixar em uma de duas formas.
Ou seja, os milagres de Cristo Jesus foram MEDIATOS (utilização de meios) ou IMEDIATOS (sem meio algum).
Assim, fazendo um rápido exercício de memória, não é difícil nos lembrarmos de algumas ações extraordinárias de Jesus, ao operar milagres os quais realizou de forma IMEDIATA:
A cura de um leproso (Mt 8.2-3); A cura do cego Bartimeu (Mc 10.51-52); A cura do servo do centurião (Mt 8.13).
Então, ao mensurarmos o texto de João 9.6-7, sem dificuldades percebemos que esse milagre de Cristo tem uma peculiaridade interessante, afinal, é notório que o mesmo não se encaixa na categoria dos milagres que verificamos há pouco.
E isso é óbvio porque nessa cura Jesus de Nazaré se utiliza de MEIOS para promover a saúde visual desse cego de nascença. Porquanto Jesus Cristo não precisasse, como já verificamos nas outras passagens, o texto afirma que ele cuspiu no chão. Então, fez uma pequena quantidade de lama misturando saliva com terra. Em seguida, aplica essa lama aos olhos do cego. Por fim, manda que ele vá lavar-se num tanque chamado Siloé. Após esse processo, o cego passa a enxergar.
No entanto, nada disso seria necessário. Bastava uma única palavra e aquele cego voltaria a ver perfeitamente. Contudo, Cristo resolveu curar esse cego de forma MEDIATA.
Ele se utilizou de meios para fazer um grandioso milagre acontecer. Um outro evento que reforça essa perspectiva mediata da ação milagrosa de Jesus, está registrado em Mc 8.22-26.
Diferentemente de cuspir no chão, nessa passagem notamos que o Senhor passa sua saliva aos olhos do cego. E, além de utilizar da saliva como meio, a cura ainda acontece em etapas, afinal, após a aplicação da saliva e imposição de mãos, o cego ainda não vê com nitidez. Somente depois de uma segunda colocação das mãos sobre os olhos é que o que era cego passa a ver com clareza.
Portanto, o que tudo isso tem a nos dizer é o seguinte: a graça de Cristo é, de fato, multiforme!
Não é possível determinar formas exatas ou específicas de como o Senhor Jesus realizará os milagres que desejar fazer! Ele é livre para fazer como lhe apraz! Assim, Cristo pode realizar feitos extraordinários, sobrenaturais e imediatos.
Apenas dizendo uma única palavra, prodígios miraculosos podem se realizar instantaneamente. Todavia, Cristo pode realizar a mesma natureza milagrosa de prodígios maravilhosos, se utilizando de elementos ordinários, naturais e mediatos, tais como saliva, terra e água. Coisas simples e presentes no cotidiano da vida de qualquer pessoa.
Além disso, Jesus não utiliza somente coisas como forma MEDIATA de executar milagres. Ele também usa pessoas! Por meio do crente e da oração em fé, maravilhas da parte de Cristo podem acontecer (Tg 5.14-15).
Então, não se pode desprezar, por exemplo, um tratamento médico como um meio de genuíno milagre. O Senhor deseja manifestar sua bênção por meio da atuação de profissionais de saúde, por meio da ministração de medicamentos, por meio da estrutura de um hospital, por meio de um procedimento cirúrgico, enfim, todos esses meios não diminuirão o milagre, afinal, os meios não são capazes por si próprios de realizar aquilo que só o poder de Cristo Jesus é capaz de executar.
A cura sempre terá como origem o poder de Cristo, ainda que seja através de tantos meios quantos ele quiser usar. (Rev. André Morais).
Não tendo conseguido a cura, veio a falecer e foi sepultado. Josafá, seu filho, reinou em seu lugar.
d. O final do reinado de Asa (16.13-14).
O resumo de todo relato dos reis tanto de Israel quando de Judá, ao final, será se andaram nos retos caminhos do Senhor e fizeram o bem ou se andaram desviados do Senhor e fizeram o que era mal aos olhos do Deus de Israel.
O modelo de comparação para o bem, geralmente é o rei Davi, com a exceção do que fizera no caso de Bate-Seba e Urias. Jeroboão, logo começou a ser usado como referência negativa. Quanto a Saul, nem se tem notícia de se quer tenha existido!
Apesar de tudo, Asa foi sepultado com honras, como era apropriado a um filho de Davi.
II Cr 16:1 No trigésimo sexto ano do reinado de Asa,
                Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edificou a Ramá,
                               para não deixar ninguém sair, nem chegar a Asa, rei de Judá.
                II Cr 16:2 Então Asa tirou a prata e o ouro dos tesouros
                               da casa do SENHOR, e da casa do rei; e enviou servos
                                               a Ben-Hadade, rei da Síria,
                                                               que habitava em Damasco, dizendo:
                II Cr 16:3 Acordo há entre mim e ti,
                               como houve entre meu pai e o teu;
                                               eis que te envio prata e ouro;
                                                               vai, pois, e anula o teu acordo com Baasa,
                                                                              rei de Israel, para que se retire
                                                                                              de sobre mim.
                II Cr 16:4 E Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa,
                               e enviou os capitães dos seus exércitos,
                                               contra as cidades de Israel, e eles feriram a Ijom,
                                               a Dã, a Abel-Maim, e a todas as cidades-armazéns
                                                               de Naftali.
                II Cr 16:5 E sucedeu que, ouvindo-o Baasa,
                               deixou de edificar a Ramá, e não continuou a sua obra.
                II Cr 16:6 Então o rei Asa tomou a todo o Judá,
                               e levaram as pedras de Ramá, e a sua madeira,
                                               com que Baasa edificara; e com elas edificou
                                                               a Geba e a Mizpá.
                II Cr 16:7 Naquele mesmo tempo veio Hanani;
                               o vidente, a Asa, rei de Judá, e disse-lhe:
                Porquanto confiaste no rei da Síria,
                               e não confiaste no SENHOR teu Deus,
                               por isso o exército do rei da Síria escapou da tua mão.
                II Cr 16:8 Porventura não foram os etíopes e os líbios
                               um grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros?
                                               Confiando tu, porém, no SENHOR, ele os entregou                                                                 nas tuas mãos.
                II Cr 16:9 Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda
                               a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração
                                               é perfeito para com ele;
                               nisto, pois, procedeste loucamente porque desde agora
                                               haverá guerras contra ti.
                II Cr 16:10 Porém Asa se indignou contra o vidente,
                               e lançou-o na casa do tronco;
                                               porque estava enfurecido contra ele, por causa disto;
                               também Asa, no mesmo tempo, oprimiu a alguns do povo.
                II Cr 16:11 E eis que os atos de Asa, tanto os primeiros,
                               como os últimos, estão escritos no livro dos reis de Judá
                                               e Israel.
                II Cr 16:12 E, no ano trinta e nove do seu reinado,
                               Asa caiu doente de seus pés,
                                               a sua doença era em extremo grave;
                               contudo, na sua enfermidade, não buscou ao SENHOR,
                                               mas antes os médicos.
                II Cr 16:13 E Asa dormiu com seus pais; e morreu no ano
                               quarenta e um do seu reinado.
                II Cr 16:14 E o sepultaram no seu sepulcro, que tinha cavado para si
                               na cidade de Davi, havendo-o deitado na cama,
                                               que se enchera de perfumes e especiarias
                                                               preparadas segundo a arte dos perfumistas;
                                               e, destas coisas fizeram-lhe uma grande queima.
Como é triste nos afastarmos do Senhor! E pensar que nossa vida aqui nessa terra é tão curta para nos apaixonarmos por ela a tal ponto de nos esquecermos de Deus.
Não vale mesmo a pena rejeitar ao Senhor! Quem somos nós para se lhe opor e ainda vencê-lo? Impossível! Logo, sejamos sensatos e vamos nos arrepender e buscá-lo de todo nosso coração antes que seja demasiadamente tarde para isso.
Asa, se esquecendo de Deus, buscou a medicina por crer que sua cura estaria ali e morreu em sua loucura. Não era preciso desprezar a medicina que Deus nos deixou, mas rejeitar a Deus é mesmo um ato insano.
Deus nos cura tanto com medicina, como sem medicina alguma! Quem anda com Deus, jamais abandonará a medicina porque entende que ela vem de Deus e por Deus é sustentada por pura graça e misericórdia divina.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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sábado, 4 de outubro de 2014

II Crônicas 15:1-19 - A APROVAÇÃO PROFÉTICA E A OBEDIÊNCIA DE ASA

Nós estamos aqui, no capítulo 15, parte III.


PARTE III – O REINO DIVIDIDO – 10:1 A 28:27.
A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá – 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido compreenderá – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1. O reinado de Roboão (10:1 - 12:16) – já vimos. 2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a) – já vimos. 3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) – estamos vendo. 4. O reinado de Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão, como teremos a oportunidade de verificar:
·         O foco sobre a separação do Reino do Norte.
·         As narrativas de batalhas.
·         As reações à palavra de Deus.
3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) - continuação.
O relato do reinado de Asa é, como já dissemos, consideravelmente mais extenso do que o texto encontrado de seu texto paralelo em 1 Rs 15.9-24. Conforme BEG, segue fielmente o relato positivo de Reis em vários pontos (cf: I Rs 15:11-12 com II Cr 14:2-3; I Rs 15:13-16 com II Cr 15:16-19;  I Rs 15:17-22 com II Cr 16:1-6; I Rs 15:23-24 com II Cr 16:11-17:1).
Podemos dividir o reinado de Asa (14.1b – 16:14), texto paralelo em I Re 15:9-24, da seguinte maneira:
a. O início do reinado de Asa (14.1b) – já vista.
b. Asa sob a bênção divina (14.2-15.19) – já vista.
(1) Os primeiros anos de Asa: reforma e bênçãos (14.2-7) – já vista.
(2) A vitória de Asa, aprovação profética e obediência (14.8-15.19) – já vista.
(a) A vitória de Asa no conflito (14.8-15) – já vista.
(b) A aprovação profética e a obediência de Asa (15.1-19) – veremos agora.
(c) Asa sob julgamento divino (16.1-12).
(1) O fracasso de Asa, desaprovação profética e desobediência (16.1-10).
(2) Os últimos anos de Asa: julgamento (16.11-12).
d. O final do reinado de Asa (16.13-14).
(b) A aprovação profética e a obediência de Asa (15.1-19)
Dentro deste capítulo veremos duas partes interessantes no governo de Asa. Primeiro, ele recebe um encorajamento profético por parte de Azarias, filho de Obede, o que ocupa os primeiros sete versículos. Segundo, a resposta de Asa com relação a mais reformas – vs 8-19.
Na primeira parte, Azarias expressou o princípio de retribuição tão característico do retrato do reino dividido apresentado pelo cronista. A fidelidade a Deus resultaria em bênçãos, a deslealdade, em castigo.
A promessa seria de que o Senhor estaria com eles, enquanto eles estivessem com ele, que o achariam, se o buscassem com todo coração e que o Senhor os desprezaria mesmo, se eles resolvessem desprezar ao Senhor.
Quão grande é o perigo ao qual estamos sujeitos quando, teimosos como uma mula, resistimos ao doce encanto do doce Espírito Santo. Ou recuamos para o Senhor quando ele nos adverte, ou enfrentaremos coisas desagradáveis por causa da rejeição àquele que conosco fala misericordiosamente.
Na segunda parte, Asa respondeu realizando mais reformas – vs 8 – e convocando uma assembleia para a renovação da aliança – vs 9 a 15. Até a sua vó, ele depôs por causa da apostasia religiosa dela – vs 16 ao 19.
Foram as palavras de Deus, enviadas pelo profeta Azarias que encontrando o coração de Asa receptivo, que fizeram com que ele cobra-se ânimo – vs 8 – para realizar toda obra necessária de Deus.
Percebe-se no vs 9, Asa tentando a reaproximação dos que deserdaram para estarem próximos, centralizados em Jerusalém e no templo. Era seu alvo o público do pós-exílio ao qual estava tentando convencer.
A citada renovação da aliança do vs 12 era muito importante para a nação.
Ela indicaria a continuidade do relacionamento de Deus com o seu povo em todas as gerações. Percebe-se Asa – vs 12 -, Joiada – 23:16 -, Ezequias – 29:10 -, e Josias – 34:30 a 32 – liderando também a nação, em suas épocas, em renovação da aliança com o Senhor.
A ênfase nessas alianças e nos relacionamentos com Deus era para convidar os leitores, principalmente do pós-exílio, a renovarem suas alianças – Cf Ed 10:1-17 – como modo de receber as bênçãos de Deus.
A renovação aqui era para buscarem ao Senhor – vs 12. Buscarem o Senhor com todo coração, alma, forças e entendimento. Aquele que não observasse essa busca ou a desprezasse seria morto, tanto o menor quanto o maior, seja homem, seja mulher – conforme o que se encontra na própria lei: Dt 13:6-16.
Alegraram-se nessa busca de tal maneira que grande gozo invadiu o acampamento e todos ficaram felizes porque o Senhor se deixou achar – vs 15 - por eles que o buscavam.
O Senhor Deus é muito bom e ele se deixará achar por qualquer um que resolva buscá-lo de todo coração, alma, forças e entendimento.
II Cr 15:1 Então veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede.
                II Cr 15:2 E saiu ao encontro de Asa, e disse-lhe:
                               Ouvi-me, Asa, e todo o Judá e Benjamim:
                                               O SENHOR está convosco,
                                                               enquanto vós estais com ele,
                                                                              e, se o buscardes, o achareis;
                                               porém, se o deixardes, vos deixará.
                II Cr 15:3 E Israel esteve por muitos dias sem o verdadeiro Deus,
                               e sem sacerdote que o ensinasse, e sem lei.
                II Cr 15:4 Mas quando na sua angústia voltaram para o SENHOR
                               Deus de Israel, e o buscaram, o acharam.
                II Cr 15:5 E naqueles tempos não havia paz, nem para o que saía,
                               nem para o que entrava, mas muitas perturbações
                                               sobre todos os habitantes daquelas terras.
                II Cr 15:6 Porque nação contra nação e cidade contra cidade
                               se despedaçavam; porque Deus os perturbara
                                               com toda a angústia.
                II Cr 15:7 Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos;
                               porque a vossa obra tem uma recompensa.
II Cr 15:8 Ouvindo, pois, Asa estas palavras,
                e a profecia do profeta Odede,
                               cobrou ânimo e tirou as abominações de toda a terra,
                                               de Judá e de Benjamim, como também das cidades
                                                               que tomara nas montanhas de Efraim,
                               e renovou o altar do SENHOR,
                                               que estava diante do pórtico do SENHOR.
                II Cr 15:9 E reuniu a todo o Judá, e Benjamim,
                               e com eles os estrangeiros de Efraim e Manassés,
                                               e de Simeão; porque muitos de Israel tinham
                                                               passado a ele, vendo que o SENHOR seu
                                                                              Deus era com ele.
                II Cr 15:10 E ajuntaram-se em Jerusalém no terceiro mês;
                               no ano décimo do reinado de Asa.
                II Cr 15:11 E no mesmo dia ofereceram em sacrifício ao SENHOR,
                               do despojo que trouxeram, setecentos bois e sete mil ovelhas.
                II Cr 15:12 E entraram na aliança para buscarem o SENHOR Deus
                               de seus pais, com todo o seu coração, e com toda a sua alma;
                II Cr 15:13 E de que todo aquele que não buscasse ao SENHOR Deus
                               de Israel, morresse; assim o menor como o maior,
                                               tanto o homem como a mulher.
                II Cr 15:14 E juraram ao SENHOR, em alta voz,
                               com júbilo e com trombetas e buzinas.
                II Cr 15:15 E todo o Judá se alegrou deste juramento;
                               porque de todo o seu coração juraram,
                                               e de toda a sua vontade o buscaram, e o acharam;
                                                               e o SENHOR lhes deu repouso ao redor.
                II Cr 15:16 E também a Maaca, sua mãe, o rei Asa depôs,
                               para que não fosse mais rainha, porquanto fizera um horrível
                                               ídolo, a Asera;
                               e Asa destruiu o seu horrível ídolo, e o despedaçou,
                                               e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom.
                II Cr 15:17 Os altos, porém, não foram tirados de Israel;
                               contudo o coração de Asa foi perfeito todos os seus dias.
                II Cr 15:18 E trouxe, à casa de Deus,
                               as coisas consagradas por seu pai,
                                               e as coisas que ele mesmo tinha consagrado:
                                                               prata, ouro e vasos.
                II Cr 15:19 E não houve guerra até ao ano
                               trigésimo quinto do reinado de Asa.
Não houve guerras por um bom tempo porque o Senhor tinha dado a eles descanso das guerras. Obviamente que isso estava condicionado ao espírito que neles estavam.
Quando rejeitamos a Deus e sua palavra, nos tornamos alvos das consequências e sujeitos a tantas contrariedades, inclusive em nós mesmos; mas, se permanecermos fieis e o buscarmos, com certeza, seremos prósperos em tudo.
Deus é fiel e zela por sua palavra e bem nenhum faltará aos que o buscam em verdade e com todo coração. Eu odeio a teologia da prosperidade quando a ênfase é o bem a se receber e não o doador das bênçãos!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

II Crônicas 14:1-15 - O GOVERNO DE ASA SOB A BÊNÇÃO DIVINA

Nós estamos aqui, no capítulo 14, parte III.



PARTE III – O REINO DIVIDIDO – 10:1 A 28:27.
A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá – 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido compreenderá – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1. O reinado de Roboão (10:1 - 12:16) – já vimos. 2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a) – concluiremos agora. 3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14) – iniciaremos neste. 4. O reinado de Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão, como teremos a oportunidade de verificar:
·         O foco sobre a separação do Reino do Norte.
·         As narrativas de batalhas.
·         As reações à palavra de Deus.
2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a).
A conclusão que ficou pendente foi, nessa parte “a” tão simplesmente a informação de que Abias descansou com seus pais e depois foi sepultado na Cidade de Davi.
Como já dissemos, era o décimo oitavo ano em Israel quando ocorreu a troca de rei em Judá, ou seja Abias no lugar de seu pai Roboão. Abias somente reinou por três anos em Israel e durante o seu reinado sempre esteve em guerra contra Jeroboão e, infelizmente, somente fez o que era mau aos olhos do Senhor. Jeroboão ainda ficou no poder por mais 4 anos, pegando assim os primeiros anos do reinado do filho de Abias, Asa.
3. O reinado de Asa (14:1b - 16:14).
O relato do reinado de Asa é consideravelmente mais extenso do que o texto encontrado de seu texto paralelo em 1 Rs 15.9-24. Conforme BEG, segue fielmente o relato positivo de Reis em vários pontos (cf: I Rs 15:11-12 com II Cr 14:2-3; I Rs 15:13-16 com II Cr 15:16-19;  I Rs 15:17-22 com II Cr 16:1-6; I Rs 15:23-24 com II Cr 16:11-17:1).
Podemos dividir o reinado de Asa (14.1b – 16:14), texto paralelo em I Re 15:9-24, da seguinte maneira:
a. O início do reinado de Asa (14.1b).
b. Asa sob a bênção divina (14.2-15.19).
(1) Os primeiros anos de Asa: reforma e bênçãos (14.2-7).
(2) A vitória de Asa, aprovação profética e obediência (14.8-15.19).
(a) A vitória de Asa no conflito (14.8-15).
(b) A aprovação profética e a obediência de Asa (15.1-19).
c. Asa sob julgamento divino (16.1-12).
(1) O fracasso de Asa, desaprovação profética e desobediência (16.1-10).
(2) Os últimos anos de Asa: julgamento (16.11-12).

d. O final do reinado de Asa (16.13-14).
A narrativa se concentra na resposta de Asa à instrução profética (15:8-19; 16:10-14), como fez anteriormente no relato do reinado de Roboão e contrasta os resultados de confiar em Deus com as consequências de depender do poder humano na batalha.
O cronista, conforme BEG, faz várias observações cronológicas sobre o reinado de Asa: dez anos de paz (v. 1 – vemos que a paz vem do Senhor. Ele é quem nos dá a paz, por isso devemos busca-la junto a ele), uma renovação da aliança no décimo quinto ano (15:10), paz até o trigésimo quinto ano (15:19), uma invasão no trigésimo sexto ano (16:1), enfermidade no trigésimo nono ano (16:12) e morte no quadragésimo primeiro ano do seu reinado (16:13).
De 14:2 a 15:19, veremos Asa sob a bênção divina. Esses capítulos tratam do período durante o qual Asa foi fiel a Deus, recebeu bênçãos (14.2-7) e foi recompensado com vitória ao responder de maneira apropriada ao profeta de Deus (14:8-15:19).
Asa começa a reinar em Judá e Jeroboão ainda era o rei de Israel e ali vai permanecer, como já vimos, mais quatro anos. No entanto, agora este rei vai permanecer no reinado por longos 41 anos, mais do que todos os reis até agora.
O cronista, aqui em II Crônicas, apresenta a paz no reinado de Asa – vs 6 - como uma bênção por causa de sua devoção e obediência a Deus. O tema da paz é essencial para os leitores pós-exílio que viviam sob a ameaça constante de conflitos.
A referência ao governo de Asa já não foi má, antes andou ele nos retos caminhos do Senhor e se interessou em governar Judá com justiça e temor a Deus, eliminando práticas abomináveis que eram praticadas à sua época como os prostitutos cultuais, os ídolos que fizeram seus pais e até Maaca, sua mãe, filha de Absalão, depôs de sua dignidade de rainha-mãe, porquanto tinha feito uma imagem sua de poste-ídolo.
Como rainha-mãe poderia ter exercido muitas influências no reinado de seu filho, como assim eram os costumes nas nações pagãs vizinhas.
Somente os altos não foram removidos. Esses altos ou poderia ser consagrados ao Senhor, ou aos deuses ou a ambos. Asa preferiu deixá-los para consagração ao Senhor, mas o perigo ali existia do povo se desviar.
No verso 9, começa a narrativa onde Asa vence a Zerá, o etíope.
O exército de Asa possuía um total de quinhentos e oitenta mil homens, enquanto o número de soldados do exército atacante (Zerá, o etíope, provavelmente, o general do Faraó Osorkon, segundo governante da vigésima segunda dinastia do Egito) era duas vezes maior (um exército de um milhão de homens e trezentos carros – vs 9).
Asa expressou a sua inadequação absoluta para a batalha contra Zerá. A confiança no poder do Senhor foi a chave para a vitória de Asa.
Asa foi vitorioso por causa de sua aprovação profética e de sua obediência (obediência, o passaporte da honra!) lhe garantiram o seu sucesso, principalmente por ter ele buscado ao Senhor.
Durante a batalha contra Zerá, Asa se mostrou fiel e obteve grande vitória e bênção. Quando Zerá atacou, Asa buscou ao Senhor e obteve vitória. Essa batalha contrasta claramente com a batalha posterior de Asa contra Baasa (16:1-6) e apresenta um exemplo de Deus respondendo à oração de dedicação do templo feita por Salomão.
Asa em Judá e Baasa em Israel viveram em guerra também todo o tempo.
Baasa em uma de suas subidas contra Judá, edificou a Ramá, cidade estratégica próxima de Jerusalém que limitaria o acesso mesmo de Judá. Isso se tornou uma ameaça grave que obrigou Asa a negociar com Bem-Hadade e por ouro e prata tirados indevidamente do templo comprou sua traição.
Bem-Hadade que estava aliado com Baasa, por causa desse ouro e prata, passou a se aliançar com Asa e os judeus. Para ele, arameu, também foi ótimo no ponto de vista comercial e militar, pois recebeu espólios de Judá e território em Israel  e todo o distrito de Quinerete, com toda terra de Naftali.
Baasa teve de abandonar os seus projetos e todo material empregado na construção daquelas cidades foram capturados por Asa para edificação de outras cidades, como Geba de Benjamim e Mispa.
II Cr 14:1 E Abias dormiu com seus pais,
                e o sepultaram na cidade de Davi,
                               e Asa, seu filho, reinou em seu lugar;
                                               nos seus dias esteve a terra em paz dez anos.
                II Cr 14:2 E Asa fez o que era bom e reto
                               aos olhos do SENHOR seu Deus.
                II Cr 14:3 Porque tirou os altares dos deuses estranhos, e os altos;
                               e quebrou as imagens, e cortou os bosques.
                II Cr 14:4 E mandou a Judá que buscasse ao SENHOR Deus
                               de seus pais, e que observasse a lei e o mandamento.
                II Cr 14:5 Também tirou de todas as cidades de Judá os altos
                               e as imagens; e sob ele o reino esteve em paz.
                II Cr 14:6 E edificou cidades fortificadas em Judá;
                               porque a terra estava quieta, e não havia guerra contra ele
                                               naqueles anos; porquanto o SENHOR
                                                               lhe dera repouso.
                II Cr 14:7 Disse, pois, a Judá:
                               Edifiquemos estas cidades, e cerquemo-las de muros e torres,
                                               portas e ferrolhos, enquanto a terra ainda é nossa,
                                                               pois buscamos ao SENHOR nosso Deus;
                                               buscamo-lo, e deu-nos repouso de todos os lados.
                                                               Edificaram, pois, e prosperaram.
                II Cr 14:8 Tinha Asa um exército de trezentos mil de Judá,
                               que traziam pavês e lança; e duzentos e oitenta mil
                               de Benjamim, que traziam escudo e atiravam com arco;
                                               todos estes eram homens valentes.
                II Cr 14:9 E Zerá, o etíope, saiu contra eles,
                               com um exército de um milhão e com trezentos carros,
                                               e chegou até Maressa.
                II Cr 14:10 Então Asa saiu contra ele; e ordenaram a batalha no vale
                               de Zefatá, junto a Maressa.
                II Cr 14:11 E Asa clamou ao SENHOR seu Deus, e disse:
                               SENHOR, nada para ti é ajudar, quer o poderoso
                                               quer o de nenhuma força; ajuda-nos, pois, SENHOR
                                                               nosso Deus, porque em ti confiamos,
                                               e no teu nome viemos contra esta multidão.
                               SENHOR, tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti
                                               o homem.
                II Cr 14:12 E o SENHOR feriu os etíopes diante de Asa
                               e diante de Judá; e os etíopes fugiram.
                II Cr 14:13 E Asa, e o povo que estava com ele os perseguiram
                               até Gerar, e caíram tantos dos etíopes, que já não havia neles
                                               resistência alguma; porque foram destruídos diante
                                                               do SENHOR, e diante do seu exército;
                                                                              e levaram dali mui grande despojo.
                               II Cr 14:14 E feriram todas as cidades nos arredores de
                                               Gerar, porque o terror do SENHOR veio sobre elas;
                               e saquearam todas as cidades, porque havia nelas muita
                                               presa. II Cr 14:15 Também feriram as malhadas do
                                                               gado; e levaram ovelhas em abundância,
                                                               e camelos, e voltaram para Jerusalém.
É dito aqui que Asa feriu todas as cidades nos arredores de Gerar porque o terror do Senhor veio sobre elas.
Em sua velhice, padeceu dos pés e foi sepultado. Josafá, seu filho, reinou em seu lugar.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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